REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7242126
Nathália de Sousa Caldas1
Thalita Meiras Rocha2
Walquiria Lene dos Santos3
RESUMO:
O presente estudo tem como objetivo apresentar as atualizações em Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/AIDS. Pesquisa integrativa com uma abordagem quantitativa, para quantificar opiniões e informações de diversos estudos. Os resultados demonstraram que atualmente, as Infecções Sexualmente Transmissíveis são consideradas um problema de saúde pública no Brasil, isso ocorre principalmente pela desinformação da população sobre o que são, quais os riscos, as formas de contágio e o tratamento. O aumento nos casos tem como principal público a população mais jovem, o fato se dá pela falta do uso de preservativo por parte da população. Outro ponto, é a falta de conhecimento sobre os tipos de Infecções, sendo, HIV, Herpes Genital, HPV, Sífilis, Tricomoníase, Hepatite B e C e Gonorreia. Conclui-se que é imprescindível dissipar informações a população sobre as Infecções e o HIV, relatando as atualizações que ocorrem dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, assim, mostrando as mudanças clínicas para cada tipo de doença, promovendo dessa forma intervenções educativas e informativas, utilizando meios de comunicação, ambientes de saúde e educação para que, dessa forma, realize políticas públicas que abranja todo tipo de população independentemente da localidade, utilizando meios como panfletos e palestras para que mantenham uma educação continuada sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis e o HIV.
Palavras-chave: 1° HIV; 2° Enfermagem; 3° Infecções Sexualmente Transmissíveis; 4° Protocolos Clínicos.
ABSTRACT:
The present study aims to present updates on Sexually Transmitted Infections and HIV/AIDS. Integrative research with a quantitative approach, to quantify opinions and information from different studies. The results showed that currently, Sexually Transmitted Infections are considered a public health problem in Brazil, this is mainly due to the population’s misinformation about what they are, what are the risks, forms of contagion and treatment. The increase in cases has the younger population as the main public, the fact is due to the lack of condom use by the population. Another point is the lack of knowledge about the types of Infections, namely HIV, Genital Herpes, HPV, Syphilis, Trichomoniasis, Hepatitis B and C and Gonorrhea. It is concluded that it is essential to disseminate information to the population about Infections and HIV, reporting the updates that occur in the Clinical Protocols and Therapeutic Guidelines, thus showing the clinical changes for each type of disease, thus promoting educational and informative interventions, using means of communication, health and education environments so that, in this way, they carry out public policies that cover all types of population regardless of location, using means such as pamphlets and lectures to maintain a continuing education on Sexually Transmitted Infections and HIV.
Keywords: 1° HIV; 2° Nursing; 3° Sexually Transmitted Infections; 4° Clinical Protocols.
1. INTRODUÇÃO
De acordo o Site do Ministério da Saúde (2020), as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são ocasionadas por bactérias, vírus e/ou outros microrganismos. São transmitidas através do ato sexual, seja oral, vaginal ou anal, sem o uso de preservativo. Além do ato sexual, a IST pode ser transmitida para a criança na gestação ou na amamentação.
Segundo Pinto et al. (2018), atualmente, são problemas de saúde pública as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) isso porque há uma dificuldade de acesso a população de risco, e os quais já possuem acesso não tem conhecimento sobre o assunto, isso acaba resultando em uma dificuldade em relação ao tratamento de forma adequada. No ano de 2012, houve em média 357,4 milhões de novos casos possivelmente curáveis no mundo.
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (2015), a maioria dos Centros de Saúde funcionam mediante agendamento, entretanto, isso dificulta o atendimento de casos de demanda espontânea, por isso, é necessário maior acolhimento das Unidades de Saúde para esses casos, e dessa forma, há uma quebra de da transmissão das IST e tratamento adequado de acordo com o diagnóstico.
Para Galvão et al. (2021), as maneiras de prevenção, diagnósticos e tratamento dessas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no Brasil seguem protocolos baseados na vigilância epidemiológica, visando observar amostras e determinar os grupos de risco e possíveis casos dessas infecções.
Os casos com suspeita ou confirmação de IST são notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Segue um fluxo horizontal, iniciando nos municípios, estados e por fim nacionalmente. O protocolo segue etapas, coletando dados, analisando e divulgando as informações passadas pelo Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, auxiliando a promoção da saúde, monitorando a população brasileira, avaliando e implementando programas de saúde (DOMINGUES et al., 2021).
De acordo com Neves (2021), os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são atualizados conforme os anos passam, a cada nova publicação, ocorre uma mudança com novos critérios para diagnóstico de uma doença, tratamentos terapêuticos e controle clínico de determinada Infecção Sexualmente Transmissível (IST).
2. QUESTÃO NORTEADORA
1. Quais os principais protocolos clínicos no manejo de paciente com diagnóstico de IST e HIV?
2. Como é o processo de promoção em saúde, para proteção/ recuperação contra a doença e o tratamento quando necessário?
3. Qual o papel da Vigilância em saúde na rastreabilidade dos novos casos de IST/HIV?
3. OBJETIVOS
a. Geral
- Analisar através de estudos publicados nas bases de dados eletrônicas sobre o manejo clínico e operacional em pacientes com diagnóstico de Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV/AIDS.
b. Específicos
- Conhecer os aspectos relacionados às ações de promoção de saúde e prevenção de agravos direcionados para Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV.
- Observar incidências de casos no Brasil de IST e HIV.
- Analisar os protocolos para cada tipo de infecção e como tratá-las.
- Sistematizar o cuidado diante do diagnóstico da doença.
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Histórico das Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs
Segundo Miranda et al. (2021), em 1986 a sífilis congênita resultou em notificação compulsória e no mesmo ano ocorreu a criação do Programa Nacional de DST e Aids (PNDST/Aids). De 1993 a 1999 ocorreu a publicação da 1°, 2° e 3° edição do Manual de Controle das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Em 2005 a sífilis congênita foi considerada agravo de notificação compulsória em gestante, no ano seguinte, em 2006, ocorreu a publicação do Caderno de Atenção Básica 18: HIV/Aids, Hepatites e outras DST.
Ainda segundo Miranda et al. (2021), em 2009, ocorreu a incorporação de teste diagnósticos de clamídia e gonorreia nos procedimentos do SUS. Já em 2012, realizou-se a implementação de testes rápidos de sífilis e HIV na rotina do pré-natal. Após três anos (2015), ocorreu a publicação do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para atenção integral às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Em 2016, o termo Doença Sexualmente Transmissível (DST) foi substituído por Infecção Sexualmente Transmissível (IST), na definição do então Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Já em 2017, o evento marcante foi a aquisição e distribuição de penicilina cristalina de modo centralizado pelo Ministério da Saúde. E por fim, em 2020, houve a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para atenção integral às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pelo grupo de especialistas em IST (MIRANDA et al., 2021).
De acordo com Pereira (2019), no Brasil, no período de 2007 a 2017, o Ministério da Saúde notificou cerca de 230.547 casos de infecção pelo HIV, sendo que houve em 2017 aproximadamente 42.420 casos de HIV e 37.791 casos de AIDS, com um índice de 18,3 por 100 mil habitantes. Desses casos, cerca de 67% são em homens e 33% em mulheres.
4.2 Classificação das Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs
De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (2022), as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) possuem sinais e sintomas como corrimento, dor pélvica, feridas, lesões de pele e verrugas anogenitais sendo exemplo de HIV, HPV, Herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, hepatites virais B e C.
4.2.1 Vírus da Imunodeficiência humana – HIV
Para Neto et al. (2021), a infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) acontece através da relação sexual desprotegida, pelo sangue contaminado ou pelo leite materno. O HIV é um lentivírus, sendo o causador da síndrome da imunodeficiência, responsável pela diminuição do sistema imunológico. No Brasil, atualmente, a epidemia de HIV está estável.
Segundo o PCDT para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais (2018), durante a gestação é necessária uma cautela sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), como por exemplo, o HIV. Sendo assim, durante a gravidez pode ocorrer uma contaminação vertical. E para isso, é preciso um diagnóstico precoce da doença por meio do teste rápido que ocorre no pré-natal e é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), podendo garantir um tratamento correto caso haja um resultado positivo e garantindo assim, o nascimento saudável do bebê. As mães infectadas pelo vírus do HIV, utilizam a terapia antirretroviral (TARV) durante a gestação para evitar o contágio vertical (mãe-bebê) e evitam amamentá-los, ainda assim, o tratamento com TARV é aconselhável mesmo após o parto.
Para o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (2020), orienta-se para uma prevenção mais eficaz: a utilização de camisinha masculina ou feminina em quaisquer relações sexuais (orais, vaginais e anais) que podem ser retiradas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) gratuitamente; utilização de seringas descartáveis; utilização de luvas quando houver contato com fluídos corporais. Caso haja uma exposição ao vírus, é recomendado ir até uma Unidade de Saúde para realizar a testagem rápida.
4.2.2 Vírus do Papiloma Humano – HPV
De acordo com Carvalho et al. (2021), o Vírus do Papiloma Humano (HPV) é transmitido de forma direta por meio de relações sexuais ou contato com fluidos contaminados, como sangue. Trata-se da IST de maior transmissão entre parceiros, sendo o maior risco por conta dos grupos oncogênicos do HPV.
Ainda de acordo com Carvalho et al. (2021), em algumas pessoas, a infecção pelo HPV não demonstra manifestações clínicas. Mesmo que o grupo de alto risco seja mais predominante a desenvolver uma condição, apenas alguns casos podem causar lesões de alto grau com potencial para o câncer cervical.
4.2.3 Herpes Genital
Para Santos et al. (2020), a herpes genital é uma doença causada pelo vírus herpes tipo 2 (HSV-2), acometendo milhares de pessoas, por meio de contato sexual. É considerada um problema de saúde pública no Brasil, sendo necessária a abordagem do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde (APS).
Para Costalonga (2019), na maioria dos casos, a infecção é predominante na pele e na mucosa, portanto, quanto mais grave a infecção primária, maior é a recorrência. Isso pode causar uma infecção grave e potencialmente fatal, causando a encefalite.
4.2.4 Sífilis
Segundo Freitas et al. (2021), a sífilis é transmitida pela bactéria Treponema Pallidum, por meio de relações sexuais e transmissão vertical, sendo via mãe-bebê durante a gestação. Outra forma de transmissão é através de vias indiretas, como por exemplo, por meio de objetos perfurocortantes. A sífilis aparece em três estágios, sendo eles: sífilis recente, sífilis tardia e neurossífilis.
De acordo com Siqueira (2021), em gestantes, a infecção pode causar abortamento, natimorto, óbitos neonatais e recém-nascidos com problemas de saúde ou assintomáticos, sendo importante a triagem sorológica da gestante.
Ainda com Siqueira (2021), a infecção fetal pode ocorrer nas fases iniciais da sífilis materna não tratada, podendo a gestante infectar o feto durante os primeiros cinco anos da sua infecção. A maioria dos casos de sífilis congênita precoce é assintomática, porém, pode causar complicações para o recém-nascido, como: prematuridade, lesões cutâneas, baixo peso, anemia, problemas respiratórios e convulsões.
4.2.5 Gonorreia
De acordo com Silva e Júnior (2019), a gonorreia é uma infecção bacteriana transmitida por vias sexuais e por transmissão vertical, que acometem o trato urogenital, os sintomas variam entre episódios assintomáticos a salpingite aguda que é a causa de infertilidade feminina mais comum no mundo.
Ainda com Silva e Júnior (2019), nos homens, os sintomas podem se manifestar em um período de 1 a 10 dias após a contaminação. Sendo eles: sensação de formigamento, prurido intrauretral, as bordas do meato uretral podem ficar edemaciadas, fluxo uretral mucoso e por fim, a pele prepucial inchar-se e pode apresentar fimose inflamatória.
4.2.6 Tricomoníase
Para Silva (2018), a tricomoníase é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que acomete ambos os sexos, que acomete o trato urogenital, transmitida por meio de relação sexual, atualmente é a Infecção Sexualmente Transmissível não viral mais comum no mundo, apesar de ser tratável e ter cura pode causar graves danos.
4.2.7 Hepatites B e C
Segundo Gonçalves et al. (2019), as Hepatites B e C são doenças infecciosas em que os vírus são: HBV e HCV, onde o contágio ocorre tanto por via horizontal, quanto vertical. O HBV é transmitido por via parenteral e sexual, já o HCV é transmitido por contato com fluidos, como objetos contaminados com sangue.
Para Siqueira (2017), é possível verificar que a incidência do vírus de Hepatite B na gestação ocorre com maior prevalência entre mulheres entre 20 e 25 anos. Apesar de não haver uma quantidade significativa de casos, a incidência dos mesmos vem aumentando. Dessa forma, é possível verificar a necessidade da triagem sorológica durante o pré-natal, pois, muitas vezes há a falta de informação por parte da gestante sobre os riscos desse vírus na gravidez.
De acordo com Conitec (2020), é necessário que durante o pré-Natal ocorra a testagem sorológica do vírus da Hepatite C. Para que seja possível um diagnóstico precoce quando ocorrer o resultado reagente e assim um tratamento correto, evitando problemas em decorrência da doença na gestação, tanto para a mãe quanto para o bebê, já que ocorre uma contaminação vertical. Exemplo disso é o aumento de incidência de doenças como cirrose e câncer de fígado.
4.3 Modificações em Protocolos das Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs
Para o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (2015), o termo Doença Sexualmente Transmissíveis (DST) passou a ser substituído por Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), isso pois, mostra a possibilidade de a pessoa possuir a infecção mesmo sendo assintomática. A nova versão dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) das IST, protagoniza transformações nas instâncias do SUS e mostra uma importante visão sobre infecções entéricas e intestinais sexualmente transmissíveis, trazendo os cuidados e medidas de prevenção para evitar o contágio.
4.4 Promoção em saúde em Infecções Sexualmente Transmissíveis – ISTs
De acordo com Martins et al. (2020), uma das alternativas mais eficazes, é realizar uma ação didática com a população em geral, para esclarecer o mecanismo de ação das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no organismo, como prevenir e como tratar cada IST. Com isso, é preciso mais atenção na educação em saúde relacionado a esse assunto específico, com foco nas ações de saúde, atividades dinâmicas, oficinas e palestras, com o intuito de divulgar informações para todas as faixas etárias. Além disso, é necessário o apoio das Unidades de Saúde para a realização de testes rápidos e conhecimento dos profissionais sobre as IST.
5. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Refere-se a uma pesquisa integrativa com uma abordagem quantitativa, para quantificar opiniões e informações de diversos estudos. A pesquisa integrativa foi realizada em etapas, 1a etapa: elaboração da questão norteadora; 2a etapa: busca na literatura; 3a etapa: coleta de dados; 4a etapa: análise crítica dos estudos incluídos; 5a etapa: discussão; 6a etapa: resultados esperados (SOUZA et al., 2010).
Foi realizada uma busca de publicações referente aos últimos cinco anos, de 2017 a 2022, sendo pesquisados em base de dados eletrônicos: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), PubMed Advanced Search Builder, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Ministério da Saúde.
Para a operacionalização do estudo, foi realizado o cruzamento dos descritores na referida base de dados associado aos operadores booleanos “AND” e “OR”. Para a busca, foram incluídas publicações em português, total de 941 publicações. Como critérios de inclusão, foram incluídas publicações entre os anos de 2017 a 2022, com texto completo, descritos em língua portuguesa. Como critérios de exclusão, foram excluídas as publicações repetidas, que não estão relacionadas com os objetivos propostos neste estudo ou anteriores ao ano de 2017, em língua estrangeira.
Das 941 publicações encontradas, foram utilizadas 30 publicações para inclusão da pesquisa e 911 publicações excluídas e/ou repetidas por não se adequarem ao que foi proposto. Utilizados os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS): HIV, Enfermagem, Infecções Sexualmente Transmissíveis, Protocolos Clínicos.
6. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Quadro 1 – Levantamento dos Artigos Pesquisados
AUTORES | ANO | ESTUDOS ANALISADOS | PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES | RESULTADOS ENCONTRADOS |
FREITAS, Francisca Lidiane Sampaio, et al. | 2021 | O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. | O documento apresenta a utilização de testes rápidos, a segurança e a eficácia da administração da benzilpenicilina benzatina, o seguimento dos casos, o manejo clínico e laboratorial da neurossífilis, a abordagem de parcerias sexuais, a assistência e o acompanhamento de gestantes diagnosticadas e as especificidades da coinfecção sífilis e HIV, além de uma síntese sobre a notificação dos casos. | É necessário capacitar gestores e profissionais de saúde de forma contínua, com vistas à integração entre assistência e vigilância, ao fortalecimento de ações efetivas de controle da sífilis, à abrangência da busca de parcerias sexuais e ao amplo acesso de populações mais vulneráveis aos serviços de saúde. |
NETO, Lauro Ferreira da Silva Pinto, et al. | 2021 | O presente artigo está relacionado ao capítulo sobre infecção pelo HIV que compõe o “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis” (PCDT-IST) e o “Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos” (PCDT-HIV), publicados pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil. | O início do tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente de critérios clínicos ou imunológicos, adotado pelo Ministério da Saúde em 2013, foi agora simplificado com medicamentos de primeira linha mais toleráveis e com menos interações medicamentosas, o que torna seu manejo de fácil implementação, inclusive pela Atenção Primária à Saúde. | É importante que profissionais de saúde e gestores conheçam os sinais e sintomas da infecção pelo HIV e saibam fazer o seu diagnóstico, a fim de oferecer tratamento adequado e reduzir complicações. |
CARVALHO, Newton Sergio, et al. | 2021 | O tema corrimento vaginal é um dos capítulos que compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. | Neste artigo, são apresentados aspectos epidemiológicos e clínicos relacionados às situações de corrimento vaginal, bem como orientações aos gestores e profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento desses agravos, que constituem uma das principais queixas entre mulheres que procuram serviços de saúde e que podem ser causados por fatores infecciosos ou não infecciosos. | São apresentadas informações sobre estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle, a fim de promover o conhecimento do problema e a oferta de assistência de qualidade e tratamento efetivo. |
RAMOS, Mauro Cunha, et al. | 2021 | As infecções que causam úlcera genital são um dos temas que compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. | Este artigo aborda a síndrome clínica de úlcera genital causada por infecções sexualmente transmissíveis e seus agentes etiológicos mais comuns: Treponema pallidum (sífilis), vírus herpes simples 2 (herpes genital) e vírus herpes simples 1 (herpes perioral), Haemophilus ducreyi (cancroide), Chlamydia trachomatis sorotipos L1, L2 e L3 (linfogranuloma venéreo) e Klebsiella granulomatis (donovanose). | São apresentados aspectos epidemiológicos e clínicos dessas infecções, bem como orientações para seu diagnóstico e tratamento, além de estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle, com a finalidade de subsidiar gestores e profissionais de saúde na qualificação da assistência |
DOMINGUES, Carmen Silvia Bruniera, et al. | 2021 | Os temas sífilis congênita e criança exposta à sífilis compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. Tal documento foi elaborado com base em evidências científicas e validado em discussões com especialistas. | Este artigo apresenta orientações para o manejo clínico da sífilis em gestantes e da sífilis congênita, enfatizando a prevenção da transmissão vertical do Treponema pallidum. Nele estão contemplados aspectos epidemiológicos e clínicos desses agravos, bem como recomendações aos gestores no manejo programático e operacional da sífilis. | Se incluem orientações para os profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas com infecções sexualmente transmissíveis e suas parcerias sexuais, além de estratégias para ações de vigilância, prevenção e controle da doença. |
MIRANDA Angélica Espinosa, et al. | 2021 | O presente artigo aborda as infecções que causam cervicite, tema que compõe o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil. | Este artigo apresenta aspectos epidemiológicos e clínicos das infecções que causam cervicite, bem como recomendações sobre a triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas acometidas e suas parcerias sexuais. | Discutem-se estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle desses agravos para os profissionais de saúde e gestores envolvidos no manejo programático e operacional das infecções sexualmente transmissíveis. A ampliação do acesso aos testes para diagnóstico e o tratamento precoce são cruciais para o controle da disseminação dos patógenos causadores de cervicite. |
DUARTE, Geraldo, et al. | 2021 | As hepatites virais constituem um dos temas que compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), sendo mais especificamente abordado no PCDT para Hepatite B e Coinfecções e PCDT para Hepatite C e Coinfecções, publicados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil. | Além do espectro ampliado de acometimento da saúde, os vírus das hepatites A, B e C também apresentam diferentes formas de transmissão, seja parenteral, sexual, vertical ou oral. Entre as estratégias sugeridas para o controle das hepatites virais, além das medidas comportamentais, estão o diagnóstico ampliado, a vacinação precoce contra os vírus da hepatite A e hepatite B e o acesso aos recursos terapêuticos disponíveis. | Considerando a transmissão vertical dos vírus da hepatite B e hepatite C, a triagem das gestantes portadoras crônicas desses vírus é uma importante estratégia de saúde perinatal, indicando com precisão quem pode se beneficiar das intervenções profiláticas disponíveis. |
JUNIOR, Edilbert Pellegrini Nahn, et al. | 2021 | O presente artigo aborda as infecções entéricas sexualmente transmissíveis, tema que constitui capítulo do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil. | Este artigo apresenta aspectos epidemiológicos e clínicos relacionados a essas infecções, bem como orientações para os gestores quanto ao seu manejo programático e operacional. | Indicado auxiliar os profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas com infecções entéricas sexualmente transmissíveis e suas parcerias sexuais, além de subsidiar estratégias para ações de vigilância, prevenção e controle desses agravos |
DOMINGU ES, Carmen Silvia Bruniera, et al. | 2021 | O artigo sintetiza o capítulo sobre vigilância epidemiológica das infecções sexualmente transmissíveis (IST), que compõe o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com IST 2020, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil. | São apresentadas algumas reflexões sobre as novas definições de caso, para vigilância da sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita. | São abordados aspectos epidemiológicos e clínicos, bem como orientações para gestores no manejo programático e operacional desses agravos, e para profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais, além de estratégias de ação para a vigilância, prevenção e controle |
LANNOY, Leonor Henriette, et al. | 2021 | Este artigo aborda as infecções que causam corrimento uretral, tema que compõe o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Para a Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. | As uretrites, quando não tratadas de maneira correta, ou quando o microrganismo desenvolve resistência ao tratamento empregado, podem causar danos graves e até irreversíveis à saúde. Os níveis de resistência antimicrobiana que esses agentes têm desenvolvido são considerados uma emergência global em saúde pública. | Neste artigo, são apresentados aspectos epidemiológicos e clínicos, recomendações sobre diagnóstico e tratamento e estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle das infecções que causam corrimento uretral, com a finalidade de contribuir com gestores e profissionais de saúde para a qualificação da assistência. |
MENEZES, Maria Luiza Bezerra, et al | 2021 | Este artigo aborda a violência sexual, tema que compõe o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral Às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil . | São apresentadas algumas reflexões sobre as novas definições de caso, para vigilância da sífilis adquirida, sífilis em gestantes e sífilis congênita. | São abordados aspectos epidemiológicos e clínicos, bem como orientações para gestores no manejo programático e operacional desses agravos, e para profissionais de saúde na triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas com IST e suas parcerias sexuais, além de estratégias de ação para a vigilância, prevenção e controle |
MIRANDA Angélica Espinosa, et al. | 2021 | Este artigo apresenta breve histórico de políticas públicas de enfrentamento às infecções sexualmente transmissíveis (IST) no Brasil. Ele também aborda lacunas e desafios a serem considerados pelo país, na formulação e implementação de políticas vindouras. | As IST persistem como um problema de Saúde Pública mundial. Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou uma incidência de 376,4 milhões de casos de IST curáveis em pessoas de 15 a 49 anos de idade, entre os quais destacaram-se 127,2 milhões de casos de clamídia, 86,9 milhões de casos de gonorreia e 6,3 milhões de casos de sífilis. | Nesse contexto, há necessidade permanente de fortalecer o papel da atenção primária à saúde na atenção integral às pessoas com IST e suas parcerias sexuais, garantir cobertura vacinal adequada contra a infecção pelo HPV, hepatites virais A e B, promover informação, educação e comunicação em saúde, ampliar o acesso à testagem e tratamento das IST. |
HILÁRIO, Jeniffer Stephanie Marques, et al. | 2019 | Descrever as percepções de uma equipe de saúde sobre o protocolo de atenção à saúde das mulheres vivendo com HIV implantado no serviço escolar. | Os temas construídos retrataram os impactos do protocolo na rotina do serviço de saúde e as contribuições da padronização para a atenção à saúde da mulher com HIV/Aids. A efetivação do protocolo foi compreendida como um processo contínuo que demanda envolvimento dos profissionais de saúde e reorganização de processos de trabalho. | O protocolo implantado no serviço escolar aparece como uma ferramenta com potencial para facilitar o atendimento das mulheres cadastradas, com possíveis contribuições para a integralidade da assistência à mulher. |
MENEZES, Maria Luiza Bezerra, et al. | 2021 | O presente artigo aborda a doença inflamatória pélvica, tema que compõe o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde do Brasil | A doença inflamatória pélvica é a infecção aguda do trato genital superior feminino decorrente da ascensão canalicular de microrganismos cervicovaginais endógenos e, principalmente, os de transmissão sexual. Entre os agentes etiológicos envolvidos, destacam-se Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae. As sequelas mais importantes são dor pélvica crônica, infertilidade e gravidez ectópica. | Descrevem-se orientações para gestores e profissionais de saúde sobre testes diagnósticos, tratamento preconizado, seguimento, aconselhamento, notificação, manejo de parcerias sexuais e de populações especiais. Com a maior disponibilidade da técnica de biologia molecular no Brasil, recomenda-se o rastreio de C. trachomatis e N. gonorrhoeae como estratégia preventiva da doença. |
ARAUJO, Maria Alix Leite, et al. | 2021 | Este artigo tem como objetivo apresentar conceitos e práticas clínicas recomendados para a abordagem da pessoa com vida sexual ativa. Esses conceitos são parte integrante das recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. | O artigo propõe uma abordagem abrangente da sexualidade para promoção da saúde e apresenta aspectos importantes do processo de comunicação, que deve ocorrer de forma clara, sem preconceitos ou juízos de valor, com foco na saúde sexual e reprodutiva. | Destacam-se pontos relevantes acerca do exercício da sexualidade em fases específicas da vida, recomendando avaliação dos riscos e vulnerabilidades, bem como o rastreamento de IST e o uso de preservativos. Dessa maneira, é possível contribuir para que as pessoas possam exercer sua sexualidade de forma plena, responsável e segura |
GASPAR, Pâmela Cristina, et al. | 2021 | As recomendações de testes diagnósticos para investigação da sífilis compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis e o Manual Técnico para Diagnóstico de Sífilis, publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil. | Visando contribuir com gestores e profissionais de saúde na qualificação da assistência, este artigo apresenta o uso dos exames diretos para detecção de Treponema pallidum em lesões, assim como algoritmos que combinam testes imunológicos treponêmicos e não treponêmicos para auxiliar no diagnóstico da sífilis. | O artigo também apresenta o uso dos testes não treponêmicos para investigação de neurossífilis e orientações para interpretação do título dos anticorpos não treponêmicos no monitoramento do tratamento e diagnóstico de sífilis congênita, bem como as perspectivas futuras de inovações em diagnóstico. Ressaltase, além disso, o importante papel dos testes rápidos imunocromatográficos treponêmicos para a saúde pública e o enfrentamento da sífilis. |
De acordo com o Quadro 1, foi possível verificar que as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são problemas de saúde pública mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS), calculou que a incidência é de 376,4 milhões de casos curáveis de Infecções Sexualmente Transmissíveis entre pessoas de 15 a 49 anos de idade. A OMS possui uma estratégia global, sendo, a definição de ações para alcançar metas de eliminação das IST até o ano de 2030 (MIRANDA et al., 2021).
Para Araújo et al. (2021), é essencial que os profissionais de saúde dissertem sobre o tema da vida sexual ativa, principalmente com pacientes que referem queixas em relação as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Sendo uma abordagem de forma clara e sucinta, sem julgamentos, com foco na saúde sexual e reprodutiva. Portanto, uma conversa adequada com o paciente, pode favorecer a diminuição das IST e suas consequências.
De acordo com Junior et al. (2021), o seguinte Protocolo demonstra sobre os aspectos epidemiológicos, tanto programáticos quanto operacionais. Assim, auxilia os profissionais no tratamento, diagnóstico e prevenção, principalmente na Atenção Primária.
Segundo Neto et al. (2021), o Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis mostra o diagnóstico da doença, trazendo o tipo de tratamento para evitar possíveis complicações, principalmente em pacientes que possuem algum tipo de comorbidade. É necessário verificar as formas de transmissão do HIV, como por exemplo, o sangue contaminado, leite materno, sêmen masculino e o corrimento vaginal. Outro ponto, é a importância da monitorização da epidemia do HIV, havendo uma diminuição da quantidade de pessoas infectadas e tratando as soropositivas, isso se dá principalmente com o auxílio da testagem em massa da população.
Para Freitas et al. (2021), é constatado a importância dos testes rápidos, a utilização e o manuseio da benzilpenicilina benzatina em casos de Sífilis e a forma de notificações de cada caso. Outro ponto, é a análise da população e os riscos causados pela sífilis, sendo necessário verificar os sinais e sintomas de cada caso e relatar a importância do diagnóstico na Atenção Primária.
De acordo com Domingues et al. (2021), verifica-se os aspectos epidemiológicos dos casos de Sífilis Adquirida e exposição de crianças a essa Infecção Sexualmente Transmissível. Sendo assim, é verificado a forma clínica em gestantes e crianças, a importância da triagem dessa IST, maneiras de diagnóstico e o tratamento da Sífilis. A sífilis congênita se apresenta por meio dos aspectos clínicos podendo ser apresentada tanto assintomática, quanto em formas mais graves.
Segundo Menezes et al. (2021), vincula a utilização dos Protocolos com a ocorrência de Violência Sexual, com isso, verifica-se as orientações e manejos a esses casos, principalmente por profissionais da saúde acerca das medidas e estratégias de saúde.
Para Domingues et al. (2021), os sistemas de saúde, como o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), são essenciais para o apoio nas ações de vigilâncias, utilizando a atualização e o ajuste entre as análises de cada caso, a investigação epidemiológica e o formulário de notificação. Portanto, as informações nos sistemas de saúde são atualizadas conforme os dados são coletados.
De acordo com Miranda et al. (2021), para controlar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis, é necessário um atendimento adequado e humanizado nas Unidades Básicas de Saúde, educação preventiva, garantir vacinas e testagem, bem como o monitoramento dos casos realizados pelos agentes da vigilância sanitária nas populações no geral.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos que compõem essa revisão da literatura, apresentam como público alvo a população que possui algum tipo de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Com a utilização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), fundamentam-se as variáveis de saúde-doença, as quais expõem-se esses indivíduos de acordo com cada condição, polarizando o cuidar, tratando-os e informando a população sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis e o HIV.
Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas de IST e HIV, possuem importância para informar a população quanto às mudanças e atualizações que ocorrem com o passar dos anos, com os órgãos responsáveis por modificá-los quando necessário. Tais mudanças trazem informações para aqueles que possuem as Infecções e/ou HIV, profissionais da saúde e a população no geral, no qual torna-se um trabalho com o objetivo de disseminar as informações sobre as IST e trazer as modificações de cada infecção, mudanças de tratamento, sintomas e o diagnóstico.
Dessa forma, os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas foram baseados em evidências desenvolvidas e avaliadas por profissionais e órgãos que possuem conhecimento sobre os temas estudados. Facilitando assim, a implementação dos dados encontrados nas bibliografias com a realidade de cada local e indivíduo. Por fim, isso permitirá comparações e elaborações com a validação dos protocolos para cada caso, assim, padronizando os cuidados e métodos que serão utilizados.
É possível verificar nos Protocolos Clínicos baseados em Sífilis Adquirida, a forma clínica desta Infecção Sexualmente Transmissível, assistência a pacientes positivados dentro da sua realidade diagnosticando-os com utilização de testes rápidos, orientando-os sobre a utilização da Benzilpenicilina no tratamento desta doença e sua eficácia, bem como aspectos epidemiológicos sobre a sífilis, como ficha de notificação e investigação que podem ser utilizados tanto em estados quanto em municípios.
Em Unidades de Saúde que atendem casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), o corrimento vaginal é um dos principais sintomas para diagnosticar um problema, podendo ser infeccioso ou não, acompanhado de prurido, irritação e odor. O tratamento varia de acordo com cada infeção, podendo ser realizado em casal ou individual.
O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) possui Protocolos Clínicos no qual mostram a importância de se ter conhecimento sobre a doença, como por exemplo, seus sinais e sintomas, o diagnóstico e a forma de transmissão, principalmente nas unidades de saúde atuando na atenção primária. Outro ponto é o tratamento do HIV, que foi simplificado para atender igualmente a população com menos danos e menor interação medicamentosa, facilitando a implementação do tratamento. Os objetivos do estudo foram alcançados e as questões norteadoras foram respondidas.
Outro ponto crucial é a abordagem às pessoas com vida sexual ativa, isso porque, é necessário um manejo correto na forma de falar sobre os temas, explicando sobre os aspectos das Infecções Sexualmente Transmissíveis e os riscos à saúde, de forma clara e objetiva para melhor entendimento, auxiliando no rastreio das IST, avaliando a população de risco e suas vulnerabilidades, assim evitando possíveis doenças e tratando a população que já possui alguma das Infecções e do HIV.
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1, 2 Graduanda do Curso Enfermagem, do Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.
3Professora do Curso Enfermagem, do Centro Universitário do Planalto Apparecido dos Santos – Uniceplac