REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th10247310055
Adan Khristian Braga Lima
Andreia Rosa Da Rocha
Orientador: Profª Dra. Rose Meire Fugita
RESUMO
O pré-natal, é o período anterior ao nascimento do bebê, que além de acompanhar a evolução da gestação, é um conjunto de ações que visa a prevenção e promoção da saúde, assim como o diagnóstico e o tratamento precoce, para que mãe e filho encerrem a gestação de forma saudável e sem complicações. Além das alterações físicas no corpo, a gravidez traz uma gama de sintomatologias que podem ser consideradas desconfortáveis de acordo com cada gestante, tais como náuseas, fadiga, sonolência, que também, porventura, podem impedir que a mulher se mantenha ativa no seu dia a dia. Diante disso, este estudo teve como objetivo discutir a atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo e alto risco, apresentando como objetivos específicos: Descrever a atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo e alto risco; investigar as dificuldades encontradas pelo enfermeiro para prestar uma assistência pré-natal humanizada e eficaz. Trata-se de uma revisão bibliográfica com características descritiva e exploratória de estudos publicados acerca do tema em questão e publicados entre 2019 e 2023. O levantamento das informações foi coletado nas bibliotecas virtuais seguintes: Literatura Latina Americana e do Caribe (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientifique Electronic Library (SCIELO), sendo selecionado 18 estudos para a composição deste estudo, buscando responder os objetivos deste estudo, emergiram as seguintes categorias temáticas: a) Atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo risco; b) Atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco; c) Enfermagem frente as dificuldades para a adesão de gestantes ao pré-natal em tempo estimado. Sendo o pré-natal uma assistência voltada a mulher grávida, onde são realizadas uma série de ações preventivas, resolutivas e educacionais, visando uma gestação tranquila, um parto sem complicações, e o binômio mãe-filho saudáveis, livre de riscos, o enfermeiro entra neste espaço e momento como o profissional responsável e capacitado, para a assistência da gestante durante todo o período gestacional e até mesmo após o parto.
Palavras-chaves: “Pré-natal de baixo risco”, “Gravidez de Alto Risco”, “Enfermeiro”, “Adesão”.
ABSTRACT
Prenatal care is the period before the birth of the baby, which in addition to monitoring the evolution of pregnancy, is a set of actions aimed at preventing and promoting health, as well as early diagnosis and treatment, so that mother and child ends the pregnancy in a healthy way and without complications. In addition to physical changes to the body, pregnancy brings with it a range of symptoms that can be considered uncomfortable according to each pregnant woman, such as nausea, fatigue, drowsiness, which can also, perhaps, prevent the woman from remaining active in her daily life. day. Given this, this study aimed to discuss the role of nurses in low- and high-risk prenatal care, with specific objectives: Describing the role of nurses in low- and high-risk prenatal care; investigate the difficulties encountered by nurses in providing humanized and effective prenatal care. This is a bibliographic review with descriptive and exploratory characteristics of studies published on the topic in question and published between 2019 and 2023. The information survey was collected in the following virtual libraries: Latin American and Caribbean Literature (LILACS), Virtual Library in Health (VHL), Scientifique Electronic Library (SCIELO), 18 studies being selected for the composition of this study, seeking to respond to the objectives of this study, the following thematic categories emerged: a) Nurse’s role in low-risk prenatal care; b) Nurses’ role in high-risk prenatal care; c) Nursing in the face of difficulties in adhering to prenatal care in the estimated time for pregnant women. Since prenatal care is an assistance aimed at pregnant women, where a series of preventive, resolutive and educational actions are carried out, aiming for a peaceful pregnancy, a birth without complications, and a healthy mother-child binomial, free from risks, the nurse enters in this space and moment as the responsible and trained professional, to assist pregnant women throughout the gestational period and even after birth.
Keywords: “Low-risk prenatal care”, “High-risk pregnancy”, “Nurse”, “Humanization”.
INTRODUÇÃO
A gestação é um fenômeno fisiológico que dura cerca de 40 semanas, é resultado da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, formando assim um novo ser. Na maioria das vezes, a gravidez evolui sem intercorrências. Durante a gestação, a mulher passa por muitas mudanças, que vai desde alterações fisiológicas, a alterações bioquímicas e anatômicas. Essas transformações ocorrem para que o organismo se adeque ao desenvolvimento do feto (BRASIL, 2019; BALDO et al., 2020).
As mudanças corporais físicas e fisiológicas começam antes mesmo do momento em que a mulher se descobre ou se percebe grávida. O aumento dos seios, o inchaço, o aumento da forma corporal, modificando circunferência abdominal, alterações no peso, são algumas das inúmeras transformações que ocorrem no início e durante a gravidez. Além das alterações físicas no corpo, a gravidez traz uma gama de sintomatologias que podem ser consideradas desconfortáveis de acordo com cada gestante, tais como náuseas, fadiga, sonolência, que também, porventura, podem impedir que a mulher se mantenha ativa no seu dia a dia (BRITO et al., 2020).
Ainda de acordo com Brito et al., (2020), o corpo da mulher passa por diversas mudanças no período gravídico-puerperal, não só em sua forma física, mas em sua fisiologia com todas as mudanças hormonais, alterando de maneira significativa sua percepção sobre si mesma e sobre tudo o que está acontecendo com ela.
Segundo Leal et al. (2020), o pré-natal, é um conjunto de ações, que ocorre antes do nascimento do bebê, que visa a prevenção e promoção da saúde, assim como o diagnóstico e o tratamento precoce de possíveis complicações. Diante disto, o Ministério da Saúde (MS) afirma que, o objetivo do acompanhamento do pré-natal é assegurar o desenvolvimento saudável da gestação, permitindo um parto com menores riscos para a mãe e para o bebê (BRASIL, 2022).
A gravidez e o parto são eventos sociais que envolve toda a rede familiar, sendo um processo singular, de grande importância para a mulher e seu parceiro constituindo experiências significativas para todos os envolvidos neste processo (COSTA, 2016).
De forma geral, a gravidez ocorre sem grandes problemas se pensarmos na reprodução como um evento fisiológico da mulher, porém, ela nem sempre acontece de forma natural e não patológica. Em alguns casos, a gravidez é considerada de alto risco obstétrico e requerem maiores cuidados dos profissionais de saúde na assistência à gestante, tanto no pré-natal, quanto no parto e puerpério. A gestação de alto risco é caracterizada por algum distúrbio ameaçador à saúde da mãe e do feto. Tal distúrbio pode ser em decorrência exclusiva da gestação ou de uma alteração que já existia antes de a mulher engravidar (LUCIANO, 2011).
O enfermeiro deve realizar cuidados específicos nas gestações de alto e baixo risco enquanto as necessidades das gestantes de baixo risco são solucionadas geralmente no atendimento primário de assistência, as grávidas de alto risco requerem atendimento especializado dos serviços de referência. É importante identificar precocemente a mulher com risco gestacional, sendo essencial para que as intervenções apropriadas possam ser instituídas imediatamente, aumentando a probabilidade de alterar a evolução e proporcionar um desfecho positivo, prevenindo maiores agravos (LUCIANO, 2011).
O parto humanizado refere-se ao conceito de que a atuação do enfermeiro se inicia desde o pré-natal, realizando orientações à gestante e a seu acompanhante. Assim, a enfermagem tem contato com as mulheres desde o puerpério e o pós-parto, quando é assegurado às pacientes um parto com toda a atenção humanizada, individualizada e atendendo as situações de complexidade, passando informações úteis e dando total segurança, utilizando de técnicas de relaxamento, alívio da dor, diminuindo os medos e anseios. A humanização no parto engloba, sobretudo, atitudes acolhedoras, feitas de maneira delicada e afetuosa por partes dos profissionais de saúde em relação à parturiente e a seu bebê (SILVA, SANTOS e PASSOS, 2022).
De acordo com os autores Oliveira, Silva e Batista (2019) e Ferreira et al. (2021), durante as consultas de pré-natal, devem ser sanadas as dúvidas e medos decorrentes da gravidez, realizando o plano de parto e intervenções tais como orientar a gestante sobre a amamentação, alimentação suplementar, imunização, entre outras, devendo o profissional demonstrar sensibilidade afetiva, garantindo a grávida o sentimento de acolhimento, pois devido às condições gestacionais a mulher precisa de maior cuidado e atenção, e quando o profissional deixa de fazer o plano de parto e essas intervenções são realizadas sem humanização, pode acarretar na interrupção do pré-natal e péssimo desfecho da gestação. Assim, o presente estudo parte do seguinte questionamento: O enfermeiro é capaz de prestar uma assistência humanizada no pré-natal de baixo e alto risco?
Justifica-se a importância deste estudo pela necessidade de um pré-natal de qualidade, sendo o enfermeiro fundamental, por ser capacitado e possuir conhecimento técnico-científico, sem se afastar da assistência humanizada, que proporciona a gestante a confiança necessária para a continuidade das consultas, permitindo a identificação precoce de patologias que a gestante já tinha ou que desenvolveram durante a gestação, colocando em risco a saúde e a vida da mãe e do filho, acarretando em complicações como o parto prematuro, e morte materno-infantil (SILVA et al., 2019; RIBEIRO et al., 2020; ALVES et al., 2021). Ademais, os achados desse estudo poderão conduzir enfermeiros que atuam no pré-natal a realizar ações que fortaleçam a integralidade do cuidado às gestantes de forma humanizada.
Considerando a situação apresentada, o presente estudo tem por objetivo discutir a atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo e alto risco.
OBJETIVOS
Discutir a atuação do enfermeiro na assistência humanizada ao pré-natal
Descrever a atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo e alto risco;
Investigar as dificuldades para a adesão de gestantes ao pré-natal.
REFERENCIAL TEÓRICO
Pré-natal
O pré-natal é uma assistência a mulher grávida, que inclui medidas e ações para que a gestante chegue ao parto sem intercorrências e impactos negativos em sua saúde, e o recém-nascido (RN) seja saudável, para isso, o pré-natal conta com abordagem psicossociais, educativas e preventivas, com ações de promoção a saúde, prevenção de complicações, diagnóstico e tratamento precoce de problemas e patologias que já existam ou possa vir a surgir, portanto, é certo que essas ações mostram-se eficazes na redução da morbimortalidade tanto para a mãe quanto para o seu RN, quando relacionada ao ciclo gravídico-puerperal (MENDES et al., 2020).
Leal et al. (2020), acrescenta que, para as gestantes usuárias do SUS, a atenção pré-natal possui cobertura quase universal, com o critério de ser realizado ao menos seis consulta, porém, esse critério vem mudando de acordo com os novos parâmetros que surgem. Mesmo com as várias mudanças que ocorrem ao longo do tempo, o que nunca pode mudar, é que o atendimento durante as consultas de pré-natal deve ser um elo de confiança entre o profissional e a gestante, para que a gravidez se desenvolva de forma saudável (BALICA e AGUIAR, 2019).
Quando se trata de pré-natal de baixo risco, a Atenção Básica (AB) é a responsável em programar e realizar a assistência. Considerando que o contexto social, cultural e econômico em que a gestante vive e como isso influencia nas ações realizadas à saúde da mulher, as consultas de pré-natal devem garantir aspectos estruturais e operacionais para que haja atenção humanizada com acompanhamento contínuo e sistemático de qualidade, e acolhedora, contribuindo para que agravos e risco gestacional seja detectado de forma precoce, e assim, seja possível o estabelecimento de vínculo e a preparação adequada para o parto (CUNHA et al., 2019).
Já o pré-natal de alto risco, buscando reduzir o risco que a mãe e o feto estão expostos e/ou suas possíveis consequências, que podem interferir no percurso da gestação, levando a serias complicações, exige que a gestante seja acompanhada por um hospital de referência, e receba manutenção na Unidade Básica de Saúde (UBS) uma vez por mês, pois a assistência à gestante de alto risco compreende todos os níveis de complexidade, conforme as particularidades de cada mulher (SILVA et al., 2019; PAIVA et al., 2019).
De acordo com Gadelha et al. (2020), Cerca de 15,0% das gestações configuram-se em alto risco, podendo ocorrer devido fatores individuais, socioeconômicos, doenças maternas que já existiam, história reprodutiva atual e/ou anterior. Nesse sentido:
A assistência pré-natal de qualidade favorece o reconhecimento dos fatores desfavoráveis ao seguimento da gestação – tanto aqueles relacionados às condições clínicas como associados às condições básicas de vida – e permite a avaliação do risco gestacional de forma contínua, além da intervenção precoce, o que favorece melhores resultados de saúde. Nesse contexto, considera-se essencial conhecer as condições que podem estar diretamente relacionadas à situação de saúde e doença (GADELHA et al., 2020).
Principais programas governamentais
No Brasil, foram criados programas governamentais como o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), para reforçar a cobertura do pré-natal, esse programa visa oferecer a gestante uma experiência menos sofrida e com mais qualidade, uniformizando a assistência a gestante. Buscando complementar este plano, o governo brasileiro lançou o programa Rede Cegonha (RC) em 2011, e em 2013, foi lançado o Cadernos de Atenção Básica Primária número 32, que serve de apoio as equipes que atuam na RC, e foi relacionado à atenção ao pré-natal de baixo risco (MARIO et al., 2019).
O PHNP foi instituído em 2000, e propôs vincular os serviços de pré-natal e parto, com o intuito de proporcionar saúde para a gestante durante e após a gravidez, garantindo uma assistência de qualidade no pré-parto, parto e pós-parto, minimizando os índices de morte materna e neonatal (GONÇALVES et al., 2018).
Para isso, o MS por meio do PHPN estabeleceu:
Um pacote mínimo de procedimentos e exames a serem oferecidos à todas as gestantes durante a atenção pré-natal: (a) início da assistência até o quarto mês de gestação (16ª semana); (b) mínimo de seis consultas, preferencialmente uma no primeiro trimestre gestacional, duas no segundo e três no terceiro; (c) rotina de exames laboratoriais e vacinação, (d) atividades educativas e (e) consulta puerperal (MENDES et al., 2020).
O objetivo do PHPN é garantir que gestante tenha facilidade em acessar o pré-natal, uma melhor cobertura e qualidade na assistência durante as consultas de pré-natal, na assistência ao parto e no puerpério, assegurando a saúde da gestante e do RN. O PHNP utiliza como ideia central o guia prático das boas práticas obstétricas, elaborado com base em evidências científicas em 1996 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e foi dividido em quatro áreas sobre a assistência ao parto, sendo elas: práticas que devem ser estimuladas por serem eficazes, as práticas que não funcionam, portanto devem ser banidas, as práticas que devem ser banidas por não terem eficácia comprovada, e as práticas que podem ser usadas, porém com cautela (ALBUQUERQUE, LIMA e ALBUQUERQUE, 2020).
Todas As ações assistenciais realizadas pelo enfermeiro e outros profissionais que atual no pré-natal implica em repasses de recursos financeiros a todos os munícipios que aderem ao PHPN. Quem acompanha todas as ações realizadas é o Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL), que registra as atividades desenvolvidas com as gestantes inseridas no programa, para que possa acompanhá-las adequadamente (SILVA, 2020).
Quase todos os partos no Brasil acontecem em hospitais por profissionais qualificados, no entanto, é neste ambiente que ocorre uma fração significativa de situações desfavoráveis como óbitos maternos por causas obstétricas diretas, neonatais, logo nas primeiras horas de vida, e fetais, tanto no fim da gestação, quanto durante o trabalho de parto, além de muitos óbitos que poderiam ser evitados, também é comum realizarem frequentemente partos cesarianos em mulheres de baixo risco (BITTENCOURT et al., 2021).
Ainda segundo Bittencourt et al. (2021, p. 802), buscando transformar este cenário e garantir o direito à saúde da mãe e do RN, “o Ministério da Saúde (MS) lançou a estratégia da Rede Cegonha (RC), visando assegurar uma rede de cuidados materno e infantil”.
De acordo com vilela et al. (2021), a RC em consonância com reivindicações dos movimentos de mulheres relacionadas à violência obstétrica, assumiu que havia necessidade de novas mudanças no modelo de atenção ao parto e nascimento, e na redução da morbimortalidade materna e neonatal, oferecendo apoio a gestores e a serviços a gestante, convidando os estados a aderir esta mudança e formar um grupo condutor para elaborar Planos de Ação Regionais.
Na regulamentação da RC, foram estabelecidos:
Três objetivos: (i) fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses; (ii) organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir acesso, acolhimento e resolutividade; e (iii) reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. As suas Diretrizes dizem respeito à: (i) garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, (ii) ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal; (iii) garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; (iv) garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; (v) garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com qualidade e resolutividade; e (vi) garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo (SILVA et al., 2021).
Consulta de enfermagem
Apesar de o médico ser visto como principal profissional que possui conhecimento no processo saúde/doença, com o passar dos tempos, a enfermagem ganhou poder e empoderou-se cientificamente de conhecimento, sendo consolidada pela Consulta de Enfermagem (CE), evoluindo grandemente nas ações de seus cuidados em saúde pública. Porém, para que a CE evoluísse e se tornasse uma atividade complexa e fixa no processo de cuidar, foi necessário muitas mudanças e inovações tecnológicas, por meio de profissionais capacitados e competentes (CRIVELARO et al., 2020).
O enfermeiro pode atuar no pré-natal por ter respaldo legal, tendo a CE como atividade privativa, e possui um importante papel nas consultas de pré-natal, por ser um profissional que apesar de usar como base de seu atendimento o conhecimento técnico-científico, é totalmente capacitado para oferecer a gestante durante toda a gravidez, assistência de qualidade, de forma integral e resolutiva, sem se afastar da humanização, desempenhando também, o papel de educador no processo de educação em saúde (TRIGUEIRO et al., 2021).
Por meio de uma abordagem participativa, viabilizando compreensão e entendimento, durante a CE no pré-natal:
São fornecidas informações e orientações para a gestante, além de estímulo à expressão de suas necessidades e desejos, voltadas ao empoderamento e protagonismo durante todo o processo gravídico-puerperal. Uma das ferramentas que pode contemplar essas questões durante a assistência de enfermagem no consultório para a educação pré-natal é o plano de parto (TRIGUEIRO et al., 2021).
Durante a CE, o enfermeiro deve usar uma abordagem acolhedora e sem julgamentos, esclarecendo as dúvidas da gestante, sendo assim, é importante saber que esse acolhimento e esclarecimento de dúvidas não começa na sala de consultas, mas tem início na recepção, devendo ter continuidade na triagem, finalizando na consulta. Durante a CE, o enfermeiro realiza a anamnese investigando os aspectos epidemiológicos, familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos, já durante o exame físico, o enfermeiro faz uma análise completa da gestante, realiza a manobra de Leopoldo, e ausculta dos batimentos cardiofetais (BCF), proporcionando um momento único e cheio de emoções a gestante (DOURADO et al., 2021).
MÉTODO
- Tipo de pesquisa: trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória qualitativa do tipo revisão sistemática da literatura, que é uma abordagem ampla, que permite a inclusão de estudos combinados a dados da literatura, além de definir conceitos, revisar teorias e evidencias, e analisar problemas.
- Local da busca bibliográfica: o levantamento das informações foi coletado nas bibliotecas virtuais seguintes: Literatura Latina Americana e do Caribe (LILACS), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library (SCIELO).
- Descritores e período da busca bibliográfica: foi considerado válido artigos publicados nos últimos cinco anos de 2019 a 2023, utilizando os seguintes descritores: “Pré-natal de baixo risco”, “Gravidez de Alto Risco”, “Enfermeiro”, “Adesão”.
- Critérios para a inclusão e a exclusão dos trabalhos científicos: foram usados como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra e on-line, publicados nos referidos bancos de dados nos últimos cinco anos, disponíveis para download e escritos em língua portuguesa, inglesa e espanhol que retratem a temática dos resumos pertinentes aos objetivos. Usados como critérios de exclusão: duplicatas, livros, mídias, reportagens, artigos não disponíveis para download, além de resumos com conteúdo fora da temática, artigos que não respondam as questões de pesquisa e que forem de outros idiomas.
- Procedimentos para a seleção dos trabalhos científicos: buscando encontrar o maior número de resultados de maneira organizada para a seleção dos artigos científicos, as etapas para a estruturação da revisão ocorreram a partir da identificação do tema, das questões de pesquisa e dos objetivos, da definição das bases de dados e dos critérios para inclusão e exclusão. Durante a pesquisa, foram encontrados 206 estudos, desses, 191 foram excluídos, restando apenas os que eram pertinentes para este estudo (Figura 1).
- Procedimentos para a análise dos trabalhos científicos: a posteriori, foi realizado a análise do material encontrado, organizando e separando de acordo com as seguintes etapas: armazenamento dos artigos encontrados conforme as bases de dados; armazenamento dos artigos encontrados dentro dos critérios de inclusão; organização dos artigos, conforme características teórico-metodológicas. Aplicando nesta etapa análise qualitativa dos trabalhos científicos.
FIGURA 1 – Representação esquemática das etapas de procedimentos para a seleção dos artigos
Fonte: autoria própria.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na segunda etapa da pesquisa, de acordo com o tema foram encontrados 206 estudos, que foram organizados e analisados conforme os critérios de inclusão e exclusão, na terceira etapa, os artigos foram parcialmente lidos, sendo 8 excluídos por não estarem disponíveis para downloads, 5 por serem de outros idiomas, 8 por serem apenas resumos, 87 duplicatas, e 25 por serem publicados a mais de 5 anos. Na quarta etapa, os artigos foram lidos na íntegra, sendo 55 excluídos que não responderam as questões de pesquisa. Diante disto, para compor este estudo, foram selecionados 18 artigos entre os anos de 2019 a 2023, em português e inglês, sendo 5 artigos das bases de dados LILACS, 7 da BVS e 6 da SCIELO (Figura 2).
FIGURA 2 – Fluxograma esquemática da exclusão e seleção dos artigos
Fonte: autoria própria.
Objetivando proporcionar uma melhor compreensão dos achados, as informações dos artigos selecionados foram organizadas e apresenta-se no quadro 1 com: Titulo, autores, ano, idioma, objetivo, periódico, e principais resultados.
QUADRO 1 – Apresentação dos artigos selecionados para a composição deste estudo
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
1. | Orientações às gestantes no pré-natal: a importância do cuidado compartilhado na atenção primária em saúde | Marques et al. | 2020 | Inglês | Analisar a associação entre a adequação das orientações recebidas durante o pré-natal e o profissional que atendeu a gestante na maioria das consultas na Atenção Primária à Saúde. | Escola Anna Nery | Um pré-natal de qualidade garante a redução de complicações, buscando meios de prevenção e oferecendo promoção à saúde da gestante e do seu bebê. |
2. | Consulta de enfermagem no pré-natal: narrativas de gestantes e enfermeiras | Gomes et al. | 2019 | Português | Analisar a consulta de enfermagem no pré-natal, a partir da perspectiva de gestantes e enfermeiras. | Texto & Contexto Enfermagem | O enfermeiro é um profissional capacitado que pode proporcionar a gestante por meio de suas ações um pré-natal de qualidade, podendo encaminhar a gravida para outros profissionais sempre que for preciso. |
3. | Cuidados de enfermagem no pré-natal de baixo risco na Estratégia de Saúde da Família: uma análise em periódicos nacionais | Araújo et al. | 2019 | Português | Descrever as publicações científicas acerca do cuidado de enfermagem no pré-natal de baixo risco na Estratégia de Saúde da Família. | Revista UNINGÁ | A Lei 7.498/86 ampara o enfermeiro para a realização de ações e assistência a puérpera, sendo um profissional capacitado e acolhedor, o enfermeiro assume a postura de ouvinte e orientador. |
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
4. | Pré-natal: preparo para o parto na atenção primária à saúde no sul do Brasil | Gonçalves et al. | 2018 | Inglês | Avaliar a relação entre assistência pré-natal e orientações para o parto na Atenção Primária à Saúde. | Revista Gaúcha de Enfermagem | Durante a consulta de pré-natal vários métodos são utilizados para identificar as necessidades das gestantes. |
5. | Teste do pezinho: percepção das gestantes nas orientações no pré-natal | Silva et al. | 2018 | Inglês | Investigar a percepção das gestantes sobre o teste do pezinho e verificar como esse tema está sendo abordado no pré-natal. | Revista Brasileira Saúde Materna Infantil | Durante a consulta de enfermagem é possível realizar educação em saúde, e transmitir informações e orientações sobre o Teste do pezinho-TP, patologias triadas e detectadas, e coleta do exame, podendo ir além das orientações de amamentação. |
6. | Solicitude em visita domiciliar de enfermeiras no cuidado prénatal de alto risco: relato de experiência. | Souza et al. | 2022 | Inglês | Relatar a experiência de produção de cuidado no pré-natal de alto risco, por meio de visitas domiciliares estruturadas na solicitude. | Escola Anna Nery | O estudo aponta que a atenção ao pré-natal de alto risco pode ser realizada na atenção básica e em ambulatórios especializados, também apresenta a Rede Cegonha como um programa que classifica o risco gestacional e garante o acesso ao pré-natal de alto risco. |
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
7. | O trabalho do enfermeiro no pré-natal de alto risco sob a ótica das necessidades humanas básicas | Errico et al. | 2018 | Inglês | Analisar o trabalho do enfermeiro no pré-natal de alto risco na atenção secundária, considerando os problemas de enfermagem e as necessidades humanas básicas das gestantes. | Revista Brasileira de Enfermagem | O enfermeiro faz parte da equipe que realiza o pré-natal de alto risco, desenvolvendo meios de identificar problemas reais e potencias. |
8. | Atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco no contexto da atenção básica | Miolo et al. | 2021 | Português | Apresentar uma reflexão acadêmica sobre a vivência na assistência de Enfermagem às gestantes de alto risco no pré-natal. | Academia Integrada – URI ERECHIM | Em um pré-natal de alto risco o enfermeiro deve focar em resolver problemas que possam causar danos e agravos, esclarecendo dúvidas e orientando contra o uso de drogas lícitas e ilícitas. |
9. | Caracterização das gestantes de alto risco atendidas em um centro de atendimento à mulher e o papel do enfermeiro nesse período | Oliveira et al. | 2018 | Português | Descrever as características de mulheres atendidas no pré-natal de alto risco de um Centro de Atenção à Mulher (Ceam), bem como discutir o papel do profissional de enfermagem nesse tipo de assistência. | Revista Atenção Saúde | É recomendado que no mínimo sejam realizadas seis consultas de pré-natal durante a gestação, no entanto, as gestantes de alto risco devem realizar mais consultas que o recomendado. |
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
10. | Assistência humanizada no pré-natal de alto riscopercepções de enfermeiros | Jorge, Silva e Makuch | 2020 | Português | Desvelar as percepções de enfermeiros sobre assistência humanizada, no pré-natal de alto risco. | Rev Rene | O atendimento do enfermeiro deve ser realizado de forma humanizada, baseado nas queixas da gestante, oferecendo cuidados e orientações de qualidade. |
11. | Assistência de Enfermagem no Pré-Natal de Alto risco | Lima et al. | 2019 | Português | Identificar a produção de conhecimento da enfermagem em relação aos cuidados de enfermagem na gestação de alto risco e fundamentar a prática baseada em evidências científicas. | Brazilian Journal of health Review | O estudo aponta a importância de realizar a sistematização da assistência de enfermagem com as gestantes de alto risco durante o pré-natal, buscando melhorar a qualidade do serviço oferecido. |
12. | Acompanhamento pré-natal da gestação de alto risco no serviço público | Medeiros et al. | 2019 | Inglês | Analisar o acompanhamento pré-natal da gestação de alto risco no serviço público. | Revista Brasileira de Enfermagem | A pesquisa mostrou a necessidade de educação continuada ao enfermeiro que presta assistência pré-natal, e a necessidade de um protocolo especifico ser implementado para uma melhor assistência. |
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
13. | O pré-natal e a assistência de enfermagem à gestante de alto risco | Silva et al. | 2021 | Português | Discutir a partir de achados na literatura a importância do pré – natal e a assistência de enfermagem à gestante de alto risco. | Research, Society and Development | É fundamental que as consultas de pré-natal ofereçam um acompanhamento de qualidade as gestantes de alto risco, buscando reduzir os riscos de eventos adversos para o binômio. |
14. | Fatores associados ao óbito fetal na gestação de alto risco: Assistência de enfermagem no pré-natal | Silva et al. | 2019 | Português | Descrever os principais fatores associados ao óbito fetal na gestação de alto risco, contextualizando com a adequação da assistência de enfermagem no pré-natal | Revista Eletrônica Acervo Saúde | Assim como as consultas de Enfermagem de baixo risco, as de alto risco, devem contemplar exame físico obstétrico, medição da altura uterina, ausculta de batimentos cardíacos fetais, entre outros. |
15. | Atuação do enfermeiro a gestantes portadoras de síndrome hipertensiva na atenção básica | Weizemann et al. | 2023 | Português | Identificar os cuidados de enfermagem prestados à gestante com Emergências Hipertensivas na Atenção Primária. | Revista Amazônia Science e Health | O pré-natal de alto risco deve ser realizado com ações voltadas para a mãe e o feto. |
TÍTULO | AUTOR | ANO | IDIOMA | OBJETIVO | PERIÓDICO | RESULTADOS | |
16. | Dificuldades dos enfermeiros no atendimento ao pré-natal de risco habitual e seu impacto no indicador de morbimortalidade materno-neonatal | Santana et al. | 2019 | Português | Avaliar o impacto do indicador de morbimortalidade materno-neonatal, através das dificuldades vivenciadas por enfermeiros no atendimento ao pré-natal de risco habitual. | Revista Eletrônica Acervo Saúde | O estudo visa minimizar o alto índice de morbimortalidade em seu componente materno-neonatal, através de ações integral, realizadas para a promoção, prevenção e assistência à saúde da mulher gestante e do seu filho. |
17. | Dificuldades enfrentadas por gestantes adolescentes em aderir ao pré-natal | Saldanha | 2020 | Português | Identificar através de uma revisão integrativa as dificuldades da gestante adolescente em iniciar o pré-natal na unidade básica de saúde | Revista Eletrônica Acervo Saúde | Os diversos motivos que levam as adolescentes grávidas a não aderir o pré-natal estão relacionados aos âmbitos emocionais, psicológicos e socioeconômicos. |
18. | Captação da Gestante para Pré-natal precoce | Serrazina e Silva | 2019 | Identificar as dificuldades do enfermeiro da atenção básica para a captação de gestantes no pré-natal do primeiro trimestre gestacional. | Revista Pró-univerSUS | Os enfermeiros da atenção básica muitas vezes encontram dificuldades na captação de gestantes que ainda estejam na 12ª semana gestacional. |
Em seguida, a discussão foi organizada com as seguintes categorias temáticas: a) Atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo risco; b) atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco; c) Enfermagem frente as dificuldades para a adesão de gestantes ao pré-natal.
Atuação do enfermeiro no pré-natal de baixo risco
Durantes as consultas de pré-natal, são realizadas ações preventivas, com o intuito de garantir que a gestação se desenvolva de forma saudável, e que o bebe nasça saudável, além de preservar a saúde do binômio mãe-filho. Além disso, as ações de enfermagem no pré-natal de qualidade estão associadas a redução da prematuridade e do baixo-peso, e de complicações obstétricas, como a morte materna, e até mesmo doenças como diabetes gestacional e eclâmpsia (MARQUES et al., 2020).
Ainda de acordo com Marques et al. (2020), é justamente visando evitar essas complicações, que todas as informações repassadas, todos os cuidados realizados e ensinados pelo enfermeiro obstétrico são extremamente importantes no processo de cuidado, e em caso de um pré-natal de baixo risco com qualidade, um espaço estratégico para esse atendimento é a Atenção Primária à Saúde (APS).
Por ser qualificado e ser dotado de visão holística, para atuar com ações que visam a promoção da saúde, e a prevenção de doenças, por meio de abordagem humanizada, o enfermeiro é considerado essencial para assistência de pré-natal de baixo risco, pois após identificar as necessidades e prioridades da gestante, o enfermeiro elabora um plano de assistência, estabelecendo as orientações e intervenções que devem ser realizadas, e encaminha a gestante para outros serviços como odontologia, psicologia e nutrição, além do médico do pré-natal (GOMES et al., 2019).
Durante as CE no pré-natal, o enfermeiro é capaz de obter dados que permitam a identificação de problemas que podem interferir na saúde da gestante e do bebê, realizando a prevenção e/ou o tratamento precoce de qualquer doença. Durante as consultas o enfermeiro aproveita para orientar a mulher e ensinar os primeiros cuidados com o RN, e os cuidados que devem ser seguidos durante o puerpério (ARAÚJO et al., 2019).
As ações do enfermeiro durante a CE no pré-natal, estão voltadas aos cuidados técnicos e biomédicos, ao exame físico, onde são realizados a aferição da pressão arterial (PA), as medidas antropométricas, a medição do fundo uterino e a ausculta dos BCF. O enfermeiro também pode atuar na assistência a puérpera e a parturiente, realizar a prescrição de enfermagem e de medicamentos que estejam estabelecidos em programas de saúde pública e sejam usados rotineiramente e aderidos pela entidade de saúde, e realizar educação em saúde, estando totalmente amparado pela Lei 7.498/86 (ARAÚJO et al., 2019).
A educação em saúde realizada pelo enfermeiro durante a CE, promove um elo e empoderamento de conhecimentos a mulher gestante, pois é neste tipo de ação que as informações podem ir além da amamentação e do calendário vacinal, devendo ser passadas orientações sobre o Teste do pezinho-PT, como é feita a coleta do exame, doenças, complicações que podem surgir se a doença não for tratada adequadamente e no tempo correto, as sequelas que podem atingir o bebê, e muitas outras informações que são de suma importância para o conhecimento da gestante (SILVA et al., 2018).
As ações de enfermagem na consulta de pré-natal, proporcionam a gestante uma fase única e com muita importância, e cada ação é vivenciada de forma diferente por cada gestante, principalmente por serem voltadas para o contexto sociocultural e familiar, considerando os valores e crenças da mulher. Dentro do acolhimento humanizado, o enfermeiro deve oferecer a escuta ativa, e assistir atenciosamente os medos, anseios, dilemas e duvidas da gestante, direcionando respostas e informações adequadas, proporcionando uma atenção integralizada e eficaz, preparando em cada consulta, a gestante para o parto (ARAÚJO et al., 2019).
Conforme Gonçalves et al (2018), durante a CE no pré-natal, o enfermeiro faz uso de tecnologias leves para identificar as necessidades que a gestante apresenta durante o período de gravidez.
Atuação do enfermeiro no pré-natal de alto risco
A Atenção ao Pré-natal de Alto Risco (APNAR) no Brasil, pode ser realizada na AB de forma integral, desde que conte com uma equipe especializada e capacitada, para fazer a coordenação, ordenação e continuidade do cuidado, direcionando e garantindo a gestante, em tempo adequado, direitos e acesso as tecnologias de cuidado, no entanto, se não há uma equipe que atue nesses casos, o pré-natal pode ser realizado em ambulatórios especializados (SOUZA et al., 2022).
Ainda de acordo com os autores supracitados, Souza et al. (2022), em 2011, foi instituído pelo governo brasileiro a Rede Cegonha (RC), garantindo o cuidado pré-natal tanto para risco habitual quanto para alto risco, assegurando acesso, articulação das redes, qualidade na assistência, e a promoção da saúde. Para as gestantes, buscando efetivar a integralidade do cuidado, ficou certo que: às intercorrências que surgirem na gestação devem ser devidamente acolhidas, a avaliação e a classificação de risco gestacional também ficaram garantido, além disso, a RC também permite que a gestante tenha acesso ao pré-natal de alto risco no tempo certo, realize exames, e articulação da rede assistencial materno-infantil.
O MS salienta que durante o pré-natal de alto risco, a gestante deve ser atendida por uma equipe multidisciplinar, estando entre esses profissionais o enfermeiro, responsável pela CE, devendo ter foco na identificação de problemas decorrentes da gravidez, para que possa elaborar um plano de cuidado adequado, e realize os cuidados necessários (ERRICO et al., 2018).
Assim como no pré-natal de baixo risco, durante a CE no pré-natal de alto risco, o enfermeiro também deve realizar o exame físico obstétrico completo, aferir PA, realizar pesagem, medir a altura uterina, auscultar os BCF, e fazer todo o acompanhamento dos resultados dos exames, devendo também, acolher a gestante e suas necessidades individuais, estabelecendo vínculo com a paciente (SILVA et al., 2019; MEDEIROS et al., 2019).
Para Silva et al. (2021), o principal papel do enfermeiro em um pré-natal de alto risco, é realizar avaliação psicossocial e nutricional, perinatal, aconselhamento, educação em saúde, apoiar na gestão do serviço e tomada de decisões.
A partir do momento em que uma gestação é reconhecida como de alto risco, o enfermeiro deve voltar suas ações para a resolução de problemas como, o etilismo, uso de drogas ilícitas e tabagismo, e qualquer outro problema que possa contribuir para maiores complicações tanto para a saúde da gestante quanto para a saúde do feto, tendo como objetivo reduzir os danos e promover a saúde e o bem-estar de ambos. Também é de grande importância que o profissional elimine as dúvidas da gestante, e inseri-la juntamente com sua família no plano de educação em saúde e em todo o acompanhamento restante (MIOLO et al., 2021).
O MS também preconiza que durante toda a gestação sejam realizadas no mínimo seis consultas, porém, no caso de gestantes de alto risco, é recomendado que a mulher participe de um número maior de consultas, pois assim, o enfermeiro consegue acompanhar a situação gestacional e reconhecer intercorrências antes que se agravem, podendo realizar intervenções precocemente e eficazes, minimizando os riscos para mãe e filho (OLIVEIRA et al., 2018).
Ao acompanhar um pré-natal de alto risco, o enfermeiro deve realizar ações de prevenção e buscar as morbidades que afetam a gestante e o feto, devendo também orientar quanto a importância do parto normal e da amamentação, e os cuidados no puerpério. O enfermeiro que atua na assistência da gestante de alto risco deve estar apto a executar e prescrever cuidados de acordo com as queixas da gestante, realizar orientações claras e de qualidade durante as consultas, buscando assegurar que os agravos e desconfortos decorrentes da gestação sejam reduzidos, realizando toda sua assistência de forma humanizada (JORGE, SILVA e MAKUCH, 2020; WEIZEMANN et al., 2023).
A gestação de alto risco pode se configurar a qualquer momento da gravidez, sendo assim, é extremamente necessário que em cada CE e durante o trabalho de parto, seja realizado uma reclassificação quanto ao grau de risco (LIMA et al., 2019).
De acordo com Medeiros et al. (2019), é durante a anamnese que o enfermeiro deve realizar a avaliação de risco individualmente, e durante todas as consultas do pré-natal, deve reavaliar o risco gestacional. A periodicidade das consultas vai depender das necessidades e prioridades da gestante, e deve ser determinada pela equipe de saúde responsável, que deve considerar a avaliação clínica e obstétrica, a via de parto que foi determinada, as condições clínicas da gravidez e da gestante, e os aspectos psicossociais e emocionais da gestante.
Enfermagem frente as dificuldades para a adesão de gestantes ao pré-natal
Mais de 95% das gestantes que moram em países com alta tecnologia realizam pelo menos uma consulta de pré-natal, já em países emergentes como a Colômbia, apenas cerca de 62% das gestantes chegam a iniciar o pré-natal, e 69% das gestantes da África do Sul, realizam as consultas. No Brasil, houve um avanço para a saúde pública desde 2010, chegando a 98% o percentual de gestantes que realizam o pré-natal (SANTANA et al., 2019).
Entretanto, ainda de acordo com Santana et al. (2019), quando se trata de mulheres entre 10 e 19 anos, nota-se uma menor busca pela assistência pré-natal, o mesmo acontece com mulheres acima dos 35 anos de idade, aumentando o risco de morte materna em quatro vezes mais. Outros grupos que se encontram na posição de menor acesso à assistência pré-natal são a indígenas, mulheres com baixa escolaridade, pretas, mulheres com muitas gestações, as de famílias de baixa renda, e as mulheres que vivem nas regiões Norte e Nordeste, evidenciando que ainda nos tempos atuais, as desigualdades sociais no Brasil persistem, e dificultam o acesso aos serviços de saúde.
A gravidez na adolescência pode gerar na adolescente uma série de conflitos emocionais, despertando sentimentos negativos de medo, vergonha, angústia, abandono e solidão, retardando a busca pela assistência pré-natal, além desses conflitos interno, as pressões psicológicas, familiar e social, e as condições de vida precária, também contribuem para o retardo da adesão ou para a não adesão do pré-natal (SALDANHA, 2020).
Geralmente, fatores como a situação de pobreza, a distribuição geográfica dos serviços de saúde e o local de residência da gestante, podem contribuir para o não acesso das gestantes à assistência obstétrica, impedindo que o pré-natal seja iniciado no primeiro trimestre gestacional. Outros obstáculos que também podem interferir na adesão ao pré-natal no tempo recomendado, são as dificuldades assistenciais, como: a inexperiência e despreparo do profissional, falta de capacitação profissional, baixas qualificações, consulta clínica inadequada, dentre outros (MUNIZ et al., 2019).
Com isso, é importante ressaltar que as unidades de saúde em que ocorrem o pré-natal, precisam ter estrutura adequada para receber as gestantes, de forma que não atrapalhe as consultas e programas existentes, e não coloque a saúde das gestantes em risco. A organização da unidade também é muito importante, pois a demora no agendamento das consultas e a captação tardia, leva a desistência da consulta pré-natal, tanto quanto a infraestrutura inadequada da unidade (SALDANHA, 2020).
Corroborando com o autor supracitado, Serrazina e Silva (2019), afirmam que existem muitos fatores que podem interferir na adesão ao pré-natal, principalmente até a 12ª semana de gestação, estando entre os principais fatores relacionados ao próprio serviço de saúde, a falta de profissionais, a demora no agendamento/atendimento, e a infraestrutura inadequada da unidade. Além disso, os autores também apontam que a dificuldade de aceitar a gravidez, e a falta de apoio familiar, também são questões que interferem na adesão do serviço.
Para Saldanha (2020), a maioria das gestantes com baixa escolaridade, desempregadas, e/ou que pertencem a famílias financeiramente instáveis, carregam o sentimento de que não são prioridades, e por isso, não procuram cuidados voltados para à promoção, proteção e prevenção à saúde, negligenciando a si própria e ao filho.
Ainda de acordo com Saldanha (2020), vivenciar uma gestação sem o apoio do parceiro também pode interferir na adesão ao pré-natal, pois para a gestante, a presença do companheiro no período gestacional, vai muito além das questões biológicas, envolve a construção de sentimentos positivos e/ou negativos, a preparação para o parto, puerpério e lactação. A ausência do parceiro pode ocasionar na evolução insegura da gestação, e dificultar a identificação precoce de problemas que podem progredir para complicações graves, colocando em risco a saúde da mãe e do feto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo o pré-natal uma assistência voltada a mulher grávida, onde são realizadas uma série de ações preventivas, resolutivas e educacionais, visando uma gestação tranquila, um parto sem complicações, e o binômio mãe-filho saudáveis, livre de riscos, o enfermeiro entra neste espaço e momento como o profissional responsável e capacitado, para a assistência da gestante durante todo o período gestacional e até mesmo após o parto.
O enfermeiro é dotado de conhecimento técnico-científico, e carrega a essência da humanização em sua assistência, realizando CE com olhar holístico, visando o bem-estar da gestante, buscando por meio de suas ações, proporcionar uma gestação, parto e pós-parto de qualidade, acolhendo a gestante desde o primeiro contato, esclarecendo duas dúvidas que vai além da amamentação, e confortando-a quanto as suas inseguranças que surgem no decorrer da gravidez, para que assim a gestante tenha a melhor experiência possível.
Fazendo uso de todo seu conhecimento, o enfermeiro que atua no atendimento pré-natal, é capacitado para identificar possíveis complicações e classificar a gestação em baixo ou alto risco, realizando a partir dessa classificação seu plano de ação.
Durante as consultas de pré-natal de baixo risco, o enfermeiro põe em ação atividades preventivas, buscando promover a saúde da mãe e do filho, prevenindo doenças e complicações, podendo contar com o apoio de outros profissionais sempre que necessário, para isso, é importante que o enfermeiro realize exame físico e anamnese durante a CE, e solicite exames a gestante.
Já nas consultas com gestantes de alto risco, o enfermeiro deve acompanhar a situação gestacional e atentar-se para resolver os problemas que já existem, com foco na prevenção de novas intercorrências ainda mais grave, que possa colocar em risco a vida da mãe e do seu filho, diante deste objetivo, o enfermeiro insere tanto a gestante quanto a família em atividades que proporcionem educação em saúde, principalmente quando a causa das complicações está relacionada com hábitos de vida da mulher.
Infelizmente, ainda existem muitas mulheres que por diversos motivos acabam não realizando o pré-natal no tempo recomendado, colocando sua própria vida e a do seu filho em risco, estando entre os muitos motivos para essa não-adesão, a gestação precoce, a falta de apoio familiar, não ter um companheiro, e problemas relacionados a unidade de saúde e aos profissionais que prestam assistência nesta unidade.
Diante da importância deste estudo, não só para os profissionais de enfermagem, mas também de outras áreas, e para aqueles que buscam conhecimento sobre este assunto, considerando que apesar da necessidade de abordar este tema com frequência, ainda existem poucos estudos sobre o tema em questão, portanto, é necessário que seja indicado a futuros pesquisadores que deem atenção a temática, para a elaboração de novos estudos.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Erick Alves; LIMA, Maria Bárbara Ramos De Barros; ALBUQUERQUE, Thaíse Torres. Implementação das práticas obstétricas preconizadas pelo programa de humanização no pré natal e nascimento em uma maternidade de risco habitual do interior de PE. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 2, p. 1422-1436, 2020.
ALVES, Thaynara Oliveira et al. Gestação de alto risco: epidemiologia e cuidados, uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 4, p. 14860-14872, 2021.
BALDO, Letícia Oliveira et al. Gestação e exercício físico: recomendações, cuidados e prescrição. Itinerarius Reflectionis, v. 16, n. 3, p. 01-23, 2020.
BALICA, Luciana Oliveira; AGUIAR, Ricardo Saraiva. Percepções paternas no acompanhamento do pré-natal. Revista de Atenção à Saúde, v. 17, n. 61, 2019.
BITTENCOURT, Sonia Duarte de Azevedo et al. Atenção ao parto e nascimento em Maternidades da Rede Cegonha/Brasil: avaliação do grau de implantação das ações. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 801-821, 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Pré-natal. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a z/g/gravidez#:~:text=A%20gravidez%20%C3%A9%20um%20evento,e%20para%20toda%20a%20fam%C3%ADlia. Acesso em: 13 de abril de 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. – 5. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gestacao_alto_risco.pdf. Acesso em: 08 de maio de 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Cadernos de atenção básica, nº 32. Editora do Ministério da Saúde, 2012. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf. Acesso em: 08 de maio de 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Nota técnica para organização da rede de atenção à saúde com foco na atenção primária à saúde e na atenção ambulatorial especializada – saúde da mulher na gestação, parto e puerpério. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. 56 p.: il. Disponível em: https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202001/03091259-nt-gestante-planificasus.pdf. Acesso em: 13 de abril de 2023.
BRITO, Judy Ellen Araújo de et al. Tornar-se mãe: modificações no ciclo gravídico-puerperal. 2020.
COSTA, Juliana Ferreira Condeixa da. Cuidados de enfermagem a gestantes de alto risco: revisão integrativa. UFF – Universidade Federal Fluminense – Niterói: [s.n.], 2016. 44 f.
CRIVELARO, Patrícia Maria da Silva et al. Consulta de enfermagem: uma ferramenta de cuidado integral na atenção primária à saúde. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 49310-49321, 2020.
CUNHA, Ana Carolina et al. Avaliação da atenção ao pré-natal na Atenção Básica no Brasil. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 19, p. 447-458, 2019.
ERRICO, Lívia de Souza Pancrácio de et al. O trabalho do enfermeiro no pré-natal de alto risco sob a ótica das necessidades humanas básicas. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 1257-1264, 2018.
FERREIRA, Gabriela Elaine et al. A atenção do enfermeiro na assistência ao pré-natal de baixo risco. Brazilian Journal of Health Review, v. 4, n. 1, p. 2114-2127, 2021.
GADELHA, Ivyna Pires et al. Determinantes sociais da saúde de gestantes acompanhadas no pré-natal de alto risco. Rev Rene, v. 21, p. 6, 2020.
GONÇALVES, Mariana Faria et al. Pré-natal: preparo para o parto na atenção primária à saúde no sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 38, 2018.
GONÇALVES, Mariana Faria et al. Pré-natal: preparo para o parto na atenção primária à saúde no sul do Brasil. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 38, 2018.
JORGE, Herla Maria Furtado; DA SILVA, Raimunda Magalhães; MAKUCH, Maria Yolanda. Assistência humanizada no pré-natal de alto risco: percepções de enfermeiros. Rev Rene, v. 21, p. 67, 2020.
LEAL, Maria do Carmo et al. Assistência pré-natal na rede pública do Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 08, 2020.
LIMA, Kelly Mikaelly de Souza Gomes et al. Assistência de Enfermagem no Pré-Natal de alto risco. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 4, p. 3183-3197, 2019.
LUCIANO, Marta Pelizari; SILVA, Eveline Franco da; CECCHETTO, Fátima Helena. Orientações de enfermagem na gestação de alto risco: percepções e perfil de gestantes. Revista de enfermagem UFPE on line, v. 5, n. 5, p. 1261-266, 2011.
MARIO, Débora Nunes et al. Qualidade do pré-natal no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 1223-1232, 2019.
MEDEIROS, Fabiana Fontana et al. Acompanhamento pré-natal da gestação de alto risco no serviço público. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, p. 204-211, 2019.
MENDES, Rosemar Barbosa et al. Avaliação da qualidade do pré-natal a partir das recomendações do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 793-804, 2020.
MIOLO, Daniely Pilares et al. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO NO CONTEXTO DA ATENÇÃO BÁSICA. I e II Semana Acadêmica Integrada dos Cursos de Enfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões XXI e XXII Semana Acadêmica do Curso de Enfermagem de Erechim XVII e XVIII Encontro de Acadêmicos de Enfermagem (04 a 12 de novembro de 2020; 10 a 13 de agosto de 2021), p. 92.
MUNIZ, Fernanda de Fátima Santos et al. Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco na atenção primária. JMPHC| Journal of Management & Primary Health Care| ISSN 2179-6750, v. 9, 2019.
OLIVEIRA, Dandara Maria et al. Caracterização das gestantes de alto risco atendidas em um centro de atendimento à mulher e o papel do enfermeiro nesse período. Revista de Atenção à Saúde, v. 16, n. 56, p. 54-62, 2018.
OLIVEIRA, Kayam Alves; SILVA, Mariana Prates de Souza; BATISTA, Aliny Gonçalves. Atuação da enfermagem para melhor adesão as gestantes ao pré-natal na atenção básica. Repositório Alfaunipac. 2019.
PAIVA, Daniele Socorro de Brito Souza et al. Pré-natal de alto risco em um serviço de referência: perfil sociodemográfico e clínico. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 2, p. e136-e136, 2019.
RIBEIRO, Kéury Nascimento et al. Caracterização do conhecimento das gestantes sobre as possíveis complicações relacionadas ao início do pré-natal tardio. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 59458-59468, 2020.
SALDANHA, Bruna Lopes. Dificuldades enfrentadas por gestantes adolescentes em aderir ao pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 9, p. e4160-e4160, 2020.
SANTANA, Tuanny Caroline Pereira et al. Dificuldades dos enfermeiros no atendimento ao pré-natal de risco habitual e seu impacto no indicador de morbimortalidade materno-neonatal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 20, p. e711-e711, 2019.
SERRAZINA, Andrea Fferreira; SILVA, Geísa Sereno Velloso. Captação da Gestante para Pré-natal precoce. Revista Pró-Universus, v. 10, n. 1, p. 29-33, 2019.
SILVA, Amanda Cristina da; SANTOS dos, Karoline Alves; PASSOS, Sandra Godoi de. Atuação do enfermeiro na assistência ao parto humanizado: revisão literária. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 5, n. 10, p. 113-123, 2022.
SILVA, Débora Alves da. Cuidado ao pré-natal segundo indicadores do programa de humanização do pré-natal e nascimento. Rev. enferm. atenção saúde, p. 111-123, 2020.
SILVA, Joyce Driely Carvalho et al. Pré-Natal de alto risco: dados sociodemográficos e intercorrências durante a gravidez. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 23, p. e451-e451, 2019.
SILVA, Luiza Beatriz Ribeiro Acioli de Araújo et al. Avaliação da Rede Cegonha: devolutiva dos resultados para as maternidades no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 931-940, 2021.
SILVA, Maria Paula Custódio et al. Guthrie test: pregnant women’s perception during prenatal care. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 17, p. 291-298, 2018.
SILVA, Mariana Pereira Barbosa et al. O pré-natal e a assistência de enfermagem à gestante de alto risco. Research, Society and Development, v. 10, n. 9, p. e9410917173-e9410917173, 2021.
SILVA, Vitória Marion Costa et al. Fatores associados ao óbito fetal na gestação de alto risco: Assistência de enfermagem no pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 37, p. e1884-e1884, 2019.
SOUZA, Bruna Felisberto de et al. Solicitude em visita domiciliar de enfermeiras no cuidado pré-natal de alto risco: relato de experiência. Escola Anna Nery, v. 26, p. e20210328, 2022.
TRIGUEIRO, Tatiane Herreira et al. Experiência de gestantes na consulta de Enfermagem com a construção do plano de parto. Escola Anna Nery, v. 26, 2021.
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP. Manual do Projeto Técnico-Científico Interdisciplinar. São Paulo: UNIP, s.d. 30p.
VILELA, Maria Esther de Albuquerque et al. Avaliação da atenção ao parto e nascimento nas maternidades da Rede Cegonha: os caminhos metodológicos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 789-800, 2021.
WEIZEMANN, Luana Patrícia et al. Atuação do enfermeiro a gestantes portadoras de síndrome hipertensiva na atenção básica. AMAZÔNIA: SCIENCE & HEALTH, v. 11, n. 2, p. 139-152, 2023.
FILIAÇÃO