AVALIAÇÃO DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA VISÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL.

EVALUATION OF THE FAMILY HEALTH SUPPORT CENTER: A VIEW OF THE MULTIDISCIPLINARY TEAM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10547608


Suellem Carla Nunes Nobre1,
Marcos Valério Santos da Silva2


RESUMO

O objetivo deste artigo é discutir como os profissionais dos Núcleos de apoio à Saúde da Família avaliam suas concepções acerca deste dispositivo presente na atenção básica. Trata-se do recorte de uma dissertação de mestrado de natureza qualitativa, realizada no município de Belém-Pará, no período de fevereiro a março de 2017. Em sua maioria os participantes referiram que avaliam como positivas suas ações, revelando que os usuários aderem às diversas atividades e atendimentos propostos, destacando principalmente os atendimentos grupais com objetivos de promoção da saúde e qualidade de vida, gerando desta forma, melhora significativa na qualidade de vida dos participantes.

Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Atenção Básica. Equipe multiprofissional.

ABSTRACT

The aim of this article is to discuss how professionals of the Family Health Support Centers evaluate their own conceptions about this device present in basic health care. This is the cut of a master’s degree dissertation, a qualitative approach held in the city of Belém-Pará, from February to March, 2017. Most participants stated that they evaluate their actions as positive, showing that users adhere to the several activities and services proposed, highlighting mainly the group services with health promotion and quality of life objectives, resulting in significant improvement in the quality of life of the participants.

Keywords: Family Health Strategy; Basic care; multiprofessional team.

INTRODUÇÃO

Para o desenvolvimento de ações voltadas à mudança do modelo tradicional, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) foi criado como estratégia inovadora na Estratégia Saúde da Família (ESF). O trabalho do NASF além da inclusão de diferentes tipos de profissionais busca operar numa lógica de cor­responsabilização e gestão integrada do cuidado.  Assim, o NASF vai ao encontro das principais estratégias de promoção de saúde preconizadas mundial e nacionalmente como na carta de Ottawa e na Política Nacional de Promoção de Saúde, como a reorganização do modelo assistencial e o fortalecimento da comunidade (SOUZA et al, 2013).

Volponi, Garanhani & Carvalho (2015) dialogam com base nesse contexto atual da produção do cuidado no Brasil, e discorrem que permanece a necessidade de busca por mudanças substantivas na dinâmica das organizações de saúde, em especial, nos modos de produção do cuidado. Em seu trabalho as autoras analisaram a potencialidade do NASF para constituir-se em dispositivo de mudança nas práticas de cuidado e nos modos de atuação de uma equipe gestora da Atenção Básica (AB) e como resultados obtiveram que a gestão colegiada se mostrou um arranjo potente para a gestão e, por fim, que a implantação do NASF pode ser compreendida como uma ação que potencializa a produção de mudanças na AB.

Destaca-se no processo de trabalho do NASF, a importância do trabalho em parceria multiprofissional, no qual responsabilidades são compartilhadas. Devem-se priorizar ações de caráter preventivo, voltadas à educação em saúde da população na qual são responsáveis. Por isso faz-se necessário superar o modelo tradicional de saúde focado na doença, levando a saúde para perto das famílias e, com isso, promover uma melhor qualidade de vida para população, permitindo a permanente comunicação e troca de experiências entre todos envolvidos (BRASIL, 2010).

De acordo com isso, Nascimento (2014) descreve em seu estudo sobre a organização e desenvolvimento da atenção à saúde pelo NASF, referindo que ele propõe repensar, transformar e apoiar a mudança da prática em saúde durante muitos anos vivida pela saúde da família através de diretrizes e documentos normativos indo desde portarias como as: 154/2008, 2488/2011, 3124/2012, 548/2013, 562/2013 sobre seu funcionamento de acordo com a APS, na tentativa de ultrapassar os seus desafios e ampliar suas fronteiras de atuação, visando a uma maior resolubilidade e integralidade da atenção. Desta forma, observa-se a necessidade de introdução de novos dispositivos de organização de gestão e atenção, que consolidem e apoiem as práticas em saúde na atenção primária.

O artigo 2° da portaria 154 de janeiro de 2008, que cria os NASF, estabelece que os núcleos devam ser constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas, compartilhando práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das ESF. É importante ressaltar que os núcleos não são porta de entrada ao sistema, e sim apoio matricial, técnico e pedagógico multidisciplinar ao mapeamento de agravo e prevenção da saúde no território. Os NASF devem atuar diretamente no apoio às equipes de ESF na qual o NASF está vinculado (SOUZA, 2010).

Diante disso, este estudo busca descrever como a equipe multiprofissional avalia as ações desenvolvidas pelo NASF no território atuante, nos dois NASF do Distrito Administrativo do Guamá (DAGUA), desde sua implantação em 2014, e que tem por finalidade a preservação, a recuperação da saúde e a cura com vistas à integralidade da saúde e a coordenação do cuidado.

É a base de sustentação teórica de um trabalho acadêmico. Reflete o nível de envolvimento do autor com o tema. Trata-se da apresentação do embasamento teórico sobre o qual está fundamentado a sua pesquisa.

As fontes para um bom referencial teórico ou revisão de literatura são livros e artigos específicos sobre o tema escolhido. Jornais e revistas não indexadas não são fontes confiáveis, porque, muitas vezes, já trazem opiniões embutidas. A Internet pode ser uma opção, desde que o sitio seja confiável. Evite publicações que não tenham relevância.

A revisão de literatura diz respeito à fundamentação teórica sobre a abordagem do tema e do problema de pesquisa, por meio da identificação de um quadro teórico referencial que dará sustentação ao trabalho.

A revisão de literatura consiste na identificação e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema da pesquisa e deve refletir o nível de envolvimento do autor com o tema. Procure incluir textos atualizados sobre o tema (estado da arte).

Não se trata de apenas revisar o que já foi publicado sobre o tema, mas demonstrar que o problema encontra sustentação na literatura e que a sua compreensão ainda requer estudos mais aprofundados ou metodologias alternativas para ser compreendido.

METODOLOGIA

Trata-se do recorte de uma dissertação de mestrado, de natureza qualitativa, realizada no período de fevereiro a março de 2017, em dois Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de um dos distritos administrativos do município de Belém-Pará.

O distrito apresenta dois NASF (Guamá e Terra Firme). Eles foram implantados em abril de 2014, pelo Ministério da Saúde com a proposta de apoiar a Estratégia de Saúde da Família e qualificar a Atenção Básica. O NASF Terra firme atua oferecendo apoio a seis equipes de saúde da família. O NASF Terra Firme faz cobertura a duas ESF: Terra firme (com quatro equipes) e Parque Amazônia (com duas equipes), tem os seguintes profissionais: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicologia, Serviço Social, Educação Física. Já o NASF Guamá realiza apoio a três estratégias Riacho Doce, Parque Amazônia e Condor. Oferecendo as seguintes especialidades: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutricionista, Educação Física, Assistente social. Tais núcleosatuam de segunda à sexta-feira em conjunto com as equipes apoiadas e desenvolvem ações direcionadas à população adscrita, prestando atendimento em todo o ciclo de vida. Entre as principais atividades desenvolvidas por eles estão: grupos de educação em saúde e de atividades físicas, atendimentos individuais ou compartilhados ou visitas domiciliares, além de reuniões de matriciamento e/ou de equipe do NASF.

Foi dado início no campo da pesquisa a partir da observação participante com a ideia de apresentar a proposta da pesquisa e os objetivos, além de conhecer melhor o ambiente do estudo, imergindo na rotina do local, relações interpessoais, as questões do processo de trabalho, sejam elas facilitadoras ou impeditivas da bem estar e da organização das ações de saúde, ou seja, foi necessário conhecer a realidade local para depois deslocar o olhar para as equipes de trabalho de fato.

A observação participante é um recurso teórico-metodológico das ciências sócias e antropologia, que tem sido bastante empregado nos estudos na área da saúde, principalmente em estudo com delineamento metodológico qualitativo. Por muitos anos se acreditava que esta técnica devia ser empregada de forma distante dos participantes da pesquisa, porém atualmente concentra-se na ideia de promoção de interatividade entre o pesquisador, os sujeitos observados e o contexto no qual eles vivem (FERNADES & MOREIRA, 2013). O processo de observação aconteceu durante toda fase do estudo. Os registros foram feitos em um diário de campo contendo: as principais impressões, observações, reflexões acerca do cenário e da equipe pesquisada.

Após essa etapa, ocorreu a aplicação das entrevistas de fato. Foram entrevistados todos os sujeitos integrantes das equipes dos dois NASF selecionados para o estudo, que estavam presentes no período da coleta e aceitaram participar voluntariamente da pesquisa por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE),totalizando de onze participantes, em que cada participante recebeu a inicial “P” seguido de uma numeração, a fim de diferenciá-los, mas resguardando o sigilo da identidade de cada indivíduo. 

Geralmente, as entrevistas foram ocorrendo com a combinação previa do melhor dia e horário para serem realizadas. As entrevistas apresentaram uma média de 20 minutos cada, sendo feitas em uma sala da própria casa família, mas separadamente de modo que mantivesse o sigilo, com a participação somente da pesquisadora e do sujeito a ser entrevistado.

Inicialmente, foi feita uma breve explicação para apresentar a pesquisa de um modo geral, em seguida, o participante realizava a leitura do TCLE, e concedia ou não sua participação assinando o termo. E por fim, era realizada, de fato a entrevista, conforme o roteiro previamente elaborado, testado e adaptado com a leitura do instrumento pela pesquisadora e gravação das respostas em um aparelho celular com gravador de voz, para posterior transcrição e análise do material. 

Todas as falas foram gravadas e transcritas, para serem lidas e categorizadas, conforme a etapa do estudo solicita. O material em áudio foi descartado e as entrevistas foram impressas para melhor analise, em que cada participante recebeu a inicial “P” seguido de uma numeração, a fim de diferenciá-los, mas resguardando o sigilo da identidade de cada indivíduo. 

A análise de dados foi feita com base na proposta descrita por Bardin (2011) de análise de conteúdo, que percorreram-se as seguintes etapas para a análise de conteúdo: a Pré-Análise; a exploração do material; Tratamento dos resultados, inferência e a interpretação.

O presente estudo foi realizado segundo os preceitos da Declaração de Helsinque e do Código de Nuremberg, respeitadas as Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS 466/12) do Conselho Nacional de Saúde, após a autorização da Instituição envolvida na pesquisa e após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Avalia as dificuldades em equipe

De acordo com o discurso dos entrevistados, quando perguntado sobre sua avaliação desse dispositivo depois de implantado relatam que:

Esses dois anos e oito meses, eu percebo que a gente ainda fica aquém de alcançar esses objetivos, a maior dificuldade que eu vejo nem é a competência individual de cada um profissional, a gente tem bons profissionais, o nasf contém especialidades que são muito importantes pelo panorama que a gente vê dos indicadores de saúde, e perfil epidemiológico de Belém, são profissionais que estão totalmente de acordo com aquilo que a população precisa e às vezes até tem lugares nasfs que precisam de outros, mas ainda não tem, eu acredito a maior dificuldade tem sido conseguir trabalhar em equipe, em fazer esse trabalho em equipe, ainda é um empecilho muito grande, que eu até procuro sempre, tenho estudado, pensado, refletir porque que é tão difícil se conseguir assim uma união de interesses da equipe (P11).

No estudo de Pereira (2013) sobre o trabalho em equipe na ESF no município do Rio de Janeiro obteve como resultados que o trabalho em equipe na ESF surge como possibilidade para uma prática mais comunicativa e cooperativa na qual os profissionais reconhecem o trabalho do outro e compartilham objetivos, havendo integração entre a equipe no sentido a trilharem caminhos que dialoguem, diferente da equipe de P1, o qual relatou acima, que impedimento ao andamento do trabalho muitas vezes é a não convergência de interesses entre eles, o que implica num não trabalho em equipe.

Visita domiciliar como recurso aceito pela comunidade

Já outro discurso, aborda que os avanços são poucos, pois o território coberto é grande, refere que nas ações educativas não tem muito como mesurar essa melhora, mas nas visitas domiciliares percebe melhor o resultado das orientações e encaminhamentos.

Assim, eu acho que bem sutil ainda, como nós estamos ainda há pouco tempo, eu acho que nós não conseguimos atingir todo esse território do que é o Nasf, a gente ainda encontra muito nas esf, principalmente na educação em saúde, quando a gente se apresenta que tem muita gente que não conhece que nem sabia que existiam esses profissionais dentro da própria esf, ainda não mudou muito por conta dessa questão de divulgação até por conta da própria esf, não sei se esquece de ver, a gente ver até pela questão das demandas que nem sempre a gente é acionado, então eu acho que falta mudar, o que mudou foi muito pouco e não dá pra perceber tanto assim, porque foram poucas pessoas que foram atingidas pro que a gente deveria atingir, então não vejo muita mudança não. Como prevenção e promoção ela é muito difícil eu acho que ela interfere muito mais quando a gente faz as visitas domiciliares, porque é lá que a pessoa já tá com certo problema e a gente vai pra tentar orientar e solucionar e é quando a gente faz os encaminhamentos e que nem sempre eles vão também, por várias questões, eu acho que o que a gente percebe mais nessa modificação é realmente nessa questão dessas orientações que a gente dá dentro das visitas ou consultas individuais em que a pessoa já tá com algum problema, alguma patologia e que precisa de alguma solução, alguma orientação ou avaliação, então é nesse sentido que tem aparecido mais, tem contribuído mais a gente consegue ver melhor esse resultado (P1).

Nesse sentido, Nascimento (2014) afirma que a atividade que mais se aproxima do marco legal normativo e das concepções do apoio matricial é a visita domiciliar. Acrescenta ainda, que percebeu que as atividades desenvolvidas pelo núcleo estudado se distanciam do marco normativo e conceitual. Na maioria das declarações nota-se uma ausência de uma articulação e/ou integração entre ações de suporte assistencial e pedagógico, sendo um tipo de atividade mais frequente o atendimento individual.

Ainda no contexto da visita domiciliar, ela aparece no estudo de Lionello et al (2012) como um espaço de trabalho para os profissionais na ESF, o qual irá mergulhar nas possibilidades de cuidado à essa família, entendendo o contexto domiciliar e nele interferindo através de medidas de cunho educativo até assistenciais com intuito de promover ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação, sempre trabalhando com os familiares a sua autonomia tornando-os capacitados para exercer o seu próprio cuidado. Essa ferramenta é bem interessante e passou a ser compartilhada por ESF/NASF, e o cuidado em saúde através das visitas passou a ser mais exercido, principalmente para quem não pode acessar a unidade física da estratégia e precisa de orientações da equipe de apoio e da de referência.

A visita domiciliar é uma prática muito executada pelos profissionais do NASF junto a ESF, porém no caderno 39 de 2014 ele aborda esse procedimento com suas características com a seguinte temática atenção domiciliar à saúde, sendo uma modalidade em próspera na AB e muito executada pelas equipes ESF/ NASF. Tem como pontos fortes e centrais o paciente, a família, o cuidador, o contexto domiciliar e a equipe multiprofissional.   

Os atendimentos domiciliares devem ser compartilhados, no entanto o que se observa é que acontecem por muitas vezes apenas com os profissionais do NASF e o ACS, poucas vezes o medico ou o enfermeiro compartilha este atendimento, já que fica ainda muito atrelado aos atendimentos individuais na ESF. Estes atendimentos podem apresentar-se na forma de recurso diagnóstico na fase de avaliação inicial, ou recurso terapêutico na fase de intervenção ou ainda no acompanhamento longitudinal dos pacientes (este último tipo bem comum na prática dos profissionais do NASF). Alguns aspectos devem ser considerados para um bom atendimento domiciliar, como a observação e comunicação por parte do profissional que realiza o apoio devem estar aguçadas neste momento, uma vez que o domicílio é o local próprio e privativo da família, e por isso é importante manter-se o respeito ao contexto cultural e pessoal. O agente comunitário de saúde é o profissional que contribuirá bastante para que esse atendimento seja realizado da melhor forma possível, sempre de acordo com o horário familiar e a comunicação a família, como também no acesso livre a comunidade.

Atendimentos Grupais como estratégia de saúde

No discurso P3 fica claro os pontos positivos ressaltados como o aumento do grupo, melhor adesão, como também reitera que as orientações dadas nas visitas domiciliares são executadas e bem recebidas, já nas ações educativas há grande procura pelo profissional no intuito de tirar dúvidas sobre diversos assuntos.

Em algumas Esf a gente tem alcançado vários pontos positivos, de aumento do grupo, de um grupo de prevenção e promoção ou até mesmo de criação e adeptos/adesão do grupo creio que não de todas as Esf […] os atendimentos domiciliares, as orientações que a gente passa em domicilio, muitas vezes a gente a gente perde, mas muitas vezes são acolhidas, são praticadas quando a gente retorna naquela residência a gente vê que muitas coisas mudaram a adaptação da casa, a gente vê certas alterações, na educação em saúde, a procura quando a gente orienta determinada situação, a gente vê que aumenta a procura em relação ao tema que foi abordado, então quando a gente fala em atividade física a gente vê pessoas procurando fazer atividade física com a gente nos grupos de atividade física, ou de alimentação saudável procurando saber se está no peso adequado, então eu acho que tem esse feedback (P3).

Na fala citada acima percebe-se o olhar diferenciado deste profissional no que diz respeito as ações desenvolvidas com enfoque na prevenção e promoção em saúde, atendimentos grupais, educação em saúde, o que difere de muitos outros trabalhos a nível de Brasil que os profissionais do núcleo por todo um contexto acadêmico e de processo de trabalho verticalizado arraigado, ainda executam praticas individuais e puramente curativas. Mas o papel do NASF é o de incentivar a mudança e realizar ações que colaboram com um modelo ampliado de saúde, resolutivo e integral.

As profissionais entrevistadas no estudo de Farias (2012) já apresentam o interesse e a preocupação de mudar a forma com que elas estão atuando na AB, e já vem trabalhando na diminuição dos atendimentos individuais e a inserção e valorização dos atendimentos em grupo e de ações intersetoriais, isso demostra que estes trabalhadores estão cientes que o processo de mudança do modelo assistencial é importante e indispensável, porém às vezes esbarram em praticas que reforçam o modelo hegemônico, então entende-se que essa mudança vai além de mudar praticas individuais, é necessário uma reorientação nos processos de gestão institucional.

Contudo esse não é o perfil de muitos NASFs pelo Brasil, no estudo de Sampaio et al (2012) com seis equipes de apoio do município de Campina Grande, ficou claro que por uma conduta a nível de gestão desde o processo de implantação, optou-se por trabalhar com um modelo de organizar e gerir os serviços que  reproduzir o modelo assistencialista focado na atuação individual, com foco na cura.

Promover qualidade de vida através dos grupos de prevenção e promoção da saúde

Em relação à avaliação que os profissionais fazem sobre o NASF e sobre as atividades que realizam, foi observado que os relatos de P10 e P7 convergem quando falam que houve melhora significativa na qualidade de vida dos participantes dos grupos, onde os mesmos se encontram mais informados sobre questões e cuidados em saúde e prevenção de doenças e agravos.

Melhora a qualidade de vida deles, não tem jeito, é isso que a gente observa né, se a gente fosse pegar e fazer uma estatística de como a vida das pessoas eram antes do Nasf e depois, dentro da comunidade, e principalmente dos grupos, das pessoas que acompanham a gente desde do princípio, você vê uma melhora significante[…]mas isso é o que a gente mais ver é a melhora, é muito difícil você vê uma pessoa regredir, eu acho que nunca eu nem vi, eu nunca vi, eu só vejo as pessoas melhorando, e trazendo mais gente, porque a gente fala, você pode chamar quem você quiser, seu filho, sua neta, você pode trazer que a gente vai atender, a gente tá aberto ao público (P10).

Então acho que a população ficou mais informada com relação a várias coisas, principalmente o nosso grupo que é grande, quando a gente faz palestras, como a gente segue o calendário do ministério da saúde e agente orienta, e eles procuram se eles têm alguma dificuldade, então eu acho que eles estão bem informados” (P7).

No estudo de Souza (2015) com Equipes NASF e ESF revelou que as atividades coletivas realizadas por eles, são em sua maioria, em grupos, envolvendo principalmente crianças, gestantes, mulheres e idosos, sendo que esses grupos não se restringem ao espaço físico das unidades, eles acontecem no território em escolas, creches e igrejas. Tais atividades exercem um papel importante na vida das pessoas, no que diz respeito a melhora da autonomia e incentivo a hábitos saudáveis. Além disso, constatou-se que os grupos conduzidos pelo NASF, ampliam a oferta de atividades coletivas na AB, haja vista que as ESF fazem de forma incipiente tal atividade.

No que concerne às atividades grupais e ações coletivas, este estudo destaca que os NASFs estudados ressaltam esse tipo de prática como sendo as principais desenvolvidas, fato que colabora com o marco legal das diretrizes do NASF (2010) e caderno 39 (2014) os quais reiteram que ele veio para ampliar o escopo de ações ofertadas na Atenção Básica e para mudança de lógica centrada apenas no atendimento individual e curativista, para ações com base na clínica ampliada e no apoio matricial. No entanto, é bem comum em outros NASFs pelo Brasil o relato de uma forte atuação ambulatorial de alguns profissionais que realizam praticas não condizentes com a proposta do Ministério da Saúde. Como justificativa foi dada o fato que rede de atenção do município não está organizada para absorver a demanda dos usuários que necessitam de serviços especializados (NASCIMENTO, 2014).

Sobre as mudanças ocorridas P9 ressalta uma muito importante, que foi a implementação de grupos de saúde, os quais só vêm se fortalecendo com o passar do tempo, aumentando o número de pessoas e a fidelização delas, onde estas reconhecem a importância de participarem de atividades em grupo para melhorar sua saúde e qualidade de vida.

Quando nós chegamos aqui há quase três anos atrás, não havia grupo, pelo menos eu não vi, tinha um era voltado só para o idoso, diferente do nosso, o nosso é um grupo aberto focalizado em toda faixa etária, todos os problemas, toda pessoa que quiser vim é bem-vinda, então é um grupo diferente que não existia, e não existia também pela parte da manhã, então o que a gente fez, conheceu o território, como conhecimento desse território a gente descobriu que já havia há três anos atrás, um grupo também baseado mais nesse problema do idoso, que existia de manhã, mas a nossa proposta não era só o idoso, era geral, e ai a gente conheceu, então um bora buscar esse povo, o idoso, mas um bora abrir um leque pra quem quiser, pra quem puder, pra quem desejar, e a gente foi, e causou um grande desconforto, a gente foi chamando boca a boca, ninguém conhecia aqui, e a gente foi conhecendo, procurando, chamando, olha um bora fazer um grupo, a gente é isso, nos somos profissionais, […] e o grupo ele pode vim na hora que ele quiser, quando ele quiser, trazendo quem ele quiser, essa abertura que parece assim tá muito aberto, pelo contrário ai que atrai, essa liberdade atrai a pessoa que quer vim, tanto é que a gente não precisa fazer alguns benefícios, bora fazer uma palestra eu vou lidar um café da manhã, a gente não tem condição, porque a gente dá a palestra quase toda semana, já pensou se a gente for ter, claro a gente gostaria de oferecer uma café da manhã, mas não dá, não é viável, vem porque eles querem, eles vem porque eles sabem que saúde é prevenção, então foi acordado que o que importa é a sua saúde, não as outras coisas, claro quando dá quando tem aquela festinha a gente faz a confraternização, um café, uma festinha, mas não aquilo em troca, então mudou isso, mudou essa liberdade, mas também deu a liberdade da consciência, você vem porque é bom, você vem porque faz bem, não tinha isso aqui (P9).

Achados semelhantes a este foram encontrados no estudo de Volponi, Garanhani & Carvalho (2015) o qual entrevistou gestores e profissionais do NASF, eles referiram avanços com a chegada do núcleo, que muitos serviços e grupos não existiam até a implantação, permitindo aumento do cuidado em saúde e na variedade das ações executadas pelo NASF, como também ampliação das ações de prevenção e promoção, impacto nas doenças crônicas, e na melhoria da qualidade de vida da população assistida.

A respeito dessa melhora na qualidade de vida da população, P9 faz um relato do que melhorou com a chegada desse dispositivo, e aborda principalmente a relevância dele na diminuição do isolamento social. Enquanto que P7 ressalta que os grupos permitiram que os pacientes saíssem de casa, onde estavam “deprimidos”, e participassem ativamente das atividades propostas pelo NASF, gerando bem estar para os usuários.

Melhorou a qualidade de vida, diminuiu isolamento social deles, mulher vive mais né, e a maioria do nosso grupo são de mulheres, algumas mais idosas, mas são solitárias, eu não tinha esse entendimento que muita mulher daqui da terra firme, muita senhora, mora sozinha, então tinha uma tendência a depressão, tendência ao isolamento social, então esses grupos, essas ações, contribuíram pra ela sair da sua casa, da sua solidão, e por aquela uma hora, uma hora e meia vim participar, conversar, e daí surgem outras opções de amizades, elas não se sentem mais tão sós, então eu acho que nesse sentido diminuiu a solidão delas, o companheirismo aumentou, elas fazem grupo aqui, elas vão na igreja, na igreja evangélica, vão no Nemias (político da área), que oferece um lugar pra elas fazerem natação, ginastica, as nossas confraternizações, e o grupo de lá não necessariamente vem pra cá, a gente vai lá (P9).

Vários pacientes já chegaram com a gente, falando antes eu ficava em casa deprimido, e se o dia que eu não venho pra cá, eu fico angustiado, porque é um meio deles fugirem dos problemas deles, da realidade deles, então eu acho que o Nasf ele atingiu a população de forma positiva e a comunidade que conhece, claro que eu não vou dizer que todos daqui da terra firme tem conhecimento do que é o Nasf, porque muitos não podem vim, é o horário que não dá, mas a maioria que fica com a gente, que tem um conhecido, ou os que participam uma vez ou outra, eu acho que eles tem o conhecimento e eles gostam, muitos gostam de vim pro grupo (P7).

De acordo com Nascimento (2014) os participantes de seu estudo admitiram a atividade de grupo como fazendo parte das ações do cotidiano do NASF, assim como a elegeram como prioritária. Entretanto, a fala mostrou que a construção e o desenvolvimento das ações não são planejados entre equipe NASF e equipe de saúde da família, isso fica claro quando falam de práticas coordenadas e executadas somente pelo NASF.

O estudo de Miranda (2016) corrobora com os achados sobre grupos quando observa a valorização da abordagem em grupos destacando que ser a principal atividade coletiva executada pelo NASF/ESF, a qual permite-se criar um excelente espaço de convivência, compartilhamento de ideais, onde os vínculos serão criados e fortalecidos, e nessa relação grupal será estabelecida a confiança dos usuários para falar abertamente sobre saúde, suas dúvidas  e medos, estabelecendo assim a parceria necessário para a multiplicação de bons hábitos e de uma nova realidade em saúde, que se expandira extra muro da ESF.

Na fala de P11 percebe-se a importância do impacto qualitativo no território, na medida em que este profissional é reconhecido pelo seu trabalho na comunidade e com isso é cada vez mais solicitado. Já P8 reforça em seu discurso que o que chega de relato os usuários são melhorias na sua situação de saúde física na sua inserção e participação em atividades promovidas pelo NASF.

Uma das coisas que eu considero como interessante da gente observar se a gente tá tendo esse impacto, é porque como a gente tá fazendo um trabalho comunitário a gente acaba sendo parte da comunidade, a medida que a gente tá diariamente aqui, então como a gente sai nas ruas pra fazer as nossas ações, um desses relatos  é a gente poder encontrar no dia a dia, for do atendimento daquela pessoa, a pessoa vim e te falar da vida, sem tu perguntar, dizer que tá melhor, ou querendo uma visita, quando é que tu vai lá? No sentido não de cobrança, mas sim de que quer essa relação, quer manter essa relação, estabelecer de forma rotineira, isso é um impacto qualitativo (P11).

Mas nós temos ouvido da própria boca do usuário, o que modificou na sua vida, ah eu sofria problemas de dores articulares, e o exercício tem me feito muito bem, ah eu tinha diabetes e a minha diminuiu a minha insulina, os remédios que eu tomava, eu sinto que nós temos ouvido muitos a cerca desses depoimentos […] (P8).

No estudo de Araújo (2014) o qual analisou a atuação do NASF no município de Belo Horizonte obteve como resultado que profissionais do núcleo apontaram algumas melhorias com a implantação tais como: melhoria da situação de saúde dos casos compartilhados; redução de encaminhamentos para a atenção especializada; redução do número de solicitações de atendimentos desnecessários ao NASF e por último melhoria dos indicadores de saúde da população do território.

NASF como dispositivo relevante para AB

Em outra fala o profissional faz sua avaliação do NASF dizendo de sua importância na AB, na prevenção e promoção e coloca alguns desafios e obstáculos pra alcançar a integralidade, como também comenta que trabalhar com prevenção não é tarefa fácil, pois exige lidar com estratégias para melhor lidar com a mudança de hábitos e atitudes e também envolver o usuário nesta tarefa de cuidar da sua saúde.

Eu vejo que não é um processo fácil, é muito complexo, eu acho que trabalhar na atenção básica, eu digo que fazer prevenção e promoção, além de ser complexo tem inúmeros obstáculos que a equipe tem que ultrapassar, tipo, eu acho que a transdisciplinaridade, a interdisciplinaridade ela tem que ser mais fortalecida nessa área, então é um dos obstáculos. Trabalhar com prevenção quando diz respeito tentar modificar, tentar modificar hábitos de vida, corresponsabilizar o usuário no seu cuidado não é fácil, porque é uma tentativa de mudança de atitudes, de hábitos de vida e isso a gente tem que procurar muitas estratégias, tentar o que não der certo tem que modificar. Na prática a gente tá caminhando a passos lentos, mais a gente tá caminhando pra uma melhora pra realmente atingir de forma maciça ou mais intensa esses objetivos maiores (P3).

Com base nisso, vale lembra que um dos princípios descritos no caderno de diretrizes do NASF descreve a importância da Educação Popular em Saúde como pratica a ser desenvolvida dentro dos serviços de saúde da AB, de modo que representa o pensar, expressar e agir individual de cada pessoa, e deve ser estimulado dentro dos territórios em que se faz e discute sobre saúde e seus determinantes, a participação e o envolvimento em cuidar da saúde deve ser prazeroso e multiplicador dentro da comunidade, onde indivíduos são sujeitos do seu próprio processo de trabalho e do seu conhecimento. Outro princípio que precisar ser posto em prática para se criar espaços de discussão sobre prevenção e promoção da saúde dentre outras práticas é o incentivo a participação social, entendida como o fortalecimento dos espaços sociais, comunitários, com objetivo de proporcionar gestão participativa. Nesse campo é permitida a construção de processos político-pedagógicos que impulsionem a busca pela conquista de cidadania e fortalecimento social (BRASIL, 2010).

Nesse contexto trabalhar com práticas educativas, dispostas a focarem na prevenção e promoção da saúde, assim como lidar com mudança de hábitos dos indivíduos não são tarefas fáceis como aponta a profissional entrevistada, por isso é dever incentivar a autonomia dos indivíduos e coletividade, compreendida como um dos principais resultados esperados com o cuidado na atenção básica, ou seja, ampliação da autonomia, da capacidade dos sujeitos de governar a própria vida. Desse modo, tais características devem fazer parte do dia a dia das equipes da AB, relacionado ações técnicas e pessoais como o acolhimento, vínculo e responsabilização (BRASIL, 2014).

Prática semelhante foi observada no estudo de Viegas (2010) relatada como educação em saúde e muito frequente na vida dos profissionais e usuários da ESF pesquisada por ela, onde são realizados vários grupos educativos, sendo estes considerados momentos de troca de experiências e saberes, de educar para práticas conscientes, como também para o auto cuidar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudar o modelo organizacional do NASF é interessante e convidativo, pois analisar seu processo de gestão e de trabalho é uma tarefa árdua, pois analisa em profundidade a atuação dos profissionais, das ações desenvolvidas, das relações entre equipes. É ainda uma proposta em transformação e que dela surgem inúmeros desafios, visto que está inserida em um contexto complexo e dinâmico.

Este trabalho buscou conhecer a avaliação dos profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família no distrito DAGUA em Belém/Pará sobre esse dispositivo técnico, pedagógico e assistencial.

Cabe ressaltar que as avalições dos profissionais foram positivas, relevando que os usuários aderem às diversas atividades, ações, atendimentos e acompanhamentos propostos, destacando principalmente os atendimentos grupais com objetivos de promoção da saúde e qualidade de vida.

Observou-se ainda que os esforços por parte da equipe de apoio são muitos para garantir a diversidade das atividades propostas, porém ainda a metodologia de trabalho preconizada, apoio matricial, projeto terapêutico singular, projeto de saúde no território e clinica ampliada ainda são nomenclaturas e realidades apenas teóricas pouco utilizadas pelas equipes.

A título de conclusão, é pertinente, afirmar que o NASF apresenta-se como modelo em construção ativa, onde os profissionais o reconhecem como sendo capaz de contribuir para melhorar os níveis de saúde de uma comunidade e sendo capaz potencializar a produção de mudanças na Atenção Básica. Porém, ainda há muitos desafios a serem superados, sendo imprescindível a realização de pesquisas que abordem esse tema e contribuam para ampliar as discussões sobre a concepção, o funcionamento e a avaliação do impacto das ações do NASF na qualidade de vida e do cuidado em saúde.

REFERÊNCIAS:

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1Terapeuta Ocupacional do CER III UEAFTO/UEPA. E-mail: sunobrec@hotmail.com.

2Professor Adjunto IV da Universidade Federal do Pará. Programa de Pós-Graduação em Saúde Ambiente e Sociedade da Amazônia, Instituto de Ciências da Saúde. UFPA. E-mail: marcossilva@ufpa.br