ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE EM MULHERES ACIMA DE 60 ANOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.

Autores:

Cristiane Lopes da Silva1; Edém Tavares de Lima ¹; Júlio Neto Carvalho Barbosa¹; Lídia Balieiro Lucas¹; Tainá Martins Vasconcelos¹; Denilson da Silva Veras2.

1 Acadêmicos Finalistas do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO

2 Fisioterapeuta Mestre; Docente do Centro Universitário de Manaus – FAMETRO


RESUMO

Introdução: A osteoporose é uma doença que causa a fragilidade do osso, levando a diminuição da massa óssea, deterioração do tecido ósseo e fragilidade dos movimentos de quem é acometido por ela, na maior parte dos casos os principais afetados são mulheres, principalmente as que já chegaram na idade de 60 anos. Objetivo: Verificar a atuação do fisioterapeuta no tratamento da osteoporose em mulheres acima de 60 anos, através de uma revisão bibliográfica. Métodos: pesquisa bibliográfica de cunho quali-quantitativa, metodologia dialética e método indutivo, planejada sistematicamente para identificar, selecionar e avaliar os artigos, publicações em revistas e livros. Resultados: No âmbito da fisioterapia, os exercícios de força, amplitude, coordenação, resistência, agilidade e de musculação são os mais indicados para o tratamento, pois eles promovem o aumento da resistência física, a melhora dos movimentos, mantêm a força muscular, melhoram a mobilidade articular, diminuem a dor e aumentam a densidade óssea, além disso, aumentam a funcionalidade dos movimentos e ampliam a biomecânica do corpo. Conclusão: o fisioterapeuta sempre deve estar atento para ao paciente e ao ambiente em que ele vive para propor um plano tratamento adequado e eficaz.

Palavras-chave: Osteoporose; Mulheres; Tratamento; Fisioterapia.

ABSTRACT

Introduction: Osteoporosis is a disease that causes bone fragility, leading to a decrease in bone mass, bone tissue deterioration and fragility of movements in those affected by it, in most cases the main ones affected are women, especially as that has already reached the age of 60 years. Objective: To verify the role of physical therapists in the treatment of osteoporosis in women over 60 years of age, through a literature review. Methods: qualitative and quantitative bibliographic research, dialectical methodology and inductive method, systematically planned to identify, select and evaluate articles, publications in journals and books. Results: In the scope of physiotherapy, strength, amplitude, coordination, resistance, agility and weight training exercises are the most indicated for the treatment, as they promote increased physical resistance, improved movements, maintain muscle strength, improve joint mobility, decrease pain and increase bone density, in addition, increase the functionality of movements and expand the biomechanics of the body. Conclusion: the physiotherapist must always be aware of the patient and the environment in which he lives to propose an adequate and effective treatment plan.

Keywords: Osteoporosis; Women; Treatment; Physiotherapy.

INTRODUÇÃO

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo, cerca de 10 milhões de pessoas são atingidas pela osteoporose, sendo que 24% desse total são de mulheres acima dos 60 anos.

Por se tratar de uma doença que causa o enfraquecimento dos ossos a longo prazo, de forma sistêmica, progressiva, silenciosa e não apresentar sintomas, muitos dos que tem osteoporose não sabem que convivem com ela e somente depois da primeira fratura, se feito os exames necessários, é que ela é diagnosticada (BRANDÃO, et al, 2012; FRANCIULLI, et al, 2015; QUEIROZ, PEREIRA, FIGUEREDO, 2015).

Em seu estudo Caputo (2014) afirma que por se tratar de uma doença que deteriora a microarquitetura do tecido ósseo, o doente encontra-se predisposto a sofrer fraturas, além disso perde a qualidade de vida, sente muita dor e suas atividades de vida diária ficam reduzidas, a dor não é advinda da osteoporose, e sim das lombalgias, micro fraturas e compressão que sã causadas pela osteoporose.

Essa doença atinge a todos, contudo com o advento da senilidade, muitas funções do cotidiano são deixadas de ser realizadas, ocorrem limitações quanto a fazer atividades físicas, alterações muscoesqueléticas são desenvolvidas, ocorrem também a diminuição da força, amplitude e coordenação, o que leva a um aumento nas quedas, muitas dessas levam a fraturas e só então é que a osteoporose é diagnosticada.

Nas mulheres, que a partir dos 35 anos, os osteoclastos aumentam e os osteoblastos diminuem, ocorre a perda de cálcio e de massa óssea acentuada aumentando a fragilidade óssea (RADOMINSKI, 2017), isso causa efeitos devastadores na saúde física, como a osteroporose causa fraturas, as mulheres acometidas por esse mal podem até ficar invalidas e com o tempo de vida reduzido.

Os tratamentos variam entre redução da perda de massa óssea, tratamentos medicamentos como estrogênio, cálcio e fluoretos, mas o tratamento que vem surtindo efeito e sendo sugerida por muitos profissionais é a atividade física, que auxilia tanto no tratamento quanto na prevenção.

Para tratar o paciente, o fisioterapeuta tem que conhecer o seu histórico, desde o histórico familiar na doença, se já pratica atividades físicas, se já houve imobilização devido a osteoporose, dieta, uso de medicamentos, como são as atividades em casa, etc. Dessa forma pode-se fazer um plano de ação para o tratamento e também para prevenção.

Segundo Castro et al (2010), a fisioterapia entra no tratamento ajudando na prevenção e recuperação, ela ajuda a aprimorar o equilíbrio, a fortalecer o condicionamento físico e muscular, ajuda a ampliar os movimentos, recuperar fraturas, aliviar dores e aumentar o desempenho cardiorrespiratório.

O fisioterapeuta tem um papel fundamental para o tratamento desta doença, pois além de reabilitar as fraturas, o fisioterapeuta ajuda no fortalecimento de todo o sistema locomotor, tudo isso através do uso de exercícios isotônicos, de propriocepção e isométricos associados.

Por ser um tema de grande relevância, este trabalho tem por finalidade trazer uma revisão integrativa sobre a atuação do fisioterapeuta no tratamento da osteoporose, este mal que acomete, principalmente, as mulheres, abordando o seu conceito, sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando artigos científicos em português e inglês, publicados entre os anos de 2010 e 2021. Foram pesquisadas as bases de dados PUBMED, PEDro (Physiotherapy Evidence Database), SCIELO Org (Scientific Eletronic Library Online), no período de julho a setembro de 2021. Utilizando a combinação dos seguintes descritores: Osteoporose; Mulheres; Tratamento; Fisioterapia e seus correspondentes em inglês, estes descritores poderiam estar no título ou no resumo. Os termos foram combinados entre si através do operador “AND”. “NOT” e “OR”.

A busca dos artigos resultou em: 12 artigos no PUBMED, 6 artigos no PEDro, 16 artigos no SCIELO Org. e MEDLINE 5 artigos. Foram incluídos artigos que abordassem sobre o tratamento da osteoporose em mulheres, publicados no período de 2010 a 2021 e excluídos aqueles que não especificavam o tipo de intervenção fisioterapêutica, artigos duplicados e incompatíveis após leitura do Título/Abstract. Seguindo os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 16 artigos que contemplaram o desenho metodológico proposto.

Figura 1. Desenho Metodológico

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RESULTADOS e DISCUSSÃO

Conceito.

Em seu trabalho, Nunes (2021) caracteriza a osteoporose como uma das doenças que causam mais alterações nos ossos, baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Não apresenta sintomas, por isso torna-se difícil diagnostica-la antes da primeira fratura, uma dor nas costas pode ser sinal de osteoporose, porém isso só acontece depois que as vertebras estão drasticamente em compressão.

Rena (2019) afirma que por ter um auto índice de incidência esta doença se tornou um problema de saúde pública em todo o mundo, muitos estudos mostram que uma em cada quatro mulheres acima de 65 anos desenvolve osteoporose.

Segundo Chiarello, Driusso e Rald (2005), a osteoporose é dividida em três grupos:

O grupo dominante consiste em mulheres pós-menopáusicas nas quais a doença é conhecida como osteoporose pós-menopáusicas ou do tipo um. O segundo grupo em que a doença é mais comum e o de indivíduos idosos de ambos os sexos- osteoporose senil ou do tipo dois. Ela é encontrada com menos frequência em pessoas com menos de 40 anos de idade, sendo, portanto, conhecida como osteoporose idiopática. Quando a doença aparece em crianças e adolescentes, é denominada osteoporose juvenil. (p. 125)

Santiago, Vieira e Nunes (2018) afirmam que “de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo, atualmente, dez milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, e uma a cada quatro mulheres com mais de 50 anos desenvolve a doença no país.”. As mulheres são mais suscetíveis devido à redução de nível de hormônios esteroides, que são hormônios que ajudam na regeneração de tecidos e garantem a mulheres uma melhor qualidade de vida, com a estagnação no desenvolvimento destes hormônios, as mulheres tendem a baixar a qualidade de vida, fazendo menos exercícios e diminuindo as atividades no lar, o que causa o enfraquecimento dos músculos e ossos.

Uma vez que o corpo diminui a produção de osteoblastos (formadores de ossos), ocorre a perda de cálcio e de massa óssea acentuada aumentando a fragilidade óssea, isso causa efeitos devastadores na saúde física da mulher, levando a fraturas, que são causadas pela fragilidade do osso de mulheres com osteoporose, o envelhecimento traz consequências da diminuição da capacidade funcional, perda da habilidade e dificuldades para realizar as atividades de vida diária. Essas dificuldades são ocasionadas pelas limitações físicas e cognitivas.

Caputo (2014) afirma que nas mulheres a menopausa transforma as suas vidas, no qual a baixa hormonal, nessa fase, acomete outras queixas que aceleram a perda da massa óssea. Segundo Rodrigues (2016), devido à deterioração da arquitetura do tecido ósseo, os indivíduos ficam propícios a quedas, pois provocam a incapacidade funcional e reduzem a qualidade de vida.

Sintomas

Segundo Sarinho e Melo (2017), a debilidade dos ossos não é exclusiva só nos idosos, isso acomete pessoas de várias idades. Pois o uso de glicocorticoides de forma crônica é o principal causador da osteoporose secundária e iatrogênica, escolher hábitos saudáveis, ter uma dieta equilibrada, causa a modificação na saúde, o que afeta a massa óssea, outro aspecto é a prática regular de exercícios.

A fase de desenvolvimento máxima de massa óssea ocorre entre os 20 e os 30 anos de idade. Ferreira et al (2011), afirma que com o envelhecimento, ocorre à atrofia dos músculos gradual e lenta, levando a perda muscular, diminuição de força, resistência e agilidade, ocorre também a calcificação dos ligamentos, e o enrijecimento das articulações e a diminuição dos movimentos.

Brandão (2012), afirma que após os 50 anos, as mulheres são acometidas pela menopausa, onde acontece a queda dos hormônios, pois é o principal responsável pela massa óssea corpórea, após a menopausa. Fernandes et al (2015) diz que a diminuição do estrógeno, a osteoporose torna-se mais prevalente aos riscos de fraturas, diminuindo a qualidade de vida das mulheres, além de muitas das vezes levar pacientes a óbitos, devido ao grau das fraturas.

Segundo Judas (2012), a etiologia dessa doença pode se apresentar por duas vias, ocorre pela alta reabsorção óssea, ou pela diminuição dos estrogênios que são decorrentes da menopausa e pela redução da síntese óssea, devido ao processo do envelhecimento. Sampaio (2011), afirma que a osteoporose se desenvolve de forma silenciosa, apresentando à paciente complicação, algumas vezes de caráter urgente, como em casos de fraturas onde ocorrem traumas associados.

Diagnóstico

Queiroz et al (2014), afirma que a manifestação clínica e o diagnóstico da doença são normalmente feito após alguma fratura patológica, porém também pode apresentar outros sintomas em decorrência das fraturas, como dor, déficits neurológicos, diminuição da altura, desalinhamento da coluna vertebral. Ramos e Cendoroglo (2011), afirmam que ao longo dos tempos a importância do diagnóstico precoce dessa enfermidade é fundamental, para identificação de pacientes que possam desenvolver riscos de quedas.

Decherney (2016), diz que o diagnóstico da osteoporose pode ser clínico, nos casos de indivíduos com fatores de riscos que apresentam fraturas osteoporóticas, também pode ser estabelecido com base na medida de baixa intensidade óssea (DMO) por área pela técnica de absorciometria por raios-x com dupla energia.

O diagnóstico da osteoporose é feito através do exame de desindometria óssea, pois o mesmo mede a quantidade da massa óssea, a desindometria óssea dos grupos de exames de imagens ele e o mais indicado para diagnosticar a osteoporose, este tipo de exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos. Esse e o início para detectar o processo da perda da massa óssea que é comprovado pelo exame de desindometria óssea.

Pinheiro et al (2010), afirma que quando é feito uma identificação precocemente dos fatores clínicos, onde se analisa a diminuição da massa óssea e fraturas. Dessa forma podem ser feitos o diagnóstico a prevenção e o tratamento da osteoporose.

Tratamento Fisioterapêutico

Santos et al (2015), afirma que de acordo com a resolução 4 de 19 de fevereiro de 2002, do Conselho Nacional de Educação (CNE), o fisioterapeuta é um profissional apto a atuar em todos os níveis da atenção à saúde, em programas de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde em individual e coletiva.

Chiarello, Driusso e Rald (2005), afirmam que é importante que o fisioterapeuta faça uma avaliação da qualidade de vida e do grau de dependência desses pacientes, podendo a partir daí elaborar um plano de tratamento fisioterapêutico para cada indivíduo de acordo com sua necessidade.

Santos e Borges (2010), afirmam que dessa forma, o fisioterapeuta pode atuar tanto na prevenção da osteoporose quanto na recuperação de quedas. Os seus principais objetivos são: aprimorar o equilíbrio do paciente, fortalecer os músculos, melhorar o condicionamento físico e aumentar a amplitude de movimento das articulações, além de atuar na recuperação de fraturas ajudando a aliviar as dores.

Miotto et al (2013), afirma que exercícios de equilíbrio, corridas e coordenação são atividades físicas que podem ser utilizadas na fase preventiva. Pois apresentam benéficos como a diminuição da massa óssea, fortalecimento muscular e na grande maioria das vezes melhora o equilíbrio postural. Nesta mesma afirmativa, os autores Nunes, Ferreti e Santos (2012), dizem que a realização de atividade física, favorece a deposição do cálcio nos ossos, a realização da atividade física é essencial para o fortalecimento dos ossos, que afasta e previne a osteoporose, deve ser efetiva com impacto e com carga muscular, utilizando pesinhos e atividades que desenvolvam saltos e caminhadas, bicicletas ou ginásticas no solo.

Silva et al (2017), assegura que a prática de exercícios físicos aumenta a massa e a densidade mineral óssea, pois na vida adulta causa um grande efeito protetor contra a osteoporose. Essa prática é essencial para o longo da vida. Segundo Marques e Zamai (2014) “O treinamento é empregado para o ganho de massa muscular, força e resistência muscular localizada. Auxilia também na prevenção e tratamento da osteoporose, uma vez que o mesmo age no aumento da densidade mineral óssea (DMO).”. A força muscular, ao ser estimulado, tende a aprimorar a função muscular, articular e óssea, independentemente da idade do indivíduo.

Segundo Teixeira et al (2013), o exercício mais utilizado para fortalecer a musculatura é a extensão isométrica de tronco, pois fortalece o grupo muscular dos paravertebrais e melhora a densidade mineral óssea das vértebras, minimizando os riscos de fraturas vertebrais. Castro et al (2010), afirma que apesar de existir intervenções médicas para a osteoporose, a atividade física tornou-se fator principal para prevenção.

Nos casos de fraturas graves, como a de colo de fêmur, que o paciente passa alguns dias imóveis, até a fratura se consolidar, utiliza-se, segundo Franciulli et al (2015), a fisioterapia para alívio da dor, fortalecimento muscular, mobilização passiva nas articulações comprometidas, para evitar atrofias musculares e diminuição da amplitude de movimento. Realizam-se exercícios para controlar a respiração, a expansão torácica, por conta do longo período que o paciente fica em decúbito dorsal. E após a recuperação, inicia-se um protocolo preventivo para evitar futuras quedas.

Aliado ao tratamento fisioterapêutico, Souza et al (2013), afirma que o consumo de cálcio e vitamina D, além de uma alimentação saudável e exercícios físicos que ajudam a fortalecer os músculos, dessa forma prevenindo as quedas. Outros medicamentos que podem ser utilizados são os bifosfonatos e a calcitonina, reposição hormonal de estrógeno também é uma via de tratamento.

Quanto antes iniciado o tratamento, de acordo com Randominski (2017), a osteoporose pode ser retardada, além disso, hábitos alimentares saudáveis ajudam na prevenção de fraturas osteoporótica, o estilo de vida influência muito, assim como o uso de suplementos.

Tabela 2– Atuação do Fisioterapeuta do tratamento da Osteoporose

AUTOR (ES)/ANOTIPO DE ESTUDOOBJETIVORESULTADO
BRANDÃO, Cristina Mariano Ruas. MACHADO, Gustavo Pinto da Matta. ACURCIO, Francisco de Assis. (2012)Revisão sistemáticaConduzir uma revisão sistemática das avaliações econômicas realizadas no Brasil e no mundo, enfocando o tratamento da osteoporose na pós-menopausa.No geral, os bisfosfonatos foram as estratégias mais avaliadas e que resultaram em melhores relações custo-efetividade incrementais.
CAPUTO, Eduardo Lucia. COSTA, Marcelo Zanusso. (2014)Revisão sistemáticaRealizar uma revisão sobre a associação entre exercício físico e qualidade de vida em mulheres pós-menopáusicas com osteoporose.Com relação à qualidade de vida e aspectos físicos como força e equilíbrio, com exceção de dois estudos encontrados, os demais relataram melhoria na qualidade de vida e nos indicadores físicos das participantes.
CASTRO. Karla Virgínia Bezerra de; et al (2010)Estudo de natureza ex-post fact.Investigar se, em função de um programa de atividades físicas estruturado de maneira a limitar a dor, poder-se-ia garantir a aderência de idosas sofrendo de osteoporose/osteopenia e, dessa forma, promover melhoras na autonomia funcional destas.Os resultados revelaram melhora da autonomia funcional e diminuição de dor relatada pelas participantes, fato que consequentemente implementou a aderência destas até ao final do programa.
FERREIRA, Olívia Galvão Lucena. et al. (2011)Estudo de natureza ex-post fact.Analisar os fatores determinantes de um envelhecimento ativo e sua relação com a independência funcional.Todos os idosos apresentaram independência funcional para a realização das atividades analisadas.
FERNANDES, Talma Reis Leal. OLIVEIRA, Jevieli Belló. LORENCETE, Taísa Valques. AMADEI, Janete Lane. (2015)Estudo exploratório-descritivo transversalIdentificar a prevalência de osteoporose em mulheres na pós-menopausa que realizaram seus exames de Densitometria Mineral Óssea em clínica privada da cidade de Maringá (PR) nos anos de 2012 e 2013 e sua associação com fatores de risco.A média de idade da amostra foi 59 anos com desvio padrão de ±7,97 anos. Em relação à classificação das pacientes de acordo com os resultados do exame de massa óssea, 23% pertenciam ao grupo normal, 65% apresentaram osteopenia e 12%, osteoporose. A análise estatística mostrou associação da idade avançada e do tempo de menopausa com a doença, mas não houve significância estatística em relação à análise para associação dos demais fatores de risco.
FRANCIULLI, Patricia Martins. ( 2015)Estudo quase-experimental sem grupo controleAvaliar a efetividade do protocolo de hidroterapia e cinesioterapia no equilíbrio, na agilidade e na estatura em idosos que costumam cair.Verificou-se que ambos os grupos apresentaram maior pontuação na escala de equilíbrio de Berg, menor tempo na realização do Timed Up & Go e uma tendência à significância na estatura corporal após a aplicação do protocolo No entanto, não houve diferenças estatisticamente entre os grupos.
JUDAS, Fernando. PALMA, Paulo. FALACHO, Rui Isidro. FIGUEIREDO, Helena. (2012)– – –Texto de apoio para os alunos do Mestrado Integrado em Medicina Disciplina de OrtopediaO tecido ósseo constitui um notável material de construção, de natureza biológica, com a singular capacidade de edificar estruturas muito resistentes que se remodelam e reparam a si próprias.
MIOTTO, Cascieli. KAYSER, Barbara. MOLIN, Vinicius Dal. KUMMER, Andreia. WIBELINGER, Lia Mara. (2013)Revisão de literaturaBusca de possíveis tratamentos não farmacológicos que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida (QV) dos pacientes portadores de artralgias.A hidroterapia associada à cinesioterapia pode trazer resultados significativamente positivos no tratamento da sintomatologia da artrite reumatoide, da osteoartrite e da osteoporose.
MARQUEZ, T.B. ZAMAI, C.A. (2014)Estudo de casoVerificar o efeito do treinamento de força (TF) na DMO de um idoso submetido a quatro anos de treinamento.Quando avaliado as alterações da DMO da coluna lombar houve melhora após dois e quatro anos de intervenção pelo TF. Em relação aos exercícios utilizados nesse período, leg press unilateral terapêutico (2006 a 2008) e agachamento livre (2008 a 2010) possivelmente ocasionaram diferentes respostas.
MORIMOTO, Melissa Aparecida. (2016)Estudo de casoQuantificar o IID em uma amostra representativa da população brasileira, proveniente do BRAZOS e sua associação com fraturas por baixo impacto.A dieta pró inflamatória está associada à fraturas de baixo impacto em homens brasileiros.
QUEIROZ, João Welberthon Matos. PEREIRA, Paula Camila Alves de Assis. FIGUEIREDO, Eberval Gadelha. (2014)– – –– – –Percebe-se que ainda há controvérsias a serem discutidas e analisadas por estudos mais completos, para que seja definida qual a melhor opção terapêutica a ser adotada.
RADOMINSKI. Sebastião Cezar. (2017)Revisão de Literatura– – –– – –
SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti. MELO, Verônica Maria Pinho Pessoa. (2017)Pesquisa aprofundadaDescrever os mecanismos pelos quais os glicocorticoides provocam osteoporose, com risco consequente de fraturas, integrando esse conhecimento a uma possível mudança de conduta dos profissionais de saúde.Os glicocorticoides em excesso determinam doença óssea precoce, favorecendo a ocorrência de fraturas
SANTOS, Roberta Kelly Mendonça dos. Et al. (2015)Estudo TransversalAnalisar a prevalência e os fatores associados a quedas em idosos da Unidade Básica de Saúde (UBS), no município de Natal/RN.adscritos a umaEncontrou-se maior prevalência de episódio único de queda e os fatores associados incluíram variáveis sociodemográficas, de saúde e performance física. Por outro lado, associaram-se a ocorrência de duas ou mais quedas apenas as variáveis de performance física.
SANTOS, Marcelo Lasmar dos. BORGES, Grasiely Faccin. (2010)Revisão sistemática de literaturaVerificar na literatura científica a influência do exercício físico na prevenção e no tratamento da osteoporose em idosos.De um total de 203 artigos encontrados, 27 preencheram os critérios de inclusão e exclusão, sendo que 9 artigos se concentraram no tratamento, 16 na prevenção e 2 no tratamento e na prevenção.
SANTIAGO, Eliana Maria Dias. VIEIRA, Fabiola Sulpino. NUNES, André. (2018)Estudo descritivo e transversalEstimar o gasto com tratamento da osteoporose sob a perspectiva do paciente e discutir a relevância de o médico conhecer as condições financeiras desse paciente antes de prescrever medicamentos.Os resultados da pesquisa informam que os gastos médios anuais para a primeira linha de tratamento são de R$ 2.523,38 a R$ 3.152,56, dependendo do medicamento prescrito, e, na segunda linha de tratamento, de R$ 6.687,67 e R$ 6.783,51. Os tratamentos com medicamentos não incorporados no SUS custam entre R$ 15.384,40 e R$ 16.445,39.
SILVA, Caroline Carvalho. OLIVEIRA, Heloisa Nascimento. CIACCIA, Maria Célia. RULLO, Vera Esteves Vagnozzi. (2017)Estudo de revisãoVerificar se atividade física na idade escolar e na adolescência exerce um efeito a longo prazo no aumento da massa e a densidade óssea de forma a prevenir a osteoporose durante a vida adulta.Os estudos apontam para o aumento da mas sa e densidade óssea com a atividade física na infância sugerindo prevenir osteoporose.


SOUZA, Márcio Passini Gonçalves de. (2010)


Artigo de atualização de conhecimento– – –– – –
TEIXEIRA, Lucas Emmanuel Pedro de Paiva. Et al. (2013)Estudo randomizadoAvaliar o efeito de um programa de treinamento de força muscular progressiva e sensório-motor, no equilíbrio e na redução do risco de quedas em mulheres com osteoporose.69 pacientes concluíram a pesquisa. O programa promoveu melhora no equilíbrio funcional (p<0,001). Demonstrado pela BBS, redução do risco de quedas calculado pelo escore geral do IQ (p<0,001).

CONCLUSÃO

A osteoporose é uma doença que compromete a massa óssea levando a um aumento da fragilidade esquelética e o risco de fraturas, sua incidência varia entre homens e mulheres, e mesmo se tratando de uma doença que acomete mais os idosos, crianças, adolescentes e jovens também tem a possibilidade de serem acometidos por ela, porém as mulheres, principalmente as acima dos 60 anos, tem mais probabilidade de desenvolvê-la.

Dos muitos estudos achados nesta revisão bibliográfica, a maioria mostrou que os exercícios físicos, associados a uma boa dieta e ingestão de medicamentos são a melhor forma de prevenir e tratar a osteoporose.

No âmbito da fisioterapia, os exercícios de força, amplitude, coordenação, resistência, agilidade e de musculação são os mais indicados para o tratamento, pois eles promovem o aumento da resistência física, a melhora dos movimentos, mantêm a força muscular, melhoram a mobilidade articular, diminuem a dor e aumentam a densidade óssea, além disso, aumentam a funcionalidade dos movimentos e ampliam a biomecânica do corpo.

Vale ressaltar que o programa de exercícios é desenvolvido pelo fisioterapeuta para cada paciente, pois nem todos apresentam as mesmas queixas, por isso o trabalho do fisioterapeuta é tão importante, outro caso é o de pacientes acamados que necessitam de um cuidado especial, e o fisioterapeuta é o profissional capacitado para esses casos.

No mais, de acordo com esta revisão, o fisioterapeuta sempre deve estar atento para ao paciente e ao ambiente em que ele vive para propor um plano tratamento adequado e eficaz.

REFERÊNCIAS

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