ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: OSTEOSSARCOMA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8011962


Vítor Bruno dos Santos Nascimento;
Alan da Silva Bezerra;
Rosa Caroline Mata Verçosa.


RESUMO

Esse estudo tem como tema A Atuação do Enfermeiro no Serviço de Oncologia Pediátrica aos portadores de Osteossarcoma, onde destaca-se o Processo de Enfermagem (PE) como base para um melhor tratamento durante seu processo de saúde-doença. Foi realizado uma pesquisa integrativa nas principais bases de dados como PubMed, SciELO, LILACS e Google Scholar. Constatou-se que o Osteossarcoma é o tipo de tumor ósseo mais comum nas crianças e adolescentes, onde existem aproximadamente 4,4 casos de Osteossarcoma por milhão de crianças relatado anualmente, acometendo principalmente o esqueleto apendicular. O câncer infantil ainda possui um estigma muito presente quanto ao enfermeiro, visto que o profissional necessita compreender não apenas a patologia, mas também saber lidar com as emoções durante o tratamento. Nesse contexto o Processo de Enfermagem torna possível identificar a presença das necessidades humanas básicas afetadas, viabilizando um cuidado individualizado e integral.

Palavras-Chaves: Osteossarcoma, Oncologia pediátrica, Câncer infantil, Cuidados de Enfermagem.

ABSTRACT

The theme of this study is the role of nurses in the Pediatric Oncology Service for patients with osteosarcoma, highlighting the Nursing Process (NP) as a basis for better treatment during the health-disease process. An integrative research was carried out in the main databases such as PubMed, SciELO, LILACS and Google Scholar. It was found that osteosarcoma is the most common type of bone tumor in children and adolescents, where there are approximately 4.4 cases of osteosarcoma per million children reported annually, affecting mainly the appendicular skeleton. Childhood cancer still has a very present stigma about the nurse, since the professional needs to understand not only the pathology, but also to know how to deal with emotions during treatment. In this context, the Nursing Process makes it possible to identify the presence of affected basic human needs, enabling an individualized and integral care.

Keywords: Osteosarcoma, Pediatric Oncology, Childhood Cancer, Nursing Care.

  1. INTRODUÇÃO

Esse estudo tem como objeto a atuação do enfermeiro no serviço de oncologia pediátrica frente ao osteossarcoma. Essa pesquisa trata de uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) cancerígena, o osteossarcoma. O interesse pelo tema surgiu mediante as atividades práticas realizadas durante a graduação.

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis configuram importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo (MALTA et al., 2020). Observa-se que além da característica de não serem transmissíveis, tais doenças, também se caracterizam pela incidência de longa duração em seu acometimento sendo, portanto, crônicas. Constata-se que, segundo o estudo Noncommunicable Diseases Country Profiles, entre o total de 1.318.000 mortes anuais no Brasil, 975.320 (74%) estão relacionadas às DCNT. Observa-se ainda que em meio aos óbitos relacionados a essas doenças, o câncer é a segunda a causar mais óbitos aparecendo após as doenças cardiovasculares (OMS, 2014).

O osteossarcoma tratando-se doença tida como um tumor maligno primário de ossos mais frequente em crianças, adolescentes e adultos jovens. Considera-se que o pico de incidência da doença ocorre na segunda década de vida representando, aproximadamente, 5% das doenças malignas da criança e do adolescente (SILVA; RAMOS; SILVA, 2019).

Vale destacar que, o osteossarcoma é o tipo de tumor ósseo mais comum em crianças e adolescentes. Existem aproximadamente 4,4 casos de osteossarcoma por milhão de crianças relatado anualmente.  A incidência dessa doença tem se mantido relativamente estável nos últimos 40-50 anos, enquanto as taxas de mortalidade diminuíram principalmente devido à introdução da quimioterapia multiagente (EATON et al., 2021).

Ainda segundo Silva; Ramos; Silva (2019) esses tumores acometem, preferencialmente, o esqueleto apendicular; em 75% dos casos, ocorre a predominância pela metáfise dos ossos longos adjacente à placa epifisária, com predileção para a extremidade da região distal do fêmur. Vê-se acerca da causa da doença, não existem especificações diretas, além das tendências genéticas familiares.

Atualmente, os avanços no tratamento do câncer possibilitam aumentar o tempo de vida dos adoecidos e melhorar sua qualidade de vida. No entanto, apesar desses avanços, estudos apontam que a sociedade ainda tem dificuldades em lidar com a doença, pois ela continua representando uma ameaça à vida e à integridade física e mental do acometido. Nesse sentido, observa-se que para compreender a problemática do câncer é preciso considerar tanto os aspectos físicos como os mentais envolvidos na experiência de ser portador da doença. A saúde mental e o câncer são temas interligados e devem constituir o conjunto de conhecimentos do enfermeiro, visando contribuir com a abordagem dos adoecidos em sua integralidade (CORBO et al., 2020).

Segundo Silva et al. (2018), destaca que essa doença carrega consigo um estigma de morte, gerando um desconforto emocional muito grande, afetando o contexto social dos pacientes. Consequentemente, tal problema, afeta diretamente o desenvolvimento físico e emocional e a qualidade de vida das crianças e jovens.

Santos et al. (2022), trazem em seu estudo que conceito de cuidar em oncologia pediátrica é desafiador e gera um desgaste emocional do profissional de enfermagem, uma vez que essa doença é uma das que mais causam dor, sofrimento, medo, ansiedade e estresse, tanto para o paciente quanto para a família e para os profissionais que cuidam de tais crianças.

Diante disso, a atuação do enfermeiro na oncologia pediátrica demanda de conhecimento técnico-científico, afetividade e humanidade na oferta do cuidado e assistência em saúde à criança visando à promoção da saúde, qualidade de vida, conforto e bem-estar. Para tanto, o enfermeiro deve estar atento às singularidades e particularidades da criança e da família que se encontram sob seus cuidados, para assim, agir de maneira efetiva no atendimento de suas necessidades (AGUIAR, 2018).

Frente a esse desafio da criança diagnosticada com câncer ósseo, a enfermagem precisa garantir uma assistência planejada e sistematizada. Neste sentido, a Resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) traz que o Processo de Enfermagem (PE) que compreende as etapas do histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação devem ser realizados obrigatoriamente, em todos os locais, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem (COFEN, 2009).

Destarte, o Processo de Enfermagem consiste numa ferramenta intelectual de trabalho do enfermeiro, que direciona o raciocínio clínico e a tomada de decisão diagnóstica, de resultados e de intervenções, desenvolvido e executado tendo em vista as necessidades da pessoa, família e ou coletividade que demandam cuidado profissional para solução de problemas (CRIVELARO et al., 2020).

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) constitui-se em uma prática organizada e sistematizada de prestação de cuidados, além de, inclusive, tratar-se de uma questão legal, conforme disposto na Resolução nº 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2009). Conforme disposto nesta lei, trata-se de uma ferramenta de trabalho privativa do enfermeiro, que subsidia as ações da assistência de enfermagem, sendo utilizada para direcionar o cuidado ao paciente, com base em pressupostos científicos (COFEN, 2009).

Logo, o enfermeiro que trabalha a orientação de prevenção de danos, cuidados diretos e acompanhamento clínico, gerando estratégias que reduzam o sofrimento durante o processo de tratamento, tendo o objetivo de compreender a importância do enfermeiro nas estratégias de enfretamento de pacientes portadores de osteossarcoma, atendidos em serviço de oncologia pediátrica na perspectiva da promoção da saúde.

Diante do apresentado, surge o seguinte questionamento da pesquisa: Qual atuação do enfermeiro no serviço de oncologia pediátrica frente ao osteossarcoma?

Sendo assim, buscou-se o aprofundamento do tema em revistas e jornais eletrônicos, disponibilizados nos endereços da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de fevereiro a maio de 2023. Nesses, foram encontrados poucos estudos referentes ao tema, demonstrando a necessidade de pesquisar a atuação do enfermeiro junto à criança com diagnóstico de osteossarcoma.

Vale destacar que o presente estudo mostra-se relevante para a sociedade em geral, principalmente para a alagoana, uma vez que, ao aprofundar-se sobre o tema, pretende-se fornecer subsídios para preparar o enfermeiro atuar na pediatria oncológica.

2. METODOLOGIA

O trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde buscou-se esclarecer sobre a assistência em saúde prestada pelo enfermeiro aos pacientes infantis acometidos pelo osteossarcoma.

Segundo Americo-Pinheiro (2022) a revisão de literatura ou revisão bibliográfica é uma análise de publicações em uma determinada área do conhecimento. Nessa seção devem ser utilizadas informações, dados, ideias e trabalhos publicados como produções técnicas e/ou bibliográficas (periódicos científicos, livros, capítulos de livro, anais de congresso, legislações, patentes, boletins, manuais, etc.). Dessa forma, deve-se incluir a análise de pesquisas relevantes para que as informações empregadas no estudo sejam claras e objetivas para o aprofundamento dos conhecimentos relacionados a pacientes oncológicos pediátricos portadores de osteossarcoma.

A construção do método usado nesse artigo foi com base na estratégia PICo, ferramenta utilizada na busca de evidências nas bases de dados eletrônicas. Oliveira (2021) enfatiza que a estratégia PICo pode ser utilizada para construir questões de pesquisa de naturezas diversas, oriundas da clínica, do gerenciamento de recursos humanos e materiais, da busca de instrumentos para avaliação de sintomas entre outras. Segundo Araujo (2020) este modelo conceitual proposto considera quatro itens: P) população (pacientes com osteossarcoma); I) intervenção (assistência de enfermagem); C) comparação (sobrevida de pacientes oncológicos diagnosticado com osteossarcoma após o tratamento); o) desfecho (Observa-se um grande percentual de cura e qualidade de vida aos pacientes acometidos com osteossarcoma quando diagnosticado de forma precoce).

O levantamento dos artigos nas bases de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a maio do ano de 2023, nas plataformas: PubMed (National Library of Medicine), SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Google Scholar.

Ademais, os critérios de inclusão foram artigos em português, espanhol e inglês nas quais as referências deveriam se encaixar, como: artigos disponibilizados completos, gratuitos, que respondessem à questão norteadora.

Foram excluídos do estudo, artigos que não foram disponibilizados na íntegra, que estavam disponibilizados em outro idioma que não os supracitados, e que não se adequaram aos objetivos esperados.

Para a pesquisa dos artigos foram utilizados os seguintes descritores: “Osteossarcoma”, “Oncologia pediátrica”, “Câncer infantil” e “Cuidados de Enfermagem”. O foi utilizado como operador booleano “AND”.

3. RESULTADOS

Após a aplicabilidade dos filtros, incluindo os critérios de elegibilidade supracitados, foram encontrado um total de 96 artigos nas bases de dados estudadas, sendo 12 PubMed (National Library of Medicine), 29 SciELO (Scientific Electronic Library Online), 7 LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e 62 Google Scholar. Em seguida, 15 artigos foram excluídos em razão de duplicidade nas bases de dados. Ao fim, 44 artigos foram selecionados para compor o artigo. A Figura 1 exemplifica o número de estudos selecionados conforme a descrição anterior.

Figura 1. Detalhamentos dos artigos selecionados para estudo.

Fonte: Autores (2023).

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Osteossarcoma

Ao falarmos de câncer infantil estamos nos referindo a todas as neoplasias malignas que acometem crianças e adolescentes de 0 a 19 anos (BRASIL, 2016). Trata-se de um grupo de doenças onde ocorre proliferação descontrolada de células anormais e pode surgir em qualquer parte do organismo (DE LIMA, 2018).

Segundo Silva (2018), linfomas, leucemias, tumores do sistema nervoso central (SNC), neuroblastomas, rabdomiossarcomas, tumor de Wilms, retinoblastomas e osteossarcomas são os tipos mais comuns de câncer na infância. Trata-se de uma doença que pode apresentar ampla diversidade de sinais e sintomas, dentre eles estão: aparecimento de massa abdominal, linfonodomegalia, alterações no hemograma, déficit neurológico específico, reflexo pupilar branco, dor nos membros, entre outros (SILVA et al., 2019).

O osteossarcoma, câncer que acomete os ossos, teve esse termo usado pela primeira vez nos anos de 1905 pelo cirurgião francês Alxis Boyer, se destacando por ser um tumor ósseo primário com alta incidência em crianças e adolescentes e por apresentar quimioresistência que pode estar associado a metástases pulmonares (SARAF; FENGER; ROBERTS, 2018). Está relacionado a dor local, bem como, alterações ósseas (DE FREITAS et al., 2021). Além disso, os sinais e sintomas mais observados em pacientes é a dor óssea progressiva, que pode estar ou não associada a massas nas partes moles, podendo ocorrer fraturas patológicas nestes pacientes. Outros sintomas mais raros podem ser apresentados, como problemas respiratórios (GEBER et al., 2020).

O osteossarcoma é o tumor ósseo maligno, e pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém, atinge principalmente crianças, adolescentes e adultos jovens, sendo mais recorrente em crianças e adolescentes. Os sinais e sintomas mais comuns são: dor óssea progressiva, fadiga e dor noturna, seguidos de edema e limitação de movimentos. Os sintomas respiratórios são raros ao diagnóstico e estão presentes em casos de doença pulmonar avançada. Também sintomas sistêmicos tais como: febre ou perda de peso, e linfadenopatia não são comuns (DA SILVA, 2019).

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o osteossarcoma atinge principalmente o público masculino, possuindo uma prevalência de 3% a 5% na população infantojuvenil. A faixa etária mais acometida pelo osteossarcoma é de jovens entre 10 a 20 anos causando uma elevação no número de mortalidade onde somente 5% desses pacientes conseguem sobreviver a essa patologia. O tumor ocorre em boa parte dos casos na região do joelho, chegando a acometer também coluna e ossos do braço, podendo sofrer metástase para outros órgãos como o pulmão (MEOHAS, 2020).

Estudo apresentado pelo INCA (2016) As taxas de incidência de osteossarcoma variam pouco nas regiões do mundo e estão entre dois e quatro casos por milhão na faixa etária de 0 a 14 anos e de 4,3 na faixa etária de 0 a 19 anos. Há uma discreta predominância do sexo masculino. O pico de maior incidência está ao redor dos 15 aos 19 anos, conforme mostra figura 2.

Figura 2. Mediana das taxas específicas por idade de incidência para Tumores Ósseos por 1 milhão de crianças e adolescentes, segundo sexo e faixa etária, 2016.

Fonte: INCA, 2016.

Desde 1970, sem evolução, o tratamento clínico é a combinação dos quimioterápiocos, metrotrexato, doxorubicina e cisplatina. É considerado limitado, visto que é desenvolvido, na maioria dos pacientes, a quimioresistência, na qual estudos indicam ser causado pelo efeito do gene TRIM 37. Este fator é responsável pela quimioterapia ser considerada um mau prognóstico. Além disso, a alta taxa de mortalidade em pacientes amputados é explicada pelas metástases pulmonares (SARAF; FENGER; ROBERTS, 2018).

4.2 Etiologia

O termo osteossarcoma (OS) refere-se a um grupo heterogêneo de tumores malignos que afetam a formação de osso ou tecidos mesenquimais, apresentando evidências de material osteogênico (MARTINS; GUEDES., 2022).

Tal neoplasia tem sua etiologia desconhecida, sem fator predisponente específico. Porém, há uma grande associação com o estirão de crescimento dos ossos longos ou da atuação de fatores hormonais. Os osteossarcomas surgem em diversas situações, tais como anormalidades ósseas como a doença de Paget, síndrome Li-Fraumeni, displasia fibrosa, retinoblastomas hereditários, dentre outras anomalias. O mecanismo molecular associado ao osteossarcoma pode estar correlacionado amutações de um ou mais genes, especificamente os genes p53 e retinoblastomas (Rb) que são supressores de tumor, no qual o gene p53 está mutado em 50% de todos os cânceres e 22% dos osteossarcomas. A síndrome Li- Fraumeni é a condição prototípica deste gene, sendo caracterizada por uma mutação autossômica dominante. Fatores ambientais têm sido sugeridos como carcinogênicos aos osteossarcomas como a radiação ultravioleta e ionizante (MARTINS; GUEDES, 2022).

A identificação dos genes é fundamental para avaliar se há metástase e para proposição de novos alvos terapêuticos. O osteossarcoma apresenta alterações genéticas que inativam os genes supressores do tumor e hiperexpressão de oncogeneses, estando essas associadas ao c-MYC, FOS, ERBB2 e MET/HGF (LIRA, 2019).

Essa doença afeta mais o sexo masculino, ocorrendo de 1,5 a 2,1 que em mulheres. Ainda não se sabe o motivo da maior incidência advir no gênero masculino, mas pode estar associado a alterações hormonais na puberdade e a um metabolismo celular maior para a formação óssea (osteogênese) nos homens, que em geral tem uma estatura mais alta e um período mais longo de crescimento do esqueleto, aumentando a viabilidade de se ter erros na replicação dos osteoblastos e consequentemente o surgimento da neoplasia (CAVALCANTE, 2021).

4.3 Diagnóstico

O osteossarcoma faz parte de um grupo neoplasias que são malignas e heterogêneas, apresenta células fusiformes que produz osteoide (ossos imaturos), que podem se espalhar rapidamente para o cérebro, os pulmões ou outros órgãos vitais do corpo. Esse tipo de neoplasia pode ser de alto, intermediário ou baixo grau, é muito comum, com a evolução do osteossarcoma, o paciente sente muita dor podendo apresentar inchaço e limitações dos movimentos no local doente (SILVA, 2020).

A patologia tem como sinais e sintomas o aumento da amplitude do movimento na articulação, dor e repentina redução da amplitude articular. Os tumores, no entanto, podem desenvolver-se em qualquer um dos outros ossos (MEOHAS, 2020).

Para identificar o osteossarcoma podem ser usados vários métodos de imagem tais como, Radiografia Convencional, Tomografia Computadorizada, Cintilografia Óssea, Ressonância Magnética, e por último com uma biópsia cirúrgica ressaltando que a radiografia convencional por apresentar sobreposição de estrutura é mais limitada. O tratamento é feito com a realização de exame anato-patológico, quimioterapia pré-operatória, cirurgia e quimioterapia pós-operatória (SILVA, 2020).

Figura 3. Osteossarcoma com extenso comprometimento em partes moles.

Fonte: (A) Radiografia na incidência anteroposterior e (B) tomografia computadorizada com reconstrução no plano coronal (PEREIRA, 2021).

A tecnologia tem se mostrado um grande aliado da medicina moderna nos últimos anos. É inegável que esse avanço tem impactado positivamente na vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Hoje a medicina diagnóstica conta com equipamentos superpotentes capazes de identificar, por exemplo, um câncer no seu estágio inicial (OLIVEIRA, 2022).

Quando ocorre um diagnóstico precoce a chance de cura pode chegar até 70% (DE SOUZA et al., 2021). No entanto, o diagnóstico precoce é difícil de realizar na prática, pois os sinais e sintomas podem ser confundidos com doenças de situações comuns na infância, porém é algo que deve ser buscado já que a prevenção ainda é um desafio (BEATRIZ, 2018).

Vale destacar que a Lei 13.896 de outubro de 2019 define que quando houver a hipótese do diagnóstica de neoplasia maligna essa estabelece que os exames necessários para a confirmação do diagnóstico de câncer sejam realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo máximo de 30 dias (BRASIL, 2019).

4.4 Ações de enfermagem a criança portadora de osteossarcoma

Nos dias atuais, o diagnóstico de câncer ainda possui um estigma muito presente tanto ao paciente quanto à equipe de saúde, uma vez que os profissionais necessitam compreender não apenas a patologia, mas também saber lidar com as outras facetas em torno das emoções perante o tratamento. A equipe de enfermagem é uma das categorias profissionais que mais se desgastam emocionalmente devido à constante interação com os enfermos (COFEN, 2009).

Diante do adoecimento por câncer, crianças são retiradas da sua vida social e se veem em uma situação em que a expectativa de futuro é duvidosa e a possibilidade de cultivar amizades e de ser feliz é limitada. Por conseguinte, diante da identificação do sofrimento em suas diferentes dimensões, são fundamentais intervenções eficazes da equipe de saúde de forma simultânea ao tratamento dos sintomas físicos (RUBIO; SOUZA, 2019).

Devido ao apresentado, o câncer na infância representa uma situação trágica, portanto, independente da faixa etária, sabe-se que estes pacientes, desejam um tratamento humanizado, considerando todos seus aspectos, incluindo a espiritualidade/religiosidade de cada paciente e familiares, onde na prática os auxiliam a lidar com a doença e sobretudo com as situações de terminalidade (GARANITO et al., 2016).

Nesse contexto, a utilização do Processo de Enfermagem, como método de organizar abordagem clínica da enfermagem no processo de câncer ósseo infantil, favorece a identificação das condições apresentadas pelas crianças que requerem intervenção de enfermagem e tomada de decisões terapêuticas mais adequadas para atingir resultados pelos quais a enfermagem é responsável (FERREIRA et al., 2016).

A SAE é regulamentada pelo COFEN, tendo como instrumento metodológico o Processo de Enfermagem, que compreende a forma como o trabalho de enfermagem é organizado, de acordo com o método científico e o referencial teórico, possibilitando o melhor atendimento das necessidades individuais de cuidado da pessoa, família e comunidade pela aplicação das etapas que o compõem PE, sendo elas: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem (COFEN, 2009).

A SAE torna possível que os profissionais de enfermagem identifiquem a presença das necessidades humanas básicas afetadas ou em risco nos pacientes e, por conseguinte, estabeleçam os diagnósticos e as respectivas intervenções, viabilizando um cuidado individualizado e integral (COFEN, 2009). Esta ferramenta tem por objetivo identificar os cuidados de enfermagem indispensáveis ademais as situações de saúde-doença, bem como subsidiar as intervenções de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo, da família e da comunidade (TRUPPEL et al., 2009).

Sistemas de Linguagens Padronizados (SLP) oferecem estrutura para organizar os diagnósticos, as intervenções e os resultados esperados, e contribuem com a produção do conhecimento em enfermagem, o raciocínio clínico e a prática clínica, sendo essenciais para o desenvolvimento da enfermagem enquanto disciplina e profissão (FIGUEIRA et al., 2018).

Reconhece-se a complexidade do cliente oncológico, que possui um perfil ímpar de constante instabilidade no quadro clínico que demandam do enfermeiro reavaliações de cada situação, tomada de decisões rápidas e precisas e, cuidado humanizado (OLIVEIRA et al., 2020). A conscientização de todos, instituição e profissionais, de que a SAE no gerir do cuidado prestado demanda planejamento e estratégias em nível institucional precisam ser compreendidas como prioridade. O enfermeiro com pensamento crítico é imprescindível para além de gerenciar o cuidado de enfermagem oncológico, mas também para implementar a SAE, antever e aprovisionar os recursos materiais e humanos devidamente qualificados para que o cuidado se efetive. Tais ações devem estar inter-relacionadas para a melhor assistência prestada (TORRES et al., 2011).

Portanto, a elaboração do instrumento para aplicação do PE utilizando SLP em crianças com câncer no serviço de oncologia pediátrica tem o objetivo de facilitar e aprimorar a assistência de enfermagem em cenários que ainda não o utilizam de forma padronizada (SILVA et al., 2019).

Dentro do ambiente hospitalar, parte das ações da enfermagem, condiz com a importância de explicar às crianças os procedimentos que serão realizados, onde, as habilidades e competências atribuídas ao enfermeiro no cuidado destas crianças, será na forma de promover e incentivar a expressão dos sentimentos, reduzir ansiedade e medos, evitar dor e desidratação, manter e melhorar o estado nutricional, ajudar na adaptação da criança, etc. Desta forma, além do controle da dor e sintomas advindos de todo tratamento, a assistência de enfermagem prestada a esses pequenos pacientes, vão além de cuidados referentes à higiene, alimentação, coleta de material para exames e administração de medicamentos, desempenhando ações que auxiliam no relacionamento da criança com a equipe de enfermagem (VIEIRA; CASTRO et al., 2016).

Todo paciente que sofre com o câncer requer os cuidados de enfermagem. Atualmente, o cuidado de enfermagem tem sido entendido além do cuidar técnico. A enfermagem deve acompanhar o processo diagnóstico e terapêutico através do aperfeiçoamento de habilidades técnicas, diminuir os efeitos agressivos que afetam o desenvolvimento físico da criança, assistir a criança na sua integralidade, reunir crianças com a mesma problemática para que se ajudem mutuamente, proporcionar oportunidades para que, através da recreação, manifestem suas ansiedades, angústias e medo, ouvir as manifestações e dar apoio, orientar os pais a lidar com o filho de acordo com a fase da doença em que ele se encontrasse (DA SILVA, 2019).

O tratamento do câncer infantil pode levar um longo período, onde, o convívio dos profissionais de enfermagem com as crianças e seus familiares faz com que os mesmos vivenciem as expectativas dos familiares no tratamento, além de fazer com que também, vivenciem o sofrimento dos familiares no momento em que as possibilidades de cura se esgotam (DA SILVA; DE ASSIS; PINTO, 2021).

No cerne do problema abordado neste estudo encontra-se a importância da atuação da equipe de enfermagem no apoio à família do paciente tanto nos momentos de impacto frente ao diagnóstico, como durante o tratamento, mas também diante da realidade, algumas vezes remanescente, dos cuidados paliativos, ou seja, aqueles indicados aos casos sem possibilidade de cura, assim como do óbito do paciente. Estes casos teoricamente sugerem a capacidade do enfermeiro em executar um trabalho extremamente técnico e isento de envolvimento emocional, contudo, o enfermeiro também é um ser humano susceptível aos mesmos agravos em relação à sua saúde tanto quanto à de sua família (RIBEIRO, 2019).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o estudo realizado, foi possível evidenciar que existem diversos métodos de participação da enfermagem no processo saúde-doença da criança com osteossarcoma, destacando-se o Processo de Enfermagem como eficaz para um melhor tratamento padronizado e humanizado.

Diversos são os estudos que comprovam a importância do cuidado de enfermagem no tratamento de pacientes pediátricos portadores de câncer. Por fim, há que se reconhecer que a atuação do enfermeiro é de fundamental importância para o tratamento de tal patologia.

A aplicabilidade da Sistematização da Assistência de Enfermagem é de grande eficácia para diagnosticar evidências e implementar tratamentos adequados, visando uma melhor terapêutica e sobrevida do paciente. Outrossim, têm-se como implicações para o cuidado de enfermagem as dificuldades com os recursos humanos, como déficit quantitativo, a aplicabilidade das fases do processo ficam prejudicadas em virtude da falta de tempo que muitas vezes tais profissionais apresentam, consequentemente, impactam diretamente o modo de como essas crianças enfrente melhor este momento.

Espera-se que esse estudo possa contribuir para o desenvolvimento teórico e prático do enfermeiro, a fim de aprimorar a assistência acerca dos pacientes oncológicos pediátricos, visto que a principal preocupação desse profissional não é a cura, mas o bem estar e a dignidade da criança.

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Vítor Bruno dos Santos Nascimento. Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Cesmac
E-mail: enfer.vitorbruno@outlook.com

Alan da Silva Bezerra. Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Cesmac
E-mail: alansbezerra@hotmail.com

Profª Me. Rosa Caroline Mata Verçosa. E-mail: rosamatavercosa@hotmail.com