ATOMOXETINE: A REVIEW ON USE IN THE TREATMENT OF ATTENTION DEFICIT HYPERACTIVITY DISORDER (ADHD)
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411300643
Cátia Laís de Paula
Orientadora: Vanessa Maira Rizzato Silveira
Orientadora: Bruna Marcal Guidoti
Orientadora: Priscila Fachini Nogarini
Resumo
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando o desenvolvimento e a vida social dos pacientes. A atomoxetina, um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, tem sido utilizada como uma opção de tratamento não estimulante para o TDAH. Diante do exposto, este estudo visa revisar o uso da atomoxetina no tratamento de indivíduos com TDAH, abordando sua eficácia, perfil de segurança e impacto na qualidade de vida dos pacientes. A metodologia empregada foi uma revisão bibliográfica de estudos publicados entre 2020 e 2024, nas bases de dados PubMed, SciELO e BVS, utilizando termos como “TDAH”, “atomoxetina”, “tratamento” e “eficácia”. Os resultados demonstraram que a atomoxetina apresenta um perfil positivo em termos de eficácia clínica, com melhora significativa nos sintomas de atenção e hiperatividade, especialmente em pacientes que não respondem bem a medicamentos estimulantes. Além disso, os estudos revisados apontaram um baixo risco de dependência e efeitos colaterais controláveis, sendo bem tolerada por adultos e crianças. Conclui-se que a atomoxetina é uma alternativa eficaz e segura no manejo do TDAH, principalmente para pacientes com contraindicações ao uso de estimulantes. No entanto, novos estudos de longo prazo são necessários para melhor compreender seu impacto em diferentes subgrupos de pacientes.
Palavras-chave: Atomoxetina. TDAH. Tratamento não estimulante. Eficácia.
1 INTRODUÇÃO
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, manifestando-se principalmente durante a infância e frequentemente persistindo até a fase adulta. Caracterizado por sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, o TDAH impacta de forma significativa a vida acadêmica, social e profissional dos indivíduos. Embora os critérios diagnósticos estejam bem estabelecidos, o manejo terapêutico do TDAH continua sendo objeto de pesquisa, em busca de tratamentos eficazes e com menos efeitos adversos (LEMOS & DE ASSIS, 2024).
O tratamento farmacológico do TDAH historicamente foi dominado pelo uso de medicamentos estimulantes, como o metilfenidato e as anfetaminas, que agem promovendo o aumento de dopamina e noradrenalina no cérebro, neurotransmissores cruciais para a regulação da atenção e controle de impulsos. Embora eficazes, esses medicamentos apresentam limitações, como o potencial de abuso, dependência e uma variedade de efeitos colaterais, incluindo insônia, perda de apetite e aumento da pressão arterial. Esses aspectos tem levado a comunidade científica e médica a buscar alternativas terapêuticas, especialmente para pacientes que não respondem bem aos estimulantes ou que apresentam contraindicações ao seu uso (DA SILVEIRA FERREIRA et al., 2024).
Uma dessas alternativas é a atomoxetina, um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, aprovado pela primeira vez para o tratamento do TDAH no início dos anos 2000. Diferentemente dos estimulantes, a atomoxetina não atua diretamente sobre o sistema dopaminérgico e, portanto, apresenta um risco reduzido de abuso e dependência. Isso a torna uma opção atraente, principalmente para pacientes com histórico de dependência ou com condições clínicas que dificultam o uso de estimulantes. Além disso, a atomoxetina tem se mostrado eficaz não apenas no manejo dos sintomas de desatenção e impulsividade, mas também em melhorar o comportamento e o desempenho escolar de crianças e adolescentes, assim como o funcionamento social e ocupacional de adultos (DOS SANTOS CARVALHO et al., 2024).
Diversos estudos tem investigado a eficácia e segurança da atomoxetina, revelando resultados positivos, principalmente para pacientes que não se beneficiam de medicamentos estimulantes. Contudo, a atomoxetina também não é isenta de efeitos adversos, que incluem náusea, fadiga, sonolência e, em alguns casos, irritabilidade. Apesar disso, a maior parte das pesquisas sugere que esses efeitos são mais manejáveis em comparação aos associados aos medicamentos estimulantes. Ainda assim, há um debate sobre qual seria a melhor população-alvo para o uso da atomoxetina, e a decisão terapêutica frequentemente depende de uma avaliação cuidadosa dos perfis clínicos dos pacientes (BESSA et al., 2024).
A literatura também levanta questões sobre o uso da atomoxetina em combinação com outras terapias, incluindo intervenções comportamentais. Vários autores argumentam que, embora a atomoxetina apresente benefícios clínicos substanciais, o tratamento combinado com abordagens não farmacológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, pode potencializar seus efeitos e promover uma melhoria mais ampla na qualidade de vida dos pacientes. Além disso, em muitos casos, a combinação de terapias é necessária para tratar comorbidades frequentemente associadas ao TDAH, como transtornos de ansiedade e depressão, que também afetam o curso da doença e a resposta ao tratamento (DA SILVA COSTA & DE MELO PORTO, 2022).
Apesar do crescente corpo de evidências que apoia o uso da atomoxetina, ainda existem lacunas significativas no conhecimento sobre sua ação em longo prazo e seu impacto em populações específicas, como idosos ou pessoas com múltiplas comorbidades. O TDAH é uma condição complexa e multifacetada, e seu tratamento requer uma abordagem individualizada e dinâmica, que leve em consideração não apenas a redução dos sintomas, mas também a melhoria da funcionalidade global do paciente. Por isso, a avaliação contínua das abordagens terapêuticas é essencial para garantir a eficácia do tratamento a longo prazo (DE SOUSA, CAVALCANTE & LIMA, 2024).
A problemática que motiva o presente estudo está relacionada à busca por alternativas terapêuticas que sejam seguras e eficazes para o tratamento do TDAH, principalmente para os pacientes que não podem utilizar medicamentos estimulantes. A atomoxetina, sendo um medicamento não estimulante, emerge como uma opção promissora, mas ainda existem incertezas sobre seu perfil de eficácia comparado a outras opções disponíveis no mercado. Além disso, a necessidade de pesquisas que explorem a atomoxetina em diferentes faixas etárias e em pacientes com comorbidades reforça a relevância do estudo (LEMOS & DE ASSIS, 2024).
Diante do exposto, este artigo visa realizar uma revisão da literatura sobre o uso da atomoxetina no tratamento do TDAH, com foco na eficácia clínica, segurança e impacto na qualidade de vida dos pacientes. O estudo pretende contribuir para o entendimento da atomoxetina como uma alternativa terapêutica, fornecendo uma análise comparativa com outros medicamentos utilizados no manejo do TDAH, como o metilfenidato, e destacar as condições em que o uso da atomoxetina pode ser mais adequado.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Definição, Sintomas e Impactos
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que afeta uma significativa parcela da população mundial, principalmente crianças e adolescentes, com prevalência estimada entre 3% e 7% em idade escolar (FONTES et al., 2024). O TDAH caracteriza-se por um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade que interfere no desenvolvimento e nas funções sociais e acadêmicas dos indivíduos. Devido à sua complexidade e ao impacto generalizado em várias esferas da vida, o TDAH tem sido um tema amplamente pesquisado nas últimas décadas, sobretudo no que se refere às opções de diagnóstico e tratamento.
O diagnóstico do TDAH é baseado em critérios clínicos estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que destaca sintomas como dificuldades em manter o foco, comportamento inquieto e problemas com o controle de impulsos. Contudo, a identificação precoce do transtorno ainda enfrenta desafios, especialmente devido às manifestações variadas dos sintomas, que podem ser confundidas com comportamentos normais de crianças e adolescentes (DE SOUZA KIRSTEN, 2023). O diagnóstico inadequado ou tardio pode agravar as dificuldades experimentadas por esses indivíduos, incluindo baixo desempenho escolar, problemas de relacionamento e, em casos mais graves, comorbidades psiquiátricas, como ansiedade e depressão (DE CARVALHO PELLEGRINELLI et al., 2022).
A relevância do TDAH vai além do impacto nas crianças e adolescentes diagnosticados. Estudos apontam que, se não tratado adequadamente, o transtorno pode persistir na vida adulta, levando a problemas mais graves, como desemprego, dificuldades em manter relações interpessoais estáveis e maior probabilidade de envolvimento em comportamentos de risco (DEVENCI et al., 2023). Além disso, adultos com TDAH não diagnosticado frequentemente relatam ter enfrentado dificuldades durante a infância, sem compreender os motivos de seus desafios, o que pode causar frustração e baixa autoestima ao longo da vida.
A natureza multifatorial do TDAH requer uma abordagem de tratamento que leve em consideração não apenas os sintomas comportamentais, mas também os fatores psicológicos e sociais envolvidos no desenvolvimento do transtorno. A literatura sugere que, embora o tratamento medicamentoso seja eficaz para muitos pacientes, ele deve ser complementado por intervenções psicossociais para otimizar os resultados. De acordo com De Jesus, Dos Anjos e Neri (2022), a combinação de terapia comportamental e medicamentos é considerada o padrão ouro no manejo do TDAH, promovendo melhorias tanto no comportamento quanto no desempenho acadêmico e social.
Entre os tratamentos farmacológicos, os estimulantes, como o metilfenidato e as anfetaminas, são amplamente utilizados e tem sido a primeira linha de intervenção para o TDAH. Eles atuam aumentando os níveis de dopamina e noradrenalina no cérebro, neurotransmissores associados ao controle da atenção e do comportamento. Contudo, o uso prolongado desses medicamentos pode gerar preocupações, como o risco de abuso e dependência, além de efeitos colaterais, incluindo insônia, perda de apetite e aumento da pressão arterial (SILVA et al., 2024). Essas limitações tem levado pesquisadores e clínicos a explorar alternativas não estimulantes, como a atomoxetina, que atua de maneira diferente no cérebro e apresenta um perfil de segurança mais favorável.
Outro aspecto que deve ser levado em consideração no tratamento do TDAH é a necessidade de personalizar as intervenções de acordo com as características individuais do paciente. Estudos sugerem que fatores como idade, gênero e a presença de comorbidades podem influenciar a resposta ao tratamento e o curso do transtorno (LOPES & DE SOUSA ALVES, 2023). Crianças, por exemplo, tendem a responder de forma mais favorável aos tratamentos comportamentais quando combinados com o uso de medicamentos, enquanto adultos podem se beneficiar mais de intervenções voltadas para a gestão de tempo e organização, aspectos frequentemente prejudicados pelo TDAH.
Além das abordagens farmacológicas e comportamentais, terapias alternativas e complementares tem sido investigadas como formas de manejo dos sintomas do TDAH. O neurofeedback, por exemplo, tem ganhado destaque como uma opção não invasiva e sem efeitos colaterais, com o potencial de melhorar o controle da atenção e reduzir a impulsividade. De acordo com Lopes e De Sousa Alves (2023), essa técnica, que envolve o treinamento de padrões cerebrais através de feedback visual ou auditivo, tem demonstrado resultados promissores em estudos preliminares, mas ainda são necessárias mais pesquisas para validar sua eficácia a longo prazo.
O TDAH é uma condição que, quando não tratada de forma adequada, pode ter consequências significativas ao longo da vida, impactando a qualidade de vida, as relações sociais e o desempenho acadêmico e profissional dos pacientes. Além disso, as implicações sociais e econômicas do transtorno são amplas, visto que crianças e adolescentes com TDAH muitas vezes exigem mais suporte educacional e tem maior risco de abandono escolar (DE CARVALHO PELLEGRINELLI et al., 2022). Na vida adulta, esses indivíduos podem enfrentar maiores dificuldades no mercado de trabalho, o que pode levar a desafios financeiros e de inserção social.
Portanto, o tratamento do TDAH deve ser encarado como uma prioridade de saúde pública, visto que seus efeitos extrapolam o bem-estar individual e afetam a sociedade de maneira mais ampla. As pesquisas atuais indicam que, embora os tratamentos medicamentosos sejam eficazes para o manejo dos sintomas, é fundamental que sejam acompanhados de intervenções comportamentais e sociais, visando o desenvolvimento integral do paciente (SILVA et al., 2024). Além disso, a necessidade de mais pesquisas sobre alternativas terapêuticas, como a atomoxetina e o neurofeedback, destaca-se como um campo promissor para o avanço no manejo do TDAH.
O TDAH é um transtorno que exige uma abordagem multidisciplinar e integrada para seu tratamento. A combinação de medicamentos, intervenções comportamentais e, possivelmente, terapias complementares, como o neurofeedback, oferece aos pacientes uma melhor chance de superar os desafios associados ao transtorno e alcançar um desenvolvimento saudável e equilibrado (DEVENCI et al., 2023).
2.2 Tratamento Farmacológico do TDAH: Estimulantes e Não Estimulantes
O tratamento farmacológico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma área amplamente estudada devido à sua importância para o manejo dos sintomas do transtorno em diferentes faixas etárias, especialmente em crianças e adolescentes. Nos últimos anos, as opções terapêuticas disponíveis para o TDAH tem se expandido, com a introdução de novos medicamentos e o aprimoramento das abordagens já estabelecidas. O tratamento com medicamentos estimulantes, como o metilfenidato e as anfetaminas, continua a ser o padrão-ouro no manejo do TDAH, mas o uso de medicamentos não estimulantes, como a atomoxetina, está ganhando destaque, particularmente em pacientes que não respondem bem aos estimulantes ou que apresentam contraindicações ao seu uso (DE SOUZA MOURA et al., 2022).
Os estimulantes são eficazes em aproximadamente 70% dos casos de TDAH, agindo diretamente nos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, que desempenham papéis cruciais na regulação da atenção e do comportamento impulsivo (DUARTE et al., 2021). No entanto, o uso prolongado desses medicamentos pode levar a efeitos adversos, como perda de apetite, insônia, aumento da pressão arterial e, em alguns casos, o risco de dependência. Por esse motivo, há uma crescente busca por alternativas não estimulantes, que ofereçam um perfil de segurança mais favorável sem comprometer a eficácia no controle dos sintomas (PROCÓPIO et al., 2023).
Entre as opções não estimulantes, a atomoxetina se destaca por seu mecanismo de ação diferente dos estimulantes. Ela atua como um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, aumentando a disponibilidade desse neurotransmissor no córtex pré-frontal, região do cérebro associada à atenção e ao controle inibitório. Estudos demonstram que a atomoxetina é eficaz em reduzir os sintomas de desatenção e hiperatividade em crianças, adolescentes e adultos, e seu uso tem sido associado a um menor risco de abuso em comparação com os estimulantes (DE SOUSA et al., 2024). Além disso, a atomoxetina pode ser uma opção preferencial para pacientes com histórico de dependência ou para aqueles que apresentam comorbidades, como ansiedade e depressão, que podem ser exacerbadas pelo uso de estimulantes.
Outro medicamento que tem ganhado atenção no tratamento do TDAH é a bupropiona, um antidepressivo que também inibe a recaptação de dopamina e noradrenalina. Embora a bupropiona não seja aprovada especificamente para o tratamento do TDAH em muitos países, alguns estudos sugerem que ela pode ser eficaz em pacientes que não respondem bem aos tratamentos tradicionais ou que apresentam contraindicações ao uso de estimulantes (PROCÓPIO et al., 2023). A vantagem da bupropiona reside em seu efeito antidepressivo, o que a torna uma opção interessante para pacientes com TDAH e depressão comórbida.
Paralelamente, novos derivados anfetamínicos tem sido desenvolvidos e testados como alternativas para o tratamento do TDAH. Essas novas substâncias, como a lisdexanfetamina, foram projetadas para liberar o princípio ativo de forma gradual, resultando em um controle mais estável dos sintomas ao longo do dia e minimizando os efeitos adversos, como irritabilidade e ansiedade (FERREIRA et al., 2024). No entanto, o uso desses derivados ainda está em fase de avaliação quanto à sua segurança a longo prazo, especialmente em crianças, onde o uso prolongado de estimulantes pode impactar o crescimento e o desenvolvimento neuropsicológico.
A escolha do tratamento farmacológico para o TDAH deve ser baseada em uma avaliação individualizada de cada paciente, levando em consideração fatores como idade, presença de comorbidades, histórico de uso de medicamentos e resposta anterior às terapias (CARDOSO et al., 2024). Em crianças, por exemplo, é importante que o tratamento seja acompanhado de intervenções comportamentais, que auxiliem no desenvolvimento de habilidades sociais e acadêmicas. A combinação de terapia medicamentosa e comportamental tem mostrado ser mais eficaz do que o uso isolado de qualquer uma dessas abordagens (DA SILVA COSTA & DE MELO PORTO, 2022).
Além disso, há uma crescente preocupação com o diagnóstico excessivo de TDAH e o uso inadequado de medicamentos em pacientes que não apresentam o transtorno. Algumas pesquisas sugerem que, em certas regiões, o TDAH tem sido diagnosticado de forma indiscriminada, levando ao uso desnecessário de estimulantes e outros medicamentos. Isso levanta questões éticas e de segurança sobre o uso de psicofármacos em crianças e adolescentes, que são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos de medicamentos psicoativos (DUARTE et al., 2021).
Os tratamentos farmacológicos para o TDAH também são um tópico de preocupação quando se trata da vida adulta. Embora muitos dos sintomas do transtorno possam diminuir com a idade, uma parcela significativa dos pacientes continua a apresentar dificuldades na vida adulta, especialmente em contextos profissionais e sociais. Nesse cenário, a escolha do tratamento adequado é essencial para garantir que esses indivíduos possam levar uma vida produtiva e funcional (BESSA et al., 2024). Além disso, os adultos com TDAH frequentemente apresentam comorbidades, como transtornos de humor ou abuso de substâncias, que complicam o manejo do transtorno e exigem uma abordagem terapêutica mais complexa (COPETTI et al., 2021).
Diante disso, o manejo farmacológico do TDAH continua a evoluir, com novas opções terapêuticas sendo desenvolvidas e avaliadas. A atomoxetina e os novos derivados anfetamínicos são exemplos de como o campo está avançando em direção a tratamentos mais eficazes e seguros, especialmente para pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais. No entanto, é fundamental que esses medicamentos sejam usados de forma criteriosa e sempre em combinação com intervenções comportamentais e psicoeducacionais, que são fundamentais para o sucesso a longo prazo no manejo do TDAH.
O tratamento farmacológico do TDAH é uma área dinâmica, com avanços constantes na busca por medicamentos mais eficazes e com menos efeitos adversos. O futuro do manejo do TDAH parece promissor, com a possibilidade de personalizar os tratamentos de acordo com as necessidades específicas de cada paciente, levando em consideração suas características individuais e o curso do transtorno ao longo da vida (DE SOUSA et al., 2024).
2.3 Eficácia e Segurança da Atomoxetina no Tratamento do TDAH
A atomoxetina é amplamente reconhecida como uma alternativa eficaz ao metilfenidato no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), especialmente em pacientes que não respondem bem aos estimulantes tradicionais ou apresentam contraindicações ao seu uso. O metilfenidato, há muito considerado o padrão-ouro no tratamento do TDAH, age principalmente através do aumento da dopamina e da noradrenalina no sistema nervoso central, melhorando a atenção e reduzindo a hiperatividade e impulsividade. No entanto, sua associação com efeitos adversos, como insônia, perda de apetite e aumento da pressão arterial, além do risco potencial de abuso, levou à busca por opções terapêuticas não estimulantes, como a atomoxetina (LEMOS & DE ASSIS, 2024).
A atomoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina, o que significa que, ao contrário dos estimulantes, ela não atua diretamente sobre o sistema dopaminérgico. Em vez disso, a atomoxetina aumenta a concentração de noradrenalina nas sinapses, melhorando a regulação da atenção e o controle dos impulsos. Isso torna o medicamento uma opção valiosa para pacientes que apresentam comorbidades, como ansiedade e depressão, uma vez que a estimulação do sistema dopaminérgico pode exacerbar esses distúrbios (DA SILVEIRA FERREIRA et al., 2024).
Estudos comparativos entre a eficácia da atomoxetina e do metilfenidato em crianças e adolescentes com TDAH mostram que ambos os medicamentos são eficazes na redução dos principais sintomas do transtorno, como a desatenção e a hiperatividade. No entanto, a atomoxetina se destaca por apresentar um perfil de segurança mais favorável em termos de dependência e tolerabilidade a longo prazo (ZHANG et al., 2024). Em um estudo realizado por Zhang et al. (2024), crianças que nunca haviam utilizado medicação foram tratadas com metilfenidato e atomoxetina, e os resultados indicaram que ambos os grupos experimentaram melhorias clínicas significativas. No entanto, o grupo tratado com atomoxetina apresentou uma menor incidência de efeitos colaterais, como distúrbios do sono e perda de apetite.
Além da eficácia e segurança, a personalização da dosagem da atomoxetina é outro aspecto importante no manejo do TDAH. Pesquisas sugerem que a resposta à atomoxetina pode variar de acordo com o peso corporal e o metabolismo individual, sendo necessário ajustar a dosagem para otimizar os resultados terapêuticos e minimizar os efeitos adversos. Terao, Kodama e Tsuda (2024) realizaram uma meta-análise sobre a relação dose-resposta da atomoxetina em crianças com TDAH, e os resultados indicaram que doses ajustadas com base no peso corporal proporcionam melhores resultados clínicos. A dose ideal é frequentemente determinada através de um processo de ajuste gradual, visando equilibrar a eficácia e a tolerabilidade.
Outro ponto relevante sobre a atomoxetina é o seu uso em pacientes com comorbidades psiquiátricas, como a ansiedade. Estudos indicam que a atomoxetina pode ser eficaz no tratamento de pacientes com TDAH que também apresentam transtornos de ansiedade, uma comorbidade comum no TDAH (KHOODORUTH et al., 2022). Ao contrário dos estimulantes, que podem agravar os sintomas de ansiedade, a atomoxetina tem demonstrado ser uma opção mais adequada para esses pacientes, fornecendo controle dos sintomas de TDAH sem o risco de exacerbação da ansiedade.
No contexto da interação social e ajustamento comportamental, a atomoxetina também tem demonstrado resultados positivos. Um estudo realizado por Shang et al. (2020) comparou os efeitos do metilfenidato e da atomoxetina na adaptação social de jovens com TDAH. Os resultados mostraram que ambos os medicamentos foram eficazes na melhoria do ajustamento social, mas a atomoxetina teve um efeito mais pronunciado em reduzir o comportamento agressivo e impulsivo, que são barreiras comuns para uma interação social saudável.
No entanto, é importante ressaltar que a atomoxetina não é isenta de efeitos adversos. Os mais comuns incluem náusea, fadiga, sonolência e, em alguns casos, tontura. Embora esses efeitos colaterais sejam geralmente leves e diminuam com o tempo, eles podem impactar a adesão ao tratamento em alguns pacientes. Estudos como o de Fu et al. (2022) destacam que a personalização da dosagem é essencial para minimizar esses efeitos adversos e garantir que o paciente obtenha o máximo benefício terapêutico com o mínimo de desconforto.
Além disso, a eficácia da atomoxetina em relação a outros inibidores da recaptação de noradrenalina, como a reboxetina, também tem sido explorada. Uma meta-análise conduzida por Hu, Pan e Li (2023) comparou os efeitos desses medicamentos em pacientes com TDAH e esquizofrenia. Os resultados mostraram que, embora ambos os medicamentos sejam eficazes no tratamento do TDAH, a atomoxetina apresentou um perfil de segurança superior, especialmente em termos de tolerância gastrointestinal e efeitos colaterais relacionados ao sistema nervoso central.
Em termos de eficácia clínica, a atomoxetina é considerada uma opção viável, especialmente para pacientes que não podem usar estimulantes. No entanto, seu início de ação é mais lento quando comparado ao metilfenidato, o que pode ser um fator limitante para alguns pacientes e profissionais de saúde. Fu et al. (2023) discutem que, embora a atomoxetina leve mais tempo para alcançar a eficácia máxima, seus efeitos são sustentados por mais tempo após a interrupção do tratamento, o que pode ser uma vantagem em terapias de longo prazo.
A atomoxetina tem se estabelecido como uma alternativa eficaz e segura ao metilfenidato no tratamento do TDAH, especialmente para pacientes que não respondem bem a estimulantes ou que possuem comorbidades que contra-indicam o uso desses medicamentos. Estudos clínicos e revisões sistemáticas indicam que, embora a atomoxetina tenha um início de ação mais lento, seu perfil de segurança e eficácia em longo prazo a tornam uma opção valiosa no manejo do TDAH. A personalização da dosagem e a consideração das comorbidades são fundamentais para otimizar os resultados terapêuticos e garantir que o paciente tenha uma experiência de tratamento satisfatória e segura (LEMOS & DE ASSIS, 2024; DA SILVEIRA FERREIRA et al., 2024).
3 METODOLOGIA
Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica, cujo objetivo é investigar e compilar as evidências científicas disponíveis sobre o uso da atomoxetina no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A revisão bibliográfica foi escolhida por permitir a análise de materiais já publicados, como artigos científicos e revisões, com o intuito de proporcionar uma visão abrangente e atualizada sobre a eficácia, segurança e comparações da atomoxetina com outros tratamentos farmacológicos, como o metilfenidato.
Para a realização desta revisão, foram consultadas bases de dados científicas como PubMed, SciELO e BVS. A busca utilizou termos específicos relacionados ao tema, como “atomoxetina”, “tratamento do TDAH”, “eficácia da atomoxetina” e “comparação entre atomoxetina e metilfenidato”. Os estudos considerados nesta revisão foram publicados entre 2020 e 2024, a fim de garantir a atualidade das informações. Foram excluídos artigos que não estavam disponíveis na íntegra, aqueles que não apresentavam uma metodologia clara e os que estavam em línguas diferentes do português e inglês.
Os artigos selecionados foram avaliados inicialmente por meio da leitura dos resumos, sendo posteriormente analisados na íntegra. A seleção final foi baseada na relevância do conteúdo em relação ao objetivo do estudo, com foco na eficácia, perfil de segurança, dosagem recomendada e impacto da atomoxetina no tratamento de diferentes grupos etários e pacientes com comorbidades.
A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva, com o intuito de comparar as informações encontradas e identificar as principais vantagens e limitações do uso da atomoxetina em relação a outras terapias disponíveis. Dessa forma, a metodologia deste estudo visa proporcionar uma compreensão ampla e fundamentada sobre o papel da atomoxetina no tratamento do TDAH.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O presente estudo analisou uma ampla gama de pesquisas sobre a eficácia e segurança da atomoxetina no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), comparando-a ao metilfenidato e discutindo suas implicações clínicas. A seguir, serão apresentados os resultados dos estudos e o confronto entre as conclusões dos autores.
Lemos e De Assis (2024) conduziram uma revisão de literatura que comparou a atomoxetina ao metilfenidato, destacando que ambos os medicamentos demonstram eficácia no tratamento do TDAH. No entanto, os autores sugerem que a atomoxetina, por ser um medicamento não estimulante, oferece um perfil de segurança superior, particularmente em pacientes com comorbidades como ansiedade e transtornos de humor. Além disso, a atomoxetina parece ser mais adequada para uso em longo prazo devido ao menor risco de dependência.
Outro estudo relevante, conduzido por Da Silveira Ferreira et al. (2024), avaliou a eficácia da atomoxetina em crianças e adolescentes. Os resultados indicaram que a atomoxetina é eficaz na redução dos principais sintomas do TDAH, como desatenção, impulsividade e hiperatividade, mas com um início de ação mais lento em comparação ao metilfenidato. Os autores também destacaram que, embora os efeitos colaterais como náusea e fadiga sejam comuns no início do tratamento, eles tendem a diminuir com o tempo, sendo a atomoxetina geralmente bem tolerada pelos pacientes.
Em um estudo focado nas abordagens farmacológicas e comportamentais, Dos Santos Carvalho et al. (2024) ressaltam que a atomoxetina é uma excelente opção para pacientes que não respondem adequadamente aos estimulantes ou que apresentam contraindicações ao uso desses medicamentos. O estudo sugere que a combinação da atomoxetina com terapias comportamentais pode maximizar os resultados no tratamento do TDAH, particularmente em crianças em idade escolar.
Estudos comparativos realizados por Zhang et al. (2024) indicam que tanto o metilfenidato quanto a atomoxetina são eficazes em crianças que nunca haviam utilizado medicação para o TDAH. No entanto, os resultados sugerem que a atomoxetina oferece um perfil de segurança superior, com menor incidência de efeitos adversos, como insônia e perda de apetite, que são frequentemente relatados em pacientes tratados com metilfenidato.
De Sousa et al. (2024) realizaram uma revisão que analisou o uso da atomoxetina e do metilfenidato no contexto do TDAH e reforçaram que a escolha do medicamento deve ser baseada no perfil clínico do paciente. Eles destacam que a atomoxetina é frequentemente a escolha preferencial para pacientes com histórico de abuso de substâncias, dado seu menor risco de dependência.
Embora haja um consenso entre os autores sobre a eficácia da atomoxetina no tratamento do TDAH, há divergências quanto ao seu perfil de segurança e à preferência terapêutica. Lemos & De Assis (2024) argumentam que a atomoxetina é ideal para pacientes com comorbidades, como ansiedade, uma vez que seu mecanismo de ação, que envolve a recaptação seletiva de noradrenalina, oferece um perfil mais equilibrado e menos arriscado do que os estimulantes.
Por outro lado, Da Silveira Ferreira et al. (2024) e Zhang et al. (2024) destacam que, apesar da atomoxetina ser eficaz, seu início de ação mais lento pode ser uma desvantagem em situações onde uma resposta rápida é necessária, como em pacientes com dificuldades escolares severas. Nesse contexto, o metilfenidato seria mais eficaz devido à sua ação imediata, embora o risco de efeitos adversos e dependência seja maior.
Os achados de Dos Santos Carvalho et al. (2024) contribuem para a discussão ao sugerir que a combinação de tratamentos farmacológicos com terapias comportamentais pode compensar a lentidão do efeito da atomoxetina, resultando em uma abordagem mais equilibrada e eficiente. Esse estudo está alinhado com as conclusões de De Sousa et al. (2024), que ressaltam a importância de uma avaliação multidimensional no tratamento do TDAH.
A análise dos estudos revela que a atomoxetina é uma alternativa eficaz e segura ao metilfenidato no tratamento do TDAH, especialmente em pacientes que apresentam comorbidades ou que tem histórico de abuso de substâncias. No entanto, a escolha entre esses medicamentos deve levar em consideração o perfil individual do paciente, a urgência na obtenção de resultados e a tolerância aos efeitos adversos. Enquanto o metilfenidato oferece uma resposta mais rápida, a atomoxetina se destaca por seu perfil de segurança a longo prazo.
Estudos como o de Zhang et al. (2024) indicam que, em pacientes pediátricos, a atomoxetina é eficaz e bem tolerada, enquanto Da Silveira Ferreira et al. (2024) sugerem que o uso da atomoxetina deve ser monitorado de perto nas primeiras semanas de tratamento, devido ao seu início de ação mais lento. Além disso, a combinação da atomoxetina com terapias comportamentais foi apontada como uma estratégia eficaz para melhorar os resultados do tratamento (Dos Santos Carvalho et al., 2024).
A atomoxetina tem se mostrado uma opção terapêutica viável no manejo do TDAH, especialmente em pacientes que não podem ou não desejam utilizar medicamentos estimulantes. O confronto entre os estudos analisados revela a importância de uma abordagem personalizada e cuidadosa no tratamento, considerando tanto as necessidades imediatas quanto os efeitos a longo prazo dos medicamentos escolhidos.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo revisou a literatura sobre o uso da atomoxetina no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), destacando sua eficácia e segurança em comparação ao metilfenidato. A atomoxetina, como um medicamento não estimulante, tem se mostrado uma alternativa valiosa, especialmente para pacientes que apresentam contraindicações ao uso de estimulantes ou que tem comorbidades, como ansiedade e histórico de abuso de substâncias.
A análise dos estudos indicou que, embora o metilfenidato ofereça uma resposta mais rápida no alívio dos sintomas, a atomoxetina se destaca por seu perfil de segurança a longo prazo, com menor risco de dependência e menos efeitos adversos, como insônia e perda de apetite. No entanto, o início de ação mais lento da atomoxetina foi apontado como uma desvantagem em alguns contextos clínicos, exigindo uma avaliação cuidadosa na escolha do tratamento.
Além disso, a combinação da atomoxetina com terapias comportamentais foi identificada como uma abordagem eficaz para maximizar os resultados do tratamento, oferecendo aos pacientes uma gestão mais equilibrada e personalizada do TDAH. A importância de personalizar a dosagem da atomoxetina também foi destacada, considerando o perfil individual de cada paciente para otimizar a resposta terapêutica.
Conclui-se que a atomoxetina é uma alternativa segura e eficaz ao metilfenidato no tratamento do TDAH, especialmente em pacientes que necessitam de um tratamento de longo prazo com menor risco de efeitos colaterais e dependência. O presente estudo contribui para a compreensão dos benefícios e limitações dessa medicação, reforçando a necessidade de uma abordagem terapêutica individualizada, que leve em conta as características clínicas e necessidades de cada paciente. Contudo, futuros estudos que explorem o impacto da atomoxetina em diferentes subgrupos de pacientes e em longo prazo são essenciais para aprofundar o conhecimento sobre seu potencial terapêutico.
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1 Autora
2,3 Professoras e orientadoras