REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cl10202506052139
Gabriela Silva Amancio1
Cristiane Maria Fernandes de Melo2
RESUMO
A diabetes mellitus canina é uma endocrinopatia crônica que, além de alterar o metabolismo, compromete a cicatrização de tecidos, tornando feridas simples um desafio terapêutico. Este Trabalho de Conclusão de Curso investiga, no Capítulo I, os mecanismos que ligam a hiperglicemia à redução da resposta inflamatória e ao atraso na regeneração cutânea, além de discutir o potencial cicatrizante de fitoterápicos brasileiros, como o barbatimão (Stryphnodendron adstringens) e a papaína. No Capítulo II, consta a descrição de um caso clínico de um cão da raça Dobermann, macho, não castrado, com 10 anos de idade, portador de diabetes mellitus tipo I, acompanhado durante o estágio supervisionado em Boa Esperança -Minas Gerais. O paciente apresentava uma ferida crônica no membro pélvico esquerdo, que era insistente a terapias convencionais. Durante a avaliação inicial se observou uma lesão piogranulomatosa, glicemia de 400 mg/dL e valores hematológicos e bioquímicos sanguíneos sem alterações sistêmicas relevantes. Como maneira de tratar a ferida, instituiu-se o tratamento tópico domiciliar com pomada de barbatimão 10% associada a papaína 5%, aplicada duas vezes ao dia por três meses, mantendo o controle glicêmico com insulina NPH. O protocolo conseguiu promover debridamento da ferida, ação antimicrobiana local com formação de tecidos de granulação, que resultou em regressão progressiva da lesão. Com esses achados pode-se observar que a combinação de tais fitoterápicos é uma alternativa acessível, sustentável e segura para o manejo de feridas crônicas em cães diabéticos, contribuindo para o bem-estar animal e reduzindo os custos terapêuticos.
Palavras- chave: endocrinopatia, manejo de feridas, fitoterapia veterinária.
ABSTRACT
The canine diabetes mellitus is a chronic endocrinopathy that, in addition to altering metabolism compromises tissue healing, making simple wounds a therapeutic challenge. This work reports a clinical case of Dobermann dog, a 10-year-old male, uncastrated, with type I diabetes mellitus, monitored during supervised training in Boa Esperança, Minas Gerais. This work describes a clinical case of Dobermann dog, a 10-year-old male, uncastrated, with type I diabetes mellitus, monitored during supervised training in Boa Esperança, Minas Gerais. During the initial evaluation, a pyogranulomatous lesion was observed blood glucose of 400 mg/dL and hematological and blood biochemical values without relevant systemic alterations. As a way of treating the skin lesion, home topical treatment was instituted with 10% barbatimão ointment associated with 5% papain, applied twice a day for three months, maintaining glycemic control with NPH insulin. These findings allowed us to observe that the combination of these herbal medicines is an accessible, sustainable and safe alternative for the management of chronic wounds in diabetic dogs, contributing to animal welfare and reducing drug costs.
Keywords: diabetes mellitus, barbatimão, papain, wound healing, veterinary phytotherapy
1. INTRODUÇÃO
A diabetes mellitus (DM) é caracterizada como uma das doenças endócrinas que mais afeta cães e gatos, predominando em animais idosos e obesos, que apresentam maior predisposição para desenvolverem a doença (SILVA, 2011; PÖPPL; GONZÁLEZ, 2005; FARIA, 2007; MESQUITA et al., 2022).
A (DM) ocorre devido a uma deficiência no hormônio insulina, que tem como função controlar a glicemia no sangue, resultando em uma elevação nos valores da glicose sérica (hiperglicemia). Essa condição pode estar associada a uma produção insuficiente de insulina ou a presença de fatores que interferem na sua ação (CUNHA et al., 2019).
Há dois tipos de diabetes mellitus em cães, o tipo I que é dependente de insulina e a do tipo II onde não depende de insulina (CUNHA et al., 2019; SILVA, 2020). Embora seja uma enfermidade endócrina frequentemente observada, a DM não possui uma definição universalmente aceita. Não existem critérios amplamente reconhecidos para classificá-la em cães (CATCHPOLE et al., 2005, apud MESQUITA et al., 2022).
O quadro de hiperglicemia persistente causado pela doença pode ocasionar um desequilíbrio nas funções orgânicas, resultando em manifestações clínicas quando os níveis ultrapassam os valores normais. Os sinais clínicos são: poliúria, polidipsia, polifagia, emagrecimento, hiperglicemia em jejum persistente e glicosúria (MESQUITA et al., 2022; SILVA et al., 2022). Além disso, níveis elevados da glicose sanguínea comprometem o processo de cicatrização, tornando pacientes diabéticos mais suscetíveis a feridas de difícil recuperação. Para auxiliar nesse processo existem várias alternativas terapêuticas (SILVA et al., 2022).
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um cão portador de diabetes mellitus, que apresentava uma ferida persistente no membro pélvico, que foi submetido a cicatrização da ferida com uso do barbatimão e papaína, a fim de observar o uso desses fitoterápicos no tratamento dessa lesão na pele.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Etiopatogenia
A diabetes mellitus (DM) é uma doença endócrina crônica, complexa e multifatorial, que afeta tanto seres humanos quanto os animais, é caracterizada por altos índices de morbidade e mortalidade (SPARKES et al., 2015 apud BATISTA et al., 2021). Mesmo que seja uma enfermidade relativamente comum, ainda necessita de definições claras e de um consenso internacional quanto à sua classificação, sobretudo na medicina veterinária. Essa ausência de padronização reforça a necessidade de mais estudos que aprofundem o tema, cooperando para o esclarecimento de sua fisiopatologia, diagnóstico precoce e condutas terapêuticas mais eficazes (MESQUITA et al., 2022).
A diabetes está associada à disfunção da produção ou ação do hormônio insulina, sendo o principal responsável por manter os níveis de glicose no sangue nos padrões normais (MESQUITA et al., 2022). Nos cães, os tipos mais comuns da doença são semelhantes aqueles descritos na medicina humana (GILOR et al., 2016; MARCO et al., 1999, apud BATISTA et al., 2021).
A tipo I é também chamada de insulinodependente, caracterizada pela ausência ou a produção insuficiente de insulina, enquanto a tipo II tem relação à resistência periférica à ação do hormônio, dificultando o controle glicêmico do paciente. No entanto, na prática da clínica veterinária, costuma usar as expressões “diabetes de causa primária” ou “secundária”, refletindo que praticamente todos os cães diagnosticados precisam do tratamento com insulina (GILOR et al., 2016; MARCO et al., 1999, apud BATISTA et al., 2021).
Essa enfermidade crônica e progressiva afeta principalmente cães de meia-idade a idosos, entre 7 e 10 anos, sendo mais comumente relatada em fêmeas, devido à questão hormonal envolvendo o ciclo estral (MESQUITA et al., 2022; DALMASO et al., 2021).
A incidência da diabetes mellitus canina pode chegar a 1 em cada 100 cães, com maior prevalência em algumas raças específicas como Poodle, Schnauzer Miniatura, Samoieda, Pug, Fox Terrier, Keeshound, Bichon Frisé, Spitz, Husky Siberiano, Dachshund e Cocker, são raças que aparecem em diferentes estudos como raças com maior risco de desenvolver a diabetes em comparação a cães SRD (FOOTE et al., 2019 apud SOUZA, 2023).
O diagnóstico costuma ocorrer entre 5 e 15 anos de idade, sendo mais tardio em cães, diferente do que se observa em humanos. Além da predisposição genética, fatores como obesidade pelo sedentarismo, consumo alimentar exacerbado ou até mesmo pela castração, e o uso de medicamentos como glicocorticoides e progestágenos, doenças hormonais e inflamações pancreáticas também estão associados com o aparecimento de tal enfermidade. Dentre as complicações clínicas mais frequentes em cães que apresentam a diabetes, destaca-se a catarata que afeta significativamente a visão e a qualidade de vida dos animais. Estudos apontam que cães com DM têm uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver a catarata do que em cães saudáveis (FOOTE et al., 2019 apud SOUZA, 2023).
A hiperglicemia crônica causa a glicosilação e oxidação das proteínas do cristalino, levando-o a opacidade (COOK, 2012; NELSON, 2002; RUCINSKY et al., 2010 apud SOUZA, 2023). Além disso, os cães diabéticos também podem apresentar a dificuldade de cicatrização, devido a hiperglicemia comprometer a resposta inflamatória e o processo de regeneração tecidual, exigindo um manejo glicêmico rigoroso.
2.2. Fisiopatologia da diabetes mellitus
A diabetes mellitus canina ocorre devido a um mau funcionamento do pâncreas endócrino, especificamente na parte responsável pela produção de hormônios. Essa disfunção faz com que o organismo não consiga controlar adequadamente os níveis de glicose no sangue, ocasionando uma hiperglicemia persistente. Com o tempo, tal condição sobrecarrega e danifica as células β-pancreáticas, que são responsáveis por produzir insulina, causando comprometimento do controle glicêmico (FARIA, 2007; PÖPPL & GONZÁLEZ, 2005 apud BATISTA ET AL., 2021).
De acordo com Brobst (1997, apud Faria, 2007) quando há uma produção insuficiente ou ineficaz de insulina, o organismo passa a ter dificuldades para aproveitar corretamente os nutrientes, como a glicose, os aminoácidos e os ácidos graxos, principalmente nos tecidos periféricos, como o fígado, os músculos e o tecido adiposo. Diante disso, o fígado tenta compensar produzindo mais glicose, por meio de processos como a gliconeogênese e a glicogenólise. O resultado disto é o acúmulo progressivo de glicose no sangue, ocasionando hiperglicemia persistente. Nos cães, o alto nível de glicose costuma variar entre 180 a 220mg/dL e vem acompanhada da glicosúria, que é a glicose presente na urina (JERICÓ; ANDRADE NETO; KOGIKA, 2015).
A presença de glicose na urina (glicosúria) faz com que o organismo elimine mais água do que o normal, processo conhecido como diurese osmótica. Com isso o animal urina com mais frequência (poliúria) e, como consequência, sente mais sede (polidipsia), tentativa do próprio corpo em repor a perda de líquidos (JERICÓ; ANDRADE NETO; KOGIKA, 2015).
No entanto, a eliminação da glicose pela urina representa uma perda calórica importante para o organismo. Quando associada à redução da capacidade dos tecidos periféricos em metabolizar a glicose circulante, tal condição leva a um estado catabólico. Nessa situação, o organismo passa a utilizar lipídios e proteínas musculares como alternativas de energia, o que contribui significativamente para a perda de peso, observada em animais diabéticos (NELSON, 1992; NGUYEN et al., 1998; NELSON, 1994, apud FARIA, 2007).
Apesar da hiperglicemia, a reduzida captação de glicose pelos tecidos periféricos, especialmente pelo sistema nervoso central, é interpretada pelo organismo como um estado de jejum. Essa condição estimula o centro da fome, que fica presente no hipotálamo lateral, resultando em um aumento no apetite do animal, que se caracteriza como polifagia (JERICÓ; ANDRADE NETO; KOGIKA, 2015).
2.3 Complicações da Diabetes Mellitus
Dentre as principais complicações associadas a doença, se destacam as alterações oculares, sendo a catarata uma das mais frequentes, condição que representa uma das principais causas da perda de visão em cães, especialmente em animais idosos (FOOTE ET AL., 2019 apud RODRIGUES DE SOUZA, 2023).
Estudos indicam que a catarata é a segunda afecção ocular mais comum na espécie, correspondendo a aproximadamente 14,2% dos casos atendidos em clínicas veterinárias (GELATT ET AL., 2021 apud RODRIGUES DE SOUZA, 2023).
Outra manifestação, embora menos comum relacionada à diabetes mellitus, são as alterações cutâneas, bastante negligenciadas na prática clínica. Nos seres humanos, a doença está frequentemente associada a infecções fúngicas e bacterianas, neuropatias, prurido, alopecia, xantomatose e dificuldade de cicatrização (SCOTT et al, 1995 apud ARIAS; JERICÓ, 1997). Nos cães as manifestações dermatológicas são consideradas incomuns, mas se tem relatos importantes na literatura.
Segundo (White, 1992 apud Arias; Jericó, 1997) descreveu relatos de casos de piodermite, seborreia, afinamento da pele, alopecia de intensidade variável, demodicose e xantomatose em animais diabéticos.
Já Camy (1988) apud Arias; Jericó, 1997 observou alopecia dorso-lombar em um cão com sinais compatíveis com diabetes mellitus, sendo que a pelagem voltou ao normal após cinco semanas de tratamento com insulina. Tais relatos, reforçam a necessidade de atenção às manifestações cutâneas em pacientes diabéticos, principalmente diante de sinais clínicos que podem se confundir com outros tipos de endocrinopatias.
2.4 Manejo de feridas através do uso do Barbatimão
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta nativa do cerrado brasileiro encontrada em vários estados, como Bahia, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas gerais, São Paulo e em outros estados, porém em menor quantidade (JÚNIOR, 2012).
O gênero Stryphnodendron inclui cinco espécies comumente conhecidas como barbatimão: S. adstringens, S. obovatum, S. polyphyllum, S. coriaceum e S. rotundifolium (OCCHIONI, 1990 apud RODRIGUES et al., 2013). Porém, a Stryphnodendron adstringens é reconhecida como o verdadeiro barbatimão, sendo que mesmo assim todas as espécies são utilizadas na prática fitoterápica devido às propriedades medicinais (RODRIGUES et al., 2013).
Para obter os princípios ativos dessa planta, a extração por arraste a vapor d’água surge como método ambientalmente amigável, fornecendo um extrato concentrado de taninos. Como esses compostos têm caráter apolar, a forma farmacêutica mais adequada para aplicação tópica é a pomada, além de veicular o ativo, o excipiente lipídico forma uma película protetora sobre a lesão, mantendo o local úmido e favorecendo a cicatrização (NASCIMENTO et al., 2021).
2.5 Manejo de feridas através do uso da Papaína
Como citado anteriormente a papaína é uma enzima extraída do látex do mamão verde (Carica papaya), é facilmente encontrada no Brasil e tem se destacado na área da saúde por suas aplicações terapêuticas. Desde 1983, o seu uso em curativos começou a ganhar espaço no país, sendo posteriormente validado por diversos estudos nacionais e internacionais. Hoje, é amplamente reconhecida por sua eficácia em promover e acelerar a cicatrização, especialmente em feridas de difícil resolução, como as crônicas (CABRAL et al., 2017).
A sua combinação de enzimas proteolíticas e peroxidases é capaz de degradar seletivamente tecido necrótico, sem lesar o tecido saudável, com a proteção conferida pela α1-antitripsina presente em células viáveis. A remoção desse material desvitalizado é essencial para acelerar a cicatrização, que se deve à sua atividade proteolítica, baseada no grupo sulfidrila da cisteína, o que se explica o leve odor semelhante a enxofre. Além do efeito debridante, a papaína apresenta ação anti-inflamatória, que contribui para a contração dos bordos em feridas de segunda intenção e pode ser empregada em todas as fases de reparo tecidual, ajustando a sua concentração de acordo com o tipo de lesão. O seu uso também reduz o pH local, estimulando citocinas reparadoras, criando um ambiente hostil para crescimento bactericida (LEITE et al., 2012).
No entanto, segundo PORSANI et al., 2016 o estudo sobre a papaína ainda é escasso, onde se vê necessário o estudo mais aprofundado sobre tal medicamento natural, para averiguar tal eficácia nos animais.
3. RELATO DE CASO
3.1 Histórico do animal
O presente caso clínico foi acompanhado durante o Estágio Supervisionado, sob orientação da Médica Veterinária autônoma Thalia Francielly Araújo, CRMV- 28561-MG, na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais. O paciente atendido foi um cão da raça Dobermann, chamado Iron, com 10 anos de idade, macho, não castrado, como pode ser observado na (Figura 1), que já se encontrava sob os cuidados da referida profissional desde agosto de 2023, por solicitação da tutora, que se ausentou do país e confiou à médica veterinária a responsabilidade integral pelos cuidados diários do animal.
Figura 1. Paciente canino, macho, da raça Dobermann, com diabetes mellitus, submetido a tratamento da ferida com uso de Barbatimão associado à papaína.
(Fonte: Arquivo Pessoal). 2025
Durante o período de acompanhamento domiciliar observou-se que o animal já apresentava, antes do diagnóstico de diabetes, uma ferida crônica localizada no membro posterior esquerdo (Figura 2). Esta lesão teve início logo após a ida da tutora, período em que o animal ficou sob cuidados de terceiros. O histórico indica que a ferida tenha surgido como consequência de comportamentos de automutilação associados a um quadro de ansiedade por separação, comum em cães sensíveis e com forte vínculo afetivo aos seus tutores.
Diversos protocolos terapêuticos foram utilizados para o tratamento desta mesma lesão, com o uso de medicamentos tópicos e sistêmicos, porém, não houve sucesso na cicatrização completa, devido à lambedura excessiva do paciente por não aceitar os métodos de proteção.
Figura 2 – Lesão cutânea na pata traseira esquerda no início do manejo da ferida, de um cão, macho, Dobermann.
Fonte: Arquivo pessoal. 2025.
No final do ano de 2023, o animal foi submetido a um exame clínico completo no mês de setembro, o qual não revelou alterações significativas nos parâmetros laboratoriais e físicos do animal. No entanto, nos meses seguintes, especialmente entre o final de 2023 e início de 2024, a lesão se intensificou com sintomatologia progressiva compatíveis com diabetes mellitus, como polidipsia, poliúria e catarata. Um sinal marcante notado foi a presença de formigas ao redor da urina do animal, o que levou a suspeita de glicosúria. Diante disso, foi solicitado um exame completo, com foco na glicemia, realizado em 04 de janeiro de 2024, cujo resultado apontou 400mg/dL de glicose sanguínea em jejum, confirmando o diagnóstico de diabetes mellitus.
Com a confirmação da enfermidade, iniciou-se o tratamento com a insulina NPH de longa duração e o monitoramento glicêmico diário, conduzidos pela médica veterinária responsável. O cão manteve-se clinicamente estável, glicemia dentro do limite, dieta balanceada e rotina de exercícios leves ajustados à condição metabólica. Ainda assim, a ferida crônica (Figura 3) que não é relacionada diretamente com a condição da diabetes, mas foi agravada pelo comportamento de automutilação e a falta de sensibilidade devido a diabetes, tornou-se o principal foco de preocupação.
Apesar do manejo cuidadoso e dos diversos tópicos previamente testados, a lesão apresentou piora gradual ao longo do ano de 2024, com episódios recorrentes de inflamação e lambedura, sem resposta satisfatória às terapias convencionais. Diante deste desafio terapêutico, optou-se por iniciar um tratamento experimental à base de extrato de barbatimão (Schinopsis brasiliensis) e papaína, visando acelerar o processo de cicatrização. Essa abordagem foi escolhida por suas propriedades adstringentes, antimicrobianas e desbridantes, representando uma alternativa promissora para a recuperação da ferida.
Figura 3. Lesão cutânea em pata traseira esquerda na data de 09/2024, de um cão, macho da raça Dobermann, com diabetes mellitus.
Fonte: Arquivo pessoal. 2025.
3.2. Exames laboratoriais
O animal foi submetido a hemograma completo e bioquímica sanguínea. Na bioquímica sanguínea os exames solicitados foram: creatinina, ureia, glicemia, colesterol, triglicérides, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA) e proteína C reativa.
Além disso, o animal foi submetido a Punção Aspirativa por agulha fina na lesão de pele apresentada, sendo observado: intensa presença de hemácias, neutrófilos e macrófagos predominantes, direcionando para uma lesão piogranulomatosa.
Além disso, o animal foi submetido a hemograma e exame bioquímico no final da pesquisa e foi avaliado a glicose sanguínea antes e no final do tratamento, que serão discutidos abaixo nos resultados.
3.3. Tratamento instituído para ferida crônica
Diante do histórico de ferida crônica de difícil cicatrização no membro posterior esquerdo do cão, mesmo com glicemia controlada e cuidados clínicos constantes, foi optado a implementação da abordagem terapêutica alternativa, para acelerar e favorecer a cicatrização. Assim, foi iniciado um protocolo à base de extrato de barbatimão 10% e papaína 5%, ambos manipulados em forma de pomada para uso tópico.
O tratamento foi realizado de forma domiciliar, com acompanhamento supervisionado pela veterinária responsável. Inicialmente, o procedimento consistia na limpeza da lesão com iodopolvidona 10%, utilizando-se gaze estéril para a remoção cuidadosa de resíduos e secreções. Em seguida, era feita a aplicação da pomada de barbatimão e a papaína na ferida com auxílio da gaze, para evitar qualquer tipo de contaminação, a quantidade era suficiente para cobrir toda a área acometida, sem causar desconforto ao animal.
O extrato de barbatimão foi escolhido por suas propriedades adstringentes, antimicrobianas, anti-inflamatórias e cicatrizantes, favorecendo a contração das bordas da ferida e o controle da microbiota local. Já a papaína, sendo uma enzima proteolítica do mamão, foi utilizada com o objetivo de promover o desbridamento enzimático seletivo, removendo o tecido morto sem agredir os tecidos viáveis, além de estimular a formação de tecido de granulação.
Após a aplicação da pomada, realizava-se o curativo oclusivo com gazes e faixas limpas, para que a lesão permanecesse protegida de lambeduras, contaminações externas e traumas adicionais. O curativo era trocado duas vezes ao dia, sempre avaliando a evolução da lesão, observando os aspectos como coloração, presença de exsudato, odor, dor durante o manuseio e a formação de novos tecidos.
O animal não apresentou dor durante o tratamento realizado, colaborava com a limpeza e as trocas de curativo. Por ser um paciente diabético, durante o manejo da ferida, o animal também era submetido rotineiramente ao monitoramento da glicose e a aplicação de insulina na dose de 30 UI/mL duas vezes ao dia.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta pesquisa, pode-se observar que os parâmetros hematológicos se apresentaram dentro dos valores de referência (Tabela 1), o que indica que o tratamento instituído para o paciente endocrinopata estava repercutindo de forma positiva. A contagem normal de leucócitos totais, com predomínio de neutrófilos segmentados e linfócitos dentro da faixa esperada, reforça a ausência de infecções sistêmicas ou imunossupressão significativa durante o tratamento, tanto da ferida quanto do quadro clínico do paciente. Por sua vez, a contagem de plaquetas dentro da normalidade sugere hemostasia preservada, fundamental para a fase inicial da cicatrização.
Tabela 1 – Resultados observados no hemograma de um cão macho, diagnosticado com Diabetes Mellitus. 2025.

Fonte: arquivo pessoal.
Além disso, no perfil bioquímico (Tabela 2) a glicose referente ao início do tratamento e após, manteve-se dentro do intervalo de 65- 118 mg/dL, mostrando que, apesar do diagnóstico de Diabetes Mellitus, o animal estava metabolicamente estável durante o acompanhamento. O colesterol total 278 mg/dL ficou levemente acima do limite superior, achado comum em cães diabéticos, mas ainda sem repercussão clínica. Amilase, por outro lado, apresentou elevação expressiva 1.557 U/L. Hiperamilasemia discreta a moderada é frequente em diabéticos e nem sempre reflete pancreatite clínica; ainda assim, o valor reforça a necessidade de monitoração pancreática contínua. As enzimas hepáticas ALT e AST permaneceram em faixas normais, sugerindo integridade hepática, enquanto creatinina e ureia indicam função renal preservada.
Tabela 2– Resultados observados nos exames laboratoriais de um cão macho, constatando o diagnóstico de Diabetes Mellitus

Fonte: Arquivo pessoal.
Em relação a cicatrização da ferida no animal, foi observado que durante o protocolo instituído com uso do barbatimão e papaína, o animal apresentou melhora significativa como visto na (Figura 4). Na imagem do dia 19/05 foi possível acesso a lesão, no qual retirou bandagens de proteção, mas infelizmente atrasou a progressão da cicatrização, uma vez que pela lambedura do animal regrediu a cicatrização. Diante disso, foi necessário o uso do Colar Elisabetano para melhor manejo da ferida e cicatrização.
Figura 4. Evolução do tratamento na lesão cutânea em pata traseira esquerda de um cão, macho, da raça Dobermann, com diabetes mellitus.
Fonte: Arquivo pessoal. 2025.
Na figura 5 se pode observar a continuação do tratamento com uso dos fitoterápicos nos dias 20/04, 06/05, 13/05, 19/05, com melhora clínica da lesão.
Figura 5. Evolução do tratamento na lesão cutânea em pata traseira esquerda de um cão, macho, da raça Dobermann, com diabetes mellitus.
Fonte: arquivo pessoal. 2025.
A cicatrização em cães diabéticos é claramente dificultada por alterações metabólicas e microvasculares que reduzem a oxigenação tecidual, onde prejudica a resposta inflamatória e atrasam a síntese de matriz extracelular (MIECZKOWSKI et al., 2022). Embora as raças pequenas apresentem maior prevalência de Diabetes Mellitus, como, Miniature Shnauzer, Poodle e Bichon Frise (FOOTE et al., 2019 apud SOUZA, 2023), o caso que foi descrito envolveu um Dobermann, que apresenta grande porte, diferindo do relatado na literatura. Isso reforça que qualquer cão, independente de porte ou predisposição por raça, pode desenvolver a doença.
Os sinais clínicos apresentados foram polidipsia, poliúria, glicosúria e catarata, sintomas semelhantes observados por (JERICÓ; ANDRADE NETO; KOGIKA, 2015; e FOOTE ET AL., 2019 apud RODRIGUES DE SOUZA, 2023), sintomatologia que corrobora com animais diabéticos relatados na literatura.
A estabilidade dos parâmetros hematológicos ao longo do tratamento reforça que o protocolo tópico de barbatimão e papaína atuou de forma essencialmente local, sem interferir na homeostase sistêmica do paciente. Essa ausência era esperada, pois cães diabéticos bem controlados tendem a apresentar hemograma e provas bioquímicas dentro da normalidade, desde que não haja infecção ou inflamação simultânea, fato que foi observado na pesquisa de Cabral et al., 2017, com roedores expostos ao extrato de barbatimão.
O leve aumento do colesterol e amilase foi interpretado como expressão típica do diabetes canino, não relacionada ao tratamento. No trabalho de (RODGERS, 2017) relata que dislipidemia discreta e hiperamilasemia subclínica são achados comuns em cães diabéticos.
Ao longo do protocolo terapêutico foi observado que os níveis de glicose sanguínea do paciente mantiveram-se dentro dos valores de referência, 98 mg/dL no início e 108 mg/dL ao final do tratamento, que indicava que a cicatrização acelerada não dependia de alterações glicêmicas, mas sim das propriedades da terapia medicinal. De acordo com (SENGODAN et al., 2025) que realizou pesquisa com 100 pacientes portadores de úlcera diabética foram tratados com papaína, foi observada melhora significativa sem nenhum efeito sistêmico observado.
A citologia evidenciou infiltrado de hemácias, neutrófilos e macrófagos, configurando um processo piogranulomatoso típico de ferida crônica. Em animais diabéticos, esse padrão é esperado, pois a hiperglicemia prolongada prejudica a quimiotaxia, diminui a capacidade fagocitária de macrófagos e neutrófilos e mantém a ferida presa na fase inflamatória, retardando a epitelização. Estudo experimental realizado com ratos hiperglicêmicos (CAMPOS et al., 2020), mostrou exatamente esse fenômeno, o acúmulo prolongado de células inflamatórias e o atraso na passagem para a fase proliferativa.
Além dos bons resultados laboratoriais, é importante destacar a evolução clínica da lesão cutânea do paciente, que através do uso da papaína como escolha foi essencial, não apenas por sua acessibilidade, mas principalmente por sua eficácia já reconhecida no manejo de feridas crônicas e de difícil cicatrização (CABRAL et al., 2017).
Com isso, se confirmou com uso do barbatimão associado à papaína melhora progressiva e significativa do quadro, mesmo com o animal dificultando a proteção da lesão, com melhora evidenciada pelas fotografias, que demonstrou potencial do tratamento no processo de reparação tecidual.
5. CONCLUSÃO
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do uso do barbatimão (Stryphnodendron adstringens) associado à papaína no tratamento de uma ferida crônica em um cão diagnosticado com diabetes mellitus tipo I, com resultados significativos, que demonstraram que a associação desses fitoterápicos mostrou cicatrização relevante, com melhora clínica da lesão, sem provocar alterações hematológicas ou bioquímicas significativas no paciente.
A estabilidade dos parâmetros laboratoriais ao longo do tratamento reforça a segurança da terapia utilizada, evidenciando a evolução visual da cicatrização pelo seu potencial terapêutico. A presença de tecido de granulação, a redução do exsudato e a contração da ferida durante o protocolo sugerem que o barbatimão com a papaína atuou de forma sinérgica, favorecendo a reparação tecidual em um paciente imunocomprometido.
Desta forma, se conclui que o uso tópico dos fitoterápicos mencionados podem representar uma alternativa eficaz, acessível e segura para o manejo de feridas de difícil cicatrização em cães diabéticos. No entanto, novos estudos clínicos com maior número de pacientes e protocolos padronizados são necessários para validar cientificamente sua aplicação rotineira na prática veterinária, tanto no manejo de eventuais lesões de pele, quanto para feridas em pacientes diabéticos.
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1Aluna do curso de medicina veterinária da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Campos Gerais, Campos Gerais, Minas Gerais, Brasil: E-mail: gabrielasilvaamancio1304@hotmail.com
2Professora do curso de medicina veterinária da FACICA. E-mail: crisalicemelo@gmail.com