ATENDIMENTO AO ALCOOLISTA EM SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

CARE OF ALCOHOLICS IN PRIMARY HEALTH CARE SERVICES: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7987748


José Walter Lima Prado1*; Felipe Soares Figueiredo1; Marcelo Gonçalves Araújo1; Mariana Santos Nascimento1; Murillo Melo Ferreira1.


RESUMO

Objetivo: Sumarizar as publicações científicas acerca da assistência ao alcoolista na atenção primária. Métodos: Revisão Integrativa nas bases Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), National Library of Medicine (PubMed) por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando-se como descritores: Atendimento ao alcoolista; atenção primária; cuidados médicos; Álcool; Atenção básica, com um recorte temporal de cinco anos, a partir de 2017. Resultados: Ao realizar a busca pelos artigos que restratassem a temática, foram encontrados 9 artigos na base de dados SciELO, onde passaram por exclusão os estudos que não fossem relacionados ao tema, duplicados ou incompletos, sendo selecionados 4 artigos. Na base de dados BVS foram encontrados 42 estudos, após aplicar os critérios de exclusão restaram 7 artigos, sendo 01 MEDLINE, 5 na LILACS e 1 na BDENF, cujos resultados se mostraram significativos. Considerações finais: Foram identificadas limitações quanto à disponibilidade de publicações sobre o tema em estudo. Além disso, é importante ressaltar a necessidade de pesquisas adicionais que abordem o alcoolismo e as atitudes dos profissionais no modelo de atenção adotados na Atenção Primária à Saúde (APS).

Palavras-chave: Atendimento ao alcoolista, atenção primária, cuidados médicos, Álcool.

INTRODUÇÃO

O álcool é um composto químico orgânico, considerado psicoativo que está presente no dia a dia de todas as pessoas e seu uso é considerado habitual na sociedade de forma moderada em festas e comemorações, no entanto, quando o seu uso é exagerado e passa a ser uma rotina, deixa de ser recreativo e atinge o nível de dependência (LUZ TRL; SOUZA CC, 2017).

O consumo do álcool é descrito desde os tempos mais remotos e está associado a múltiplos significados e ritualísticas culturais que se integram a regras de convivência social (SALES RA, 2010). O termo alcoolismo só surgiu em 1849 após a observação de indivíduos que consumiam o álcool de forma exagerada e rotineira por um longo período. Magnus Huss foi um dos primeiros a definir o alcoolismo dizendo que é “o conjunto de manifestações patológicas do sistema nervoso, nas esferas psíquica, sensitiva e motora”, não diferindo muito da definição atual (HECKMANN FR; SILVEIRA DX, 2009).

A dependência do álcool é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma doença crônica que causa comportamentos compulsivos e afeta diretamente o funcionamento de diversos órgãos, alcançando consequências irreversíveis. É caracterizada pelo consumo constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas (BRASIL MS, 2004).

O quantitativo de problemas relacionados ao consumo excessivo de álcool tem aumentado significativamente nos últimos anos. De acordo com a OMS (2020), a nível mundial, o álcool é responsável por cerca de 3 milhões de morte ao ano com representatividade de 5,3% do total de mortes.

Um estudo realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) (2021) mostrou que no continente americano entre os anos de 2013 e 2015 o consumo do álcool foi responsável por aproximadamente 85 mil mortes ao ano. O mesmo estudo mostrou que no Brasil, o consumo de álcool supera a média mundial e que cerca de 12% da população brasileira tem algum problema com o álcool.

Além das consequências para a saúde, o uso nocivo do álcool provoca perdas sociais e econômicas significativas para os indivíduos e para a sociedade em geral. Diante deste cenário foi traçado no Brasil a Política Nacional para a Atenção ao uso de Álcool e outras Drogas que estabelece as ações a serem realizadas no âmbito da atenção básica englobando a prevenção, diagnóstico, tratamento e a diminuição do agravamento da doença de modo a incentivar capacitações aos profissionais de saúde com o intuito de tratar não somente a doença, mas todos os estigmas sociais gerados por esta (BRASIL MS, 2004).

Nota-se que são diversos os problemas ocasionados pela dependência do álcool, assim os profissionais da saúde devem sempre buscar formas de se atualizarem e adquirir habilidades para lidar com esta situação uma vez que a maioria dos atuantes em saúde coletiva estão pouco preparados em relação aos usuários de álcool (MALVEZZI CD; NASCIMENTO JL, 2018).

É importante analisar as publicações que tratam deste assunto, visto que o álcool tem sido utilizado de forma edemaciada em todos os sentidos, que o número dependente desta substância tem aumentado e consequentemente causado inúmeras situações para o sistema de saúde que muitas das vezes não está preparado para lidar com estes casos, portanto conhecer o que e como os trabalhos científicos abordam esse tema se torna relevante.

Entendendo a relevância e os dilemas que envolvem esta temática e na intenção de contribuir com o conhecimento científico sobre este assunto surgiu a motivação para elaboração deste estudo, tendo como questão norteadora a seguinte problemática: Como se dá a assistência ao usuário alcoolista na atenção primária?

Assim, este estudo teve como objetivo a identificação das principais pesquisas relacionadas à assistência médica na atenção primária.

MÉTODOS

A metodologia utilizada neste estudo foi uma revisão integrativa, que teve como objetivo encontrar as pesquisas desenvolvidas pela área da saúde que trazem contribuições relevantes e atuais para a temática da assistência ao alcoolista na atenção primária. A busca por artigos foi realizada por meio de bancos de dados disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), incluindo Lilacs, Medline, SciELO e BDENF.

Os termos de busca foram definidos com base nas palavras-chave presentes em artigos adequados ao tema, previamente lidos de forma não sistemática e com consulta às coleções de termos cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram utilizados os descritores “atendimento ao alcoolista”, “atenção primária”, “cuidados médicos”, “álcool” e “atenção básica”. Para nortear a pesquisa foi traçada a seguinte questão norteadora: Como se dá a assistência ao usuário alcoolista na atenção primária?

A respeito dos critérios de inclusão, foram selecionados os artigos publicados em língua portuguesa e inglesa, artigos na íntegra que atendam a temática, e artigos indexados ou publicados nos bancos de dados supracitados referente ao recorte temporal de 5 anos (2017 a 2022). Foram excluídos dessa revisão toda e qualquer tese, trabalhos de conclusão de curso, artigos que não estejam dentro do tema, artigos duplicados, e todos os artigos que não contemplem os critérios de inclusão supracitados. Que não estejam dentro do recorte temporal supracitado.

Após leitura completa dos artigos, foi possível extrair as seguintes informações: ano de publicação, identificação dos autores, título, objetivos e principais resultados, que deram subsídio para responder a problemática do estudo.

Após a identificação de 51 artigos, foram excluídos 16 que não atendiam aos critérios estabelecidos ou estavam repetidos nos diferentes bancos de dados, resultando em uma amostra final de 35 estudos. Em seguida, foi realizada uma pré-seleção com base na leitura dos títulos e resumos, colocando-os em uma planilha de análise para selecionar as pesquisas que respondessem à questão norteadora.

A amostra final foi composta por 11 artigos científicos produzidos pela área da saúde coletiva ou com sua participação voltada para a temática em questão, publicados nos idiomas inglês e português. Os artigos foram numerados conforme a ordem de publicação e os dados foram analisados por meio de estatística descritiva.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa de revisão integrativa foi realizada em quatro bases de dados: SciELO, PubMed, BDENF e LILACS. Após a busca nessas bases de dados e a aplicação dos critérios estabelecidos, foram selecionados um total de 11 estudos (Quadro 1). Sendo encontrados 9 artigos na base de dados SciELO, onde passaram por exclusão os estudos que não fossem relacionados ao tema, duplicados ou incompletos, sendo selecionados 4 artigos. Na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) foram encontrados 42 estudos, após aplicar os critérios de exclusão restaram 7 artigos, sendo 01 na Publisher Medline (MEDLINE/PUBMED), 5 na Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e 1 na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), cujos resultados se mostraram significativos.

Quadro 1 – Síntese dos principais achados sobre o atendimento ao alcoolista em serviços de Atenção Primária à Saúde, 2023. 

NAutores (Ano)TítuloObjetivoPrincipais achados
1MARTINS MER; BUCHELE F; BOLSONI CC, 2021.




Uma revisão bibliográfica sobre as estratégias de construção da autonomia nos serviços públicos brasileiros de atenção em saúde a usuários de Drogas.Descrever as estratégias para construção de autonomia para pessoas que fazem uso abusivo de drogas.Sobressaíram ações realizadas na dimensão do resgate de valor social, como planos terapêuticos singulares e oficinas de redução de danos. Representam barreiras a exigência da abstinência, a falta de ações intersetoriais, falta de reinserção social por vínculos de trabalho e não participação em instâncias comunitárias e políticas. Evidencia-se um conjunto de práticas contraditórias e difusas, havendo as que constroem autonomia e as que impõem o controle sobre o usuário.
2GONÇALVES LA, et al., 2020





Screening of alcoholic consumption in pregnant women.Rastrear o consumo de bebidas alcoólicas em gestantes atendidas na atenção primária do Piauí, Brasil.A prevalência do consumo de álcool nos últimos 12 meses foi de 40,0%, 80,0% com uso de baixo risco e 20,0% com uso de risco. Houve predomínio da faixa etária de 20 a 29 anos, não brancas, católicas, com companheiro, oito anos ou mais de estudo, renda inferior ou igual a dois salários mínimos, sem gestação anterior e morbidades.
3OLIVEIRA MG, et al., 2019.Educação a distância como recurso para capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para intervenções preventivas relacionadas ao álcool e outras drogasRelatar a experiência do Curso de Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para ações preventivas ao uso de álcool e outras Drogas.O uso de ferramentas tecnológicas, além da articulação com a rede de serviços e acompanhamento tutorial, se mostrou um potente recurso para desenvolvimento de educação permanente em serviço. A tutoria foi um diferencial na maior adesão e interesse no curso, ao permitir a aquisição de conceitos e estratégias de saúde para melhor atender as necessidades dos usuários, segundo as prerrogativas do Sistema Único de Saúde e do modelo de atenção psicossocial.
4LUIS MAV, et al., 2018.




O uso de álcool entre idosos atendidos na Atenção Primária à Saúde.Verificar o padrão do uso de álcool entre idosos atendidos em um serviço de Atenção Primária à Saúde e descrever a relação do uso desta substância com as variáveis sociodemográficas.Predominou o sexo feminino (56%), a condição de aposentados (56%), a idade média foi 69,8 anos (variação entre 60 e 83 anos), níveis de escolaridade, desde curso superior completo até não possuir grau de instrução, média de 7,4 anos estudados. No AUDIT, 15 idosos (60%) pontuaram entre 8 e 14, portanto uso de risco e 10 (40%) tiveram escore 7 incluídos no uso de baixo risco. No MAST-G, os 25 pacientes (100%) sugerem ter problema relacionado ao uso do álcool. O estudo contribui no que diz respeito à situação do uso de álcool por idosos e isto está na constatação de que, na população estudada, existe maior número de mulheres em situação de risco.
5SOUZA FE; RONZANI TM, 2018Desafios às práticas de redução de danos na atenção primária à saúde.Analisar os saberes e práticas dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), direcionados a usuários de álcool e outras drogas à luz da estratégia de redução de danos.Os dados demonstraram que mesmo aqueles profissionais que relatavam conhecer o conceito de redução de danos e a possibilidade de utilizar esta abordagem para o cuidado de usuários de álcool e outras drogas no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), não conseguem ofertar cuidados que se aproximem desta estratégia. Isto ocorre uma vez que os entrevistados não respeitam a liberdade de escolha, pautam-se no proibicionismo e no ideal de abstinência.
6HIRDES A, et al., 2017Prevenção ao uso de álcool e outras drogas e tratamento na Atenção Primária à Saúde em um município do Sul do Brasil.Investigar as ações de prevenção e tratamento a usuários de álcool e outras drogas na Atenção Primária à Saúde (APS).Os resultados evidenciam a importância do tratamento não só do usuário, mas de toda a família; os resultados também apontaram a importância do vínculo estabelecido entre as equipes de referência e os usuários; a necessidade de investir e qualificar o apoio matricial para dar suporte às equipes da Estratégia de Saúde da Família nas questões referentes ao uso de substâncias psicoativas.
7PONCE TD; PICCIANO AP; VARGAS D, 2021.Consumo de álcool por mulheres em um serviço de Atenção Primária à Saúde.Identificar padrões de consumo de álcool em pessoas atendidas em um serviço de Atenção Primária à Saúde e verificar a associação entre os padrões e as variáveis ​​da amostra.A amostra do estudo foi constituída por 561 mulheres. Os resultados da análise indicaram influência relevante para maiores padrões de consumo: não ter companheiro, não ter religião, fumar e usar drogas e ter hipertensão arterial. Além disso, a cada ano a mais na idade da mulher, o consumo de álcool diminui.
8SANTOS FF; FERLA AA, 2017.Saúde mental e atenção básica no cuidado aos usuários de álcool e outras Drogas.Abordar a integração entre o cuidado em saúde mental e a atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS).Dos 890 questionários preenchidos, foram analisadas três questões abertas, utilizando-se a Análise de Conteúdo como método. A formação mostrou-se capaz de transformar a imagem de preconceito em relação aos usuários de álcool e outras drogas; essa mudança despertou novas possibilidades para o cuidado na Atenção Básica, além de desenvolver capacidades pedagógicas para a educação permanente em saúde.
9MALVEZZI CD; NASCIMENTO JL, 2018.






Cuidado aos usuários de álcool na atenção primária: moralismo, criminalização e teorias da abstinência.Conhecer e analisar as crenças e as práticas de saúde no cuidado ao usuário de álcool na atenção primária à saúde, foi realizado este estudo qualitativo com profissionais de saúde de um serviço de atenção primária, utilizando-se da entrevista semiestruturada e da análise de conteúdo.Os resultados apontaram para atitudes moralizantes e preconceituosas, com uma prática que criminaliza o uso de álcool, principalmente nas classes menos favorecidas, pautada por condutas normatizadas, foco na eliminação dos riscos e na abstinência total, em consonância com o modelo biomédico hegemônico, e distante das necessidades dos sujeitos e da complexidade que envolve a questão.
10FARIA PFO; FERIGATO SH; LUSSI IAO, 2020.O apoio matricial na rede de atenção às pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras Drogas.
Identificar dificuldades e facilitadores do apoio matricial, com base na perspectiva dos profissionais matriciados e matriciadores, e analisar a dinâmica de trabalho destes profissionais pelo viés do Apoio Matricial.Os resultados apontam que os profissionais reconhecem que a metodologia do Apoio Matricial apresenta potencialidades ainda não alcançadas, mas em constante construção. Faz-se necessária uma ética de trabalho acolhedora, não estigmatizante e resolutiva, superando a lógica da especialização e da fragmentação das ações de saúde mental.
11MILITÃO LF, et al., 2022Usuários de substâncias psicoativas: desafios à assistência de enfermagem na Estratégia Saúde da Família.
Analisar a assistência de Enfermagem ao usuário de substâncias psicoativas na Estratégia Saúde da Família.A assistência prestada pelos entrevistados é pautada na demanda espontânea, sem estratégias de busca ativa, com a valorização de práticas orientadas pela medicalização da pessoa e o encaminhamento aos serviços especializados. A inclusão da família no processo de reabilitação, o atendimento imediato e o exercício da escuta terapêutica foram mencionados como estratégias que podem ser adotadas para uma assistência integral. Os desafios mencionados referiram-se à falta de formação em saúde mental, à fragmentação do conhecimento acerca da especialidade, à ausência de capacitações e ao desejo do paciente em participar do tratamento.

Fonte: dados coletados de estudos publicados no período de 2017 a 2022.

DISCUSSÃO

A análise desta revisão trouxe a possibilidade de compreender como se dá o atendimento ao alcoolista na Atenção Primária a Saúde. Traz à tona temas como a necessidade de uma abordagem integral, capacitação dos profissionais, implementação de estratégias de redução de danos e integração entre os serviços de saúde.

O estudo 1 elenca a construção da autonomia nos serviços públicos brasileiros de atenção em saúde para usuários de drogas é uma questão de extrema importância. A dependência de drogas é um problema complexo que afeta não apenas a saúde física e mental dos indivíduos, mas também tem implicações sociais e econômicas significativas. A autonomia dos usuários de drogas refere-se à capacidade deles de tomar decisões informadas e ter controle sobre suas próprias vidas, incluindo sua saúde e bem-estar.

No contexto dos serviços públicos de atenção em saúde, várias estratégias têm sido propostas para promover a autonomia dos usuários de drogas. Isso pode incluir a implementação de abordagens baseadas em evidências, como a redução de danos, que visam minimizar os riscos associados ao uso de drogas, fornecendo informações, serviços de saúde e suporte aos usuários. Além disso, programas de tratamento, como a terapia cognitivo-comportamental e o uso de medicamentos específicos, podem ser implementados para ajudar os usuários de drogas a superar a dependência e desenvolver habilidades para uma vida saudável e autônoma (ARAUJO ACC; PIRES RR, 2018).

É importante destacar que as estratégias de construção da autonomia nos serviços públicos de saúde para usuários de drogas devem ser multidisciplinares e abrangentes, envolvendo profissionais de diferentes áreas, como médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas. Além disso, é fundamental que haja um enfoque na inclusão social e na redução do estigma associado ao uso de drogas, de modo a criar um ambiente de apoio e respeito aos usuários.

O estudo 2 traz uma abordagem sobre o atendimento a gestantes que fazem o consumo de bebidas alcoólicas. Elenca que a ingestão de álcool durante a gravidez pode ter sérias consequências para o feto, resultando em distúrbios do espectro do álcool fetal (DEAF) e outros problemas de saúde física e mental no bebê. O rastreamento adequado do consumo de álcool em mulheres grávidas é fundamental para identificar aquelas que estão em risco e fornecer intervenções apropriadas.

Existem diferentes métodos de rastreamento que podem ser usados para identificar o consumo de álcool em mulheres grávidas, como questionários padronizados e entrevistas clínicas. Essas ferramentas ajudam a obter informações precisas sobre os hábitos de consumo de álcool das gestantes, permitindo uma avaliação adequada dos riscos e a implementação de medidas preventivas (POSSA GC, et al., 2021). É necessário que profissionais de saúde estejam cientes dos efeitos prejudiciais do consumo de álcool durante a gravidez e possam fornecer orientações e apoio adequados às mulheres grávidas.

Ainda falando sobre o consumo de álcool por mulheres e o papel da Atenção Primária à Saúde nesse contexto o estudo 7 mostra que esta temática é bastante relevante, uma vez que as consequências do uso problemático de álcool podem ter impactos significativos na saúde física e mental das mulheres, bem como nas dinâmicas familiares e sociais. Portanto, compreender o padrão de consumo de álcool entre as mulheres e identificar fatores de risco e proteção é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e intervenção.

A Atenção Primária à Saúde é um ambiente importante para a detecção precoce e a abordagem do consumo de álcool em mulheres, já que muitas vezes é o primeiro ponto de contato com o sistema de saúde. Os profissionais de saúde nesse contexto têm a oportunidade de realizar rastreamentos, avaliar o consumo de álcool e fornecer orientações apropriadas. Além disso, o estudo pode contribuir para a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância de abordar o consumo de álcool em mulheres de maneira sensível, considerando as particularidades de gênero, as necessidades individuais e os fatores socioculturais envolvidos. Isso pode incluir a implementação de programas de educação e intervenções que visem reduzir o estigma associado ao consumo de álcool em mulheres e fornecer, um ambiente de suporte e cuidado adequado (BRASIL, 2016).

Em se tratando de educação continuada, o estudo 3 aborda a educação a distância como recurso para capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para intervenções preventivas relacionadas ao álcool e outras drogas. A capacitação adequada dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) é fundamental para que eles possam desempenhar um papel eficaz na promoção da saúde e prevenção de problemas relacionados ao álcool e outras drogas nas comunidades em que atuam.

A utilização da educação a distância como recurso para capacitar os ACS nesse contexto é interessante, pois permite o acesso ao treinamento de forma flexível e adaptada às necessidades individuais dos profissionais. A educação a distância pode incluir diferentes formatos, como cursos online, materiais interativos e plataformas de aprendizagem virtual, oferecendo conteúdo teórico e prático sobre intervenções preventivas relacionadas ao álcool e outras drogas.

Através desse tipo de capacitação, os ACS podem adquirir conhecimentos atualizados sobre os efeitos do consumo de álcool e drogas na saúde, estratégias de prevenção, identificação precoce de problemas relacionados e encaminhamento adequado para serviços especializados. Essas habilidades são essenciais para que os ACS possam desempenhar um papel efetivo na promoção da saúde e no apoio às comunidades em relação ao uso de substâncias.

No entanto, é preciso considerar alguns desafios associados à educação a distância, como a necessidade de acesso à internet e recursos tecnológicos adequados, além da importância de um suporte adequado aos participantes durante o processo de aprendizagem. É fundamental garantir a qualidade do conteúdo e a interação efetiva entre os profissionais envolvidos no treinamento.

Englobando mais um grupo atendido na atenção primária, o estudo 4 se interessou em entender a prevalência e os padrões de consumo de álcool em idosos que buscam atendimento na Atenção Primária à Saúde. O consumo de álcool na população idosa é um tópico importante de investigação devido aos possíveis impactos na saúde e no bem-estar dessa faixa etária.

A Atenção Primária à Saúde desempenha um papel crucial na identificação e no acompanhamento de problemas de saúde em idosos, incluindo o consumo de álcool. O estudo pode ajudar a fornecer insights sobre o uso de álcool nessa população, incluindo a frequência, a quantidade e os padrões de consumo, bem como as possíveis consequências para a saúde física e mental dos idosos.

Entender o uso de álcool entre idosos faz-se necessário porque essa faixa etária pode apresentar uma maior vulnerabilidade a efeitos adversos do álcool devido a mudanças fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, interações medicamentosas e maior suscetibilidade a problemas de saúde. Além disso, o consumo excessivo de álcool pode estar relacionado a um risco aumentado de quedas, doenças cardiovasculares, problemas hepáticos e cognitivos, entre outros (CISA, 2021). Com base nos resultados do estudo, os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde podem aprimorar a identificação precoce do consumo de álcool em idosos e desenvolver estratégias de intervenção apropriadas. Isso pode incluir a implementação de programas de conscientização, aconselhamento e encaminhamento para tratamento especializado, se necessário.

É fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para lidar com as necessidades específicas dos idosos em relação ao consumo de álcool, oferecendo uma abordagem centrada no paciente, que leve em consideração as condições médicas preexistentes, a polifarmácia e outros fatores que possam influenciar o manejo do consumo de álcool nessa população.

Continuando com as formas de combate ao alcoolismo na atenção primária o estudo 5 engloba as práticas de redução de danos. Traz uma questão importante relacionada à implementação das estratégias de redução de danos nos serviços de atenção primária à saúde. A redução de danos é uma abordagem que visa minimizar os riscos associados ao uso de substâncias psicoativas, reconhecendo que nem todos os indivíduos são capazes ou desejam alcançar a abstinência total.

Vale ressaltar que a atenção primária à saúde desempenha um papel fundamental na prevenção, no tratamento e no suporte às pessoas que usam substâncias. No entanto, a implementação efetiva das práticas de redução de danos pode enfrentar desafios significativos. O estudo provavelmente explora esses desafios e pode destacar barreiras como a falta de conhecimento e compreensão sobre a redução de danos entre profissionais de saúde, estigmatização e preconceito, falta de recursos e capacitação inadequada. Ao abordar esses desafios, o estudo pode contribuir para a conscientização e a sensibilização dos profissionais de saúde sobre a importância da redução de danos como uma estratégia eficaz para lidar com o uso de substâncias. Além disso, pode fornecer insights sobre as possíveis soluções e abordagens para superar essas barreiras, como a implementação de programas de treinamento, o desenvolvimento de diretrizes claras e o estabelecimento de parcerias entre os serviços de atenção primária e outros setores relevantes.

A implementação bem-sucedida das práticas de redução de danos na atenção primária à saúde pode levar a uma melhor saúde e qualidade de vida para pessoas que usam substâncias, reduzindo os danos relacionados ao uso de drogas e promovendo o engajamento com os serviços de saúde de forma mais acessível e menos estigmatizante.

A prevenção é uma das principais estratégias adotadas para o combate a patologias no âmbito da atenção primária. Diante disto, o estudo 6 destaca a importância da prevenção e tratamento do uso de álcool e outras drogas na Atenção Primária à Saúde. A Atenção Primária à Saúde desempenha um papel fundamental na promoção da saúde e na prevenção de problemas relacionados ao uso de substâncias. O estudo provavelmente examina as práticas e estratégias utilizadas nesse contexto específico, com foco na prevenção do uso de álcool e outras drogas e no tratamento de pessoas que apresentam problemas decorrentes desse uso.

A prevenção ao uso de álcool e outras drogas na Atenção Primária à Saúde é de extrema importância, pois é nesse nível de atendimento que podem ser realizadas intervenções precoces, identificando fatores de risco, promovendo informações sobre os danos associados ao uso de substâncias e fornecendo suporte adequado aos indivíduos em situações de vulnerabilidade. Além disso, o tratamento adequado para aqueles que já apresentam problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas é essencial. A Atenção Primária à Saúde pode desempenhar um papel importante no diagnóstico, encaminhamento e acompanhamento dos pacientes, fornecendo suporte contínuo e garantindo o acesso a serviços especializados, quando necessário. Esses insights podem ser utilizados para fortalecer as políticas e os programas de saúde voltados para a prevenção do uso de álcool e outras drogas, além de melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de tratamento na Atenção Primária à Saúde (SILVA SED, et al., 2007).

Outro ponto relevante envolve a relação entre a saúde mental e atenção básica no cuidado aos indivíduos que fazem uso problemático de álcool e outras drogas, disposto do estudo 8. O consumo de álcool e outras drogas pode ter um impacto significativo na saúde mental das pessoas, aumentando o risco de desenvolver transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtornos relacionados ao uso de substâncias. A atenção básica desempenha um papel fundamental no cuidado a esses usuários, sendo muitas vezes o primeiro ponto de contato com o sistema de saúde. Isso inclui a detecção precoce, o diagnóstico correto, o encaminhamento adequado para serviços especializados quando necessário, além de oferecer suporte e tratamento eficaz dentro da própria atenção básica.

Ainda sobre os cuidados ao usuário de álcool na atenção primária o estudo 9 discute aspectos como moralismo, criminalização e teorias da abstinência no contexto do cuidado aos usuários de álcool. É possível inferir que o estudo explore a influência de visões moralizadoras, políticas de criminalização e abordagens que priorizam a abstinência, em detrimento de uma abordagem mais centrada na saúde e no bem-estar dos indivíduos.

Uma das estratégias para combater problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas é o apoio matricial (estudo 10). O apoio matricial é uma estratégia que visa fortalecer a atuação dos profissionais de saúde em diferentes níveis da rede de atenção, permitindo uma abordagem mais integrada e colaborativa no cuidado aos usuários de álcool e outras drogas. Essa abordagem tem o potencial de melhorar a qualidade do atendimento e a continuidade dos cuidados, além de promover uma maior troca de conhecimentos e experiências entre os profissionais envolvidos.

Ao destacar o apoio matricial como uma abordagem promissora, o estudo pode contribuir para a disseminação dessa prática nos serviços de saúde, incentivando a integração dos profissionais, aprimorando a coordenação do cuidado e melhorando os resultados para os usuários de álcool e outras drogas. Além disso, o estudo fornece recomendações e orientações práticas sobre como implementar o apoio matricial na rede de atenção, incluindo a definição de papéis e responsabilidades, a capacitação dos profissionais e a melhoria da comunicação e do trabalho em equipe.

O cuidado oferecido pela equipe de saúde, incluindo enfermeiros, na Estratégia Saúde da Família aos indivíduos que fazem uso de substâncias psicoativas é um desafio constante (estudo 11). Os usuários de substâncias psicoativas enfrentam desafios significativos em relação à saúde física, mental e social, e é fundamental que recebam uma assistência adequada. Os enfermeiros desempenham um papel crucial na Estratégia Saúde da Família, pois estão envolvidos diretamente na promoção da saúde e prevenção de doenças. Isso pode incluir a identificação e triagem adequada desses indivíduos, a implementação de intervenções de redução de danos, o encaminhamento para serviços especializados e o apoio contínuo aos usuários e suas famílias.

Diante disto, sugere-se a capacitação dos enfermeiros, a implementação de protocolos de cuidado específicos, o fortalecimento da rede de referência e contrarreferência, além da sensibilização e conscientização da comunidade sobre a importância de um cuidado integrado e livre de estigmas.Parte inferior do formulário

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No geral, esse estudo ressalta a importância da atenção primária à saúde no atendimento ao alcoolista e destaca a necessidade de abordagens integradas, capacitação dos profissionais e investimentos em prevenção e promoção da saúde, fornecendo diretrizes valiosas para o aprimoramento dos serviços de atenção primária e o enfrentamento do problema do uso problemático de álcool.

Pôde-se notar ainda, que existem diversos fatores que dificultam o atendimento ao alcoolista na atenção primária, como: Estigma e discriminação; Falta de capacitação; falta de tempo e recursos; desafios na detecção e diagnóstico; baixa adesão ao tratamento e Limitações na oferta de tratamento.

Ao abordar os aspectos relacionados ao atendimento ao usuário de álcool na atenção básica, o estudo pode contribuir para o aprimoramento da qualidade e efetividade dos serviços prestados. Além disso, pode ajudar a sensibilizar gestores de saúde, profissionais e demais envolvidos no sistema de saúde sobre a importância de uma abordagem integrada e abrangente no cuidado a essa população vulnerável.

ABSTRACT

Objective: To summarize the scientific publications on assistance to alcoholics in primary care. Methods: Integrative Review in Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS), Nursing Database (BDENF), National Library of Medicine (PubMed) through the Virtual Health Library (VHL) and Scientific Electronic Library Online (SciELO), using as descriptors: Care of alcoholics; primary care; medical care; Alcohol; Primary Care, with a time frame of five years from 2017. Results: When searching for articles that restricted the theme, 9 articles were found in the SciELO database, where studies that were not related to the theme, duplicated or incomplete were excluded, and 4 articles were selected. In the BVS database 42 studies were found, and after applying the exclusion criteria, 7 articles remained, being 01 MEDLINE, 5 in LILACS and 1 in BDENF, whose results were significant. Final considerations: Limitations were identified regarding the availability of publications on the subject under study. Moreover, it is important to emphasize the need for further research on alcoholism and the attitudes of professionals in the model of care adopted in Primary Health Care (PHC).

Keywords: Alcoholic Care, Primary Care, Medical Care, Alcohol

REFERÊNCIAS

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1 Faculdade de Ciências Médicas do Pará, Marabá-Pará. *E-mail: josewalter1523@outlook.com