AVALIAÇÃO DO PERFIL DE RISCO CARDIOVASCULAR DE GESTANTES DE ALTO RISCO EM MATERNIDADE DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO PIAUÍ

ASSESSMENT OF THE CARDIOVASCULAR RISK PROFILE OF HIGH-RISK PREGNANT WOMEN IN A REFERENCE MATERNITY HOSPITAL IN THE STATE OF PIAUÍ

EVALUACIÓN DEL PERFIL DE RIESGO CARDIOVASCULAR DE GESTANTES DE ALTO RIESGO EN UNA MATERNIDAD DE REFERENCIA DEL ESTADO DE PIAUÍ

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10672583


Mariana Elvas Feitosa Holanda¹; José de Arimatéa dos Santos Júnior²; Marcelo Moreira Arêa Leão³; Rodrigo Bastos4; Giovana Castilho Ribeiro Bastos5; Danilo Antonio Giarola6; Alice Lima Rosa Mendes7; Pedro Alan Elvas Feitosa8; Suely Moura Melo9; Luciano Malta Pacheco10


RESUMO

O objetivo da pesquisa foi avaliar o perfil de risco cardiovascular de 44 gestantes que estiveram em uma maternidade de referência do estado do Piauí entre janeiro e março de 2023, bem como analisar as suas repercussões cardíacas e obstétricas. Tratou-se de um estudo longitudinal, analítico, quantitativo e documental. Foi aplicado um questionário estruturado, contendo os fatores de risco cardiovasculares (FRCV), os dados do cartão da gestante e do prontuário, além de exames laboratoriais. Ao término do período de coleta, questionaram-se as possíveis repercussões cardíacas e obstétricas. A análise dos dados foi realizada no software SPSS – Statistical Packcage for the Social Sciences (versão 20) e utilizou-se nível de significância de 5%. A média de idade encontrada foi 30,8±6,5 anos. Os principais FRCV encontrados foram: peso inadequado (81,8%), sedentarismo (68,2%), DCV (50%), história pessoal de DCV (40,9%), DMG (27%), uso de bebida alcoólica (13,6%), tabagismo (2,3%) e DM prévio à gestação (2,3%). Os exames físicos e laboratoriais tiveram como valores médios: PAS de 119,1 ± 12,4 mmHG, PAD de 76,1 ± 9,4 mmHg, glicemias em jejum de 77,9 ± 13,4 mg/dL, LDL colesterol de 113,4 ± 36,8 mg/dL e HDL colesterol de 65,9 ± 12,4 mg/dL; o colesterol total de 206,3 ± 55,6 mg/dL, o TGL de 171,5 ± 48,0 mg/dL e creatinina de 0,6 ± 0,19 mg/dL. E os principais desfechos encontrados para essas pacientes foram: sem intercorrências (63,6%), PE (20,5%), DMG (6,8%), prematuridade (4,5%), síndrome hellp (2,3%) e abortamento (2,3%). Dessa forma, observou-se que o peso inadequado e o sedentarismo foram os mais prevalentes dentre os fatores de risco, tratando-se de FRCV evitáveis. Já o desfecho obstétrico e cardiovascular foi, em sua maioria, sem intercorrências. As principais complicações encontradas nessas participantes foram PE e DMG, que estiveram relacionadas à obesidade, que foi um dos FRCV de alta prevalência nas gestantes do presente estudo.

Palavras-chave: Fator de risco; Doença cardiovascular; Gestação; Perfil metabólico.

ABSTRACT

The objective of the research was to evaluate the cardiovascular risk profile of 44 pregnant women who were in a reference maternity hospital in the state of Piauí between January and March 2023, as well as to analyze their cardiac and obstetric repercussions. This was a longitudinal, analytical, quantitative and documentary study. A structured questionnaire was applied, containing cardiovascular risk factors (CVRF), data from the pregnant woman’s card and medical records, in addition to laboratory tests. At the end of the collection period, possible cardiac and obstetric repercussions were questioned. Data analysis was carried out using the SPSS software – Statistical Packcage for the Social Sciences (version 20) and a significance level of 5% was used. The average age found was 30.8±6.5 years. The main CVRFs found were: inadequate weight (81.8%), sedentary lifestyle (68.2%), CVD (50%), personal history of CVD (40.9%), GDM (27%), use of alcoholic beverages (13.6%), smoking (2.3%) and DM prior to pregnancy (2.3%). Physical and laboratory examinations had the following mean values: SBP of 119.1 ± 12.4 mmHG, DBP of 76.1 ± 9.4 mmHg, fasting blood glucose of 77.9 ± 13.4 mg/dL, LDL cholesterol of 113.4 ± 36.8 mg/dL and HDL cholesterol of 65.9 ± 12.4 mg/dL; total cholesterol was 206.3 ± 55.6 mg/dL, TGL was 171.5 ± 48.0 mg/dL and creatinine was 0.6 ± 0.19 mg/dL. And the main outcomes found for these patients were: uneventful (63.6%), PE (20.5%), GDM (6.8%), prematurity (4.5%), hellp syndrome (2.3% ) and abortion (2.3%). Thus, it was observed that inadequate weight and a sedentary lifestyle were the most prevalent among the risk factors, being preventable CVRF. The obstetric and cardiovascular outcome was, for the most part, uneventful. The main complications found in these participants were PE and GDM, which were related to obesity, which was one of the CVRFs with high prevalence in pregnant women in the present study.

Keywords: Risk factor; Cardiovascular disease; Gestation; Metabolic profile.

RESUMEN

El objetivo de la investigación fue evaluar el perfil de riesgo cardiovascular de 44 gestantes que estuvieron en una maternidad de referencia del estado de Piauí entre enero y marzo de 2023, así como analizar sus repercusiones cardíacas y obstétricas. Se trata de un estudio longitudinal, analítico, cuantitativo y documental. Se aplicó un cuestionario estructurado que contenía factores de riesgo cardiovascular (FRCV), datos del carné de la gestante y de la historia clínica, además de exámenes de laboratorio. Al finalizar el período de recolección se cuestionaron posibles repercusiones cardíacas y obstétricas. El análisis de los datos se realizó mediante el software SPSS – Statistical Packcage for the Social Sciences (versión 20) y se utilizó un nivel de significancia del 5%. La edad promedio encontrada fue de 30,8±6,5 años. Los principales FRCV encontrados fueron: peso inadecuado (81,8%), sedentarismo (68,2%), ECV (50%), antecedentes personales de ECV (40,9%), DMG (27%), consumo de bebidas alcohólicas (13,6%), tabaquismo (2,3%) y DM antes del embarazo (2,3%). Los exámenes físicos y de laboratorio tuvieron los siguientes valores medios: PAS de 119,1 ± 12,4 mmHG, PAD de 76,1 ± 9,4 mmHg, glucemia en ayunas de 77,9 ± 13,4 mg/dL, colesterol LDL de 113,4 ± 36,8 mg/dL y colesterol HDL de 65,9 ± 12,4 mg/dl; el colesterol total fue de 206,3 ± 55,6 mg/dL, el TGL fue de 171,5 ± 48,0 mg/dL y la creatinina fue de 0,6 ± 0,19 mg/dL. Y los principales resultados encontrados para estos pacientes fueron: sin incidentes (63,6%), EP (20,5%), DMG (6,8%), prematuridad (4,5%), síndrome de Hellp (2,3%) y aborto (2,3%). Así, se observó que el peso inadecuado y el sedentarismo fueron los más prevalentes entre los factores de riesgo, siendo FRCV prevenibles. El resultado obstétrico y cardiovascular transcurrió, en su mayor parte, sin incidentes. Las principales complicaciones encontradas en estas participantes fueron EP y DMG, las cuales se relacionaron con la obesidad, que fue uno de los FRCV con alta prevalencia en las gestantes en el presente estudio.

Palabras clave: Factor de riesgo; Enfermedad cardiovascular; Gestación; Perfil metabólico.

INTRODUÇÃO

A doença cardíaca é a principal causa de mortalidade em mulheres adultas. Os distúrbios hipertensivos específicos da gravidez (DHEG), como hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia, afetam até 10% de todas as gestantes. Essas mulheres têm um risco duas vezes maior de desenvolverem doenças cardiovasculares (DCV) posteriormente, comparadas a gestantes normotensas. Por isso, a detecção precoce dos fatores de risco e a prevenção para os DHEG são importantes para evitar as consequências cardiovasculares danosas às quais essas mulheres estarão sujeitas no futuro, como doenças cardiovasculares prematuras e infarto agudo do miocárdio (BENSCHOP; DUVEKOT; VAN LENNEP, 2019).

A hipertensão arterial crônica ocorre em 0,9-1,5% das grávidas, e a pré-eclâmpsia (PE) complica de 2 a 8% das gestações no mundo. É imprescindível que a gestante seja diagnosticada antes que venha a desenvolver outros distúrbios hipertensivos, tendo em vista que essas são as principais causas de mortalidade materna e perinatal (MONTENEGRO; REZENDE,2014).

Os fatores de alto risco para PE são classificados como de alto ou moderado risco. Os de alto risco podem ser descritos como: história prévia de pré-eclâmpsia, hipertensão crônica e/ou doença renal, trombofilia, LES e diabetes; já os de risco moderado são: primípara, história familiar, gravidez gemelar, fertilização in vitro, obesidade, idade materna maior que 40 anos, etnia negra e intervalo gestacional maior que 10 anos. Por se tratar de um marcador de risco futuro, as mulheres em situação de risco devem ser abordadas de forma mais atenta e integral para prevenção efetiva de doença cardiovascular (MONTENEGRO; REZENDE,2014).

A triagem dos fatores de risco cardiovascular permite a elaboração de um plano de prevenção primária no qual as maiores beneficiadas são as gestantes, que podem alterar esse perfil, evitando o desenvolvimento de futuras lesões de órgãos-alvo e DCV futuras.

O estudo multicêntrico Cardiac Disease in Pregnancy Study (CARPREG) foi a primeira pesquisa que desenvolveu um estudo sobre o índice de risco para previsão de complicações cardíacas maternas a partir de dados clínicos e ecocardiográficos maternos gerais, obtidos durante a consulta pré-natal. O estudo objetivou examinar as complicações cardíacas durante a gravidez, incluindo complicações menos comuns e suas tendências temporais; e a partir disso derivar um índice de estratificação de risco abrangente que incluiria variáveis clínicas e ecocardiográficas, a lesão cardíaca anatômica específica e variáveis relacionadas à prestação de cuidados. Atualmente, não existem estudos que incluam variáveis específicas de risco cardiovascular materno ao desfecho gestacional (SILVERSIDES; GREWAL; MASON SERMER; KIESS; RYCHEL, 2018).

Nesse contexto, o estudo desse trabalho propôs a avaliação do perfil de risco cardiovascular das gestantes da maternidade de referência do estado do Piauí, a partir da identificação, análise e quantificação dos fatores de risco cardiovascular (FRCV), para, assim, analisar as repercussões cardíacas e obstétricas nessas pacientes ao longo da gravidez.

METODOLOGIA

O presente estudo obedeceu à resolução 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nos seus aspectos legais e científicos que tratam de pesquisas que envolvem seres humanos, garantindo assim respeito e proteção aos participantes. A pesquisa foi submetida à apreciação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Facid Wyden e obteve o parecer aprovado sob o CAAE Nº 65763422.0.0000.5211.

A presente pesquisa caracterizou-se como um estudo de natureza analítica, longitudinal, de abordagem quantitativa, exploratória quanto aos objetivos e documental quanto aos procedimentos técnicos.

O cenário da pesquisa foi uma Maternidade de referência do estado do Piauí, tendo como participantes pacientes gestantes com ou sem história de doença cardiovascular ou DHEG, que aceitaram participar do estudo, assinando o TCLE no período compreendido entre janeiro de 2023 a março de 2023. O trabalho utilizou uma amostra obtida por conveniência com um total de 50 pacientes, correspondendo, inicialmente, a mulheres marcadas na rotina de atendimento da maternidade. Dessas, 44 compuseram a amostragem final. As outras seis pacientes indicaram uma perda amostral de 12%, por impossibilidade de contato.

Foram excluídas dessa pesquisa as pacientes que não aceitaram participar do estudo; pacientes com patologias graves que envolveram risco de vida imediato; pacientes com déficits cognitivos ou deficiências físicas que impediram a sua participação. Inicialmente, foi instituída sobre o questionário estruturado, o qual incluía: características demográficas e socioeconômicas, quantidade de consultas, medidas antropométricas e medida de fundo uterino, aferição da pressão arterial, principais fatores de risco para doença cardiovascular, histórico obstétrico e cardiológico, classificação no score CARPREG e medicações de uso contínuo.

Na avaliação, também foram analisados exames laboratoriais realizados no pré-natal, sendo acrescido à rotina o lipidograma e a função renal das pacientes em comum acordo com o serviço obstétrico prestado. A aferição da pressão arterial foi realizada em duas ocasiões intercaladas, sendo a primeira medida por esfigmomanômetros digitais validados e a segunda pelo método manual auscultatório, sendo considerada a média final das duas medidas. Foram consideradas hipertensas as pacientes que apresentaram uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg, e a pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg, além daquelas que faziam uso prévio de anti-hipertensivos.

Foram incluídas características demográficas e socioeconômicas, além do grau de escolaridade. Dentre as pacientes residentes na cidade de Teresina-PI, foram consideradas moradoras da zona urbana e pacientes provenientes de povoados e outras cidades fora da área urbana da capital, portanto moradoras da zona rural. Já o grau de escolaridade incluiu pacientes com ensino fundamental, médio ou superior completo ou incompleto, sendo questionada também a atividade profissional da paciente. Também foram utilizadas as medidas antropométricas: peso e altura, sempre checados antes da consulta na rotina da maternidade e cálculo do Índice de Massa Corpórea para classificação das pacientes. Ademais, checou-se a medida do fundo uterino para avaliação do crescimento fetal

Alguns hábitos de vida foram questionados e estavam relacionados à alimentação, à atividade física, ao tabagismo e à ingestão de bebida alcoólica. Foram consideradas as pacientes com alimentação adequada aquelas que relataram fazer acompanhamento nutricional; as pacientes ativas, aquelas que realizam no mínimo 30 minutos de exercício regularmente 3 vezes por semana; as pacientes fumantes, aquelas que fizeram uso de um cigarro por dia em seis meses e as que realizaram a ingestão de álcool que foi considerada positiva em pacientes que referiram utilizar 60 mL ou mais, em ao menos uma ocasião por mês.

O histórico pessoal, obstétrico e familiar de doenças cardiovasculares foi questionado, com o objetivo de identificar presença de doença CV (doença coronariana, doença cerebrovascular, doença arterial periférica e insuficiência cardíaca congestiva) e renal prévias. Foi realizada a solicitação de exames complementares: Glicemia em jejum, creatinina, lipidograma e proteinúria de 24 horas, em pacientes com suspeita de pré- eclâmpsia. Foram consideradas portadoras de diabetes mellitus, as pacientes com glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dL na primeira avaliação e as portadoras de diabetes mellitus gestacional, aquelas que tiveram uma glicemia de jejum entre 92 e 126 mg/dL. As pacientes dislipidêmicas foram aquelas que apresentaram o colesterol total maior que 200 mg/dL, o colesterol low density lipoproteins (LDL) maior ou igual a 160 mg/dL e os triglicerídeos (TGL) maiores ou iguais a 150 mg/dL ou colesterol high density lipoproteins (HDL) menor que 50 mg/dL.

O escore de risco CARPREG foi estimado a partir dos 10 preditores de risco cardiovascular considerados: eventos cardíacos prévios ou arritmias; classe funcional NYHA (New York Heart Association) ruim ou cianose; doença valvar de alto risco/obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo; disfunção ventricular sistêmica; sem intervenções cardíacas prévias; válvulas mecânicas; alto risco de aortopatias; hipertensão pulmonar; doença arterial coronariana e avaliação da gravidez tardia, através do número de consultas para a idade gestacional. Ao final do período de coleta de dados, foi realizado o contato telefônico com as gestantes com o intuito de identificar possíveis desfechos e complicações obstétricas (préeclâmpsia, eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro).

O trabalho utilizou um tipo de amostragem por conveniência, com uma amostra composta de 44 mulheres, sendo atendidos todos os pré-requisitos estabelecidos neste estudo. Os dados das fichas foram organizados em uma planilha do programa Microsoft Excel, posteriormente exportadas para análises no software de análise estatíatica SPSS – Statistical Packcage for the Social Sciences (versão 20). Os resultados foram descritos em tabelas de frequência absoluta, relativa, médias e desvios-padrão. Foram realizados cálculos de prevalência através do Teste Qui-Quadrado. Após as análises, os dados foram apresentados na forma de tabelas e gráficos, para melhor compreensão. O Nível de significância adotado foi de 5%, ou seja, quando o p-valor < 0,05 e o nível de confiança é de 95%.

Em relação aos benefícios, a pesquisa permitiu o conhecimento sobre a prevalência de sobre o perfil de risco cardiovascular em gestantes e a correlação com a evolução da gestação.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A Tabela 1 apresentou a média de idade das pacientes participantes desse trabalho, bem como seu local de residência e grau de escolaridade e respectivos desvios padrões.

Tabela 1. Características amostrais, conforme média de idade, moradia e escolaridade (n=44).

Fonte: Autor (2024).

De acordo com os dados observados na Tabela 1, a média de idade foi de 30,8 anos e o DP de ±6,5. Ademais, no que concerne ao local de habitação, 25 pacientes residiam na zona urbana correspondendo a 56,8%, enquanto que 19 pacientes residiam na zona rural o que equivale a 43,2%. Quanto à escolaridade aferida no estudo, houve maior destaque para pacientes que possuiam o ensino médio completo cerca de 84,1% da amostra. A segunda categoria com maior representatividade no estudo foi a que tinha ensino superior, com 5 pacientes (11,4%); já a categoria ensino fundamental teve apenas 2 pacientes (4,5%).

Ao analisar os dados provenientes da Tabela 1, foi possível observar que a média de idade esteve situada entre 30,8 ± 6,5 anos, e a maioria das pacientes residia em moradia na zona urbana. Tais dados estão de acordo com o estudo de Abreu et al. (2019), que identificou que a média 26,2 ± 6,8 anos era comum em pacientes provenientes, em sua maioria, de área urbana. A literatura indicou que a idade mais propícia para a concepção seria por volta dos 25 anos de idade e que a postergação deste período gestacional está associada ao surgimento de complicações durante a gestação, segundo Aldrighi et al., (2021) em seu estudo com uma população de 1.336 mulheres de idade materna avançada, destas 300 pacientes apresentaram hipertensão arterial sistêmica, além disso, neste mesmo estudo, 58,4% destas foram submetidas a partos cesarianos.

Em seu estudo, Abreu et al. (2019) evidenciaram que o maior número de mulheres residia na zona urbana, o que corroborou com o resultado da pesquisa. Quanto à escolaridade, a maioria dos casos foi registrada em pacientes com ensino médio. Sabe-se que o nível de escolaridade é um dos fatores ligados ao desenvolvimento biopsicossocial, logo, um maior número de anos de estudo é um indicador de melhor qualidade de vida e, consequentemente, de acesso à saúde. Pedraza; Lins (2021) evidenciou que a educação é um dos fatores ligados ao desenvolvimento socioeconômico, logo, baixos níveis de escolaridade podem predizer maiores propensões ao adoecimento, sobretudo em gestantes.

A Tabela 2, apresenta as caraterísticas da amostra referentes ao número de consultas e aos dados antropométricos como peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e o Escore de Risco Cardiovascular em gestantes (CARPREG).

Tabela 2. Características amostrais, conforme número de consultas e dados antropométricos (n=44).

Fonte: Autor (2024).

A análise da Tabela 2, evidenciou que a média da idade gestacional (IG) encontrada a partir da primeira consulta foi de 27,9 ± 8,8 semanas, o número médio de consultas foi de 6,9 ± 3,5 semanas. O peso médio verificado entre as participantes do estudo foi de 80,5 ± 20,9 quilos. A altura média encontrada foi de 1,54 ± 2,54 m. O IMC médio encontrado foi de 31,8 ± 7,0 Kg/m2. O escore de CARPREG médio encontrado na pesquisa 1,18 ± 0,6.

Conforme Silva et al., (2023) e Stevanato et al., (2020), o ganho de peso excessivo durante a gestação é um dos principais fatores associados a complicações, não apenas no organismo da gestante, mas também para o feto, já que as modificações decorrentes do excesso de peso afetam o metabolismo do binômio materno-fetal. Uma das complicações mais frequentes relacionadas ao excesso de peso adquirido é o surgimento de diabetes mellitus gestacional (DMG).

Segundo Martins; Brati e Brun (2021), o DMG é um dos maiores fatores de risco associados à morbimortalidade materno-fetal no Brasil. Isso acontece, sobretudo, devido às alterações epidemiológicas e comportamentais, em que fatores como a predisposição genética são estimulados pela ingestão excessiva de alimentos e, consequentemente, causando elevação exacerbada da massa ponderal da gestante durante este período. Oliveira et al., (2021) mostraram que fetos cujas mães possuem DMG tendem a nascer com macrossomia e apresentar hipoglicemia severa ao nascimento.

O parâmetro avaliado para quantificar o ganho de peso e avaliar estas gestantes foi o IMC, cujo valor médio observado na amostra pesquisada foi de 31,8 ± 7,0 Kg/m2, dado discrepante do averiguado por Abreu et al., (2019), que em seu estudo sobre fatores de risco cardiovasculares em gestantes, encontrou o IMC médio de 25,1 ± 5,8. Isso mostra que o IMC das gestantes analisado pelo estudo foi maior, o que pode indicar maior predisposição a eventos cardiovasculares. A Tabela 3 apresenta os dados relativos aos hábitos de vida e patologias de interesse para o estudo tais como doenças cardiovasculares e dislipidemias.

Tabela 3. Características amostrais, conforme hábitos de vida e patologias presentes na amostra (n=44).

Fonte: Autor (2024).

Conforme a Tabela 3, 30 gestantes (68,2%) não praticavam atividade física e 38 gestantes (86,4%) não consumiam bebidas alcoólicas. Dentro da amostra, 43 gestantes (97,7%) não eram tabagistas (tabagismo foi observado em apenas 1 caso; que equivaleu a 2,3%). Quanto ao histórico de DCV, este foi negativo em 26 das pacientes (59,1%). Observou-se que a maioria das gestantes apresentaram PE na gestação anterior, n=8 (18,2%), seguida de HAS gestacional n=7 (15,9%), e as menos encontradas foram HAS, n=2 (4,5%) e arritmia, n=1 (2,3%).

Na gestação atual, as DCV foram observadas em metade da amostra, 22 pacientes (50%), sendo que a maioria apresentou HAS gestacional com n=19 casos (43,2%). As DCVs menos frequentes foram HAS com n=2 casos (4,5%) e arritmia com n=1 caso (2,3%), havendo ausência de casos de PE na gestação atual, n=0. No que concerne ao histórico familiar de DCV, a maioria dos casos foi positiva com n=32 casos confirmados (72,7%). Quanto à diabetes, n=31 gestantes não apresentaram o agravo (70,5%), entretanto, 12 gestantes (27,3%) apresentaram a forma gestacional da doença, 1 gestante (2,3%) já apresentava diagnóstico de diabetes anterior à gestação.

Salvetti et al. (2021) evidenciaram que o sedentarismo é fator de risco para complicações gestacionais, visto que esse hábito por si só já representa fator de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas em condições não gravídicas. Isso fomentou o estudo de Giarllarielli et al. (2023), corroborando que a inatividade física predispõe o surgimento de alterações cardiovasculares e metabólicas também em gestantes, assim como favorece o ganho de peso, que também atua como fator de risco para DCV.

No que concerne às DCV presentes na gestação, 22 gestantes não apresentaram esse risco, mas a HAS gestacional foi o principal achado no estudo e está de acordo com a literatura, assim como proposto por Silva et al. (2021), o que evidenciou o aumento de comorbidades cardiovasculares em pacientes gestantes. Isso também é corroborado pelo estudo de Santos et al., (2023) sobre a obesidade gestacional e o aumento de intercorrências durante a gravidez, como DMG e alterações dos níveis pressóricos.

Paralelo a isso, Abreu et al. (2019) também reforçaram que pacientes com histórico familiar de eventos cardiovasculares apresentam maior predisposição ao desenvolvimento destes eventos durante a gestação, o que aumenta o risco de DCV gestacional. Junto a isso, Ligório et al. (2021), evidenciaram que este risco também está ligado ao histórico de DM e que estas mulheres podem evoluir para formas crônicas da doença, mesmo após a gestação. A Tabela 4 apresenta os dados clínicos e laboratoriais, bem como suas médias e desvios-padrões, respectivamente.

Tabela 4. Dados clínicos e laboratoriais (n=44).

Fonte: Autor (2024).

A Tabela 4, mostrou que a média de PAS foi de 119,1 ± 12,4 mmHg, enquanto a média de PAD foi 76,1 ± 9,4 mmHg. A média de glicemias em jejum foi de 77,9 ± 13,4 mg/dL. A média de LDL colesterol foi de 113,4 ± 36,8 mg/dL e HDL colesterol foi de 65,9 ± 12,4 mg/dL; o colesterol total apresentou média de 206,3 ± 55,6 mg/dL. O TGL apresentou média de 171,5 ± 48,0 mg/dL e a creatinina apresentou média de 0,6 ± 0,19 mg/dL.

De acordo com Abreu et al. (2021) a falta de exercícios físicos aliada a uma alimentação pouco salubre foi identificada globalmente como um fator de risco para o aumento da obesidade e demais comorbidades ligadas a isso, como alterações metabólicas e cardiovasculares, além de complicações durante a gestação. Por esse motivo, é recomendado que mulheres que desejam engravidar trabalhem para alcançar um peso saudável antes da concepção e mantenham um estilo de vida saudável durante toda a gestação.

A obesidade pré-gestacional pode elevar o risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, complicações no parto e até mesmo mortalidade materna e fetal. Por isso, é fundamental que a gestante receba acompanhamento médico adequado e siga as orientações nutricionais e de atividade física durante todo o período gestacional (JUSTINO; VASCONCELLOS, 2020).

Portanto, o excesso de peso, associado a alterações laboratoriais de demais padrões de LDL e HDL, pode predispor o surgimento de complicações de cunho cardiovascular. Além disso, dados da literatura indicam que entre 20 a 40 por cento das mulheres brasileiras com idade média de 30 anos apresentam excesso de peso, o que é alarmante.

Ao analisar os dados provenientes da Tabela 4 e compará-los à literatura, pode-se avaliar que estes mantiveram-se em estabilidade e não apresentaram grandes alterações que destoassem das pesquisas (ABREU et al., 2019). Conforme Espinosa et al. (2021), o risco relativo de eventos cardiovasculares em mulheres com HDL baixo é maior que o dos homens, e as evidências indicaram que um aumento de 1% no HDL é capaz de reduzir esse risco em torno de 2 a 4% dos casos. A Figura 1 demonstra a distribuição por grupos com fatores de risco cardiovascular associados.

Com base no gráfico de setores exibido, foi observado que o maior número de gestantes apresentou apenas um fator de risco para DCV associadas à gestação, com 17 casos (38,64%), seguido pela categoria “2 fatores de risco” e “3 fatores de risco” com 9 casos (20,45%) respectivamente. A categoria “4 fatores de risco” apresentou 6 casos (13,64%) enquanto a categoria “nenhum fator de risco” apresentou 3 casos (6,82%).

Conforme Abreu et al. (2019) quanto maior o número de fatores de risco associados a DCV em gestantes, maiores as chances de ocorrência de eventos cardiovasculares, uma vez que os fatores de risco predizem o surgimento de alterações hemodinâmicas e metabólicas associadas a eventos patológicos gestacionais. A Tabela 5, a seguir, apresenta a prevalência de complicações por características de estilo de vida e histórico de saúde.

Tabela 5. Prevalência de complicações por características de estilo de vida e histórico de saúde (n=44).


Fonte: Autor (2024).

Na Tabela 5 foi utilizado o Teste Qui-quadrado para o cálculo de razão de prevalência. A análise da tabela evidenciou que a prevalência de complicações por características de estilo de vida e histórico de saúde possui maior significância no que concerne à prevalência associada a: “História DCV” com 9 casos (50,0%), RP 5,50(1,34 – 22,53) e p= 0,013; “Histórico HAS” apresentou 8 casos (47,1%), RP 3,91 (1,05 – 15,23) e p=0,043. Quanto ao “Risco Idade”, não houve presença de complicações 13 casos (44,8%) RP 1,81 (1,30 – 2,52) e p= 0,002.

Como observado por Abreu et al. (2019) o sedentarismo é um dos principais fatores associados à presença de DCV durante a gestação, pois este estilo de vida está ligado ao surgimento de alterações hemodinâmicas e metabólicas, tais como a HAS. No estudo de Abreu et al. (2019), não apenas HAS, como o HF de HAS são fatores de risco ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares durante a gestação e demais intercorrências. Entretanto, diferindo de Aldrighi et al. (2021), não foi observada significância entre a idade materna elevada e o aumento de comorbidades cardiovasculares. Tal realidade, encontrada no estudo, sugere que a idade materna não está relacionada às complicações de cunho cardiovascular, entretanto, não afasta demais agravos relacionados à idade materna, como alterações cromossômicas e demais anomalias congênitas. A Tabela 6 apresenta a evolução das gestações conforme os eventos observados na pesquisa.

Tabela 6. Evolução da Gestação (n=44).


Fonte: Autor (2024).

Ao analisar a Tabela 6, é possível destacar que a evolução mais comum foi “sem intercorrências”, com 28 casos (63,6%), contudo, dentre as intercorrências observadas, a mais comum foi a pré-eclâmpsia com 9 casos (20,5%). Abreu et al. (2019), em seu estudo, observaram que a elevação dos TG é considerada, também, um dos fatores que compõem a síndrome metabólica e é fator de risco para pré- eclâmpsia, que foi a alteração mais observada em seu estudo.

Apolônio et al. (2019), em seu trabalho sobre a relação entre a pré-eclâmpsia e a obesidade, observaram que pacientes com obesidade pré-gestacional já apresentam por si só maiores chances de desenvolver DCV durante a gestação e agravamento de quadros de eclâmpsia e pré-eclâmpsia. Ademais, estas pacientes tendem a ganhar mais peso durante o curso da gestação e possuem maior risco de desenvolverem DMG. Logo abaixo, a Figura 2 mostra a distribuição por grupos com fatores de risco cardiovascular associados.

A Figura 2 evidencia os agrupamentos de gestantes conforme o peso. No grupo em que houve complicações, a maior parte 10 casos (22,72%) ocorreu em gestantes obesas. Paralelo a isso, no grupo em que não houve complicações, 19 gestantes (43,18%) que apresentaram obesidade.

Ao comparar o resultado com os achados da literatura, Santos et al. (2023) evidenciaram que a obesidade é o principal fator de risco para diversas complicações relacionadas à gestação e ao termo. Durante o período gestacional, a obesidade favorece o surgimento de DMG e dislipidemias, e isso pode culminar na gênese de DCV. Isso foi corroborado pelo estudo de Silva et al. (2021) em que a obesidade foi avaliada como um dos principais fatores desencadeadores de HAS gestacional. Nessa ótica, foi observado que a obesidade, o sedentarismo e o histórico familiar estão intimamente ligados com o aumento do risco de desenvolvimento de DCV, além de favorecer quadros de pré-eclâmpsia.

A Tabela 7 demonstra o Escore de risco CARPREG conforme as complicações cardíacas encontradas nas pacientes avaliadas.

Tabela 7. Escore de risco CARPREG (n=44).


Fonte: Autor (2024).

A análise da Tabela 7 demonstrou que a maioria das gestantes apresentou escore “CARPREG 0”, 40 pacientes (90,9%), essas não tinham preditores, apenas 2 gestantes (4,5%) tiveram “CARPREG 1” devido avaliação tardia da gravidez, e 2 gestantes apresentaram “CARPREG 4” o que equivale a 4,5%, por conta de arritmias cardíacas e ausência de intervenção cardíaca prévia.

Silversides et al. (2018) identificaram que a pontuação de risco “CARPREG 0” ocorreu em 1.135 pacientes (59%), de acordo com a literatura, no qual a maioria das gestantes teve ausência de preditores. O “CARPREG 1” ocorreu em 703 gestações (36%), e >1 em 100 gestações (5%), correspondendo à minoria, em concomitância com os resultados encontrados. Dentre as principais complicações cardíacas maternas, tiveram destaque a arritmia e a insuficiência cardíaca. Desta forma, a predição de complicações cardíacas maternas em gestantes com cardiopatia requer integração de informações clínicas, ecocardiográficas e variáveis de lesão cardíaca materna específica.

CONCLUSÃO

A partir da análise realizada, verificou-se que as gestantes atendidas na maternidade de referência do estado do Piauí apresentaram como principais fatores de risco cardiovascular em ordem decrescente de prevalência: peso inadequado atribuído à obesidade e ao sobrepeso, ao sedentarismo, a DCV, a história pessoal de DCV, a DMG, a ingestão de bebida alcoólica, ao tabagismo e a DM prévio a gestação. Tal resultado demonstra que predominam fatores de risco modificáveis na gravidez a partir de alguns cuidados como o controle de peso e evitar o sedentarismo, expondo, assim, a necessidade de maior atenção nutricional às pacientes, bem como a orientação sobre a realização de atividades físicas que são sabidamente favoráveis à gestação.

No que concerne à evolução da gestação, observou-se que a maioria das grávidas evoluiu sem intercorrência (63,6%). Entretanto, dentre as gestantes que apresentaram complicações cardíacas e obstétricas, observou-se maior incidência de PE (20,5%) e de DMG (6,8%). As complicações apresentadas no presente estudo estão relacionadas à obesidade, assim como já está descrito na literatura e contribui para esse importante aspecto da saúde da mulher.

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¹ORCID:https://orcid.org/0000-0003-0481-5496
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²ORCID: http://orcid.org/0000-0002-3194-5336
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4ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7960-3629
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5ORCID: https://orcid.org/0009-0001-9159-5964
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6ORCID: https://orcid.org/0009-0001-5515-2517
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7ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1960-9647
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8ORCID: https://orcid.org/0009-0009-6468-9066
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9ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9996-0850
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10ORCID: https://orcid.org/0009-0009-1352-4165
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