AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE NUTRIÇÃO ESPORTIVA, PREVALÊNCIA DO USO E INDICAÇÃO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DE FÍSICA

EVALUATION OF KNOWLEDGE OF SPORTS NUTRITION, PREVALENCE OF USE AND INDICATION OF FOOD SUPPLEMENTS BY PHYSICAL EDUCATION PROFESSIONALS

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ar10202502141434


Antonio Paulo Ferreira da Silva¹; Eduardo da Silva Paula²; Leandro Alonso do Espírito Santo³; Anderson Nunes Costa⁴; Francisco Luís Santos do Nascimento⁵; Naíza Monte Lages⁶; Marcelo Bruno da Silva Maceno⁷; Rayane Carvalho de Moura⁸; Mirian Lima dos Santos⁹.


RESUMO

O número de praticantes de atividade física vem crescendo, com isso houve um aumento na procura por suplementos alimentares, com isso surge à preocupação de quem prescreve e com qual finalidade. Assim, esta pesquisa teve o intuito investigar o conhecimento sobre nutrição esportiva, prevalência do uso e indicação de suplementos alimentares por profissionais de educação de física em academias em Timon- MA. 22 voluntários participaram da amostra, desses a maioria eram do sexo masculino com idade entre 18-29 anos, com graduação em educação física. Quanto ao conhecimento sobre nutrição esportiva, 55,5% apresentaram respostas erradas. Ao serem questionados sobre o uso dos suplementos, 77,30% alegaram realizar, já a indicação mais de 90% afirma a não orientação do uso, deixando para profissional habilitado, que segundo eles é o nutricionista. Dessa forma foi observado um baixo conhecimento sobre nutrição por parte dos profissionais de educação física, contudo a não indicação por esses profissionais é um ponto positivo.

Palavras-chave: nutrição esportiva; suplementos alimentares; profissional de educação física

ABSTRACT

The number of people who practice physical activity has been growing, and with it there has been an increase in the demand for dietary supplements, which has led to concerns about who prescribes them and for what purpose. Thus, this research aimed to investigate the knowledge about sports nutrition, prevalence of use and indication of dietary supplements by physical education professionals in gyms in Timon- MA. Twenty-two volunteers participated in the sample, most of whom were male, aged 18-29, with a degree in physical education. Regarding knowledge about sports nutrition, 55.5% gave incorrect answers. When asked about the use of supplements, 77.30% claimed to do so, while over 90% stated that they did not provide guidance on their use, leaving it to a qualified professional, who according to them is a nutritionist. Thus, a low knowledge about nutrition on the part of physical education professionals was observed, however, the fact that these professionals do not indicate it is a positive point.

Keywords: sports nutrition; dietary supplements; physical education professional

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, a preocupação com a qualidade de vida e a saúde, levou a população a uma conscientização sobre a importância da prática do exercício físico, visto que, os benefícios já estão bem documentados na literatura (FERRAZ, 2015). Por outro lado, há uma busca exacerbada pela estética, “aparência perfeita”, condicionamento físico e definição muscular, o que leva esses indivíduos a procurarem alguma modalidade de exercício físico em academias (SUSSMANN, 2013).

No entanto, com o crescimento da prática de exercícios físicos, elevou também a diligência com a alimentação, que é um fator importante para potencializar a performance, diminuir a fadiga e minimizar as lesões (GALATI, 2017). Em consequência disso, e com intuito de alcançar resultados de forma rápida em curtos períodos de tempo, aumentou a procura por recurso para obter aumento da força, ganho de massa magra e redução de peso. (BEZERRA, 2013).

Um desses recursos são os suplementos alimentares, que tem grande disponibilidade em academias e no mercado de modo geral, sites, lojas, farmácias, revistas entre outros (ADAM et al., 2013). Os suplementos são denominados como recursos ergogênico nutricional, ou seja, substâncias que visa aprimorar o desempenho físico. Pesquisas mostram, que no Brasil os mais consumidos são: Creatina, Carboidrato, Aminoácidos, Proteína, Termogênicos, BCAA e Multivitamínico (CASTRO, 2013).  

Devido o crescimento na procura e a ampla disponibilidade de suplementos alimentares, devem ser feitos alertas sobre a utilização exagerada ou mesmo sem prescrição, pois, os mesmos podem causar danos no organismo, já que muitas vezes não são conhecidos os seus componentes e as suas funções fisiológicas, levando assim um potencial risco à saúde. (CHEFFER, 2016).

Deste modo, quando necessário o consumo dessas substâncias seja prescrito por um profissional da área, levando em conta a individualidade, os objetivos a serem alcançados. (SEREJO, 2018). Porém, é possível obter bom desenvolvimento e performance através de uma alimentação correta e balanceada, aliado a prática orientada de exercício físico. (MARCEDO, 2018).

Vale ressaltar que, uma das práticas ilegais que muito ocorre é a indicação de suplemento por parte dos profissionais de educação física, visto que eles são os primeiros a terem contato com os praticantes de atividade física, porém cabe ao nutricionista está função, já que ele é o profissional habilitado, no entanto, é de suma importância que o profissional de educação física tenha um conhecimento sobre nutrição e atividade física como a utilização de suplemento alimentar sem prescrever ou indicar. (SHNEIDER e COLABORADORES, 2014).

A mídia é um dos responsáveis por incentivar o consumo desses produtos, visto que, uma grande variedade de suplemento é lançada constantemente no mercado (COSTA, 2013). Porém, cabe ao nutricionista, em casos que as necessidades nutricionais do indivíduo não estejam sendo supridas, sugerir e orienta a utilização dos mesmos (WAGNER, 2011). Portanto, o presente estudo justifica-se pela avaliação do conhecimento sobre nutrição esportiva, uso e indicação de suplementos alimentares por educadores físicos nas academias da cidade Timon- MA.

Esta pesquisa teve como objetivo investigar o conhecimento sobre nutrição esportiva, prevalência do uso e indicação de suplementos alimentares por profissionais de educação de física em academias da cidade de Timon- MA.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

No Brasil, cresce o consumo de suplementos e o uso excessivo dentro das academias de ginástica (SILVA, 2012). Sendo o segundo maior usuário de suplementos, ficando atrás dos Estados Unidos, seu consumo na maioria dos casos é feito sem a orientação do profissional de nutrição (DEUS, 2015).

Atualmente o treinamento de força ou treinamento resistido é umas das modalidade de exercício mais praticada e cresce continuamente (CAPARROS, 2015). Isso se deve ao aumento expressivo de academias, pois o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking no top 10, ficando atrás dos Estados Unidos (SILVA, 2017).

No entanto, alguns indivíduos com rotina de trabalho ou estudos não conseguem adequar o treinamento a uma alimentação adequada, se submetem ao uso indiscriminado de suplementos (RAMOS, 2013). Que por sua vez é indicado por pessoas que não possuem habilitação nas áreas como educadores físicos, familiares, farmacêuticos e amigos (CARDOSO, 2017).

Porém, é importante o controle do balanço energético, já que o treino de força aumenta a massa muscular, elevando o gasto energético e por consequência a necessidade de repor os nutrientes gastos (GOMES, 2017). Assim, questiona-se o uso, orientações e prescrição desses suplementos estão sendo feito de forma correta.

Pesquisas mostram que suplementos com alegação de emagrecimento, são os principais responsáveis por causar alterações no sistema nervoso, predições cardiovascular, distúrbios metabólicos e danos hepáticos (FANTI, 2017).

Porém, os suplementos alimentares vêm sendo bastante utilizados entre os praticantes de atividade físicas, devido sua capacidade de melhora o desempenho físico (TIRAPEGUI e CASTRO, 2012). Como rendimento e mudanças significativas na composição corporal (SILVA e COLABORADORES, 2012).

Vale ressaltar que os suplementos alimentares não substituem a refeição, eles entram para auxiliar as necessidades nutricional diárias, que na alimentação não consegue atingir por praticante de atividade física seja ele competidor ou não (WAGNER, 2011).

Pois, devido o grande trabalho da mídia em divulgar os suplementos alimentares é fazer acreditar que seu uso seja indispensável para alcançar os objetivos desejados, sendo assim, dirigida a todos os públicos fazendo com que seu consumo seja feito sem orientação apropriada por grande parte dos consumidores (ALVES e NAVARO, 2010)

a. Nutrição esportiva

Segundo a literatura científica a alimentação é um dos fatores que afeta a qualidade de vida. São muitos os fatores que influenciam nos hábitos alimentares, como: condições culturais, religiosas, socioeconômicas, psicológicas, dentre outras. Em uma dieta adequada é indispensável a quantidade de macro e micro nutriente, estes têm que ser suficientes para atender as necessidades biológicas, pois, caso contrário, a ausência ou a má absorção, levará o metabolismo a uma carência desses elementos (MAHAN, 2012).

Um dos pontos importantes da alimentação é o componente energético, visto que seu equilíbrio ocasiona variações da composição corporal trazendo benefício ao desempenho esportivo e a saúde, sendo a nutrição um ponto fundamental, que está ligado diretamente ao processo de recuperação e a intensidade (BIESEK; ALVES, 2010).

Diante disso, a suplementação alimentar tem ganhado espaço no ambiente esportivo, recreacional e terapêuticos. Sendo consumido por atletas de elite, como por indivíduos fisicamente ativo (OLIVEIRA, 2014). Em vista desse cenário, uma maior atenção deve ser dada no que respeito à procedência, orientação e fins do consumo feito tanto por atletas de elite como os indivíduos fisicamente ativo, já que existem controvérsias sobre o seu uso (CHAVES, 2018).

Imagem 1: Importância da nutrição nos diversos aspectos para otimizar o treinamento e a recuperação do esforço.

Fonte: Dados do autor.

b. Suplemento

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), define suplemento as vitaminas e ou mineral, combinados ou isolado que não passe 100% da ingestão diária do indivíduo (BRASIL, 2010; REIS, 2017). São classificados como termogênicos, anabólicos e ergogênicos (OLIVEIRA, 2017).

Proteína

São as mais abundantes macromoléculas do organismo, que tem por finalidade formação das enzimas que regula a contração muscular, produção de energia, crescimento e desenvolvimento dos tecidos. Indispensável aos praticantes de exercício físico na modalidade de treinamento resistido, atuando na construção muscular, ocorrendo à hipertrofia muscular que é o aumento transversal do músculo (VIEBIG et al, 2013).

Carboidratos

É a principal   via de abastecimento energético, atua nas estruturas da parede celular e é um indicador de alerta no organismo. São divididos em três classes: monossacarídeo, oligossacarídeo e polissacarídeo (JUNIOR, 2008). Seu consumo tem como finalidade fornecer energia, que é de fundamental importância para os atletas ou aqueles que buscam desempenho ou performance. É encontrado como suplemento na forma de Dextrose e Maltodextrina, uma de suas diferenças é a velocidade de absorção, pois a dextrose é absorvida mais rápido, enquanto o maltodextrina não (GOMES, 2017).

BCAA

Os aminoácidos de cadeia ramificada são responsáveis por formar as estruturas das proteínas, são fundamentais para o corpo humano. Pode-se destacar a leucina, valina e isoleucina, que devem ser ingeridos por meio de dieta, já que não é sintetizado o organismo. O BCAA é um suplemento consumido com finalidade de promover o crescimento muscular, manutenção das células e transporte de oxigênio, aumentar a formação de insulina no organismo, com o objetivo da glicose no sangue seja utilizada para gerar energia (GOMES, 2017).

Termogênicos

Utilizados com objetivo de aumentar a temperatura corporal, para produzir uma maior queima de calorias e diminuir o apetite, já que auxilia na metabolização da gordura, transformando em energia disponível. A L-carnetina é um termogênico utilizado pelos praticantes em academias, onde atua na metabolização dos ácidos graxos de cadeia longa, transformando a gordura armazenada em energia (LINHARES, 2006).

Creatina

Creatina é produzida pelo nosso corpo, sendo encontrada em boa quantidade em alimentos como peixes, ovos e carne. É uma substancia formada a partir glicina, metionina e arginina, agindo como reserva de energia está presente em quase todas as células, além de ter efeito anticatabólico e evitar perda de massa magra, melhora a recuperação muscular, auxilio no ganho de força, acelera o processo a qual a energia celular é gerada, aumentado a capacidade de trabalho das células (TANG, 2014).

Glutamina

É um suplemento conhecido entre os praticantes de musculação e que acredita ter influência na manutenção da massa magra, porém existem controvérsias sobre seus benefícios. É um aminoácido mais prevalente do corpo é encontrada em doses muito alto em whey e caseína, sua maior parte é absorvida pelo intestino. Por isso acredita que seus benefícios estão ligados a saúde gastrointestinal e sistema imunológico (IWASHITA et al, 2006).

Carnitina

É uma sustância produzida pelo fígado e rins e armazenada pelos músculos, porem produzida em poucas quantidades. Sua principal função é levar os ácidos graxos para serem oxidado nas mitocôndrias, é um suplemento vendido com o intuito de auxiliar a queima de gordura, encontrado em carnes e laticínios, sendo ela sintetizada a partir dos aminoácidos metionina e lisina (DINICOLANTONIO, 2013).

Probióticos

São bactérias que ajuda no sistema imune e ajuda da absorção dos nutrientes, estão presentes no sistema digestivo, é um suplemento ainda subestimado pelos praticantes de musculação, porém, vem sendo objeto de estudo com grade importância para a saúde. O problema é evidência em pessoas saudável sendo necessário estudo em pessoas que praticam atividade física como atletas de alta performance, pois evidências atuais desse suplemento é com pessoas que tiveram sua macrobiótica prejudicada (DENNIS-WALL, 2017).

c. Treinamento de força

Treino de força é conhecido como treinamento resistido com peso, devido o trabalho muscular contra uma força em oposição. Atualmente é o exercício físico mais praticado em academia, devido seus benefícios como aumento de força, hipertrofia muscular, diminuição do percentual de gordura, resistência muscular e melhoramento do condicionamento físico (LIMA E BARROS, 2007).

No que diz respeito à hipertrofia muscular, ocasionado pelo treinamento de força é instigado por motivos mecânico e metabólico, o estímulo mecânico está relacionado com intensidade da carga de treino e o recrutamento de unidades motoras, tanto em tipo como em número, já o metabólico se dá por uma variedade de fatores, entre eles a liberação hormonal elevada, edema celular, alteração na produção de miocinas, aumento de recrutamento de fibras (SANTOS, 2013).

Para a elaboração do programa de treino de força para hipertrofia, são indispensáveis alguns fatores, como: padrões de movimento dos exercícios selecionado, ação muscular concêntrica e excêntrica, ordem dos exercícios, angulação das articulações, intensidade de cada variável. Assim, as alterações metabólicas são importantes para o aumento de massa e ganho de força (GENTIL, 2006).  

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Caracterização da pesquisa

A pesquisa realizada trata-se de um estudo transversal do tipo quantitativo-descritivo, que foi desenvolvida em academias que possuem registro junto ao CREF-15 (Conselho Regional de Educação Física), na cidade de Timon-MA. A fim de avaliar o conhecimento dos profissionais de educação física sobre conhecimento de nutrição esportiva bem como a utilização e indicação de suplementos.  

Composição da amostra

A amostra foi composta por profissionais de educação física de ambos os sexos, que estejam atuando nas academias selecionadas para o estudo. Os critérios de inclusão foram: academias que esteja devidamente registrada no CREF-15, aceitar voluntariamente a participar da pesquisa. foram excluídos estagiários.

Instrumentos de coleta de dados

Os profissionais convidados a participarem da pesquisa e os que consentiram em responder um questionário, que foi aplicado com o auxílio do pesquisador. Foi usada uma adaptação do questionário validado por Almeida e colaboradores (2009), que trata do conhecimento sobre nutrição esportiva e o impacto sobre o exercício, a utilização e indicação de suplementos alimentares.

Cuidados Éticos e legais

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, onde se informou os objetivos do estudo, procedimentos a adotados, além de garantir a estes a confiabilidade em relação a sua participação na pesquisa.

Análise dos dados

Foi realizada uma análise estatística descritiva do conhecimento sobre nutrição esportiva e o impacto sobre o exercício, a utilização e indicação de suplementos alimentares. Sendo estes organizados de formas percentuais, médias. Que foram analisados em software Microsoft Excel versão 2010.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A amostra da pesquisa se caracteriza por 22 participantes, com predominância do sexo masculino, com a idade entre 18 e 28 anos, como podemos observar na tabela 1. Esses dados foram de acordo com os dados encontrados na pesquisa de Almeida (2009) onde houve justamente a prevalência do sexo masculino e na faixa etária entre 18 e 28 anos.

Tabela 1: caracterização da amostra do estudo.

O grau de escolaridade mais presente na amostra é de graduados, num total de 9 (40,91%), especialistas 7 (31,82%), mestres 1 (4,55%) e graduandos 5 (22,72%).  Ao analisar a escolaridade tem se resultados semelhantes nos trabalhos de Zeiser (2007), onde as grandes maiorias eram de graduados seguidos pelos especialistas. Ao que se deve ter atenção é à presença de estagiários (graduandos), pois esses devem está sempre acompanhados por um profissional já formado. 

Os resultados obtidos com as perguntas sobre verdadeiro e falso, pode ser observado na tabela 2, onde, os próprios entrevistados julgaram alguns itens a respeito da nutrição no desempenho do exercício.

Tabela 2: Itens sobre o papel da nutrição no desempenho do exercício.

Nos resultados obtidos com a aplicação do questionário adaptado, observou-se que 55,5% das respostas não estavam corretas, o que pode ser explicado pelo trabalho de Oliveira (2017), o qual explica que a falta de conhecimento sobre nutrição básica por parte dos profissionais da educação física pode ser pode esta relacionada com a não oferta dessa disciplina na grade curricular do curso ou pelo fato da não atenção dos profissionais à mesma. O pode ser considerado preocupante, pois algumas dessas questões são básicas, como é o caso do item 1, o qual a 54,54% dos participantes da pesquisa erraram, resultado diferente do obtido por Almeida (2009) onde mais de 70% dos profissionais acertaram.

A respeito do uso dos suplementos por parte dos profissionais da educação física a maioria respondeu que não faz uso (77,30%) e apenas 22, 70% afirma fazer o uso dos mesmos, como pode ser observado no Gráfico 1. Quando questionados sobre quais suplementos utilizam eles responderam: Palatinose, carboidratos de absorção rápida, creatina, vitaminas, whey protein e termogênico. O suplemento que foi mais relatado o uso foi de creatina.  Esses resultados também foram diferentes dos trabalhos de Almeida (2009) e de Zeiser (2007), os quais a maioria dos profissionais afirma consumir suplementos alimentares.

Gráfico 1: porcentagem de consumo de suplemento por profissionais de educação física.

As respostas a respeito da indicação dos suplementos alimentares e sobre qual profissional mais habitado podem ser analisadas na tabela 3.

Tabela 3: demonstrativo sobre a indicação e sobre profissional mais habilitado à realizar.

O que pode ser observado foi que apenas um pequeno numero de profissionais relatou a indicação de suplementos, o que na verdade, sabe-se que não é a realidade, outra conduta observada durante o estudo foi que esses profissionais se sentiram intimidados com as perguntas, podendo terem respondido com condutas diferentes das quais realmente aplicam. Porem algo que deve ser levado em consideração é o fato que poucos afirmam o uso, o que segundo Oliveira (2017) explica a baixa indicação.

Já segundo os mesmo o profissional mais habilitado para prescrição de suplementos são os nutricionistas (95,55%), o que vai de encontro com os estudos semelhantes a esses, porem o que se sabe é que a prescrição de qualquer que seja substância deve ser realizada por profissional capacitado levando em consideração todos os aspectos biológicos e individuais de cada paciente. 

5. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos demonstrou-se o baixo conhecimento sobre nutrição por parte dos profissionais de educação física e o reduzido numero de indicação, o que pode ser considerado positivo. Contudo são necessários maiores esforços por parte da classe profissional, dos meios acadêmicos e regulatórios para que os profissionais possam saber e repassar com segurança seus conhecimentos, sendo preciso também mais estudo como esse, com amostras maiores e que avaliem mais aspectos relacionados a nutrição esportiva e o conhecimento dos profissionais de educação física.  

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¹Profissional de Educação Física. Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Uberaba – MG, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7034-0516
²Fisioterapeuta. Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Uberaba – MG, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3579-0148
³Profissional de Educação Física. Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Uberaba – MG, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-5667-7077
⁴Profissional de Educação Física. Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Uberaba – MG, Brasil. https://orcid.org/0009-0001-6090-9107
⁵Profissional de Educação Física. Especialista em Fisiologia do Exercício. https://orcid.org/0009-0000-7553-7011
⁶Nutricionista. Doutoranda em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Teresina – PI, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4993-8847
⁷Pedagogo e Profissional de Educação Física. Especialista em Educação Profissional PROEJA pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro. Mestre em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Doutorando em Educação Física pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Uberaba – MG, Brasil. https://orcid.org/0009-0007-4907-3867
⁸Nutricionista. Doutoranda em Alimentos e Nutrição pela Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Teresina – PI, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0188-9385
⁹Farmacêutica. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Teresina – PI, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-8817-1212