REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8071836
Marieli Carolina Stolber1
Paola Miranda Sulis2
Silviane Galvan Pereira3
Beatris Tres4
RESUMO
Introdução: Empresas abertas por enfermeiros geram novos mercados de trabalho, indicando novos empreendedores de negócios, expandindo o cenário atual dos profissionais de enfermagem, onde foi retratado o ramo da estética. O problema da enfermagem estética é que ficou por muito tempo sem respaldo legal. Somente em 2016, esta profissão do enfermeiro ficou reconhecida legalmente, e aceita no ramo da estética, por meio da resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 529/2016, porém, a resolução ficou suspensa pelas ordens judiciais públicas, temporariamente, impedindo que o enfermeiro pudesse exercer suas atividades nesta área de atuação Objetivos: Identificar o perfil sociodemográfico de enfermeiros inseridos no mercado de trabalho na área de estética e Descrever as atividades realizadas por enfermeiros que atuam no mercado de trabalho na área de estética. Metodologia: Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, com conduta quantitativa, elaborada através de questionários online, compostos por perguntas fechadas. Conclusão: Esta pesquisa permitiu identificar o perfil dos enfermeiros que atuam na área da estética, e também o estudo do mercado de trabalho desta área, em diferentes regiões do Brasil. Por meio da área da estética, o enfermeiro visualiza a oportunidade de exercer suas competências e aptidões, que já foram adquiridas na assistência em Enfermagem, de forma autônoma e/ou independente, como empreendedores.
Palavras-chave: Estética. Mercado de Trabalho. Profissional de Enfermagem.
SUMMARY
Introduction: Companies opened by nurses generate new job markets, indicating new business entrepreneurs, expanding the current scenario of nursing professionals, where the field of aesthetics was portrayed. The problem with aesthetic nursing is that it remained without legal support for a long time. Only in 2016, this nursing profession was legally recognized, and accepted in the field of aesthetics, through the resolution of the Federal Nursing Council (COFEN) 529/2016, however, the resolution was temporarily suspended by public court orders, preventing nurses could carry out their activities in this field Objectives: To identify the sociodemographic profile of nurses working in the field of aesthetics and to describe the activities carried out by nurses working in the field of aesthetics. Methodology: This study is an exploratory-descriptive research, with quantitative conduct, elaborated through online questionnaires, composed of closed questions.
Conclusion: This research allowed identifying the profile of nurses who work in the area of aesthetics, and also the study of the labor market in this area, in different regions of Brazil. Through the area of aesthetics, nurses see the opportunity to exercise their skills and abilities, which have already been acquired in nursing care, autonomously and/or independently, as entrepreneurs.
Keywords: Aesthetics. Job market. Nursing Professional.
INTRODUÇÃO
O mercado de trabalho é uma relação de troca entre provedores de mão de obra e candidatos a emprego, também pode ser entendido como aqueles que ofertam um trabalho e os que demandam de um. Por um lado, o sistema produtivo deve prover- se do trabalho necessário para gerar riqueza, por outro lado os trabalhadores precisam dos recursos financeiros e sociais para sua sobrevivência (AMARAL et al., 2012).
O mercado de trabalho encontra-se cada vez mais competitivo, e procura por profissionais habilidosos e competentes, pelo fato de necessitar de especialistas conscientes e cientificados conforme sua realidade profissional (APRIGIO, 2013).
Empresas abertas por enfermeiros geram novos mercados de trabalho, indicando novos empreendedores de negócios, expandindo o cenário atual dos profissionais de enfermagem, onde vamos retratar o ramo da estética (COLICHI; LIMA, 2018).
O conselho nacional de enfermagem- COFEN em 2016 com a resolução n°0529/2016 aprova a normatização do enfermeiro na área de estética, atualizado em 2020, com as novas competências do enfermeiro: Realizar a consulta de enfermagem, anamnese e estabelecer o tratamento mais adequado à pessoa, prescrever os cuidados domiciliares e orientações para o autocuidado aos pacientes submetidos aos procedimentos estéticos, registrar em prontuário todas as ocorrências e dados referentes ao procedimento, realizar processo de seleção de compra de materiais para uso estético, na instituição de saúde, estabelecer protocolos dos procedimentos estéticos, manter-se atualizado através de treinamentos, cursos específicos, capacitação, entre outros(RESOLUÇÃO COFEN 626/2020).
Enfermeiro habilitado, nos termos do art. 4º da Resolução Cofen nº 529/2016, poderá realizar os seguintes procedimentos na área da estética: Carboxiterapia, cosméticos, cosmecêuticos, dermo pigmentação, drenagem linfática, eletroterapia/eletrotermofototerapia, terapia combinada de ultrassom e micro correntes, micro pigmentação, ultrassom cavitacional, vacuoterapia (RESOLUÇÃO COFEN 626/2020).
Outros procedimentos como escleroterapia peeling superficial e médio, ultrassom cavitacional, aplicação de toxina botulínica, ácido hialurônico, fios de sustentação e procedimentos em micro vasos PEIM ainda são discutidos em instância judicial, contudo em 2017 esses foram autorizados pelo COFEN e também não infringem o ato médico pela resolução nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que considera privativo ao médico os procedimentos invasivos, e que para efeitos da lei, são aqueles que atingem orifícios naturais do corpo, atingindo órgãos internos. Sendo assim, nenhum dos procedimentos supramencionados são de caráter invasivo, de acordo com a lei. Por isso, salienta-se que o enfermeiro generalista não pode realizar tais procedimentos, e que só os realizam os especialistas, com formação em pós- graduação lato sensu, formação contínua e com mais de 100 horas de aulas práticas,reconhecidos pelo MEC, assim como é exigido para outros profissionais (RAFAEL POLAKIEWICZ, 2020).
A pós-graduação em estética dispõe ao enfermeiro uma grande oportunidade de ter seu próprio negócio, pois na atualidade o mercado de beleza é um dos maiores do mundo. A enfermagem estética desdobra caminhos para que o enfermeiro se torne empreendedor, ou atue como consultor, referência técnica, modificando o discernimento social que a profissão possui e indo contra a lógica constituída de atuação contemporânea (RAFAEL POLAKIEWICZ, 2020).
A enfermagem em estética ficou por muito tempo sem respaldo legal. Somente em 2016, esta profissão do enfermeiro ficou reconhecida legalmente, e aceita no ramo da estética, por meio da resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 529/2016, porém, a resolução ficou suspensa pelas ordens judiciais públicas, temporariamente, impedindo que o enfermeiro pudesse exercer suas atividades nesta área de atuação (PAULO FACULO, 2021).
Todavia, após eventos científicos com pautas de debates, meios de comunicação e divulgação de informações, discussões e as lutas pelo reconhecimento profissional do enfermeiro esteta, a resolução do COFEN 626/2020, atual e vigente, sustenta a atuação do enfermeiro nessa área, desde que esses sejam especialistas. Essa nova resolução busca atribuir segurança jurídica para o desenvolvimento de suas competências e habilidades técnico-científicas no ramo da estética e saúde (PAULO FACULO, 2021).
Essa proposta tem grande relevância para a discussão acadêmica, pois a atuação dos enfermeiros nesta área é pouco explorada durante a graduação. Mediante a escassez da produção científica do empreendedorismo na Enfermagem na área de estética e com o desejo de contribuir para a prática dos enfermeiros atuante no mercado de trabalho dessa área, definiu-se como questão de pesquisa para este estudo: como ocorre a atuação dos enfermeiros na área da estética?
A graduação de enfermagem permite que o enfermeiro desenvolva habilidades para atuar como gestão, ensino e pesquisa, urgência e emergência, obstetrícia, geriatria, pediatria, entre outras (COFEN, 2018). Destaca-se como uma das áreas de atuação do enfermeiro a estética, pautada pela resolução do Conselho Federal de Enfermagem 626/2020, que discorre sobre o enfermeiro habilitado, exercer procedimentos na área da estética, fugindo do ambiente hospitalar e do doente, mas não se desprende da enfermagem (COFEN 626/2020).
O aumento da demanda por procedimentos estéticos, contribuiu para a satisfação pessoal, o Brasil já passou os Estados Unidos na realização de tratamentos e procedimentos, sendo eles cirúrgicos ou não (FERREIRA; LEMOS; SILVA, 2016). Com isso destaca-se a importância da capacitação de um profissional competente, orientando, desempenhando, abrangendo o processo de cuidar em saúde, nesta área complexa que soma fatores sociais, psicológicos, físicos e ambientais para melhor satisfazer a demanda de pacientes, e o enfermeiro se encaixa nesse perfil.
METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, com conduta quantitativa, elaborada através de questionários online, compostos por perguntas fechadas.
A pesquisa descritiva exploratória permite que os pesquisadores compreendam, explorem e descrevam através dos dados subjetivos e detalhados, uma situação desconhecida, aumentando assim a sua experiência com ela. Além de fornecer informações, esse tipo de pesquisa faz recomendações ou intervenções relacionadas sobre o tópico que está sendo estudado, tem contribuído significativamente para a atual assistência em enfermagem realizada (LEOPARDI 2002).
Foi escolhido o método de pesquisa online, para proporcionar a participação de enfermeiros em todo território nacional, já que este estudo não foi limitado a um local de atuação específico.
A coleta de dados online, além de expandir o acesso a informações para pesquisas em diferentes localidades, permite que o entrevistado responda de acordo com sua disponibilidade, flexibilizando o acesso a participação da pesquisa (FLICK, 2013; REGMI, 2016).
A população alvo do estudo foram enfermeiros com pós-graduação na área de estética, atuantes enfermeiros estetas residentes no Brasil.
Critérios de inclusão:
a)Ser enfermeiro habilitado para a área de estética de forma autônoma ou liberal.
b) Ser residente brasileiro.
c) Aceitar participar do estudo e assinar o TCLE.
Critérios de exclusão:
a) Não residir no Brasil.
b) Não possuir especialização na área.
c) Não estar habilitado conforme resolução do COFEN para as atividades exercidas.
d) Não aceitar participar da pesquisa, e/ou assinar o TCLE.
O instrumento de coleta de dados foi disposto para esta pesquisa com centro na literatura e legislação da Enfermagem Estética, composto por: dados de caracterização sociodemográfica dos participantes e questões sobre atuação profissional no mercado de trabalho dos enfermeiros na área estética. Conforme também apresentado no instrumento de ”ATUAÇÃO DOS ENFERMEIROS NA ÁREA DA ESTÉTICA: MERCADO DE TRABALHO E EMPREENDEDORISMO” (CARDOSO, 2019).
O instrumento conta com 4 títulos de pesquisa constituídos por perguntas especificas, sendo eles: (1) Caracterização sociodemográfica e profissional dos enfermeiros da amostra, (2) Cursos de qualificação e/ou aprimoramento mais realizados pelos profissionais, (3) Procedimentos mais realizados pelos profissionais, (4) Comparação entre atuação integral e salário, conforme região do Brasil.
A coleta dos dados foi por meio de uma enquete online com perguntas fechadas, construído pelo autor através do uso da ferramenta Google Forms®. O preenchimento foi por meio de link, disponibilizado pelas redes sociais, como o Instagram®, WhatsApp® e Facebook®, iniciando com uma mensagem de convite para participação da pesquisa e a concessão do acesso virtual. Posteriormente, solicitando a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), através da ferramenta Google Forms®, disponibilizando como opção de resposta “aceito” ou “não aceito” estes termos, caso a resposta do participante for “aceito” exigira uma assinatura digital ou envio do documento PDF assinado para a validação dos dados. Estando conforme, será liberado o questionário para a participação da pesquisa. Ao finalizar o preenchimento do questionário, projetara-se uma mensagem de agradecimento. O prazo de retorno do questionário será de 30 dias. Dentro desse prazo será verificado com os participantes pelas redes sociais dúvidas sobre a pesquisa, de forma a assegurar o maior recebimento de respostas pelos respondentes.
Depois da coleta, os dados quantitativos foram organizados no programa Excel®, e estudados por meio de análise estatística descritiva. A estatística descritiva entende o manejo dos dados para descrevê-los, sem procurar induzir qualquer coisa que ultrapasse os próprios dados, entretanto, o foco é descrever, apresentar e resumir os dados (FREUND; SIMON, 2000).
Para apresentação e análise dos dados coletados, foi utilizado a estatística descritiva para o cálculo da frequência, em número absoluto e percentual. Já para as variáveis contínuas, foram analisadas as medidas de posição (média, mínimo e máximo).
Para a execução do projeto, foram respeitadas as diretrizes da Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, que trata das normas regulamentadoras e dos aspectos éticos das pesquisas envolvendo seres humanos. O projeto foi encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. Todos aqueles que aceitarem participar deverão assinar, juntamente com o pesquisador, em duas vias, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice X), sendo que uma via assinada ficará em posse do participante da pesquisa e a outra em posse do pesquisador responsável.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com relação à caracterização sociodemográfica, 29 (100%) eram do sexo feminino, com idade média de 30,4 (min.=24 e máx.=48 anos). A maioria atuava na região Sudeste 10 (34,5%), sul 9 (31), centro-oeste 4 (13,8%), norte 4 (13,8%), nordeste 2 (6,8%). Trabalharam anteriormente na assistência de enfermagem 22 (75,9%), com tempo médio de formação em enfermagem de 8,24 anos. Referente à área da estética, 21 (72,4%) atuavam na área entre 1 e 5 anos. Para ingressarem na na área, 29 (100%) fizeram especialização na área da estética e 7 (24,1%) se dedicavam à estética de forma parcial, possuindo outro vínculo profissional. A carga horária semanal de trabalho despendida ao trabalho na área da estética de 4 (13,8%), participantes foi de 10 horas semanais, 7 (24,1%) participantes de 11 a 20 horas semanais, 11 (24,1%) participantes de 21 a 30 horas semanais, 5 (17,2%) participantes de 31 a 40 horas semanais e 2 (6,9%) participantes acima de 40 horas semanais. Quanto à renda mensal, 10 (34,5%) tinham remuneração de até 3 salários mínimos (R$3.636,00). Com relação à forma de atuação, 14 (48,3%) atuavam em consultório/ espaço próprio. Já o público alvo mais frequente nos atendimentos eram mulheres 29 (100%) (Tabela 1).
Tabela 1- caracterização sociodemográfica e profissional dos enfermeiros da amostra (n=29)
A soma total de cursos de qualificação e/ou de aprimoramento realizados pelos participantes foi de 242, uma média de 8,34 cursos por participante. Os mais realizados foram: mesoterapia/intradermoterapia (23), limpeza de pele (21), peelings muito superficiais (18), escleroterapia (17) e laserterapia (17) . (Tabela 2).
Tabela 2 – Cursos de qualificação e/ou aprimoramento mais realizados pelos profissionais (n=29).
A soma total de cursos de qualificação e/ou de aprimoramento realizados pelos participantes foi de 242, uma média de 8,34 cursos por participante. Os mais realizados foram: mesoterapia/intradermoterapia (23), limpeza de pele (21), peelings muito superficiais (18), escleroterapia (17) e laserterapia (17) . (Tabela 2).
Já na prática profissional, os procedimentos realizados com maior frequência foram: limpeza de pele (21), peeling muito superficial e superficial (14), mesoterapia/intradermoterapia (17) (Tabela 3).
Tabela 3 – Procedimentos mais realizados pelos profissionais (n=29).
Comparando atuação integral, salário e tempo de atuação conforme região do Brasil, evidenciou-se que nas regiões Sudeste e Sul, a maior parte dos profissionais (27,5% e 20,6%, respectivamente) atuavam de forma integral na área da estética. Com relação ao salário, em todas as regiões do Brasil predominaram profissionais que possuíam renda mensal de 3 a 5 salários mínimos (R$3,636,00 até R$6.060,00) na área. Quanto ao tempo de atuação, em todas as regiões houve o predomínio profissionais que atuam de 1 a 5 anos na área da estética (Tabela 4).
Tabela 4 – comparação entre atuação integral e salário, conforme região do brasil.
Em relação à caracterização dos enfermeiros, observou-se uma participação de totalidade feminina no mercado de trabalho na área da estética deste estudo, o que é comum na enfermagem onde a grande maioria são mulheres. Segundo levantamento do Cofen – Conselho Federal de Enfermagem, 84,6% do quadro profissional da área é composto por mulheres.
A média de idade dos participantes é composta por adultos jovens.
A respeito a região de atuação, a grande maioria dos participantes eram provenientes do Sudeste e sul. Pode-se relacionar esses dados às estimativas publicadas pelo IBGE que mostram que, a Região Sudeste se manteve como a mais populosa do País, com 87.348.223 habitantes (IBGE, 2022).
Quanto à experiência profissional, a média em anos trabalhando na assistência a enfermagem foi de 4,3 anos. A partir desses resultados, pode-se observar que os participantes possuíam experiência profissional na assistência em Enfermagem antes de entrarem no mercado na área da estética, o que pode possibilitar maior habilidade dos profissionais na execução de procedimentos. A enfermagem pode entregar autonomia, prolongar a vida e proporcionar conforto emocional e social para aqueles que buscam tratamentos de beleza (Mendonça et al., 2017).
Quando se trata a respeito do tempo de atuação na área de enfermagem estética, a maioria que corresponde a 72,4% dos participantes atua nesta área de 1 a 5 anos. Atualmente a enfermagem está ganhando destaque no mercado de trabalho, exemplo disso é a enfermagem empreendedora que tem crescido muito nos últimos anos, era comum acreditar não ser possível empreender na enfermagem, pois a formação profissional é voltada para o aspecto assistencial. Porém, depois do crescimento da enfermagem empreendedora e do uso das mídias sociais, a enfermagem começou a ocupar um espaço até então desconhecido (Santiago, 2022). Sobre o ingresso na área da estética, 100% dos entrevistados eram especialistas pós-graduados lato sensu em estética, conforme exige a legislação do ministério da educação o mínimo de 100 horas práticas. A partir da resolução 626/2020, foi regulamentado a atuação dos enfermeiros especialistas em estética, as quais ações judiciais haviam suspendido provisoriamente a regulamentação, mas a vitória parcial do cofen nas ações civis, movidas por entidades médicas, asseguram o direito de atuação dos profissionais (COFEN, 2020).
Grande parte dos profissionais se dedicava de 21 a 30 horas semanais à área da estética, não possuindo outro vínculo profissional, o que mostra que o mercado da estética vem crescendo cada vez mais. Os serviços voltados para a beleza é uma das áreas em maior crescimento em 2022. Após a crise da pandemia, voltou a se destacar rapidamente (Lisbôa, 2023).
Quanto à renda mensal com estética, 34,4% dos participantes tinham remuneração de 3 a 5 salários mínimos (R$3.636,00 até R$6.060,00) e atuavam em consultório/ espaço próprio (48,2%) como empreendedores (24,1%). De acordo com estes dados, percebe-se que a remuneração na área está de acordo com a Lei 14.434/2022 define que o piso salarial dos enfermeiros será de R$ 4.750, conforme congresso realizado pelo conselho nacional de saúde.
Identificou-se durante a pesquisa que 100% dos procedimentos foram realizados para mulheres, o que mostra a insatisfação pessoal feminina com seus corpo e aparências.
Além da formação acadêmica, destacou-se a busca pela realização de cursos de qualificação e/ou aprimoramento, o que está associado ao fato de que ao finalizarem o curso de graduação, sentirem a necessidade de buscar conhecimentos e qualificação específicos para se sentirem mais seguros, conforme a área de inserção profissional no mercado de trabalho. A qualificação profissional se dá pela educação permanente e continuada (RIBEIRO; SOUZA; SILVA, 2019).
CONCLUSÃO
O enfrentamento do processo de morte e morrer estabelece uma situação bastante delicada e que, consequentemente, necessita uma abordagem sempre cercada de cautela e sensibilidade.
Sugere-se a partir dos dados coletados em entrevista que o auxilio de um profissional de psicologia e palestras sobre o assunto é de grande importância, de modo a ter sustentação e suporte para amparar o outro (paciente, familiar e a própria equipe em sofrimento). Em essência somos seres humanos e parte de uma equipe de enfermagem ainda não preparada para lidar com a terminalidade.
Por fim, foi possível ver o quanto os conceitos sobre o processo de morte e morrer, devem ser abordados desde a graduação, para que futuros enfermeiros possam aceitar de maneira mais fácil, e lidar melhor com o sofrimento relacionado á morte no ambiente de trabalho.
A temática do processo morte e morrer foram elencados devido a representação de um grande paradigma para sociedade, tema pouco debatido na graduação e também na sociedade, dificultando o estudo sobre o tema. Desse modo ressaltamos o melhor conhecimento de todos sobre esse tema, visto que falar sobre morte e morrer é como se estivéssemos testemunhando nossa vivencia na terra, pois a única certeza que temos é que todos irão morrer. E que o existir é gratificador por todos nos , mas o descansar eterno é uma dádiva de poucos.
REFERENCIAS
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http://www.cofen.gov.br/cofen-capacita-novos– conselheiros-sobre-enfermagem-e-estetica_88785.html ACESSADO EM: 21/08/2022
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1Acadêmica concluinte do curso de bacharelado em Enfermagem da Faculdade uniguaçu
E-mail: marielistolber01@gmail.com
2Orientador (a) do presente trabalho. Paola Miranda Sulis.
E-mail: pasulis@hotmail.com
2Enfermeira Bacharel em Enfermagem Centro Universitário Metodista do Sul – IPA, Especialização em Enfermagem e Terapia Intensiva pela Unyleya-SP, Especialização em Prescrição de Fitoterápicos-Metropolitana-SP, Especialização em Saúde Coletiva – Metropolitana-SP, Mestrado em Ciências Fisiológicas –UFSC, Doutorado em Bioquímica – UFSC, Docente da Graduação da Uniguaçu PR.
3Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela USP. Professora da Disciplina de Seminário e Monografia II da Faculdade Uniguaçu.
E-mail: sil_galvan@hotmail.com
4Enfermeira. Especialista em Saúde do Adulto e Idoso, Unidade de Terapia Intensiva e Gestão Hospitalar. Coordenadora do Curso de Enfermagem da Faculdade Uniguaçu. E-mail: beatris.tres@hotmail.com