ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES ADULTOS INTERNADOS COM ASMA. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7271998


 Luiz Gustavo Barbosa Oliveira1
Alcione Silva de Carvalho2


RESUMO 

 A  atuação  do farmacêutico   na  UTI(Unidade  Terapia  Imtensiva)  é  importante  para  auxiliar  na  elucidação  de  riscos  e  benefícios  da  terapia  medicamentosa  e  na  segurança  do  paciente,  na  mudança  de  protocolos  clínicos  e  medidas  clínicas  para  rastrear  eventos  adversos  a  medicamentos  e  otimizar  a  farmacoterapia.  Identificando  as  interações  reais  em  pacientes  acometidos  por  asma.  Tendo  em  vista  que  o  objetivo  geral  desse  artigo  foi estudar  a  atuação  do   farmacêutico na   ocorrência de   interações  medicamentosas em   pacientes  com asma  internados.  

 Palavras-Chave:  Pacientes  críticos.  Asma. Interações medicamentosas. Intervenções .  

 ABSTRACT 

 The  role  of  the  pharmacist  in  the  ICU  is  important  to  help  elucidate  the  risks  and  benefits  of  drug  therapy  and  patient  safety,  change  clinical  protocols  and  clinical  measures  to  track  adverse  drug  events  and  optimize  drug  therapy,  identifying  the  real  interactions  in  patient  affected  by  asthma.  Considering  that  the  general  objective  of  this  article  was  to  study  the  role  of  the  pharmacist  in  the  occurrence  of  drug  interactions  in  hospitalized  patients  with  asthma. 

 Keywords:  Critical  patients.  Asthma.  Drug  interactions. Interventions. 

 INTRODUÇÃO 

 Um  paciente  crítico  é  um  paciente  internado  na  Unidade  de  Terapia  Intensiva (UTI)  com  uma  variedade  de  medicamentos,  dependendo  de  sua  condição  clínica.  Como  resultado,  esse  paciente  está  sob  risco  de  interações  medicamentosas,  o  que  pode  levar  a  efeitos  adversos  inesperados,  aumentando  o  tempo  e  os  custos  do  tratamento.  Neste  estudo,  será  abordado  os  pacientes  internados  por  asma. 

 A  asma  é  uma  doença  inflamatória  crônica  das  vias  aéreas  na  qual  muitas  células  e  componentes  celulares  desempenham  um  papel. A  inflamação   crônica  está  associada  à  hiperresponsividade  das  vias  aéreas,  que  pode  levar  a  episódios  recorrentes  de  sibilos,  dispneia,  opressão  torácica  e  tosse,  principalmente  à  noite  ou  no  início  da  manhã.  Esses  episódios  são  decorrentes  de  obstrução  generalizada  e  variável  do  fluxo  aéreo  intrapulmonar,  que  pode  ser  revertida  espontaneamente  ou  com  tratamento .   ( RODRIGUES,  A. S.et.al .,2021 ). 

 A  interação  medicamentosa  é  um  acontecimento  clínico  que  o  efeito  do  fármaco  é  alterado  pela  presença  de  outro  fármaco  e/ou  outro  agente  químico.  As  interações  podem  ser  prejudiciais  ou  benéficas,  prejudiciais  pois  podem  aumentar  a  toxicidade  do  fármaco  e  benéfica  pois  pode  potencializar  o  efeito  de  um  deles.  (SANTOS,  B  da  S.et  al .,2021).  A  segurança  do  paciente  foi  identificada  como  tendo  um  grande  impacto  na  melhoria da  qualidade  dos  cuidados  de  saúde  e  está  associada  a  eventos  adversos  e  mortalidade. 

 A  atenção  farmacêutica  se  tornou  uma  necessidade  social,  tendo  em  vista  que  os  problemas  relacionados  a  reações  adversas  a  medicamentos  vêm  se  tornando  constante,  o  farmacêutico  vem  assumindo  um  papel  fundamental. A  falta de profissionais  com  o  conhecimento  sobre  as  interações medicamentosas  torna  o   farmacêutico  mais importante   ainda na   sua  função.  Sendo  o  profissional  a  ter  o  último  contato  com  o  paciente,  cabe  a ele  verificar  a  prescrição   e  dar  orientações  ao doente  sobre   o  uso dos   medicamentos.  (NOBRE  JUNIOR, ANDRADE;  2022) 

 OBJETIVO GERAL 

 A valiar   a  atenção  do  farmacêutico  nas  interações  medicamentosas  em  paciente  com  asma  grave  internado  na  UTI,  a  fim  de  explorar  os  possíveis  eventos  adversos ao   medicamento,  a  funcionalidade,  terapia  medicamentosa e  segurança do tratamento.  

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 

 Relatar  os  problemas  em  relação  ao  Asma; 

 Descrever  as  complexidades  da  internação  de  paciente  crítico  em  Unidade  de Terapia Intensiva; 

 Apresentar  a respeito  do  manuseio  da  terapia  farmacológica  ao  paciente  acometido por asma e a devida  necessidade de intervenção; 

 Argumentar em relação às  interações medicamentosas que os  pacientes  vêm  a  receber  quando  estão  internados, e; 

 Exemplificar  os  riscos  a  respeito  dos  pacientes  acometidos  por  asma  que  estão  expostos  em  relação  às  interações  medicamentosas. 

 METODOLOGIA 

 Para  este  estudo,  foi  realizado  um  estudo  bibliográfico,  que  inclui  revisão  de  literatura  e  análise  de  dados  sobre  o  tema  para  subsidiar  teoricamente  as  pesquisas  sobre  o  tema.  Neste  caso,  um  estudo  descritivo,  com  abordagem  qualitativa,  baseia-se  na  literatura  sobre  o  tema  proposto. 

 Os  critérios  de  inclusão  estabelecidos  foram  publicações  em  português  que  se  baseiam  em  artigos  que  se  enquadram  no  tema  e  o  mais  recente  possível;  optou-se  por  excluir  material  e  publicações  em  língua  estrangeira  e  que  não  se  enquadram  nos  objetivos  gerais  do  estudo e entre os anos de 2011 a 2022. 

 JUSTIFICATIVA 

 Ter  o  conhecimento  sobre  as  interações  medicamentosas  em  pacientes  asmáticos  é de   extrema  importância,  principalmente  por  ser  um  assunto  relacionado  sobre  a  saúde  e  deve  ter  uma  atenção  especial  técnico-científica.  mas  também  pela  complexidade e   especificidade  do  assunto.  Tendo  em  vista que   os  pacientes  nesta  unidade  já  possuem  pré  disposição  a interação,  o  estudo   deste  tema  terá  contribuição  para  sociedade, para   acadêmicos  e  para  a  ciência.  Portanto  o  foco  é particularmente   nos  pacientes.  Por consequência,  é  importante  estudar   as  interações  medicamentosas,  para que   gerem  informações  para modificar  o  que  ser   observado  no  dia  a dia   do  profissional,  assim  preencher quaisquer  lacunas   que  possam existir sobre o tema. 

 A UNIDADE DE TERAPIA  INTENSIVA: PACIENTE CRÍTICO 

 Na  unidade  de  terapia  intensiva  (UTI),  são  encontrados  os  pacientes  mais  críticos  ou  de  maior  risco  de  morte  que  necessitam  de  cuidados  especializados,  muitas  vezes  estão  em  uso  de  múltiplas  medicações  devido  a  condições  clínicas  graves  ( SCRIPNOLI;  TEIXEIRA;  LEAL  ,  2016). 

 A  UTI  caracteriza-se  por  um  ambiente  angustiante  e  temeroso,  projetado  para  pacientes  que  necessitam  de  cuidados contínuos,   equipamentos  e recursos   especializados,  dada  a  complexidade  da situação   do  paciente  ( MOTA  RS  et  al. ,  2021). Portanto,  devido   às  características  típicas  desse  ambiente,  é  considerado um  local  estressante,   um  local  de  impacto  e desconforto  físico   e  psicológico  para  o  paciente. 

 Estar  doente  é  uma  questão de   saúde.  Isso  envolve  um  subconjunto  das  populações  mais  suscetíveis,  tais  como  i dosos  e  pacientes  submetidos  à  cirurgia  (YUNES;  COELHO;  ALMEIDA,  2011 ).  A  humanização  da  assistência  torna-se  necessária  após avaliar  as   prováveis  causas  de  problemas comuns   em UTI  e  que   causa  impacto diretamente  no  quadro   clínico  dos  pacientes, possibilitando   um  cuidado  direcionado. 

 De  com  acordo  com  a  portaria  nº  2.338,  de  03  de  outubro  de  2011,  que  está  localizado  no  artigo 87 ,  faz  consideração  que  o  paciente  crítico,  é  aquele  que  tem  risco  de  perder  a  vida  ou  função  de  algum  órgão/sistema  do  corpo  humano,  tais  como  aqueles  em  condição  clínica  frágil  em  virtude  de  um  trauma  ou  outras  condições  relacionadas  a  circunstâncias  que  requerem  cuidados clínicos  imediatos,  gineco-obstétrico,  saúde  mental  ou  em  cirurgico ( BRASIL , 2011). 

 Portanto,  nesse  cenário,  a  presença  de  pacientes  graves  aumenta  o  risco  de  reações  adversas  a  medicamentos  devido  às  interações  medicamentosas,  o  que  também  pode  contribuir  para  a  falha  e  a  ineficácia  do  tratamento ( TEIXEIRA,  L.  H.  S. et al., 2021 ). 

 BRONQUITE ASMÁTICA (ASMA) 

 Com  350.000  internações  por  asma  por  ano  no  Brasil,  constitui  a  quarta  causa  de  internações  pelo  SUS  (2,3%  do  total)  e sua  seus   casos pode  ter   aumento  significativo  dependendo da  localidade  geográfica,  causas   genéticas,  exposição  a  fatores  ambientais  que  causam  riscos,  mudança de   clima, tabagismo   e  aumento  da  poluição.  Contudo  há uma  redução  nos  casos  de  internações  por  asma   principalmente  em  pacientes  femininas,  inúmeros  fatores  estão  correlacionados  para  obtenção desses   dados,  como  a  disponibilização  de  medicações  gratuitas pela   farmácia popular,  como  por  exemplo  o   salbutamol,  desde 2009.   Também em   2009 foi   implantada a   assistência  farmacêutica  gratuita  pelo  Ministério  da  Saúde ( LIMA,   R. K. de S  ,et al., 2022  ). 

O  corpo humano está   principalmente preocupado com a  estabilidade do   pH. Os pulmões   são  os  órgãos  responsáveis por  manter  PaCO2  suficiente  para  produzir  níveis  de  dióxido  de  carbono ( VCO2),  evitando  reduções  severas  na  PaO2  ( NEDER;  JOSÉ  ALBERTO; BERTON;   DANILO  CORTOZI  E O’DONNELL; DENIS. 2020 ). 

 A  asma  é  uma doença   inflamatória  crônica  que tem  por  característica  ser  hiperresponsividade  das  vias  aéreas   inferiores  e  tendo  limitação  no  fluxo  aéreo  que  pode  ser revestido   espontaneamente ou  com  o  auxílio  de  tratamento.  Isto  vem  a  resultar  sintomas  característicos   da  doença  como sibilo,   tosse,  dispneia,  aperto  no  peito,  estes  sinais  clínicos  são mais   recorrentes  na  parte da   noite ou   pela manhã,   ao acordar.O  processo  inflamatório  que  se   estende da  traquéia  aos   bronquíolos terminais  resulta  em   infiltração  de  células  inflamatórias na   mucosa das  vias   aéreas, crises   espásticas na  musculatura  lisa   dos  bronquíolos  e  espessamento  da  membrana  basal  devido  à  deposição  de  colágeno subepitelial,   o que   pode demonstrar   a  presença de   edema  nesta  área  é  razoável.  Segundo  a  Organização  Mundial  de  Saúde ( OMS)  há  235  milhões  de pessoas   com asma  em  todo  mundo,  número  que   pode  chegar  até  400  milhões em  2025.( PELETEIRO,T.T, et al., 2017) 

Devido   a  alta complexidade  da  doença, sua  etiologia  permanece  incerta, podendo   ser  desencadeada  por  diversos  estímulos,  como exposição   a  alérgenos  e  irritantes,  mudanças  climáticas,  infecções  respiratórias  virais  e  até  mesmo  atividade  física.  Fatores  e  estados  emocionais  podem  contribuir  ao  agravamento  dos  sintomas.  As  crises  de  asma  são  caracterizadas  por  episódios  recorrentes  de  dispneia,  sibilos,  tosse  e  compressão  torácica  ( BORGES ,  2017). 

 Na  asma,  o  broncoespasmo  é  que  consiste  na  contração  dos  músculos  dos  brônquios.  Para  controlar  isso  pode-se  utilizar  alguns  medicamentos  e  métodos  para  suavizar  tal  processo.  A  limpeza  do  local  que  se  tem  mais  acesso  é  fundamental  pois  reduz  o  contato  com  alérgenos,  que  são  responsáveis  pelo  fenômeno  do  processo inflamatório.   Há  também  os  medicamentos  que agem   contra  a  broncoconstrição,  que são  os  ß2-agonistas  de  longa  ação  ( inalados e  oral)  ( ALMEIDA, 2021).  

 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

 O  uso  concomitante  de  vários  medicamentos  é  comum  na  prática  clínica,  levando  ao  aumento  do  risco  de  interações  medicamentosas  (IMs).  Neste  caso,  porém,  a  terapia  combinada  é  uma  estratégia  para  tratar  múltiplas  comorbidades,  porém,  pode  produzir  interações  medicamentosas  indesejadas,  portanto  gerar  problemas  na  saúde  do  paciente  ( VELOSO,  Ronara  Camila de Souza Groia et al.,2017 ). 

 Assim,  são  os  efeitos  de  um  fármaco,  alimento  ou  outro  produto  químico  agindo  sob  a  influência  de  outro  fármaco,  administrado  antes  ou  ao  mesmo  tempo  que  o  primeiro  fármaco,  que  provoca  uma  resposta  farmacológica  ou  clínica.  No  entanto,  ocorre  devido  à  sinergia ( aumento  da  atividade).  São  interações  de  insumos farmacêuticos   ativos,  ou  seja, ocorrem  quando   um  afeta o   outro (  LEÃO,  MEDEIROS E   MORA, 2014). 

 As  IMs  são  classificadas  em  farmacocinética  e  farmacodinâmica  de  acordo  com  seus  efeitos  específicos  in  vivo.  Primeiro,  os  fármacos  interagem  durante  as  fases  de  absorção,  distribuição,  metabolismo  e  excreção,  e  a  concentração  dos  fármacos  em  seus  potenciais  de  ação  aumenta  ou  diminui;  segundo,  ocorrem  em  receptores,  pré-receptores  e  pós-receptores.  -Sítio  receptor  (agonistas)  e  antagonistas)  ( SOUZA SANTOS, K. F  et al., 2022).  

 Em  hospital  é  pior  em  alguns  pacientes  em  ambiente  hospitalar,  como  pacientes  idosos,  pacientes  imunossuprimidos,  pacientes  em  UTI  e  pacientes  submetidos  à  cirurgia  ( SILVA,  A.  S.  P.;  SILVA,  S.  T.  F,  2020 ).  Por  isso,  ocorre  com  mais  frequência  na  UTI  devido  à  condição do  paciente  e  à  infinidade  de  medicamentos  utilizados,  por  isso é  importante  que  os  profissionais  de  farmácia  estejam  atualizados,  qualificados  e  treinados.  Para  alcançar  um  consumo  razoável,  para  prevenir  eventos  adversos  a  medicamentos  ( DE  OLIVEIRA,  et  al., 2021 ). 

 A  necessidade  de  um  esquema  polimedicamentoso  é  consequência  do  estado  clínico  dos  pacientes  internados  na  UTI.  Portanto,  dada  a  complexidade  de  vários  esquemas  medicamentosos,  alterações  fisiológicas  devido  à  disfunção  orgânica,  o  número  de  medicamentos  tratados  e outras   características  farmacocinéticas, eles   carregam  o risco  de  interações  medicamentosas  (  SCRIPNOLI;  TEIXEIRA; LEAL , 2016) . 

 Até porque,  quando  as  interações  medicamentosas   não  são devidamente  avaliadas  e   evitadas, podem  causar   sérios  danos  aos  pacientes,  pois os  pacientes  internados  em   UTI  são  críticos  e,  com isso,   usam  múltiplos  medicamentos, são   fisiologicamente  instáveis  e,  portanto,  merecem cuidados  intensivos  e  especial   (DE  OLIVEIRA,   el  al., 2021 ;  FARIA,  et  al.,  201 9  ).  Por  fim, é  notório   que ocorrem  mais  interações   medicamentosas  em  UTIs  do  que em  outros  setores  do  hospital  e   outros  lugares e   são  o  motivo  do  insucesso  nos  tratamentos  ( DE  OLIVEIRA,  el  al., 2021).

 Portanto,  o gerenciamento  de  medicamentos  na  UTI  é  uma  das atividades   mais  comuns  nesse  departamento.  Requer  conhecimentos  e  habilidades  específicas  na  área,  bem  como  a  busca  necessária  para  garantir  o  uso  seguro  de  medicamentos,  reações  adversas  e/ou  interações.  Na  UTI,  o  paciente  é  polifarmácia,  por  isso  o  risco  de  interação  aumenta  ( CAVALCANTE,  M.  G,  et  al. , 2022).

 ASMA E INTERAÇÕES  MEDICAMENTOSAS 

 Na  prática  clínica,  as  interações  medicamentosas  indesejadas  são  uma  realidade,  e  sua  ocorrência  pode  levar  a  tratamento  ineficaz,  aumento  de  custos  e  até  mesmo  risco  de  vida  de  pacientes.  Vários  medicamentos  são  os  principais  fatores  de  risco  para interações  (  SOBRINHO; CAMPOS; SILVA , 2020). 

 No âmbito   da  pneumologia,  a  problemática  para  a  causa da  asma  é  bastante   ampla,  em  países como  o  Brasil  que   estão  em desenvolvimento.   Com  este  desenvolvimento  foi  visto  que  a  asma  e  a  obesidade  estão relacionadas.  A  obesidade   tem  efeitos  mecânicos no   pulmão,  alterando  o  volume  pulmonar.  Também é   encontrado  o  aumento  das  citocinas, que tem   participação  em diversas  funções  metabólicas,  endócrinas  e  molda  o  processo  inflamatório  e  a  resposta  imunológica. ( GOMES,et  al.,  2021)  É  visto  também  as  condições  sanitárias  da  região  que  o  paciente  habita  que  por  sua  vez  pode  causar  inflamações  nas  vias  aéreas  ( LIMA,   R. K. de S  ,et al., 2022 ). 

 A  terapia  medicamentosa  tem  como  o  objetivo  a  minimização  ou  o  alívio  dos  sintomas:  maximização  da função   pulmonar,  prevenir  a  exacerbações,  fazer  a  dose  mínima  eficaz  do  profilático,  assim  minimizando  os efeitos   adversos  do  tratamento.  Os  medicamentos geralmente   utilizados  são  os  de  inalação  broncodilatadores  e  via  oral  são  os  corticoides  ( FIALHO,  THAINÁ  RODRIGUES DE SOUZA et al.,2019 ). 

 O  tratamento  medicamentoso  da  asma  vem  ganhando,  com  o  passar  dos  anos,  uma  vasta  variedade  de  medicamentos  para  o  seu  tratamento.  Contudo  podem  ocorrer  mais  interações  medicamentosas.Segue abaixo   os  medicamentos  para  o tratamento   da  asma  e  algumas  possíveis  interações  de  medicamento x medicamento. 

 Montelucaste:  é  eficaz  para  o  tratamento  de  asma  crônica  e  profilaxia,  prevenindo  os  sintomas  diurnos  e  noturnos  e  previne  também  a  broncoconstrição  induzida  por  exercícios  físicos.  O  uso  do  montelucaste  concomitante  com  fenobarbital diminui   em  até  40  %  a concentração   plasmática  do  montelucaste,  reduzindo assim o seu efeito.( EUROFARMA,2021) 

 Prednisona:  é  eficaz  para  o  tratamento  de  asma  grave,  este  medicamento  proporciona  um  potente  efeito  anti-inflamatório,  antirreumático  e  antialérgico.  A  prednisona  administrada  junto  com  ácido  acetilsalicílico  pode  resultar  no  aumento  da  incidência  ou  gravidade  da  úlcera no   estômago  e  duodeno. ( EUROFARMA,2014) 

 Salmeterol:  é  indicado  para  tratamento  auxiliar  aos  corticosteróides  no  controle  da  asma,  agindo  na  broncodilatação  prolongada  em  doenças  pulmonares obstrutivas  crônicas.   A coadministração   de  cetoconazol  com  salmeterol  aumenta  significativamente  a  concentração  plasmática  do  salmeterol. ( GLAXOSMITHKLINE,2013) 

 Bromidrato  de  fenoterol:  utilizado  para  o tratamento  dos  sintomas  relacionados  à   crise  aguda  asmática,  como  por  exemplo  a  falta  de  ar, ou  outra   doença  que é  caracterizada  pelo   estreitamento  reversível  das  vias  respiratórias. Se   utilizado  junto  com  a teofilina,   um  derivado da   xantina,  podem  causar  hipocalemia.  (BOEHRINGER INGELHEIM, 2019) 

 INTERVENÇÕES DO  PROFISSIONAL DE FARMÁCIA 

 Na  gestão  de  medicamentos  e  no  auxílio  aos  profissionais  nas  interações  medicamentosas,  as  estratégias  devem  ser  baseadas  em  um  cronograma  para  evitar  o  uso  concomitante  de  dois  ou  mais medicamentos  e,  assim,  evitar  interações   entre eles.  O  monitoramento  clínico  também   é  importante  para  a  detecção precoce  de   reações  adversas,  caso  em  que  os profissionais   devem  entender  as interações   do  prescritor para   otimizar  por meio   do  monitoramento  para  minimizar  os  efeitos negativos  quando  as  interações  são  inevitáveis.   Segurança  e  proteção  da  terapia  medicamentosa em  pacientes   críticos  ( SCRIPNOLI;  TEIXEIRA; LEAL,   2016). 

 Ao  decorrer  dos  anos,  o  papel  do  farmacêutico  na  prestação  de  cuidados  de  saúde  e  na  intervenção  em  unidades  médicas,  farmácias  e  drogarias,  tem  em  conta  que  é  responsabilidade  deste  profissional  avaliar  as  prescrições  e investigar   potenciais interações medicamentosas (SCRIPNOLI; TEIXEIRA; LEAL , 2016). 

 Na  concepção  de  Vieira  (2004, p.34): 

 […]  o  farmacêutico  vem  buscando  sua  integração  com  a  chamada  equipe  de  saúde  e  um  maior  contato  direto  com  o  paciente.  De  acordo  com  cada  realidade  em  que  se  insere,  esse  profissional  deve  procurar  flexibilizar  sua  atuação  para  adaptar  a  assistência  farmacêutica  às  possibilidades oferecidas,  sempre   procurando  uma  farmacoterapia  racional e   custo-efetiva  para  o  paciente  e  o  sistema de   saúde.  

 A  partir  de 1998 ,  com  a  implantação  das  políticas  públicas  de  saúde  e  ampliação  do  acesso  aos  medicamentos  essenciais,  começou  a  surgir  a  presença  do  farmacêutico  nos  programas  de  saúde,  criados  por  meio  da  Política  Nacional  de  Medicamentos ( PNM)  para  orientar  os  pacientes  sob  prescrição  médica,  devido  à  crescente  oferta  de  medicamentos  no  país  ( SCRIPNOLI; TEIXEIRA; LEAL , 2016). 

 O  papel  do  farmacêutico  no  hospital  é  estar  junto  ao  paciente,  no  cuidado, para   auxiliar  no  tratamento  da  fase  aguda  ou  crônica  da  doença,  para  prevenir,  orientar  a  prescrição  para  evitar  exacerbações  e,  ao  mesmo  tempo,  na  educação  em  saúde.  Aumentar a  conscientização  e  esclarecimento  pessoal  sobre  o  uso   de  múltiplos  medicamentos e  sua   relação com  os   efeitos  adversos  que  podem  ocorrer quando   ocorre o  uso   inadequado de  medicamentos  (  BORGES,  et  al.,  2019)

 Dissertar  sobre  o  uso  racional  de  medicamentos  é falar  sobre  a  segurança,  neste  assunto,  o   farmacêutico  tem  o papel  de  promover  essa  segurança,   ele  é totalmente  apto  para  tal   e  habilitado  para  desenvolver  a  educação  em  saúde  para  o  paciente (BARBOSA; MEDEIROS , 2018). 

 CONCLUSÃO 

 Atualmente,  pode-se  observar  que  para  o  tratamento  de  pacientes  com  asma  é  necessário um grande número de  medicamentos,  eventualmente  levando  a  interações medicamentosas. 

 Isso,  por  sua  vez,  requer  o  envolvimento ativo dos profissionais  farmacêuticos  para  garantir  a  segurança  do  paciente  e  a  eficácia  da  medicação,  pois  tais  interações  podem  levar  a  resultados  aquém do esperado. 

 O  papel  do  profissional  é  identificar  as  interações  medicamentosas  e  buscar  formas  de  evitar  o  fracasso  do  tratamento  ou  minimizar  o  surgimento  de  toxicidade  medicamentosa,  ajustando  os  regimes posológicos  ou   utilizando  medicamentos  alternativos.  Portanto,  no  acompanhamento de  pacientes   com  asma,  o  farmacêutico  também desempenha  um  papel   na  prescrição,  dispensação  e administração de  medicamentos  de  forma   multidisciplinar,  agregando  valor  aos  serviços  e  contribuindo  para  a  promoção  da saúde. 

 REFERÊNCIAS 

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1Artigo  científico  apresentado  ao  curso  de  graduação  em  Farmácia  da  Universidade  Iguaçu  como  exigência  final  para  obtenção  do título de especialista em farmacêutico.  
2Orientador: Prof.:Alcione Silva de Carvalho