AUDITORIA DE ENFERMAGEM: O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTEXTO HOSPITALAR

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/pa10202411251450


Amóis Morais de Jesus1; Jheny Tamires da Silva Lima Vidal 2; Mailane Mendes Ramos3; Marcos Gabriel de Brito Batista4; Suelen Ribeiro Almeida 5; Tamires Lima da Silva6; Orientador: Pedro Henrique Rodrigues Alencar7


RESUMO

Introdução: A auditoria de enfermagem é um sistema e processo formal que avalia atividades realizadas por profissionais não diretamente envolvidos, com o objetivo de atender a padrões específicos. Objetivo: O estudo aborda a auditoria de enfermagem sob uma perspectiva científica. Métodos: Realizou-se uma revisão integrativa, avaliando criticamente diversos estudos. A questão central foi: qual é o papel do enfermeiro auditor no contexto hospitalar? Os dados foram coletados nas bases BVS, LILACS e SCIELO, utilizando os descritores: Auditoria de Enfermagem, Gestão Hospitalar e Papel do Profissional de Enfermagem. O estudo abrangeu 16 artigos publicados entre 2016 e 2022, focando na auditoria e no papel do enfermeiro. A metodologia utilizada foi uma revisão qualitativa da literatura. Resultados: O ano de 2012 apresentou o maior número de publicações, representando 30% do total, sendo a base BVS a mais rica em publicações, com 70%. A análise revelou que 40% dos estudos investigaram prescrições e precauções de enfermagem, com ênfase na qualidade da assistência. Conclusão: Os resultados indicam um avanço significativo na auditoria em enfermagem, que se destaca, ainda que mantenha um viés contábil, focando na gestão das instituições de saúde.

Palavras-chave: Auditoria de Enfermagem, Gestão Hospitalar, Papel do Profissional de Enfermagem.

ABSTRACT

Introduction: Nursing auditing is a formal system and process that evaluates activities performed by professionals not directly involved, with the aim of meeting specific standards. Objective: The study addresses nursing auditing from a scientific perspective. Methods: An integrative review was carried out, critically evaluating several studies. The central question was: what is the role of the nurse auditor in the hospital context? Data were collected from the BVS, LILACS and SCIELO databases, using the descriptors: Nursing Auditing, Hospital Management and Role of the Nursing Professional. The study covered 16 articles published between 2016 and 2022, focusing on auditing and the role of the nurse. The methodology used was a qualitative review of the literature. Results: The year 2012 presented the highest number of publications, representing 30% of the total, with the BVS database being the richest in publications, with 70%. The analysis revealed that 40% of the studies investigated nursing prescriptions and precautions, with an emphasis on the quality of care. Conclusion: The results indicate a significant advance in nursing auditing, which stands out, even though it maintains an accounting bias, focusing on the management of health institutions.

Keywords: Nursing Audit, Hospital Management, Role of the Nursing Professional

1. INTRODUÇÃO

Hodiernamente a auditoria de enfermagem (AE) tem sido palco para diversas discussões dentro do contexto científico, neste cenário ver-se-á relação entre a AE e os reflexos de suas medidas dentro do âmbito e/ou cenário da saúde. A função do enfermeiro auditor é considerada em expansão no mercado de trabalho, principalmente no que diz respeito a análise das contas hospitalares, a qual consiste na verificação da compatibilidade entre o que foi consumido, o que está sendo cobrado e os procedimentos efetivamente realizados (VIANA, et.al ,2016 págs. 2).

A enfermagem, por muito tempo, foi exercida predominantemente por indivíduos sem a devida formação técnica, o que limitou o avanço para uma prática mais científica, racional e sistemática. Atualmente, novos papéis e responsabilidades estão sendo exigidos dos profissionais de enfermagem, resultando em profundas transformações nas estruturas das Instituições de Saúde. É imprescindível que os enfermeiros se conscientizem das suas novas atribuições e se preparem adequadamente para desempenhá-las de forma eficaz.

O conhecimento se torna um fator crucial para a maturidade no exercício da profissão, assegurando o progresso contínuo e possibilitando novas descobertas que são fundamentais para a construção do arcabouço científico da enfermagem. É vital que haja uma luta constante contra a ignorância, para que o conhecimento prevaleça e fortaleça a prática da enfermagem. Somente assim será possível garantir um atendimento de qualidade e um reconhecimento adequado da profissão no âmbito da saúde. (ARAUJO, SIMOES, LIMA, 1978, pp. 469-470).

A enfermagem foi durante muito tempo subutilizada, quase toda por pessoas com deficiência, impedindo um avanço e transição mais rápidos para uma enfermagem científica, racional e sistemática. Atualmente, novos padrões profissionais são exigidos, resultando em significativas mudanças estruturais nas instituições de saúde. Ademais, o encargo do enfermeiro auditor é considerado de suma importância para observar registros escritos pelos profissionais no prontuário do paciente.

Com isso, a auditoria de enfermagem tem como objetivo melhorar os registros, aprimorando o atendimento ao paciente. Contudo, existir essa necessidade de distinguir o desempenho da equipe na realização de buscar há garantia em um atendimento de qualidade. Com isso, se presar por resultados onde são sugeridas ações que visem à melhoria dos registros, assim, tornando-se um enfermeiro auditor com papel educativo.

Segundo Almeida (2012), a auditoria surgiu como parte da evolução do sistema capitalista, decorrente do acirramento da concorrência e da necessidade de as empresas aprimorarem seus controles visando à redução dos custos e captação de capital de terceiros para financiar seus investimentos.

Diante desse exposto, ao longo dos anos as empresas cada vez mais procuram a ser atualizarem e buscarem uma auditoria para avaliar a situação de momento da empresa e até mesmo se antecipar a possíveis erros que pode acontecer durante as atividades.

Para Carvalho (2015), tendo de ser inovadoras e criativas, as organizações devem buscar a excelência através da eficácia do seu corpo de colaboradores com informações subsidiadas e direcionamentos através dos seus gestores, que tem por função a compreensão do todo.

Nesse sentido, a auditoria interna, contribui para que, em longo prazo, a organização sobreviva, conquiste seus objetivos e mantenha seu espaço na sociedade. Segundo Rezende (2017, p.43), “em uma situação de crescente turbulência, a mudança organizacional tem sido a tônica do ambiente de trabalho contemporâneo: recria atividades e práticas e demandas dos trabalhadores, além de novas e melhores habilidades”.

Segundo Rezende (2017, p.43), A auditoria, ela mapeia o ambiente de forma que analisa se todos os pontos que se precisa de mudança, ela dá critérios no esforço, pois estrutura as atividades a serem desenvolvidas, fazendo com que a organização tenha resultados satisfatórios, onde observa-se também que os planos de ações devem estar bem alinhados com a realidade, pois no cenário econômico sempre haverá mudanças significativas.

Dessa maneira o auditor também terá um foco nos profissionais de saúde, a necessidade dessa avaliação se dá pela relevância de prevenir prejuízos e riscos de um cuidado ao paciente realizado de forma inadequada, demonstrando assim a necessidade de se aplicar a Auditoria e 6 a Gestão de Qualidade da assistência (FONTES, 2018). Com isso é conceituada a pertinentes da AE que interfere rigorosamente na qualidade da assistência. Com propósito de examinar a coleta de dados através de uma revisão interativa, tendo como base seguinte pergunta norteadora: Qual é o papel do enfermeiro auditor hospitalar?

2. FUNDAMENTACAO TEÓRICA

2.1 A Importância da Auditoria de Enfermagem na Garantia da Qualidade Assistencial e na Sustentabilidade Financeira das Instituições de Saúde.

A auditoria de enfermagem é a avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao cliente pela análise dos prontuários e pela verificação da compatibilidade entre o procedimento realizado e os itens que compõem a conta hospitalar cobrada, garantindo um pagamento justo mediante a cobrança adequada. (MORAIS et al, 2019. Pg 2 ). A falta de registo de enfermagem dificulta o processo de auditoria, o que permite refletir sobre o que os enfermeiros assistenciais entendem sobre a SAE e os reconhecimentos diários das suas responsabilidades.

A palavra auditoria de acordo com a origem latina – “audire” – significava ouvir. Entretanto, a língua inglesa caracterizou o termo “audit” a atividade de examinar, corrigir e certificar. (MONTEIRO, PAULA, pag 2 2020). Os serviços de auditorias hospitalares vêm se desenvolvendo gradativamente, a fim de trabalhar para melhorar a receita hospitalar. A partir dessa premissa, houve a necessidade de qualificar o serviço através da inclusão do profissional enfermeiro, a fim de garantir a qualidade e redução de custos (OLIVEIRA JUNIOR, CARDOSO pag 3, 2017).

O enfermeiro deve conhecer os processos assistenciais que contribuem para a melhoria do retorno econômico-financeiro das instituições de saúde, tendo como foco de sua observação a sustentabilidade econômica e o controle de processos. Conforme, Santana (2016,) a AE avalia continuamente a qualidade da assistência de enfermagem prestada aos doentes, desde a admissão à alta, através da análise de documentação pronunciada e da verificação das condições de atenuação prestadas aos doentes durante o período de internamento através de visitas in loco, para garantir que as necessidades do paciente sejam atendidas (SANTANA, 2016).

Assegurar o cuidado à saúde gera custo, e, para maior controle, os estabelecimentos de saúde contam com o serviço de auditoria. Gestores dos serviços de saúde preocupam-se com os meios para a assistência em saúde, e incorporaram a auditoria nas rotinas institucionais, especialmente a AE que imprime padrões mais minuciosos de controle, de modo que, na avaliação de ações para qualidade, vislumbramos desafios e oportunidades (NOVY, 2019). São inúmeros os indícios na literatura da necessidade de estudar a EA para qualificar o atendimento ao cliente e provocar a reflexão do enfermeiro sobre seu papel no processo de auditoria. Essa questão tornou- se particularmente crítica para a região estudada, pois ainda existem oposições à implantação da Sistematização de Enfermagem (SAE).

Medidas destinadas à qualidade da assistência à saúde exigem visão ampliada dos gestores dos serviços de saúde, como objetivo constante para a mudança e melhorias no processo de trabalho cotidiano, e à enfermagem cabe atender as demandas por cuidado, potencializando a atividade para além do esforço técnico, contribuindo assim com a qualidade da assistência (NOVY, 2019) Importa ainda refletir sobre a autonomia profissional do enfermeiro, ainda em desenvolvimento, sobretudo tendo em conta o elevado grau de responsabilidade no cuidado do próxima que lhe foi confiado diretamente como auditor numa entidade nacional contexto, a fim de compreender melhor a necessidade da gestão do cuidado como condição para uma assistência de melhor qualidade e respeito à dignidade humana.

 A auditoria em enfermagem possui como finalidade orientar, organizar e identificar as fragilidades pertinentes aos registros hospitalares. Logo, o presente artigo tem como objetivo geral: identificar o papel do enfermeiro auditor durante o seu trabalho. Logo, os objetivos específicos são: analisar o impacto que a ausência de um registro de enfermagem adequado ocasiona na qualidade da assistência; descrever os pontos relevantes do registro de enfermagem (SANTOS, 2020).

Segundo Rezende (2017, p.48),O objetivo de uma auditoria de enfermagem é orientar, organizar e identificar as vulnerabilidades que são relevantes para os registros hospitalares. Os princípios fundamentais para a qualidade do planejamento de saúde, pré-auditoria, entrega e avaliação por instituições de saúde. Para começar, o perfil do enfermeiro auditor passa pela acreditação de todos os colaboradores nos hierárquicos da organização, mantendo a resiliência perante situações conflituosas e mantendo uma aparência credível.

As instituições hospitalares devem oferecer maneiras para desencadear responsabilidades múltiplas de toda equipe. A fim de garantir que as tarefas sejam desempenhadas de forma coordenada, harmoniosa e compromissada. Sendo assim, os resultados satisfatórios frutos da auditoria de enfermagem de qualidade serão identificados (AQUINO et al., 2018). Atribui qualidades pertinentes ao enfermeiro auditor e qualidade de acordos pertinentes de acordos de serviços prestados por meio de análise do cliente, conforme todas as normas aprovadas pela equipe de enfermagem.

De acordo com AMARAL FILHO (2016, apud, SANTOS, 2020, pag 102) os principais objetivos da auditoria consistem na oferta da boa qualidade da assistência oferecida ao usuário, correta utilização dos materiais e procedimentos requeridos durante a prestação dos cuidados. Sendo assim, ao identificar falhas durante a aplicação da auditoria, o enfermeiro possui a autonomia para educar os prestadores dos serviços a fim de viabilizar e minimizar a frequência de erros.

O conceito de auditoria muitas vezes é entendido como um método de fiscalização ou punição, pelo fato de analisar detalhadamente todos os serviços ofertados e identificar a real aplicabilidade financeira do cliente, mediante a utilização de algum tipo de serviço ofertado pela empresa. No entanto, uma das principais dificuldades encontradas durante a aplicação da auditoria em enfermagem, percebe-se a baixa quantidade de estudos, envolvendo essa área em comparação com a assistência prestada ao contratante (AQUINO et al., 2018).

2.2 medidas importantes utilizadas por um auditor em um ambiente hospitalar.

Com o passar do tempo ocorreu o crescimento da auditoria hospitalar, iniciando pelo setor de contas e depois estendendo para as áreas assistenciais. A auditoria em enfermagem tem função de controle do processo administrativo e exerce avaliação sistemática da qualidade de assistência prestada ao cliente (ARAÚJO et al 2020, pag 9).

De acordo com OLIVEIRA JR, CARDOSO (2017, pag 2) a enfermagem tem um papel fundamental, pois trabalha diretamente com os pacientes, e o enfermeiro, como líder da equipe, deve ter uma visão holística do cuidado ao paciente. Para corresponder às expectativas e melhorar a qualidade do serviço, o enfermeiro auditor deve assumir a responsabilidade e agir de forma ética no exercício das suas funções.

Isso inclui conhecer os contratos entre prestadores de serviços e operadoras, e entre as atividades efetivas estão fiscalização, controle e avaliação com o objetivo de orientar e, consequentemente, identificar as falhas existentes. O profissional deve assumir uma postura ética, desde procedimentos simples até procedimentos complexos. Às vezes, o preenchimento pode parecer algo irrelevante para os integrantes da equipe de enfermagem, mas é necessária a adoção de uma educação permanente, visando o aperfeiçoamento e fortalecendo a importância do preenchimento adequado e completo dos registros e anotações (ARAUJO et al 2020, pag 9).

Enfermeiro auditor descobrindo dificuldades de ética profissional, identificando – se como um ser reconhecido em resposta às dificuldades um processo cíclico de avaliação dos serviços atuais em relação aos padrões estabelecidos. Ela atua para deixar a prática de acordo com os padrões e faz sucessivas revisões. (ZEHURI, 2018).

Principal propósito é melhorar a qualidade de um serviço ou intervenção ao promover a aderência aos padrões. A auditoria possui o papel de analisar, interpretar e transformar dados em processos de assistência que diminuam ou eliminem sofrimento individual ou populacional. Desde que bem estruturada pode prover ao corpo diretivo informações que permitam a avaliação do momento presente e indicar tendências que apontem alternativas para o futuro. (ZEHURI, 2018). As informações coletadas por um auditor podem ser usadas para reorientar políticas e objetivos, bem como as atividades e ações dos profissionais de saúde.

Os gastos com a saúde têm aumentado consideravelmente nos últimos anos. O envelhecimento populacional, as consequências epidemiológicas, o surgimento de novas doenças, o aumento das doenças crônico-degenerativas e a complexidade tecnológica demandam altíssimos custos no setor da saúde. A solução para tal fato afinal, não é apenas a redução dos custos em si, e sim continuar promovendo a oferta dos serviços com a qualidade desejada sem que ocorra o aumento deles, ou seja, promover a melhor assistência possível a um custo adequado (MINATTI, 2019).

Contudo, um auditório é classificado como auditório de custo/qualidade ou auditório de custo, dependendo de sua finalidade. O primeiro passo é avaliar a qualidade da assistência prestada, que é feita por meio do prontuário e das condições do paciente. A segunda realiza a revisão das faturas enviadas aos planos de saúde, incluindo os procedimentos seguidos, cobranças cabíveis e materiais utilizados, bem como o recebimento das despesas pela instituição. Quanto ao método a auditoria se classifica em prospectiva, concorrente ou retrospectiva. A prospectiva envolve, por exemplo, a liberação de procedimento está relacionada ao processo antes da ocorrência de um evento. (MINATTI,2019)

Entre os atributos do AE, observou – se a prática de ações, com maior predominância, via auditórios. Vale destacar as competências profissionais que a prática da auditoria exige que o EA desenvolva para atender a demanda do mercado da saúde. (MONTEIRO,2020). A auditoria, de um modo geral, é a verificação de operações, procedimentos e transações de uma entidade, onde são examinados documentos, livros, registros e demonstrações contábeis, objetivando a veracidade desses registros, visando à apresentação de opiniões, críticas conclusões e orientações, consiste em controlar áreas-chaves, por meio de verificação regular no controle interno, evitando fraudes, subornos e desfalques dentro da organização (GARCIA, 2018 ).

Auditor participa da avaliação de qualquer serviço de enfermagem e auxilia no desenvolvimento de manuais, normas, rotinas e prestação de serviços com o objetivo de garantir um ambiente de trabalho agradável e assistência de alta qualidade. Evidenciar a importância da auditoria de enfermagem frente à qualidade da assistência prestada, buscando apresentar melhorias e capacitação da equipe de enfermagem durante o atendimento ao paciente. Contudo, a presente revisão objetiva identificar os fatores que corroboram em falhas de processo, decorrente a registros em prontuário e suas dimensões em auditoria. (GARCIA, 2018) auditoria de enfermagem é classificada de acordo com a finalidade do processo, podendo ser definida de acordo com: o método; forma de intervenção; tempo; natureza e limite. (GARCIA, 2018).

2.3 ligações entre uma auditoria de enfermagem e gestão hospitalar.

Enfermagem tem um papel muito importante, pois se trabalha diretamente com o paciente e o enfermeiro como líder da equipe deve ter uma visão holística do cuidado. Na busca de atender às expectativas e de melhorar a qualidade assistencial, o enfermeiro auditor deve ter responsabilidade e agir com ética, dentro do exercício da profissão e conhecer os contratos entre prestadores de serviços e operadoras e dentre as atividades efetivadas destacam-se a fiscalização, controle e avaliação com o objetivo de orientar e consequentemente identificar as falhas existentes nos registros hospitalares (ARAUJO et al2020, pag 2).

 A gestão de hospitais no século XXI é invariavelmente complexa, independentemente da região ainda que certos aspectos dos serviços de saúde sejam mais desafiadores em alguns países como: regulação, financiamento e tecnologias à disposição. Acrescenta-se à extensa relação de demandas gerenciais, a exigência por conhecimentos específicos na gestão dos recursos humanos e físicos. (FARIAS,2016).

 No Brasil a auditoria foi iniciada com a promulgação da Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que estabeleceu que o Ministério da Saúde passasse a acompanhar a utilização dos recursos disponibilizados aos Estados e Municípios, obtendo ações de coordenação, avaliação técnica e financeira dos recursos repassados (ARAUJO et al 2020, pag 2) estão participativas focaliza o aspecto da comunicação, a acreditação hospitalar privilegia o aprimoramento dos processos hospitalares.

 Em sua primeira etapa é realizado um diagnóstico dos processos de trabalho da instituição interessada em adquirir o título. Com base nessas informações, são implementadas medidas voltadas ao aprimoramento dos referidos processos. Uma vez concluídas, o hospital alcançará o título de “acreditado”, o que faz com que para além dos benefícios de melhoria nos serviços da instituição, seja percebida uma elevação do status. (FARIAS,2016).

Enfermeiro auditor, dentro da sua atuação, possui diversas atribuições, dentre elas: visitar o paciente, com o propósito de avaliar as acomodações, equipamentos, aferir os insumos utilizados no atendimento, bem como a qualidade assistencial prestada, realizando uma análise dos registros feitos pela enfermagem durante e após o procedimento, permitindo, assim, a verificação da conformidade dos procedimentos realizados e a cobrança executada, emitindo parecer, com o intuito de um pagamento justo. Portanto, verifica-se a necessidade e importância de um bom profissional da área. (TIBURCIO, 2019).

Ainda segundo o autor supracitado, dentro das atribuições do enfermeiro auditor no fechamento de contas hospitalares, faz-se necessário a análise geral da conta, verificação do diagnóstico, período de internação, tratamento, exames solicitados, autorizações para procedimentos e materiais específicos, análise das prescrições médicas, dos exames laboratoriais e outros exames diagnósticos bem como seus resultados, verificar se a quantidade de materiais e medicamentos cobrados é compatível com a descrita no prontuário do paciente, conferir valores utilizados na cobrança dos materiais e medicamentos em relação aos preços acordados, conforme contratos e tabelas (TIBURCIO, 2019).

No âmbito da saúde, este processo de mudança se revela na permanente profissionalização dos serviços, passando do conceito de assistencialismo para voltar-se a metas de lucratividade, excelência em serviços, provocando alterações nas estruturas e formas de organização (OLIVEIRA,2018) Organização hospitalar apresenta uma estrutura extremamente complexa, uma vez que exige conhecimentos específicos necessários para gerir recursos físicos e humanos, sendo que este último inclui, entre outros funcionários, os especialistas (médicos e enfermeiros) e o setor administrativo. Ambos são detentores de poder no ambiente hospitalar em função do conhecimento específico, legitimidade diante da equipe construída pela convivência em situações limite, além de ações de controle e direcionamento das atividades diária (OLIVEIRA,2018).

Nessas organizações, a dinâmica da gestão está presente de forma similar a qualquer outra organização. Constitui-se de um grupo de especialista (médicos e enfermeiros), responsáveis por decisões relacionadas a dimensão administrativa no uso de recursos. A tendência é que o foco da decisão esteja orientado pela lógica de sua formação profissional e são detentoras de poder tanto em função de seu conhecimento específico, como pelo ambiente de urgência e risco, e ainda pela legitimidade diante da equipe construída pela convivência em situações limite. O corpo gerencial possui funções relacionadas a processos de adesão dos colaboradores e ações de controle e direcionamento das atividades diárias. Dessa forma, as estruturas organizacionais dos hospitais possuem suas peculiaridades que definem campos de poder trazendo desafios para a gestão dessas organizações (OLIVEIRA,2018).

3. METODOLOGIA

Foi realizada a busca dos artigos e publicações no banco de dados do Scielo, Lilacs e BVS, considerando os artigos publicados entre os anos de 2016 e 2022 por meio dos descritores: Auditoria. Enfermagem. Papel do enfermeiro. A metodologia utilizada trata-se de uma revisão de literatura qualitativa. Na pesquisa qualitativa não há uma preocupação com medidas, quantificações ou técnicas estatísticas de qualquer natureza. Busca-se compreender, com base em dados qualificáveis, a realidade de determinados fenômenos, a partir da percepção dos diversos atores sociais. Normalmente são implementadas técnicas de coleta, codificação e análise de dados, que têm como meta gerar resultados a partir dos significados dos fenômenos estudados, sem a manifestação de preocupações com a frequência com que os fenômenos se repetem no contexto do estudo (GIL, 2010).

No período estudado (2016 e 2022), foram identificados inúmeros artigos científicos na base de dados do BVS, no qual foram avaliados segundo a relevância, destes, 60 foram selecionados para leitura de títulos, onde foram excluídos os artigos que não faziam parte da temática abordada , restando 25 artigos que foram lidos o resumo e foram excluídos os que se tratavam de pesquisa bibliográfica, resumos e artigos em língua estrangeira, de modo que apenas 16 atenderam aos critérios de inclusão, por se tratarem de ensaios clínicos sobre o tema abordado (quadro 1) Na base de dados Scielo foram encontrados 40 artigos, no qual um estava em língua inglesa e no outro havia duplicidade.

Figura 1. Fluxograma de seleção do material do estudo

Fonte: Dados da pesquisa, 2022

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apresento a seguir o quadro onde estarão os artigos sobre auditoria de enfermagem, gestão hospitalar, os seguintes artigos para composição do trabalho foram encontrados nas bases eletrônicas BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), os anos escolhidos foram o período de 2012 a 2022, incluindo um artigo de 1978, onde, contribuíram para o desenvolvimento temático.

Quadro 01: artigos relacionados a auditoria de enfermagem selecionados na base de dados eletrônicas BVS (Biblioteca Virtual em Saúde).

         NOME PERIODICOBASE DE DADOS
1O papel do enfermeiro auditor hospitalarRevista Brasileira de Educação em Saúde BVS
2A pratica do enfermeiro auditor hospitalar na região Vale do ItajíRevista Eletronica de EnfermagemBVS
3Revisão Integrativa de Pesquisa na enfermagem o rigor cientifico que lhe é exigidoRevista Gaucha de enfermagemBVS
4O papel do enfermeiro na auditoria Hospitalar Revista de psicologia BVS
5O papel do enfermeiro frente á auditoria hospitalarRevista de administração em saúdeBVS
6Auditoria em enfermagem como ferramenta e qualidade para saúde: uma revisão integrativaCaderno de graduação- ciência biológicas e da saúdeBVS
7O papel do enfermeiro Auditor HospitalarVer. Adm. Saúde vol. 17BVS
8A importância do enfermeiro auditor nas instituições hospitalar Ver. Psicol. Saúde e DebateBVS
9Tendencias da função do enfermeiro auditor no mercado em saúde Texto & contexto- enfermagemBVS
10A importância auditor nas instituições hospitalares Psicologia e Saúde em debate BVS
11Anotações de enfermagem no processo de auditoria UNIFILBVS
12Auditoria em EnfermagemRBENBVS
13Enfermagem, auditoria e regulação em saúde: um relato de experiência.REMEBVS
14Auditoria em organizações prestadoras de serviço: uma estratégia de gestão econômicaRev. De adm. Em saúdeBVS
15Auditoria da qualidade dos registros de enfermagem em uma unidade de internação clínica hospitalarRev. De adm. Em saúdeBVS
16A prática da enfermeira em auditoria em saúdeRevista da Escola de Enfermagem da USPBVS

Embora tenhamos revistas especializadas sobre o tema relacionados à auditoria e gestão da saúde, que ainda não vieram à tona a ferramenta de eleição para publicações nesta área do conhecimento de enfermagem. A Revista De Administração Em saúde tem o maior número de publicações 30%, atribuímos esse achado ao fato de ser o primeiro periódico nacional Informações oficiais da Associação Brasileira de Enfermagem.

Portanto, podemos nota que as revistas eletrônicas de enfermagem e psicologia, ambas contribuíram com 20%. Contudo, para complementação de análise de dados também foram usadas Revista da Escola de Enfermagem da USP, RBEN, REME, UNIFIL, e Caderno de Graduação, contribuindo com 50% em agregamento para o conhecimento e facilitação da pesquisa sobre auditoria e gestão hospitalar.

Enquanto aos anos de publicações dos artigos referentes aos assuntos sobre auditoria, o ano que teve destaque foi o ano de 2012, com 30% das publicações, em seguidas pelos anos 2022, 2018,2017 todo com 20% dos artigos pública.

Contudo, depois de um tempo pode-se observar que ações mais diretas em auditorias, são os que dá acesso a conhecimento, afetando assim a produção, talvez a melhorias na prática desses profissionais na área da saúde, existem cada vez mais aplicações desta ferramenta de avaliação, mesmo na vida cotidiana onde podemos observa as nossas práticas em relação ao auditor enfermeiro. Com isso, podemos analisar as bases de dados onde os artigos foram retirados para a realização do trabalho, em destaque a base BVS com 70% dos artigos. Na base da SCIELO 10% dos artigos, E na LILACS obteve 20% dos artigos.

  Nesse estudo, foi utilizado descritores para captar o maior número de artigos para a realizações do estudo, levando em considerações que o objetivo do trabalho, era analisar a auditoria de enfermagem conformes os estudos.

Segundo Almeida (2012), Os enfermeiros desempenham um papel fundamental na prestação de cuidados ao paciente. Eles são responsáveis ​​por monitorar os sinais vitais dos pacientes, administrar medicamentos e fornecer apoio e conforto emocional. Os enfermeiros também se comunicam com médicos e outros profissionais de saúde para garantir o tratamento adequado. No entanto, a qualidade dos cuidados prestados pelos enfermeiros pode variar de hospital para hospital. É aqui que entra em jogo a auditoria de enfermagem. A auditoria de enfermagem pode identificar áreas de melhoria no atendimento ao paciente e garantir que os enfermeiros sigam protocolos e procedimentos adequados (BRASIL, 2018).

A auditoria de enfermagem pode melhorar os resultados dos pacientes. A auditoria de enfermagem pode identificar áreas de melhoria no atendimento ao paciente, garantindo que os enfermeiros sigam protocolos e procedimentos adequados. Isso pode levar ao aumento da satisfação do paciente e a melhores resultados de saúde. Os enfermeiros estão frequentemente sobrecarregados e com falta de pessoal, por isso é importante garantir que prestam o melhor cuidado possível aos pacientes. (BAUER; FELDMAN, 2014).

Os enfermeiros desempenham um papel vital na prestação de cuidados de saúde de qualidade aos pacientes em ambientes hospitalares. Eles são responsáveis ​​​​por administrar medicamentos, tratamentos e fornecer atendimento ao paciente 24 horas por dia, 7 dias por semana. No entanto, garantir cuidados de alta qualidade aos pacientes pode ser um desafio e as unidades de saúde devem ter um mecanismo implementado para avaliar o papel crítico dos enfermeiros. A auditoria de enfermagem é uma ferramenta essencial que pode ajudar a avaliar o desempenho dos enfermeiros e identificar áreas de melhoria (COFEN, 2019).

O papel dos enfermeiros nos cuidados de saúde é fundamental e devem desempenhar as suas funções com o máximo cuidado e precisão. A auditoria de enfermagem garante que os enfermeiros estejam prestando atendimento de alta qualidade ao paciente, identificando áreas para melhoria no atendimento ao paciente. Ao analisar as práticas de enfermagem, as auditorias de enfermagem podem ajudar a identificar lacunas nos cuidados, que podem ser abordadas para melhorar os resultados dos pacientes (PINTO; MELO, 2010).

A auditoria de enfermagem melhora a satisfação no trabalho do enfermeiro, fornecendo feedback sobre seu desempenho. Os enfermeiros recebem reconhecimento e recompensas pela excelente prática de enfermagem, o que os motiva a continuar a prestar cuidados de alta qualidade. A auditoria de enfermagem proporciona aos enfermeiros oportunidades de desenvolvimento profissional, o que pode melhorar a sua segurança no emprego. Ao garantir o cumprimento dos regulamentos, as auditorias de enfermagem podem ajudar a prevenir a perda de emprego devido ao não cumprimento (BAUER; FELDMAN, 2014).

Segundo Almeida (2012), Embora as auditorias de enfermagem tenham muitos benefícios, existem alguns contra-argumentos relacionados à eficácia das auditorias de enfermagem. Um desses argumentos é que as auditorias de enfermagem podem ser demoradas e caras. As auditorias de enfermagem requerem recursos significativos, o que pode afastar os enfermeiros do cuidado ao paciente. Além disso, as auditorias de enfermagem podem ser dispendiosas para as unidades de saúde, que podem não ter recursos para realizar auditorias regulares.

Outro contra-argumento é que as auditorias de enfermagem podem ser subjetivas. As auditorias de enfermagem dependem da interpretação dos auditores, que pode ser influenciada por preconceitos pessoais. Como resultado, as auditorias de enfermagem podem não refletir com precisão a qualidade do atendimento ao paciente. Além disso, as auditorias de enfermagem podem concentrar-se no desempenho individual e não em questões sistémicas, que podem não abordar questões subjacentes que contribuem para um mau atendimento ao paciente.

Finalmente, as auditorias de enfermagem podem não abordar questões sistémicas relacionadas com a escassez de pessoal ou recursos inadequados. Embora as auditorias de enfermagem possam identificar áreas de melhoria, podem não abordar as questões subjacentes que contribuem para a má assistência ao paciente. As instalações de saúde devem abordar essas questões para garantir atendimento de alta qualidade ao paciente.

Assim, a auditoria de enfermagem é uma ferramenta essencial para avaliar o papel crítico dos enfermeiros em ambientes hospitalares. As auditorias de enfermagem garantem atendimento de alta qualidade ao paciente, melhoram a satisfação no trabalho do enfermeiro e garantem a conformidade com os regulamentos e padrões de saúde. Embora existam alguns contra-argumentos relacionados com a eficácia das auditorias de enfermagem, os seus benefícios superam as desvantagens. As instalações de saúde devem realizar auditorias de enfermagem regulares para avaliar as suas práticas de enfermagem e identificar áreas de melhoria. Ao fazer isso, eles podem garantir que seus pacientes recebam o melhor atendimento possível. (BAUER; FELDMAN, 2014).

Os enfermeiros auditores podem melhorar os resultados dos pacientes. Uma das funções essenciais dos enfermeiros auditores é identificar áreas de melhoria no atendimento ao paciente. Eles podem revisar os registros dos pacientes e identificar quaisquer lacunas no atendimento que possam afetar os resultados dos pacientes. Além disso, os enfermeiros auditores podem garantir que os pacientes recebam cuidados adequados e oportunos, reduzindo o risco de complicações. Por exemplo, podem identificar pacientes que necessitam de cuidados urgentes e garantir que recebem os serviços necessários (FERNANDES, 2013).

Por último, os enfermeiros auditores podem reduzir os erros médicos, que são uma causa significativa de resultados negativos para os pacientes. Ao revisar os registros médicos e garantir que os profissionais de saúde sigam as melhores práticas, os enfermeiros auditores podem reduzir a probabilidade de erros médicos. (BAUER; FELDMAN, 2014).

Os auditores enfermeiros podem reduzir os custos de saúde. Um dos principais impulsionadores dos custos de saúde é o uso de tratamentos e procedimentos desnecessários. Os enfermeiros auditores podem identificar esses tratamentos e procedimentos desnecessários e garantir que os pacientes recebam os cuidados com melhor relação custo-benefício. Além disso, os enfermeiros auditores podem ajudar a prevenir fraudes em seguros, analisando os sinistros e garantindo que os prestadores de cuidados de saúde faturem adequadamente. Ao reduzir os custos de saúde, os enfermeiros auditores podem tornar os cuidados de saúde mais acessíveis e acessíveis aos pacientes (FERNANDES, 2013).

Segundo Almeida (2012), Os enfermeiros auditores podem melhorar a qualidade geral dos cuidados de saúde. As instalações de saúde devem fornecer cuidados de alta qualidade aos pacientes. Os enfermeiros auditores podem criar e implementar planos de melhoria da qualidade que ajudam as instalações de saúde a atender aos requisitos regulatórios. Além disso, podem garantir que as unidades de saúde prestam cuidados baseados em evidências, o que comprovadamente conduz a melhores resultados. Ao garantir a qualidade nos cuidados de saúde, os enfermeiros auditores podem melhorar a satisfação dos pacientes e aumentar a confiança nos prestadores de cuidados de saúde.

Os enfermeiros auditores podem não ter o conhecimento necessário para tomar decisões sobre o atendimento ao paciente. As decisões médicas devem ser tomadas por médicos, que possuem a formação e os conhecimentos necessários. Os enfermeiros auditores podem não estar familiarizados com as pesquisas médicas mais recentes e podem não estar qualificados para fazer julgamentos clínicos. Portanto, suas recomendações podem não ser apropriadas, levando a resultados negativos para os pacientes (SILVA; LIMA; SOUSA, 2016).

Os enfermeiros auditores podem estar demasiado concentrados em medidas de redução de custos. Os enfermeiros auditores podem priorizar o corte de custos em detrimento do atendimento ao paciente, levando a decisões de tratamento abaixo do ideal. Além disso, os enfermeiros auditores podem não considerar os benefícios a longo prazo de certos tratamentos, levando a resultados negativos para os pacientes. Além disso, os enfermeiros auditores podem ser influenciados por incentivos financeiros, levando a tomadas de decisão tendenciosas (BAUER; FELDMAN, 2014).

Os enfermeiros auditores podem criar encargos administrativos adicionais. Os enfermeiros auditores podem adicionar outra camada de burocracia às instalações de saúde, levando ao aumento da burocracia e das ineficiências. Além disso, os enfermeiros auditores podem aumentar os requisitos de papelada e documentação, afastando-se do atendimento ao paciente. Consequentemente, os enfermeiros auditores podem não melhorar a qualidade dos cuidados de saúde, mas podem, em vez disso, criar encargos administrativos adicionais (SILVA; LIMA; SOUSA, 2016).

Segundo Almeida (2012), Os enfermeiros auditores desempenham um papel vital na maximização da qualidade dos cuidados de saúde, reduzindo custos e melhorando os resultados dos pacientes. Ao identificar áreas para melhoria no atendimento ao paciente, reduzir erros médicos e garantir que os pacientes recebam atendimento adequado e oportuno, os enfermeiros auditores podem melhorar a qualidade dos cuidados de saúde. No entanto, os contra-argumentos sugerem que os enfermeiros auditores podem não ter os conhecimentos necessários para tomar decisões sobre os cuidados aos pacientes, podem estar demasiado concentrados em medidas de redução de custos e podem criar encargos administrativos adicionais. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio entre maximizar a qualidade dos cuidados de saúde e reduzir custos, minimizando simultaneamente os resultados negativos para os pacientes.

A enfermagem por ser uma profissão que permite a compreensão das necessidades humanas de forma integral possui um potencial enorme para o empreendimento. Além disso, tem campo amplo de atuação, não se limitando, segundo Andrade, Ben e Sanna (2015), aos espaços tradicionais de cuidados, onde se tem o domínio e a noção de doença. Porém, é preciso explorar as oportunidades, entendendo que empreender na enfermagem refere-se à mudança de atitude, comportamento e de visão, cujo foco é o cuidado e assistência, com o intuito de atender as necessidades da comunidade, ao mesmo tempo, a satisfação profissional e pessoal.

O empreendedorismo fornece aos enfermeiros oportunidade de atuarem de forma autônoma, no sentido de profissional liberal, uma vez que possibilita utilizar de abordagens inovadoras oriundas de sua visão ampla e também pela paixão pessoal, resultando em melhorias de saúde. Os enfermeiros empreendedores podem conduzir sua prática clínica de forma independente, abrir seu próprio negócio ou administrar empresa de consultorias (WILSON; WHITAKER; WHITFORD, 2012)

De acordo com Copelli, Erdmann e Santos (2019) e Colichi et al. (2019), o conceito de empreendedorismo na Enfermagem está ligado as dimensões e domínios da vida do enfermeiro, ou seja, associado ao seu comportamento, seu perfil e sua atitude. Isso significa dizer, que o enfermeiro empreendedor deve ter uma postura diferenciada, o que lhes permite identificar as oportunidades de empreendimento na prática profissional.

4.1 Práticas de empreendedorismo na enfermagem

Ao analisar os estudos foram observadas como práticas empreenderas ou facilitadoras para o empreendedorismo os cuidados de enfermagem, intervenções político-pedagógicas e incubadora de aprendizagem. Conforme Colichi et al. (2019) no empreendedorismo de negócio as práticas de cuidados se dividem em primários, secundários ou terciários, sendo que, os primários são mais prevalentes.

Segundo Backes et al. (2011) os cuidados de enfermagem e as vivências com a comunidade são pontos de partida para que o profissional possa intervir na realidade social de forma empreendedora. Entretanto, como uma prática social empreendedora precisa ser bem articulado de tal forma que seja capaz de superar as ações convencionais de intervenção social (BACKES; ERDMANN; BUSCHER, 2010), isto é, no sentido de que o indivíduo por meio das ações promovidas sinta-se como o protagonista de sua história.

O cuidado de enfermagem como empreendimento social pode ser evidenciado em diversos espaços de atuação, seja na organização social ou na dinâmica organizacional do cuidado, isto é, o enfermeiro pode empreender em áreas com competências humano interativas e também, nas que exigem competências técnico-políticas (BACKES; ERDMANN; BUSCHER, 2010), uma vez que precisam compreender toda a problemática da comunidade e de políticas públicas para a solução dos problemas.

Outra prática empreendedora são as intervenções políticas pedagógicas, que visam o fortalecimento e a aplicação de estratégias no desenvolvimento do cuidado de enfermagem, estando relaciona aos princípios do SUS, diretrizes para a formação acadêmica e avanço cientifico, tecnológico e de inovação. As intervenções político-pedagógicas no cenário de empreendedorismo social, são centradas em ações proativas e inovadoras (BACHES; ERDMANN; BUSCHER, 2010), à medida que busca compreender todo o processo saúde-doença em todas as suas facetas, a fim de inserir ações próximas da realidade da comunidade. Dessa forma, compreende-se que o enfermeiro além de ter um novo olhar, precisa articular com diferentes atores, para que possa promover as intervenções empreendedoras.

Outra prática facilitadora do empreendedorismo na enfermagem é a incubadora de aprendizagem. Esse termo, incubadora, surgiu na década de 70, cujo uso era destinado a recém-graduados como um incentivo ao empreendedorismo, visando despertar atitudes proativas e empreendedoras, uma vez que permite recriar as práticas tradicionais e integrar as inovações, tecnologias e a educação continuada e permanente (BACKES et al., 2011; SALVADOR et al., 2012). Nessa perspectiva, compreende-se que o empreendedorismo se resume na capacidade de criar algo diferente e novo, seja de forma pessoal ou coletiva. Nessa visão, observou-se que essas atividades são desenvolvidas por estudantes de enfermagem, porém, com a supervisão de enfermeiros da assistência.

De acordo com Backes et al. (2015) as incubadoras de aprendizagem na enfermagem e na saúde tem um grande potencial de inovação e transformação, desde que desenvolvidas de forma criativa e interativa. Além disso, os autores ainda relatam que as incubadoras enquanto ferramentas de ensino-aprendizagem surgem como resposta ousada e impulsionadora para modificações no modo de ser e fazer, uma vez que, que possibilita a criação, implementação e desenvolvimento de novas ideias, que na saúde contribui para a qualificação e humanização do cuidado em saúde, sendo uma importante ferramenta para o empreendedorismo na enfermagem.

Outra contribuição da incubadora de Aprendizagem é que torna a educação continuada e permanente altamente positiva para os profissionais da enfermagem e demais colaboradores, Além de possibilitar as trocas efetivas e afetivas entre os colaboradores. Infelizmente, a maioria das Incubadoras são Tecnológicas, de Empresa ou de Informática (BACKES et al., 2015). Apesar disso, é preciso enfatizar que, mesmo não tendo uma incubadora da saúde, a enfermagem se esmera no desenvolvimento de novas tecnologias voltadas ao cuidado da saúde.

Em relação às áreas de atuação dos enfermeiros, tem-se observado ao longo dos anos uma ampliação. Observou-se atuação na prática clínica privada, assistência domiciliar e cuidados a indivíduos diabéticos, com estomas e Acidente Vascular Cerebral, serviços de assessoria, consultoria, gestão/administração, cuidados de crianças e adolescentes, educação, transporte de paciente, aluguel de equipamentos, serviços assistenciais, instituição de moradia temporária e permanente para idosos, consultoria e atendimento de enfermagem em áreas especializadas, como saúde da mulher e serviços que oferecem treinamentos, cursos preparatórios e de aperfeiçoamento a profissionais. Além de atuar em campos como estética, podologia e tratamentos alternativos (FERREIRA et al., 2013; MORAIS et al., 2013; COLICHI et al., 2019; LIMA et al., 2019).

Duas das áreas de atuação do empreendedorismo na enfermagem que tem se destacado e crescido nos últimos anos, é na área de enfermagem dermatológica e atendimento domiciliar o home care, como observou no estudo de Silva et al. (2019), que 75% dos enfermeiros profissionais liberais entrevistados possuíam empresas em Centro de Especialidade voltadas para a dermatologia, e 25% atuavam como home care.

4.2 Perfil do enfermeiro empreendedor e razões para o empreendimento

Segundo Almeida (2012), Para empreender na enfermagem o enfermeiro precisar ter características, atitudes e competências que o diferencia dos demais, o que lhes conferem visualizar as oportunidades para o empreendimento a partir da sua prática profissional.

Nesse sentido, observou-se que o enfermeiro pra empreender precisa ter disciplina, organização, buscar inovação, ter habilidade comunicativa, criatividade e entender de marketing, ter autocontrole, conhecimento técnico e coragem. Outra habilidade a serem desenvolvidas pelo enfermeiro empreendedor é a autoconfiança e autossuficiência, tolerância e a capacidade de assumir riscos (DEHGHNZADEH et al., 2016). Segundo Morais et al. (2013) essas habilidades são importantes e essenciais para que o negócio tenha êxito no seu propósito.

No empreendedorismo de negócio é preciso que o profissional atue no gerenciamento das empresas, porém, conforme Colichi et al. (2019), o grande problema está no despreparo do enfermeiro, decorrente da falta de conhecimento e habilidades adequadas. No entanto é preciso entender que o empreendedorismo na enfermagem requer mudanças psicológica, comportamentais e de atitude, especialmente, porque segundo Andrade, Bem e Sanna (2015), o mercado tem exigido cada vez mais profissionais autônomo para atuar em consultorias, e desenvolvimento de pessoal e assistência domiciliar, porém como pessoa jurídica, sendo um desafio.

Entretanto, acredita-se que uma das formas de sanar esse problema, é inserir ainda na formação profissional essa discussão, a fim de estimular o desenvolvimento do enfermeiro empreendedor. Porém, para que ainda na formação haja este estímulo, é preciso que os docentes possuam alto perfil empreendedor, autonomia e independência, para que sirvam de modelo aos alunos, influenciando assim, o perfil profissional do futuro enfermeiro (TOSSIN et al., 2017). Vale enfatizar que a autonomia segundo estes autores é uma atitude do perfil do empreendedor muito importante, pois ela é muito valorizada em ambientes que demandam perfil de liderança e confiança.

Em relação aos motivos que levam o enfermeiro a empreender são os mais diversos, dentre eles destacam-se a busca pela satisfação profissional e pessoal, a necessidade no mercado das atividades desenvolvidas e independência financeira. Observou-se também como motivo o desgaste emocional pelo tempo de trabalho, orientação para o futuro e articulação estratégica (MORAIS et al., 2013; FERREIRA et al., 2013; SILVA et al., 2019). A satisfação profissional e pessoal é apontada como um dos principais motivos, associados à independência financeira, visto que, não há reconhecimento e valorização profissional.

Outra questão é sobre a necessidade do mercado para profissionais especializados. É evidente que muitas áreas de atuação que há escassez de profissionais, e por isso, é preciso estar atento a essa necessidade. Segundo Ferreira et al. (2013) os futuros enfermeiros estando atentos a sua volta, conseguem identificar as necessidades dos indivíduos e da comunidade, vendo nas situações uma nova oportunidade de atuação, agindo de forma proativa, e assim, empreender.

São muitos os desafios e as barreiras para o empreendedorismo na enfermagem. Em relação ao empreendedorismo empresarial foi possível observar na literatura inúmeras barreiras, como: questões legais e regulatórias, regulamentação da profissão, cultura de carreira de emprego, valores sociais, modelo médico-centrado, modelo de cuidado hospitalar, reembolso por sistemas de saúde, arranjos colaborativos com médicos, crises econômicas e recessões, despreparo para o papel de gestor e falta de habilidades operacionais, falta de recursos financeiros, conflitos pessoais e éticos, ausência de aceitabilidade e reconhecimento pelo público e pela própria classe, falta de políticas públicas, falta de suporte técnico, medo da mudança, concorrência desleal e questões de gênero (MORAIS et al., 2013; COLICHI et al., 2019; SILVA et al., 2019).

Conforme a pesquisa realizada por Jahani et al.  (2016), as barreiras para o empreendedorismo na enfermagem no Irã, englobam a cinco categorias: estrutura tradicional de enfermagem, como a cultura da carreira profissional, limites das atividades de enfermagem; limitações legais, como problemas burocráticos de licenciamento, leis tributárias inflexíveis; atitudes tradicionais de gerentes, que inclui as atitudes dos médicos em relação à democracia do sistema de saúde, o que acaba criando injustiça, visto que as decisões são tomadas visando apenas os médicos; comportamentos não profissionais de colegas e negócios imorais, como os serviços ilegais desempenhados por profissionais não habilitados

Uma das maiores dificuldade para o enfermeiro empreendedor refere-se aos conhecimentos de contabilidade, planejamento, gestão e estratégias, devido ao despreparo ainda na formação para o empreendimento (MORAIS et al., 2013). Apesar de que empreender na enfermagem parte da competência técnica, interativa e humanizada que em conjunto valoriza o espaço social, é fundamental que conhecimento de gestão, mesmo quando se trata de intraempreendedor, sendo indispensável para qualquer empreendedor, pois é este conhecimento específico que permite planejar suas ações (LIMA et al., 2019; SILVA et al., 2019).

No empreendedorismo de enfermagem aplicado a gestão universitária as principais dificuldades refere-se ao modelo burocrático de gestão, a falta de recursos e de infrestruturas, a multiplicidade de atividades e a deficiência de conhecimento em empreendedorismo e gestão universitária (COPELLI et al., 2017). De acordo com Tossi et al. (2017) é preciso estimular o empreendedorismo no meio acadêmico, uma vez que, é fundamental para o desenvolvimento da economia e da sociedade.

As barreiras do enfermeiro como profissional liberal conforme Wilson, Whitaker e Whitford (2012) se resumem na falta de reconhecimento como é observado por serviços prestados por outros profissionais, a falta de uma rede de segurança e a resistência de colegas, por diversas razões, uma delas é a falta de conhecimento sobre o empreendimento na enfermagem, pois o enfermeiro tem apoio legal e ético para ser um profissional liberal, atuando de acordo com suas competências éticas.

Com bases em todas as dificuldades, Jahani et al. (2018) apontam três pontos importantes para o empreendedorismo na enfermagem, e que se enquadra em todas as práticas empreendedoras. O primeiro ponto refere-se à identificação das oportunidades, que pode ser oriunda de conhecimento e experiências anteriores, das interações sociais que inclui com empreendedores, clientes e associações. O segundo ponto é a avaliação dessas oportunidades quanto ao seu potencial, eficiência, questões legais, clientes e competição de mercado. O terceiro faz menção da identificação das oportunidades adequadas, abordando a necessidade da sociedade em vários segmentos, como por exemplo, o que foi mencionado pelos autores, como o programa de saúde para estrangeiros e serviços de treinamento e consultoria e de reabilitação.

Convém mencionar que a criatividade é uma das características do empreendedorismo fundamental, pois segundo Whitaker e Whitford (2012) é por meio delas que as novas ideias sao desenvolvidas, gerando assim novos produtos e serviços. Os autores ainda reforçam a necessidade de combinar com as habilidades e os conhecimentos especializados, pois dessa forma é possível criar serviços para fontes externas.

O empreendimento na enfermagem tem como perspectiva a prestação de serviços que visem à assistência holísticas, podendo está inserida em diversos setores, como educação, consultoria, entre outros (MORAIS et al., 2013). Partindo desse ponto, ao analisar a literatura verificou-se que existem três tipos de empreendedorismo na Enfermagem: o empreendedorismo empresarial, intraempreendedoríssimo e o empreendedorismo social.

Empreendedorismo empresarial, de negócios ou ainda comercial refere-se à abertura de empresas, em que os enfermeiros são profissionais liberais, isto é, autônomos profissionalmente. No entanto, este é o tipo de empreendimento menos frequente no cenário brasileiro (COPELLI; ERDMANN; SANTOS, 2019), pois além das dificuldades para abertura de um negócio, engloba as questões éticas e as competências de cada profissão. Segundo Oguissso e Schmidt (2010), o enfermeiro como profissional liberal pode atuar em clínicas ou consultório de enfermagem, desempenhando atividades que são de sua competência, como consultas de enfermagem, administração de medicamentos, orientações em saúde, curativos, entre outros, de forma correta e ética.

O Intraempreendedoríssimo refere-se ao empreendedorismo que é mais desempenhado pelos enfermeiros, e é o que melhor evidencia a realidade empreendedora da enfermagem, pois o seu campo de atuação é em hospitais, centros de saúde, clínicas e outros serviços que os enfermeiros trabalham (COPELLI; ERDMANN; SANTOS, 2019). Em outras palavras, o enfermeiro intraempreendedor é um funcionário assalariado, e que desenvolve, promove e fornece serviços inovadores de saúde.

Esse é um dos empreendimentos que mais vem sendo desenvolvidos, desde a época de Florence Nightingale, porém, foi somente agora que se houve a crescente demanda por esses serviços, de qualidade e eficaz. Convém mencionar que os enfermeiros intraempreendedores são motivados pelas necessidades dos pacientes (HEWISON; BADGER, 2006; WILSON; WHITAKER; WHITFORD, 2012). Dessa maneira, fica evidente que o conceito de empreendedorismo na enfermagem não pode ser compreendido com base em outras áreas, pois envolvem uma variedade de fatores, que contribuem para que o enfermeiro empreenda seja no sistema público ou privado.

O Empreendedorismo social da enfermagem refere-se à atitude de promover uma vida saudável aos indivíduos, e para isso, requer mudança de paradigmas na forma como o profissional conduz e lida com os problemas sociais (BACKES; ERDMANN; BUSCHER, 2010). Nesse sentido, existe uma infinidade de espaços para o desenvolvimento do empreendedorismo na enfermagem, porém pouco explorada. A enfermagem é uma das áreas do conhecimento que tem se destacado pelo desenvolvimento de práticas interativas e integradoras de cuidado, voltando para a promoção e educação da saúde (BACKES et al., 2014), o que resulta na ampliação de oportunidade para o desenvolvimento de atitudes empreendedoras de intervenção social.

Segundo Copelli, Erdmann e Santos (2019), o empreendedorismo social tem como foco o crescimento da sociedade e do empreendedor de forma mútua, o que pode dificultar a atuação da enfermagem, em razão da ideologia de que a enfermagem não busca valorização e nem ganho financeiro. Os autores ainda relatam que o ambiente público, no caso o SUS, é o ambiente propício para o desenvolvimento desse tipo de empreendimento.

É importante ter em mente que as atividades sociais empreendedoras na enfermagem têm como foco contribuir na saúde e no bem estar da sociedade, em especial, dos indíviduos em situação de vulnerabilidade, pois permite que haja a mudança da mentalidade dos indivíduos, como foi observado no estudo realizado por Backes et al. (2016), em que mulheres residentes no lixão tiveram uma melhora da autoestima após intervenções socialmente empreendedoras. Dessa forma, entende-se que o enfermeiro empreendedor nesse tipo de empreendimento, age como um mediador, valorizando as singularidades de cada indivíduo.

De acordo com Wilson, Whitaker e Whitford (2012), o empreendedorismo social é a abordagem mais adequada para os enfermeiros, visto que, na maioria das empresas o empreendedorismo é destinado a ganhos financeiros, e na enfermagem, o foco nao é a lucratividade, mas, obter bons resultados de saúde, melhorando assim a qualidade de vida da comunidade.

No entanto, independe mente do empreendimento, é preciso seguir passos e fatores que venham garantir o sucesso dessa visão empreendedora. O primeiro passo, segundo Bowlesa e Heilb (2014) é atender a uma necessidade clínica que não foi atendida por outros serviços; o segundo é proteger sua propriedade intelectual, isto significa não compartilhar antes de concluído seu empreendimento; terceiro, é fazer um plano de negócio, quarto construir uma equipe de gerenciamento, quinto, obter fontes de financiamento, isto é, levantar fundos iniciais e buscar capital maior para apoio do negócio; e sexto, o lançamento comercial, o que para muitos tem sido desafiador, pois exige conhecimento de estratégias de marketing.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral da pesquisa é analisar o papel do enfermeiro acerca da auditoria no contexto hospitalar através de uma revisão integrativa. Seguindo dos específicos: Averiguar o papel do enfermeiro auditor, descrever as principais medidas utilizadas pelo enfermeiro auditor no contexto hospitalar e identificar a relação entre auditoria de enfermagem e a gestão hospitalar.

Ademais, a pesquisa se justifica pelo fato de que, um dos fatores que torna a auditoria em enfermagem uma prática necessária no ambiente hospitalar são os erros de prontuário e anotações do paciente. Anotações incorretas ou ilegíveis causam erros no atendimento ao paciente ou prejuízos financeiros, resultando em prejuízos para o paciente e toda a equipe de enfermagem, pois as anotações dão respaldo legal às atividades desempenhadas por esses profissionais.

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1Universidade Paulista, Brasil, EMAIL: amois.morais.7@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0007-8534-6738

2Universidade Paulista, Brasil, EMAIL: jhenytamires@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0002-3561-8022

3Universidade Paulista, Brasil, EMAIL: mrbezerra2017@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0007-2168-5642

4Universidade Paulista, Brasil, EMAIL: marcosbritobatista@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0003-3564-1326

5Universidade Paulista, Brasil, EMAIL; almeidasuelenenfer@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0003-8922-9329

6Universidade Paulista, Brasil, limat3667@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0009-0003-9013-1329

7Universidade Ceuma, Brasil, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6840-0065