AVALIAÇÃO DA AUTOADMINISTRAÇÃO DE INSULINA EM PACIENTES INSULINO DEPENDENTES DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DR. MOYSES FUCS, SANTO ANDRÉ, SÃO PAULO

EVALUATION OF INSULIN SELF-ADMINISTRATION IN INSULIN-DEPENDENT PATIENTS OF THE BASIC HEALTH UNIT  DR. MOYSES FUCS, SANTO ANDRÉ, SÃO PAULO

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.12650486


Brunamelia de Oliveira Sattin1; Bruna Rodrigues Aleixo2; Ana Gabriela Nunes Souza3; Nura Mohamad Sobhi El Haj Sleiman4; Wesley Leonardi Bezerra5; Yasmim Nunes Coutinho6; Professor: Vicente Lordello Cortez7


 Resumo

O Diabetes mellitus (DM) é uma doença que ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir insulina, ou, sua produção é insuficiente e/ou quando o corpo não é capaz de fazer  o  seu  uso  correto.  De  acordo  com  a  Organização  Mundial  da  Saúde  (OMS),  16  milhões  de  brasileiros  sofrem  com  Diabetes.  Diante  do  exposto,  o  objetivo  do  atual  trabalho  foi  avaliar  previamente  e  instruir  o  manuseio  da  auto  aplicação  de  insulina  em  pacientes  insulino  dependentes,  que  estavam  cadastrados  e  disponíveis  para  participarem,  na  UBS  Dr.  Moyses  Fucs,  Santo  André,  São  Paulo.  Para  tal,  62  pacientes  dependentes  deste  hormônio  cadastrados  na  UBS  Dr.  Moyses  Fucs  foram  convidados  a  demonstrar  previamente  como  realizavam  sua  autoadministração  de  insulina,  em  seguida,  aplicou-se  um  questionário  detalhado  para  coletar  dados  sobre  idade,  sexo,  escolaridade,  tipo  de  DM,  locais  e  quantidades  de  aplicação  de  insulina  diários  e  histórico  de  orientações  prévias.  Os  resultados  revelaram  que  todos  os  pacientes  aplicavam  a  insulina  nos  locais  de  forma  incorreta,  apesar  de  92%  terem  recebido  instruções  anteriormente;  96,8%  afirmaram  ter  DM  tipo  2  e  72,6%  aplicavam  o  hormônio  duas  vezes  ao  dia.  Apenas  6,4%  possuía  ensino  superior  completo.  Assim,  conclui-se  que  a  administração  inadequada  da  insulina  se  fez  presente  em  todos  os  pacientes,  mesmo  nos  que  receberam  orientações  prévias.  Isso  leva  ao  comprometimento  direto  da  eficácia  do  tratamento,  especialmente  entre  pacientes  com  menor  escolaridade,  que  enfrentam  dificuldades adicionais na compreensão  das  orientações  de  rodízio.  Recomenda-se  a  realização  de  estudos  complementares  e  um  acompanhamento  longitudinal  para  avaliar  os  impactos  de  orientações  adicionais  sobre  o  manejo  correto  da  insulina,  destacando  a  necessidade  contínua  de  estratégias  educativas  para  promover  o  autocuidado  eficaz  e  melhorar  a  qualidade  de  vida  desses indivíduos.

 Palavras-chave:  Diabetes  Mellitus,  Diabetes  Mellitus  Insulinodependente,  insulina,  Autoadministração

1. INTRODUÇÃO

Diabetes  é  uma  condição  crônica  caracterizada  pela  incapacidade  do  pâncreas  em  produzir  insulina  de  maneira  adequada,  produção  insuficiente  deste  hormônio,  ou  ainda  pela  ineficácia  do  organismo  em  utilizar  a  insulina  disponível.  O  diabetes  tipo  1  é  predominantemente  caracterizado  pela  ausência  total  de  produção  de  insulina  no  pâncreas,  enquanto  o  diabetes  tipo  2  é  marcado  pela  resistência  à  insulina,  dificultando  seu  uso  eficaz  pelo  corpo.  O  tipo  1  geralmente  manifesta-se  na  infância  ou  adolescência,  ao  passo  que  o  tipo  2 é mais frequente em adultos1, 2.

A  insulina,  hormônio  secretado  pelo  pâncreas,  é  essencial  para  a  metabolização  da  glicose,  convertendo-a  em  energia  para  o  organismo.  A  deficiência  na  produção  de  insulina  ou  a  incapacidade  de  utilizá-la  adequadamente  resulta  em  níveis  elevados  de  glicose  no  sangue,  uma  condição  conhecida  como  hiperglicemia,  que  caracteriza  o  diabetes.  A  hiperglicemia  crônica  pode  levar  a  complicações  severas,  incluindo  danos  nos  rins,  olhos,  coração, nervos e vasos sanguíneos1, 2, 3.

O  diabetes  é  frequentemente  denominado  uma  doença  silenciosa,  pois  muitas  pessoas  não  sabem  que  possuem  a  enfermidade.  Estudos  citados  pelo  Ministério  da  Saúde  indicam  uma  correlação  direta  entre  níveis  elevados  de  glicose  e  doenças  cardiovasculares,  como  infarto e acidente vascular cerebral (AVC)1, 3.

De  acordo  com  o  perfil  traçado  pelo  Ministério  da  Saúde  sobre  doenças  crônicas  no  Brasil,  7,4%  da  população  tem  diabetes.  Entre  2006  e  2019,  a  prevalência  de  diabetes  aumentou  de  5,5%  para  7,4%,  sendo  mais  comum  entre  mulheres  e  adultos  com  65  anos  ou  mais4.

Dados  da  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS)  revelam  que  16  milhões  de  brasileiros  sofrem  de  diabetes,  com  um  aumento  de  61,8%  na  taxa  de  incidência  da  doença  nos  últimos  dez  anos.  São  Paulo  é  a  capital  brasileira  com  maior  prevalência  de  diagnóstico  médico  de  diabetes,  e  o  Brasil  ocupa  o  terceiro  lugar  no  ranking  mundial  de  casos  entre  crianças  e  adolescentes,  atrás  apenas  da  Índia  e  dos  Estados  Unidos5.  Segundo  a  UNASUS,  em  pesquisa  realizada  pelo  Vigitel  no  Brasil,  entre  2006  e  2019,  a  prevalência  de  diabetes  aumentou  de  5,5%  para  7,4%,  com  maior  prevalência  entre  mulheres  e  adultos  com  65  anos  ou mais4, 6.

Em  2020,  a  International  Diabetes  Federation  (IDF)  divulgou  novos  dados  que  evidenciam  o  crescimento  alarmante  da  prevalência  de  diabetes7.  A  9ª  edição  do  Atlas  de  Diabetes  da  IDF  aponta  que  há  463  milhões  de  adultos  com  diabetes  no  mundo,  com  uma  prevalência  global  de  9,3%,  sendo  que  mais  da  metade  (50,1%)  dos  casos  de  diabetes  tipo  2  não  foram  diagnosticados.  Estes  achados  sublinham  a  necessidade  urgente  de  intervenções  para  reduzir  o  impacto  do  diabetes,  uma  vez  que  o  diabetes  tipo  2  pode  frequentemente  ser  prevenido,  e  o  diagnóstico  precoce  juntamente  com  o  acesso  a  cuidados  adequados  podem  prevenir ou retardar complicações para os portadores da doença7.

Outras  descobertas  importantes  da  9ª  Edição  do  Atlas  de  Diabetes  da  IDF  incluem  previsões  de  aumento  do  número  total  de  pessoas  com  diabetes  para  578  milhões  em  2030  e  para  700  milhões  em  2045;  374  milhões  de  adultos  com  intolerância  à  glicose,  em  alto  risco  de  desenvolver  diabetes  tipo  2;  gastos  globais  com  saúde  relacionados  ao  diabetes  estimados  em  US$  760  bilhões  em  2019;  diabetes  como  uma  das  10  principais  causas  de  morte,  com  quase  metade  dessas  mortes  ocorrendo  em  pessoas  com  menos  de  60  anos;  e  um  em  cada  seis  nascidos vivos afetado por hiperglicemia durante a gestação7, 8.

Diante  do  exposto,  é  amplamente  reconhecido  que  a  obesidade,  a  falta de  atividade  física,  dietas  inadequadas,  o  envelhecimento  da  população  e  a  urbanização  são  fatores  cruciais  que  contribuem  significativamente  para  o  aumento  global  da  incidência  e  prevalência  do  diabetes  mellitus4, 8.  Estes  elementos  têm  imposto  consideráveis  encargos  sociais  e  econômicos,  afetando  tanto  os  pacientes  quanto  o  sistema  de  saúde.  Segundo  estimativas,  entre  2008  e  2010,  o  diabetes  mellitus  foi  responsável  por  aproximadamente  12%  das  internações  hospitalares  não  relacionadas  à  gestação  e  até  15,4%  dos  custos  hospitalares  no  Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil4.

De  acordo  com  Hermelinda  Cordeiro  Pedrosa,  que  presidiu  a  Sociedade  Brasileira  de  Diabetes  em  2017,  é  crucial  instituir  políticas  preventivas  eficazes  para  lidar  com  doenças  crônicas,  que  demandam  planejamento  e  ações  sustentáveis  a  médio  e  longo  prazo.  Isso  abrange  a  capacitação  de  profissionais  de  saúde  na  atenção  primária,  a  formação  de  equipes  especializadas  em  centros  de  complexidade  média  e  alta,  além  da  educação  contínua  de  pacientes e seus familiares5.

Com  base  nas  evidências  citadas,  na  atenção  básica  à  saúde,  foi  notado  em  consulta  de  pacientes  insulinodependentes  na  Unidade  Básica  de  Saúde  (UBS)  Dr.  Moyses  Fucs,  Santo  André,  São  Paulo,  uma  dificuldade  no  manuseio  e  na  autoadministração  de  Insulina,  logo  o  objetivo  do  atual  trabalho  foi  avaliar  previamente  e  instruir  o  manuseio  da  auto  aplicação  de  insulina pelos pacientes insulino dependentes na UBS Dr. Moysés Fucs.

2. REVISÃO LITERÁRIA

O  diabetes  mellitus  tipo  1  (DM1)  e  tipo  2  (DM2)  são  caracterizados  pela  hiperglicemia  crônica,  resultante  de  uma  disfunção  endócrino-metabólica  multifatorial, envolvendo fatores ambientais, biológicos e hereditários.

Segundo  Silva,  Mory  e  Davini  (2008)10,  o  DM1  é  causado  pela  destruição  das  células  beta  pancreáticas,  geralmente  devido  a  um  processo  autoimune.  Este  processo  é  indicado  pela  presença  de  autoanticorpos  no  sangue  periférico,  incluindo  anti-ilhotas  (anti-ICA),  anti-insulina  (IAA),  antidescarboxilase  do  ácido  glutâmico  (anti-GAD)  e  anti-tirosina  fosfatase  (anti-IA2),  entre  outros.  Esta  destruição  resulta  em  uma  deficiência  de  secreção  de  insulina,  cuja  progressão  pode  ser  lenta  e  insidiosa,  complicando  o  diagnóstico  e  o  tratamento.  Nos  casos  de  etiologia  idiopática,  a  causa  permanece  desconhecida  e  a  progressão  é  rápida,  sem  a  presença  de  marcadores  imunológicos,  conforme  descrito  pela  ADA  (2017)11.  O  pico  de  incidência  do  DM1  ocorre  entre  10  e  14  anos,  mas  pode  ocorrer  em  adultos  de  qualquer  idade12, 13.  No  entanto,  conforme  Thomas  et  al.  (2019 )14,  o  diagnóstico  em  adultos  com  DM1  também  é  recorrente,  e  os  sintomas  podem  incluir  poliúria  e  perda  de  peso.  Estima-se  que aproximadamente 10% dos casos de diabetes correspondam ao DM1.

O  DM2  é  predominante,  representando  90%  dos  casos  de  diabetes,  manifestando-se  principalmente  em  adultos.  Esta  condição  resulta  da  produção  insuficiente  de  insulina  ou  da  resistência  à  mesma,  estando  fortemente  associada  à  obesidade  e  ao  estilo  de  vida  sedentário15.

Pacientes  com  DM2  produzem  insulina,  mas  suas  células  não  a  utilizam  de  forma adequada,  resultando  em  uma  diminuição  da  sua  ação,  o  que  leva  à  resistência  à  insulina.  Isso  reduz  a  captação  de  glicose  pelas  células,  aumenta  a  produção  hepática  de  glicose  e,  consequentemente, eleva a glicemia, associando-se a níveis elevados de insulina no sangue16.

A  insulinoterapia  é  mandatória  no  DM1  devido  à  deficiência  absoluta  de  insulina  endógena,  e  medicamentos  hipoglicemiantes  orais  não  são  recomendados17, 18, 19. No  DM2,  a  mudança  no  estilo  de  vida  é  essencial,  e  o  uso  de  agentes  antidiabéticos  orais  ou  injetáveis  é  necessário  para  abordar  a  falência  progressiva  das  células  beta,  a  resistência  à  insulina  e  os  múltiplos  transtornos  metabólicos.  Os  agentes  antidiabéticos  orais,  que  reduzem  a  glicemia,  atuam  através  de  diversos  mecanismos:  melhoram  a  secreção  pancreática  de  insulina  (sulfonilureias  e  glinidas),  reduzem  a  velocidade  de  absorção  de  carboidratos  (inibidores  das  alfa-glucosidases),  diminuem  a  produção  hepática  de  glicose  (biguanidas)  e/ou  aumentam  a  utilização periférica de glicose (glitazonas)20, 21.

De  acordo  com  Cunha  et  al.  (2020)22 ,  em  análise  de  150  pacientes  com  DM1  e  DM2  em  insulinoterapia  por  pelo  menos  seis  meses,  foram  avaliadas  variáveis  socioeconômicas,  armazenamento  da  insulina,  preparo,  aplicação,  transporte  e  descarte.  Dos  150  pacientes,  24  tinham  DM1,  93  DM2  e  33  não  souberam  informar,  com  a  maioria  dos  diagnósticos  feitos  entre  10  e  19  anos,  sem  complicações  relacionadas.  Resultados  mostraram  que  113  pacientes  usavam  seringas  acopladas  à  agulha,  mas  94  as  reutilizavam;  85,5%  armazenavam  lancetas  e  91,0%  armazenavam  fitas  na  geladeira  incorretamente.  Durante  e  após  a  aplicação,  20,4%  não  homogeneizavam  o  frasco  antes  da  aplicação,  57,3%  não  limpavam  o  local  com  álcool, 66 %  não  esperavam 5  segundos  para  retirar  a  agulha  e 7 ,3%  não  realizavam o  rodízio  de  aplicação  corretamente.  Apenas  10%  dos  pacientes  seguiram  todas  as  etapas  corretamente.  Erros  no  armazenamento,  reutilização  de  agulhas  e  seringas,  e  a  não  realização  do  rodízio  podem  interferir  na  resposta  à  insulina  e  causar  complicações,  como  lipodistrofia  e  alterações  na  biodisponibilidade  da  insulina.  Isso  destaca  a  importância  de  ações  educativas  na  atenção  básica para o manejo correto da insulinoterapia.

Corroborando  com  o  estudo  anterior,  Junqueira  &  Dias  (2020)23  realizaram  um estudo  qualitativo  com  foco  no  impacto  da  orientação  para  a  melhora  da  saúde  de  usuários  de  insulina,  por  meio  de  diálogo.  Na  primeira  etapa,  12  usuários  de  insulina  foram  orientados,  e  na  segunda  etapa,  entrevistaram-se  profissionais  responsáveis  pelo  Programa  de  Automonitoramento  Glicêmico  (PAMG).  Resultados  revelaram  dificuldades  dos  profissionais  em  compreender  o  adoecimento  dos  usuários  e  as  complicações  na  adesão  ao  tratamento.  Foi  elaborado  um  guia  para  melhorar  a  interação  e  disseminação  de  conhecimentos  entre  usuários  e profissionais do PAMG.

Moreira  et  al.24  selecionaram  142  pacientes  diabéticos,  insulino-dependentes,  e  realizaram  um  questionário  abordando  nove  fatores  principais.  Constatou-se  que  voluntários  mais  jovens  e  aqueles  com  companheiros  e  filhos  aderiram  melhor  à  autoaplicação  de  insulina,  enquanto  pacientes  com  menor  escolaridade  e  cobertura  pela  Estratégia  Saúde  da  Família (ESF) tiveram maior dificuldade em aderir.

Krolow  et  al.  (2021)25 analisaram  a  qualidade  e  segurança  na  utilização  da  insulina  em  734  idosos,  focando  na  reutilização  de  seringas  e  descarte  adequado.  Apenas  10%  realizavam  o  descarte  correto  na  UBS,  destacando  a  necessidade  de  práticas  educativas  para  melhorar o manejo da insulinoterapia.

A  prática  regular  de  atividade  física  é  uma  alternativa  de  tratamento  que  pode modificar  o  estilo  de  vida  e  evitar  as  consequências  adversas  do  uso  de  medicamentos.  Streb  et  al.26 realizaram  um  estudo  transversal  em  que  observaram  que  a  prática  de  atividades  físicas  no  domicílio  e  trabalho  esteve  associada  ao  menor  uso  de  insulina  em  idosos.  Concluiu-se  que  a  atividade  física  regular  nos  domínios  trabalho  e  domicílio  pode  reduzir  a  necessidade de insulina como tratamento para diabetes em idosos.

3. METODOLOGIA

Conforme  os dados  obtidos  do  banco  de  dados  da  Unidade  Básica de  Saúde,  o  município  de  Santo  André  possui  7.698  usuários  cadastrados  no  Programa  de  Automonitoramento  Glicêmico  (PAMG).  Estes  dados  foram  coletados  até  o  dia  22  de  outubro  de  2021.  Na  referida  data,  301  usuários  estavam  cadastrados  na  unidade  Dr.  Moysés  Fucs,  dos quais 265 eram portadores de Diabetes Mellitus (DM) tipo 2.

Este  estudo,  de  abordagem  qualitativa  e  transversal,  integra  os  resultados  de  um  projeto  aplicado  desenvolvido  pelos  alunos  de  Medicina  da  Universidade  Municipal  de  São  Caetano  do  Sul.  O  objetivo  foi  investigar  a  autoaplicação  de  insulina  em  indivíduos  insulinodependentes,  maiores  de  18  anos,  de  ambos  os  sexos,  com  diagnóstico  prévio  de  diabetes  mellitus,  frequentadores  da  Unidade  Básica  de  Saúde  Dr.  Moyses  Fucs,  localizada  em Santo André-SP.

Os  participantes  foram  selecionados  conforme  a  lista  de  usuários  de  insulina  disponível  na  UBS.  Inicialmente,  todos  procederam  à  assinatura  do  Termo  de  Consentimento  Livre  e  Esclarecido.  O  contato  inicial  foi  realizado  por  telefone,  WhatsApp  e  presencialmente  na unidade básica de saúde.

A  coleta  de  dados  ocorreu  entre  agosto  e  outubro  de  2022,  na  UBS  Dr.  Moyses  Fucs.  Inicialmente,  cada  paciente  demonstrou,  utilizando  uma  seringa  estéril  sem  agulha,  como  realizava  a  autoaplicação  de  insulina,  incluindo  a  região  do  corpo,  a  posição  da  seringa  e  o  rodízio  das  áreas  de  aplicação.  Após  essa  demonstração,  foi  aplicado  um  formulário  estruturado  com  nove  questões,  abordando  aspectos  como  idade,  sexo,  escolaridade,  tipo  de  diabetes  mellitus,  locais  de  rodízio,  prática  do  rodízio,  recebimento  de  informações  prévias  sobre a forma de aplicação e a frequência diária das aplicações.

Os  dados  foram  registrados  em  uma  tabela  e  submetidos  a  uma  análise  qualitativa  do  conteúdo.  Optou-se  pela  análise  temática,  técnica  que  consiste  em  identificar  os  núcleos  de  sentido  que  compõem  a  comunicação.  A  análise  dos  dados  brutos,  provenientes  das  entrevistas,  permitiu  realizar  a  avaliação  das  unidades  de  registro.  Essas  unidades  foram  organizadas  em  categorias,  facilitando  a  identificação  de  pontos  comuns.  Em  seguida,  os  dados foram discutidos à luz das publicações científicas existentes.

Para  assegurar  a  qualidade  da  coleta  de  dados,  foram  alinhados  e  padronizados  os  métodos  da  entrevista  entre  os  alunos  participantes.  Ao  final  do  estudo,  os  pacientes  receberam  orientação adequada  sobre  a  autoaplicação  de  insulina,  enfatizando  a importância  do rodízio correto e os locais apropriados para aplicação.

Critérios de Inclusão

A  amostra  foi  composta  por  usuários  da  Unidade  Básica  de  Saúde  Dr.  Moyses  Fucs, com  diagnóstico  de  Diabetes  Mellitus  tipos  I  e  II,  que  atenderam  aos  critérios  de  inclusão:  idade  igual  ou  superior  a  18  anos  e  uso  de  insulinoterapia.  Foram  excluídos  os  usuários  gestantes e menores de 18 anos.

RESULTADOS

Foram  atendidos  um  total  de  62  pacientes,  com  predomínio  de  participantes  do  sexo  feminino  (49;  79,03%)  e  do  sexo  masculino  (13;  20,9%),  com  idades  entre  45  e  74  anos (100%)  (Tabela 1).

Na  Tabela  1,  estão  descritos  os  dados  de  escolaridade  dos  pacientes,  dos  quais  24  (38,7%)  declararam  ter  ensino  fundamental  incompleto,  12  (19,3%)  ensino  médio  incompleto,  11  (17,8%)  ensino  fundamental  completo,  9  (14,5%)  ensino  médio  completo,  4  (6,4%) ensino superior completo e 2 (3,3%) analfabetos.

Em  relação  à  doença,  2  (3,2%)  são  portadores  de  Diabetes  Mellitus  tipo  I  (DM  I)  e  60  (96,8%)  de  Diabetes  Mellitus  tipo  II  (DM  II),  dos  quais  100%  afirmam  realizar  o  rodízio.  Do  total,  45  (72,6%)  aplicam  insulina  duas  vezes  ao  dia,  14  (22,6%)  quatro  vezes  ao  dia  e  3  (4,8%)  três  vezes  ao  dia.  Além  disso,  32  (51,6%)  utilizam  dois  locais  para  rodízio,  23  (37%)  quatro  locais  e  7  (11,4%)  seis  locais  para  aplicação.  Dos  62  pacientes,  57  (92%)  afirmaram  ter  recebido  orientação  prévia  sobre  como  aplicar  a  insulina,  enquanto  5  (8%)  afirmaram  não  ter  recebido  tal  orientação  (Tabela  2).  No  entanto,  100%  dos  avaliados  realizavam  o  rodízio  da medicação de maneira incorreta (Tabela 3).

DISCUSSÃO

Com  o  objetivo  de  orientar  os  pacientes  na  forma  correta  de  autoaplicação  da  insulina  e  considerar  as  práticas  para  prevenção  e  redução  de  complicações  do  Diabetes  Mellitus  (DM),  a  adesão  ao  rodízio  dos  locais  de  aplicação  deve  ser  destacada  nos  serviços  de  saúde  para  os  indivíduos  que  recorrem  à  insulina.  No  presente  estudo,  verificou-se  que  todos  os  pacientes  não  realizavam  o  rodízio  dos  locais  de  forma  adequada.  Isso  corrobora  com  o  descrito  no  trabalho  de  Barros  et  al.  (2022) ,  que  enfatiza  a  importância  do  planejamento  para  um  rodízio  adequado,  incluindo  a  identificação  dos  locais  de  administração,  a  demonstração  do  último  ponto  de  aplicação  e  a  garantia  de  uma  distância  mínima  de  1,5  cm  entre  as  aplicações,  evitando  repetir  o  local  por,  no  mínimo,  vinte  dias  27 .  No   entanto, os   pacientes avaliados,   apesar  de  realizarem  o  rodízio  entre  diferentes  regiões  anatômicas do  corpo,   repetiam o local exato da aplicação antes do tempo de segurança.

Vale  ressaltar  que,  segundo  Almeida  et  al.  (2018) ,  para  um  rodízio  efetivo,  deve-se  delimitar  uma  área  para  aplicação  de  todas  as  doses  por  semana,  utilizando-se  a  área  delimitada  e,  posteriormente,  escolhendo  uma  nova  região.  Esse  estudo  destaca  que  tal  orientação  pode  diminuir  e  evitar  o  aparecimento  de  complicações  teciduais,  como  lipodistrofias  e  abscessos.28  Essas  complicações  também  são  mencionadas  pelo  Ministério  da  Saúde  e  pela  Sociedade  Brasileira  de  Diabetes  (SBD),  que  orientam  a  adoção  do  rodízio  de  aplicação  para  prevenir  o  surgimento  dessas  lesões  29,  30 .   Um  dos  fatores  que  pode  justificar  o  erro  na  autoaplicação  observado  no presente   estudo  é  a  predominância  de pessoas   idosas  na  amostra,  que,  devido  a  limitações  físicas,  não  conseguiam  alternar  adequadamente  as  partes  e  regiões  do  corpo,  implicando  em  complicações  locais  e  sistêmicas  decorrentes  da  falha  no preparo e administração  31  .

Dado  que  o  uso  de  insulina  é  um  tratamento  complexo,  os  passos  de  manejo  e  administração  devem  ser  seguidos  minuciosamente,  conforme  orientações  e  recomendações  de  órgãos  ministeriais  e  profissionais  de  saúde  envolvidos  no  cuidado  ao  paciente  com  DM  32  .  Um  dos  pontos  levantados  pelos  pesquisadores  do  presente  trabalho  foi  que o   sucesso  da  adesão  terapêutica no   manejo  clínico  correto da  doença  depende   da  capacidade  de  entendimento  e  compreensão  do  paciente.  Ao  longo  das  avaliações, notou-se   que o   baixo  nível  de escolaridade   dificultou  o ensino   e o   aprendizado, especialmente   em  relação  ao  entendimento  das  recomendações  terapêuticas  recebidas  previamente dos  profissionais   de saúde   da  UBS Dr.   Moysés  Fucs.  Presume-se, então,   que diferentes   níveis  de  escolaridade  interferem  na  compreensão  das  condutas  de  tratamento e,   consequentemente, no   desenvolvimento de habilidades para menor exposição a comportamentos de risco33.

No  presente  estudo,  91,93%  dos  pacientes  afirmaram  ter  recebido  orientação  prévia sobre  como  aplicar  insulina.  No  entanto,  a  literatura  relata  lacunas  na  orientação  profissional sobre  a  insulinoterapia,  o  que  pode  justificar  um  possível  fator  de  influência  nas  práticas inadequadas de manejo e administração34, 35.

Segundo  Frid  AH  et  al.  (2016) ,  devido  à  maior  acessibilidade  e  praticidade,  a  região  preferida  para  aplicação  é  o  abdome36. Isso  também  foi  observado  no  presente  estudo.  É  crucial  ressaltar,  durante  a  orientação,  que  a  absorção  ocorre  de modo  semelhante   em  outras  áreas do corpo, como coxa, região superior do glúteo e posterior do braço36, 37.

Como  contribuição  para  a  melhoria  no  desempenho  da  autoaplicação  de  insulina  pelos  pacientes,  este  estudo  apresentou  dados  relevantes  para  a  elaboração  e  adoção  de  estratégias  educativas,  com  foco  na  administração  correta  da  insulina,  especialmente  no  rodízio  dos  locais  de  aplicação,  visando  diminuir  a  ocorrência  de  complicações  locais  e  sistêmicas,  além  de beneficiar o desempenho da medicação no controle da doença.

CONCLUSÃO

O  manejo  da  administração  e  utilização  da  insulina  apresenta  limitações  significativas em  diversos  aspectos.  Destacou-se,  dentre  eles,  a  não  adesão  a  um  rodízio  eficiente  dos  locais  de  aplicação,  decorrente  da  preferência  dos  pacientes  por  áreas  de  fácil  acesso,  o  que  compromete  a  eficácia  sistêmica  da  insulina.  Esta  situação  é  especialmente  prevalente  entre  pacientes  com  menor  escolaridade,  que  enfrentam  dificuldades  adicionais  na  compreensão  das  orientações  de  rodízio.  Outro  ponto  digno  de  nota  é  que,  embora  a  maioria  dos  pacientes  afirme  ter  recebido  informações  prévias  sobre  a  utilização  da  insulina,  observou-se  uma  falta  de  clareza  nessas  orientações,  com  lacunas  em  aspectos  de  impacto  direto  na  vida  dos  usuários,  como  questões  dietéticas  e  a  posologia  insulínica.  Estes  achados  evidenciam  a  necessidade de estudos futuros para explorar esses aspectos em maior profundidade.

Diante  da  prevalência  dessa  problemática  na  população  brasileira,  recomenda-se  que  pesquisas  futuras  e  projetos  definitivos  contemplem  amostras  maiores,  a  fim  de  obter  resultados mais robustos e representativos.

Por  fim,  frente  aos  resultados  encontrados,  sugere-se  a  criação  de  grupos  de  apoio  para  pacientes  insulino-dependentes,  visando  promover  maior  esclarecimento  sobre  a  prevenção,  evolução,  complicações  e  tratamento  do  diabetes,  tanto  farmacológico  quanto  não  farmacológico.  Esses  grupos  também  poderiam  abordar  protocolos  a  serem  seguidos,  além  de  promover adaptações, mudanças e melhorias no estilo de vida dos pacientes.

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1Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade  Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo. e-mail: brunamelia.sattin@uscsonline.com.br

2Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo, e-mail:  bruna.aleixo@uscsonline.com.br

3Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo. e-mail:  ana.souza1@uscsonline.com.br

4Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo, e-mail: nura.sleiman@uscsonline.com.br

5Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade  Municipal  de São Caetano do SulCampus São Paulo. e-mail:  wesley.bezerra@uscsonline.com.br

6  Discente do Curso Superior de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo  e-mail:  yasmim.coutinho@uscsonline.com.br

7Docente do Curso Superior de Medicina da Universidade  Municipal de São Caetano do Sul Campus São Paulo. Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública – USP na área de Saúde Materno-infantil. e-mail: vicente.cortez@online.uscs.edu.br