PERFORMANCE OF PHYSIOTHERAPY IN URINARY INCONTINENCE BY STRESS IN ELDERLY WOMEN: LITERATURE REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7335865
Adrianne da Costa Pereira1
Rebeca França da Silva
Profa. Dra. Thaiana Bezerra Duarte
Resumo
Introdução: Dentre as afecções do assoalho pélvico a Incontinência urinaria (IU) é definida como queixa de qualquer perda involuntária de urina, a fisioterapia na geriatria tem papel importante na prevenção, inibição e evolução do quadro de incontinência urinária, mantendo a qualidade de vida do idoso. Objetivo: revisar a literatura científica para identificar a atuação da fisioterapia na incontinência urinária por esforço em mulheres idosas. Materiais e método: Foi desenvolvida uma revisão de literatura, com buscas nas base de dados da Scielo, Pubmed, PEdro, Bireme, CAPES. Considerou-se nas bases de dados os estudos publicados através das seguintes palavras-chave: fisioterapia, incontinência urinária e idosas. Resultados: Foram incluídos 5 estudos na presente revisão. Para composição dos dados foram aplicados tratamentos fisioterapêuticos com essas idosas como: eletroterapia, cinesioterapia, exercícios de TMAP e biofeedback. Conclusão: Os resultados desta revisão de literatura demonstraram que um tratamento bastante eficaz é o TMAP, essa técnica visa o ganho da resistência de força e controle de contração muscular melhorando a sustentação do assoalho pélvico.
Palavras-chave: “Incontinência Urinária, idosa, fisioterapia.”
Abstract
Introduction: Among pelvic floor disorders, urinary incontinence (UI) is defined as a complaint of any involuntary loss of urine, physiotherapy in geriatrics plays an important role in preventing inhibition and evolution of urinary incontinence, maintaining the quality of life of the elderly. Objective: to review the scientific literature to identify the performance of physiotherapy in stress urinary incontinence in older women. Materials and method: A literature review was developed, with searches in the databases of Scielo, Pubmed, PEdro, Bireme, CAPES. The databases were considered the studies published using the following keywords: physiotherapy, urinary incontinence and the old. Results: Five studies were included in this review. For data composition, physical therapy treatments were applied with these women, such as electrotherapy, kinesiotherapy, TMAP exercises and biofeedback. Conclusion: The results of this literature review demonstrated that a very effective treatment is TMAP, this technique aims at gaining strength resistance and controlling muscle contraction by improving pelvic floor support.
Keywords: “Urinary incontinence, old people, physiotherapy.”
1. INTRODUÇÃO
As afecções do assoalho pélvico são situações que acometem mulheres em diferentes idades, porém, aquelas que se encontram no período do climatério, assim como mulheres que tiveram filhos em parto normal e com avança da idade, se tornam mais suscetíveis (PEREIRA et al, 2019).
Dentre as afecções do assoalho pélvico a Incontinência urinaria (IU) é definida como “queixa de qualquer perda involuntária de urina”, e se reflete em outros problemas de saúde, além de prejudicar a qualidade de vida (SILVA ARAUJO et al, 2017). O mecanismo da incontinência urinaria envolve sistema nervoso, o músculo da bexiga, os esfíncteres e o pavimento pélvico. Todo o sistema deve estar integro e sincronizado, proporcionando o equilíbrio entre as forças de expulsão e as forças de retenção de urina (SILVA ARAUJO et al, 2017).
A incontinência urinaria por esforço, cujo diagnóstico é definido quando a paciente relata que durante atividades físicas básicas, episódios de tosse espirros ou risos tem uma perda de urina, é o tipo mais frequente. A idade é um dos principais fatores de risco, pois a prevalência da IU aumenta consideravelmente após a menopausa (HIGA et al, 2008). Mas também podem estar associados a IU, doenças crônicas, aumento da massa corporal e até mesmo a prática da atividade física de alto impacto também está correlacionada com o desenvolvimento da IU. Em algumas teorias esses exercícios causariam um aumento da pressão intra-abdominal o que por sua vez sobrecarregaria os órgãos pélvicos e danificaria a musculaturas adjacentes (CAETANO et al, 2007). Deve-se deixar bem claro que em qualquer idade a incontinência urinaria não depende somente da integridade do trato urinário, mas também pode estar relacionada a fatores como: mobilidade, lucidez, doenças associadas ou qualquer outro comprometimento que o paciente possa apresentar (REIS et al., 2003).
A área da fisioterapia na geriatria tem papel importante na prevenção inibição e evolução do quadro de incontinência urinária, mantendo a qualidade de vida do idoso. A fisioterapia como tratamento da IU da idosa utiliza técnicas de exercícios para aquisição do fortalecimento muscular além de reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento (FUNASTSU; YCHIHARA; ELIAS,2011).
No tratamento fisioterapêutico a cinesioterapia por meio do treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP), tem sido considerada uma ferramenta chave utilizada no tratamento para o fortalecimento do assoalho pélvico (RODRIGUES, 2008). Os movimentos podem ser trabalhados de forma ativa e passiva, através de aparelhos especiais ou manualmente, executando diferentes seguimentos com auxilio de diversas metodologias especiais (RETT et al., 2007).
Para um tratamento eficaz é necessária uma interação terapeuta-paciente, com total dedicação tanto do profissional quanto do paciente. As reavaliações devem ser periódicas para que se possa progredir com o programa de exercício. Além de tudo orientações são necessárias ao paciente. Essas orientações incluem mudanças de hábitos alimentares, exercícios de fortalecimento dos músculos, entre outras condutas que podem ser utilizadas. A abordagem terapêutica deve ser individualizada. Todo o tratamento só pode ser montado após uma análise do caso, realização de testes para identificar o tipo de incontinência e diagnóstico definitivo para que se possa dar início ao tratamento após avaliação (CANDIDO et al., 2006).
Considerando-se a grande variedade de terapias atualmente disponíveis e os bons resultados clínicos alcançados, torna-se relevante a criação de políticas educativas que possam informar a população sobre essa situação e orientá-los a buscar profissionais de saúde, caso necessário (CANDIDO et al., 2006).
Diversas pesquisas realizadas comprovaram o aumento do número de idosas com incontinência urinaria por esforço a partir do período do climatério correspondente ao processo fisiológico de envelhecimento e a diminuição da produção hormonal, causando diminuição do tônus muscular do assoalho pélvico, onde tal acometimento geras alterações significativas na qualidade de vida. Entretanto há uma escassez de revisões enfocando o TMAP exclusivamente na população idosa, pois a grande maioria foca em outras faixas etárias. Portanto o objetivo deste estudo é verificar a literatura científica para identificar a atuação da fisioterapia na incontinência urinária por esforço em mulheres idosas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Foi desenvolvida uma revisão de literatura, com buscas nas base de dados da Scielo, Pubmed, PEdro, Bireme, CAPES. Considerou-se nas bases de dados os estudos publicados através das seguintes palavras-chave: fisioterapia, incontinência urinária e idosas, com publicações em língua portuguesa e língua inglesa no período de 2006 a 2022. Toda a busca pelos estudos nas bases de dados foi realizada em setembro de 2022.
Para critérios de inclusão foram selecionados estudos de intervenção que tivessem uma abordagem fisioterapêutica para tratamento de incontinência urinária por esforço em idosas. Nos critérios de exclusão foram desconsiderados estudos publicados antes de 2006, em idiomas diferentes de inglês e português e os apresentaram duplicidade.
Para a seleção dos artigos, colocou-se as palavras chaves nas bases de dados, excluiu estudos duplicados, leu-se titulo e resumo, aplicaram-se os critérios de inclusão e exclusão e foram selecionados os artigos para revisão.
3. RESULTADOS
Durante a pesquisa nas bases de dados foram encontrados 81 publicações que tinham como base as palavras chaves utilizadas no estudo, após seleção identificou-se que haviam 4 artigos estavam duplicados onde os mesmos foram excluídos. Em um segundo momento foram selecionados 77 artigos para leitura de titulo e resumo, utilizando os critérios de inclusão e exclusão 51 artigos foram excluídos pois 17 apresentavam outras faixas etárias, 16 artigos apresentavam somente tratamentos cirúrgicos e 18 artigos apresentavam apenas IU masculina. Após essa seleção 26 artigos foram separados para leitura na integra, após leitura 11 artigos apresentaram diferentes tipos de incontinência urinaria e 5 apresentaram apenas uma análise de prontuário das pacientes e 3 apresentaram apenas tratamento conservador. Sendo assim 5 estudos foram selecionados para compor a pesquisa realizada conforme apresentado na figura 1.
FIGURA 1 – Fluxograma do Estudo
A tabela 1 mostra a síntese da metodologia e dos resultados dos artigos encontrados no estudo.
TABELA 1 – Artigos Selecionados
AUTOR/ANO | TIPO DE ESTUDO | TIPO DE ESTUDO | METODOLOGIA | RESULTADOS |
OLIVEIRA; GARCIA (2011) | Estudo de intervenção | Verificar o efeito da cinesioterapia sobre a perda de urina diária | A coleta de dados foi realizada mediante avaliação fisioterapêutica e da qualidade de vida pré e pós-tratamento, de forma individual. , foi realizada uma comparação dos dados obtidos a partir da ficha de avaliação aplicados antes e no final do período de tratamento com a cinesioterapia e aplicado o teste de Wilcoxon,21 para comparar os escores do KHQ nos períodos antes e após tratamento. | Resultados obtidos, pode-se concluir que a cinesioterapia do assoalho pélvico foi positiva para obter melhoras reais e significativas sobre a perda de urina diária. |
RETT; SIMOES; HEERMANN; GURGEL (2007) | Ensaio clinico | Comparar a qualidade de vida antes e após o tratamento fisioterapêutico de mulheres com incontinência urinaria. | Foi realizado um ensaio clínico não controlado no período de outubro de 2003 a junho de 2004 com 26 mulheres que apresentavam queixa clínica predominantemente de IUE por hipermobilidade do colo vesical. Antes de iniciar o tratamento, todas as mulheres foram submetidas à avaliação ginecológica e estudo urodinâmico para excluir IUE por deficiência esfincteriana intrínseca da uretra, hiperatividade do detrusor e obstrução infra-vesical. Elas foram submetidas a 12 sessões de tratamento, realizadas duas vezes por semana, durante seis semanas consecutivas. As sessões foram individuais e com duração de 45 minutos. | Houve uma diminuição dos sintomas urinários, particularmente da frequência urinária, noctúria, urgência miccional e perdas urinárias aos esforços. |
SILVA; QUEIROZ; OLIVEIRA (2017) | Estudo de Intervenção | Caracterizar perfil e prevalência dos tipos de incontinência urinária em idosas e avaliar sua qualidade de vida pré- e pós-programa de treino de fortalecimento da musculatura pélvica. | Consistiu em sessões de cinesioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico, em 3 meses, 3 por semanas, em grupo, por 50 minutos. Antes das sessões, aplicação de três questionários: Gaudenz-Fragebogen, de análise do tipo de incontinência; King’s Health Questionnaire, de qualidade de vida; e Sociodemográfico. | Os resultados mostraram que a maioria era casada, com baixo nível de escolaridade, multíparas, com incontinência urinária de esforço. Apresentaram percepção de melhora pós-treino. Como conclusão: a cinesioterapia do assoalho pélvico, via treino de fortalecimento, mostrou-se eficaz para maior bemestar físicoemocional das participantes. |
SOUZA; OLIVEIRA; SILVA (2019) | Estudo de caso | Apresentar um estudo de caso sobre o tratamento fisioterapêutico em uma idosa com diagnóstico de incontinência. | Trata-se de um estudo de caso, exploratório, com abordagem qualitativa. O tratamento foi realizado em uma paciente idosa que foi submetida ao acompanhamento fisioterapêutico duas vezes na semana durante 3 meses. As condutas utilizadas eram eletroestimulação e cinesioterapia. Além desse acompanhamento a paciente também foi orientada a realização de TMAP para potencializar os resultados. | Observou-se que a idosa apresentou melhoras significativas na musculatura trabalhada, visto que foi relatada pela mesma a diminuição da frequência miccional após as sessões de atendimento. |
FREITAS; SCARPELINI; HADDAD (2014) | Relato de caso | Realizar avaliação e reavaliação após tratamento fisioterapêutico da incontinência urinária por esforço em mulheres idosas. | Trata-se de um relato de caso onde foram realizada avaliação fisioterapêutica e coletados os dados referentes ao perfil da paciente com diagnóstico médico de Incontinência Urinária de Esforço. Foram realizadas 10 sessões de fisioterapia, incluindo reeducação dos hábitos de vida, alongamento da musculatura do assoalho pélvico (MAP) cinesioterapia e utilização do aparelho Biofeedback Perina (marca Quark) para fortalecimento e conscientização. | Após as sessões com a reavaliação foi possível visualizar que a reabilitação do assoalho pélvico melhora a consciência destes músculos, melhora o controle miccional e melhora também a qualidade de vida da paciente com incontinência urinária de esforço. Ao final da intervenção, a paciente não apresentava nenhuma queixa de perda urinária. |
Essa revisão tráz dados referentes a 50 mulheres com idade média de 63 anos. Para composição dos dados apresentados foram realizados aplicação de questionários e tratamentos fisioterapêuticos com essas idosas. Os estudos destacaram idosas com principal queixa de incontinência urinaria por esforço, cujo tratamento realizado constituiu de aplicação de eletroterapia, cinesioterapia, exercícios de TMAP e biofeedback. Todos os protocolos utilizados nos estudos foram aplicados em um período entre 2 e 3 meses, 2 vezes na semana. A cinesioterapia foi o protocolo mais utilizado, pois promoveu um fortalecimento considerável da musculatura do assoalho pélvico e apresentou um efeito mais duradouro. Todos os resultados dos estudos mostraram que a fisioterapia proporcionou resultados bastante positivo para a melhoria da qualidade de vida da idosa com incontinência urinaria por esforço e se mostrou indispensável no tratamento desta patologia.
4. DISCUSSÃO
Com base no estudo realizado identificou-se que um número significativos de mulheres idosas que sofrem de disfunções do assoalho pélvico. Entres as disfunções, a IUE é a que necessita de uma maior atenção, pois mesmo sendo tão frequente ainda necessita de mais estudos a serem realizados. Nas pesquisas realizadas nas bases de dados, observou-se que a fisioterapia tem grande contribuição na melhora da qualidade de vida dessas mulheres. Grande parte dos tratamentos foram realizados em um período de 3 meses, um total de 50 idosas participaram dos estudos onde todas elas apresentavam IUE e nunca haviam realizados qualquer tipo de tratamento. A maioria dos estudos demonstraram que os programas TMAP para mulheres com IU obtiveram resultados significativos. Programas educacionais preventivos, como o ensino correto do TMAP, regimes moderados de exercícios físicos combinados, podem evitar maiores danos na musculatura do assoalho pélvico. De acordo com Faiena et al. (2015), o tratamento com TMAP promove diminuição da perda urinária e uma melhor QV das mulheres, sendo mais propensas a melhora dos sintomas e a cura da IUE. A partir das informações apresentadas até o momento, evidencia-se como a fisioterapia é eficiente no tratamento da desordem de IU. As perdas urinárias passam a ser minimizadas, pois a incontinente consegue controlar e melhorar a força do assoalho pélvico, aprimorando o seu controle corporal e aumentando sua qualidade de vida (GLISOI et al., 2011).
Nos estudos realizados por Oliveira e Garcia (2011) em um grupo de idosas, relatouse na avaliação fisioterapêutica, que durante episódios de tosses, espirros ou mudanças de posição há uma perda significativa de urina. A alta prevalência de IU entre as idosas pode possivelmente ser explicada pelo somatório dos efeitos do hipoestrogenismo próprio do período pós-menopausa e do envelhecimento, que proporcionam efeitos deletérios no trato urogenital feminino. Mas após a realização das sessões de fisioterapia utilizando exercícios específicos para a musculatura do assoalho pélvico, houve uma melhora significativa nos sinais e sintomas referidos bem como na qualidade de vida.
No ensaio clinico realizado por Rett e Simões (2007), além da cinesioterapia utilizouse também biofeedback eletromiográfico e as pacientes responderam ao questionário King´s Health Questionnaire (kHQ) antes e após tratamento. Após toda a coleta de dados, avaliação realizada e tratamento aplicado, os resultados também foram positivos mas ainda assim o estudo aposta em um tratamento conservador e apenas a melhora da qualidade de vida dessas mulheres. Na intervenção realizada por Silva, Queiroz e Oliveira (2017), o objetivo era caracterizar o perfil e prevalência dos tipos de incontinência urinária e avaliar a qualidade de vida pré e pós – programa de treino de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico. Todo o tratamento foi realizado por três meses com sessões 3 vezes na semana por 50 minutos. Durante todo o processo de tratamento realizado a maioria das participantes demostrou que não nunca tinha realizado fisioterapia do assoalho pélvico, o programa de treinamento era uma novidade para as idosas e elas relataram que obtiveram melhoras no controle da micção, redução das dores nas pernas e na coluna vertebral. Portanto este estudo também demostra a importância da fisioterapia no tratamento da incontinência urinária.
No estudo de caso realizado por Souza e Oliveira (2019), traz um tratamento em uma idosa realizado 2 vezes na semana, com duração média de 60 minutos de atendimento, a partir de uma conduta que envolveu: eletroestimulação e cinesioterapia. A conduta proposta teve o objetivo de assistir a paciente de forma ampliada, considerando não somente a questão da IU, mas ainda com o objetivo de preservar e incrementar a funcionalidade e autonomia da paciente. Logo os exercícios tiveram a finalidade de trabalhar também a flexibilidade global, fortalecimento muscular, postura, equilíbrio e condicionamento respiratório, proporcionando um envelhecimento mais ativo para a paciente. Vale ressaltar que foi orientada a realização de exercícios domiciliares, focado principalmente nos exercícios de TMAP, com o objetivo de potencializar os resultados esperados. O objetivo principal deste estudo foi demonstrar o quanto a fisioterapia pode proporcionar a melhoria das condições clínicas ligadas a IU na idosa, e consequentemente, a melhoria da qualidade de vida do mesmo, mostrando-se indispensável no tratamento desta patologia. O uso de exercícios de TMAP como orientação domiciliar também possibilita a diminuição das complicações da incontinência urinária facilitando uma melhor recuperação. Com o mesmo método de tratamento Freitas, Scarpelini e Haddad (2014), apenas acrescentam ao seu tratamento orientações sobre anatomia e funcionamento da musculatura do assoalho pélvico e como esses músculos serão exercitados. Eles acreditam que é importante a paciente ter noção de como funciona cada estrutura de seu corpo para que o tratamento seja eficaz. É válido ressaltar que a prevenção da incontinência urinária deve estar inclusa no tratamento e planejamento do profissional. Deste modo, ele deve orientar seus pacientes a respeito dos hábitos comportamentais que ocasionam o desenvolvimento de incontinência. Além disso, é necessário transmitir as informações anatômicas do funcionamento urogenital e intestinal, apontando as transformações decorrentes no envelhecimento (PINCELLI et al., 2014).
Portanto observou-se que todos os estudos mostram resultados positivos em relação a tratamentos fisioterapêuticos para incontinência urinaria. As idosas que participaram dos estudos tiveram uma ótima adesão ao tratamento, participantes realizaram todo o protocolo proposto para que obtivessem um resultado satisfatório. O tratamento fisioterapêutico tem como objetivo a melhora ou a cura da perda da urina, visando a prevenção por meio da educação da função miccional, informação a respeito do uso adequado da musculatura do assoalho pélvico, bem como o aprendizado de técnicas e exercícios para aquisição do fortalecimento muscular, sendo objetivo principal da fisioterapia a reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento (PREVIATTO et al., 2013). Considerando o envelhecimento geral da população e o fato de a idade ser um fator de risco para a IU, um entendimento quanto à prevalência dessa disfunção em idosas é importante para a criação de estratégias terapêuticas direcionadas para este grupo da população. (PAIVA et al., 2018)
5 CONCLUSÃO
A fisioterapia tem desenvolvido um papel significante na incontinência urinária, visto que é uma condição na qual acomete na sua grande maioria das mulheres A perda de urina em sua grande maioria ocorre durante esforço como tosse e incapacidade de conter a urina e ambas as condições implicam na saúde e bem-estar da mulher.
Os resultados desta revisão de literatura demonstram que um tratamento bastante eficaz é o TMAP, essa técnica visa o ganho da resistência de força e controle de contração muscular melhorando a sustentação do assoalho pélvico. Durante todas as sessões as pacientes demostraram bastante interesse na realização dos exercícios, a adesão foi bastante positiva, e os resultados foram bem satisfatórios. As pacientes realizaram os exercícios entre duas a três vezes na semana e a além do acompanhamento com fisioterapeuta também foram orientadas quanto a há mudanças em alguns hábitos de vida para que o tratamento fosse mais eficaz.
Portanto o tratamento fisioterapêutico deve ser composto por várias técnicas que acarretam em adequada conscientização corporal, fortalecimento muscular e prevenção de possíveis patologias decorrentes, proporcionando conscientização e melhora na qualidade de vida desta população.
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1Artigo Científico apresentado como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Fisioterapia pelo curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Norte – UNINORTE.
Orientador (a): Profa. Dra. Thaiana Bezerra Duarte