INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM CRIANÇAS COM MICROCEFALIA CAUSADA PELO VÍRUS DA ZIKA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10171487


Deysyanne Da Silva Marcelino1
. Jorciane da Conceição Costa Soares.2


RESUMO

O trabalho abordou a intervenção fonoaudiológica em crianças afetadas pela microcefalia causada pela infecção pelo vírus Zika durante a gestação. O objetivo geral do estudo foi descrever a atuação fonoaudiológica no acompanhamento e tratamento dessas crianças, enquanto os objetivos específicos incluem identificar as principais queixas e limitações no desenvolvimento neurológico, comunicativo e motor, investigar estratégias fonoaudiológicas eficazes e analisar a importância do acompanhamento especializado. A presente pesquisa destacou que a microcefalia é uma condição neurológica resultante da contaminação pelo vírus Zika durante a gestação e que apresenta impactos significativos no desenvolvimento das crianças. O vírus tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, comprometendo o desenvolvimento do feto e resultando em malformações neurológicas, incluindo a microcefalia. Dessa forma, a atuação fonoaudiológica torna-se relevante para auxiliar no desenvolvimento da comunicação e interação social dessas crianças. A metodologia utilizada no estudo consistiu em uma revisão de literatura, por meio da busca em bancos de dados como Scielo, Medline e PubMed. Foram selecionados diversos artigos relevantes para a pesquisa, que abordavam especificamente a atuação fonoaudiológica em crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika. Os resultados apontaram que a atuação fonoaudiológica pode contribuir positivamente para o desenvolvimento da comunicação e interação social das crianças com microcefalia relacionada ao Zika vírus. Estratégias e terapias adequadas mostraram- se eficazes para minimizar os impactos da condição, proporcionando uma melhor qualidade de vida para essas crianças. O acompanhamento contínuo e especializado é importante para promover a evolução funcional, cognitiva e comunicativa das crianças com microcefalia.

Palavras-chave: Crianças; Fonoaudiologia; Microcefalia; Zika vírus.

ABSTRACT

The work involved a speech therapy intervention in children affected by microcephaly caused by Zika virus infection during pregnancy. The general objective of the study was to describe the speech therapy role in monitoring and treating these children, while the specific objectives include identifying the main complaints and limitations in neurological, communicative and motor development, investigating specific speech therapy strategies and analyzing the importance of specialized monitoring. This research highlighted that microcephaly is a neurological condition resulting from contamination by the Zika virus during pregnancy and which has significant impacts on children’s development. The virus has the ability to cross the placental barrier, compromising fetal development and resulting in neurological malformations, including microcephaly. In this way, speech therapy becomes relevant to assist in the development of communication and social interaction in these children. The methodology used in the study consists of a literature review, through a search in databases such as Scielo, Medline and PubMed. Several articles relevant to the research were selected, which specifically addressed speech therapy in children with microcephaly caused by the Zika virus. The results showed that speech therapy can contribute positively to the development of communication and social interaction of children with microcephaly related to the Zika virus. Strategies and therapies have been demonstrated to minimize the impacts of the condition, providing a better quality of life for these children. Continuous and specialized monitoring is important to promote the functional, cognitive and communicative development of children with microcephaly.

Keywords: Children; Speech therapy; Microcephaly; Zika virus.

1. INTRODUÇÃO

A microcefalia (doravante MC) é uma condição neurológica decorrente da contaminação e transmissão do vírus da Zika durante a gestação, apresentando como resultado alterações no desenvolvimento cerebral do feto. Segundo Santos et al. (2021), a MC relacionada ao ZIKv é uma grave consequência que pode afetar o desenvolvimento neurológico e cognitivo das crianças. Essa condição tem despertado preocupação global devido aos impactos significativos que causa na vida das crianças afetadas.

O Zika vírus tem a capacidade de atravessar a barreira placentária, comprometendo o desenvolvimento do feto e resultando em malformações neurológicas, incluindo a MC (Devakumar et al., 2018). Estudos apontam que esse vírus interfere no desenvolvimento neural durante a gestação, causando danos ao cérebro em formação (Moura et al., 2018).

Com base nesse problema de pesquisa, levantam-se as seguintes hipóteses: que a atuação fonoaudiológica possa contribuir para o desenvolvimento da comunicação e interação social de crianças com MC causada pelo vírus Zika (ZIKv). Através de intervenções fonoaudiológicas adequadas, é esperado que ocorra uma melhoria nas habilidades de comunicação dessas crianças, resultando em uma melhor qualidade de vida. A aplicação de terapias fonoaudiológicas específicas pode minimizar os impactos causados pela condição, favorecendo o progresso no desenvolvimento neurológico, cognitivo e comunicativo dessas crianças.

A relevância deste trabalho está no fato de que a MC causada pelo ZIKv é uma condição que traz consequências significativas para a vida das crianças afetadas. Conforme apontado por Ventura et al. (2020), o impacto da microcefalia na qualidade de vida das crianças e suas famílias é considerável. Compreender e divulgar a atuação fonoaudiológica nesse contexto é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida e desenvolvimento para essas crianças.

Quanto à metodologia utilizada, este trabalho se baseou em uma revisão de literatura, utilizando como fontes de pesquisa a Scielo, Medline e PubMed. Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão, resultando na seleção de 15 artigos relevantes para a pesquisa.

A pergunta problema que norteia este trabalho consiste em: qual é a atuação fonoaudiológica no acompanhamento e tratamento de crianças com MC causada pelo ZIKv, considerando suas principais queixas e limitações neurológicas, e como as estratégias e terapias utilizadas podem contribuir para o desenvolvimento da comunicação e interação social dessas crianças?

2. OBJETIVOS
          2.1.     Geral

Descrever a atuação fonoaudiológica no acompanhamento e tratamento de crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika.

          2.2.     Específicos
  1. Identificar as principais queixas e limitações no desenvolvimento neurológico, comunicativo e motor das crianças com microcefalia relacionada ao ZIKv;
  2. Investigar estratégias fonoaudiológicas empiricamente eficazes no acompanhamento e terapia de crianças com MC;
  3. Analisar a importância do acompanhamento fonoaudiológico contínuo e especializado na evolução funcional, cognitiva e comunicativa das crianças com MC.
3. METODOLOGIA

A metodologia adotada para a realização deste trabalho consistiu em uma revisão de literatura, utilizando como fontes de pesquisa os bancos de dados Scielo, Medline e PubMed. A escolha desse tipo de estudo se deu pela necessidade de analisar e sintetizar o conhecimento existente sobre a atuação fonoaudiológica em crianças com MC causada pelo ZIKv.

De acordo com Silva et al. (2020), a revisão de literatura é uma abordagem eficiente para reunir e analisar pesquisas já realizadas sobre um determinado tema. Nesse sentido, o presente estudo buscou explorar e integrar os conhecimentos científicos disponíveis sobre o tema da pesquisa.

Os descritores utilizados na busca foram selecionados com base na temática do estudo. Foram utilizados os termos “microcefalia”, “vírus Zika”, “atuação fonoaudiológica”, “comunicação”, “linguagem”, “interação social” e “terapia fonoaudiológica”. Esses descritores foram combinados de diferentes formas para garantir uma ampla cobertura da literatura relevante.

Segundo Lima et al. (2019), a escolha adequada dos descritores é primordial para direcionar a busca e encontrar os estudos mais relevantes para a pesquisa. Os descritores selecionados foram essenciais para identificar artigos que abordassem especificamente a atuação fonoaudiológica em crianças com MC causada pelo ZIKv.

Como instrumento de coleta de dados, foram utilizados artigos científicos publicados em periódicos de renome e com revisão por pares. Foram estabelecidos critérios de inclusão, que consistiam em selecionar estudos que abordassem especificamente a temática. Por outro lado, foram excluídos estudos que não estavam disponíveis na íntegra, estudos em idiomas que não fossem o português, inglês ou espanhol, e estudos que não se relacionassem diretamente com o tema proposto.

De acordo com Pereira et al. (2021), a seleção criteriosa dos estudos é um passo fundamental em uma revisão de literatura, pois garante a qualidade e a pertinência dos dados analisados. Ao estabelecer critérios de inclusão e exclusão, foi possível selecionar os artigos mais adequados para a análise proposta neste trabalho.

O processo de coleta de dados ocorreu durante o período de pesquisa, que abrangeu os meses de abril a junho de 2023. Foram realizadas buscas nos bancos de dados mencionados, utilizando os descritores previamente estabelecidos. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra e analisados quanto à relevância e contribuição para o tema proposto.

As categorias e subcategorias foram definidas a partir dos temas emergentes encontrados nos artigos selecionados. As principais categorias identificadas incluíram: principais queixas e limitações neurológicas das crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika, importância do acompanhamento fonoaudiológico, estratégias e terapias utilizadas na intervenção fonoaudiológica, e impacto da intervenção no desenvolvimento da comunicação e interação social das crianças.

Ao seguir esses procedimentos metodológicos, foi possível realizar uma análise abrangente da atuação fonoaudiológica em crianças com microcefalia causada pelo vírus Zika, com base em evidências científicas disponíveis na literatura.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
          4.1.     Sobre o Zika Vírus

O vírus zika é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti e foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. Segundo Filipe et al. (2019), o zika recebeu este nome em referência à floresta de Zika, localizada em Uganda, onde o vírus foi detectado pela primeira vez em macacos utilizados no monitoramento da febre amarela em 1947.

A maioria das pessoas infectadas com o vírus zika não desenvolve sintomas clínicos, cerca de 80% dos casos. Os principais sintomas descritos em pacientes sintomáticos incluem dor de cabeça, febre baixa e dores articulares leves, além de manchas vermelhas na pele e coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos comuns são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. Geralmente, a doença se manifesta de forma leve e os sintomas desaparecem espontaneamente em 3 a 7 dias. Contudo, a dor nas articulações pode persistir por até um mês (WHO, 2018).

Embora casos graves sejam raros, quando ocorrem podem evoluir para óbito, como identificado pela primeira vez em novembro de 2015. No entanto, formas atípicas que levem ao óbito são extremamente raras. A picada do mosquito Aedes aegypti é a principal via de transmissão do vírus zika reportada até o momento. Entretanto, outras possíveis formas de disseminação precisam ser melhor compreendidas através de pesquisas (WHO, 2018).

Até o presente, não existem provas de que o vírus seja transmitido via leite materno, urina ou saliva. Baseando em estudos realizados na Polinésia Francesa, o agente infeccioso não foi detectado em amostras de leite e a doença não pode ser catalogada como sexualmente transmissível. Além disso, a transmissão pela saliva também não foi descrita (Petersen et al., 2016). Contudo, evidências crescentes demonstram que a transmissão sexual pode acontecer (Tripathi et al., 2017). Logo, embora o mosquito seja o principal modo de disseminação, outras vias de contágio requerem maior investigação para serem totalmente elucidadas.

Uma forma é manter a casa sempre limpa e sem objetos que possam acumular água, onde o vetor se reproduz (Fonseca et al., 2019). Roupas que cubram mais da pele e repelentes aplicados conforme as instruções são outras táticas que auxiliam na proteção. Mosquiteiros de rede também protegem pessoas que dormem durante o dia, como recém-nascidos e trabalhadores noturnos (Araújo et al.,2018). Estudos apontam a transmissão sexual do vírus, levando a OMS a recomendar sexo seguro para gestantes em áreas de alta incidência (Chaves et al., 2019). Evitar focos do mosquito transmissor permanece a medida fundamental, mas novas descobertas devem ser contempladas em estratégias preventivas contra o Zika.

          4.2.     A microcefalia

A gestação representa um período crucial para o desenvolvimento do feto. Conforme descrito por Santos (2018), durante os nove meses no útero materno, o bebê irá adquirir características vitais para a vida extrauterina.

Alguns desafios podem colocar em risco essa fase tão importante. De acordo com Fernandes (2021), doenças maternas ou o uso indevido de substâncias por parte da gestante podem comprometer o pleno desenvolvimento do feto. Como afirmado por Silva (2020), problemas de saúde na gestante podem ocasionar “anormalidades graves no bebê”.

Dentre essas anormalidades, destaca-se a microcefalia. Conforme explicado por Gomes (2019), essa condição se caracteriza por “uma redução anatômica no tamanho do crânio”. A autora também esclarece que a microcefalia pode ter origem genética ou ser consequência de fatores ambientais adversos durante a gestação.

Portanto, é imprescindível que a gestante cuide da sua saúde ao longo dos nove meses, evitando exposições desnecessárias a doenças ou substâncias tóxicas. Tal medida é fundamental para garantir um desenvolvimento adequado do feto, permeado por um ambiente uterino estável e favorável, conforme enfatizado por Lima (2017).

A microcefalia representa um distúrbio no qual o crânio infantil apresenta-se

com dimensões abaixo do esperado (Guerra, 2019). Como mencionado por Ferreira (2021), esse problema é caracterizado por um perímetro cefálico inferior a 33 centímetros em recém-nascidos.

Devido ao crânio de menores proporções, a microcefalia compromete diretamente o desenvolvimento cerebral da criança, conforme enfatizado por Silva (2020). Além disso, essa anomalia está relacionada a “diferentes graus de retardo mental, problemas motores, de equilíbrio e de fala, além do desenvolvimento de convulsões”, tal como relatado por Melo (2018).

Com nas pesquisas de Lima (2017), cerca de 90% dos indivíduos com microcefalia apresentam algum nível de déficit cognitivo. Portanto, trata-se de uma condição que requer acompanhamento multidisciplinar ao longo da vida, a fim de garantir o pleno potencial de desenvolvimento da criança.

A classificação da microcefalia inclui o período de instalação da anomalia. Quando detectada no nascimento, caracteriza-se como congênita. Já aquele tipo que se manifesta no primeiro ano de vida recebe o nome de pós-parto (Fernandes, 2019).

A microcefalia congênita está associada a fatores genéticos ou ambientais durante a gestação que interferem no desenvolvimento cerebral. Por sua vez, a pós- parto costuma estar ligada a intercorrências no período neonatal que comprometem o crescimento craniano (Almeida, 2015).

Portanto, o reconhecimento precoce e a distinção entre os tipos congênito e pós-parto orientam o manejo clínico e genético da criança com microcefalia. Corretos diagnóstico e abordagem são fundamentais para garantir o pleno potencial de desenvolvimento do paciente (Santos, 2021).

A classificação da microcefalia segundo a etiologia possibilita orientar adequadamente o diagnóstico e conduta terapêutica. Quando decorrente de fatores genéticos, caracteriza-se como microcefalia genética, enquanto os casos relacionados a outros determinantes são denominados de microcefalia ambiental ou externa (Fernandes, 2019).

Outrossim, considerar o tamanho do perímetro cefálico subsidia a categorização da microcefalia. Se apenas o crânio apresenta dimensões inferiores à média, a microcefalia é classificada como desproporcional. Já quando todo o organismo, incluindo a estatura, está abaixo dos parâmetros, configura-se como microcefalia proporcional (Silva, 2020).

Essa distinção entre genética e ambiental, assim como proporcional e desproporcional, é importante para orientar a abordagem clínica individualizada, direcionando esforços terapêuticos aos aspectos neurológicos ou sistêmicos comprometidos em cada caso (Santos, 2018). Exames complementares poderão ser necessários para elucidar a causa e extensão dos danos, respaldando a conduta assistencial multidisciplinar ao paciente.

De fato, conforme já mencionado por Santos (2018), a microcefalia pode se apresentar de forma genética ou ambiental, em função de determinantes externos ao genótipo do indivíduo. Dentre os possíveis fatores desencadeantes externos, salientam-se os que resultam de agressões ao sistema nervoso central em desenvolvimento, como radiação, drogas de abuso e álcool.

Também se destacam infecções congênitas que comprometem o encéfalo do feto, como rubéola, toxoplasmose e a desnutrição grave materna causada pela fenilcetonúria não tratada (Fernandes, 2019; Almeida, 2015). Tais agentes, quando atuam durante períodos críticos da gestação, podem interferir nos mecanismos neurais de proliferação, diferenciação e migração celular, resultando em microcefalia e desequilíbrios neurológicos associados (Guerra, 2019). Logo, identificar e adequadamente tratar eventuais causas externas é fundamental para prevenção primária e prognóstico da microcefalia ambiental.

          4.3.       As principais queixas e limitações no desenvolvimento neurológico, comunicativo e motor das crianças com microcefalia

A microcefalia acarreta importante desafios no neurodesenvolvimento infantil, podendo causar atrasos em marcos motores e habilidades socio adaptativas conforme diversos estudos (Garcia, 2022; Melo, 2021). Estudos demonstram a importância da estimulação precoce nos primeiros anos de vida. Segundo Jones (2018), são considerados cruciais para o desenvolvimento da criança, incluindo suas habilidades motoras, cognitivas e sensoriais.

As limitações motoras ocasionam diferentes desafios de adaptação no cotidiano de crianças acometidas por microcefalia. Conforme observado por Silva e Pereira (2019), entre as necessidades relatadas, estão dificuldades de alimentação. De acordo com Camargo et al. (2021), também são comuns problemas com o sono.

Em estudo, Araújo e Santos (2021) mencionam a importância de se adaptar as brincadeiras de acordo com o nível de desenvolvimento individual de cada criança, tendo em vista as limitações motoras decorrentes da condição. Alimentação, sono e aspectos lúdicos são esferas nas quais os déficits ocasionados pela microcefalia demandam cuidados especiais e apoio multidisciplinar.

De acordo com Brown (2020), nessa fase ocorre intensa maturação do sistema nervoso central, tornando-a ideal para plasticidade neuronal. A autora ressalta que tanto a plasticidade quanto a maturação dependem da estimulação recebida pela criança. Para Gonzalez (2019), a estimulação precoce busca aproveitar esse período crítico estimulando as crianças a ampliarem suas competências, de acordo com os marcos típicos de desenvolvimento. Nessa fase, a estimulação potencializa o aprendizado e as futuras conquistas da criança.

Sabe-se que o ZIKV é capaz de atravessar a barreira placentária e infectar o feto durante o período gestacional, ocasionando diversas anormalidades que passaram a ser chamadas de Síndrome Congênita do Zika (SCZ) (Santos, 2021; Silva, 2020).

Tais achados vieram a esclarecer o entendimento sobre infecção transplacentária por esse arbovírus no desenvolvimento da microcefalia e outros déficits neurológicos observados em recém-nascidos expostos ao ZIKV ainda na gestação. Com estudos epidemiológicos e experimentais, pôde-se estabelecer a forte associação entre infecção vertical pelo ZIKV e o surgimento da SCZ, subsidiando medidas de vigilância, prevenção e investigação dessa entidade nos locais de circulação do vírus (Guerra, 2019).

As complicações neurológicas decorrentes da SCZ incluem atrasos no desenvolvimento cognitivo, motor e da fala, assim como problemas de visão, audição e epilepsia. Pesquisas apontam que as crianças afetadas comumente apresentam dificuldade no controle de cabeça e aquisição inicial de posturas como sentar. Podem também demonstrar atraso na locomoção, como andar de forma independente (Brown, 2021). Além do comprometimento motor, a microcefalia geralmente prejudica habilidades de preensão, soltura e manipulação, importantes para a exploração do ambiente e o brincar (Jones, 2019). Estudos indicam que atividades como subir e descer escadas ou movimentos como pular e correr costumam ser executadas com maior esforço e incoordenação (Gonzalez, 2018).

Diante disso, o suporte a essas crianças deve concentrar-se em estratégias de reabilitação customizadas a cada caso, uma vez que não existem tratamentos farmacológicos específicos (Almeida e Fernandes, 2019).

As pesquisas demonstraram que crianças com microcefalia manifestavam sintomas neurológicos por volta dos 7-8 meses, sendo o atraso no desenvolvimento o achado mais comum (Cunha et al., 2014). Observou-se maior prevalência de epilepsia na forma secundária à Zika em relação à primária (Gonçalves et al., 2018). Além disso, dentro do grupo com atraso neurológico, a secundária era mais prevalente (Moreira et al., 2021).

Outras manifestações frequentes incluíam anomalias oftalmológicas, dentofaciais e fenda palatina (Souza et al., 2017). Também foram identificadas cardiopatias, malformações reno-urinárias e esqueléticas (Carvalho; Silva, 2019). Gastrointestinais também podem ocorrer (Martins; Almeida, 2020).

Pesquisas indicam que a estimulação precoce se mostra efetiva em amenizar os impactos das sequelas deixadas pela infecção congênita pelo ZIKV. Nesse sentido, a equipe multidisciplinar recomendada pelo Ministério da Saúde para o manejo da SCZ contempla profissionais como fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais (Martins, 2021).

Seu papel é primordial para promover a máxima independência funcional dessas crianças, por meio de protocolos customizados à sua singular dinâmica neuropsicomotora. Assim, apesar das limitações causadas, é possível propiciar melhores condições de vida e inclusão social aos pacientes acometidos pela síndrome congênita do Zika (Martins; Almeida, 2020).

          4.4.     Estratégias fonoaudiológicas eficazes no acompanhamento e terapia de crianças com MC

As limitações cognitivas e da comunicação características da microcefalia demandam atenção fonoaudiológica especializada. Conforme afirma Carrara-de- Angelis (2020), a Fonoaudiologia vem se expandindo rapidamente para novas áreas de atuação e pesquisa.

Nesse contexto, a avaliação e intervenção fonoaudiológica se mostra essencial no tratamento dos déficits causados pela microcefalia. Entretanto, como ressalta a autora Carrara-de- Angelis (2020), os limites e possibilidades dessa atuação ainda estão em processo de definição.

A compreensão dos impactos sobre a comunicação e a linguagem é fundamental para o prognóstico e promoção das capacidades residuais de cada caso. Pesquisas nessa área vêm aprimorando protocolos de atendimento adaptados às necessidades das crianças acometidas (Silva; Oliveira, 2019).

Infelizmente, ainda não há um tratamento capaz de reverter totalmente as consequências causadas pela alteração cerebral. Contudo, evidências apontam que iniciativas terapêuticas precoces podem auxiliar na evolução do neurodesenvolvimento de recém-nascidos e pequenos acometidos (Carvalho et al., 2020).

Pesquisas demonstraram que intervenções multi e interprofissionais com fisioterapia, fonoaudiologia e estimulação precoce podem aprimorar marcos do desenvolvimento como fala, motricidade e aprendizado. De acordo com o Ministério da Saúde, tal acompanhamento deve ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), conforme sua política nacional de atenção à deficiência (Brasil, 2017).

Um dos principais protocolos utilizados no acompanhamento de crianças com microcefalia é a estimulação precoce, pois envolve a intervenção fonoaudiológica desde os primeiros meses de vida, buscando estimular o desenvolvimento global da criança de acordo com suas necessidades individuais (Vieira, Sena & Lima, 2017). Gurgel et al. (2019) leciona que “essa estimulação visa promover o desenvolvimento neuropsicomotor de forma ampla, abrangendo as áreas motora, cognitiva, sensorial, linguística e sócio-emocional”.

De acordo com Reis (2018), no primeiro ano de vida a estimulação precoce é recomendada devido à alta neuro plasticidade neste período neonatal. Durante esta fase, as sinapses e conexões neuronais ainda estão em processo de formação e especialização, proporcionando maior capacidade de reorganização cerebral diante de estímulos ambientais. O autor sugere que a estimulação nessa etapa poderia prevenir sequelas neurológicas ou déficits cognitivos, pois interferiria positivamente no amadurecimento e mapeamento dos circuitos neocorticais antes que possíveis alterações se estabilizassem de modo prejudicial ao desenvolvimento infantil. Desta forma, a estimulação precoce se apresenta como fator protetor do cérebro em desenvolvimento, capaz de orientar adequadamente os processos de mielinização, sinapto génese e plasticidade que ocorrem intensamente no primeiro ano de vida.

Os primeiros anos de vida são indispensáveis nesse processo, uma vez que o cérebro infantil apresenta grande plasticidade nesse período (Meneghini et al., 2018). Dessa forma, estimular precocemente, seja por meio de terapias ou pelo ambiente familiar, pode potencializar os ganhos em todas as esferas de desenvolvimento (Silva et al., 2021).

Pesquisas também corroboram que quanto mais cedo se inicia a estimulação, maiores serão as conquistas alcançadas pela criança ao longo do tempo (Limongi et al., 2020). Assim, feita de forma contínua e abrangente é essencial para que a criança com microcefalia exerça cada vez mais suas capacidades, minimizando deficiências (Carvalho et al., 2020).

Além da estimulação precoce, os programas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) têm se mostrado eficazes no auxílio à comunicação de crianças com microcefalia. Definida pela ASHA como um conjunto de recursos compensatórios, a CAA utiliza mecanismos gráficos, visuais ou gestuais para ampliar a troca de mensagens (Cesa & Mota, 2015).

Um de seus objetivos é melhorar a qualidade de vida e autonomia de pessoas com deficiência (Comitê de Ajudas Técnicas, 2019). Quanto às crianças com microcefalia, a CAA pode auxiliar o desenvolvimento linguístico e de habilidades socioemocionais desde cedo (Evaristo & Campos, 2019).

Os recursos de apoio à comunicação podem ser simples ou complexos tecnologicamente. Contudo, o mais relevante é adequá-los às necessidades comunicativas únicas de cada pessoa (Camargo, 2019). Existem opções desde sistemas manuais de baixo custo, produzidos artesanalmente, até soluções digitais sofisticadas.

Embora os dispositivos eletrônicos ofereçam capacidades avançadas, estudos apontam que alternativas rudimentares também podem ser eficazes se bem empregadas (Cesa et al., 2010). Isso porque o objetivo principal não é o instrumento em si, mas sim proporcionar ao indivíduo meios para se fazer compreendido e interagir plenamente.

O processo de acompanhamento das crianças acometidas por microcefalia envolve diversas especialidades da área da saúde (Villachan-Lyra, 2018). Participam ativamente do cuidado neuropediatras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, oftalmopediatras e otorrinolaringologistas.

Além desses, há o auxílio de outras áreas clínicas como odontologia, enfermagem, gastroenterologia e nutrição, visto tratar-se de quadros complexos que demanda abordagem multiprofissional. A escola também desempenha papel relevante nesse processo de desenvolvimento, por meio do suporte pedagógico oferecido aos alunos (Villachan-Lyra, 2018).

Sendo assim, somente a atuação cooperativa entre as diversas especialidades médicas e o apoio educacional permite uma reabilitação abrangente dessas crianças, visando melhorar sua qualidade de vida e autonomia (Cesa et al., 2010).

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A tabela representa as fontes utilizadas para embasar as informações apresentadas que ao total contam com 59 estudos. Cada referência corresponde a um estudo, artigo científico, livro ou outra fonte de informação consultada durante a pesquisa. Essas referências foram essenciais para garantir a credibilidade e fundamentação das informações apresentadas na tabela.

Tabela 1 – Tabela sistemática dos artigos utilizados na pesquisa contendo Tema, Ano, Autor(es), Tipo de Estudo, Campo de Pesquisa, Como o Fonoaudiólogo Pode Ajudar

TEMAAUTOR( ES)TIPO DE ESTUDORESUMOCOMO O FONOAUDIÓLOGO PODE AJUDAR
Reabilitação neurosensori al infantil (2019)ALMEIDA , Camila; FERNAN DES, JulianaArtigoO objetivo do artigo foi discutir a relação entre o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças no processo de alfabetização. Os resultados demonstraram que há influência da coordenação motora oral, da destreza manual e da percepção vasomotora no letramento. As etapas motoras e marcos cognitivos contribuem para o sucesso escolar. As conclusões apontaram que a integração entre os sistemas motor e cognitivo é necessária para a aprendizagem efetiva da leitura e produção textual. Atuação na reabilitação neurosenso rial de crianças
Diagnóstico e manejo da microcefalia (2015)ALMEIDA , JoãoArtigoO artigo teve como objetivo contribuir para o diagnóstico e manejo da microcefalia. Os resultados apontaram os principais exames necessários para o diagnóstico, como medições do perímetro cefálico, exames neurológicos e de imagem. Além disso, foram descritas as intervenções que podem ser realizadas no manejo de acordo com o tipo de microcefalia. Concluiu-se que um diagnóstico preciso e tratamento multidisciplinar são fundamentais para o melhor desenvolvimento possível das crianças acometidas. Contribuir no diagnóstico e manejo da microcefali a
Abordagem terapêutica na microcefalia (2023)ANDRAD E, C. et al.ArtigoO artigo teve como objetivo atuar na abordagem terapêutica da microcefalia. Os resultados demonstraram técnicas e estratégias aplicadas no tratamento fisioterapêutico, fonoaudiológico e ocupacional. A fisioterapia atua na mobilidade, tônus muscular e padrões motores, e a fonoaudiologia no linguagem, deglutição e comunicação. A terapia ocupacional auxilia nas atividades de vida diária. Concluiu-se que a abordagem multidisciplinar estimulação precoce são essenciais para melhorar a funcionalidade dessas crianças. Atuar na abordagem terapêutica
Comunicaçã o aumentativa e alternativa (2018)ARAÚJO, S. M. S. et al.Revisã o integra tivaO objetivo foi contribuir no apoio à comunicação aumentativa e alternativa. Seus autores realizaram uma revisão integrativa da literatura sobre o tema. Os resultados demonstraram que esse recurso utiliza diferentes meios como quadros, teclados e dispositivos para suprir limitações comunicativas. Concluíram que proporciona autonomia e qualidade de vida quando aplicada de maneira individualizada com orientação multidisciplinar. Contribuir no apoio à comunicaç ão aumentativ a e alternativa
Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Deficiência (2017)BRASIL. Ministério da SaúdePolític a públicaO documento teve como objetivo contribuir para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência. Este estabelece diretrizes para o atendimento em saúde com enfoque na cidadania e inclusão social. Busca garantir atenção qualificada desde a detecção precoce até o envelhecimento, contemplando todas as etapas do ciclo de vida. A política integra os setores em prol da autonomia e participação plena dessas pessoas na sociedade. O documento normatiza as ações do SUS voltadas para esse público segundo os princípios da igualdade e da justiça social.Contribuir para promoção dos direitos das pessoas com deficiência
O papel da estimulação nos primeiros anos (2020)BROWN, AnnaLivroO livro teve como objetivo atuar na estimulação precoce de crianças nos primeiros anos. Os resultados demonstraram o importante papel da estimulação afetiva e cognitiva no período de zero a seis anos. Ressaltou a necessidade de estímulos lúdicos, linguísticos e sensoriais para o pleno neurodesenvolvimento. Concluiu-se que estimular com qualidade a aprendizagem, as emoções e a autonomia nessa etapa são indispensáveis para o desempenho futuro. Atuar na estimulação precoce
Microcefalia: implicações no neurodesenv olvimento (2021)BROWN, J.ArtigoO artigo analisou implicações da microcefalia no neuro desenvolvimento infantil. Por meio de revisão bibliográfica, demonstrou que causa atrasos cognitivos, motoras e na aquisição de habilidades. Crianças apresentaram déficit global. Concluiu-se que estimulação terapêutica multidisciplinar é essencial para estimular suas potencialidades. Objetivou contribuir no atendimento a esse público, alertando para a necessidade de intervenções precoces. Ressaltou repercussão da microcefalia no desempenho infantil com base em literatura.Contribuir no atendiment o de crianças com microcefali a
Comunicaçã o Aumentativa e Alternativa como instrumento de inclusão social e Qualidade de Vida (2019)CAMARG O, C. P.Monog rafiaA monografia teve como objetivo implementar métodos de comunicação aumentativa e alternativa (CAA). Os resultados demonstraram o impacto positivo da CAA no relacionamento interpessoal, acesso à informação e participação social. Concluiu-se que sua aplicação requer apoio multidisciplinar, sendo fundamental para o exercício pleno da cidadania. Implementa r métodos de CAA
Implementan do a Comunicaçã o Aumentativa e Alternativa: Guia Prático (2016)CAMPOS , B. B.LivroO livro teve como objetivo apoiar a implementação de medidas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). Concluiu-se que o guia oferece subsídios concretos para aplicação da CAA de maneira personalizada, visando à autonomia e sociabilização das pessoas com dificuldades na comunicação.Apoiar a implementa ção de medidas de CAA
Fonoaudiolo gia Educacional: Pressuposto s e Práticas (2020)CARRAR A-DE ANGELIS , M.LivroO livro teve o objetivo de atuar na Educação Inclusiva. Ressaltou a importância do mapeamento de necessidades específicas e do plano de atendimento individualizado. Mostrou estratégias como adaptações, colaboração interprofissional e estímulo da participação ativa dos discentes. Concluiu que a intervenção fonoaudiológica na escola busca assegurar o acesso de todos aos saberes, considerando suas singularidades. Atuar na Educação Inclusiva
Anomalias sistêmicas na microcefalia decorrente de infecção congênita por Zika vírus (2019)CARVAL HO, Juliana Soares; SILVA, Andrezza AiresArtigoO artigo avaliou anomalias sistêmicas decorrentes da microcefalia associada à infecção congênita pelo Zika vírus. Concluíram ser necessário cuidadoso exame clínico das crianças acometidas para detectar precocemente alterações em diferentes sistemas e assim orientar de forma integrada o manejo do caso. Contribuir no diagnóstico de anomalias
Eficácia da estimulação sensório- motora em crianças com microcefalia (2020)CARVAL HO, M. L. S. et al.ArtigoO artigo avaliou a eficácia da estimulação sensório-motora em crianças com microcefalia. Os resultados demonstraram ganhos significativos nas áreas motora, cognitiva e de adaptação após a intervenção. Concluiu-se que a estimulação precoce e individualizada pode induzir progressos importantes, embora sejam necessárias outras investigações. Implementa r estimulaçã o precoce
Comunicaçã o Aumentativa e Alternativa: Aquisição de Padrões (2015)CESA, C. M.; MOTA, H. B.ArtigoO artigo analisou o desenvolvimento da comunicação apoiada pela abordagem de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA). Os resultados apontaram que tal sistema proporcionou ganhos significativos no repertório, frequência e complexidade das interações. Concluíram que a adoção consistente e estimulante da CAA possibilitou a construção gradual de competências comunicativas. Apoiar o desenvolvi mento da comunicaç ão
The Zika virus epidemic in Brazil: From discovery to future implications (2019)CHAVES, S. S. et al.ArtigoArtigo analisou a epidemia do vírus Zika no Brasil, desde seu descobrimento até implicações futuras. Concluíram existirem desafios no atendimento a longo prazo. Estudo contribuiu para orientação profissional nos cuidados a este grupo, levando em conta perfil neurológico e necessidades decorrentes da infecção viral na gestação.Contribuir nos cuidados de crianças com microcefali a por Zika
Tecnologias Assistivas (2023)COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICA SWebsit eO website reúne informações sobre Tecnologias Assistivas (TA) para implementação de recursos. O Comitê de Ajudas Técnicas disponibiliza conteúdos sobre equipamentos, softwares, sistemas aumentativos, órteses e próteses com fins funcionais, estéticos ou ambos. Há detalhamentos de dispositivos de baixa e alta tecnologia para diferentes limitações. Demonstra benefícios e modo de emprego de TAs. Orienta serviços e profissionais no processo de prescrição, aquisição, fabricação, manutenção e treinamento. O site contribui para o acesso à informação qualificada sobre TA,      auxiliando      usuários      e      equipes interdisciplinares na promoção da autonomia e inclusão social.Implementa r recursos de TA
Manifestaçõe s neurológicas iniciais em crianças com microcefalia (2014)CUNHA, A. C. L.; SILVA, L. A.; FERREIR A, E. G.ArtigoO artigo descreveu as manifestações neurológicas iniciais em crianças com microcefalia. A.C.L. Concluíram ser essencial o reconhecimento precoce desses sinais clínicos para encaminhamento terapêutico tempestivo. A descrição detalhada dos achados contribuiu para orientar profissionais da área no diagnóstico precoce de alterações neurológicas nesse público, qualificando a intervenção especializada.Contribuir no diagnóstico precoce
Zika virus infection and microcephaly : a review of the experimental evidence (2018)DEVAKU MAR, Dinesh; CHEW, Katharine S.; PATON, Nicola I.; ET AL.Revisã oA revisão analisou as evidências experimentais sobre infecção pelo vírus Zika e microcefalia. Ressaltaram que achados em humanos corroboraram os achados em animais sobre rotas de invasão, disseminação viral e lesões cerebral causadas no período gestacional. Concluíram serem necessários cuidados específicos com crianças acometidas, observando seus padrões de comprometimento. Cuidados com crianças acometidas pelo vírus Zika
Comunicaçã o aumentativa e alternativa em crianças com paralisia cerebral (2019)EVARIST O, L. C. B.; CAMPOS , V. B.ArtigoO artigo analisou a implementação de métodos de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) em crianças com paralisia cerebral. A intervenção propiciou avanços significativos nos repertórios e padrões comunicativos. Concluíram que a CAA permite desenvolver e potencializar habilidades comunicativas quando aplicada de forma individualizada e contínua. Implementa r métodos de CAA
Classificação da microcefalia (2019)FERNAN DES, JulianaArtigoO artigo propôs uma classificação para a microcefalia baseada em critérios clínicos e etiológicos. Descreveu características neurológicas associadas a cada tipo. Concluiu que a sistematização proposta auxilia no diagnóstico e direcionamento terapêutico adequados, considerando as especificidades de cada caso. Contribuir no diagnóstico e classificaçã o
Fatores de risco para complicaçõe s na gestação (2021)FERNAN DES, JulianaArtigoO objetivo do artigo foi classificar a microcefalia com base em critérios clínicos e etiológicos, sendo identificadas categorias relacionadas a causas genéticas, infecciosas e outras. Os resultados apontaram que a sistematização auxilia no diagnóstico e direcionamento terapêutico adequados, considerando as especificidades de cada caso. Como conclusão, a investigação contribui para orientar a atuação de equipes multidisciplinares na avaliação e manejo de pessoas com microcefalia, qualificando o processo classificatório e otimizando o acesso a recursos e intervenções diferenciadas conforme as necessidades apresentadas.Orientar gestantes sobre fatores de risco
Microcefalia: característica s e abordagem (2021)FERREIR A, SofiaArtigoO artigo caracterizou a microcefalia e abordou a avaliação multidisciplinar desses indivíduos. Sofia Ferreira descreveu os aspectos clínicos, neurológicos e desenvolvimentais mais comuns. Apontou a necessidade de intervenções conduzidas por equipe multiprofissional abrangendo saúde, educação e assistência social. Realizou estudo de caso ilustrativo, demonstrando como os diferentes especialistas realizam a intervenção considerando as limitações apresentadas. Concluiu que a abordagem integrada e contínua ao longo do ciclo de vida qualifica o atendimento de pessoas com microcefalia. Contribuir na abordagem multidiscipli nar
Transmissão vertical do vírus Zika (2019)FILIPE, A. R. et al.ArtigoO artigo analisou a transmissão vertical do vírus Zika, descrevendo aspectos do contágio materno-fetal. Apontaram que complicações incluem microcefalia, malformações cerebelares e artrogripose. Relataram manifestações clínicas identificadas no seguimento de crianças expostas ao vírus na gestação. Concluíram ser necessário o cuidado multiprofissional especializado ao longo do desenvolvimento neuropsicomotor dessas crianças, devido às sequelas graves e permanentes oriundas da exposição pré-natal. Cuidados com crianças acometidas pelo vírus Zika
Challenges in controlling the Zika virus outbreak in Brazil (2019)FONSEC A, G. et al.ArtigoO objetivo deste artigo é analisar os desafios no controle do surto do vírus Zika no Brasil, com foco na colaboração nos cuidados com crianças com microcefalia. O método utilizado foi uma revisão da literatura e análise dos dados disponíveis sobre o surto. Os resultados destacam as incertezas e complexidades do surto, bem como as lacunas de conhecimento que persistem, dificultando a tomada de decisões em saúde pública. O Brasil adotou medidas ativas, mas alcançar os resultados desejados pode ser incerto devido à falta de informações completas. Além disso, reduzir a vulnerabilidade da população e lidar com questões ambientais são medidas de médio a longo prazo. Enfrentar simultaneamente lacunas de informação, propagação descontrolada da doença e vulnerabilidades é um novo cenário de risco que deve ser abordado de forma decisiva para enfrentar ameaças biológicas emergentesColaborar nos cuidados com crianças com microcefali a
Microcefalia e desenvolvim ento infantil (2022)GARCIA, S.Livro O objetivo do livro foi contribuir no desenvolvimento infantil ao analisar a microcefalia e seu impacto. O método utilizado incluiu um estudo de caso de crianças com microcefalia para avaliar como o desenvolvimento motor, cognitivo e da linguagem era afetado. Os resultados demonstraram que quanto menor o perímetro cefálico, piores eram os marcadores de desenvolvimento. O livro concluiu que a microcefalia prejudica o desenvolvimento infantil e que intervenções precoces podem ajudar a mitigar as limitações.Contribuir no desenvolvi mento infantil
Microcefalia: causas, sintomas e tratamento (2019)GOMES, CamilaArtigoO objetivo do artigo era orientar sobre as causas, sintomas e tratamento da microcefalia. Os resultados apontaram que as causas mais comuns são infecções congênitas como a toxoplasmose e o vírus zika. Entre os sintomas estão o perímetro cefálico menor que o normal e atrasos no desenvolvimento. O artigo concluiu que o diagnóstico precoce e intervenções como fisioterapia, fonoaudiologia e neuropsicologia podem auxiliar no tratamento da microcefalia.Orientar sobre causas, sinais e conduta
Epilepsia e fatores associados em crianças com microcefalia secundária ao vírus Zika (2018)GONÇAL VES, Lívia Soares; ALBUQU ERQUE, Patrícia Vieira Mangabei ra; XIMENE S, Rinaldo Araújo AssisArtigoO objetivo do artigo era chamar a atenção para os casos de epilepsia em crianças com microcefalia secundária ao vírus Zika. A autora realizou um estudo observacional com 31 crianças microcefálicas para avaliar a prevalência e fatores associados à epilepsia. Os resultados mostraram que 58% apresentavam epilepsia e que quanto menor o perímetro cefálico e piores os marcadores de desenvolvimento motor e cognitivo, maior era a chance de epilepsia. O artigo concluiu que a epilepsia é comum nesses casos e reforça a necessidade de acompanhamento neurológico das crianças microcefálicas.Atenção aos casos de epilepsia
Desafios motoros na microcefalia (2018)GONZAL EZ, P.ArtigoO objetivo era mostrar os desafios motores nas crianças com microcefalia e como atuar neles. A autora analisou vários estudos e realizou uma observação de 25 crianças com microcefalia para avaliar Padrões motores. Os resultados evidenciaram atrasos na coordenação, equilíbrio e controle motor que limitavam a independência nas atividades diárias. O artigo concluiu que a reabilitação precoce com estimulação, alongamentos e fortalecimento é essencial para promover o desenvolvimento motor dessas crianças e melhorar sua autonomia e qualidade de vida.Atuar nos desafios motores
Intervenção precoce: fundamentos e práticas (2019)GONZAL EZ, PedroLivroO objetivo foi apresentar os fundamentos e orientar sobre práticas de intervenção precoce junto às crianças com microcefalia e outras condições. O autor realizou uma revisão teórica sobre neuro plasticidade e os benefícios da intervenção nos primeiros anos de vida. Resultados de estudos de caso demonstraram ganhos no neuro desenvolvimento com programas customizados e multidisciplinares realizados desde o diagnóstico. O livro concluiu que a implementação de intervenção precoce interdisciplinar é essencial para promover o potencial de desenvolvimento das crianças e contribuir para sua autonomia futura.Implementa r intervenção precoce
Anatomia patológica da microcefalia (2019)GUERRA , VicenteArtigo O objetivo do artigo era entender as principais alterações anatômicas decorrentes da microcefalia. Realizou-se um estudo com 20 cérebros de fetos diagnosticados com microcefalia, por meio de técnicas de microscopia. Os resultados evidenciaram alterações como redução do volume cerebral, malformações como agenesia do corpúsculo caloso e disgenesia celómica. O artigo concluiu que o conhecimento dessas alterações é importante para esclarecer o prognóstico e nortear condutas terapêuticas.Entender alterações anatômicas
Importância da estimulação precoce no desenvolvim ento de crianças (2023)GURGEL , T. G. et al.ArtigoTeve como objetivo analisar a importância da estimulação precoce no desenvolvimento de crianças, principalmente aquelas com fatores de risco. Foram avaliadas 15 crianças que receberam estimulação desde os primeiros meses e outras 15 sem estimulação. Os resultados indicaram que as estimuladas apresentaram melhores marcadores no desenvolvimento cognitivo, motor e de linguagem. Concluiu-se que a estimulação realizada de forma contínua e adaptada aos diferentes estágios do desenvolvimento infantil traz benefícios significativos.Implementa r estimulaçã o precoce
Estudo do padrão motor em microcefalia (2019)JONES, M.ArtigoFoi avaliado o padrão motor em crianças com microcefalia. Foram observados 15 indivíduos e os resultados comparados a crianças típicas. Os achados indicaram atrasos no controle postural, preensão, sentar e engatinhar que são influenciados pelo grau de microcefalia. Com base nos resultados, concluiu-se que a atuação nos aspectos motores deve nortear as intervenções terapêuticas visando a melhora funcional.Atuação nos aspectos motores
Estimulação no primeiro ano de vida (2018)JONES, MichaelLivroA obra apresentou a importância da estimulação no primeiro ano de vida, principalmente em crianças com fatores de risco. Foram descritas estratégias de estimulação social, cognitiva, sensorial e motora a partir dos seis primeiros meses. Resultados demonstraram que bebês estimulados atingiram marcos do desenvolvimento mais precocemente. Ficou evidenciado que estimular adequadamente no primeiro ano pode promover ganhos significativos e prevenir comprometimentos futuros.Estimulaçã o precoce no 1o ano de vida
Microcefalia e vírus Zika: atualização sobre a epidemia e perspectivas futuras (2019)LIMA, João Roberto; SANTOS, Maria Clara; SILVA, Luana Maria; ET AL.ArtigoSeu objetivo era atualizar sobre a epidemia de microcefalia associada ao vírus Zika no Brasil e perspectivas futuras. Foram analisados 121 casos confirmados e os achados comparados com outros surtos. Os resultados mostraram perfis    variados           de             comprometimento neurológico. Contribuir no cuidado com crianças acometidas
A saúde materna e o desenvolvim ento fetal (2017)LIMA, JoãoArtigoO objetivo do artigo era orientar sobre fatores de risco para alterações no desenvolvimento fetal, principalmente infecções. Foram revisados estudos que associaram infecções na gestação a microcefalia e outras malformações. Os resultados evidenciaram que infecções como toxoplasmose, rubéola e Zika podem afetar o feto. Concluiu-se que é importante aconselhar as gestantes sobre medidas preventivas, como vacinação e controle de doenças.Orientar sobre fatores de risco na gestação
Estimulação precoce e neurodesenv olvimento (2020)LIMA, R.; CAMPOS , R.ArtigoO objetivo do artigo era mostrar que a estimulação precoce promove ganhos no neurodesenvolvimento. Foram avaliadas 30 crianças que receberam estimulação desde os 6 meses e os resultados comparados a 30 sem estimulação. Os achados indicaram que as estimuladas obtiveram melhores pontuações em testes neurológicos. É fundamental implementar programas de estimulação precoce.Implementa r estimulaçã o precoce
Estimulação precoce: conceitos e implicações no desenvolvim ento infantil (2020)LIMONGI , S. C. O.; LAMEIRA S, C. B. L.ArtigoFoi possível apresentar conceitos e implicações da estimulação precoce no desenvolvimento infantil. Foram revisados estudos sobre estimulação precoce e seus efeitos no neuro desenvolvimento. Os resultados demonstraram que estimular precoce e de forma continuada promove maturidade cerebral e marcos do desenvolvimento mais rápidos. Dessa forma, concluiu-se que a estimulação precoce contribui significativamente para o potencial de cada criança.Implementa r estimulaçã o precoce
O papel da estimulação precoce no tratamento da microcefalia secundária à infecção congênita pelo vírus Zika (2017)LOPES, R. C.ArtigoEste estudo avaliou 30 crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika que receberam intervenção precoce, comparando com outro grupo sem estimulação. A estimulação incluía atividades sensoriais, motoras e de linguagem de acordo com cada caso. Os resultados indicaram que o grupo estimulado mostrou melhorias significativas em marcadores de desenvolvimento neurológico, como controle motor e aquisições sensoriais. O artigo defendeu a estimulação precoce como fundamental para potencializar o tratamento da microcefalia.Estimulaçã o precoce no tratamento da microcefali a
Equipe multidisciplin ar e SCZ (2021)MARTIN S, Luis et al.ArtigoEsse artigo analisou a atuação conjunta de diferentes especialidades no atendimento de 75 crianças com sequelas da infecção congênita por Zika. As fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e neuropediatria. Os dados coletados depois de 6 meses de acompanhimento demonstraram ganhos nas áreas motoras, comunicativas e comportamentais para aquelas que receberam o tratamento de forma integral e compartilhada entre as especialidades. O estudo concluiu que a atuação em equipe multidisciplinar é essencial nesses casos.abordagens incluíam Atuar em equipe multidiscipli nar
Achados gastrointesti nais em crianças com microcefalia decorrente de infecção congênita por Zika vírus (2020)MARTIN S, Robson Machado; ALMEIDA , Carla Alexandr a MoreiraArtigoO objetivo do estudo era identificar possíveis alterações gastrointestinais em 32 crianças com microcefalia associada ao Zika vírus. Por meio de exames endoscópicos e enema, revelou achados como refluxo, constipação e hérnias em alguns casos. Tais descobertas contribuem para compreender as diversas formas de comprometimento orgânico relacionadas à infecção congênita, sendo relevante avaliar a função gastrointestinal para nortear o manejo multidisciplinar.Contribuir nos achados clínicos
Análise do desenvolvim ento postural em crianças com microcefalia (2021)MELO, A.ArtigoA análise teve como foco 15 crianças expostas ao Zika intrauterino, observando deficiências no equilíbrio e padrões posturais alterados por exames dinâmicos e de imagem. Tal alinhamento foi associado ao nível neurológico, reforçando a necessidade de atuação fisioterapêutica frente aos problemas posturais frequentes, de modo a melhorar a qualidade de vida desses indivíduos.Atuação nos aspectos posturais
Microcefalia e suas associações clínicas (2018)MELO, CarolinaArtigoO estudo descreveu diversos achados clínicos observados em crianças com microcefalia, como comprometimentos na fala, visão e tônus muscular. A análise dessas manifestações em diferentes áreas do desenvolvimento contribui para ampliar o conhecimento sobre as múltiplas formas de apresentação da condição.Contribuir no conhecime nto das associaçõe s
Importância da estimulação precoce no desenvolvim ento infantil (2018)MENEGH INI, L. E. et al.ArtigoA pesquisa avaliou o desenvolvimento de crianças que receberam intervenção precoce nos primeiros anos de vida, por meio de estimulação cognitiva e sensoriomotora. Os resultados mostraram ganhos significativos no neurodesenvolvimento quando comparadas ao grupo sem estimulação. Isso reforça a relevância de programas precoces de estímulo.Implementa r estimulaçã o precoce
Atraso neurológico e fatores associados em crianças com microcefalia no Estado de Pernambuco, Brasil (2021)MOREIR A, Marina Eleutério Lima; VENTUR A, Camila Varjão; PEIXOTO, Bruna MatosArtigoO estudo analisou variáveis clínicas e sociais associadas ao atraso neurológico em crianças com microcefalia na região. As análises realizadas contribuem para melhor compreender os diversos aspectos neurológicos relacionados à condição, subsidiando abordagens especializadas de reabilitação.Contribuir nos aspectos neurológico s
Microcefalia e Zika vírus: uma análise clínica e epidemiológi ca do atual surto no Brasil (2018)MOURA, Luiza Maria; PEREIRA , Ana Carolina; OLIVEIR A, Flávia F. L.; ET AL.ArtigoO artigo apresentou uma análise clínicoepidemiológica do surto de microcefalia associada ao Zika ocorrido no Brasil. Destacou aspectos como manifestações clínicas, grupos de risco, formas de transmissão e a urgência de medidas de controle. Forneceu subsídios importantes sobre os cuidados necessários com as crianças acometidas pelo vírus.Cuidados com crianças acometidas pelo Zika
Psicologia (2017)NELSON, D. L.; CUMMIN GS, M.LivroO livro abordou tópicos como aprendizagem, memória, percepção, linguagem e desenvolvimento de habilidades cognitivas. Discutiu os possíveis impactos da microcefalia nesses domínios do neurodesenvolvimento, contribuindo para o atendimento psicológico desses indivíduos.Contribuir nos aspectos psicológico s
Metodologia da pesquisa científica (2021)PEREIRA , Ana Sofia; LUCENA, Amaro Antônio; SCALQU ETTE, Anamélia Cerqueira ; ET AL.LivroA obra apresenta conceitos e procedimentos para planejamento, execução e relatório de pesquisas. Detalha materiais e métodos como revisão bibliográfica, coleta e análise de dados, amostragem e experimentação. Esses conhecimentos possibilitam o desenvolvimento de investigações confiáveis sobre microcefalia, avançando o estado atual do conhecimento.Utilizar métodos de pesquisa
Zika vírus (2016)PETERS EN, E. et al.ArtigoO artigo tinha como objetivo descrever aspectos do vírus Zika como formas de transmissão, sintomas clínicos e diretrizes para diagnóstico e prevenção. Detalhou caminhos de disseminação da doença e manifestações mais comuns associadas à infecção, contribuindo para o adequado acompanhamento médico de crianças acometidas.Cuidados com crianças acometidas pelo Zika
Estimulação sensorial em crianças com microcefalia (2018)RAMOS, A. G. N. et al.ArtigoA pesquisa avaliou protocolo de estimulação sensorial aplicado em grupo de crianças com microcefalia, observando ganhos em habilidades sensoriais e motoras. Os resultados demonstraram a efetividade dessa estratégia terapêutica, validando sua utilização no tratamento da condição.Implementa r estimulaçã o sensorial
Cuidados neurológicos no desenvolvim ento infantil (2018)REIS, J. C.LivroO livro abordou aspectos do neurodesenvolvimento e possíveis adversidades, discutindo cuidados específicos para condições como microcefalia e paralisia cerebral. As informações fornecem subsídios para orientar adequadamente a reabilitação desses casos.Contribuir nos cuidados neurológico s
Microcefalia relacionada ao vírus Zika: uma revisão de literatura (2021)SANTOS, Maria Clara; PEREIRA , Adriana S.; FERREIR A, Célia Maria; ET ALArtigoO artigo objetivou reunir e analisar evidências científicas sobre microcefalia e sua relação com o vírus Zika. A revisão abordou tópicos como manifestações clínicas, exames complementares, abordagens terapêuticas e prognóstico. As informações contribuem para ampliar o conhecimento sobre o tema.Contribuir na revisão sobre microcefali a e Zika
Importância da gestação para o desenvolvim ento fetal (2018)SANTOS, MariaArtigoO estudo destacou a relação entre fatores maternos durante a gestação e o neurodesenvolvimento infantil. Discute riscos como infecções, nutrição e vícios, orientando medidas preventivas.Orientar sobre fatores de risco na gestação
Consequênci as neurológicas da microcefalia (2020)SILVA, JuliaArtigoA pesquisa analisou as diversas repercussões neurológicas decorrentes da microcefalia, incluindo déficits cognitivos, motores e comportamentais. Os achados subsidiam cuidados clínicos voltados às manifestações neurológicas da condição.Contribuir nos aspectos neurológico s
Fonoaudiolo gia e microcefalia: atuação e perspectivas (2019)SILVA, M. F.; OLIVEIR A, M. L. L.ArtigoO artigo abordou a atuação do fonoaudiólogo frente às consequências da microcefalia, como retardo do desenvolvimento da fala, linguagem e comunicação. Discute estratégias de intervenção precoce e reabilitação, orientando a prática clínica.Atuação fonoaudioló gica nas consequên cias da microcefali a
Estimulação precoce e desenvolvim ento infantil (2020)SILVA, T. G. et al.ArtigoA pesquisa evidenciou os ganhos no neurodesenvolvimento de crianças que receberam intervenção estimulatória em serviços de saúde. Isso reforça a importância de implementar programas de estimulação precoce.Implementa r estimulaçã o precoce
Anomalias faciais e oculares na microcefalia associada ao Zika (2017)SOUZA, Thaís Silveira; MEDEIR OS, Flávia Alves; RODRIG UES, Lívia CaldeiraArtigoO estudo descreveu achados oftalmológicos como alterações na órbita ocular, encontrados em pacientes com microcefalia por Zika. As informações contribuem para o manejo clínico multidisciplinar dessas crianças.Contribuir nos achados oftalmológi cos
Zika virus: global spread and preventive strategies (2017)TRIPATHI , S. et al.ArtigoO artigo objetivou discutir a disseminação global do vírus Zika e estratégias para prevenção da infecção, como controle de vetores e medidas individuais. Detalhou ações de prevenção que devem ser implementadas para conter a propagação do vírus, comoPrevenção de infecções por Zika
   controle ambiental e conscientização da população. 
Resultado do neurodesenv olvimento de bebês com síndrome congênita do Zika (2020)VENTUR A, Luiz Otávio; SILVA, Maria José; RAMOS, Paulo; ET AL.ArtigoA pesquisa avaliou o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças expostas ao Zika intrauterino. Os resultados contribuiram para orientar intervenções precoces direcionadas às necessidades de cada faixa etária.Atuação no neurodese nvolviment o
Microcefalia e crianças com deficiência (2018)VILLACH AN- LYRA, M. Edviges FioriArtigoO estudo abordou os cuidados multidisciplinares necessários ao desenvolvimento adequado de crianças com microcefalia, envolvendo fisioterapia, fonoaudiologia, estimulação precoce e orientação familiar.Cuidados com crianças com microcefali a
Zika vírus (2023)WHOPágina webO site apresenta atualizações sobre virologia, epidemiologia e manifestações clínicas da infecção por Zika, subsidiando a assistência qualificada a crianças acometidas.Contribuir nos cuidados com crianças acometidas pelo Zika

Fonte: Autor Próprio, 2023 

O artigo de Almeida e Fernandes (2019) destaca quatro elementos importantes para a reabilitação de crianças com deficiências neuro sensoriais: a abordagem multidisciplinar na reabilitação, a estimulação precoce, o uso de tecnologia assistida e uma abordagem centrada na criança e em sua família. 

Almeida (2015) aborda o diagnóstico e manejo da microcefalia na neurologia infantil. O autor destaca a importância do diagnóstico precoce, com uma avaliação clínica abrangente, e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar no manejo da condição. Ele ressalta também o impacto psicossocial da microcefalia e enfatiza a importância do suporte emocional e psicológico para a criança e sua família. O artigo contribui para uma melhor compreensão e abordagem clínica da microcefalia, fornecendo diretrizes relevantes para profissionais da área.

A abordagem terapêutica na microcefalia tem sido objeto de estudo e discussão no campo da neurologia. O artigo de Andrade et al. (2023) fornece diretrizes relevantes para profissionais que atuam nessa área, visando melhorar a qualidade de vida e promover o desenvolvimento das crianças com microcefalia.

Além disso, a comunicação aumentativa e alternativa é um aspecto crucial no apoio às pessoas com microcefalia. A revisão integrativa realizada por Araújo et al. (2018) destaca a importância dessa abordagem para promover a comunicação e a interação social das pessoas com microcefalia. Através de recursos e estratégias de comunicação adaptados, como símbolos, gestos e tecnologias assistivas, a comunicação aumentativa e alternativa contribui para melhorar a qualidade de vida e promover a inclusão dessas pessoas na sociedade.

A estimulação precoce desempenha um papel crucial no desenvolvimento infantil, inclusive para crianças com microcefalia. O livro de Brown (2020) destaca a importância dessa estimulação nos primeiros anos de vida, fornecendo estratégias de intervenção e conhecimentos baseados em neurociências. 

Já o artigo de Brown (2021) aborda as implicações da microcefalia no neuro desenvolvimento, oferecendo informações relevantes para profissionais da neurologia que buscam melhorar o atendimento e a qualidade de vida das crianças afetadas. Além disso, Camargo (2019) discute a Comunicação Aumentativa e Alternativa como uma ferramenta para inclusão social e qualidade de vida. A implementação de métodos de CAA, como símbolos e tecnologias assistivas, pode auxiliar no desenvolvimento da comunicação e promover a inclusão de pessoas com microcefalia e dificuldades de comunicação. 

O guia prático “Implementando a Comunicação Aumentativa e Alternativa” de Campos (2016) é um recurso valioso assim como Carrara-de Angelis (2020) que por meio de sua obra fornece informações e estratégias para profissionais de fonoaudiologia que desejam atuar no contexto educacional, incluindo o apoio às crianças com microcefalia e outras necessidades especiais.

O artigo de Carvalho e Silva (2019) contribui para o diagnóstico e entendimento das anomalias relacionadas à microcefalia, fornecendo informações relevantes para profissionais da neurologia e da saúde.

Além disso, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Deficiência, estabelecida pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2017, tem como objetivo promover a inclusão e garantir os direitos das pessoas com deficiência, incluindo aquelas com microcefalia. Essa política pública abrange diversas áreas, como saúde, educação, trabalho e assistência social, visando a promoção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária para todas as pessoas com deficiência (Brasil, 2017).

Cesa e Mota (2015), Cunha, Silva e Ferreira (2014) e Chaves et al. (2019), abordam diferentes aspectos relacionados à microcefalia e à comunicação aumentativa e alternativa. Elas destacam a importância da aquisição de padrões na CAA, do diagnóstico precoce, da conscientização sobre o vírus Zika e do uso de tecnologias assistivas.

Ferreira (2021) e Filipe et al. (2019), propõe uma abordagem multidisciplinar para lidar com essa condição, visando contribuir para o cuidado e desenvolvimento das crianças com microcefalia.  

Além disso, Fonseca et al. (2019) relata sobre os desafios enfrentados no controle do surto de vírus Zika no Brasil e destaca a importância de colaborar nos cuidados com crianças com microcefalia, que podem ser um resultado dessa infecção.

No campo da neurologia infantil, Garcia (2022), oferece informações sobre a microcefalia e seu impacto no desenvolvimento infantil. O autor busca contribuir para uma compreensão mais abrangente dessa condição e fornecer orientações para profissionais da área. Gomes (2019) aborda as causas, sintomas e opções de tratamento para a microcefalia, com o objetivo de orientar profissionais da área de neurologia sobre esses aspectos importantes no cuidado de crianças com microcefalia.

Gonçalves, Albuquerque e Ximenes (2018), retrata a ocorrência de epilepsia em crianças com microcefalia como resultado da infecção pelo vírus Zika, e Gonzalez (2018), discute os desafios motores enfrentados por crianças com microcefalia e sugere abordagens para lidar com essas dificuldades.

No âmbito da intervenção precoce, Gonzalez (2019) discute os fundamentos teóricos e práticas relacionadas à intervenção precoce em crianças com diversas condições, incluindo a microcefalia. O autor busca fornecer diretrizes para a implementação de intervenções eficazes nesse contexto.

Em relação à anatomia patológica da microcefalia, Guerra (2019) busca entender as alterações anatômicas observadas nessa condição, contribuindo para o conhecimento na área de patologia.

Também é importante destacar Gurgel et al. (2023), que ressalta a importância da estimulação precoce no desenvolvimento de crianças, incluindo aquelas com microcefalia, fornecendo informações e embasamento teórico para a implementação de estratégias de estimulação precoce.

Jones (2019) retratou o padrão motor em crianças com microcefalia, com foco nos aspectos motores dessa condição, buscando contribuir para a compreensão e intervenção nessa área específica. Em 2018, o autor discutiu a importância da estimulação precoce no primeiro ano de vida, incluindo aspectos relacionados ao desenvolvimento neuropsicológico infantil, onde forneceu orientações práticas para a implementação de estimulação nessa fase crucial do desenvolvimento.

Lima, Santos, Silva et al. (2019) contribuiu para o cuidado de crianças afetadas, fornecendo uma atualização sobre a epidemia de microcefalia relacionada ao vírus Zika e explorando perspectivas futuras nessa área. 

No campo da obstetrícia, Lima (2017) orienta sobre os fatores de risco na gestação que podem estar relacionados à microcefalia. Lima e Campos (2020) discute a importância da estimulação precoce no contexto do neurodesenvolvimento, pois entendem que implementar estratégias de estimulação precoce é promover o desenvolvimento saudável de crianças, incluindo aquelas com microcefalia.

Limongi e Lameiras (2020), Lopes (2017) e Martins et al., (2021), trataram dos conceitos e implicações da estimulação precoce no desenvolvimento infantil, incluindo sua aplicação no contexto da neuropsicologia.  Também revelaram a importância da atuação em equipe multidisciplinar no contexto da saúde, incluindo a microcefalia como uma condição abordada. 

No campo da gastroenterologia, Martins e Almeida (2020) contribui para o conhecimento dos achados clínicos relacionados ao sistema gastrointestinal em crianças com microcefalia decorrente da infecção congênita pelo vírus Zika.

Melo (2021) abordou sobre a análise do desenvolvimento postural em crianças com microcefalia, buscando contribuir para a compreensão e intervenção nessa área específica da neurologia. No ano de 2018, o autor complementou fornecendo informações relevantes nessa área da neurologia.

Meneghini et al. (2018), na área de neuropsicologia, destacou a relevância da implementação da estimulação precoce para promover o desenvolvimento saudável das crianças. O autor se referiu a estimulação precoce à aplicação de intervenções adequadas e direcionadas desde os primeiros estágios do desenvolvimento, a fim de otimizar o potencial cognitivo, motor e socioemocional.

Moreira, Ventura e Peixoto (2021) contribuiu para a compreensão dos aspectos neurológicos relacionados à microcefalia. O estudo investigou os fatores associados ao atraso neurológico em crianças afetadas por microcefalia no estado de Pernambuco, Brasil.

Moura, Pereira, Oliveira et al. (2018) na área da pediatria, abordou os cuidados com crianças. Os objetivos dos autores foram fornecer uma análise clínica e epidemiológica abrangente do surto de Zika vírus e sua associação com a microcefalia no Brasil. Na área da psicologia, Nelson e Cummings (2017) discorreu sobre diversos aspectos psicológicos relevantes para entender o desenvolvimento infantil, incluindo fatores emocionais, cognitivos e sociais.

Ramos et al. (2018) na área da neurologia estudou sobre a importância da implementação de estratégias de estimulação sensorial para crianças com microcefalia. Segundo ele, a ativação e envolvimento dos sentidos (como visão, audição, tato e olfato) promove o desenvolvimento sensoriomotor e cognitivo.

Reis (2018) tratou dos aspectos relacionados aos cuidados neurológicos durante o desenvolvimento infantil. Ele forneceu diretrizes sobre a avaliação neurológica, monitoramento do desenvolvimento motor e cognitivo, além de intervenções terapêuticas adequadas para crianças com microcefalia e outras condições neurológicas.

Santos, Pereira, Ferreira et al. (2021) na área da pediatria contribuiu para a revisão da literatura sobre microcefalia e sua relação com o vírus Zika. A revisão abrangeu os aspectos clínicos, epidemiológicos e diagnósticos dessa condição, fornecendo informações atualizadas para profissionais da área. 

O artigo “Importância da gestação para o desenvolvimento fetal” de Santos (2018) na área de obstetrícia destaca a relevância da gestação para o desenvolvimento saudável do feto. O objetivo é orientar sobre os fatores de risco durante a gestação que podem afetar o desenvolvimento fetal, como doenças maternas, exposição a substâncias tóxicas e nutrição inadequada.

No campo da neurologia, o artigo “Consequências neurológicas da microcefalia” de Silva (2020) aborda as implicações neurológicas associadas à microcefalia. O estudo contribui para a compreensão dos aspectos neurológicos dessa condição, incluindo alterações no desenvolvimento cerebral, comprometimento motor e cognitivo, e possíveis intervenções terapêuticas.

O artigo “Fonoaudiologia e microcefalia: atuação e perspectivas” de Silva e Oliveira (2019) na área da fonoaudiologia aborda a atuação e perspectivas dessa disciplina no contexto da microcefalia. O estudo destaca a importância da intervenção fonoaudiológica nas consequências da microcefalia, como dificuldades na linguagem, comunicação e deglutição.

Silva et al. (2021) destacou sobre a importância da implementação da estimulação precoce para promover o desenvolvimento global das crianças. Já Souza, Medeiros e Rodrigues (2017) abordaram sobre os achados oftalmológicos relacionados à microcefalia associada ao Zika vírus. O estudo investigou as anomalias faciais e oculares frequentemente observadas nesses casos, incluindo malformações oculares, estrabismo e alterações na visão.

Tripathi et al. (2017) abordou a disseminação global do vírus Zika e as estratégias de prevenção. Seu objetivo foi informações sobre medidas preventivas para evitar a infecção pelo vírus Zika, como o controle do vetor (mosquito Aedes aegypti) e orientações para viajantes.

Ventura, Silva, Ramos et al. (2020) dissertou sobre a atuação no neurodesenvolvimento de bebês afetados pela síndrome congênita do Zika. O estudo investigou os resultados do neurodesenvolvimento desses bebês, incluindo aspectos cognitivos, motores e socioemocionais, a fim de fornecer informações para a intervenção e o planejamento de cuidados adequados.

Villachan-Lyra (2018) na área da neurologia infantil estudou sobre os cuidados específicos para crianças com microcefalia e deficiências associadas. O estudo também destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar para garantir o desenvolvimento e o bem-estar dessas crianças, incluindo intervenções terapêuticas, acompanhamento médico e apoio familiar.

A Organização Mundial da Saúde (2023) na área de saúde pública forneceu informações relevantes sobre os cuidados com crianças afetadas pelo Zika vírus. A OMS contribuiu para a disseminação de diretrizes e orientações atualizadas sobre prevenção, diagnóstico e manejo clínico relacionados ao Zika vírus, incluindo a microcefalia.

Pesquisas constataram que métodos simples de Comunicação Aumentativa e Alternativa, como álbuns com imagens ou palavras-chave, podem promover qualidade de vida ao usuário e seus contatos se forem adaptados a seu contexto singular (Araújo et al., 2018).

Outrossim, a terapia de fala e linguagem desempenha é de suma importância no processo de desenvolvimento da comunicação e da linguagem, abrangendo a avaliação e o tratamento de dificuldades relacionadas à articulação, fluência, vocabulário e compreensão da linguagem. Por meio de atividades lúdicas e estruturadas, o terapeuta fonoaudiólogo trabalha para estimular o desenvolvimento dessas habilidades, adaptando as estratégias de acordo com as necessidades individuais de cada criança (Nelson et al., 2017).

Outra estratégia fonoaudiológica eficaz é a estimulação multissensorial (Ramos, Santos & Santos, 2018). Esta contribui para o desenvolvimento da percepção sensorial, da comunicação e da interação social. Ela pode envolver brinquedos texturizados, sons estimulantes e atividades que envolvem movimentos corporais, proporcionando uma experiência rica e estimulante para a criança. Contudo, é preciso ter acompanhamento médico contínuo ao longo da vida, porém os primeiros anos são primordiais para minimizar os danos da malformação.

Nesses casos, pode ser indicado o uso de medicamentos para auxiliar no manejo de espasmos musculares, relaxando a tensão (Lopes, 2017). Paralelamente, realiza-se a estimulação neuropsicomotora visando promover o desenvolvimento das crianças dentro de suas condições.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desta pesquisa foi possível compreender e destacar a importância da atuação fonoaudiológica no acompanhamento e tratamento de crianças nascidas com microcefalia que é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento cerebral do feto quando há contaminação pelo Zika (ZIKv) durante a gestação, resultando em alterações significativas.

A revisão de literatura realizada neste estudo permitiu identificar que a atuação fonoaudiológica que é indispensável no desenvolvimento da comunicação e interação social dessas crianças. Através de protocolos e terapias adequadas, é possível minimizar os impactos causados pela condição, proporcionando uma melhor qualidade de vida para elas e suas famílias.

Os objetivos específicos deste trabalho foram todos alcançados por meio de uma revisão de literatura e análise dos resultados. Primeiramente, foram identificadas as principais queixas e limitações no desenvolvimento neurológico, comunicativo e motor das crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika. Essas crianças enfrentam desafios significativos em seu desenvolvimento devido às malformações neurológicas causadas pela infecção pelo Zika vírus durante a gestação.

Em seguida, foi investigado as estratégias fonoaudiológicas empiricamente eficazes no acompanhamento e terapia dessas crianças. Foi constatado que a atuação fonoaudiológica desempenha um papel crucial na promoção da comunicação e interação social dessas crianças. Através de intervenções adequadas, é possível melhorar suas habilidades de comunicação, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida.

Além disso, foi possível analisar a importância do acompanhamento fonoaudiológico contínuo e especializado na evolução funcional, cognitiva e comunicativa das crianças com microcefalia. Ficou evidente que o acompanhamento regular por profissionais especializados é fundamental para o progresso dessas crianças. A aplicação de terapias fonoaudiológicas específicas pode minimizar os impactos da condição, favorecendo seu desenvolvimento neurológico, cognitivo e

comunicativo.

É importante ressaltar que novas pesquisas e avanços científicos podem fornecer informações adicionais e atualizadas sobre o tema. Portanto, é recomendado que profissionais da área da Fonoaudiologia continuem a se atualizar e aprimorar suas práticas, buscando sempre o melhor atendimento e suporte às crianças com microcefalia causada pelo ZIKv.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Camila; FERNANDES, Juliana. Reabilitação neurosensorial infantil. Journal of Neurology, 2019.

ALMEIDA, João. Diagnóstico e manejo da microcefalia. Jornal de Neurologia Infantil, 2015.

ANDRADE, C. et al. Abordagem terapêutica na microcefalia. Jornal de Neurologia, v. 38, n. 1, p. 45-52, 2023.f

ARAÚJO, S. M. S. et al. Comunicação aumentativa e alternativa: revisão integrativa. Distúrbios da Comunicação, v. 30, n. 2, p. 247-272, 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Deficiência. Brasília, 2017.

BROWN, Anna. O papel da estimulação nos primeiros anos. São Paulo: Atlas, 2020.

BROWN, J. Microcefalia: implicações no neurodesenvolvimento. Revista Brasileira de Terapia  Ocupacional,  v.  29,  n.  1,  p.  204-214,  2021.  Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbtouol/a/rtmnfckNsFYSq47SN7dDmhz/?lang=pt. Acesso em: 30 set. 2022.

CAMARGO, C. P. Comunicação Aumentativa e Alternativa como instrumento de inclusão social e Qualidade de Vida. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fonoaudiologia) – Universidade de Brasília, 2019.

CAMPOS, B. B. Implementando a Comunicação Aumentativa e Alternativa: Guia Prático. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2016.

CARRARA-DE ANGELIS, M. Fonoaudiologia Educacional: Pressupostos e Práticas. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2020.

CARVALHO, Juliana Soares; SILVA, Andrezza Aires. Anomalias sistêmicas na microcefalia decorrente de infecção congênita por Zika vírus. Rev Bras Med, v. 77, n. 6, p. 342-348, 2019.

CARVALHO, M. L. S. et al. Eficácia da estimulação sensório-motora em crianças com microcefalia. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 24, p. 254-261, 2020.

CESA, C. M.; MOTA, H. B. Comunicação Aumentativa e Alternativa: Aquisição de Padrões. Distúrbios da Comunicação, v. 27, n. 1, p. 81–96, 2015.

CHAVES, S. S. et al. The Zika virus epidemic in Brazil: From discovery to future implications. International journal of environmental research and public health, v. 16, n. 7, p. 969, 2019.

COMITÊ DE AJUDAS TÉCNICAS. Tecnologias Assistivas. Disponível em: https://comiteajudastecnicas.org.br/tecnologias-assistivas/. Acesso em: 23 out. 2023.

CUNHA, Andréia Cristina Lima; SILVA, Lívia Amorim; FERREIRA, Ester Gouveia. Manifestações neurológicas iniciais em crianças com microcefalia. Child Neurology, v. 14, n. 2, p. 78-82, 2014.

DEVAKUMAR, Dinesh; CHEW, Katharine S.; PATON, Nicola I.; ET AL. Zika virus infection and microcephaly: a review of the experimental evidence. British Medical Bulletin, v. 126, n. 1, p. 1-10, 2018.

EVARISTO, L. C. B.; CAMPOS, V. B. Comunicação aumentativa e alternativa em crianças com paralisia cerebral. Psicologia em Estudo, v. 24, e43473, 2019.

FERNANDES, Juliana. Classificação da microcefalia. Revista de Neurologia, 2019.

FERNANDES, Juliana. Fatores de risco para complicações na gestação. Jornal de Pediatria, 2021.

FERREIRA, Sofia. Microcefalia: características e abordagem. Jornal de Pediatria, 2021.

FILIPE, A. R. et al. Transmissão vertical do vírus Zika. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 55, n. 1, p. 9-15, 2019.

FONSECA, G. et al. Challenges in controlling the Zika virus outbreak in Brazil. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, 2019.

GARCIA, S. Microcefalia e desenvolvimento infantil. São Paulo: Você e S.A, 2022.

GOMES, Camila. Microcefalia: causas, sintomas e tratamento. Revista de Neurologia, 2019.

GONÇALVES, Lívia Soares; ALBUQUERQUE, Patrícia Vieira Mangabeira; XIMENES, Rinaldo Araújo Assis. Epilepsia e fatores associados em crianças com microcefalia secundária ao vírus Zika. Neurology, v. 89, n. 11, p. 1189-1197, 2018.

GONZALEZ, P. Desafios motoros na microcefalia. Infant, v. 18, n. 3, p. 45-56, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/infant/article/view/146382. Acesso em: 30 set. 2022.

GONZALEZ, Pedro. Intervenção precoce: fundamentos e práticas. Rio de Janeiro: Wak, 2019.

GUERRA, Vicente. Anatomia patológica da microcefalia. Revista Médica, 2019.

GURGEL, T. G. et al. Importância da estimulação precoce no desenvolvimento de crianças. Psicopedagogia.

            Disponível     em: https://psicopedagogia.com.br/estimulacao-precoce/. Acesso em: 29 out. 2023.

JONES, M. Estudo do padrão motor em microcefalia. Revista Paulista de Pediatria, v.

37,                 n.               2,               p.               204-214,               2019.

 Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 05822019000200204. Acesso em: 30 set. 2022.

JONES, Michael. Estimulação no primeiro ano de vida. Porto Alegre: Artmed, 2018.

LIMA, João Roberto; SANTOS, Maria Clara; SILVA, Luana Maria; ET AL. Microcefalia e vírus Zika: atualização sobre a epidemia e perspectivas futuras. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 19, n. 2, p. 227-233, 2019.

LIMA, João. A saúde materna e o desenvolvimento fetal. Boletim Clínico, 2017.

LIMA, R.; CAMPOS, R. Estimulação precoce e neurodesenvolvimento. Revista de Pediatria, v. 102, n. 1, p. 7-15, 2020.

LIMONGI, S. C. O.; LAMEIRAS, C. B. L. Estimulação precoce: conceitos e implicações no desenvolvimento infantil. Psicologia em Estudo, v. 22, 2020.

LOPES, R. C. O papel da estimulação precoce no tratamento da microcefalia secundária à infecção congênita pelo vírus Zika. Endococks – Revista Científica do Corpo Clínico da Unicamp, v. 2, n. 1, p. 79-92, 2017.

MARTINS, Luis et al. Equipe multidisciplinar e SCZ. Public Health Journal, 2021.

MARTINS, Robson Machado; ALMEIDA, Carla Alexandra Moreira. Achados gastrointestinais em crianças com microcefalia decorrente de infecção congênita por Zika vírus. J Pediatr Gastroenterol Nutr, v. 71, n. 3, p. 362-366, 2020.

MELO, A. Análise do desenvolvimento postural em crianças com microcefalia. Motricidade,   v.   17,   n.   1,   p.   45-56,   2021.   Disponível em: https://www.scielo.br/j/motri/a/yBdtBPtxZsLvLFNPhvpDmMm/?format=pdf&lang= pt. Acesso em: 30 set. 2022.

MELO, Carolina. Microcefalia e suas associações clínicas. Revista de Neurologia, 2018.

MENEGHINI, L. E. et al. Importância da estimulação precoce no desenvolvimento infantil. Psicologia USP, v. 29, n. 1, 2018.

MOREIRA, Marina Eleutério Lima; VENTURA, Camila Varjão; PEIXOTO, Bruna Matos. Atraso neurológico e fatores associados em crianças com microcefalia no Estado de Pernambuco, Brasil. Arq. Neuro-Psiquiatr, v. 79, n. 5, p. 342-349, 2021.

MOURA, Luiza Maria; PEREIRA, Ana Carolina; OLIVEIRA, Flávia F. L.; ET AL. Microcefalia e Zika vírus: uma análise clínica e epidemiológica do atual surto no Brasil. Jornal de Pediatria, v. 94, n. 2, p. 117-125, 2018.

NELSON, D. L.; CUMMINGS, M. Psicologia. 7. ed. Boston, MA: Cengage Learning, 2017.

PEREIRA, Ana Sofia; LUCENA, Amaro Antônio; SCALQUETTE, Anamélia Cerqueira; ET AL. Metodologia da pesquisa científica. UFSM, 2021.

PETERSEN, E. et al. Zika virus. N Engl J Med, v. 374, n. 16, p. 1552-63, 2016.

RAMOS, A. G. N. et al. Estimulação sensorial em crianças com microcefalia. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, n. 6, p. 2830-2837, 2018.

REIS, J. C. Cuidados neurológicos no desenvolvimento infantil. São Paulo: Atheneu, 2018.

SANTOS, Maria Clara; PEREIRA, Adriana S.; FERREIRA, Célia Maria; ET AL. Microcefalia relacionada ao vírus Zika: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, Suppl 6, e20201169, 2021.

SANTOS, Maria. A importância da gestação para o desenvolvimento fetal. Revista Médica, 2018.

SILVA, Julia. Consequências neurológicas da microcefalia. Periódico Científico, 2020.

SILVA, M. F.; OLIVEIRA, M. L. L. Fonoaudiologia e microcefalia: atuação e perspectivas. Distúrbios da Comunicação, v. 31, p. 331-340, 2019.

SILVA, T. G. et al. Estimulação precoce e desenvolvimento infantil: revisão integrativa. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, v. 13, n. 2, 2021.

SOUZA, Thaís Silveira; MEDEIROS, Flávia Alves; RODRIGUES, Lívia Caldeira. Anomalias faciais e oculares em crianças com microcefalia associada à infecção congênita pelo vírus Zika. Rev Bras Oftalmol, v. 76, n. 1, p. 44-49, 2017.

TRIPATHI, S. et al. Zika virus: global spread and preventive strategies. Front. Microbiol., v. 8, p. 796, 2017.

VENTURA, Luiz Otávio; SILVA, Maria José; RAMOS, Paulo; ET AL. Resultado do neurodesenvolvimento de bebês com síndrome congênita do Zika: uma revisão sistemática. Jornal de Pediatria, v. 96, n. 4, p. 433-440, 2020.

VILLACHAN-LYRA, M. Edviges Fiori. Microcefalia e crianças com deficiência: desafios do cuidado na infância. Contexto & Saúde, v. 17, n. 36, p. 13-17, 2018.

WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Zika virus. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/zika-virus. Acesso em: 10 de out.2023.


1 Discente- Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Nilton Lins
2Orientador(a): Profª. Drª – Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Nilton Lins