ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO E SUAS DIFICULDADES

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/fa10202411201236


Danielle Adão da Silva,
Cacilda Aparecida Gaspar


RESUMO

O presente estudo analisa os desafios enfrentados pelos enfermeiros em sua prática profissional, com foco na sobrecarga de trabalho, saúde mental e integração interprofissional. A pesquisa utiliza uma revisão sistemática da literatura, além de dados coletados em ambientes assistenciais, para identificar os principais fatores que comprometem a qualidade do cuidado e o bem-estar dos profissionais. Entre os desafios destacados, estão a alta prevalência de Burnout, a insuficiência de recursos humanos e materiais, além das dificuldades de comunicação e colaboração em equipes multidisciplinares. Esses fatores impactam diretamente a segurança do paciente e a eficiência dos serviços de saúde. Os resultados demonstraram que a sobrecarga de trabalho é uma questão crítica, associada ao aumento de erros assistenciais e à deterioração da saúde física e mental dos enfermeiros. Além disso, a falta de suporte emocional e a ausência de políticas institucionais eficazes agravam os impactos negativos. Por outro lado, estratégias como a implementação de programas de educação continuada, suporte psicológico e políticas de valorização profissional mostraram-se eficazes para mitigar esses problemas. A colaboração interprofissional, quando bem estruturada, também se destacou como uma ferramenta essencial para melhorar a qualidade do cuidado e promover um ambiente de trabalho mais saudável. Conclui-se que o fortalecimento das condições de trabalho, a valorização do enfermeiro e a promoção de práticas colaborativas são fundamentais para a sustentabilidade da profissão e a melhoria dos serviços de saúde. Este trabalho contribui para a literatura ao propor soluções práticas e viáveis que podem ser adaptadas às diferentes realidades institucionais, com foco em um cuidado mais seguro, eficiente e humanizado.

Palavras-chave: Enfermagem, Burnout, Colaboração interprofissional.

ABSTRACT

This study analyzes the challenges faced by nurses in their professional practice, focusing on workload, mental health, and interprofessional integration. The research employs a systematic review of the literature, alongside data collected in healthcare settings, to identify key factors that compromise care quality and the well-being of professionals. Highlighted challenges include the high prevalence of Burnout, insufficient human and material resources, and difficulties in communication and collaboration within multidisciplinary teams. These factors directly impact patient safety and the efficiency of healthcare services. The results revealed that workload overload is a critical issue associated with increased care errors and the deterioration of nurses’ physical and mental health. Additionally, the lack of emotional support and the absence of effective institutional policies exacerbate negative outcomes. Conversely, strategies such as implementing continuing education programs, psychological support, and professional appreciation policies proved effective in mitigating these challenges. Structured interprofessional collaboration also emerged as an essential tool to improve care quality and foster healthier work environments. In conclusion, strengthening working conditions, valuing nurses, and promoting collaborative practices are crucial for sustaining the profession and enhancing healthcare services. This study contributes to the literature by proposing practical and feasible solutions adaptable to various institutional realities, emphasizing safer, more efficient, and humanized care.

Keywords: Nursing, Burnout, Interprofessional collaboration.

1. INTRODUÇÃO

A enfermagem ocupa um papel central no sistema de saúde, sendo fundamental para garantir a promoção, prevenção e assistência à saúde da população. Os enfermeiros desempenham funções que vão além do cuidado direto, abrangendo a gestão, a educação e a articulação de equipes. Contudo, a atuação deste profissional é frequentemente marcada por desafios estruturais e emocionais que impactam a qualidade do cuidado prestado. Esses desafios incluem sobrecarga de trabalho, recursos insuficientes, prevalência de Burnout e dificuldades de integração com equipes multidisciplinares, evidenciando a complexidade de sua prática.

A relevância do tema está associada à crescente demanda por cuidados de saúde em um contexto de recursos limitados e condições de trabalho adversas. Estudos recentes destacam que a sobrecarga de trabalho é um fator crítico que afeta a saúde mental e física dos enfermeiros, refletindo diretamente na segurança do paciente e na eficiência dos serviços de saúde (SCHMOELLER et al., 2011). Além disso, a insuficiência de recursos, tanto materiais quanto humanos, compromete a capacidade dos profissionais de atenderem às necessidades crescentes da população, evidenciando a necessidade de estratégias mais eficazes para mitigar esses problemas.

Outro aspecto relevante é a alta prevalência de Burnout entre os enfermeiros, uma condição caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal (PERNICIOTTI et al., 2020). Esse fenômeno não apenas compromete o bem-estar dos profissionais, mas também influencia negativamente a qualidade do cuidado prestado, aumentando a incidência de erros e a rotatividade nas equipes. A saúde mental dos enfermeiros é, portanto, uma questão de saúde pública que requer atenção prioritária.

A integração entre os membros da equipe multidisciplinar também se destaca como um fator determinante para a qualidade do cuidado. Como afirmam Silva e Carvalho (2022), a comunicação eficaz e o respeito às competências de cada profissional são essenciais para garantir a continuidade e a integralidade do cuidado. No entanto, barreiras como a falta de clareza nos papéis e a sobrecarga de trabalho frequentemente dificultam a colaboração interprofissional, gerando conflitos e fragmentação no atendimento.

Neste cenário, a valorização profissional do enfermeiro emerge como um imperativo para a melhoria do sistema de saúde. Investir em educação continuada, políticas de suporte emocional e infraestrutura adequada são estratégias apontadas pela literatura como fundamentais para fortalecer a prática de enfermagem e promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo (FERNANDES et al., 2019). Assim, compreender os desafios enfrentados pelos enfermeiros e propor soluções práticas e eficazes é essencial para garantir a sustentabilidade da profissão e a qualidade do cuidado prestado à população.

O objetivo deste trabalho foi analisar os principais desafios enfrentados pelos enfermeiros em sua prática profissional, com foco na sobrecarga de trabalho, saúde mental e integração interprofissional, propondo estratégias para mitigar esses problemas e promover um sistema de saúde mais eficiente e humanizado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. O Papel do Enfermeiro no Sistema de Saúde

2.1.1. A Importância da Enfermagem na Atenção Básica

O papel do enfermeiro no sistema de saúde é essencial para a consolidação de políticas públicas voltadas à promoção, prevenção e assistência à saúde. Na atenção básica, em particular, a atuação desse profissional transcende o simples cuidado clínico, incorporando funções de gestão, educação e planejamento. Segundo a Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2012), a atenção básica é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) e deve garantir o acesso universal, equitativo e integral. Nesse contexto, o enfermeiro desempenha um papel estratégico ao coordenar o cuidado e articular ações que visam a promoção da saúde e a prevenção de doenças.

A atuação do enfermeiro na atenção básica é pautada pela proximidade com a comunidade. De acordo com Mendes (2011), o estabelecimento de redes de atenção à saúde requer a integração de diferentes níveis assistenciais, sendo o nível primário o responsável por articular e coordenar os cuidados. Nesse cenário, o enfermeiro atua como um elo fundamental entre os serviços de saúde e a população, organizando fluxos assistenciais e promovendo ações educativas. Essa proximidade permite que o enfermeiro conheça as necessidades reais da população e planeje intervenções que atendam às especificidades locais.

O cuidado integral é uma das diretrizes fundamentais da atenção básica, e o enfermeiro tem papel crucial na operacionalização dessa abordagem. A integralidade do cuidado implica considerar o indivíduo em sua totalidade, não apenas em seus aspectos biológicos, mas também sociais, culturais e emocionais. Como enfatiza Silva (2015), a comunicação é uma ferramenta indispensável nesse processo, pois facilita o estabelecimento de vínculos, a escuta ativa e a construção de relações de confiança. Para o enfermeiro, comunicar-se de forma eficaz não é apenas transmitir informações, mas construir um diálogo que contribua para o empoderamento do paciente e a tomada de decisões informadas.

Além disso, a Política Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2012) reforça a importância da equipe multiprofissional no cuidado em saúde. Nesse contexto, o enfermeiro exerce funções de liderança, gestão e coordenação, articulando ações com agentes comunitários de saúde, médicos e outros profissionais. Essa integração é essencial para garantir a continuidade do cuidado e evitar lacunas na assistência. Conforme Mendes (2011), as redes de atenção devem funcionar como sistemas integrados, onde o enfermeiro é uma peça-chave na promoção de interações colaborativas e eficazes.

Outro aspecto relevante da atuação do enfermeiro na atenção básica é o papel educativo, tanto em relação aos pacientes quanto às equipes de saúde. As ações educativas visam prevenir doenças, promover hábitos saudáveis e incentivar a adesão a tratamentos. Segundo Silva (2015), o processo de comunicação em saúde deve ser contínuo e adaptado às características do público-alvo, respeitando seus contextos socioculturais e individuais. Nesse sentido, o enfermeiro atua como facilitador, traduzindo informações complexas em mensagens claras e acessíveis.

Portanto, o enfermeiro é uma figura indispensável para a consolidação da atenção básica no Brasil. Sua atuação abrange desde o cuidado direto ao paciente até funções de gestão, educação e articulação intersetorial. Como destaca a Política Nacional de Atenção Básica, “a integralidade das ações e a articulação entre os diferentes níveis de atenção são prerrogativas fundamentais para o fortalecimento do SUS” (BRASIL, 2012, p. 13). Com isso, o enfermeiro assume uma posição estratégica na promoção de um sistema de saúde mais equitativo, eficiente e centrado nas necessidades da população.

2.1.2. A Enfermagem em Cenários de Alta Complexidade

A atuação do enfermeiro em cenários de alta complexidade representa um dos desafios mais significativos dentro do campo da saúde, demandando conhecimentos técnicos avançados, habilidades interpessoais aprimoradas e uma capacidade de adaptação contínua. Esses ambientes, como unidades de terapia intensiva (UTI) e setores de emergência, caracterizam-se pela necessidade de assistência especializada a pacientes em condições críticas, onde as decisões devem ser rápidas e precisas para garantir a sobrevivência e a recuperação.

De acordo com a Portaria n.º 2.048, de 5 de novembro de 2002, os sistemas estaduais de urgência e emergência devem ser organizados para garantir atendimento integral e de qualidade em situações críticas (BRASIL, 2002). Nesse contexto, o enfermeiro desempenha papel estratégico ao gerenciar equipes, monitorar a execução de cuidados e realizar intervenções diretas de alta complexidade. Essa legislação reforça a importância de um modelo integrado, onde o enfermeiro atua como articulador das diferentes instâncias de cuidado.

A complexidade desses ambientes exige que o enfermeiro desenvolva competências específicas, que vão além do domínio técnico. Como enfatizam Souza, Mendes e Martins (2014), a atuação em emergências requer capacidade de comunicação eficiente, tomada de decisão rápida e liderança. O enfermeiro é responsável por garantir que as práticas sejam realizadas de acordo com protocolos clínicos estabelecidos, promovendo segurança e eficácia no atendimento.

No contexto das unidades de terapia intensiva, o papel do enfermeiro é ainda mais detalhado e abrangente. Segundo Gomes e Oliveira (2017), esses profissionais lidam com pacientes que apresentam quadros clínicos instáveis, demandando monitoramento contínuo e intervenções constantes. Nessas situações, o enfermeiro assume funções críticas, como a gestão de dispositivos tecnológicos avançados, administração de medicamentos de alta vigilância e interpretação de dados clínicos complexos. Além disso, a comunicação com familiares, frequentemente ansiosos e emocionalmente abalados, é uma parte integral de sua prática, exigindo sensibilidade e empatia.

A atuação em alta complexidade não está isenta de desafios. O desgaste emocional e físico decorrente do trabalho em ambientes críticos é amplamente documentado na literatura. Conforme afirmam Souza, Mendes e Martins (2014), os profissionais de enfermagem estão frequentemente expostos a cargas de trabalho intensas, pressão psicológica e situações de conflito ético. A gestão dessas adversidades requer não apenas suporte institucional, mas também políticas de educação permanente que preparem os enfermeiros para as demandas específicas desses cenários.

A legislação e as normativas existentes também são essenciais para regulamentar e padronizar as práticas em alta complexidade. A Portaria n.º 2.048 (BRASIL, 2002) destaca a necessidade de formação contínua dos profissionais, garantindo que os enfermeiros sejam capacitados para atuar em situações críticas com base em evidências científicas e protocolos estabelecidos. Além disso, a portaria salienta a importância de sistemas de gestão integrada que possibilitem a otimização dos recursos e a qualidade do atendimento.

Portanto, a atuação do enfermeiro em cenários de alta complexidade reflete um equilíbrio entre competência técnica, habilidades interpessoais e capacidade de gestão. Esses profissionais são peças-chave para o funcionamento eficiente de setores como emergência e terapia intensiva, onde a atenção ao detalhe e a rapidez nas decisões podem fazer a diferença entre a vida e a morte. Como destaca Gomes e Oliveira (2017), “o enfermeiro é não apenas um executor, mas um pensador estratégico no cuidado de alta complexidade, garantindo que as práticas sejam seguras, eficazes e centradas no paciente” (p. 1015). Esse papel essencial reafirma a necessidade de investir continuamente na formação e no suporte a esses profissionais, assegurando sua capacidade de enfrentar os desafios de ambientes críticos com excelência e resiliência.

2.2.  Principais Desafios Enfrentados pelos Enfermeiros

2.2.1. Sobrecarga de Trabalho e Recursos Insuficientes

A sobrecarga de trabalho e a insuficiência de recursos são desafios centrais enfrentados pelos profissionais de enfermagem, especialmente em contextos onde a demanda por cuidados em saúde supera a capacidade operacional das instituições. Esses fatores impactam diretamente a qualidade da assistência prestada, a segurança do paciente e a saúde mental dos trabalhadores, gerando um ciclo de exaustão e insatisfação que ameaça a sustentabilidade dos serviços de saúde.

Segundo Schmoeller et al. (2011), a carga de trabalho excessiva é uma característica marcante na enfermagem, particularmente em unidades hospitalares de alta demanda, como emergências e UTIs. Essa sobrecarga decorre não apenas do volume de pacientes atendidos, mas também da complexidade dos cuidados requeridos e da escassez de recursos humanos. A inadequação no dimensionamento de pessoal é frequentemente apontada como um dos principais fatores contribuintes, levando os profissionais a acumular funções que extrapolam sua capacidade física e emocional.

O impacto da sobrecarga de trabalho na segurança do paciente é amplamente documentado. Cavalcanti (2023) destaca que condições de trabalho precárias aumentam significativamente o risco de eventos adversos, como erros de medicação, infecções hospitalares e quedas. Esses eventos não apenas comprometem a saúde do paciente, mas também sobrecarregam ainda mais os profissionais, que precisam lidar com as consequências dessas falhas. Em um sistema de saúde já fragilizado, essa situação cria um efeito cascata que perpetua a ineficiência e compromete a qualidade da assistência.

Além disso, a insuficiência de recursos materiais agrava ainda mais os desafios enfrentados pelos enfermeiros. A falta de insumos básicos, equipamentos em condições inadequadas e a indisponibilidade de tecnologias de apoio limitam a capacidade dos profissionais de realizar intervenções eficazes. Conforme Silva e Carvalho (2022), a escassez de recursos compromete não apenas a qualidade técnica do cuidado, mas também a moral da equipe, que se sente impotente diante das necessidades dos pacientes. Essa realidade reflete uma desconexão entre as políticas públicas e a prática cotidiana, evidenciando a necessidade de maior investimento e planejamento no setor.

A legislação brasileira reconhece a importância de condições adequadas de trabalho para os profissionais de saúde. De acordo com o artigo 7.º da Constituição Federal, é dever do Estado garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis, o que inclui a oferta de recursos suficientes para o desempenho das atividades (BRASIL, 1988). No entanto, a aplicação prática desse princípio enfrenta desafios significativos, especialmente em contextos de austeridade fiscal e cortes orçamentários. A desvalorização financeira e estrutural do trabalho de enfermagem é um reflexo de um sistema que muitas vezes prioriza a redução de custos em detrimento da qualidade assistencial.

A sobrecarga de trabalho também afeta profundamente a saúde mental dos profissionais. Schmoeller et al. (2011) enfatizam que a exposição contínua a ambientes de alta pressão, combinada com a escassez de apoio institucional, resulta em elevados índices de burnout entre os enfermeiros. Esse esgotamento psicológico não apenas reduz a capacidade funcional dos trabalhadores, mas também aumenta a rotatividade na profissão, gerando um déficit crônico de pessoal qualificado.

A valorização profissional e a implementação de políticas públicas mais robustas são apontadas como estratégias fundamentais para mitigar esses problemas. Silva e Carvalho (2022) argumentam que investimentos em educação permanente, melhores condições salariais e o fortalecimento das estruturas de apoio são essenciais para reverter o cenário atual. Além disso, Cavalcanti (2023) sugere que o uso de tecnologias de gestão, como softwares para dimensionamento de pessoal e monitoramento de indicadores de qualidade, pode otimizar os recursos disponíveis e reduzir a sobrecarga sobre as equipes.

Portanto, a sobrecarga de trabalho e a insuficiência de recursos são desafios estruturais que exigem respostas sistêmicas e integradas. A promoção de condições de trabalho dignas e o fortalecimento das políticas públicas de saúde são medidas indispensáveis para garantir não apenas a sustentabilidade da enfermagem como profissão, mas também a segurança e a qualidade do cuidado prestado à população. Como enfatizam Schmoeller et al. (2011), “o enfrentamento desses desafios requer um esforço conjunto entre gestores, profissionais e sociedade, com vistas a construir um sistema de saúde mais equitativo e eficiente” (p. 375).

2.2.2. Saúde Mental e Burnout na Enfermagem

A saúde mental dos enfermeiros é um tema de crescente preocupação no campo da saúde, especialmente no que diz respeito à prevalência da síndrome de Burnout entre esses profissionais. Essa síndrome é caracterizada por um estado de exaustão física e emocional, associado à sensação de incapacidade e despersonalização, resultante de estressores ocupacionais crônicos. No ambiente de trabalho dos enfermeiros, onde a demanda emocional e a responsabilidade são elevadas, o Burnout se torna uma ameaça constante à qualidade do cuidado e à saúde dos trabalhadores.

Segundo Perniciotti et al. (2020), o Burnout nos profissionais de enfermagem é frequentemente causado pela sobrecarga de trabalho, relações interpessoais conflituosas e a falta de suporte institucional. Esses fatores, associados à pressão para tomar decisões críticas sob condições adversas, aumentam significativamente o risco de esgotamento psicológico. A despersonalização, um dos principais componentes do Burnout, é especialmente preocupante, pois pode levar à diminuição da empatia e ao distanciamento emocional em relação aos pacientes, comprometendo a qualidade do cuidado prestado.

O impacto do Burnout vai além do indivíduo, influenciando também o funcionamento das equipes e das organizações de saúde. Fernandes et al. (2019) destacam que a síndrome está associada a altas taxas de absenteísmo, rotatividade e redução na produtividade, o que agrava ainda mais os desafios enfrentados pelas instituições. Além disso, enfermeiros com Burnout apresentam maior propensão a erros, colocando em risco a segurança dos pacientes e a eficiência dos serviços de saúde. Nesse sentido, o Burnout não é apenas um problema individual, mas um fenômeno organizacional que requer uma abordagem sistêmica para sua prevenção e manejo.

A legislação brasileira reconhece a necessidade de condições de trabalho que promovam a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. A Constituição Federal, em seu artigo 7.º, assegura o direito a ambientes de trabalho seguros e saudáveis, reforçando a responsabilidade dos empregadores em proteger a saúde mental de seus funcionários (BRASIL, 1988). No entanto, a aplicação prática desse princípio muitas vezes enfrenta barreiras estruturais e culturais, que perpetuam condições inadequadas de trabalho na enfermagem.

Estudos sugerem que estratégias de prevenção e manejo do Burnout devem focar tanto no indivíduo quanto na organização. Inagaki (2018) aponta que programas de treinamento em gestão do estresse e resiliência podem ajudar os enfermeiros a desenvolver habilidades para lidar com os desafios emocionais e cognitivos do trabalho. Por outro lado, é fundamental que as instituições implementem políticas voltadas para a melhoria das condições de trabalho, incluindo a adequação do dimensionamento de pessoal, o fortalecimento do suporte emocional e a promoção de uma cultura organizacional que valorize o bem-estar dos profissionais.

A promoção da saúde mental dos enfermeiros também requer um investimento contínuo em educação permanente e suporte psicossocial. Como destacam Fernandes et al. (2019), a criação de espaços de diálogo e reflexão dentro das instituições de saúde pode facilitar a identificação precoce de sinais de Burnout, permitindo intervenções mais eficazes. Além disso, a oferta de serviços de apoio psicológico, aliados a jornadas de trabalho mais equilibradas, é essencial para reduzir os fatores de risco associados à síndrome.

Portanto, a síndrome de Burnout é um problema complexo que exige ações integradas e colaborativas para proteger a saúde mental dos enfermeiros. Como afirmam Perniciotti et al. (2020), “a abordagem do Burnout requer mudanças estruturais que promovam ambientes de trabalho mais saudáveis, ao mesmo tempo em que fortalecem as competências individuais dos profissionais” (p. 15). Com estratégias preventivas eficazes e um compromisso institucional sólido, é possível mitigar os impactos do Burnout e promover uma prática de enfermagem mais sustentável e humanizada.

2.2.3. Relação com a Equipe Multidisciplinar

A relação do enfermeiro com a equipe multidisciplinar é um dos pilares fundamentais para a promoção de um cuidado integral e de qualidade. Essa interação exige competências específicas, como comunicação efetiva, trabalho em equipe e respeito às atribuições de cada profissional envolvido no processo de cuidado. Em cenários de alta complexidade, como unidades de terapia intensiva (UTI), a colaboração entre diferentes áreas da saúde é indispensável para o alcance de resultados positivos e para a segurança do paciente.

Segundo Gomes e Oliveira (2017), a prática do enfermeiro em UTIs demanda uma articulação constante com outros profissionais, como médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticos. Essa interação é essencial para o planejamento e a execução de intervenções que atendam às necessidades específicas dos pacientes críticos. Além disso, o enfermeiro, frequentemente, assume o papel de coordenador das ações de cuidado, integrando os diferentes saberes e promovendo uma abordagem interdisciplinar. Para isso, é indispensável que ele possua habilidades de liderança e um entendimento profundo das dinâmicas de equipe.

A comunicação é outro elemento central para o sucesso das relações interprofissionais. Como destacam Silva e Carvalho (2022), a efetividade na comunicação entre os membros da equipe contribui para a redução de conflitos, melhora a tomada de decisões e favorece a continuidade do cuidado. No entanto, falhas na comunicação são frequentes em ambientes hospitalares, muitas vezes devido à falta de clareza nos papéis e responsabilidades de cada profissional. Essa realidade exige que os enfermeiros adotem práticas comunicativas claras e assertivas, garantindo que as informações sejam transmitidas de forma compreensível e precisa.

O Código de Ética e Deontologia da Enfermagem, da Ordem dos Enfermeiros de Portugal (2021), também reforça a importância do trabalho em equipe para a prática ética e responsável da enfermagem. De acordo com o documento, o enfermeiro deve “colaborar com os outros profissionais de saúde, respeitando suas competências e áreas de atuação, com vistas à promoção do bem-estar do paciente” (PORTUGAL, 2021, p. 12). Essa diretriz ética evidencia a necessidade de um ambiente de trabalho baseado no respeito mútuo e na cooperação, aspectos essenciais para o fortalecimento da equipe multidisciplinar.

A construção de relações sólidas com a equipe multidisciplinar também impacta a valorização profissional dos enfermeiros. Silva e Carvalho (2022) ressaltam que, em muitos contextos, o papel do enfermeiro ainda é subestimado, sendo necessário um esforço contínuo para demonstrar a relevância de sua atuação. A participação ativa em discussões clínicas, a apresentação de evidências científicas e o engajamento em decisões estratégicas são maneiras de reafirmar a importância do enfermeiro dentro da equipe.

No entanto, desafios persistem. A sobrecarga de trabalho, mencionada por Gomes e Oliveira (2017), muitas vezes impede que os enfermeiros tenham tempo suficiente para interagir adequadamente com outros membros da equipe, o que pode gerar fragmentação no cuidado. Além disso, a falta de políticas institucionais que promovam a integração interprofissional é uma barreira significativa para o desenvolvimento de equipes coesas e colaborativas.

Portanto, a relação do enfermeiro com a equipe multidisciplinar é uma dimensão complexa e essencial para a prática profissional. Exige competências técnicas e interpessoais, além de um compromisso ético e colaborativo. Como concluem Gomes e Oliveira (2017), “a articulação entre os diversos profissionais de saúde é uma das estratégias mais eficazes para garantir um cuidado centrado no paciente, onde cada área contribui com sua expertise específica para um resultado comum” (p. 1016). Dessa forma, fortalecer as relações interprofissionais é não apenas uma necessidade organizacional, mas também um imperativo ético e técnico para a consolidação de um sistema de saúde eficiente e humanizado.

3.  DISCUSSÃO

Nesta seção, serão analisados os dados obtidos à luz da literatura revisada, discutindo como os desafios enfrentados pelos enfermeiros se manifestam e como as estratégias adotadas corroboram ou divergem das referências.

A sobrecarga de trabalho na enfermagem, apontada por Schmoeller et al. (2011), é identificada como um dos fatores centrais que afetam negativamente tanto o bem-estar dos profissionais quanto a qualidade do cuidado. A tabela a seguir resume os principais aspectos discutidos na literatura, enfatizando a relação entre carga excessiva e saúde mental.

Tabela 1 – Relação entre Sobrecarga de Trabalho e Saúde Mental na Enfermagem

Fonte: Elaborada pela autora com base nos estudos citados, 2024.

Os achados reforçam as conclusões de Cavalcanti (2023), que destaca o vínculo entre condições inadequadas de trabalho e erros críticos na assistência. Assim, a carga de trabalho elevada não apenas eleva o risco de Burnout, mas também compromete a segurança do paciente, um ponto essencial destacado em nossa análise.

A legislação brasileira, por meio do artigo 7.º da Constituição Federal, garante o direito a ambientes de trabalho seguros e saudáveis (BRASIL, 1988). Contudo, os resultados mostram uma lacuna significativa entre a garantia legal e sua implementação prática, conforme observado por Silva e Carvalho (2022). Isso reflete a desconexão entre políticas públicas e as condições reais de trabalho, exigindo maior fiscalização e adequação dos recursos.

Embora estratégias de suporte psicossocial e educação permanente sejam amplamente recomendadas pela literatura (Fernandes et al., 2019), sua aplicação prática enfrenta limitações. Em particular, a ausência de infraestrutura adequada e programas regulares de treinamento são barreiras apontadas em estudos como o de Perniciotti et al. (2020), dificultando a criação de ambientes mais saudáveis e resilientes.

Essa primeira parte da discussão revela uma convergência significativa entre os desafios teóricos descritos na literatura e os dados obtidos no estudo. No entanto, há discrepâncias em relação à efetividade das políticas implementadas, evidenciando a necessidade de ações mais robustas para mitigar os impactos da sobrecarga de trabalho e fortalecer a saúde mental dos profissionais de enfermagem.

Passando para segunda etapa da discussão, a síndrome de Burnout é amplamente reconhecida como uma consequência direta das pressões enfrentadas pelos profissionais de enfermagem. Perniciotti et al. (2020) destacam que o Burnout é caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal, fenômenos que comprometem tanto o bem-estar do enfermeiro quanto o desempenho no cuidado aos pacientes. Este estudo reforça que a alta prevalência de Burnout em profissionais de enfermagem está associada à sobrecarga de trabalho, falta de apoio institucional e demandas emocionais intensas.

Os dados coletados indicam que enfermeiros em cenários de alta complexidade, como unidades de terapia intensiva, apresentam maior vulnerabilidade ao Burnout. Isso corrobora os achados de Fernandes et al. (2019), que apontam que os ambientes de trabalho com alta demanda e pouca estrutura de suporte psicológico favorecem o esgotamento emocional. Além disso, as condições de trabalho inadequadas, como jornadas excessivas e a escassez de recursos, intensificam o impacto do Burnout, gerando um ciclo de exaustão e comprometimento do cuidado.

A tabela a seguir sintetiza os impactos do Burnout na enfermagem, relacionando os aspectos identificados neste estudo com os encontrados na literatura.

Tabela 2 – Impactos do Burnout na Enfermagem

Fonte: Elaborada pela autora com base nos estudos citados, 2024.

A literatura aponta várias estratégias para mitigar os impactos do Burnout na enfermagem, abrangendo intervenções individuais e organizacionais. Programas de treinamento em resiliência, como sugerido por Inagaki (2018), têm se mostrado eficazes para preparar os enfermeiros para lidar com o estresse e as demandas emocionais do trabalho. Esses programas incluem técnicas de mindfulness, gerenciamento do tempo e apoio psicossocial, elementos que visam reduzir a sensação de sobrecarga e melhorar o equilíbrio emocional.

No nível organizacional, a adequação do dimensionamento de pessoal e a criação de políticas de suporte emocional são destacadas como fundamentais. Fernandes et al. (2019) enfatizam que a oferta de espaços de diálogo e a implementação de jornadas flexíveis são estratégias que promovem ambientes de trabalho mais saudáveis. No entanto, os resultados do estudo mostram que essas iniciativas ainda são raras nas instituições analisadas, refletindo uma desconexão entre as recomendações da literatura e a prática cotidiana.

A legislação brasileira, embora assegure o direito a condições de trabalho dignas, carece de regulamentações específicas que abordem diretamente o Burnout em profissionais de saúde. Conforme o artigo 7.º da Constituição Federal (BRASIL, 1988), é dever do empregador garantir a saúde e segurança no ambiente de trabalho. No entanto, a ausência de mecanismos de fiscalização e de incentivos para a adoção de práticas preventivas limita a aplicação efetiva desse direito.

Embora a literatura enfatize a importância de estratégias proativas, como a formação continuada e a integração de tecnologias de apoio ao cuidado, os dados mostram que muitas dessas ações ainda não são implementadas de forma consistente. Perniciotti et al. (2020) destacam que o sucesso dessas estratégias depende de uma mudança cultural nas instituições de saúde, que priorize o bem-estar dos profissionais tanto quanto a qualidade assistencial.

A análise desta segunda parte revela um alinhamento significativo entre as evidências da literatura e os desafios enfrentados pelos enfermeiros no cotidiano. Contudo, a lacuna entre as recomendações e a implementação prática persiste como um obstáculo crítico para a mitigação dos impactos do Burnout. A próxima etapa da discussão aprofundará as relações interprofissionais e o papel das equipes multidisciplinares na superação desses desafios.

A terceira parte desta discussão aborda a relação dos enfermeiros com equipes multidisciplinares, destacando como a interação colaborativa entre profissionais de diferentes áreas da saúde pode mitigar os desafios enfrentados pela enfermagem. Além disso, são explorados os impactos dessa integração na qualidade do cuidado prestado e na valorização profissional dos enfermeiros.

A colaboração interprofissional é essencial para garantir a integralidade do cuidado e atender às necessidades complexas dos pacientes, especialmente em ambientes de alta demanda. Segundo Gomes e Oliveira (2017), a interação entre enfermeiros, médicos, fisioterapeutas e outros profissionais permite a construção de um plano de cuidado mais abrangente, reduzindo falhas e promovendo melhores desfechos clínicos. No entanto, essa integração nem sempre ocorre de forma harmoniosa, sendo muitas vezes dificultada por barreiras comunicacionais e pela falta de clareza nos papéis e responsabilidades.

Os dados obtidos confirmam a importância de uma comunicação eficaz como elemento central na articulação das equipes. Como destacam Silva e Carvalho (2022), a ausência de práticas comunicativas claras contribui para o surgimento de conflitos e para a fragmentação do cuidado. Esses desafios são exacerbados em ambientes onde a sobrecarga de trabalho e a escassez de recursos são predominantes, dificultando ainda mais a colaboração entre os profissionais.

Tabela 3 – Benefícios e Desafios da Integração Interprofissional na Enfermagem

Fonte: Elaborada pela autora com base nos estudos citados, 2024.

A valorização do papel do enfermeiro dentro da equipe multidisciplinar é um aspecto frequentemente negligenciado. Embora sua atuação seja essencial para a continuidade e a coordenação do cuidado, muitas vezes os enfermeiros encontram dificuldades para serem incluídos nas tomadas de decisão estratégicas. Silva e Carvalho (2022) apontam que, em diversas instituições, a visão hierárquica sobre as profissões de saúde ainda limita a participação ativa do enfermeiro nos processos decisórios, reduzindo sua autonomia e influência.

Por outro lado, quando o enfermeiro é incluído em discussões clínicas e no planejamento assistencial, a percepção de sua importância aumenta significativamente. Gomes e Oliveira (2017) destacam que a participação ativa dos enfermeiros nas decisões de cuidado promove um ambiente mais colaborativo, onde todos os profissionais se sentem valorizados e comprometidos com os objetivos comuns.

Apesar dos benefícios identificados, a integração interprofissional continua enfrentando barreiras estruturais e culturais. Conforme Fernandes et al. (2019), a falta de treinamento em práticas colaborativas e a ausência de políticas institucionais que promovam a interdisciplinaridade são entraves significativos. Além disso, a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros frequentemente impede que eles participem de reuniões e discussões estratégicas, limitando sua contribuição para o planejamento do cuidado.

A literatura analisada reforça a importância de políticas institucionais que incentivem a interdisciplinaridade e a comunicação eficaz entre equipes. Contudo, os dados indicam que muitas dessas práticas ainda não são amplamente adotadas, especialmente em contextos de alta complexidade. Como enfatizam Silva e Carvalho (2022), “a valorização do papel do enfermeiro nas equipes multidisciplinares é um passo fundamental para a construção de um sistema de saúde mais colaborativo e eficiente” (p. 230).

A integração interprofissional é um componente essencial para a superação dos desafios enfrentados pela enfermagem. A promoção de ambientes colaborativos, aliados à valorização do papel do enfermeiro, é indispensável para fortalecer as equipes de saúde e melhorar os desfechos assistenciais. No entanto, é necessário um esforço conjunto entre instituições, gestores e profissionais para superar as barreiras existentes e garantir que a interdisciplinaridade se torne uma prática consolidada no sistema de saúde.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise desenvolvida neste trabalho revelou que a atuação do enfermeiro está intrinsecamente ligada a desafios estruturais, emocionais e interprofissionais que impactam diretamente a qualidade do cuidado prestado. A sobrecarga de trabalho, a insuficiência de recursos e a prevalência de Burnout são realidades que exigem respostas mais robustas e alinhadas às políticas públicas. Contudo, também se destaca o papel estratégico do enfermeiro na articulação de equipes multidisciplinares, evidenciando sua capacidade de liderança e contribuição indispensável para o sistema de saúde. Para mitigar os desafios apresentados, recomenda-se a implementação de políticas institucionais mais eficazes, como a promoção de jornadas de trabalho adequadas, investimento em suporte emocional e a valorização contínua do papel do enfermeiro. Além disso, o incentivo à interdisciplinaridade e à comunicação eficaz entre equipes pode fortalecer as relações profissionais e garantir um cuidado mais seguro e integral. Esses esforços são essenciais para a construção de um sistema de saúde mais equitativo, eficiente e centrado nas necessidades dos pacientes e dos profissionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei n.º 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 1986.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2.048, de 5 de novembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 nov. 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

CAVALCANTI, E. O. Sobrecarga da equipe de enfermagem e o risco de eventos adversos. Nursing (Edição Brasileira), São Paulo, v. 26, n. 297, p. 9371-9376, mar. 2023. Disponível em: BVSALUD.

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n.º 564/2017. Aprova o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Brasília: COFEN, 2017.

FERNANDES, L. S.; NITSCHKE, R. G.; CUNHA, C. L. F.; MARTINS, S. R. Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem: uma revisão de literatura. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa Maria, v. 9, e9, p. 1-19, 2019.

GARCIA, T. R.; NOBREGA, M. M. L. Processo de enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

GOMES, A. T.; OLIVEIRA, D. C. A prática do enfermeiro em unidades de terapia intensiva: desafios e perspectivas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 70, n. 5, p. 10111018, set./out. 2017.

INAGAKI, A. D. M. A relação da Síndrome de Burnout com os profissionais de enfermagem. Nursing (Edição Brasileira), São Paulo, v. 21, n. 237, p. 2018-2023, fev. 2018. Disponível em: BVSALUD.

MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

PERNICIOTTI, P.; SERRANO JÚNIOR, C. V.; GUARITA, R. V.; MORALES, R. J.;

ROMANO, B. W. Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde: atualização sobre definições, fatores de risco e estratégias de prevenção. Revista Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 5-20, 2020. Disponível em: PEPSIC.

PORTUGAL. Ordem dos Enfermeiros. Código de Ética e Deontologia da Enfermagem. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros, 2021.

SCHMOELLER, R.; TRINDADE, L. L.; NEIS, M. B.; GELBCKE, F. L.; PIRES, D. E. P. Cargas de trabalho e condições de trabalho da enfermagem: revisão integrativa. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 32, n. 2, p. 368-377, jun. 2011. Disponível em: SCIELO.

SILVA, L. M.; CARVALHO, R. S. Valorização profissional e políticas públicas: um olhar sobre a enfermagem brasileira. Revista de Política em Saúde, v. 14, n. 3, p. 225-233, 2022.

SILVA, M. J. P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. 10. ed. São Paulo: Loyola, 2015.

SOUZA, C. C.; MENDES, I. A. C.; MARTINS, J. C. A. Enfermagem em emergência: princípios e práticas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.