REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th10249041433
Luzia da Silva Borges [1]
Iuri Alves Viana [2]
Carolina Gonçalves Pinheiro [3]
José Tibério Moura da Silva[4]
Matheus Gomes de Sousa[5]
Ruth Santiago Teixeira[6]
Alyne Márya Felipe Saraiva[7]
Maria Aryele Carneiro de Lima[8]
Gabriel Albuquerque Gonçalves[9]
Michelle Alexandre Lira[10]
Bruna Oliveira Lima[11]
Luma Maria Borges Morais[12]
Ana Shirllei Diógenes Nogueira[13]
Maria Vitória Freire Gomes[14]
Wanderleia Sannya David Alencar [15]
RESUMO
Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é uma condição recorrente que afeta em grande parte as mulheres. Existem 3 tipos principais: A IUE é caracterizada pelo aumento da pressão abdominal em situações como tossir, espirrar, durante um esforço ou prática de atividades físicas, devido a fraqueza do esfíncter uretral. A IUU é quando há uma sensação inadiável de ir ao banheiro por causa do aumento da atividade do detrusor. A IUM é a junção das duas situações de esforço e urgência. A Sociedade Internacional de Continência (ICS) preconiza que o tratamento conservador para mulheres que têm incontinência urinária seja uma das primeiras intervenções que devem ser feitas. A reabilitação do assoalho pélvico é um recurso eficiente na melhora da qualidade de vida das pessoas acometidas com tal disfunção. Objetivo: Analisar os tratamentos fisioterapêuticos, relatados na literatura para mulheres com incontinência urinária por esforço. Metodologia: As buscas pela pesquisa, foram executadas pelas bases de dados eletrônicas PubMed e Scielo, utilizando os descritores: “Urinary Incontinence”, “Physiotherapy”, “Treatment”. Em seguida foram aplicados os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Foram selecionados 8 artigos que englobam condutas como: treinos hipopressivos, correção postural, mudanças de hábitos, treino muscular do assoalho pélvico, TMAP associado a contração do TrA, inervação magnética extracorpórea, biofeedback e pilates. Conclusão: A fisioterapia parece ser eficaz para o tratamento de mulheres com IUE, uma vez que em todos os estudos, as intervenções com a fisioterapia apresentaram melhorias na sintomatologia das mulheres acometidas.
Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço; Tratamento; Fisioterapia; Músculos do
Assoalho Pélvico.
1 INTRODUÇÃO
Nas mulheres, a Incontinência Urinária (IU) é uma condição recorrente que varia de cerca de 10% e 40% a depender da população estudada e a idade. Esse número aumenta à medida que vai se envelhecendo, calcula-se que 17,1% das mulheres possuam essa disfunção, seja incontinência moderada ou grave. Isso pode indicar que não é uma condição ameaçadora, mas muitas vezes é constrangedora, onde pode se associar com depressão e afastamento social e implicar diretamente na qualidade de vida das mulheres (Diniz; Paula, 2018).
A IU é classificada em 3 tipos principais: a IU de Estresse/Esforço (IUE), a IU de Urgência (IUU) e a IU Mista (IUM). A IUE é caracterizada pelo aumento da pressão abdominal com situações rotineiras como tossir, espirrar, durante um esforço ou durante a prática de atividades físicas, pois o esfíncter uretral está fraco. A IUU é quando acontece situações onde pode ser antecipada ou vir junto de uma sensação inadiável de ir ao banheiro por causa do aumento da atividade do detrusor. A IUM é quando acontece as duas situações combinadas de esforço e urgência (Aguirre; Izquierdo, 2023).
A Sociedade Internacional de Continência (ICS) preconiza que o tratamento conservador para mulheres que têm incontinência urinária seja uma das primeiras intervenções que devem ser feitas, e através disso por meio desse tratamento obter aumento da força muscular e ativação correta dos músculos do assoalho pélvico. Hoje, existem diversos meios para que esse objetivo seja alcançado e assim melhorar a função desses músculos, por meio de eletroestimulação, cones vaginais e biofeedback por exemplo (Pereira; Escobar; Driusso, 2012).
A reabilitação do assoalho pélvico é um recurso eficiente na melhora da qualidade de vida das pessoas acometidas com tal disfunção. É importante reconhecer os fatores que ajudem a traçar um melhor tratamento de reabilitação e ajudá-los a sanar ou aliviar tais problemas (Reoyo et al., 2023).
Um dos fatores que causam esse quadro de incontinência é a falta de conhecimento e controle acerca dos músculos do assoalho pélvico. Um dos papéis da fisioterapia é de atuar conscientizando e ensinando como se fazer de forma correta a contração dessa musculatura através de cinesioterapia, eletroterapia e orientações gerais (Glisoi; Girelli, 2011).
Esse estudo justifica-se pois, esta pesquisa é um caminho útil para o desenvolvimento de conhecimentos abordados na área em destaque. Além de que, estudos mostraram que entre 41% a 79% de mulheres brasileiras não buscam ajuda médica para tratar da incontinência urinária, o que pode gerar impactos diversos na saúde e qualidade de vida. A conscientização sobre a importância de buscar ajuda profissional, por menores que sejam os problemas, é crucial para um diagnóstico e tratamento eficazes (Higa et al., 2010).
Com relação à relevância social, é importante que o assunto seja abordado, pois as mulheres que sofrem com essa disfunção vêm se afastando cada vez mais da sociedade por vergonha, constrangimento e até mesmo depressão. É necessário que tal temática seja discutida em ambiente acadêmico e científico para que cada vez mais as mulheres possam estar adquirindo autoconhecimento de seu corpo e assim buscar a ajuda necessária.
O presente estudo teve como objetivo Conhecer o papel da fisioterapia na incontinência urinária em mulheres com incontinência urinária por esforço.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 ANATOMIA DO ASSOALHO PÉLVICO
A anatomia do assoalho pélvico é composta por músculos, ligamentos e fáscias. A junção dessas estruturas torna-se responsável pelo bom funcionamento da continência urinária e fecal. O assoalho pélvico fica localizado logo abaixo da cavidade pélvica (Frederice; Bardin; Juliato, 2018).
A cavidade pélvica é dividida em duas cavidades distintas: a pelve falsa (ou pelve maior) e a pelve verdadeira (ou pelve menor). A pelve verdadeira é o local onde estão inseridos os órgãos pélvicos como o reto, a bexiga, o útero, a vagina, as tubas uterinas e os ovários. Ela é delimitada inferiormente pelos músculos do diafragma pélvico (Baracho; Rossi; Lopes, 2018).
A bexiga, a uretra e os esfíncteres urinários trabalham em conjunto para armazenar a urina com baixa pressão e permitir a micção voluntária nos momentos considerados apropriados. Existem os músculos lisos, como o detrusor e o esfíncter uretral interno e os músculos estriados, como o esfíncter uretral externo e os músculos do assoalho pélvico, todos envolvidos nesse processo. O revestimento da bexiga é feito por células epiteliais chamadas de urotélio e uma membrana basal que tem como função proteger o músculo da bexiga e permitir a comunicação com as células neurais, que são responsáveis pelo controle do armazenamento e a micção (Aoki et al., 2017).
2.2 FATORES DE RISCO PARA INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Os fatores de risco para a incontinência urinária podem ser classificados como em não obstétricos, onde pode-se incluir a idade, a etnia, a predisposição genética, o tabagismo, o excesso de peso (obesidade), condição socioeconômica, atividade física intensa e histórico de cirurgias ginecológicas. A outra classificação são os fatores de risco obstétricos, que podem estar relacionados com o parto vaginal (especialmente assistido com o uso do fórceps), episiotomia, peso do bebê acima de 3 quilos, segundo estágio do trabalho de parto demorado, apresentação fetal de forma não cefálica (Monteiro; Silva Filho, 2018).
Um estudo feito nos Estados Unidos entre 2006 e 2012 mostrou uma prevalência de 53% de incontinência urinária. É importante destacar fatores de riscos como idade avançada, paridade, se já obteve algum distúrbio urológico, algum trauma pélvico, partos vaginais ou traumas obstétricos. Além desses, fatores como consumo de bebidas alcoólicas, café ou o diabetes mellitus também podem contribuir no desenvolvimento da incontinência urinária (Thabet et al., 2023).
2.3 INCONTINÊNCIA URINÁRIA
2.3.1 Incontinência Urinária Por Esforço
A Incontinência Urinária de Esforço (IUE) é uma condição que pode interferir na qualidade de vida, principalmente relacionada à saúde da mulher. Essa condição pode ser atribuída devido a hipermobilidade uretral que foi resultado de uma diminuição do suporte uretral. Além de que, possa também existir um indício de fraqueza do esfíncter uretral (Marquini; Bella; Sartori, 2022).
Ela é o tipo de incontinência mais comum encontrada nas mulheres, sendo definida pela perda de urina de forma involuntária por condições que aumentam a pressão intra-abdominal. Existem alguns fatores de risco para esse tipo de incontinência, tais como o parto pela via vaginal, a idade, a obesidade e o aumento de esforço físico (Fürst et al., 2014).
2.3.2 Incontinência Urinária Por Urgência
A Incontinência Urinária de Urgência (IUU), também chamada de Bexiga Hiperativa (BH), acontece quando há perda involuntária de urina acompanhada de urgência. As mulheres com esse distúrbio mostram ter falta de controle na micção quando tem a bexiga cheia ou quando tem a urgência miccional. Nesses casos, ocorre o início da micção e a incapacidade de controlá-la, havendo assim a perda de urina de forma irregular (Ramos et al., 2023).
Quando ocorre urge-incontinência devido a contrações não controladas do detrusor, isso é referido como hiperatividade do detrusor terminal. Neste cenário, uma única contração do detrusor com a bexiga cheia não é inibida, ocorrendo a perda de urina, muitas vezes resultando em esvaziamento completo da bexiga ou sensação de esvaziamento incompleto. A origem dessa hiperatividade pode ser idiopática, quando não existe alteração neurológica, ou neurogênica, que é quando existe associação com alterações neurológicas (Madeira, 2021).
2.3.3 Incontinência Urinária Mista
A Incontinência Urinária Mista (IUM) pode ser mais desafiadora de tratar devido à combinação de sintomas de incontinência de esforço e urgência. Isso pode levar a uma maior gravidade dos sintomas e impacto na qualidade de vida para as mulheres afetadas. O amplo espectro de sintomas e fenótipos urinários na IUM exige uma abordagem individualizada no tratamento para obter os melhores resultados possíveis (Harvie et al., 2021).
2.4 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
2.4.1 Biofeedback
O biofeedback é um dos instrumentos utilizados como opção de primeira linha para o tratamento da incontinência urinária. Ele é uma técnica que registra a contração muscular fisiológica do MAP e mostrada ao paciente através de sinais visuais e acústicos, para que ele possa acompanhar em tempo real o que acontece com a sua musculatura. É um recurso viável e motivador para o tratamento, pois ele incentiva a participação direta do paciente durante o tratamento (Matiello, 2021).
2.4.2 Neuromodulação
A neuromodulação sacral é um tratamento minimamente invasivo que pode ser usado para tratar a incontinência urinária mista ou por urgência. Ela consiste na implantação de eletrodos do segmento S3, que geram correntes de baixa frequência. Essas correntes aumentam a atividade simpática do nervo hipogástrico e diminuem a atividade parassimpática dos neurônios motores da bexiga. Como resultado, ocorre a inibição da contração do músculo detrusor ajudando a controlar a incontinência. Quando a estimulação é cessada, o reflexo da micção é ativado permitindo um melhor controle do processo urinário (Monteiro; Silva Filho, 2018).
2.4.3 Modificações Comportamentais
Mudanças comportamentais são consideradas um tratamento de primeira linha comum para pacientes com bexiga hiperativa, por exemplo. Porém, elas podem ter limitações para algumas pessoas, como por exemplo, elas não conseguirem diminuir a ingestão de líquidos caso tenham alguma comorbidade (Mcphail et al., 2023).
2.4.4 Treinamento Muscular Do Assoalho Pélvico
O treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP), busca orientar sobre a contração e o relaxamento do MAP para melhorar a coordenação e a funcionalidade, por exemplo, durante atividades físicas que elevam a pressão abdominal e podem antecipar a incontinência urinária. Objetivando fortalecer e deixar mais eficaz o controle dos músculos do assoalho pélvico para prevenir e evitar que aconteça a perda de urina durante essas atividades (Hagen et al., 2019).
O treinamento supervisionado dos músculos do assoalho pélvico tem sido bastante recomendado, com no mínimo 3 meses de duração nas diretrizes internacionais como tratamento de primeira linha para mulheres com incontinência urinária de esforço e mista. A importância dessa linha de tratamento se dá pelo fato de que, o suporte da uretra pode ser aperfeiçoado pela elevação das estruturas do assoalho pélvico através de contrações desses músculos, que fazem com que essas fibras do MAP se encurtem e fiquem mais espessas com o intuito de fechar o hiato do elevador e elevar o colo da bexiga (Wang et al., 2023).
2.4.5 Cones Vaginais
Os cones vaginais são dispositivos utilizados na fisioterapia para o fortalecimento do assoalho pélvico. Eles foram propostos como uma técnica de fortalecimento resistido e progressivo dos músculos do assoalho pélvico. Essa terapia é eficaz para aumentar a força muscular nessa região, além de melhorar a percepção da região perineal. Isso pode resultar no recrutamento de fibras tipo I e tipo II, o que é importante para o tratamento de incontinência urinária (Holzschuh; Sudbrack, 2019).
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão integrativa de literatura, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada pelas seguintes fases: 1) construção de uma pergunta norteadora, 2) busca e análise da literatura sobre a temática, 3) coleta de dados da literatura, 4) crítica das pesquisas incluídas, 5) formulação da discussão dos resultados analisados e 6) construção de um documento para a apresentação da revisão (Mendes; Silveira; Galvão, 2019).
3.2 ESTRATÉGIAS DE BUSCA DOS ARTIGOS
As buscas pela pesquisa, foram executadas pelas bases de dados eletrônicas PubMed e Scielo. Sendo iniciada no mês de agosto de 2023 e sendo encerrada em maio de 2024. Os descritores (DeCS) utilizados para a busca nas bases eletrônicas foram “Urinary Incontinence”, “Physiotherapy”, “Treatment”.
Foram consideradas análise dos artigos originais sobre incontinência urinária, sendo incluídos ensaio clínico, textos completos, disponíveis na íntegra pelo meio online, onde as participantes sejam mulheres acima de 18 anos, que fossem dos últimos 5 anos de 2019 a 2024. Sendo excluídos estudos que não enfatizem o uso de cinesioterapia ou eletroterapia no tratamento de incontinência urinária, participantes do sexo masculino, artigos do tipo revisão sistemática, tratamento com medicamentos via oral ou cirurgia.
Os critérios de elegibilidade dos estudos ocorreram por meio dos critérios de PICO e estão detalhados na tabela 1.
Tabela 1 – Critérios de inclusão e exclusão dos estudos relacionados à revisão
INCLUSÃO | EXCLUSÃO | |
P Participate | Estudo onde as participantes possuam incontinência urinária por esforço e tenha acima de 18 anos. | Estudos onde os participantes sejam do sexo masculino. |
I Intervention | Estudos que relatassem a fisioterapia como recurso para o tratamento da IUE. | Artigos que abordassem o tratamento da IUE de forma medicamentosa ou cirúrgica. |
C Comparacion | Não se aplica. | Não se aplica. |
O Outcome | Conhecer os impactos do tratamento da fisioterapia na IUE. |
Fonte: Dados da pesquisa, 2024.
Inicialmente, foram realizadas as pesquisas nas bases de dados selecionadas. De acordo com a categorização na busca desses artigos, foram incluídos inicialmente 2 descritores: urinary incontinence e physiotherapy, e logo após foi feita a busca utilizando 3 descritores: urinary incontinence, physiotherapy e treatment, utilizando o booleano AND. Desta forma, foram encontrados nas bases de dados 245 artigos.
Inicialmente foi realizada uma exploração dos títulos dos artigos apresentados por meio da estratégia de buscas, onde foram excluídos artigos em que o título não correspondia aos critérios da pesquisa. Em seguida, se estabeleceu através da exploração dos resumos, considerando os critérios de inclusão pré-definidos. Além do resumo, os artigos lidos na íntegra para estabelecer a exclusão quando estes não atingiam os critérios de elegibilidade.
A inclusão, exclusão e distribuição dos artigos selecionados apresenta-se descrita no fluxograma a seguir:
Fonte: dados da pesquisa, 2024
Para a análise dos dados, foram criadas tabelas detalhadas, com os artigos que foram selecionados, através de um documento no Microsoft Office Word 2010, tendo todas as informações como: título, autor, o ano que foi publicado, o tipo do estudo, a área que foi feita o tratamento, o total das aplicações, total de atendimentos e a conclusão.
4 RESULTADOS
A tabela a seguir apresenta os resultados dos 8 estudos analisados, distribuídos entre os anos de 2019 a 2023 tendo um maior predomínio dos anos 2020, 2021 e 2022.
Tabela 4 – Distribuição das técnicas utilizadas, tempo de tratamento, número de sessões dos estudos e resultados.
AUTORES/ ANO | TÉCNICA UTILIZADA | TEMPO DE TRATAMENTO/ N° DE SESSÕES | RESULTADOS |
Torres; Munoz; Rebullido, et al., 2022. | Programa de treinamento supervisionado de 8 semanas de exercícios hipopressivos na força muscular do assoalho pélvico e na sintomatologia da incontinência urinária. | 8 semanas; 16 sessões. | Os resultados mostraram melhora no grupo hipopressivo na força muscular do assoalho pélvico F (1117) = 89,514, p < 0,001, pontuação significativamente menor para o escore total do PFIQ7, t (112) = 28,895, p< 0,001 e FPDI20 t (112) = 7,037, p < 0,001, bem como uma melhora nos valores do ICIQ‐SF após 8 semanas de intervenção em comparação com o grupo controle. |
Jorasz; Baszak; Dabek, 2022. | Programa terapêutico implementado, que consistiu na correção da postura corporal e na mudança de hábitos, na função muscular do pavimento pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço. | 6 semanas; Nº de sessões não mencionadas. | Em ambos os grupos, a PRV (pressão vaginal em repouso) e a tensão dos MAP em repouso foram significativamente reduzidas. A força e a resistência dos MAP, a tensão durante a CVM e a VSP (pressão intravaginal durante a contração) aumentaram, sem diferença entre os grupos. A IUE diminuiu significativamente e qualidade de vida melhorou significativamente em ambos os grupos. |
Luginbuehl; Lehmann; Koening, et al., 2021. | Dois protocolos foram comparados quanto ao seu efeito na IUE: um focando na fisioterapia padrão com treinamento voluntário dos músculos do assoalho pélvico, o outro incluindo adicionalmente treinamento reflexivo involuntário dos músculos do assoalho pélvico. | 16 semanas; 9 consultas individuais de fisioterapia e 78 sessões de treino domiciliar. | A pontuação do ICIQ-UIsf diminuiu significativamente ao longo do tempo para ambos os grupos em cerca de 3 pontos, de cerca de 10 para cerca de 7 pontos, sem diferenças de grupo em qualquer momento. |
Brooks; Varette; Harvey, et al., 2020. | Preencheram um diário da bexiga de 3 dias, o Questionário Internacional de Consulta sobre Incontinência Urinária Incontinência Formulário Abreviado (ICIQ-UI-SF), um teste de absorvente padronizado, avaliação manual da força e tônus dos músculos do assoalho pélvico (MAP) e ultrassom transperineal (TPUS), avaliação de suas estruturas urogenitais em repouso, em posição supina e em pé, e durante contração, esforço e tosse. | 12 semanas; 6 sessões. | Setenta e sete mulheres com idade entre 50 (±10) anos completaram o protocolo; 38 (49%) foram considerados curados. Com base em testes univariados, quatro preditores foram inseridos em um modelo de regressão logística binária: ICIQ-UI-SF, tônus dos MAP, altura do colo vesical (BN) na posição ortostática e altura do BN durante tosse na posição ortostática. O modelo foi significativo (p< 0,001), classificando com precisão o desfecho em 74% dos participantes. O modelo, validado por bootstrapping, teve desempenho moderado, com área sob a curva receiver Operating Characteristic = 0,80 (IC 95%: 0,69–0,90; p = 0,00) e com sensibilidade de 70% e especificidade de 75%. |
Aparicio; Bernart; Bueno, 2021. | Programa de exercícios abdominopélvicos nos sintomas de incontinência urinária (sintomas de IU) e na qualidade de vida em mulheres climatéricas com incontinência urinária de esforço (IUE). | 3 meses; 12 sessões. | Os sintomas da IU melhoraram em ambos os grupos entre o início e o acompanhamento de 3 meses (p< 0,05). A satisfação dos pacientes foi maior no grupo AEPPI (p< 0,05). A adição de instruções posturais a um programa de exercícios abdominopélvicos melhora o impacto da IU na qualidade de vida e na satisfação dos pacientes em mulheres com IUE. |
Ptak; Ciecwiez; Brodowska, et al., 2020. | Analisar a influência da ginástica na qualidade de vida de mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE) grau 1 e determinar a relação entre o desfecho e os índices de peso corporal selecionados: índice de massa corporal (IMC) e relação cintura-quadril (RCQ). | 3 meses; 48 sessões. | Mulheres com IMC< 30 kg/m² se beneficiaram mais do programa MAP + TrA no que diz respeito às limitações físicas e domínios de constrangimento, enquanto pacientes com tipo corporal ginóide (RCQ < 0,8) se beneficiaram mais em termos de limitações físicas e sociais, IUE- emoções evocadas, medidas de gravidade e domínios de constrangimento. |
Rajek; Straczynska; Strojek, et al., 2020. | Foram criados dois grupos experimentais, GE1 e GE2 e um grupo de controle. O GE1 recebeu 12 sessões de TMAP, o GE2 recebeu 12 sessões de intervenção magnética extracorpórea. O grupo de controle não recebeu intervenção fisioterapêutica. | 4 semanas; 12 sessões. | Em ambos os grupos experimentais, foi encontrado um declínio estatisticamente significativo nos sintomas depressivos (BDI-II) e uma melhoria na gravidade da incontinência urinária (RUIS) e na qualidade de vida (KHQ) nos seguintes domínios: “limitações sociais”, “emoções”, “medidas de gravidade” e “escala de gravidade dos sintomas”. Além disso, as crenças de autoeficácia (GSES) melhoraram no grupo experimental que recebeu ExMI (EG2). |
Chmielewska; Stania; Klich, et al., 2019. | Comparar o efeito do treinamento muscular do assoalho pélvico com biofeedback eletromiográfico de superfície (sEMG) (grupo BF) e exercícios de Pilates (grupo P) na atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária de esforço. | 8 semanas; 24 sessões. | Não houve melhora acentuada na atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico durante a contração após treinamento com biofeedback sEMG ou exercícios de Pilates. Após oito semanas de treinamento de biofeedback sEMG, foi observada uma diminuição na atividade bioelétrica em repouso dos músculos do assoalho pélvico e durante o relaxamento após contração sustentada, mas apenas na posição supina. Esse efeito não foi observado no grupo Pilates. No grupo AM, o número de episódios de incontinência após o final do tratamento (pontos de tempo: 1vs. 2) e aos seis meses de acompanhamento (pontos de tempo: 1vs. 3) diminuiu 68,5% e 89,3%, respectivamente. |
Fonte: Dados da pesquisa, 2024
Dos 8 estudos analisados da amostra, em todas as suas técnicas analisadas foram trazidos protocolos de tratamento conservadores para a IUE, focando principalmente no TMAP. Há também protocolos que comentam sobre questionários, ginástica e pilates, e todos eles focam na reabilitação conservadora, assim como um estudo feito por Cavenaghi et al., (2020), que inclui 27 mulheres e destas 15 apresentavam IUE (55,6%). Durante 10 sessões de 45 minutos, aplicadas semanalmente, foi realizado um protocolo que envolvia eletroestimulação e cinesioterapia. Os exercícios incluíam a contração do MAP por 10 segundos seguida de relaxamento, tanto em posição ortostática quanto em decúbito dorsal. Foram utilizados eletrodos para reabilitação do MAP, posicionados no trajeto do nervo tibial posterior. O estudo mostrou uma diminuição dos sintomas e uma melhoria na qualidade de vida dessas pacientes.
Ao analisar os estudos da amostra, foi percebido que todos eles tiveram resultados que melhorou a sintomatologia da IU, melhorou a qualidade de vida das participantes, melhorou força dos MAP, diminuiu os sintomas depressivos, entre outros. E em todos os protocolos foram utilizados a cinesioterapia ou a eletroterapia associada, mostrando assim uma efetividade desses métodos; o que está condizente com um estudo de Aguirre et al., (2023), que fala que o tratamento da IU através da reeducação perineal tem efeitos positivos na aprimoração dos sintomas, na intensificação da musculatura do assoalho pélvico, no incremento da qualidade de vida e na diminuição do número de episódios de incontinência. A reeducação perineal pode ser considerada uma opção terapêutica bem sucedida, não invasiva e sem desconforto para o paciente, tornando-se uma ótima escolha de tratamento para os diversos tipos de incontinência.
Em concordância com o estudo acima, Dumoulin et al., (2020), realizou um estudo que comparou a eficácia do TMAP em grupo com o TMAP individual para mulheres idosas com incontinência urinária de esforço (IUE). Após uma sessão inicial individual com um fisioterapeuta para ensinar a contração do MAP, cada grupo participou de um programa de TMAP de 12 semanas. Cada sessão semanal tinha uma duração de uma hora e incluía exercícios focados em força, potência, resistência, coordenação e integração dos MAP nas atividades de vida diárias (AVDs). Os resultados do estudo indicaram que a intervenção do TMAP em grupo não é inferior ao TMAP individual, sugerindo que ambos os métodos são eficazes e podem ser aplicados na prática clínica para melhorar o tratamento da IUE em mulheres idosas.
Outro método conservador foi mostrado por Holzschuh e Sudbrack (2019), que fizeram uma pesquisa com 2 mulheres com IUE para analisar a eficácia do fortalecimento dos MAP através de cones vaginais. As participantes seguiram uma intervenção que combinava o uso dos cones e cinesioterapia com exercícios de Kegel durante 10 sessões, realizadas 3 vezes por semana. O exercício principal envolvia a sustentação de um cone por 1 minuto na posição ortostática. Os cones vaginais variam de peso (25-75g) e foram selecionados conforme a capacidade de cada uma. Realizaram exercícios de subir e descer degraus, agachamento com apoio e exercícios de Kegel com contrações do MAP por 5 segundos e relaxando por 10. Isso trouxe resultados favoráveis a essas pacientes, sendo beneficiadas através do fortalecimento dos MAP e auxiliando no tratamento conservador da IUE.
Usar da tecnologia também pode ser uma opção bastante viável para o tratamento conservador da IUE, assim como mostra um estudo de Asklund et al., (2019) que apresentou o desenvolvimento de um aplicativo chamado Tät, que oferece um programa de tratamento de 3 meses focado no treinamento muscular do assoalho pélvico para mulheres com IUE. No estudo, 123 mulheres foram incluídas e divididas em dois grupos. Um grupo, composto por 62 mulheres, recebeu o programa do TMAP através do aplicativo, enquanto o outro grupo, com 61 mulheres, não utilizou o aplicativo. O aplicativo continha além do TMAP, informações sobre IUE e o assoalho pélvico, entre outros. Como conclusão, as mulheres relataram um aumento da autoconfiança em relação à responsabilidade pelo seu tratamento, além de considerar que o aplicativo ajudou a gerenciar o tratamento da IUE.
Outros estudos mostram que exercícios que envolvem o períneo são de grande valia para tratar de forma conservadora a IU, como mostra no estudo de Boaretto et al., (2019), onde é relatado que os exercícios perineais são uma modalidade terapêutica da fisioterapia, cujo objetivo é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico através de contrações voluntárias e repetitivas seguidas de relaxamento. Essa técnica de contração pode ser usada para obstruir a uretra e prevenir ou reduzir a perda urinária durante as contrações do detrusor. Além disso, a técnica pode inibir reflexivamente a atividade do detrusor, diminuir a vontade de urinar ao ativar o mecanismo periférico de controle urinário, recrutando neurônios motores e inibindo o sistema parassimpático na medula sacral, suprimindo a atividade vesical.
O fisioterapeuta é de suma importância no tratamento conservador da IU, uma vez que ele irá acompanhar e ensinar o treino do MAP a ser realizado de forma correta. Em concordância com o estudo acima, Hagen et al., (2019) fala que o objetivo de um programa de treinamento da musculatura do assoalho pélvico é intensificar a força muscular, aumentar o volume da musculatura e, consequentemente, melhorar o suporte estrutural. Esse programa visa aprimorar a resistência das contrações, aperfeiçoar o tônus muscular em repouso, melhorar o recrutamento muscular por meio da aprimoração da função nervosa e propriedades das fibras musculares, além de melhorar a consciência cognitiva da postura corporal e do estado relaxado e não relaxado do assoalho pélvico.
Skaug et al., (2024) destacou a importância de avaliar o impacto do TMAP em mulheres praticantes de Crossfit com IUE. O estudo envolveu 47 mulheres, divididas em dois grupos: 22 no grupo TMAP e 25 no grupo controle. O programa TMAP era domiciliar, acompanhado por um fisioterapeuta que ensinou inicialmente a contração correta do MAP. O treinamento consistia em 3 séries de 8-12 contrações máximas diárias, com tempo de retenção de 6-8 segundos, realizadas em várias posições (deitada, em pé, sentada ou ajoelhada). O grupo controle não recebeu orientações sobre o assoalho pélvico e continuou com os treinos funcionais habituais sem exercícios específicos para o assoalho pélvico. Após 16 semanas, o TMAP demonstrou ser benéfico, melhorando os sintomas de IUE nas mulheres praticantes de exercícios físicos funcionais.
Em seu estudo recente, Bottini et al., (2024) investigou a eficácia da ginástica abdominal hipopressiva (GAH) em comparação com o TMAP em mulheres acometidas por IUE. Foram incluídas 31 mulheres, sendo divididas em 2 grupos: 16 mulheres no grupo TMAP e 15 mulheres no grupo GAH. No grupo do TMAP, o protocolo consistiu de 3-4 séries de 8-12 contrações voluntárias máximas sustentadas de 5-10 segundos em seguida 5 contrações rápidas, com intervalos de 6 segundos entre elas e 1 minuto entre as séries. No grupo GAH, as participantes realizavam inspirações lentas e sucessivas, depois expiração total e apneia de 10-25 segundos. Ambos os grupos fizeram 26 sessões, acontecendo 2 vezes por semana. Esse estudo concluiu que o TMAP é superior ao GAH, sendo considerado padrão ouro para o tratamento da IUE.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fisioterapia pode atuar na incontinência urinária por esforço feminina de forma totalmente conservadora, através da cinesioterapia, eletroterapia e terapias manuais. A população estudada neste estudo foram mulheres com diagnóstico de incontinência urinária por esforço, sendo incluídas mulheres com faixa etária a partir de 18 anos de idade, onde a IUE foi vista nessas mulheres a partir dos 30 anos de idade em todos os estudos. O tempo médio de tratamento dos estudos mostrou que os protocolos eram feitos em uma média de aproximadamente 9,75 semanas e envolvia protocolos de eletroterapia e cinesioterapia associados, sendo que a cinesioterapia se mostrou mais eficaz através do TMAP, que é considerado o padrão ouro para tratar a IUE. Conforme os estudos que foram revisados, podemos concluir que a fisioterapia atua de forma conservadora para reduzir a sintomatologia da IUE.
REFERENCIAS
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[1] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: borgesluzia46@gmail.com
[2] Fisioterapeuta, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: alvesiurii12@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0009-3024-4704
[3] Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde pelo Centro Universitário FMABC, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail carolgpinheiro@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-6327-1551
[4] Fisioterapeuta, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: jtiberiomoura@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0003-3165-1308
[5] Fisioterapeuta, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: matheusdonovansousa@gmail.com
[6] Fisioterapeuta, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: ruths7390@gmail.com
[7] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: karlasaraiva100@gmail.com
[8] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: aryelemaria18@gmail.com
[9] Acadêmico de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: itsgxbriel0@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8893-315X
[10] Fisioterapeuta, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: michelle_oros10@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0001-6627-7737
[11] Enfermeira, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: enfabrunaoliveiral@gmail.com
[12] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: lumamor21@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0001-8104-3568
[13] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: nogueirashirllei@gmail.com
[14] Acadêmica de Fisioterapia, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: vitoriaepfam@gmail.com
[15] Fisioterapeuta, Pós graduada em Saúde da Mulher, Centro Universitário Vale do Salgado, Icó, Ceará, Brasil. E-mail: wsannya@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0006-7601-7046