AUMENTO NA PRATICA DE ATIVIDADE FÍSICA E LAZER ATRAVÉS DA DESCENTRALIZAÇÃO ESPORTIVA COMO FORMA DE PREVENÇÃODE DOENÇAS NO MUNICIPIO DE PARANAPANEMA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7857318


Haroldo Hatzfeld Junior1


RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto sobre a redução de custos promovidos pela descentralização esportiva e pela atividade física e lazer no município para atendimentos hospitalares por doenças recorrentes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na cidade de Paranapanema-SP no ano de 2021 e 2022. A avaliação do custo foi realizada por meio do DATASUS, buscando-se os gastos por atendimento e números de atendimento. O levantamento dos dados e custeio foi feito ativamente pela Secretaria de Saúde do município. O sedentarismo pode ser considerado uma epidemia mundial, pois compromete cerca de 70% da população do planeta. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o inimigo número um da saúde pública, associado a dois milhões de mortes ao ano globalmente, e por 75% de mortes nas Américas. A inatividade física além de comprometer a qualidade de vida da população, culmina em impacto econômico ao sistema público. Iniciativas de promoção da atividade física são necessárias para melhoria do estado de saúde da população e consequente redução de gastos.

PALAVRAS-CHAVE: Redução de custeio; Saúde pública; Custo por atendimento.

INTRODUÇÃO

O sedentarismo pode ser considerado uma epidemia mundial, pois compromete cerca de 70% da população do planeta. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o inimigo número um da saúde pública, associado a dois milhões de mortes ao ano globalmente, e por 75% por mortes nas Américas. É fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade, doenças cardiovasculares, osteoporose e algumas formas de câncer. Estimativas econômicas de vários países consideram o sedentarismo responsável por 2% a 6% dos custos totais em saúde pública. No Brasil, não há dados sobre o custo do sedentarismo, mas um recente relatório elaborado pelo Banco Mundial atribuiu 66% dos gastos em saúde às doenças crônicas não transmissíveis em todo o País.

Para OMS (2020), o sedentário é uma pessoa que gasta poucas calorias por semana com atividades do dia a dia, ocupacionais como ir ao trabalho, realizar serviços domésticos. Assim, é evidente a prática que movimentar-se contribui significativamente para um estilo de vida ativa e saudável, este que é fundamental para um melhor estilo de vida. Florêncio Júnior et al., (2020) asseveram que a prática de forma regular do Atividade Física é de fundamental importância para manutenção do peso corporal, benefícios para o aspecto cognitivo, além disso, o Exercício Físico pode acarretar efeitos satisfatórios, em funções cognitivas, promove adaptações nas estruturas cerebrais e sinápticas, que tem relevância para a cognição.

A inatividade física impacta significativamente sobre os gastos com saúde no mundo todo (Lee et al., 2012). No Reino Unido, os custos diretos com doenças como diabetes chegaram a 130 bilhões de dólares. Na China, a inatividade física contribui com mais de 15,0% dos gastos médicos e não médicos anuais associados às principais doenças crônicas do país (ZHANG; CHAABAN, 2013). No Brasil, as internações hospitalares por doenças crônicas não-transmissíveis relacionadas a níveis insuficientes de atividade física geraram um gasto de R$1.848.627.410,03 bilhões ao sistema público de saúde em 2013 (BIELEMANN et. al, 2015). Por outro lado, evidências apontam que a diminuição da prevalência de inatividade física pode diminuir expressivamente os gastos em saúde.

Para Mattos et al. (2020), o acompanhamento de um profissional de Educação Física proporciona um direcionamento da atividade e exercício físico para os indivíduos que necessitam de orientações de forma específica frente a algum agravo de saúde. Neste sentido, é de fundamental relevância que durante todo processo de desenvolvimento de Atividade e Exercícios Físicos seja acompanhada pelo profissional de Educação Física, desta forma. Elesbão et al., (2020), sinalizam que a realização de exercícios físicos e atividade física de maneira saudável, sempre respeitando os limites de cada pessoa, sendo assim, indispensável o acompanhamento de um profissional de Educação Física.

Ding et. al., (2016) observaram que, na Escócia, a diminuição de 1% da inatividade física geraria uma economia de USD$ 130 milhões por ano. No Brasil, segundo Bielemann et. al., (2015), evidências apontam que a diminuição na prevalência de inatividade física pode promover uma economia de R$ 24.081.636,89 nos gastos públicos com internações hospitalares por doenças relacionadas à inatividade física. Dessa forma, o conhecimento da frequência e dos gastos com doenças relacionadas à inatividade física pode gerar evidências para apoiar a tomada de decisão acerca dos investimentos financeiros em programas de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças crônicas com foco na promoção da atividade física.

Para Bueno et. al., (2015) no Brasil, ainda são escassos os estudos que investigaram as associações entre custos e inatividade física no âmbito populacional. Dessa forma, são necessárias mais pesquisas que analisem e descrevam estas relações de acordo com diferentes tipos de atividade física e para populações específicas, especialmente idosos. Além disso, os estudos de análise de custo-efetividade da prática de atividade física auxiliam no planejamento para a implantação de programas de sucesso.

Diante deste contexto, o objetivo deste estudo é descrever e comparar os custos com atendimentos por doenças relacionadas à inatividade física após as descentralizações esportivas e aumento das práticas de lazer e esporte na cidade de Paranapanema- SP entre os anos de 2021 e 2022.

CAMINHO METODOLÓGICO

O município passou por amplo estudo para a estruturação de espaços esportivos já existentes e a criação de novos espaços para atender a municipalidade em sua totalidade. A Unesco sugere como ideal que se tenha 4,02m2 de edificação ou espaço esportivo por habitantes, hoje após a reestruturação o município de Paranapanema conta com 2,97m2 por habitantes com o total de 60.764m2 ( Departamento de Infraestrutura de Esporte DIE) o cálculo leva em conta o efetivo populacional do município e o potencial efetivo de praticantes das atividades físicas e esportivas, além das informações contidas no diagnóstico do esporte (DIESPORTE) e os dados internacionais de m²/habitante necessários para as edificações.

Este estudo se caracterizou como exploratório e comparativo, com delineamento transversal. A coleta de dados se deu através de um questionário realizado pelo google forms com 6 perguntas realizadas através da plataforma google forms. Portanto um questionário específico sobre atividades físicas e frequência em hospitais e unidades básicas de saúde do município. Sendo assim, obtivemos 430 respostas dos sexos masculinos e femininos com faixa etária entre 18 a 60 anos.

Após a coleta, os dados foram inseridos e analisados a partir de uma planilha eletrônica do programa Microsoft Excel. Todos os cálculos foram realizados tomando como referência as frequências absolutas e valores (moeda nacional) fornecidos pela Secretaria de saúde de Paranapanema através do DATASUS. Todos os cálculos foram realizados tomando como referência as frequências absolutas e valores (em Reais) fornecidos pela Secretaria de saúde de Paranapanema.

Foram realizadas através da plataforma google forms um questionário de 6 perguntas específicas sobre atividades físicas e frequência em hospitais e unidades básicas de saúde do município e comparadas às consultas hospitalares em decorrência das doenças crônicas relacionadas à inatividade física nos anos de janeiro de 2021 a dezembro de 2022. Em Paranapanema o número de pessoas sedentárias calculada em 2021 baseando-se no número total do Brasil (47%) foi de nove mil trezentos e oitenta e duas pessoas.

Além do impacto sobre a saúde e qualidade de vida da população, a inatividade física é responsável por uma importante parcela do gasto público com ações e serviços de saúde, conforme (BIELEMANN ET., AL. 2015). Bueno, et., al., (2016) em uma revisão de literatura sintetizam evidências de 24 estudos a respeito do impacto da inatividade física sobre os custos dos sistemas de saúde de nove países, incluindo o Brasil, observou-se que baixos níveis de atividade física são responsáveis por 3,7 a 48% dos gastos em saúde.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Através dos dados observados pode-se pensar que a relação entre políticas públicas e saúde provoca impacto direto seja na qualidade de vida do sujeito, bem como no direcionamento dos recursos econômicos. Camargo e Anes (2020) assevera tal ponderação sinalizando que Ações e investimentos em políticas para promover a atividade física e reduzir o comportamento sedentário podem ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030, particularmente Boa Saúde e Bem-estar (ODS3), Cidades e Comunidades Sustentáveis (ODS11), Ações contra as Mudanças Climáticas (ODS13), bem como Educação de Qualidade (ODS4) entre outros. Em que pese as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para atividade física e comportamento sedentário.

Neste interim, 31,04% dos entrevistados dizem preferir a pratica de atividade física 3x na semana e 37,02% dos entrevistados preferem praticar em média de atividade foi de 1hora, A OMS (organização mundial da saúde) recomenda que os adultos aumentem o tempo de atividade física semanal para 300 minutos – até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias – ou façam 150 minutos de atividade física intensa por semana, quando não houver contraindicação. Vale sinalizar ainda que 68,06% dos entrevistados disseram que a sua frequência a hospitais e UBS do município diminuíram após o início das práticas esportivas.

Para Luben (0000) pequenos aumentos na quantidade de atividade física feita pela população podem reduzir a sobrecarga dos sistemas de saúde. A prática favorita dos entrevistados foram caminhadas com 20,09% seguido de musculação 20,02%. A caminhada Reeves et. al (2022) pode corresponder a uma intervenção motora de saúde isenta de custo, a prática da caminhada é o exercício mais popular por não requerer local específico para a prática e a toda a população pode praticar sendo o exercício mais popular. Coutinho (0000) por sua vez evidencia que a musculação tem papel importante na diminuição da perda de massa muscular. Que para Fox (2000) tem efeito de grande utilidade aos idosos, pois no processo de envelhecimento há uma diminuição progressiva da massa muscular e redução da gordura corporal devido ao aumento do gasto energético e da consequente queima de calorias, ocorre uma diminuição das reservas de gordura corporal.

Observa-se que houve uma queda geral de 35,47% atendimentos de doenças relacionadas à inatividade física Atendimentos esses classificados por CIDs

Os resultados mostram que, a atividade física é uma variável importante para a economia de recursos financeiros em saúde pública, por estar inversamente associada aos custos com procedimentos de saúde, medicamentos e controle de doenças crônicas.68,5% das pessoas responderam que a prática da atividade física fez com que suas idas de rotina aos hospitais diminuíssem. O total de consultas em UBS e hospital em 2021 no início da descentralização esportiva foi de 16.496 atendimentos com o custo unitário de 11 reais somando 4.807 somando 58.877 em 2022 esses números passaram para 3.102 atendimentos com o custo unitário de 11 reais somando 34.122 uma economia de 18.755 reais para os atendimentos relacionados a inatividade física.

Um aspecto importante a ser ressaltado é que a maioria das análises de custo foi realizada a partir do custo direto relativo às despesas com doenças. Ou seja, custo que pode ser estimado a partir de variáveis com valores mensuráveis e que, portanto, podem ser contabilizados. Entretanto, a prática regular de AF pode proporcionar inúmeros benefícios considerados intangíveis, como os efeitos sobre o bem-estar mental e melhorias da qualidade de vida, quanto maior for a inatividade física maiores serão os efeitos sobre a economia da saúde. Assim, ao discutir benefícios econômicos da atividade física e/ou prejuízos financeiros decorrentes do estilo de vida sedentário, estes aspectos devem ser lembrados. Dessa forma, os benefícios da promoção da atividade física populacional podem ser ainda maiores e mais significantes para a saúde pública.

Qual seu tempo em média de duração na pratica da atividade física.
425 respostas

Qual a sua prática esportiva e de lazer favorita.
425 respostas

A sua frequência em hospitais ou unidades básicas de saúde, diminuíram depois do seu inicio a praticas de atividades físicas?
425 respostas

Você concorda que a prática de atividade física influencia na sua qualidade de vida do dia a dia?
425 respostas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível compreender que a prática de atividade física pode influenciar o aumento da qualidade de vida das pessoas, ao contrário daquelas que não a praticam. Tal condição atende a um dos objetivos da Portaria n. º 154, aprovada em 2008, que cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e prevê a prática de atividade física como uma de suas ações, considerando que ela deve propiciar melhoria da qualidade de vida da população, entre outros.

Os resultados mostram que a atividade física é uma variável importante para a economia de recursos financeiros em saúde pública, por estar inversamente associada aos custos com procedimentos de saúde, medicamentos e controle de doenças crônicas. Percebe-se, portanto, que a atividade física causa impacto significativo no que tange a influenciar o aumento da qualidade de vida da população, tendo em vista que 68,5% das pessoas que responderam o questionário evidenciaram que a prática da atividade física fez com que suas idas de rotina aos hospitais diminuíssem.

O total de consultas em UBS e hospital mensurados a doenças que se relacionam com a inatividade física no ano 2021, no início da descentralização esportiva, foi de 4.807 atendimentos com o custo unitário de R$ 11,00. Somando no ano de 2022 esses números passaram para 3.102 atendimentos com o custo unitário de R$ 11,00, somando 155.265 uma economia de R$ 26.191 reais para os atendimentos relacionados a inatividade física.

Outro aspecto importante a ser ressaltado é que a maioria das análises de custo foi realizada a partir do custo direto relativo às despesas com doenças, ou seja, custo que pode ser estimado a partir de variáveis com valores mensuráveis e que, portanto, podem ser contabilizados. Entretanto, a prática regular de AF pode proporcionar inúmeros benefícios considerados intangíveis, como os efeitos sobre o bem-estar mental e melhorias da qualidade de vida, quanto maior for a inatividade física maiores serão os efeitos sobre a economia da saúde. Assim, ao discutir benefícios econômicos da atividade física e/ou prejuízos financeiros decorrentes do estilo de vida sedentário, estes aspectos devem ser lembrados. Dessa forma, os benefícios da promoção da atividade física populacional podem ser ainda maiores e mais significantes para a saúde pública.

A inatividade física é um fator decisivo no aumento dos gastos com saúde, ao apresentar evidências de que a inatividade física tem um papel determinante na economia dos recursos em saúde pública. Justificando a continuidade do desenvolvimento de estratégias como a descentralização esportiva. As altas taxas de ocorrência de doenças crônicas e os altos custos financeiros decorrentes de seus tratamentos impactam significativamente o sistema público de saúde. O estilo de vida ativo tem potencial para diminuir a ocorrência dessas doenças e, consequentemente, os custos diretos oriundos da utilização do Sistema Único de Saúde (SUS) para seus tratamentos.

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1 Professor de Educação Física. Diretor do Departamento de Esportes e da Estância Turística de Paranapanema da cidade de Paranapanema-SP.