ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM FOLHAS DE HORTELÃ PIMENTA (Mentha piperita L.)

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8247329


Renata de Oliveira Castro[1]
Marianna Gandara Reis Ferreira[2]
Ângela Santiago da Cunha [3]
Mariane Pereira de Oliveira [4]
Lavínia Nogueira da Silva [5]
Maria Luísa Entreportes Ferreira[6]
Caroline Pereira Mourão Moraes [7]
Juvenal Caetano de Barcelos[8]
Pedro Henrique Ferreira Tomé [9]
Marcos Antonio Lopes [10]


Resumo

Esse trabalho teve como objetivos determinar e avaliar a atividade antioxidante presente em folhas frescas de hortelã-pimenta. A hortelã-pimenta é um fitoterápico simples comumente utilizado como chá no auxílio do tratamento de dores de cabeça, distúrbios gastrintestinais e respiratórios. Pesquisas têm abordado o papel dos radicais livres e outros oxidantes como importantes colaborados nos processos de envelhecimento e aparecimento de doenças degenerativas, sendo a produção desses compostos controlada pelos antioxidantes; que, quando estão em concentrações ideais, podem retardar ou inibir o dano oxidativo. Foram coletadas aproximadamente cinco gramas de folhas de vários pés, sendo a amostra dividida em pequenas partes para a análise. A análise da atividade antioxidante foi feita através do método DPPH de acordo com a metodologia proposta por Rufino et al. (2007). A partir dos resultados de absorvância encontrados foi possível observar que a partir de dez minutos a leitura se tornou constante com variações somente na quarta casa decimal; ao passo que o percentual de oxidação determinado está em torno de 93,89% o que demonstra que essa planta em questão apresenta uma alta capacidade de reagir com os radicais DPPH.

Palavras-chave: Mentha; Oxidação; DPPH.

1.INTRODUÇÃO

A hortelã pimenta é tida como uma das plantas mais populares quando se avalia seu uso medicinal, sendo seu chá indicado com a finalidade de tratar dores de cabeça e distúrbios gastrintestinais e respiratórios; e está registrada como fitoterápico simples na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e classificada, com base em suas propriedades, em antiespasmódica e expectorante (CARVALHO et al. 2008; BRASIL, 2010).

Estudos e pesquisas têm evidenciado o papel dos radicais livres e outros oxidantes como grandes responsáveis pelo envelhecimento e pelas doenças degenerativas associadas como câncer e doenças cardiovasculares, sendo que a produção de radicais livres é controlada nos seres vivos por diversos compostos antioxidantes, os quais podem ter origem endógena (por ex., superóxido dismutase), ou serem provenientes da dieta alimentar e outras fontes (ATOUI et al. 2005).

Antioxidantes são compostos que, quando estão em concentrações ideais, podem retardar ou inibir o dano oxidativo, uma vez que reagem com os radicais livres dificultando as reações de propagação da cadeia oxidante. São divididos em sintéticos, como o butilhidroxianisol (BHA) e butilhidroxitolueno (BHT), muito utilizados na indústria de alimentos; ou naturais, como o α-tocoferol (vitamina E), β-caroteno, vitamina C e os compostos fenólicos (VELIOGLU; MAZZA & OOMAH, 1998; SOUZA et al. 2007).  Os antioxidantes provenientes da dieta são bastante variados e possuem, na sua maioria, os polifenóis e os carotenóides. Estes têm funções diferentes e são produzidos pelas plantas como forma de proteção das células contra danos externos (BENZI; WACHTEL, 2011). A atividade antioxidante, ou seja, a capacidade de sequestrar e reagir com radicais livres, está intimamente associada a suas propriedades redutoras e estrutura química dos compostos presentes nas plantas (SOARES, 2002).

É nesse contexto, de grande importância e utilização da hortelã pimenta pela população, associado à visibilidade dos compostos antioxidantes em alimentos, que esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar e avaliar a atividade antioxidante presente nessa planta.

2. REVISÃO DA LITERATURA

A hortelã pimenta, pertencente ao gênero Mentha e à família Lamiaceae, é uma planta herbácea e aromática originária da Ásia, que apresenta grande quantidade de variedades produzidas (Casais et al. 2020). Segundo BRASIL (2015), ela é um híbrido entre Mentha aquática e Mentha spicata, sendo, portanto naturalizada não endêmica do Brasil; tendo sua distribuição geográfica no nosso país às regiões Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul, que oferecem um ambiente com condições favoráveis ao seu desenvolvimento, considerando os critérios como luz, umidade e temperatura.

Essa planta é caracterizada por um emaranhado de caules finos e folhas verdes a verde amarronzadas se estão secas, inteiras, membranosas e quebradiças, com cheiro forte de mentol. O comprimento das folhas varia entre 4 e 6 cm e a largura entre 1 e 2 cm, com a base arredondada e a margem irregularmente serrilhada, características evidenciadas na figura 1 (SANCHES et al. 1996; BRASIL, 2019).

Figura 1. Hortelã pimenta

Fonte: Brasil, 2015

Segundo Trevisan, et al. 2027, a hortelã-pimenta (Mentha piperita) é uma das ervas mais utilizadas no mundo e possui diversas propriedades medicinais. Ela auxilia no combate aos sintomas da gripe e resfriado, contém ação antioxidante, antiespasmódica e antiinflamatória. Além disso, possui atenuada ação no tratamento e redução de determinadas dores de cabeça, pode auxiliar na melhora dos problemas respiratórios, principalmente devido à sua forte ação descongestionante, e ainda ajuda a reduzir complicações dos efeitos de doenças como asma e bronquite (SILVEIRA, et al. 2015). Conforme a FARMACOPÉIA BRASILEIRA (2019), as partes utilizadas da hortelã-pimenta são as folhas secas, inteiras, quebradas, cortadas ou pulverizadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem apoiando a utilização de plantas medicinais por se tratar de uma prática tradicional em muitos povos e que traz benefícios para a saúde (SALVAGNINI et al., 2008; BONELLA et al., 2011).

A busca por antioxidantes naturais tem despertado o interesse de parte de pesquisadores como forma de substituir os antioxidantes sintéticos, que apresentam custo elevado, além de em determinadas quantidades poderem ser considerados tóxicos (SINGH; KUMARI, 2015).

3.METODOLOGIA

3.1. Caracterização da amostra

As folhas da hortelã pimenta foram coletadas de vários pés, diretamente do canteiro do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus Uberlândia, sendo as mesmas mantidas em refrigeração até o momento de extração e análises.

A amostra foi dividida em pequenas partes e processada com a ajuda de uma tesoura devidamente limpa, afim de se obter uma amostra uniforme e representativa da hortelã-pimenta.

3.2. Análises

A análise da atividade antioxidante foi feita a partir da metodologia proposta por Rufino et al. (2007), com modificações, contando assim com várias etapas. 

3.2.1 Determinação de curva de DPPH

Primeiramente fez-se a solução de DPPH, dissolvendo 0,0024g de DPPH em álcool metílico e completando o volume para 100 mL, homogeneizando sempre a solução; obtendo assim uma solução de DPPH a 60 µM.

A partir dessa solução inicial foram preparadas soluções com concentrações variadas, conforme tabela abaixo:

Tabela 1: Preparo das soluções para curva de DPPH

Solução de DPPHÁlcool Metílico (mL)Concentração final (µM )
0100
1,78,310
3,36,720
5,05,030
6,73,340
8,31,750
10060

Depois de prontas, foram transferidos 4 mL de cada solução para cubetas de acrílico e realizou-se a leitura em espectrofotômetro a 515 nm, destacando-se que o álcool metílico foi utilizado como branco para a calibração do equipamento.

Os valores encontrados foram então utilizados para construção da curva de DPPH.

3.2.2 Extrato da hortelã pimenta

Foram pesados 1,1124g de folhas da hortelã pimenta, sendo a quantidade transferida para um cadinho onde adicionou-se 4 mL de metanol 50% e homogeneizou-se com a ajuda de um pistilo, deixando o extrato descansar por 30 minutos.

Decorrido o tempo, o extrato foi filtrado sendo o sobrenadante armazenado num balão volumétrico de 100 mL.

Ao resíduo da primeira filtragem foram adicionados 40 mL de acetona 70%, procedendo a homogeneização e repouso por 30 minutos.     

Decorrido o tempo, o segundo extrato foi filtrado, sendo o sobrenadante adicionado ao primeiro no balão volumétrico de 100 mL, sendo o volume final completado com água destilada.

3.2.3 Determinação da atividade antioxidante total

As análises foram feitas em duplicata.

Do extrato final da hortelã pimenta foi retirado 0,1 mL, sendo esse valor transferido para o tubo de ensaio. Adicionou-se então ao tubo 3,9 mL de DPPH e 0,1 mL de solução controle (40mL de metanol 50%, 40 mL de acetona e 20 mL de água).

Foram transferidos aproximadamente 4mL de amostra para cubetas de acrílico e realizou-se a leitura em espectrofotômetro a 515 nm, destacando-se que o álcool metílico foi utilizado como branco para a calibração do equipamento.

As leituras foram feitas a cada minuto, sendo o tempo final de 30 minutos, sendo então o percentual de oxidação calculado.

4.RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Curva de DPPH

A leitura das absorvâncias, considerando amostras com diferentes concentrações de DPPH, demonstradas pela diferença de coloração observadas na Figura 2, mostra que, quanto maior a concentração de DPPH, maior será a leitura feita pelo equipamento, uma vez que essa leitura é influencia pela coloração da amostra e quanto maior a concentração de DPPH mais concentrada a cor violeta fica.

Figura 2. Soluções de DPPH a 0, 10, 20, 30, 40, 50 e 60 µM

Fonte: Autores, 2023

A curva de DPPH determinada na figura 3, aponta uma linearidade do método desenvolvido, já que, quanto mais próximo de 1,0000 for o valor de R² mais linear o método é, podendo-se, portanto, utilizar a curva bem como a fórmula encontrada na espectrofotometria para determinação da atividade antioxidante.

  Figura 3. Curva de DPPH

Fonte: Autores, 2022

4.2. Atividade antioxidante

A partir dos resultados de absorvância encontrados para a amostra de folhas de hortelã pimenta foi possível observar que a partir de dez minutos a leitura se tornou constante com variações somente na quarta casa decimal, porém as leituras foram feitas até os trinta minutos que foi o tempo fixado em outras literaturas para que ocorresse toda a reação de captura do DPPH pelo antioxidante presente na amostra, que é caracterizada pela mudança de cor da amostra de violeta para claro conforme observado na Figura 4.

Figura 4. Coloração do Branco, da Solução de DPPH 60 µM e da Amostra de Hortelã Pimenta após o processo de captura do DPPH.

Fonte: Autores, 2023

O percentual de oxidação presente no hortelã-pimenta analisado está em torno de 93,89%, um valor alto, o que também foi observadpo por outros estudos como os conduzidos por Vladimir-Knezevic et al. (2014), com extrato etanólico obtido das folhas da Mentha piperita, que verificaram potente atividade antioxidante nos teste de DPPH, com concentração inibitória de 50% (CI50) de 5,06–9,95 μg/ mL, assim como Farnad; Heidari & Aslanipour, (2014) que demonstraram que que os extratos obtidos das folhas frescas tiveram atividade sequestradora de radicais livres com percentuais de inibição de 82,82 ± 2,57% e CI50 = 10,02 ± 0,63 mg/ mL.

CONCLUSÃO

O percentual de oxidação encontrado demonstra que a hortelã-pimenta apresentou uma alta capacidade de reagir com os radicais DPPH, sendo as diferenças encontras na literatura explicadas principalmente pelas diferenças metodológicas desenvolvidas nos estudos.

REFERÊNCIAS

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[1] Discente do Curso de Mestrado Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba e-mail: renata.castro@estudante.iftm.edu.br

[2] Discente do Curso de Mestrado Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba e-mail: marianna.ferreira@estudante.iftm.edu.br

[3] Discente do Curso de Mestrado Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba e-mail: angela.cunha@estudante.iftm.edu.br

[4] Discente do Curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia e-mail: malia.caixeta05@gmail.com

[5] Discente do Curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia e-mail: lavinia.silva@estudante.iftm.edu.br

[6] Discente do Curso de Engenharia Agronômica do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia e-mail: maria.entreportes@estudante.iftm.edu.br

[7] Discente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia e-mail: caroline.moraes@estudante.iftm.edu.br

[8] Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Ciências Agrárias (UNESP-JABOTICABAL) e-mail: jcbarcelos@iftm.edu.br

[9] Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Ciências (UFLA-MG). e-mail: pedrotome@iftm.edu.br

[10] Docente do Curso Superior de Tecnologia de Alimentos do Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberlândia. Doutor em Físico Química (UNESP-ARARAQUARA). e-mail: marcosal@iftm.edu.br