AUTOTRANSPLANTE AUTÓGENO: RELATO DE CASO

AUTOGENOUS TOOTH TRANSPLANTATION: A CASE REPORT

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/dt10202504300921


Bianca Ribeiro Martins1; Pietra Letícia da Silva Pimentel1; Beatriz Ribeiro Martins2; Marcela Milanezi de Almeida3; Charlison Rodrigues4


RESUMO

INTRODUÇÃO: A odontologia busca constantemente abordagens que promovam a reabilitação bucal de forma conservadora, eficaz e esteticamente satisfatória. O transplante dental autógeno, que utiliza um dente do próprio paciente preservando os tecidos periodontais, é uma alternativa promissora para casos onde o tratamento convencional não é viável. Este relato apresenta a aplicação dessa técnica em uma paciente jovem, destacando seus benefícios funcionais e estéticos. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: O transplante dental autógeno envolve a transposição cirúrgica de um dente de uma região para outra, mantendo a viabilidade do ligamento periodontal e favorecendo a revascularização. Dentes doadores com formação radicular incompleta e ápice aberto apresentam maior plasticidade, permitindo a continuidade do desenvolvimento radicular. Adicionalmente, terapias complementares, como a laserterapia, podem acelerar a cicatrização e aprimorar os resultados, oferecendo uma alternativa menos invasiva aos implantes tradicionais. MÉTODOS: Foram realizados exames clínicos, radiográficos e tomográficos para avaliar a condição dentária e planejar o procedimento. A extração do dente doador foi efetuada com rigor técnico, seguida da preparação do alvéolo receptor. O protocolo cirúrgico incluiu a aplicação de laserterapia em sessões progressivas para estimular a regeneração tecidual. O acompanhamento pós-operatório ocorreu aos 14 dias, 6 e 12 meses, com avaliações clínicas e radiográficas para monitorar a integração do dente transplantado. RELATO E DISCUSSÕES: A paciente, do sexo feminino, 15 anos, sem condições sistêmicas, apresentou dor intensa decorrente de lesão cariosa avançada em um dente posterior inviável para restauração. Diante dos achados, optou-se pelo transplante dental autógeno, utilizando um terceiro molar em formação, com rizogênese incompleta, como dente doador. O procedimento evidenciou integração satisfatória e melhora na funcionalidade. CONCLUSÃO: O relato reforça a eficácia e segurança do transplante dental autógeno em pacientes jovens, demonstrando que um planejamento criterioso e um acompanhamento pós-operatório adequado são essenciais para alcançar resultados funcionais e estéticos duradouros.

Palavras-chave: Transplante Dental Autógeno. Laserterapia. Reabilitação Bucal

1. INTRODUÇÃO

A odontologia moderna se destaca não apenas na reabilitação da saúde bucal, mas também na constante busca por soluções inovadoras que atendam às demandas estéticas e funcionais dos pacientes. No campo da cirurgia e reabilitação, o crescente interesse por métodos seguros e eficazes para restaurar tecidos e órgãos danificados tem impulsionado pesquisas e promovido o desenvolvimento de técnicas pioneiras (BASTOS et al., 2021; FONSECA et al., 2019). 

O transplante dental autógeno consiste no deslocamento cirúrgico de um dente, seja ele vital ou previamente tratado da sua posição original para outro local na cavidade oral do mesmo indivíduo. Essa técnica é considerada uma alternativa viável para a reposição de dentes perdidos, oferecendo uma solução que pode substituir próteses implanto-suportadas ou outras formas de reposição protética. Além de reduzir o tempo e o custo do tratamento, o transplante dental autógeno destaca-se pela sua biocompatibilidade intrínseca, que se refere à capacidade natural de um material integrar-se aos tecidos biológicos sem provocar respostas imunológicas adversas, infecções ou rejeições, garantindo maior segurança e eficácia no procedimento. (SILVA; PEREIRA, 2022; WARMELING et al., 2019)

Essa modalidade de transplante assume grande relevância na prática odontológica por ultrapassar os limites tradicionais de implantes e próteses. O transplante autógeno oferece uma alternativa que não apenas restaura a função mastigatória, mas também preserva a estética facial e a harmonia da arcada dentária. Ao utilizar os próprios dentes do paciente, elimina-se a necessidade de materiais artificiais ou sintéticos, promovendo uma abordagem mais natural, biológica e alinhada à saúde bucal integral. (OLIVEIRA et al., 2023)

No entanto, apesar de suas inúmeras vantagens, o transplante dental autógeno apresenta desafios significativos que demandam uma compreensão aprofundada de diversas áreas da odontologia e ciências relacionadas. É essencial dominar aspectos como a biologia dos tecidos dentais e periodontais, os processos de cicatrização e regeneração tecidual, imunologia, fisiologia óssea e tecidual, além de tecnologias avançadas de imagem, diagnóstico e técnicas cirúrgicas. A eficácia e o sucesso do procedimento dependem diretamente da escolha criteriosa do dente doador, da aplicação precisa das técnicas cirúrgicas e da adoção de cuidados pós-operatórios adequados, que juntos garantem resultados otimizados e seguros para o paciente (FONSECA et al., 2019).

Não obstante, o transplante dental autógeno destaca-se por sua elevada compatibilidade biológica, uma vez que utiliza um dente do próprio paciente, reduzindo significativamente o risco de rejeição ou complicações imunológicas. Por se tratar de um tecido do próprio organismo, a probabilidade de reações adversas é mínima, favorecendo a preservação da estrutura óssea e garantindo maior estabilidade a longo prazo. (LLANOS et al., 2020; OLIVEIRA et al., 2023)6.9

Nesse sentido, os dentes naturais transplantados possuem a capacidade de desempenhar funções semelhantes aos dentes originais, proporcionando uma mastigação eficiente e uma sensação mais natural ao comer e falar. Isso resulta em maior conforto e satisfação para o paciente quando comparado às próteses removíveis, além de oferecer vantagens estéticas superiores, especialmente no que se refere à forma, cor e textura. Por ser um dente do próprio paciente, ele se integra de maneira mais natural com os dentes adjacentes, conferindo um sorriso mais harmonioso. Além disso, o transplante autógeno oferece uma solução duradoura para a perda dentária, destacando-se por sua longevidade e eficácia a longo prazo. (BASTOS et al., 2021; LLANOS et al., 2020) 1.9

Este estudo reveste-se de especial relevância por abordar um tema pouco explorado na literatura científica, que tradicionalmente se concentra em implantes dentários e enxertos. No relato de caso apresentado, descreve-se detalhadamente o processo e os resultados de um transplante autógeno realizado em uma paciente do sexo feminino, de 15 anos, sem condições sistêmicas associadas. 

O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de transplante autógeno, tal que a escolha pelo procedimento fundamentou-se em suas vantagens específicas em relação a outras abordagens reabilitadoras, permitindo uma intervenção personalizada que atenda de forma eficaz às necessidades da paciente.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O autotransplante dental consiste na transposição cirúrgica de um dente de um local para outro alvéolo no mesmo paciente, representando uma alternativa terapêutica que preserva a integridade biológica do sistema estomatognático (MACHADO et al., 2016). Esse procedimento é particularmente indicado em crianças e adolescentes em fase de crescimento, devido à plasticidade tecidual e à capacidade regenerativa aumentada nesse grupo etário. A formação radicular incompleta, frequentemente encontrada em pacientes mais jovens, facilita a revascularização do dente transplantado e promove uma integração mais eficiente ao novo alvéolo, reduzindo o risco de complicações, como anquilose ou necrose pulpar (AQUINO et al., 2019; ONG; DANCE, 2021).

Segundo Warmeling (et al., 2019), o transplante dental autógeno é uma alternativa terapêutica indicada em diversas situações clínicas. As razões mais comuns para sua realização incluem a presença de dentes ectópicos, que não estão posicionados adequadamente no arco dentário, e a agenesia dentária, que se refere à ausência congênita de dentes. Além disso, perdas dentárias traumáticas, frequentemente observadas em jovens, representam outra indicação relevante, especialmente quando a reabilitação estética e funcional é prioritária. (MOREIRA et al., 2021; WARMELING et al., 2019) 4.7.12.13

Condições patológicas, como lesões cariosas extensas ou doenças periodontais avançadas que inviabilizam a preservação de dentes, também justificam o procedimento. Em casos de perda precoce de dentes decíduos ou permanentes devido a cáries, o transplante autógeno pode ser uma alternativa para restaurar a oclusão e a estética sem recorrer a tratamentos protéticos ou implantes (FONSECA et al., 2019). A necessidade de fechar espaços ortodônticos de maneira eficiente e natural é outra motivação frequente, particularmente em pacientes que estão em fase de crescimento. (FONSECA et al., 2019).

Também destacam que as dificuldades financeiras podem influenciar a escolha pelo transplante dental. Em comparação com outras formas de reabilitação, como implantes dentários, o autotransplante é frequentemente mais acessível e apresenta a vantagem de preservar tecidos biológicos naturais, como o ligamento periodontal, que contribuem para uma resposta funcional mais próxima do ideal (MOREIRA et al., 2021). 12.13..

De acordo com Santos (2022), os terceiros molares são considerados excelentes opções de dentes doadores em transplantes autógenos. Sua importância como elementos doadores reside na possibilidade de utilizá-los para suprir a ausência de outros dentes, oferecendo uma alternativa viável em situações que exigem reabilitação funcional e estética. Além disso, a exodontia dos terceiros molares é uma prática amplamente realizada na odontologia, devido às complicações frequentemente associadas à sua erupção, como impactação, infecções ou dificuldades ortodônticas.

Outro fator que reforça sua utilidade em transplantes autógenos é o desenvolvimento tardio desses dentes. Em indivíduos jovens, os terceiros molares frequentemente apresentam ápices radiculares abertos, favorecendo a revascularização após o transplante. Essa característica biológica é particularmente vantajosa em procedimentos realizados até os 18 anos de idade, quando o ápice permanece em formação. Essa condição anatômica facilita a integração do dente transplantado ao alvéolo receptor, reduzindo riscos de complicações, como necrose pulpar ou reabsorção radicular.(ANDREASEN, 1994; CRUZ et al., 2021; SANTOS; ESCUDEIRO; MANDARINO, 2022)  14.15.16

O sucesso dos transplantes dentários autógenos está intrinsecamente ligado a fatores específicos relacionados ao estágio de desenvolvimento radicular do dente doador. Andreasen, (1994) enfatiza que a taxa de sucesso é significativamente maior em dentes que ainda apresentam crescimento ativo, pois o estágio de formação radicular influencia diretamente a capacidade de regeneração e integração do dente transplantado aos tecidos circundantes. Esse desenvolvimento contínuo favorece o estabelecimento de uma conexão funcional entre o dente e o alvéolo receptor, ao mesmo tempo que minimiza o risco de complicações, como reabsorção radicular e necrose pulpar, garantindo maior previsibilidade nos resultados do procedimento (ANDREASEN, 1994; CRUZ et al., 2021; ERDEM; GÜMÜŞER, 2021). 15.16.17

Machado (et al., 2016) relataram uma taxa de sobrevivência de 81% em transplantes dentários autógenos após um acompanhamento médio de seis anos. Esses dados são altamente promissores, demonstrando que, quando a técnica é realizada de forma precisa e seguindo os protocolos adequados, ela pode atingir níveis significativos de sucesso, reafirmando sua viabilidade como uma alternativa confiável em reabilitações dentárias.

Silva (et al., 2024), em uma revisão bibliográfica abrangendo o período de 2018 a 2023, relataram que as taxas de sobrevivência do autotransplante dental variam entre 93% e 100%, enquanto as taxas de sucesso oscilam entre 89,4% e 96,6%. Esses índices estão diretamente relacionados a diversos fatores, como as características individuais do paciente, as condições do dente doador, a adequação da área receptora e a precisão na execução da técnica cirúrgica.

Cabe ainda ressaltar que os dentes anteriores com ápices abertos geralmente apresentam prognósticos mais favoráveis tanto em termos de sobrevivência quanto de sucesso, em comparação com dentes posteriores com ápices fechados. Essa vantagem decorre da maior capacidade de revascularização e integração em dentes em desenvolvimento (SILVA; PEREIRA, 2022). No entanto, ainda há lacunas na literatura sobre a influência direta de outros fatores no desfecho do procedimento, ressaltando a necessidade de estudos adicionais para consolidar essas associações.

De acordo com Erdem (2021) momento ideal para realizar um transplante dental ocorre quando o dente doador atinge cerca de 75% de sua formação radicular e mantém o ápice aberto. Esse estágio é especialmente vantajoso, pois preserva uma plasticidade radicular que facilita a adaptação ao novo alvéolo e permite a continuidade do desenvolvimento radicular após o procedimento. Em além Silva (2022), que destaca que dentes com raízes completas podem ocasionar o rompimento do feixe vásculo-nervoso durante a extração, comprometendo o suprimento sanguíneo e prejudicando a revascularização, o que pode resultar em necrose e exigir tratamento endodôntico imediato.

Ademais, Oliveira (et al., 2023) e outros autores recomendam que o tratamento endodôntico em dentes com ápices fechados seja realizado entre sete e catorze dias após o transplante. Essa prática visa reduzir o risco de necrose pulpar e evitar a reabsorção inflamatória, fatores que podem comprometer o prognóstico a longo prazo.

Em dentes com ápices abertos, a estratégia ideal é manter a vitalidade pulpar, permitindo que o desenvolvimento radicular continue após o transplante. No entanto, caso os testes de vitalidade pulpar revelem falta de revascularização completa, como indicado por respostas negativas persistentes, o tratamento endodôntico se torna necessário para preservar a funcionalidade do dente e prevenir complicações (SILVA et al., 2024). Esses aspectos ressaltam a importância de um acompanhamento contínuo e da intervenção precoce durante o processo de transplante dental, garantindo a melhor evolução possível. (AQUINO et al., 2019; SILVA; PEREIRA, 2022)

A reabsorção radicular é uma preocupação comum após transplantes dentários, sendo causada por diversos fatores, como infecções ou necrose pulpar resultantes da atrofia do ligamento periodontal durante a cirurgia, lesões no cemento e a prolongada exposição do dente fora do alvéolo. Essas complicações ressaltam a importância de um acompanhamento contínuo e vigilante para detectar e tratar precocemente possíveis problemas. (MACHADO et al., 2016)

Santos (et al, 2022), também levanta uma importante discussão, ao afirmar que dentes com ápice radicular aberto devem ser posicionados em infraoclusão, pois, devido ao desenvolvimento radicular incompleto, ainda não estão preparados para suportar as forças mastigatórias. Essa imaturidade os torna mais suscetíveis a fraturas e outras complicações. À medida que o desenvolvimento radicular se completa em um novo alvéolo, espera-se que esses dentes se ajustem de forma espontânea à linha de oclusão.

Prado (2024), por sua vez, discute os principais fatores de risco para um desfecho inadequado do transplante dental, que incluem a presença de doenças periodontais ou periapicais, oclusão inadequada, insuficiência de suporte ósseo e condições sistêmicas que possam comprometer a cicatrização e a resposta imunológica. Além disso, fatores específicos, como infecções ativas e a aderência do paciente ao tratamento pós-operatório, desempenham um papel crucial no sucesso a longo prazo do procedimento. A identificação precoce desses fatores de risco é essencial para a tomada de decisões clínicas e para um planejamento adequado do transplante dental. 

A literatura também trouxe que a laserterapia desempenha um papel crucial na regeneração do tecido dentário, estimulando a proliferação celular e ativando mecanismos celulares específicos que aumentam a replicação das células no tecido danificado. Esse estímulo à proliferação acelera o processo regenerativo, contribuindo para a recuperação do tecido dentário lesionado. Como resultado, a laserterapia se torna uma opção promissora no tratamento de lesões e patologias dentárias, oferecendo benefícios em termos de aceleração da cicatrização e recuperação funcional. No caso relatado, a laserterapia foi utilizada para promover a regeneração do tecido, porém, não foram observadas mudanças significativas no caso específico, o que sugere que, apesar do potencial terapêutico da técnica, os resultados podem variar dependendo das características individuais do paciente e da natureza da lesão. (DA SILVA; CARNEIRO, 2023)

Para pacientes jovens, a transposição cirúrgica oferece uma solução que vai além das necessidades estéticas e funcionais, pois também preserva a integridade biológica do sistema estomatognático (LLANOS et al., 2020). Embora os implantes dentários sejam uma alternativa viável em muitos casos, nenhum procedimento consegue replicar completamente todas as características e benefícios dos dentes naturais . Esses fatores ressaltam a importância e as vantagens da transposição cirúrgica, tornando-a uma opção preferencial em reabilitações dentárias, especialmente em situações em que a preservação da naturalidade e da funcionalidade dentária são aspectos fundamentais do tratamento. 

3. METODOLOGIA

Este trabalho consiste em um relato de caso com o tema “Transplante Dental Autógeno”, configurando-se como um estudo de abordagem qualitativa. A pesquisa fundamentou-se teoricamente em artigos científicos disponíveis em bases de dados on-line, com o objetivo de elucidar um caso clínico representativo da temática. A seleção dos artigos foi realizada nas bases de dados BVS, PubMed e SciELO, utilizando os descritores “transplante autólogo”, “reabilitação bucal”, “autógeno” e “transplante dental”, combinados com o operador booleano “AND”. Foram adotados critérios de inclusão como artigos publicados entre os anos de 2016 e 2024, nos idiomas português e inglês. Por outro lado, os critérios de exclusão envolveram trabalhos fora do recorte temporal definido, aqueles cujo foco não estivesse relacionado ao tema, duplicados, sem evidências científicas claras ou que apresentassem interesse comercial. A aplicação desses critérios resultou na seleção de 29 artigos que subsidiaram a fundamentação teórica do estudo.

No âmbito clínico, foram analisados exames pré-operatórios, incluindo radiografias periapicais, panorâmicas e tomografias, além do exame extraoral. Para o acompanhamento radiológico do caso, foi padronizada a utilização da radiografia panorâmica, que permitiu monitorar aspectos como regeneração periodontal, anquilose, reabsorção por substituição, reabsorção radicular, necrose e formação de cistos. A avaliação clínica incluiu parâmetros como grau de mobilidade dental, sondagem de bolsas periodontais com a sonda Carolina do North, índice de sangramento, índice de placa, teste pulpar e percussão horizontal e vertical.

Ressalta-se que este estudo seguiu rigorosamente as normas éticas de pesquisa envolvendo seres humanos, conforme a Resolução CNS 466/12. Foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) à paciente e ao seu responsável legal, garantindo a compreensão plena sobre o procedimento e a autorização para participação no estudo. O relato de caso foi previamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e aprovado sob o CAAE: 80565624.0.0000.5650.

A metodologia clínica incluiu várias etapas essenciais do tratamento odontológico. As bolsas periodontais e a mobilidade dental foram avaliadas primeiro. Para avaliar a saúde gengival, foram medidos o índice de placa e o índice de sangramento. Também foi realizado o teste pulpar e testes de percussão horizontal e vertical. A regeneração do periodonto será acompanhada e examinada para detectar anquilose e reabsorção radicular. Foi realizada laserterapia em três sessões, com doses progressivas de 1 J/cm² na primeira sessão e 4 J/cm² nas duas subsequentes, com o objetivo de estimular a regeneração tecidual e acelerar o processo de cicatrização. A escala de mola foi utilizada para avaliar o estágio de desenvolvimento radicular do dente transplantado, que se encontrava no estágio 7 de Nolla, indicando rizogênese incompleta.

A decisão de realizar o transplante dental foi tomada após uma análise criteriosa de todas as alternativas de tratamento disponíveis, levando em consideração a idade e a condição clínica da paciente, bem como os riscos e benefícios de cada abordagem. A preservação do nervo alveolar foi uma prioridade no planejamento cirúrgico, o que justificou a realização do transplante antes da completa formação radicular do dente doador. 

4. RELATO E DISCUSSÕES 

A paciente E.A.A.D.S., sexo feminino, 15 anos, procurou a clínica do Centro Universitário UDF com a queixa principal de dor em um dente quebrado há dois dias. Durante o primeiro atendimento, relatou algia no dente elemento 46. Informou que havia buscado atendimento em outra clínica, onde foi solicitada uma radiografia panorâmica e, após a realização do exame, foi encaminhada para exodontia do referido dente. Após a realização da anamnese e do exame clínico na clínica do UDF, foram solicitados exames complementares, incluindo uma nova panorâmica (Imagem 1). A avaliação revelou a presença de cárie com envolvimento pulpar e lesão na região da furca.

Imagem 1 – Exame panorâmico da paciente inicial.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Para complementar a avaliação, foi solicitada uma tomografia computadorizada cone beam (Imagens 2 e 3), que evidenciou destruição corono-radicular, perda óssea associada e rompimento das paredes radiculares. Foi constatada perda óssea severa relacionada ao elemento 46.

Imagem 2 – Cortes adicionais da tomografia elemento 46.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 3 – Reconstruções tridimensionais.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

O exame clínico intra e extraoral revelou áreas com destruição do esmalte e exposição dentinária profunda, acompanhadas de sinais de desmineralização acentuada, conforme demonstrado na Imagem 4.

Imagem 4 – Elemento 46 com lesão cariosa em estágio avançado.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Foi constatado que o elemento 46 não era passível de tratamento endodôntico com restauração. Na radiografia panorâmica, observou-se a presença dos terceiros molares, sendo considerado o transplante dental como uma possível opção de tratamento reabilitador. A tomografia computadorizada revelou que o terceiro molar correspondente estava semi-incluso, mesio-angulado, em desenvolvimento, em íntimo contato com o canal mandibular e apresentava rizogênese incompleta, classificada no estágio 7 de Nolla (Imagem 5).

 Imagem 5 – Tomografia cone beam, corte transversal oblíquo do elemento 48.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Após análise detalhada dos achados dos exames complementares, discutiram-se as possíveis opções de tratamento, incluindo implante, prótese, tracionamento com Mini Implante Ortodôntico (MPO) e transplante dental. Após esclarecimento das alternativas e dos riscos associados, decidiu-se, em conjunto com a paciente, que a realização de um transplante dental autógeno seria a escolha mais adequada, considerando sua idade e condição clínica.

Os exames complementares evidenciaram que o elemento 46 estava inviável para tratamento e que os terceiros molares da paciente apresentavam rizogênese incompleta, classificados no estágio 7 de Nolla. Apesar disso, optou-se pelo transplante dental devido à proximidade das raízes com o nervo alveolar, uma vez que aguardar a completa formação radicular poderia aumentar o risco de lesão e comprometimento do nervo alveolar.

No início do procedimento cirúrgico, realizou-se a antissepsia da cavidade bucal da paciente com bochecho de digluconato de clorexidina 0,12% por dois minutos, seguida de degermação extraoral com PVPI (Polivinilpirrolidona Iodo). Em seguida, foi administrado bloqueio anestésico do nervo alveolar inferior direito e do nervo bucal, utilizando articaína 4% com vasoconstritor (epinefrina 1:100.000) como anestésico.

Após a anestesia, realizou-se uma incisão intrasulcular com bisturi de lâmina 15C ao longo de todo o contorno do sulco gengival do dente 46. Utilizando o descolador de Molt 9, promoveu-se a divulsão do tecido. Com o auxílio da alavanca Seldin 2, foi encontrado um ponto de apoio entre o periósteo e a face mesial do dente, permitindo a realização de movimentos de rotação para a exérese dos fragmentos dentários (Imagem 6). Posteriormente, o alvéolo foi irrigado com soro fisiológico 0,9% e curetado.  Para finalizar a preparação do alvéolo receptor, foi realizada alveoloplastia utilizando alta rotação com broca 702, acompanhada de irrigação constante com soro fisiológico 0,9%, deixando o local apto para receber o transplante.

Imagem 6 – Fragmento do elemento 46.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 7 – Alvéolo receptor preparado.

 Fonte: Acervo das autoras (2024).

Com o alvéolo devidamente preparado para receber o dente (Imagem 7), realizou-se uma incisão intrasulcular oblíqua, da face mesial do dente 47 até a distal do dente 48, utilizando uma lâmina de bisturi 15C. O descolamento foi feito com o descolador Molt 9, seguido da remoção do revestimento intraósseo com alta rotação e broca esférica de alta rotação. Posteriormente, utilizando a alavanca Seldin reta, foram aplicados movimentos de rotação para a remoção do dente 48, preservando todas as suas estruturas peri-radiculares.

Após a exodontia do dente 48 (Imagem 8), o alvéolo foi irrigado com soro fisiológico 0,9%. A área foi suturada com fio de nylon 3-0, utilizando a técnica de ponto em X. O elemento dentário 48, classificado no estágio 7 de Nolla (Imagem 9), foi cuidadosamente posicionado no alvéolo previamente preparado. Foi realizado um teste oclusal, que demonstrou não ser necessário nenhum ajuste, uma vez que o dente se encontrava em infra-oclusão.

Imagem 8 – Exodontia do dente 48.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 9 – Dente 48 com rizogeneses incompleta, estágio de Nolla 7.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Foi confeccionada uma contenção semi-rígida utilizando uma sutura em ponto X que atravessava a face oclusal do dente, com fio de nylon 5-0 (Imagem 10). Após a contenção, foi realizado um teste oclusal, confirmando que o dente estava posicionado em infraoclusão (Imagem 11).

 Imagem 10 – Contenção semirrígida.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 11 – Teste de oclusal.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Ao fim do procedimento cirúrgico, foram prescritas medicações para o pós-operatório, incluindo analgésico (paracetamol 500 mg, a cada 6 horas), anti-inflamatório (nimesulida 100 mg, a cada 12 horas), antibiótico (amoxicilina 500 mg, a cada 8 horas) e antisséptico oral (digluconato de clorexidina 0,12%, para bochecho duas vezes ao dia, por 14 dias). 

A paciente foi orientada a retornar após 14 dias para reavaliação e remoção da sutura. Retornou relatando ter seguido corretamente todas as orientações e procedimentos prescritos. Durante o retorno, foi realizado um exame clínico detalhado e um raio-X de controle (Imagem 12) para avaliar o posicionamento do dente e o progresso do processo de cicatrização, confirmando a evolução adequada do tratamento.

Imagem 12 – Raio-X após 14 dias do procedimento realizado.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Considerando os resultados alcançados até o momento, a paciente foi orientada a retornar após cinco meses para uma nova avaliação do progresso da implantação das raízes. Após esse período, a paciente compareceu ao consultório, onde foi realizado um novo exame radiográfico (Imagem 13). A análise revelou que o dente transplantado estava em oclusão, indicando progresso satisfatório no processo de adaptação e cicatrização dos tecidos circundantes. Além disso, foi registrada a visão externa do dente após a finalização do tratamento. (imagem 14)

Imagem 13 – Raio-X do retorno da paciente após 6 meses.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 14 – Visão externa do dente após a finalização do tratamento.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Cabe ressaltar ainda que, durante todo o processo, para estimular o crescimento e promover a recuperação dos tecidos, foram realizadas três sessões de laserterapia na paciente (Imagem 15). A primeira sessão utilizou uma dose de 1 J/cm², com o objetivo de iniciar o processo de bioestimulação e preparar os tecidos para as sessões subsequentes. Nas sessões seguintes, a intensidade do tratamento foi aumentada para maximizar os benefícios da laserterapia (Imagem 15). Foram aplicadas duas sessões adicionais com uma dose de 4 J/cm² para cada. O aumento da dose foi planejado para intensificar a resposta terapêutica, promovendo uma maior regeneração celular e acelerando o processo de cicatrização. O uso de doses diferenciadas em cada sessão foi essencial para obter os melhores resultados possíveis. A combinação de uma dose inicial moderada seguida por doses mais altas permitiu uma estimulação gradual e sustentável do crescimento dos tecidos, assegurando que a paciente recebesse um tratamento seguro e eficaz.

Imagem 15 – Aplicação de laserterapia em 3 sessões.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

No acompanhamento pós-operatório de um ano do transplante autógeno foi realizada uma radiografia periapical (Imagem 16) e uma panorâmica (Imagem 17). Foi executado teste de sensibilidade pulpar com Endo Ice, utilizando uma bola de algodão aplicado na superfície vestibular dos dentes controle 45 e 47, posteriormente no dente 46. Não demonstrando sensibilidade nos mesmos, realizado teste em toda arcada mandibular, que foi possível verificar que a paciente apresenta pouca sensibilidade ao teste.

Imagem 16 – Raio-X do retorno da paciente após 12 meses.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Imagem 17 – Radiografia panorâmica do retorno da paciente após 12 meses.

Fonte: Acervo das autoras (2024).

Ademais, após a realização de um transplante dental, é essencial uma análise detalhada de diversos fatores para assegurar o sucesso do procedimento e a manutenção da saúde do dente transplantado. Aspectos como grau de mobilidade, sondagem periodontal, índice de sangramento, índice de placas, teste de vitalidade pulpar, testes de percussão horizontal e vertical, regeneração do periodonto, anquilose e reabsorção radicular devem ser avaliados cuidadosamente. Esses indicadores fornecem informações valiosas sobre a integração do dente ao alvéolo receptor e a condição dos tecidos circundantes. A tabela a seguir apresenta os critérios considerados normais para um dente após o transplante, destacando sua relevância clínica em cada aspecto avaliado. (DA SILVA; CARNEIRO, 2023)

Tabela 1 – Tabela de avaliação Pós-Transplante Dental.

Fonte: Autoras, 2024

No presente caso, a indicação do transplante dental autógeno foi fundamentada na extensa destruição coronária do elemento 46, decorrente de uma lesão cariosa profunda que evoluiu para envolvimento pulpar e comprometimento da furca, condição que inviabiliza o tratamento endodôntico e restaurador convencional. Assim, o transplante emergiu como a alternativa mais adequada para preservar a funcionalidade mastigatória e a integridade do arco dentário.

Ademais, a escolha do dente doador recaiu sobre o elemento 48, um terceiro molar em formação com rizogênese incompleta, o que se mostrou ideal para o procedimento em uma paciente de 15 anos. Essa característica não apenas possibilitou a substituição do dente comprometido, mas também conferiu um prognóstico favorável, uma vez que o estágio de desenvolvimento do dente doador potencializa a revascularização e a integração ao novo alvéolo.

Outro aspecto relevante foi a realização do transplante antes que o dente atingisse 75% da formação radicular, medida que se adotou devido à proximidade das raízes com o nervo alveolar inferior, com o intuito de minimizar o risco de lesões nervosas. Além disso, o dente transplantado foi posicionado em infraoclusão – abaixo da linha oclusal – como estratégia preventiva para evitar a aplicação prematura de forças mastigatórias, contrastando com dentes com ápice radicular completo, os quais podem ser posicionados na altura oclusal sem necessitar de ajustes para o desenvolvimento.

No acompanhamento inicial, os testes de vitalidade pulpar nos dentes controle (45 e 47) apresentaram respostas negativas, sem evidenciar lesões aparentes, permitindo que esses elementos sejam monitorados para eventuais alterações. Quanto ao dente 46 transplantado, está previsto um teste de cavidade seguido pelo tratamento endodôntico para o selamento dos ápices, como medida preventiva.

Por fim, a condição do dente doador em fase de crescimento ressaltou a importância de um acompanhamento detalhado e de cuidados especiais durante e após o procedimento. Foi constatada a presença de reabsorção radicular – identificada na região distal após seis meses e, de forma leve, em ambas as raízes após 12 meses – o que reforça a necessidade de monitoramento contínuo para o manejo precoce de possíveis complicações.

5. CONCLUSÃO

O presente relato de caso evidencia que o transplante dental autógeno pode ser uma alternativa terapêutica viável e eficaz para a reabilitação bucal em pacientes jovens, sobretudo quando o dente comprometido não é passível de tratamento endodôntico convencional. A fundamentação teórica, baseada em uma seleção de artigos recentes (2016–2024) das bases BVS, PubMed e SciELO, aliada a uma análise detalhada dos exames pré-operatórios – incluindo radiografias periapicais, panorâmicas e tomografias cone beam – permitiu um planejamento cirúrgico preciso e seguro.

A escolha do terceiro molar em rizogênese incompleta (estágio 7 de Nolla) como dente doador demonstrou ser estratégica, considerando a preservação do nervo alveolar e a minimização de riscos, como a anquilose e a reabsorção radicular acentuada. A metodologia clínica adotada, que incluiu a avaliação rigorosa dos parâmetros periodontais (mobilidade, sondagem, índices de placa e sangramento), a realização de laserterapia em doses progressivas para estimular a regeneração tecidual e a técnica cirúrgica meticulosa para o preparo do alvéolo receptor, contribuiu significativamente para a obtenção de resultados positivos.

Os acompanhamentos radiográficos e clínicos realizados em diferentes períodos – aos 14 dias, 6 e 12 meses – confirmaram a estabilidade do dente transplantado, a integração adequada ao novo alvéolo e a evolução satisfatória do processo de cicatrização, refletindo a eficácia do procedimento. Tais resultados reforçam que, quando criteriosamente planejado e executado, o transplante dental autógeno pode proporcionar uma reabilitação bucal de alta qualidade, preservando a função e a estética, além de oferecer uma alternativa conservadora frente a tratamentos mais invasivos.

Em suma, este estudo ressalta a importância da seleção criteriosa dos casos e da utilização de técnicas complementares, como a laserterapia, para otimizar os resultados clínicos. A abordagem adotada não só respeita as normativas éticas vigentes, como também contribui para o avanço das práticas de reabilitação bucal, demonstrando que o transplante dental autógeno pode ser incorporado de forma segura e eficaz no arsenal terapêutico da odontologia.

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1Discente do Curso Superior de Odontologia do Centro Universitário do Distrito Federal, Campus sede. e-mail: biiaanca-martins@hotmail.com

2Discente de Mestrado em Docência do Ensino Superior da Faculdade Cerrado  Campus sede. e-mail: biiaanca-martins@hotmail.com pietrasilvapimentel@gmail.com

3Docente do Curso Superior de Odontologia do Centro Universitário do Distrito Federal, Campus sede. Doutora em ciências odontológicas aplicadas – Endodontia (FOB/USP.). 

4Docente do Curso Superior de Odontologia do Centro Universitário do Distrito Federal, Campus sede. Mestre pelo programa de Ciências Médicas em Patologia Molecular – UnB. e-mail: charlison.cunha@udf.edu.br