REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7991652
Valdean Araújo dos Santos1
Ana da Silva Arraes2
Resumo: A Síndrome da Imunodeficiência adquirida (SIDA) foi reconhecida em meados da década de 1980 nos Estados Unidos, desde então grandes desafios e avanços científicos. Atualmente no Brasil, o Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para portadores de HIV/AIDS com medicamentos antirretrovirais denominados: Terapia Antirretroviral (TARV). Para obter sucesso com a terapia, é necessário manter uma alta taxa de adesão ao tratamento. O cuidado farmacêutico representa para os pacientes uma perspetiva de melhoria na adesão a continuidade do tratamento. Trata-se de uma revisão interativa da literatura, com o objetivo de conhecer a atuação do farmacêutico no tratamento do HIV/AIDS por meio de pesquisas disponíveis em plataformas de pesquisa (BVS, CAPES periódico, Scielo). A busca foi realizada no período de janeiro a março de 2023, possibilitou a identificação de 1.073 artigos, o qual foram selecionados após os critérios de inclusão, o total de 03 artigos. Os artigos demonstraram a atuação e a importância da assistência farmacêutica, assim como seus obstáculos. Conclui-se que é relevante e necessário a temática, porém é preciso mais pesquisas para obter maior conhecimento sobre a temática.
Palavras-chave: Assistência farmacêutica, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Antirretroviral.
Abstract: Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS) was recognized in the mid-1980s in the United States, since then major challenges and scientific advances. Currently in Brazil, the Single Health System offers free treatment for people with HIV/AIDS with antiretroviral medicines called: (ART). To success with antiretroviral therapy, it is necessary to maintain a high rate of adherence to treatment. Pharmaceutical care represents for patients a prospect of improved adherence to continued treatment. This is an interactive review of the literature, with the aim of knowing the pharmacist’s performance in the treatment of HIV/AIDS through research available on research platforms (BVS, CAPES periodic, Scielo). The search was conducted in the period from January to March 2023, enabling the identification of 1,073 articles, which were selected according to the inclusion criteria, a total of 03 articles. The articles demonstrated the performance and importance of pharmaceutical assistance, as well as its obstacles. It concludes that the topic is relevant and necessary, but more research is needed to get more knowledge about the topic.
Keywords: Pharmaceutical assistance, Acquired Immunodeficiency Syndrome, Antiretroviral.
1 INTRODUÇÃO
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados da década de 80 nos EUA, desde então, grandes foram os desafios e avanços científicos para obter opções de tratamento adequado. A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. O HIV, é um retrovírus classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente Transmissível. (SEBEN,2008).
A AIDS é a doença infecciosa que mais mata no mundo. Segundo informações divulgadas pela UNAIDS divulgadas no relatório de Estatísticas Globais do HIV, no ano de 2022 38,4 milhões [33,9 milhões – 43,8 milhões] de pessoas no mundo viviam com HIV em 2021. 1,5 milhão [1,1 milhão – 2 milhões] pessoas se tornaram recém-infectadas por HIV em 2021. 650 mil [510 mil – 860 mil] pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS em 2021. 28,7 milhões de pessoas estavam acessando a terapia antirretroviral em 2021 (UNAIDS,2022).
Em 2021, 40,8 mil casos de HIV e outros 35,2 mil casos de AIDS foram notificados no Brasil por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). A infeção pelo HIV é considerada estabilizada no Brasil, porém, ainda em patamares elevados. Trata-se de uma condição crônica que pode ser controlada por meio do diagnóstico oportuno e do tratamento medicamentoso (BRASIL,2022).
Atualmente no Brasil, o tratamento de portadores de HIV/AIDS é realizada de forma gratuita disponibilizada pelo Sistema único de Saúde, por meio de medicamentos ANTIRRETROVIRAL, conhecidos como: tratamento ANTIRRETROVIRAL(TARV). O início imediato da TARV está recomendado para todas as pessoas portadoras de HIV/AIDS, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. A recomendação de início precoce da TARV considera, além dos claros benefícios relacionados à redução da morbimortalidade, a diminuição da transmissão da infeção (BRASIL,2018).
Para que se tenha sucesso na terapia dos antirretrovirais, é necessária a manutenção de altas taxas de adesão ao tratamento. Utilizada como estratégia de controle da epidemia, em 1996, foi aprovada a Lei 931/36 que disponibiliza o acesso universal e gratuito à terapia antirretroviral (TARV). Desde então, são necessários esquemas terapêuticos com o objetivo de monitorar e acompanhar a adesão e resposta terapêutica dos usuários, com a finalidade de assegurar a eficácia do tratamento proposto ao paciente (PEREIRA, 2012)
A terapia com antirretrovirais deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar, enfatizando o papel do farmacêutico que dispensa o fármaco dispondo de uma farmacoterapia de qualidade, tendo como objetivo um tratamento com efeito satisfatório. A figura do Farmacêutico é de extrema necessidade e importância, pois colaboram no planejamento, avaliação e distribuição de medicamentos gratuitos, aos portadores dessa doença (MATOS et al., 2021).
O cuidado farmacêutico representa para os pacientes uma perspetiva de melhoria na qualidade de vida, a partir de uma melhora na adesão, visto que esse profissional possibilita a sensibilização e orientação do paciente e seus familiares quanto à patologia, informações e peculiaridades sobre o tratamento. (RODRIGUES et al. 2021),
Nesse sentido, o objetivo desse artigo é ressaltar a importância da assistência farmacêutica ao indivíduo portador do HIV/AIDS no contexto da adesão e o acompanhamento da TARV. Visto que, tal terapia define o sucesso terapêutico, impactando na qualidade de vida e redução de mortalidades associadas. E o farmacêutico ser o profissional que dispõe de habilidades, conhecimento científico para contribuir para o alcance desses objetivos.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Contexto histórico e marcos importantes do HIV
Historicamente de acordo com o projeto das nações unidas (UNAIDS), o HIV tfoi identificado quando alguns cientistas identificaram uma espécie de chimpanzé na África Ocidental como a fonte de infecção pelo HIV em humanos. Durante décadas, o vírus se espalhou lentamente na África antes de se espalhar para outras partes do mundo. Sabemos que o vírus está presente nos Estados Unidos desde meados da década de 1970 (UNAIDS, 2020).
Os primeiros casos de HIV foram identificados nos EUA, Haiti e África Central em 1977 e 1978. No Brasil, o primeiro caso de HIV foi registrado em 1982. Desde lá o número de casos vem aumentando exponencialmente e temos registrados muitos avanços no diagnóstico, tratamento e monitoramento das pessoas que vivem com HIV/AIDS (BRASIL,2019).
Dentre os avanços mais importantes destacam-se: 1984 – O vírus do HIV é isolado nos
EUA. No Brasil em 1985-Surgiu o primeiro teste diagnóstico para a AIDS pela identificação de anticorpos; 1986-Criação do Programa Nacional de DST’s /AIDS do Ministério da Saúde; 1987-Início do uso do AZT (Zidovudina) para o tratamento da AIDS. 1991-O Ministério da Saúde inicia a distribuição gratuita de antirretrovirais no Brasil; 1995-Surge uma nova classe de antirretrovirais, aumentando as opções de tratamento (BRASIL,2010).
O vírus HIV é transmitido através de relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal ou oral) (sem uso de preservativo) com uma pessoa soropositiva (ou seja, alguém já infectado pelo HIV), compartilhando objetos perfurocortantes contaminados, Transmissão vertical de uma mãe HIV positiva não tratada para seu filho durante a gravidez, parto ou amamentação (BRASIL,2010).
A infecção pelo HIV não tem cura, porém, há tratamento que feito com a administração de medicamentos conhecidos como antirretrovirais, combinados ou não com outros medicamentos destinados a combater infecções concomitantes. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) distribui gratuitamente desde 1996 todos os medicamentos antirretrovirais, conhecidos como coquetel de tratamento, e desde 2013 oferece tratamento a todos os portadores do HIV (GIV, 2020).
2.2 Tratamento e adesão medicamentosa da pessoa portadora do HIV
Atualmente o tratamento é feito com o uso do TARV, os de primeira linha é composto por 1 comprimido (“2 em 1” TDF+3TC) e 1 comprimido de DTG, utilizados juntos, em tomada única diária, existem situação como o aparecimento de coinfecção no qual o tratamento que deve ser avaliado na atenção especializada pela necessidade de esquemas alternativos de TARV. (BRASIL, 2020).
A adesão ao tratamento é importante para a qualidade de vida e redução da mortalidade, mas é um dos maiores desafios da atualidade No tratamento de pacientes com HIV/AIDS, isso porque a questão da adesão ao tratamento é transversal, ou seja, passa por todas as atividades relacionadas à saúde e todos devem passar profissionais de saúde dos serviços de saúde. (BRASIL, 2010).
2.3 Assistência farmacêutica a pessoa portadora do HIV
A atuação do farmacêutico com as equipes clínicas em hospitais que cuidam de paciente portador do vírus do HIV tem sido descrita desde 1991 em países desenvolvidos, e a adesão do paciente aumentou desde então, porque se reconhece que o farmacêutico é um especialista indispensável que acompanha o paciente durante seu tratamento (SABERI et al, 2012).
Neste contexto, destacam a prática da Atenção Farmacêutica, que inclui macro componentes como educação em saúde, ensino de medicamentos, dosagem, terapia medicamentosa e acompanhamento farmacoterapêutico, além do registro, mensuração e avaliação sistemática dos resultados (ANGONESI, 2010).
O tratamento medicamentoso consiste nas atividades integradas de um profissional farmacêutico com uma equipe multidisciplinar de saúde, onde o foco está na promoção da saúde e no uso racional de medicamentos pelos usuários (BRASIL, 2007).
Dessa forma, esse profissional também desenvolve o planejamento, controle e armazenamento de medicamentos, promovendo assim o seu uso racional por meio do controle de desperdícios e preenchimento correto das fichas. (BRASIL, 2007).
No cenário de sobrevivência à AIDS, o Protocolo de Assistência Farmacêutica em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/HIV/AIDS tem como um de seus principais objetivos o tratamento de pacientes, sendo um deles a distribuição de medicamentos antirretrovirais. Conectar os usuários da atenção farmacêutica a partes-chave do sistema de saúde além da troca de informações, os farmacêuticos também poderão direcionar e encaminhar informações ao usuário (PRIMO, 2015).
Além da intervenção farmacêutica, o uso integrado das tecnologias de informação e comunicação com o tratamento convencional, além do tratamento medicamentoso, promove melhor acesso ao tratamento, fortalece a relação entre pacientes e serviços de saúde e possibilita amenizar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas infectadas com HIV/AIDS e ajudando a criar um melhor compromisso com o tratamento (LIMA I, et al., 2021).
Assim, fica claro que a assistência é essencial no tratamento de pacientes com HIV, sendo este profissional de farmácia o que possui com mais propriedade as informações a respeito do tratamento com drogas antirretrovirais. Portanto, seu papel é encaminhar, zelar e acompanhar o portador de HIV/AIDS para que a saúde imunológica do paciente seja restabelecida (ARAUJO et al., 2021).
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada compreende-se uma revisão integrativa da literatura, segundo Sousa, et al. (2010) a revisão integrativa visa o conhecimento atual sobre uma temática específica.
A busca foi conduzida nas bases de dados BVS (Biblioteca Virtual da Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e CAPES Periódico, utilizou-se para a pesquisa as seguintes palavras chaves: HIV e Assistência Farmacêutica. Foram encontrados o total de 1.073 publicações, para inclusão dos artigos na pesquisa, seguiram-se os seguintes critérios de inclusão: artigos que não sejam de revisão de literatura, escrito em língua portuguesa, publicados entre 2018 e 2023 com títulos condizentes com os objetivos desta pesquisa.
A próxima etapa foram a realização da leitura dos resumos dos artigos selecionados, os que não possuíam relação com a temática foram retirados da pesquisa. Finalmente, os artigos selecionados nesta segunda etapa, foram lidos na íntegra, obteve-se o total de 03 artigos, que compreenderam a amostra final desse estudo.
4 RESULTADOS
Para a realização desse artigo, foram identificados 1073 artigos publicados nas bases de dados: BVS, Scielo, Periódicos CAPES, que tinham como palavras chaves: HIV e assistência farmacêutica. Desse total, foram definidos como critério de exclusão os artigos publicados há mais de 05 anos, não contemplar a temática, não disponível em português e ser revisão de literatura. Portanto, obteve-se o total de 03 artigos para amostra, conforme descrito na figura 01.
Fonte: Autores da pesquisa (2022).
O quadro 2 clarifica tal distribuição e apresenta o nível de evidência, o autor(es), o ano de publicação, assim como o objetivo dos estudos e os principais achados.
Quadro 2. Quadro sinóptico com a distribuição e organização dos artigos selecionados considerando ano, autor(es), país, nível de evidência, população e/ou amostra, objetivo e principais achados.
Autor(es)/ ano/país | Nível de evidência | População e/ou Amostra | Objetivo | Principais achados |
LOCH et al., 2018. | VI | 419 serviços dos serviços ambulatoriais de assistência a pessoas vivendo com HIV no Sistema Único de Saúde | Comparar as respostas de 419 serviços ambulatoriais que responderam o Questionário Qualiaids em 2007 e em 2010. | O estudo mostrou que permanecem problemas dentro do fluxograma geral da assistência dos serviços brasileiros no que diz respeito à organização de ações que promovem a retenção dos pacientes no serviço e a adesão ao tratamento. |
RIBEIRO et al., 2018. | V | Estudo descritivo e exploratório utilizando análise de dados secundários disponíveis no Sistema de Gestão de Materiais do Ministério da Saúde (SISMAT). Foram levantadas informações sobre país solicitante, ano da doação, medicamento, número de unidades farmacêuticas doadas e valor correspondente (em reais). | Fazer um levantamento acerca das doações internacionais de medicamentos pelo governo brasileiro de 2005 a 2016, identificando o número de unidades de medicamentos doadas e o montante financeiro que esse volume representa. | Os antirretrovirais e antimaláricos foram os medicamentos mais doados no período estudado, destacandose os antirretrovirais para tratamento do HIV. Isso graças a Lei 9 313, que garante o acesso os esses medicamentos e a licença compulsória do medicamento efavirenz e a produção local de antirretrovirais pelos laboratórios públicos. A Pesquisa aponta a necessidade de que sejam desenvolvidos indicadores de “melhores práticas” para doações farmacêuticas, com compartilhamento das responsabilidades relativas a doação e recebimento, além da implementação de procedimentos para a comunicação regular com os destinatários de uso final, a fim de garantir o máximo de benefício aos países receptores. Processo esse, que é obrigatório a atuação do profissional farmacêutico. |
ALVES et al., 2022. | VI | A pesquisa utilizou entrevistas com gestores e análise de dados secundários para estudar o contexto gerencial da saúde no Município do Rio de JaneiroRJ e sua influência sobre a construção do modelo descentralizado , assim como as características desse modelo e o grau de sua implantação. | Realizar uma avaliação de implantação do modelo descentralizad o de cuidado às Pessoas Vivendo com HIV/Aids no Município do Rio de Janeiro (MRJ) mediante análise do contexto que propiciou a intervenção e análise do grau de implantação ao fim do período estudado (2013- 2016). | A análise de contexto evidenciou a influência das normativas nacionais sobre a reforma da Atençaõ Primária em Saúde-APS no município, e desta sobre a proposta de cuidado descentralizado, bem como as tensões entre atores do processo. Como características do modelo descentralizado, destacaram-se ampliação de acesso, promoção da integralidade e coordenação do cuidado. Quanto ao grau de implantação, concluiu-se que esta havia progredido heterogeneamente, avançando mais nas áreas de prevenção, diagnóstico e assistência farmacêutica, e menos em atenção integral e coordenação do cuidado. Para a assistência farmacêutica, foi utilizada a cobertura por Unidade Distribuidora de Medicamentos, que assegura ao usuário o direito de retirar sua medicação na APS carioca. Ainda que uma parcela pequena das Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde da cidade do Rio dispensasse os medicamentos, os usuários podiam retirá-los em outras unidades. |
Fonte: Autores da pesquisa (2022).
4.1 Aspectos Gerais
O estudo de Loch.et al. (2018), analisou 419 serviços ambulatoriais de pessoas com HIV, por meio do Questionário Qualiaids em 2007 e em 2010, identificou que 70% estão localizados em municípios com menos de 400 mil habitantes.
Ribeiro, et al. (2018) Realizou estudo descritivo e exploratório sobre as doações de medicamentos do Centro de Abastecimento Farmacêutico (CAF) do Brasil, para outros países no período de 2005 a 2016. foram doadas 66 554 892 unidades de medicamentos, a 24 países, os medicamentos doados destinam-se, sobretudo, ao tratamento de HIV/Aids. As doações foram de medicamentos pelo Brasil por laboratórios públicos, como o Laboratório Farmacêutico Federal Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sendo que outra parte é adquirida pelo Brasil via OPAS.
Alves,et al.(2022) em sua pesquisa utilizou entrevistas com gestores e análise de dados secundários para estudar o contexto gerencial da saúde no RJ e sua influência sobre a construção do modelo descentralizado, assim como as características desse modelo e o grau de sua implantação.
4.2 Acesso da População ao tratamento
Evidenciou que no primeiro período, entre 1980 e 1990, caracterizado pelo surgimento e ascensão da Aids como doença de elevada morbimortalidade, e no qual a APS já tinha um papel significativo na prestação de serviços na cidade do Rio, porém em modelo centrado em médicos generalistas ou especialistas que atuavam nas Policlínicas ou nos Centros Municipais de Saúde em vez da opção pela saúde da família. O que dificultou o acesso ao tratamento de pacientes portadores do HIV (ALVES,et al 2022).
Sobre o acesso da população ao serviço, 86,3% estão Aberto ao público 5 dias ou mais por semana no ano de 2007 e 86,3 % no ano de 2010. Os pacientes que procuram atendimento no serviço pela primeira vez são majoritariamente atendidos por profissionais de nível universitário não-médico, incluindo os farmacêuticos (2007 = 92,8%; 2010 = 94,7%) (LOUCH.et al 2018)
Diante disto, o modelo de acesso a saúde foi sendo modificado, e centrado na principal e preferencial porta de entrada no sus, a Estratégia Saúde da Família (ESF), por vários argumentos: por ser esta uma porta de entrada capilarizada no SUS; pela possibilidade de vínculo com a família e o território; pela oferta de atenção integral ao longo da vida e cuidado de outras morbidades associadas, além da possibilidade de coordenar o cuidado do usuário na RAS, mantendo-se a vinculação indivíduo-equipe, fundamental para o processo terapêutico (ALVES,et al 2022).
A análise de contexto evidenciou a influência das normativas nacionais sobre a reforma da APS no município, e desta sobre a proposta de cuidado descentralizado, bem como as tensões entre atores do processo, especialmente gestores, médicos da APS, infectologistas e PVHA (Pessoas Vivendo com HIV/Aids). Como características do modelo descentralizado, destacaram-se ampliação de acesso, promoção da integralidade e coordenação do cuidado. Quanto ao grau de implantação, concluiu-se que esta havia progredido heterogeneamente, avançando mais nas áreas de prevenção, diagnóstico e assistência farmacêutica, e menos em atenção integral e coordenação do cuidado (ALVES,et al 2022).
A ampliação da oferta e realização de TR em todas as unidades básicas foi identificada como estratégia disparadora do cuidado descentralizado. O aumento no número de Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) ARV foi apontado como um fator importante da descentralização. Com 58 unidades (de um total de 230) dispensando ARV no município em 2017, foi possível ampliar o acesso ao tratamento para HIV, com retirada das medicações em unidades próximas aos domicílios ou regionais (ALVES,et al 2022).
4.3 Tratamento dos pacientes portadores de HIV
O suprimento sem falhas para os medicamentos que compõem a primeira linha de tratamento antirretroviral providos pelo nível federal manteve-se em 80% dos serviços. Recursos de provisão local, como os medicamentos para profilaxia primária de infecções oportunistas, exames bioquímicos utilizados para o acompanhamento da toxicidade dos medicamentos que necessitam maior prontidão e exames de imagem simples são disponibilizados em até 15 dias para cerca de 80% dos serviços (LOUCH.et al 2018).
Dentre os principais estaques estão o acesso do tratamento aos pacientes, o qual realiza-se a orientação do uso da medicação no ano de 2007 (69,5%) e 2010 (71,6%), e se o paciente ficar sem medicação por razões imprevistas, é atendido em consulta extra 2007 50 % 2010: 45% (LOUCH.et al 2018).
Destacou-se a doação de medicamentos para tratamento do HIV, fato que é favorecido pela existência de projetos brasileiros de cooperação internacional em HIV/Aids; o arcabouço jurídico-normativo que garante o tratamento antirretroviral no Brasil, especialmente a lei 9 313 de 1996, tornando o Brasil um país com disponibilidade constante desses medicamentos; o desenvolvimento do SUS destacando-se o aperfeiçoamento das ações de assistência farmacêutica e da oferta contínua desses medicamentos; e, finalmente, a produção pública nacional de medicamentos antirretrovirais, conforme diretrizes e prioridades estabelecidas na Política Nacional de Medicamentos (LOUCH.et al 2018).
4.4 Atuação do Farmacêutico, potencialidades e desafios:
Tal ampliação na oferta para as UBS foi tema controverso entre os entrevistados: por um lado, apontou-se a vantagem da acessibilidade para os usuários, por outro, a dificuldade em garantir infraestrutura de armazenamento para os ARV e outras atividades da assistência farmacêutica, assim como a capacitação profissional para operar o banco de dados nacional de dispensação – o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom) (ALVES,et al 2022).
Para a assistência farmacêutica, foi utilizada a cobertura por UDM, tendo como referência o Guia de Referência Rápida, que assegura ao usuário o direito de retirar sua medicação na APS carioca. Ainda que uma parcela pequena das Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde da cidade do Rio dispensasse o TARV, os usuários podiam retirá-los em outras unidades. Além disso, segundo informação da gestão, existia ao menos uma UDM por Área Programática do município, reduzindo as dificuldades de acesso aos medicamentos. Assim, esse critério foi avaliado como implantado. As normativas para a prescrição de ARV estavam consubstanciadas tanto no Guia quanto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para manejo da infecção pelo HIV em adultos, do Ministério da Saúde, e estavam disponíveis na plataforma virtual, sendo esse critério considerado implantado (ALVES,et al 2022).
No início da terapia antirretroviral, o paciente realiza retorno com profissional de nível superior em até 15 dias 2007: 63% 2010:65%. Quando o intervalo entre as consultas é maior de 30 dias, o paciente Passa por consulta com enfermeiro ou farmacêutico, e após orientações retira a medicação previamente prescrita 2007: 28% 2010: 25% (LOUCH.et al 2018).
5 DISCUSSÃO
O Brasil é sem dúvidas, uma referência mundial no tratamento do HIV, visto que, existem políticas voltadas exclusivamente para esse tema, como por exemplo, o Programa Nacional de DST’s /AIDS implantado no ano de 1986 e a LEI Nº 9.313, DE 13 DE
NOVEMBRO DE 1996 (BRASIL,2020), que destaca os protocolos medicamentoso do TARV, o qual inclusive são referência para doações desse escopo de medicamentos para outros países (RIBEIRO, et al. 2018). Observa-se que em todo esse processo há a necessidade de melhores práticas na assistência farmacêutica (RIBEIRO, et al.2018), o que demonstra as multifaces da atuação do profissional farmacêutico.
Os artigos selecionados ressaltam que para obter a melhor adesão e continuidade do tratamento do paciente portador do HIV/AIDS, é necessária uma assistência farmacêutica consolidada. Fonseca (2019) aponta em seu estudo que há relatos desde 1991 o aumento da adesão ao TARV mediante a atuação do farmacêutico, quando esse está incluído desde a avaliação do paciente, dispensação correta do medicamento, intervenções voltadas para a da aceitação do tratamento, análise de reações adversas, e até mesmo a educação em saúde.
O contato inicial desse paciente com a equipe de saúde, segundo Alves, et al (2022) deve ser o mais decentralizado possível, para que seja favorecido a possibilidade de vínculo entre o indivíduo e a equipe de saúde, além do mais, o acesso à saúde seria mais próximo a habitação do paciente, diminuindo as dificuldades de locomoção da residência dos pacientes para a unidade de saúde, sendo esse processo preferencialmente na atenção primária de saúde, no estudo citado, compreende-se que já há avanços na assistência ao paciente atendidos pelos ambulatórios referência no tratamento de portadores do HIV/AIDS em várias dimensões (prevenção, diagnóstico e assistência farmacêutica).
Sabe-se que o tratamento do HIV/AIDS é prioritariamente e continuamente o uso correto do TARV, a adesão é indispensável para evitar o avanço da doença, prevenir agravos e aumentar a qualidade de vida, para isso a assistência farmacêutica é primordial. Portanto, é importante a definição dos momentos e ferramentas para o desenvolvi mento da ação do farmacêutico aplicando as intervenções necessárias para a adesão do paciente, Loch. Etal (2018) identificou em seu estudo alguns momentos, sendo eles na entrega dos medicamentos.
Outro momento identificado (Loch. Et al,2018) é na oportunidade durante a consulta de retorno, o qual é realizada pelo farmacêutico, apenas quando esse alcança o prazo de superior há 30 dias, sem retorno médico, e para a renovação da receita e entrega de medicamento. Ou seja, foi encontrado limitações no que diz respeito a estruturação da presença do farmacêutico para avaliação e implementação das ações, o que interfere na oportunidade de atendimento integral.
Pontuou-se um marco no que diz respeito a dispensação do TARV, o aumento das Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM), que tomaram mais acessíveis e facilitaram a retirada do medicamento pelos pacientes (RIBEIRO, et al.2018), porém em contra partida, é perceptível a dificuldade de obter a infraestrutura para manter e armazenar esses medicamentos, sendo estas ações necessárias para manter a segurança do medicamento, proporcionando uma assistência farmacêutica e tratamento mais seguro.
Ademais, nesse estudo foi possível notar a escassez nos bancos de dados descritos, especificamente sobre a temática, é incontestável a relevância da assistência farmacêutica em todo o processo do tratamento de pessoas atingidas pelo HIV/AIDS, principalmente na figura do farmacêutico, conhecer em campo as fragilidades e potencialidades, assim como os impactos gerados, permitem em maior especificidade a participação na elaboração e implementação da atenção integral, e a adesão ao tratamento.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O manejo do paciente portador do HIV é desafiador. Dentre os principais pontos ressaltados está a importância de alcançar uma boa adesão ao tratamento medicamentoso, objetivo esse que encontra vários obstáculos. Os avanços medicamentosos de padronização do tratamento do HIV e distribuição igualitária no Brasil, foram grandes avanços obtidos na saúde pública. É consenso entre os autores citados, que a assistência farmacêutica adequada impacta diretamente no sucesso do tratamento.
O profissional farmacêutico, inserido na equipe multiprofissional pode contribuir significativamente para a maior adesão ao tratamento, já que é o profissional que possui conhecimento técnico científico sobre os medicamentos e seus impactos clínicos. Porém observa-se nos estudos discutidos, a necessidade de estruturação para a atuação do profissional, já que a ação vai além do balcão de entrega dos medicamentos e as oportunidades não programadas.
O estudo foi limitado pela escassez de estudos de campo sobre o tema nos bancos de dados selecionados, portanto, para que se obtenha maior conhecimento e o mais próximo possível da realidade da atuação do farmacêutico no tratamento do HIV, são necessárias mais pesquisas em campo.
REFERÊNCIAS
Alves, B. L., Lago, R. F. do., & Engstrom, E. M. (2022). O cuidado às Pessoas Vivendo com HIV/Aids na Atenção Primária à Saúde na cidade do Rio de Janeiro: uma avaliação de implantação. Saúde Em Debate, 46(spe7), 31–47.https://doi.org/10.1590/0103-11042022E702 Angonesi D, Sevalho G. Atenção Farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2010Nov;15:3603–14. Available from: https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000900035
Araújo KMST de, Silva SR de A, Freire D de A, Leal MCC, Marques AP de O, Baptista RS, et al.. Correlação entre qualidade de vida, depressão, satisfação e funcionalidade de idosos com HIV. Rev Bras Enferm [Internet]. 2021;74:e20201334. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-1334
Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Assistência Farmacêutica no SUS / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília : CONASS, 2007. p 17.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Tratamento para o HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv. Acesso em 21 out. 2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Tratamento para o HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv. Acesso em: 21 de maio de 2023.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis.Disgnóstico do HIV. 2019. Disponível em: http://antigo.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/diagnostico-do-hiv. Acesso em: 20 de maio de 2023.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis.Disgnóstico do HIV. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/hiv-aids/diagnostico#:~:text=O%20diagn%C3%B3stico%20da%20infec%C3%A7%C3%A3o%20pelo,em%20cerca%20de %2030%20minutos. Acesso em: 21 de maio de 2023.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL NO BRASIL: COLETÂNEA DE ESTUDOS DO PROJETO ATAR. Brasília, 1ª edição, p. (11 ao 15), 2010. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3035.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo de assistência farmacêutica em DST/HIV/AIDS. Recomendações do grupo de trabalho a assistência farmacêutica. Brasília, 1ª edição, p. (23 e 24), 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_assistencia_farmaceutica_aids.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – DCCI.Boletim Epidemiológico de HIV/Aids.DEZ.2021.Editora MS/CGDI. Brasília, DF: MS; 2021.
GIV – Grupo de Incentivo à Vida. Tratamento Contra o HIV.2020. Disponível em: http://giv.org.br/HIV-e-AIDS/Tratamento-Contra-o-HIV/index.html. Acesso em: 21 de maio de 2023.
Lima, M. C. L. de ., Pinho, C. M., Silva, M. A. S. da ., Dourado, C. A. R. de O., Brandão, B. M. G. de M., & Andrade, M. S.. (2021). Percepção dos enfermeiros acerca do processo de descentralização do atendimento ao HIV/Aids: testagem rápida. Escola Anna Nery, 25(4), e20200428. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2020-0428
Loch,A.P.,Nemes, M.I. B.,Santos,M. A., Alves, A. M., Melchior, R., Basso, C. R., Caraciolo,
J. M. de M., Alves, M. T. S. S. de B. e ., Castanheira, E. R. L., Carvalho, W. M. do E. S.,
Kehrig, R. T., & Monroe, A. A.. (2018). Avaliação dos serviços ambulatoriais de assistência a pessoas vivendo com HIV no Sistema Único de Saúde: estudo comparativo 2007/2010. Cadernos De Saúde Pública, 34(2), e00047217. https://doi.org/10.1590/0102-311X00047217
Matos, FM, Lisboa, LR, Oliveira, LS, Santana, PCM, &Silva, HF (2021). Cuidados Farmacêuticos para Pacientes com HIV: Uma Revisão Integrativa. European Academic Research, 9 (3), 1904-1918. https://www.euacademic.org/UploadArticle/4964.pdf.
Pereira, Silvana Velho. Assistência ambulatorial e farmacêutica de serviço especializado em HIV/AIDS em município do sul do Brasil. UFRGS Repositório Digital ,2012.Disponível em:<http://hdl.handle.net/10183/67789 >.
Primo, L. P. Gestão do cuidado em HIV/AIDS: impacto da atuação do farmacêutico clínico na adesão à Terapia Antirretroviral 21p. (TARV). Dissertação (Mestrado) apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP. Orientador: Bollela, Valdes Roberto. 2015. 21p.
Rachid, M., & Schechter, M. Manual de HIV/aids. Thieme Revinter Publicações LTDA, 2017.10ed.P.30-35.
Reis,A.P. Tratamento contra o HIV: o que você precisa saber!. 2020. Disponível em: https://www.farmacia.ufmg.br/pensandonisso/tratamento-contra-o-hiv-o-que-voce-precisa-saber/#:~:text=N%C3%A3o%20h%C3%A1%20cura%2C%20mas%20h%C3%A1,surgiram %20na%20d%C3%A9cada%20de%201980. Acesso em: 19 de maio de 2023.
Ribeiro, Alane Andrelino, Lupatini, Evandro de Oliveira e Santos, Diana Graziele dos Cooperação internacional: doações de medicamentos realizadas pelo governo brasileiro de 2005 a 2016. Revista Panamericana de Salud Pública [online]. 2018, v. 42 [Acessado 25 maio 2023], e67. Disponível em: <https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.67>. Epub 23 Jul 2018.
ISSN 1680-5348.https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.67
Rodrigues, J F B, Melo, D F S, Bastos, W D G, & Randau, K P (2021). Pharmaceutical care in improving adherence to drug treatment. Research, Society and Development, 10 (16), e316101623753. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23753.
Saberi,P.et al.O impacto dos farmacêuticos clínicos do HIV nos resultados do tratamento do HIV: uma revisão sistemática. 2012;6:297-322. doi: 10.2147/PPA.S30244. Epub 2012 5 de abril.
SEBEN, Gabriela et al. Adultos jovens portadores de HIV: análise dos processos subjetivos no enfrentamento da doença.Psic,São Paulo,v. 9.n. 1,p. 63-72,jun.2008.Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676 73142008000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em18maio2023.
Souza, M. T. de ., Silva, M. D. da ., & Carvalho, R. de .. (2010). Revisão integrativa: o que é? Como fazer isso?. Einstein (São Paulo), 8(1), 102–106. https://doi.org/10.1590/S167945082010RW1134
UNAAIDS.Informações básicas sobre HIV e AIDS. 2020. Disponível em: https://unaids.org.br/informacoes-basicas. Acesso em: 20 de maio de 2023.
UNAIDS.FACTSHEET2022 Estatísticas Globais do HIV .Disponível em:<https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2022/07/2022_07_27_Factsheet_PT.pdf> acesso em 20 de janeiro de 2023.
1 Acadêmico do 10º período do curso de Farmácia da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, valdeanaraujonwv@hotmail.com.
2 Enfermeira Especialista em Dermoestética Avançada e Urgência e Emergência, Enfermeira, anaarraess@outlook.com.