ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CRISE PSICÓTICA NO PRONTO SOCORRO

NURSING TEAM’S CARE FOR THE PATIENT IN PSYCHOTIC CRISIS IN THE EMERGENCY ROOM

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10113520


Daniele Silva Menezes Gomes¹
Luciene Gomes Ribeiro Cruz¹
Míriam Furtado de Melo Aguiar¹
Allan Bruno de Souza Marques²


RESUMO

O Surto psicótico é a perda de conexão total com a realidade, tendo como traços, delírios, alucinações, gerando atitudes incoerentes e indesejadas. Foi observado que pacientes psicóticos sofrem de desiquilíbrio com situações básicas em seu dia a dia, seja pelo seu biológico, sociológico ou psicológico, sendo necessário o olhar holístico para enxergar quais cuidados que o paciente necessita. A equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental e crucial nos cuidados a esse grupo, visando métodos de intervenção, cuidados e estratégias para um atendimento digno e humanizado, tendendo a minimizar os danos causados pelos transtornos psíquicos. Objetivo: Analisar a atuação e dificuldades do enfermeiro no atendimento ao paciente em crise psicótica no Pronto Socorro, e como objetivos específicos descrever as atribuições do enfermeiro, pontuar as dificuldades e desafios existentes. Método: Trata-se de uma revisão de literatura que se fundamenta na análise de informações provenientes de fontes bibliográficas produzidas nos últimos 5 anos. Resultados e Discussão: Diante da análise dos estudos selecionados foi possível discutir acerca da identificação das dificuldades e riscos da equipe de enfermagem, bem como a falta de estrutura e educação continuada voltada para o paciente em surto. Conclusão: O profissional Enfermeiro desempenha funções primordiais na assistência ao paciente em surto, acompanhando o caso do início ao fim do atendimento, trabalhando de forma holística, com intuito de atender as necessidades do paciente e promovendo assim uma assistência digna e humanizada.

Palavras-chave: Surto psicótico. Enfermeiro. Atendimento. Paciente. Dificuldades.

ABSTRACT

Psychotic outbreak is the complete disconnection from reality, characterized by delusions and hallucinations, leading to incoherent and undesirable behaviors. It has been observed that psychotic patients experience imbalances in their day-to-day life, whether due to biological, sociological, or psychological factors, necessitating a holistic approach to identify the care required by the patient. The nursing team plays a fundamental and crucial role in caring for this group, aiming to implement intervention methods, care, and strategies for a dignified and humane treatment, seeking to minimize the harm caused by psychiatric disorders. Objective: To analyze the role and challenges of nurses in providing care to patients in psychotic crisis in the Emergency Room, with specific objectives to describe the nurse’s responsibilities and pinpoint existing difficulties and challenges. Method: This is a literature review that is based on the analysis of information from bibliographic sources produced in the last 5 years. Results and Discussion: Through the analysis of selected studies, it was possible to discuss the identification of the difficulties and risks faced by the nursing team, as well as the lack of structure and continuous education focused on patients in crisis. Conclusion: The nursing professional plays a crucial role in assisting patients in crisis, accompanying the case from the beginning to the end of treatment, working holistically, with the aim of meeting the patient’s needs and thus providing dignified and humane care.

Keywords: Psychotic outbreak. Nurse. Care or treatment. Patient. Challenges or difficulties.

1. INTRODUÇÃO

Surto psicótico é a perda de conexão total com a realidade, tendo como traços, delírios, alucinações, gerando atitudes incoerentes e indesejadas. No momento das crises é muito comum comportamentos agressivos podendo colocar em risco tanto a vida da pessoa em crise como de outras pessoas que estejam próximas. Foi observado que pacientes psicóticos sofrem de desiquilíbrio com situações básicas em seu dia a dia, seja pelo seu biológico, sociológico ou psicológico, sendo necessário o olhar holístico para enxergar quais cuidados que o paciente necessita. A preocupação exagerada, vida agitada, poucas horas de sono, ausência de empatia, ansiedade, incapacidade de se relacionar, pode ser uma porta de entrada para gerar uma crise psicótica (JUNIOR, et. al.,2019).

A psicose constitui- se de inúmeros conceitos, a crise é diagnosticada por desenvolver inúmeros sentimentos, causando assim uma oscilação na autoestima, estando presente no cotidiano do âmbito da saúde mental. Sentimentos de dor, martírio, angustia, ansiedade, alegria, doenças, afetam ao paciente ao mesmo tempo, gerando momentos de grande intensidade, incerteza, sendo assim inevitáveis suas manifestações. (KRACHENSKI, et al.,2019)

O surto psicótico ocorre com mais frequência nos distúrbios psiquiátricos graves, em que acontece a perda total ou parcial da realidade através dos delírios e/ou alucinações, estas psicoses podem ter origem de lesões cerebrais, álcool, uso de drogas em excesso ou um conjunto de doenças mentais como esquizofrenia, paranoia e psicose maníaca depressiva são doenças que causam a pré-disposição para a ocorrem dos surtos (CARVALHO, 2019).

Os desafios relacionados à saúde mental representam um dos principais problemas de saúde na sociedade contemporânea. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia da Covid-19 desencadeou uma crise global no campo da saúde mental. Estimativas apontam que os casos de ansiedade e depressão aumentaram em cerca de 25%, ao mesmo tempo em que muitos programas de tratamento foram suspensos. É projetado que, nas duas próximas décadas, a depressão se torne a condição de saúde mais prevalente em todo o mundo, afetando um número maior de indivíduos do que qualquer outra doença, até mesmo superando o câncer e as doenças cardíacas em termos de incidência (OMS, 2023).

Para entender a relação multifatorial do sofrimento psíquico, é importante avaliar dados epidemiológicos do Brasil que confirmam as significativas disparidades relacionadas a raça, classe social, economia, gênero e orientação sexual que impactam a saúde das diversas populações de maneira distinta. Isso resulta em diferentes níveis de acesso à assistência médica, bens e serviços, qualidade de vida, oportunidades de trabalho, educação, habitação e outros fatores (IBGE, 2019).

O Sistema Único de Saúde (SUS) realizou, entre os anos de 2019 e 2021, quase 60 milhões de atendimentos em saúde mental nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de todo o Brasil (BRASIL, 2022).

Portanto, a compreensão de que a saúde mental é influenciada pelas variáveis históricas e culturais, torna-se imperativo direcionar esforços para implementar estratégias que considerem o papel das determinantes sociais na saúde e nas doenças, levando em conta as perspectivas de raça, classe social, gênero e orientação sexual (OMS, 2021).

Hoje os Pronto Socorros que prestam atendimento geral não contam com a atuação de uma equipe especialista em psiquiatria, e a falta de manejo no atendimento a pacientes em surto psicóticos nos centros de urgência/emergência acabam implicando na assistência de qualidade. E dentro desta perspectiva, a referida pesquisa tem como objetivo principal revelar protocolos que versam sobre atendimento a pacientes em surto psicótico, bem como descrever as dificuldades dos profissionais da saúde em atender a esse público de pacientes e mostrar a atuação da Enfermagem na contribuição de uma assistência de qualidade a pacientes em surtos psicóticos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica acerca do conhecimento científico produzido sobre Atuação da equipe de enfermagem ao paciente em crise psicótica no pronto socorro. Essa revisão fundamenta-se em uma análise aprofundada da literatura possibilitando discussões acerca do determinado tema assim como reflexões para base de futuros estudos.

Para realização da pesquisa foram utilizadas bases de dados MediLine, Scientific Eletronic Librany Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico.

Foram utilizados os seguintes descritores da saúde (DECS): Saúde Mental, Atendimento na emergência, Surtos psicóticos, crises psicóticas, protocolo de atendimentos, psiquiatria, cronologia histórica.

De acordo com os critérios de inclusão, foram selecionados: artigos eletrônicos disponíveis nas bases de dados supracitadas, que versam um atendimento mais humanizado e com uma assistência mais de qualidade a pacientes em crises psicóticas e a dificuldade dos profissionais de enfermagem em atender esses pacientes, que dispunham de texto completo com data de publicação prioritariamente entre 2018 e 2023 e disponíveis na língua portuguesa e português de Portugal. Na pesquisa inicial foram encontrados artigos 40 e destes,16 foram selecionados, pois continham os conteúdos de interesse dessa pesquisa.

Foram descartados artigos que não fossem ao encontro da temática proposta, que não contivessem conteúdos relevantes para os objetivos propostos, que não estivessem completos eletronicamente e artigos que não cumpriam o requisito de serem publicados nos últimos 5 anos.

3. RESULTADOS/DISCUSSÃO

Após análise em base de dados utilizando os descritores desta pesquisa e leitura reflexiva para desfecho do estudo e alcance dos objetivos propostos, o presente estudo foi organizado em 3 pilares do saber que se descrevem a seguir:

3.1. Protocolos que versam sobre atendimento a pacientes em surto psicótico

O protocolo de contenção ao paciente em surto psicótico tem a finalidade de garantir um monitoramento, implementação e definição de critérios que se justificam através das aplicações das condutas da assistência multiprofissional ao paciente com agitação psicomotora ou agressividade. O manejo de pacientes agitados requer habilidades diversas por parte da equipe de enfermagem, além de agilidade e coordenação. Esses cuidados prestados devem ser realizados de forma humanizada, quando as intervenções verbais, não verbais e medicamentosas discretas não são suficientes para o controle da situação. (DIVISÃO DE ENFERMAGEM/ DASP/ SAÚDE MENTAL, 2018).

De acordo com o estudo de Rose, et al. (2019), foi evidenciado que os protocolos que norteiam os atendimentos a surtos psicóticos estão estruturados na questão da contenção mecânica ou medicamentosa, dessa forma é notória a capacidade de manejar de forma assertiva e segura, tanto que o autor diz que a realização da contenção ao paciente deve ser vista como uma proteção contra riscos, danos e agravos, visando primeiramente a segurança do paciente. A contenção deve ser levada em conta a observação e mudanças físicas e psicológicas e de repercussões que a enfermidade pode trazer. O procedimento deve ser realizado de forma cuidadosa e precisa, seguindo critérios bem estabelecidos, a fim de garantir a segurança do paciente e evitar possíveis complicações.

Para realização dos procedimentos de contenção ao paciente em surto psicótico há necessidade de uma equipe preparada e especializada na situação do surto. Cada instituição segue um tipo de protocolo, o mais importante é que a equipe conheça e seja bem treinada e capacitada para desempenhar funções necessários para o atendimento ao paciente que necessita muitas vezes do uso da força mecânica ou física para acalma-lo. Entende-se por contenção física a imobilização do paciente sendo utilizada para segurar, conduzir e restringir os movimentos físicos, realizado pela equipe multiprofissional, com a finalidade de evitar o ato violento ou de autoagressão do mesmo, na maioria das vezes como último recurso em pacientes que estejam em quadros de agitação psicomotora, para uma técnica de qualidade é indicada que no mínimo cinco profissionais capacitados e treinados a realizem de maneira eficaz e visando pela segurança do paciente (OLIVEIRA, et al., 2021).

A contenção mecânica é um procedimento utilizados em situações especificas, por exemplo, quando a contenção física não é suficiente para controlar a movimentação de pacientes. Ela é realizada por qualquer um dos integrantes da equipe multiprofissional. Sendo realizada por meio de uso de faixas de couro ou tecido, que são fixadas nos membros superiores e inferiores (punhos e tornozelos), com o objetivo de mantê-lo seguro e evitar que ele se machuque ou machuque outras pessoas. Esse procedimento é aplicado de forma cuidadosa, respeitando a individualidade do paciente e seguindo os critérios de segurança afim de contê- lo mantendo a linha de um atendimento humanizado. (MAXIMO, et al., 2019).

É importante destacar que o paciente sob contenção mecânica deve receber cuidados como: hidratação, o que é muito relevante, pois no momento da alteração de comportamento ele apresenta sudorese intensa; observar os pontos de imobilização uma vez que poderão ocorrer ferimentos sem adequada proteção, como queimaduras, fricções e lesões (MÁXIMO, et al., 2019).

Já a contenção medicamentosa entende- se pelo uso de uma medicação para manuseio de pacientes nervosos e inquietos, podendo ser administrada por via oral (VO), intramuscular (IM) e endovenosa (EV), sendo essas sedações utilizadas como uma forma de acalmar o paciente o mais rápido possível, reduzindo os referidos riscos, permitindo o prosseguimento da avaliação diagnóstica ou da abordagem medicamentosa (ALDAÇARA, et al., 2021).

Alguns exemplos (Tabela 1) de medicamentos utilizados em surtos psicóticos:

Tabela 1 – Medicamentos

Fonte: JBMEDE – Jornal Brasileiro de Medicina de Emergência (2021)

Em concordância com o artigo supracitado, Souza, et al. (2019), evidencia que as práticas de contenção física e medicamentosa ocorrem de forma rotineira, sendo utilizadas como as únicas medidas durante a assistência prestada aos pacientes em crise, deixando de fora o lado mais humanizado, de um tratamento mais continuo e de uma atenção mais minuciosa.

Mas por outro lado a equipe de enfermagem tem o olhar para o indivíduo de uma forma mais humana, levando em consideração seu atendimento como único, voltado para um atendimento de escuta clara e precisa, com uma continuidade em um atendimento terapêutico, onde a empatia se faz necessária, pois o paciente passa a ser assistido de forma integral, levando assim a prestação de uma assistência humanizada e consequentemente, qualificada (SOUZA, et al., 2018).

3.2. Dificuldades dos profissionais da saúde em atender pacientes em surto psicóticos

É importante ser investigado o motivo do aumento do adoecimento mental da população mundial. Por exercer um cuidado continuo, a equipe de enfermagem inicia a assistência ao paciente e faz parte do processo do cuidado ofertado, acompanhando do início ao fim do tratamento, ofertando intervenções que devem ser postas em pratica de forma imediata, visando assim menores prejuízos à saúde do paciente (MAES, et al., 2023).

As dificuldades que a equipe de enfermagem encontra na unidade de emergência psiquiátrica são desafiadoras, a falta de estrutura e recursos comprometem diretamente no cuidado oferecido. E importante que a equipe de enfermagem esteja capacitada para oferecer uma assistência digna que atenda às necessidades do paciente, de maneira única e humanizada. (AZEVEDO, et al., 2019).

Para que haja a diminuição na má assistência é necessário que os profissionais estejam atualizados em seus conhecimentos, com matérias a disposição para a oferta apropriada, imprescindível para um bom prognóstico. (PEREIRA, et al., 2019).

Os protocolos são ferramentas que ajudam a profissionais enfermeiro ao exercício assistencial. A falta de domínio sobre farmacocinética e a farmacodinâmica dos medicamentos se torna uma dificuldade na aplicação dos protocolos medicamentoso por meio da equipe de enfermagem. O erro é entendido como uma infração ética cometida por meio da ação, omissão ou conivência, que resulte em descumprimento do que está preconizado no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (DAMASCENA, 2022).

3.3. Atuação da Enfermagem na contribuição de uma assistência de qualidade a pacientes em surtos psicóticos

Em conformidade com a análise de Souza, a crise psíquica é relacionada ao contexto de situações urgentes ou emergenciais, exigindo assistência imediata. Os principais desafios compreendem episódios de surtos psicóticos, tentativas de autodestruição, distúrbios cognitivos, estados maníacos, sentimentos de depressão, reações ao estresse e diversas síndromes (SOUZA et al., 2019).

A discussão em torno do atendimento a grupos vulneráveis é um assunto relevante que merece atenção na esfera acadêmica da enfermagem. Essa reflexão contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico e científico, contrapondo-se ao senso comum. É de extrema importância que a enfermagem esteja adequadamente preparada, tanto em termos de competências técnicas quanto emocionais, para fornecer cuidados eficazes às pessoas com transtornos mentais e suas famílias. Isso envolve uma compreensão profunda do seu papel e a construção de práticas mais eficazes no que se refere aos serviços de assistência (MARQUES et al., 2023).

A enfermagem deve contribuir com empatia genuína baseada no respeito à singularidade e individualidade do outro. A escuta terapêutica emerge como uma tática de comunicação que facilita a compreensão do paciente, promovendo seu desenvolvimento de maneira satisfatória. Portanto, é crucial que os profissionais estejam aptos a oferecer apoio emocional e assistência prática ao paciente, permitindo que ele se sinta identificado e desenvolva confiança na equipe de atendimento (NUNES, et al., 2020).

No contexto de cuidados em saúde a pacientes em suto psicótico, é fundamental que o profissional mantenha uma postura profissional, oferecendo suporte sem julgamentos e demonstrando empatia. Deve servir como um elo entre a pessoa em sofrimento psicológico e seu desconforto, buscando compreender delírios ou alucinações, se presentes, e orientando diante de comportamentos inadequados para aliviar os sintomas. Além disso, é crucial priorizar a humanização do cuidado, esclarecendo procedimentos, utilizando técnicas de comunicação eficaz e estabelecendo vínculos com a pessoa em sofrimento. A escuta terapêutica desempenha um papel essencial no atendimento a crises psiquiátricas, permitindo compreender os significados por trás das falas, sem emitir juízos morais (POLAKIEWICZ, 2021).

O cuidado integral deve valorizar tanto a mente quanto o corpo da pessoa, a enfermagem tem o dever, no que diz respeito ao uso de medicamentos, orientar a pessoa sobre os benefícios e os possíveis efeitos colaterais, enfatizando que eles podem contribuir para uma melhor qualidade de vida e alívio dos sintomas agudos. A contenção terapêutica, seja espacial, física ou farmacológica, deve ser realizada somente com fins terapêuticos, sob avaliação médica e com prescrição adequada. A proteção do paciente é fundamental, especialmente no caso da contenção física, para evitar lesões. A contenção farmacológica visa proporcionar tranquilidade ao paciente por meio de sedação leve ou sonolência, quando necessário (SOUZA, et al., 2019). Nessa perspectiva, o enfermeiro, que atua como parte fundamental da equipe multiprofissional ao depara com indivíduos que enfrentam desafios de saúde mental, deve adotar um acolhimento de alta qualidade, livre de preconceitos em relação a essa condição. Isso deve ser feito com base nas orientações que promovem o fortalecimento do modelo antimanicomial (BARROS, et al., 2023).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As ferramentas operacionais facilitam a vida de todo profissional, para isso há necessidade de investimento com educação continuada. A falta de preparo para o desempenho profissional se faz inimigo da classe trabalhadora da Enfermagem, causando pouca evolução da categoria nos assuntos abordados. Por tanto, se faz necessário maior empenho dos profissionais de Enfermagem em sua educação continuada, sendo hábil para prestação de uma assistência especialista no cuidado e individualizada, visualizando as necessidades do paciente. Para realização dos procedimentos de contenção ao paciente em surto psicótico há necessidade de uma equipe preparada e especializada na situação do surto psicótico. Cada instituição segue um tipo de protocolo, o mais importante é que a equipe conheça e seja bem treinada e capacitada para desempenhar funções necessários para o atendimento ao paciente que necessita muitas vezes do uso da força mecânica ou física para acalma-lo. A atualização e disseminação do conhecimento sobre o assunto é necessário para a melhora continua da categoria e ao processo do cuidar.

O profissional Enfermeiro desempenha funções primordiais na assistência ao paciente em surto, acompanhando o caso do início ao fim do atendimento, trabalhando de forma holística, com intuito de atender as necessidades do paciente e promovendo assim uma assistência digna e humanizada.

Em vista disso, concluímos que cabe a equipe de Enfermagem a Assistência ao paciente em surto, assim também como o processo do cuidado ofertado, sendo necessário a categoria atenção ao assunto abordado, visando melhoria e avanço das técnicas desempenhadas por toda categoria.

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1 Graduanda do curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UniLS. E-mail: @lseducacional.com

1 Graduanda do curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UniLS. E-mail: @lseducacional.com

1 Graduanda do curso de Bacharel em Enfermagem / Centro Universitário UniLS. E-mail: @lseducacional.com

2 Professor orientador do Centro Universitário UniLS no curso de Enfermagem. E-mail: @unils.edu.br