AVALIAÇÃO DAS PRESSÕES RESPIRATÓRIAS MÁXIMAS E ESPIROMETRIA EM ATLETAS.

FMR em atletas de Salto Ornamental 

Evaluation of the maximum respiratory pressure and spirometry in high-performance athletes of diving. 

Secção/Tipo de Artigo: artigo original  

Quebra de PáginaAvaliação das pressões respiratórias máximas e espirometria em atletas de alto rendimento da modalidade Salto Ornamental. 

Resumo 

A modalidade de saltos ornamentais (SO) vem crescendo nos últimos anos e ganhando espaço no esporte brasileiro. Embora seja considerado um esporte aquático, a água serve apenas como superfície para aparar o corpo pós salto do trampolim. O objetivo deste estudo foi descrever a força muscular respiratória e avaliação de função pulmonar de atletas da seleção brasileira de SO antes e após treinamento físico. Foi realizado um estudo observacional, longitudinal descritivo com dez atletas de SO de ambos os sexos, através de medidas  de PIM e PEM e espirometria antes e após um treinamento físico na China com duração de três meses. A análise estatística foi realizada no software Prism 5.0, e os dados submetidos ao teste Kolmogorov Smirnov para verificação da distribuição de normalidade. Utilizou-se  o teste t pareado com nível de significância de 0,05. A análise dos dados evidenciou o seguinte resultado de PIM feminino 109,6 ±10,8 e PEM feminino 114,4±12,4. Observou-se que embora os valores de PIM e PEM  encontrado nas atletas do sexo feminino tenha sido maior do que os preditos por autores , houve diferença significativa somente nos valores de PIM. Nossos resultados sugerem que se deva dar especial atenção ao treinamento respiratório nos atletas do sexo masculino devido a proximidade com sujeitos não atletas. Os valores de espirometria estavam dentro dos padrões de normalidade. 

Palavras-chaves: Saltos ornamentais, pressão respiratória, função pulmonar. 

Evaluation of the maximum respiratory pressure and spirometry in high-performance athletes of diving. 

                                                Summary 

Diving has been growing in recent years and winning importance in Brazilian sport. Although it is considered a water sport, water only serves as a surface to trim the body after trampoline jumping. The aim of this study was to describe the respiratory muscle strength and evaluation of pulmonary function athletes the Brazilian national diving before and after training physical in China. A study was performed with ten athletes from diving of both genders, for evaluation of respiratory muscle strength and spirometry before and after a training in China lasting three months. Statistical analysis was performed using Prism 5.0 software, and data submitted to the Kolmogorov-Smirnov test to check the distribution of normality. The evaluations were made in two moments and used the paired t-test with a 0.05 significance level. There was no significant difference in PIM values and PEM, as well as spirometry. Our results suggest that  should give special attention to the respiratory training in male athletes due to proximity with non-athlete subjects. Spirometry values were within the standards of normality. 

Keywords: Diving, respiratory pressure, lung function. 

Introdução 

A modalidade esportiva de salto ornamental vem crescendo nos últimos anos em aparições na mídia e no número de participantes. Esse crescimento é consequente de campeonatos cada vez mais bem organizados e estruturados, e de a conquista de atletas brasileiros em posições cada vez melhores em diversas provas e campeonatos internacionais Sae  (2005). 

Embora os Saltos Ornamentais (SO) sejam um esporte aquático, a água serve apenas como superfície para aparar o corpo. As habilidades do saltador são exibidas no trampolim e no ar, seja um salto simples ou um mais complicado com várias rotações, todos eles exigem perfeita sincronização e absoluta coordenação motora Diagram Group (1984). 

O SO constitui-se de dois componentes importantes: o primeiro esportivo (acrobacias e treinamento) e o segundo artístico (que como toda arte, exige do artista o máximo de dedicação e esforço). É um misto de balé aéreo combinado com acrobacia Casilo (1975). 

A força muscular respiratória (FMR) foi definida por Shafferet et al. (1981) como sendo as pressões máximas geradas pela contração dos músculos respiratórios e mensuradas ao nível da boca. A FMR é estimada pela pressão inspiratória máxima (PIM) e pressão expiratória máxima (PEM), respectivamente McConnell e Copestake (1999). A PIM e PEM são normalmente utilizadas para diagnóstico de fraqueza dos músculos respiratórios Rodrigues (2000) e também para avaliação funcional dos músculos respiratórios, pois possibilitam quantificar a força destes músculos Camelo, Terra e Manso (1985). 

A avaliação da função pulmonar é bastante utilizada em centros de pesquisa e de diagnóstico. Essa avaliação envolve medidas de oxigenação arterial, volume pulmonar transporte de gases e ventilação. Pode ser feita por meio da espirometria, que permite a para caracterização de distúrbios respiratórios  Merkus, Jongste e Stocks et al. (2005). 

A espirometria mede volumes e fluxos aéreos, principalmente a capacidade vital lenta (CV), capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), e suas relações (VEF1 /CV e VEF1/CVF). 

 Santos, Pinto, Sant’anna, e Bernhoeft (2011) estudaram as pressões respiratórias máximas em nadadores adolescentes e concluíram que valores médios basais de PIM e PEM em ambos os sexos e após o treino físico padrão   não apresentaram diferença significativa e que homens apresentam valores basais mais elevados de PIM que mulheres. Pardi (2008) comparou PIM e PEM em atletas de natação e indivíduos sedentários e verificou que o treinamento regular da natação é capaz de aumentar significativamente esses valores, quando comparado com sedentários da mesma faixa etária. Simões, Auad, e Dionísio (2007) em seu artigo sobre a influência da idade e do sexo na FMR, observaram redução significativa da PIM e PEM com o aumento da idade a cada duas décadas em ambos os sexos a partir dos 40 até os 89 anos. Magalhães (2005) comparou a força muscular respiratória, expansibilidade torácica e mobilidade de tórax de atletas de natação e de indivíduos saudáveis não praticantes de exercício físico e constatou que atletas de natação apresentaram diferença significativa da PIM e PEM quando comparados a indivíduos sedentários. Porém não houve diferenças na expansibilidade torácica e mobilidade de tórax entre os grupos. Camelo et al. (1985) identificaram que as pressões máximas em adultos normais na faixa etária entre 20 e 49 anos são significativamente maiores nos homens e que nesse grupo não foi observado regressão significativa das pressões respiratórias máximas com a idade. Outros autores publicaram trabalhos sobre análise de força muscular respiratória. Porém não localizamos nenhum artigo publicado sobre avaliação de força muscular em atletas de alto rendimento de SO.   

Uma equipe multidisciplinar do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), em março e julho de 2013, foi solicitada a coletar dados no intuito de monitoramento e orientação nutricional, cardiológica, renal, respiratória e odontológica de dez atletas brasileiros selecionados pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos que participaram de treinamento físico específico na China. 

Este estudo teve como objetivo: descrever a avaliação de função pulmonar de atletas talentos brasileiros de SO antes e após treinamento na China. 

Método 

Este estudo é caracterizado como observacional, longitudinal descritivo e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira – Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob o número CAAE- 43653215.7.0000.5264.  

Amostra 

Participaram desta pesquisa 10 atletas de SO de ambos os sexos com idades entre 13 e 26 anos, a participação desses atletas se deu de maneira voluntária e tiveram conhecimento dos métodos e de suas respectivas finalidades, e consentiram após assinar o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). As avaliações foram feitas no ambulatório de Pneumologia do IPPMG-UFRJ. 

Instrumentos 

Foi aplicado um questionário aos atletas pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) com 16 perguntas, entre elas abertas e fechadas relacionadas às questões respiratórias dos atletas, assim como histórico de doenças em geral e utilização ou não de algum tipo de suplemento. 

As medidas de peso e altura foram realizadas utilizando-se uma balança clínica com estadiômetro, marca Welmy® (Brasil), modelo mecânico, com escala de zero até 150 quilos e precisão de 100g. As medidas de PIM e PEM foram feitas com manovacuômetro digital MVD 300 da marca GlobalMed, RS, Brasil, escalonado de 0 a 300 cmH2O positivo e negativo e na avaliação de função pulmonar foi utilizado espirometro da marca KOKO devidamente calibrado no dia da avaliação. 

Procedimentos  

Os atletas foram avaliados em duas etapas: a primeira antecedeu a viagem à China e a segunda após o treinamento intensivo com reforço de fundamentos básicos e técnicas, focado nas provas sincronizadas de trampolim e plataforma, durante três meses com carga horária diária de aproximadamente oito horas. Os atletas estiveram no centro de treinamento de SO na China com a técnica Yu Fen, treinadora da seleção de seu país e reveladora de campeãs olímpicas segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (2013).  

Para o registro de peso o atleta estava de roupa de banho, posicionado em pé, de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os mesmos e os braços estendidos ao longo do corpo. Em seguida, era orientado para que mantivesse ereto com o olhar num ponto fixo à sua frente Ministério da Saúde (2004). 

Para mensuração da estatura, o atleta estava na posição ortostática (PO): indivíduo em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, procurando pôr em contato com o instrumento de medida as superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital. A medida foi feita com o avaliado em apneia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre esta variável antropométrica. A cabeça orientada segundo o plano de Frankfurt, paralela ao solo. A medida foi feita com o cursor em ângulo de 90º em relação à escala. O IMC foi calculado pela equação de Quetelet: IMC= massa corporal(KG) / estatura (m2) Seidell (2000) citado por Petroski (2007). 

Para as medidas de PIM e PEM, um tubo de plástico estava conectado ao manovacuômetro e na extremidade distal do tubo um bocal cilíndrico de borracha, com diâmetro interno de 32 mm. Anteriormente ao bocal foi colocado um dispositivo de plástico rígido com um pequeno orifício de 2 mm de diâmetro de forma a proporcionar um pequeno vazamento de ar para prevenir a elevação da pressão da cavidade oral gerada exclusivamente por contração da musculatura facial com o fechamento da glote Black e Hyatt (1969). A medida foi coletada com os atletas sentados, utilizando clipe nasal para evitar vazamento de ar pelo nariz, com a técnica de ventilação voluntária máxima sustentada. A pressão expiratória foi mensurada a partir da capacidade pulmonar total registrando a pressão dos músculos expiratórios (PEM) e a pressão inspiratória a partir do volume residual onde foram avaliados os músculos inspiratórios (PIM). Os atletas fizeram no mínimo três avaliações, tecnicamente satisfatórios, ou seja, sem vazamento de ar, com duração de no mínimo 1 segundo, com intervalo de repouso de um minuto entre cada avaliação. Foi aproveitado o resultado de maior valor conforme Black e Hyatt (1969); Neder, Andreoli, Lerario e Nery (1999); Souza, (2002). Adotaram-se valores de referência de caucasianos adultos e crianças saudáveis de acordo com a faixa etária, segundo Neder et al. (1999) 

As avaliações de função pulmonar foram feitas de acordo com os critérios das Diretrizes para Testes de Função Pulmonar (2002). Durante o exame, o atleta permaneceu sentado com o tronco em um ângulo de 90º com os membros inferiores, tronco e cabeça em posição neutra e fazendo uso de clipe nasal. Logo após foi realizada inspiração máxima seguida de expiração máxima em um bocal descartável colocado sobre a língua, entre os dentes e com os lábios cerrados, evitando vazamentos. O equipamento foi entregue na mão do atleta e os comandos verbais necessários foram dados durante a realização do exame. Foram realizadas três manobras e selecionada a melhor curva de expiração forçada, desde que este não ultrapassasse 10% em relação ao valor mais próximo. Os valores da capacidade vital forçada (CVF) e do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) são medidos em litros e litro/segundo, respectivamente e em percentagem dos valores preditos. O protocolo utilizado foi o de Pereira et al 2002.  

Análise Estatística 

Para preservação da identidade dos atletas foi atribuído Fem1 a Fem5 para as atletas avaliadas do sexo feminino e Masc1 a Masc5 para os atletas do sexo masculino. Os dados foram armazenados em planilha Excel.  

A análise estatística foi realizada com o auxílio do software Prism 5.0, os dados encontrados foram submetidos ao teste Kolmogorov Smirnov para verificação da distribuição de normalidade. Como os parâmetros apresentaram distribuição normal foi aplicado o test t de Student. As avaliações foram feitas em dois momentos diferentes, porém na mesma amostra, portanto utilizou-se o teste t pareado. O nível de significância estipulado foi de 5% ou seja, p≤0,05.  

Resultados 

Na tabela 1, foram descritos os valores de manovacuometria e espirometria dos 10 atletas de SO. 

Os atletas foram avaliados no momento de repouso e observou-se que não houve diferença significativa nas medidas de PIM e PEM assim como na espirometria, como descrito na tabela 2. 

Nos dados de PIM e PEM encontrados na segunda aferição e comparados com valores preditos pelo manovacuômetro MVD 300, observou-se que as amostras estudadas não apresentaram diferença, exceto a PIM no sexo feminino que obtiveram valores maiores do que os preditos pelo manovacuômetro (p=0,001), conforme tabela 3. 

Segundo o questionário da CBDA nenhum dos atletas iniciou a modalidade de SO por problemas respiratórios. Apenas três relataram episódios de sibilos alguma vez na vida durante gripes e/ou resfriados e destes três apenas um atleta afirmou ter ocorrido no último ano. 

Um único atleta mencionou ter sentido chiado no peito e/ou tosse, assim como o fato de ter abandonado o treino por esse mesmo motivo. Nenhum atleta teve alterações durante o sono por chiado ou aperto no peito, todavia três atletas relataram que tiveram o sono interrompido por tosse, obstrução nasal e ronco, e destes três, apenas um, relata tosse seca noturna sem relação com gripes e resfriados. 

Durante a aplicação do questionário não foram relatados diagnóstico de asma ou bronquite, dois atletas relataram história familiar de asma. A rinite e/ou sinusite foi diagnosticada em pelo menos três atletas. 

Cerca de 90% (n=9) relataram que nunca fizeram nenhum tipo de exercício respiratório. 

Discussão 

Que seja do nosso conhecimento, este é o primeiro estudo que visa comparar os valores das capacidades respiratória e força muscular respiratória de atletas de SO antes e após treinamento físico específico. 

Embora os atletas tenham relatado que houve um aumento na duração e repetição do treinamento na China, como preconizado no princípio de treinamento da sobrecarga, em nossos estudos não foram encontradas diferenças significativa dos valores tomados nas avaliações de manovacuometria e espirometria pré e pós treinamento.  

Nossos resultados de espirometria estão fundamentadas nos achados de Suzuki et al 1995 que em seu artigo de treinamento da musculatura expiratória em 12 indivíduos normais durante quatro semanas não encontraram alterações estatisticamente significativa de CV e CVF, comparando o grupo treinado com grupo controle.  

Lemaitre et al. (2013) em estudo com 10 atletas nadadores e 10 controles submetidos a treinamento de músculos respiratórios com resistência pressórica progressiva durante oito semanas observaram que os atletas obtiveram um aumento da CVF, da força e resistência dos músculos respiratórios em relação ao grupo controle, e ainda conseguiram diminuir seus tempos nos nados na competição de natação. 

Kilding, Brown e Mcconnell (2010) mostraram melhoras no desempenho de atletas nadadores com uso de treshold com frequência três vezes por semana durante seis semanas. Os nadadores apresentaram um tempo menor em 100m -1,7%; 200m -1,5% e houve aumento na PIM. 

Em nossas avaliações de PIM e PEM antes e após treinamento na China não foram encontradas diferenças significativas em ambos os sexos, consideramos que tal achado pode estar associado ao numero reduzido da amostra, sendo cinco atletas do sexo feminino e cinco do sexo masculino, embora esta amostra corresponda a 50% dos atletas de alto rendimento da modalidade SO federados no Brasil, segundo a CBDA. Assim como em nossos achados, Santos et al. 2011, não encontraram diferença significativa em seu estudo sobre força muscular respiratória com atletas de natação. Estudos prospectivos em pessoas saudáveis também não encontraram alterações na PIM depois do treinamento de corrida ou ciclismo Thomas et al. (1998) e Hanel et al. (1994) e O’kroy e Coast (1993) e Robinson e Kjeldgaard (1982), porém Magalhães (2005), em estudo com  22 indivíduos, sendo  11 atletas de natação, e 11 indivíduos sedentários com idade entre 15 e 21 anos, comparando a força muscular respiratória, expansibilidade torácica e mobilidade de tórax de atletas de natação e de indivíduos saudáveis não praticantes de exercício físico, observou  que  atletas de natação apresentavam diferença significativa da PIM e PEM comparados aos sedentários,  Mostrando-nos que estudos com mais de dez anos divergem dos estudos mais atuais. 

Em nosso estudo objetivou-se também comparar PIM e PEM encontradas na segunda avaliação com os valores preditos pelo manovacuômetro. No primeiro momento esperava-se encontrar diferença significativa em ambos os sexos, porém após tratamento estatístico observou-se que só houve diferença significativa em PIM no grupo feminino. Acredita-se que PIM masculina provavelmente seria significativa caso nossa amostra fosse maior e ainda se as idades do grupo masculino não fossem tão heterogêneas. 

Há que se considerar que uma das limitações do presente estudo é que não possuímos dados concretos sobre o treinamento aplicado durante os três meses de permanência na China. Acredita-se que não houve um treinamento específico na musculatura respiratória de acordo com o relato dos próprios atletas. 

Conclusões 

Nos estudos de força muscular em atletas ainda existem controvérsias, sendo necessários mais estudos sobre o tema. Caberia recomendar o treinamento específico dos músculos respiratórios com avaliações periódicas em atletas de SO, pois cada vez mais a força dos músculos respiratórios vem sendo associada a melhor desempenho em atletas de alto rendimento.  

Referências 

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Tabela 1 

Descrição dos dados de manovacuometria e espirometria em atletas de salto ornamental 

Atletas  PIM PEM CVF Predito% VEF1 Predito% VEF1/CVF Predito% 
Fem 1 Pré 109 106 3,03 124% 2,46 111% 0,81 87% 
Pós 119 132 3,00 120% 2,43 107% 0,81 86% 
Fem 2 Pré 103 108 3,95 119% 3,51 116% 0,89 94% 
Pós 99 106 3,85 112% 3,58 116% 0,93 99% 
Fem 3 Pré 121 127 3,99 136% 3,51 129% 0,88 97% 
Pós 114 123 4,12 140% 3,49 128% 0,85 93% 
Fem 4 Pré 103 89 3,88 124% 3,28 116% 0,85 90% 
Pós 119 104 3,70 116% 3,01 104% 0,81 87% 
Fem 5 Pré 102 94 3,80 127% 3,27 120% 0,86 92% 
Pós 98 107 3,93 129% 3,24 117% 0,82 88% 
Masc 1 Pré 120 130 5,22 111% 3,57 84% 0,68 73% 
Pós 139 127 5,39 110% 4,70 107% 0,87 93% 
Masc 2 Pré 92 121 2,59 98% 2,39 100% 0,92 99% 
Pós 95 123 2,82 103% 2,36 95% 0,84 90% 
Mac 3 Pré 142 132 4,73 118% 3,71 99% 0,78 83% 
Pós 152 140 4,45 107% 3,69 96% 0,83 88% 
Masc 4 Pré 153 141 5,40 103% 4,37 93% 0,81 86% 
Pós 129 152 5,52 104% 4,33 91% 0,78 83% 
Masc 5 Pré 153 136 3,86 93% 3,15 88% 0,82 94% 
Pós 148 135 3,66 88% 3,01 84% 0,82 95% 

 Nota: FEM= feminino, MASC= masculino, PIM = pressão inspiratória máxima, PEM= pressão expiratória máxima, CVF= capacidade vital forçada,VEF1= volume expiratório forçado no primeiro segundo  

Tabela 2 

Distribuição dos valores encontrados nas avaliações de manovacuometria e espirometria de pré e pós treinamento dos atletas de salto ornamental.   

                               Sexo feminino                                  Sexo masculino 

n=5                                                         n=5 

Pré         Pós                                          Pré              Pós 

                         Média       Média     P valor                    Média        Média       P valor        

PIM (cmH2O)             107,6         109,6       0,653                      132,0         132,6         0,938 

PEM (cmH2O)            104,8         114,4       0,162                     129,4          135,4         0,269 

CVF litros                    3,73           4,36         0,879                       3,72            4,36         0,942 

VEF1 litros                    3,2             3,4          0,379                      3,15             3,61        0,492            

VEF1/CVF litros           0,85           0,83        0,413                       0,84            0,82        0,602 

Nota: PRÉ= antes do treinamento, PÓS= depois do treinamento PIM cmH2O= pressão inspiratória em centímetros de água, PEM cmH2O = pressão expiratória em centímetros de água pressão inspiratória em centímetros de água, CVF litros= capacidade vital forçada em litros, VEF1 litros= volume expiratório forçado no primeiro segundo em litros, * p < 0.05. 

Tabela 3 

Valores de pressão inspiratória máxima (PIM) e pressão expiratória máxima (PEM) encontrados nos atletas de saltos na segunda avaliação e os preditos. 

______________________________________________________________ 

                        Valores                       Valores 

                     Encontrados                   Preditos                   Valor p 

______________________________________________________________ 

Pressões                        Média  ±dp               Média ±dp                          

PIMcmH2O    

Feminino                     109,6 ±10,8               68,2 ± 4,2               0,001    

Masculino.                  132,6 ±22,8             123,4 ± 28,2             0,149 

PEM cmH2O       

Feminino                    114,4 ±12,4              107 ± 7,5                  0,421 

Masculino                  135,4± 11,4              139,2 ± 15,3              0,506 

Nota: dp= desvio padrão, PIM cmH2O= pressão inspiratória em centímetros de água, PEM cmH2O = pressão expiratória em centímetros de água pressão inspiratória em centímetros de água, * p < 0.05.