AVALIAÇÃO DE PATOLOGIAS NA MACRODRENAGEM DO KM 5,9 DA RODOVIA EXPRESSO PORTO NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO/RO 

EVALUATION OF PATHOLOGIES IN THE MACRODRAINAGE OF KM 5.9 OF THE EXPRESSO PORTO ROAD IN  THE MUNICIPALITY OF PORTO VELHO/RO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.7942057


Daniel Monteiro Amorim1
Joana Frade da Silva2
Vitória Conceição Souza3
Claudio Roberto O. Pereira4


RESUMO 

O estudo relacionado às patologias na macrodrenagem é necessário para garantir a segurança  do tráfego de veículos, o desempenho hidráulico do bueiro e conservação do corpo estradal,  pois o sistema de macrodrenagem bem construído e conservado assegura o direcionamento das  águas ao seu curso natural, garantindo a vida útil prolongada da via. O presente artigo avalia as  principais patologias identificadas no bueiro do km 5,9 localizado na Rodovia Expresso Porto  no município de Porto Velho/RO e busca ligar as causas mais comum do ocorrido, através do  estudo dos fundamentos teóricos sobre as manifestações patológicas nos sistemas de  macrodrenagem, assim como sua importância, seus componentes e controles construtivos. O  desenvolvimento se deu por inspeção em campo, coleta de dados e pesquisa bibliográfica. Os  resultados mostraram que a situação atual do ponto em estudo põe em risco o corpo estradal e  os usuários que utilizam a via. 

Palavras-chave: Macrodrenagem. Patologia. Drenagem Rodoviária.  

ABSTRACT 

The study related to macrodrainage pathologies is necessary to ensure the safety of vehicle  traffic, the hydraulic performance of the culvert and conservation of the road body, as the well constructed and maintained macrodrainage system ensures the direction of water to its natural  course, guaranteeing the longer lifespan of the track. This article evaluates the main  pathologies identified in the culvert at km 5.9 located on the Expresso Porto Highway in the  municipality of Porto Velho/RO and seeks to link the most common causes of what happened,  through the study of the theoretical foundations on the pathological manifestations in the  systems of macrodrainage, as well as its importance, its components and constructive controls.  The development took place through field inspection, data collection and bibliographical  research. The results showed that the current situation of the point under study puts the road  body and users who use the road at risk. 

Keywords: Macrodrainage. Pathology. Road Drainage. 

1. INTRODUÇÃO 

Sendo a água considerada a principal causa da maioria dos problemas nas estradas,  relacionados com recalques, erosão, imperfeições do pavimento, a escolha de um método de  drenagem garante que a água chegue ao local certo. O sistema de drenagem direciona a água  que chega à via para um ambiente seguro, evitando que ocorra o processo de infiltração nas  diversas camadas do revestimento e pavimento asfáltico. A engenharia civil usa sistemas de  drenagem para distribuir adequadamente a água que flui pelas ruas, instalando bocas de lobo,  bueiros, saídas, calhas, sarjetas. 

O ciclo hidrológico é fundamental para a manutenção da vida do planeta, pois garante  a distribuição e a renovação da água nos diferentes ecossistemas. O ciclo é um processo natural que envolve a evaporação da água da superfície terrestre e dos corpos d’água, a condensação do vapor de água na atmosfera formando nuvens, a precipitação da água em forma de chuva ou neve, a infiltração da água no solo e nos aquíferos, o escoamento superficial da água nas superfícies terrestres e o escoamento fluvial nos rios e lagos (RIGHETTO, 1998). Por mais que o ciclo hidrológico possa aparentar como um ciclo contínuo, com a água  se movendo de forma permanente e constante, na realidade, é diferente, pelo fato de o  movimento que a água faz em cada uma das fases do ciclo, ocorrer de forma aleatória, variando  tanto no espaço quanto no tempo. 

Há casos que a natureza trabalha com os excessos. Uma vez provocando impetuosas  precipitações atingindo a capacidade máxima de suporte dos cursos d’água, ocasionando em  inundações, outra vez parece que todo o ciclo hidrológico parou completamente. Em razão  disso, esses extremos que permeiam entre as enchentes e as secas, para os profissionais da  Engenharia, interessam na finalidade de proteção contra estes mesmos extremos. 

A questão da drenagem parte do princípio que envolve diretamente no manejo do  escoamento das águas, tendendo a diminuir danos à sociedade e ao ambiente.  Tratando-se de rodovias, a priori, conhecer os tipos de sistemas de drenagem, podendo  ser microdrenagem ou macrodrenagem, e suas especificidades, torna-se a etapa primordial para,  assim, a elaboração de projetos executivos, como também execução de obras deste porte. Em razão da contextualização do tema abordado, a importância da macrodrenagem em  rodovias, dá-se ao fato de que esses dispositivos correspondem à drenagem natural, estabelecido  por rios e córregos, por meio de obras que direcionam e complementam através de canalizações,  barragens, diques, bueiros, bacias de dissipação, entre outros, uma vez que essa etapa está  relacionada ao direcionamento adequado das águas pluviais, evitando acidentes e inundações.  Esse tipo de sistema deve ser pensado e projetado no intuito de acomodar precipitações  superiores às da microdrenagem, trazendo em seu objetivo o aumento da vida útil das estradas,  sem comprometer o curso natural das águas. 

Ocorre que, o desgaste do tempo, a má qualidade dos materiais de construção e as  condições ambientais, além de outros fatores imprevistos e não percebidos nas definições de  projetos e dimensionamentos, podem gerar patologias nos dispositivos de micro ou  macrodrenagem, prejudicando seu desempenho hidráulico, encurtando seu tempo de vida útil.

A avaliação de patologias de sistemas de macrodrenagem de rodovias se torna,  portanto, um tema de grande importância, a fim de identificar os problemas e propor soluções  para garantir o bom funcionamento das redes. Através da análise desses sistemas, é possível  determinar a capacidade hidráulica, seu desempenho hidráulico e identificar as patologias mais comuns, suas causas e efeitos, bem como definir as técnicas mais adequadas para a manutenção  e recuperação desses sistemas. 

Em Rondônia, a economia se baseia, prioritariamente, na agropecuária e com aumento  significativo dos campos de produção de grãos, tornando uma das principais atividades  realizadas no Estado, dando-se ao fato da quantidade de chuvas que a região propicia, além do  tipo do solo. Esse fortalecimento da economia vem acontecendo ao longo dos últimos anos com  um crescimento considerável da produção em várias partes do Estado e do escoamento de grãos  por meio do Porto Graneleiro na capital rondoniense, sendo esse o principal acesso para a  utilização das hidrovias.  

Com o crescimento acelerado da região, na década de 80, surge a pavimentação da  BR-364, a fim de facilitar o movimento migratório, bem como o escoamento da produção  agrícola, com isso, surgindo uma maior movimentação de veículos de carga pesada nas estradas,  causando transtorno nas principais vias de circulação na cidade de Porto Velho, capital de  Rondônia. 

A cidade de Porto Velho está situada ao extremo noroeste do Estado de Rondônia. A  capital tem localização favorecida, onde margeia-se entre trecho do Rio Madeira de encontro  ao entroncamento de duas importantes rodovias da Região Norte, sendo elas a BR-364 (sentido  Cuiabá) e BR-329 (sentido Amazonas). 

A Rodovia Expresso Porto se apresenta como solução para o problema do tráfego nos  trechos de rodovia que assoalham as áreas urbanas na cidade de Porto Velho/RO. Atualmente,  a construção da pavimentação encontra-se paralisada. Dessa forma, o aumento da frota veicular  no perímetro urbano da capital tem gerado dificuldades e problemas para a população,  comprometendo o conforto e segurança, afetando na qualidade de vida. 

Calha que, para que uma obra deste porte possa retornar ao andamento da execução,  será observada as condições do sistema de drenagem, o que impede o bom funcionamento do  bueiro localizado no km 5,9, a fim de não prejudicar a vida útil do corpo estradal. 

Neste contexto, esse artigo pretende apresentar como objetivo a avaliação das  condições do bueiro localizado no km 5,9 presente no conjunto do sistema de macrodrenagem  na Rodovia Expresso Porto no município de Porto Velho/RO, elencando as patologias e suas  causas, bem como as consequências e fatores acarretados pelo desempenho desse dispositivo  aplicando esse conhecimento no estudo de caso escolhido da rodovia Expresso Porto, na cidade  de Porto Velho/RO. A partir dessa análise, pretende-se propor soluções para a recuperação e  manutenção desse dispositivo, visando garantir sua funcionalidade e sustentabilidade.

Logo, o desenvolvimento desse artigo é de relevância socioambiental em virtude da  realidade de que os problemas ocasionados por um sistema de drenagem ineficiente ou sem a  devida manutenção, causam adversidades a todo o ambiente e população, tendo em vista que  as águas pluviais sem o direcionamento adequado tendem a destruir e a alterar negativamente  um ambiente influenciando na vida das pessoas, independente de nível social, na valorização  local, juntamente na preservação da natureza.  

Posto isto, por todos esses fatores a análise de uma fração de drenagem justifica-se  importante para o conhecimento da forma adequada de construção, bem como dos fatores que  conduzem a patologias indesejáveis. 

2. MATERIAL E MÉTODOS 

Para a realização deste estudo foi definida a temática de patologias da macrodrenagem.  A metodologia se refere a necessidade de uma proposta aplicada e se deu através de  levantamentos e registros in loco, além da pesquisa bibliográfica em literatura pertinente, bem  como da aplicação dos conhecimentos adquiridos na graduação de Engenharia Civil. 

O presente artigo por ser de natureza aplicada busca que, ao final do levantamento de  dados, resulte em uma proposta de solução adequada para o bueiro localizado no km 5,9 da  Rodovia Expresso Porto no município de Porto Velho/RO. 

Para a coleta de dados foi realizado um levantamento bibliográfico a partir dos  repositórios como artigos, dissertações, manuais, apostilas e portais de Governo para obter  informações técnicas sobre os estudos necessários que foram utilizados para a elaboração deste  trabalho, utilizando-se os seguintes descritores: macrodrenagem, macrodrenagem em rodovias,  patologias e suas causas em macrodrenagem em rodovias de fluxo intenso. 

Diante disso, a abordagem é considerada qualitativa, a partir dos artigos elencados na  pesquisa com os descritores, bem como o levantamento fotográfico realizado em campo,  principalmente nos períodos das chuvas para identificar o volume de precipitação entre outros  elementos que acaba afetando a durabilidade deste bueiro. 

O objetivo dos autores da pesquisa tem por finalidade conduzi-la de forma exploratória  e explicativa. Na fase exploratória foi feito um aprofundamento de conhecimento do tema com  o intuito de recortar o objeto de pesquisa, bem como formular o problema de tal tema que será  o elemento norteador do artigo. 

Na etapa explicativa foram levantadas as condições deste bueiro, as causas das  patologias e as consequências para se propor uma solução deste bueiro.

O levantamento de campo foi guiado conforme figura 5 sendo este, uma ficha de  inspeção elaborada conforme informações necessárias para a realização deste estudo.  A escolha do local foi realizada mediante a identificação da caracterização da área de  estudo, tendo em vista o porquê da escolha do ponto crítico. Em seguida, foi identificado a  forma de uso e ocupação do local, através da visita in loco e da ferramenta de sistema de  informação geográfica, como o Google Earth, câmera fotográfica, classificando como estão as  condições atuais do corpo estradal, vegetação, solo exposto, curso d’água, entre outros.  O levantamento de campo, foi realizada por meio de registro fotográfico e análise  visual identificando seu diâmetro, tipo de solo, vegetação, bacia, topografia, e demais  informações pertinentes. Foi realizado também, elaboração de croquis para auxílio na  identificação do problema. 

Partindo deste princípio, o artigo se direcionou para as ações e soluções escolhidas,  como forma de conduta para prevenção ou até mesmo controle das patologias. 

3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E SUAS CARACTERÍSTICAS  CLIMÁTICAS 

A Rodovia Expresso Porto está localizada no município de Porto Velho/RO, com o  intuito de solucionar parte do problema ocasionado pelo tráfego de carretas no perímetro  urbano. Esta rodovia, também é conhecida pela sociedade como anel viário, e, atualmente  consta com aproximadamente 17 km de extensão, sendo 1 km pavimentado e 16 km de estrada  de chão, com trecho inicial ligando pontos partindo da BR-364 na proximidade dos hospitais:  Santa Marcelina e o Hospital do Amor da Amazônia, seguindo até o Porto Graneleiro, na  extensão de 17 km.  

Conforme Nascimento (2015), a nova Rodovia Expresso Porto será implementada em  Porto Velho para remover o tráfego diário de mais de 200 carretas que circulam pelas  movimentadas avenidas Jorge Teixeira e Guaporé, tendo como destino os portos ao longo da  Estrada da Penal, atualmente localizados no perímetro urbano da cidade. 

O bueiro em estudo está situado a 5,9 km partindo da BR-364 e sua escolha se dá em  razão por representar a condição mais crítica percebida para esse tipo de elemento da Rodovia. Ver figura 1.

Figura 1 Localização do bueiro em estudo

Fonte: Google Earth, 2023

Para classificar o clima da região pode-se dizer que o clima é influenciado por diversos  fatores. Dessa forma, dependendo da localização, terão características diferentes. Segundo  Rocha (2022, p. 2), “uma das classificações mais utilizadas é a do geógrafo alemão Wladimir  Petter Koppen, proposta em 1900 e aperfeiçoada por outros geógrafos a partir de então.” Ainda  segundo Rocha (2022), o método de classificação climática de Köppen, são definidas através  do clima de acordo com seus principais agentes climáticos, sendo eles: radiação, temperatura,  pressão atmosférica e umidade.  

Wladimir Köppen desenvolveu o sistema climático de Köppen, baseando nas  pesquisas que já existiam sobre biomas, apresentava que o tipo de vegetação está interligado  com o clima, e esse sistema é muito utilizado até hoje. 

Segundo Rocha (2022, p. 1) 

“É de fundamental importância que se tenha uma noção clara de que, para o desenvolvimento de um projeto de drenagem, tanto é necessário que o respectivo estudo hidrológico esteja concluído, bem como que seu conteúdo seja o mais consistente possível, de tal modo que o sucesso do projeto em si depende do cuidado  e primor que se aplicam durante a elaboração do estudo.” 

Em Rondônia o clima é classificado, de acordo com o método de Koppen-Geiger,  como um clima do tipo Am (Clima de Monção) ou Clima Equatorial Úmido, que envolve  praticamente toda a faixa da Amazônia do país. Ocorre que devido a grande quantidade de  umidade emitida pela floresta amazônica através do processo de evapotranspiração, faz variar  as médias pluviométricas permanecendo com valores elevados, variando de 1500 mm a 2500  mm por ano. Ver figura 2. 

Figura 2 Mapa de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger.

4. RESULTADOS 

As visitas in loco foram realizadas no dia 11 de março de 2023 e no dia 2 de abril de  2023. Dessa forma, foi aproveitado o período da manhã de domingo devido ao menor tráfego  no local. No primeiro dia, o clima estava chuvoso, o que beneficiou a vistoria, pela importância que a avaliação seja efetuada em um período chuvoso para avaliação do nível da água e seu  comportamento no local, porém dificultou o acesso ao bueiro. Na segunda visita in loco, houve  dias de sol, sendo assim, possível acessar e fazer a análise do bueiro escolhido e coleta das  medidas necessárias. Ao todo foram produzidas e catalogadas diversas fotografias digitais de  alta resolução. Após criteriosa análise visual, tendo como referência a ficha de inspeção adaptada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) (2004),  apresentam-se as manifestações patológicas encontradas no bueiro do km 5,9, nos dois sentidos  da transposição do talvegue, sendo eles: montante e jusante. 

A localização do bueiro encontra-se no trecho da via não-pavimentada. De acordo com  a análise visual, ver figuras 3 e 4, o bueiro segue as principais classificações indicadas abaixo.  Ver tabela 1: 

Tabela 1 Informações do bueiro em estudo 

Fonte: Autores, 2023 

Figura 3 Diâmetro do bueiro localizado no km 5,9

Fonte: Autores, 2023

Conforme apresentado na figura 4A é possível observar as características do local no  lado montante, bem como na figura 4B, a largura da pista, assim como na figura 4C apresenta  o lado jusante do bueiro localizado no km 5,9. Ver figura 4. 

Figura 4 Identificação do ponto 

Fonte: Autores, 2023

O levantamento de campo foi realizado seguindo os seguintes passos: análise visual  junto com registro fotográfico; identificação das patologias e elaboração de croquis para melhor  entendimento e a identificação das manifestações patológicas fora apresentada com o preenchimento da Ficha de Inspeção no dia da vistoria, conforme figura 5, no qual foi  identificado presença de erosão, assoreamento, necessidade de valeta, falta/defeito das peças,  desalinhamento, danos por sobrecarga e acúmulo de material orgânico. Ver figura 5. 

Figura 5 Ficha de inspeção 

Fonte: Autores, 2023 

Ao ser deparado com a dificuldade de acesso ao fundo do bueiro a montante, foi feito  um croqui em que exemplifica a transposição do bueiro, juntamente com medidas da pista e  altura dos taludes. A pista de rolamento foi medida com a ferramenta de trena de fibra de vidro,  encontrando uma largura de 12,0 m. Já do início do talude a jusante até a boca do bueiro, a  altura encontrada foi de aproximadamente 5,0 m. Devido à dificuldade de acesso ao lado  montante, em razão da alta vegetação, não foi possível a determinação da medida da altura do  talude. Dessa forma, entende-se que os dois lados possuem altura proporcional. Ver figura 6. 

Figura 6 Croqui dos dimensionamentos

Fonte: Autores, 2023

Devido à dificuldade do acesso, não foi possível a observação da boca de entrada do  bueiro, curso de água e a lâmina d’água. Entretanto, pelo fato de a água estar escorrendo no  lado jusante, constatou-se que o bueiro não se encontra entupido e nem afogado. Ou seja, o  bueiro ao lado montante, está atendendo a vazão sem comprometer sua função. Essa observação  é de suma importância devido ao fato de que se a boca do bueiro neste lado não estivesse  atendendo, a região estaria alagada prejudicando o talude, além disso concluiu-se que a  montante encontra-se sem a devida composição da boca do bueiro. Ver figura 7. 

Figura 7 Lado montante do bueiro do km 5,9 

Fonte: Autores, 2023

Todavia, devido ao fato de não haver drenagem superficial, como canaletas, valetas,  ou até sarjetas de aterro, com a água de escoamento pluvial do ponto mais alto do corpo estradal,  iniciou uma pequena erosão no início do talude. Esse material carreado da erosão tem a  possibilidade de ser depositado no curso d’água fazendo, assim, com que ocorra o assoreamento  que resulta na vedação parcial da boca do bueiro. Além disso, esse material indesejado que vem  sendo carregado, também compromete a estrutura do talude, como também a segurança da via. 

Da mesma forma, o talude a jusante encontra-se com a mesma patologia citada  anteriormente, pois a falta da adequada drenagem também ocasionou erosão no talude. Tendo  em vista que o acesso ao lado jusante estava mais possibilitado para análise, foi possível a constatação que a erosão estava em uma situação crítica e arriscada, no qual já apresenta um  desmoronamento que resultou em porção significativa do aterro que apresenta talude negativo  estimado em aproximadamente 2,50 m de comprimento rompido, considerando-se como  referência os limites originais de “saia” de aterro. Ver figura 8. 

Figura 8 Talude do lado Jusante 

Fonte: Autores, 2023 

Devido a gravidade da erosão, a mesma situação não se dá somente pela falta de  drenagem superficial, mas também, pela falta de proteção do talude, a ausência da construção  da ala na boca de saída para a contenção do aterro, falta de escada dissipadora para a correta  descida d’água proveniente do escoamento das águas de precipitação em destino ao curso  d’água, assim como a carga elevada e a alta velocidade provocada pelas carretas que transitam  no trecho, causando vibração e, consequentemente, desagregação do aterro compactado no  local, muito em razão da falta de critérios adequados na configuração da geometria do talude e  da falta de proteção superficial.  

A erosão provocou o assoreamento no corpo do bueiro, provocando seu rompimento e desmonte do escoamento instalado. Como pode se observar na figura 8B o desmoronamento  do talude poderá evoluir com o decorrer do tempo, atingindo a via de passagem de veículos,  caso não seja efetuada uma contenção deste aterro. Ver figura 9.

Figura 9 Falta de proteção do talude

Fonte: Autores, 2023 

O processo erosivo depende de diversos fatores e entre eles está a precipitação no qual  considera-se sua intensidade e duração. A falta de proteção do talude, possibilitou um maior  impacto das precipitações no talude reduzindo significantemente sua resistência, causando a  erosão, assim como seu progresso. Ver figura 10. 

Figura 10 Resultado do assoreamento de rompimento do talude 

Fonte: Autores, 2023

Outro fator que contribui para o caso é a sobrecarga transmitida pelos caminhões, por  se tratar de um ponto localizado entre duas ladeiras bem inclinadas e sem pavimento o que torna  a pista escorregadia em dia de chuva, os caminhões carregados necessitam aumentar a  velocidade para subir a ladeira, mesmo no domingo o fluxo se manteve moderado e essa carga  somada a alta velocidade contribui para a desagregação do solo em estado de muita umidade  progredindo mais a erosão. Ver figura 11. 

Figura 11 Resultado do assoreamento de rompimento do talude 

Fonte: Autores, 2023

Devido a erosão é perceptível a alteração na inclinação do maciço afetando a  estabilidade do bueiro. Apesar do comprometimento do corpo do bueiro a água continua  escoando, porém, a maior preocupação encontra-se com o corpo estradal tendo em vista o fluxo  diário dos caminhões e a progressão da erosão caso não seja efetuado a contenção. É  imprescindível a limpeza do lado jusante para não prejudicar o fluxo da água que continua  escoando. Ver figura 12. 

Figura 12 Assoreamento que comprometeu o corpo do bueiro 

Fonte: Autores, 2023

O estudo hidrológico é uma ferramenta importante para a análise da disponibilidade e  do comportamento da água em determinada área geográfica. Esses estudos são fundamentais  para a tomada de decisões em diversos setores, tais como: projeto e implantação de dispositivos  de drenagem, estudos de planejamento e assoreamento, previsão de cheias e inundações, entre  outros. Deve levar em consideração uma série de fatores, tais como o regime pluviométrico da  região, topografia, cobertura vegetal, capacidade de armazenamento do solo e dos corpos  d’água. 

Segundo DNIT (2005, p. 19), 

Com os danos decorrentes da insuficiência de vazão dependem da importância da obra para o sistema, são diferentes os valores a serem adotados para o período de recorrência, variando conforme o tipo de obra. Assim, um bueiro de rodovia com capacidade de vazão insuficiente pode causar a erosão dos taludes junto à boca de jusante, ruptura do aterro por transbordamento das águas, ou inundação de áreas a  montante. 

Elucida-se que as patologias analisadas não foram ocasionadas por uma máxima  precipitação, pois mesmo após uma precipitação elevada o bueiro permanece com uma lâmina  d’água adequada e não se encontrou afogado e nem a montante alagada. E sim, a água que  escorre na pista não ter a descida adequada, sendo essa água de uma precipitação máxima ou  de mínimas precipitações regulares, principalmente no atual período do inverno amazônico. 

Para que se constata a abordagem anterior foi elaborado o estudo hidrológico de modo  que comprove que a patologia analisada não foi causada pela ineficiência do dimensionamento  do bueiro do km 5,9. 

Para efetuar o estudo hidrológico, foi utilizado o Posto Pluviométrico Santo Antônio  BR-364, por obter a maior quantidade de dados pluviométricos em relação aos demais postos  encontrados na região. Ver figura 13. 

Figura 13 Posto Pluviométrico

Fonte: Hidroweb, 2023

Para o estudo hidrológico, os dados coletados no Posto Pluviométrico citado foram as  máximas precipitações conforme tabela. Ver figura 14. 

Figura 14 Dados de máxima precipitação

Fonte: Hidroweb, 2023 

A partir dos dados coletados, foi feito o histograma de máxima mensal. Ver figura 15. 

Figura 15 Histograma de máxima mensal 

Fonte: Autores, 2023 

Os dados coletados foram processados através do método estatístico de Gumbel,  orientado pelo DNIT (2005), e para um tempo de retorno de 25 anos, conforme é orientado pelo  Jabor (2023), no qual foram adquiridos os resultados a seguir. Ver tabela 2. 

Tabela 2 Resultado do método de estatística de Gumbel

Fonte: Autores, 2023

Para o tempo de retorno de 25 anos, foi feito a desagregação da chuva em relação ao  tempo de duração para obter a precipitação, assim como efetuar o cálculo da intensidade. Ver  figura 16. 

Figura 16 Desagregação das precipitações

Fonte: Autores, 2023 

A partir dos dados obtidos foi elaborado o gráfico pluviográfico referente à Altura de  Chuva pelo Tempo de Duração. Ver figura 17. 

Figura 17 Gráfico Altura de Chuva x Tempo de Duração

Fonte: Autores, 2023 

Sendo assim, também foi obtido o gráfico referente a Curva de Intensidade x  Frequência. Ver figura 18. 

Figura 18 Curva de Intensidade – Duração de Precipitação – Frequência 

Fonte: Autores, 2023

Após esta etapa de coleta e processamento de dados hidrológicos foi realizada a  delimitação da bacia hidrográfica através do software QGis onde foi obtido uma bacia com área  A=1,097 km² e comprimento do talvegue principal de L=1,43 km, conforme ilustra o mapa da  figura a seguir. Ver figura 19. 

Figura 19 Microbacia – Bueiro km 5,9 – Rodovia Expresso Porto 

Fonte: Autores, 2023

De acordo com o DNIT (2006, p. 461), determina que “as bacias com áreas inferiores  a 10 km² devem ter a descarga determinada pelo método racional”. Através deste método, foi  obtido a vazão de 2,03 m³/s que corresponde ao BSTC 1,20m de diâmetro, o mesmo que já se  encontra implantado no local, ou seja, a patologia existente não corresponde à ineficiência do  dimensionamento do bueiro. Ver figuras 20 e 21. 

Figura 20 Vazão pelo Método Racional

Fonte: Autores, 2023

Figura 10 Vazão, velocidade e declividade crítica de bueiros tubulares de concreto 

Fonte: DNIT, 2006

5. DISCUSSÃO 

Entende-se que a construção de elementos de drenagem passa por metodologias e  regras previamente definidas e estabelecidas em normas técnicas e padrões de engenharia.  Porém, cada obra tem sua particularidade e em cada situação devem ser consideradas as  variáveis que interferem e que podem prejudicar uma estrutura construída. Com essa diretriz,  entende-se que uma boa obra de engenharia, um sistema bem projetado serve como instrumento  de sustentabilidade, pois favorece a recomposição da camada vegetal no entorno da rodovia,  criando uma proteção contra desmoronamentos (GOULART et al, 2017). 

Outro ponto relevante, é a consideração de tráfego majoritariamente pesado  caracterizado por trânsito de carretas de grande porte carregadas com cargas que variam em  torno de 30 toneladas, requerendo um pavimento adequado com compactação controlada, tendo  em vista que será submetido a cargas e esforços solicitantes elevados. Assim sendo, ao detectar  falhas na construção de taludes, bem como ausência de proteção superficial com o uso de  enrocamento ou qualquer outra opção de proteção indicadas pelos padrões de engenharia,  percebe-se que houve falhas nos critérios de construção e na adequabilidade do construído com  o uso a que se propõe o corpo estradal em estudo.  

5.1. Controles e dados necessários para a garantia de uma construção eficiente

5.1.1. Normas técnicas e especificações 

A observação dos padrões de construção adequados deve, sobretudo, respeitar o que  orienta as normas técnicas aplicáveis. Ademais, devem-se considerar as especificações técnicas  definidas para determinadas obras. Pois são nelas onde serão definidos padrões que se destinam especificamente aquela obra que apresenta particularidades específicas em razão de seu local  de construção, sua condição topográfica, geográfica e de uso previsto. Tratando de normas e  especificações técnicas para a construção civil, o site Business Integrator (2023) tem como  definição, 

As NBRs (Normas Técnicas Brasileiras) têm importância fundamental para diversos setores da economia brasileira, inclusive para a construção civil. Desenvolvidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), as NBRs para construção são uma forma de organizar e permitir monitoramento e controle em todo processo da obra, além de atestar conformidades dos materiais utilizados na construção, com padrões de qualidade. As NBRs também contribuem para o aumento da produtividade, para a segurança e para a redução de custos. 

Tendo em vista o mencionado, é necessário evidenciar que o responsável técnico  encontra dificuldades para seguir as NBR’s devido à falta de atualização, no qual são  encontradas falhas que prejudicam o andamento de alguns métodos construtivos. Relativo às  NBR’s voltadas para a área de drenagem, existem normas com mais de 15 anos sem atualização  e que não condiz com a realidade de execução atual. Dessa forma, é necessário que as normas  técnicas sejam revisadas com mais frequência para a segurança do responsável técnico, bem  como na garantia de melhores obras. 

5.1.2. Projeto e controle de qualidade 

Elemento fundamental e indispensável em uma construção, é o projeto executivo capaz  de proporcionar condição para uma construção que atenda às exigências a que será submetido.  Porém, um bom projeto pode ser prejudicado em virtude de uma construção realizada sem o  devido controle de qualidade. Uma fiscalização adequada é capaz de garantir que os elementos  construídos estejam de acordo com o projetado, além de garantir que sejam observadas todas  as normas aplicáveis e especificações técnicas definidas para aquela construção, em conjunto  com os métodos construtivos ideais.  

Nesse caso, a verificação de escavações, escoramentos, armaduras, formas, traços de  concreto, diâmetro de agregados, entre tantos outros controles necessários, são fundamentais  para a garantia da qualidade do construído. Por vezes um ótimo projeto com materiais bons de  construção pode resultar em uma obra de vida útil curta, em razão de patologias causadas por  erros construtivos. Segundo Goldman (2004) o controle da qualidade é mais eficaz quando a  obra é bem planejada e acompanhada de perto, tanto em termos físicos quanto em financeiro. 

Isso aumenta a precisão gerencial e facilita o bom controle e evitando possíveis prejuízos antes  de acontecer. 

Após a finalização da obra, o serviço da fiscalização continua conforme explica Jabor  (2023, p. 191), 

Após o recebimento da obra de implantação e pavimentação da rodovia pelo órgão contratante, deverá ser feito uma vistoria antes e outra após o período de chuva, para identificar, diagnosticar e consequentemente priorizar/ planejar futuras intervenções de correção ou eliminação de possíveis problemas que possam a vir comprometer a integridade da rodovia. 

Portanto, a fiscalização e controle de qualidade também é fator fundamental para a  saúde de uma obra construída. Dessa maneira, torna-se de suma importância o trabalho de  engenharia no que tange a projeto e controle de qualidade nas execuções de obras, por  compreender que esta disciplina minimiza os efeitos negativos que porventura venham a ocorrer  durante seu desenvolvimento e problemas decorrentes da má qualidade do material utilizado.  Portanto, é imprescindível que haja um controle rigoroso de todos os custos orçados no projeto  através da gestão estratégica e controle de qualidade (MACÊDO et al., 2018). 

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O estudo realizado no bueiro localizado no km 5,9 da rodovia Expresso Porto no  município de Porto Velho/RO, se configura esclarecedor quanto as patologias a que se expõe  um típico elemento de drenagem necessário instalado em rodovia de tráfego pesado. Verificou se que as patologias existentes decorrem em sua maioria pela falta de observação de critérios  conhecidos da prática da engenharia de construção, além disso, a falta de manutenção, que é  fator necessário para a preservação desse tipo de estrutura construída.  

O desmoronamento dos taludes ocasionando o rompimento de parte da tubulação de  drenagem, sobretudo o assoreamento à jusante do corpo estradal, poderiam ser evitados desde  que fossem observados padrões de construção e previsibilidade das ocorrências possíveis de  patologias em razão da destinação da rodovia e dos volumes de precipitação da região. Ou seja,  verificou-se que bastando a aplicação de melhores padrões de construção e de manutenção,  minimizaria consideravelmente as patologias identificadas.  

Fica evidente a necessidade da cultura de estudo mais aprofundado de cada situação  de drenagem instalada ponto a ponto em qualquer rodovia que seja. Desde um estudo  aprofundado da bacia de contribuição a aquele elemento de drenagem instalado, até os volumes de precipitação que determina volumes de água que precisam ser direcionados para não  danificar taludes expostos, sem proteção superficial.  

O estudo realizado nos leva ao entendimento que a construção de uma estrada dessas  características e especificamente, essa estrada estudada, foi tratado como padrão de construção  genérico, sem o tratamento especifico e individualizado de cada ponto de drenagem  especificamente e que caso isso ocorresse, o elemento em estudo localizado no km 5,9 teria  padrão de construção diferente, principalmente no que se refere a drenagem das águas da pista  de rolamento e no mínimo a proteção do talude com elementos como, enrocamento, rip-rap ou  outro qualquer, o que ocasionaria a proteção dos elementos de concreto construídos  direcionados a realizar a drenagem adequada e pretendida. 

Fica evidente a importância da aplicação de métodos e estudos multidisciplinares que  envolvem levantamento dos mais diversos, além de bom projeto e bom controle de construção,  resultando em uma obra de engenharia adequada na qual são aplicados os conhecimentos  obtidos nos estudos realizados, bem como as melhores práticas de construção com controle e  fiscalização levando-se em consideração as especificações técnicas e normas aplicáveis. 

REFERÊNCIAS 

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__________. Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos rodoviários: Escopos  básicos / Instruções de serviço – Publicação IPR – 726. 3.ed. Rio de Janeiro, 2006. Disponível  em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/coletanea-de manuais/vigentes/ipr_726_3aedicao_2006.pdf. Acesso em: 6 maio de 2023. 

GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil  brasileira. 3ª ed. São Paulo: Pini 2004. 

GOULART, V. M.; LIMA, R. A.; NUNES, M. M. Pavimentação de Rodovias – materiais,  projeto e manutenção. São Paulo: Ed. Oficina de Textos, 2017. 

JABÔR. M. A. Apostila de Drenagem de Rodovias. ed. 2023. Disponível em  https://www.marcosjabor.com.br/apostila/2023b.pdf. Acesso em: 06 maio de 2023. 

MACÊDO, W. R. et al. Pulmão financeiro em projetos da construção civil estratégias de  gestão e controle. Revista FENEC, v. 2, n. 2, 2018, p. 345-353. 

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NATIONAL GEOGRAPHIC SOCIETY. Köppen Climate Classification System. Disponivel  em: Köppen Climate Classification System (nationalgeographic.org). Acesso em: 25 abr. 2023. 

RIGHETTO, A. M. Hidrologia e Recursos Hídricos. 2.ed. São Carlos: EESCC/USP. 1998, p.  840. 

ROCHA, E. G. A. Conceitos Básicos de Hidrologia e Drenagem para Projetos Rodoviários. Brasília. 2022, p. 1-2.


1Acadêmico de Engenharia Civil. Artigo apresentado a Uniron/Sapiens, como  requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, Porto Velho/RO, 2023

2Acadêmica de Engenharia Civil. Artigo apresentado a Uniron/Sapiens, como  requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, Porto Velho/RO, 2023.

3Acadêmica de Engenharia Civil. Artigo apresentado a Uniron/Sapiens, como  requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil, Porto Velho/RO, 2023.

4Professor Orientador. Professor do curso de Engenharia Civil.