REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7975178
Juliana da Silva Oliveira1
Waueverton Bruno Wyllian Nascimento Silva2
RESUMO:
Introdução: O câncer pediátrico é definido como câncer em crianças e adolescentes de 0-19 anos e se constitui como um problema de saúde pública, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento (INCA). Visto que, necessita de cuidados especiais principalmente para os portadores da LLA. Objetivo: Descrever a atuação do farmacêutico no tratamento de leucemia linfoide aguda em crianças e adolescentes no setor de oncologia pediátrica. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com busca de estudos publicados no período de 2015 a 2023 nos idiomas inglês e português, realizada nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Scielo, EBSCO, CAPES e RBC. Os artigos foram selecionados e analisados mediante as seguintes variáveis: autor, data de publicação, amostra, método do estudo, intervenções e conclusão. Resultados: Foram encontrados 48 artigos. Após a leitura na íntegra, foram incluídos apenas cinco artigos, dispostos nas tabelas 4 e 5 e conforme autor e ano de publicação, nível de evidência, amostra estudada, método, intervenção e conclusão. Destes, todos os artigos apresentaram uma abordagem metodológica ensaios clínicos randomizados (o que caracteriza que os estudos testaram a eficácia da intervenção farmacêutica em uma população de pacientes com LLA) estudos de coorte (estudos retrospectivos e prospectivos), nas quais foram escolhidas de forma aleatória. Conclusão: Esta pesquisa permitiu concluir que as intervenções do farmacêutico são fundamentais no tratamento de LLA, e que sua atuação vai muito além do que apenas a manipulação de antineoplásicos, na qual sua atuação clínica em conjunto com a atenção farmacêutica, orientação farmacêutica e a reconciliação medicamentosa podem trazer diversos benefícios para o paciente oncológico pediátrico.
Descritores: “Farmacêutico”, “cuidados farmacêuticos”, “farmácia clínica”, “LLA” e “atenção farmacêutica”.
ABSTRACT:
Introduction: Pediatric cancer is defined as cancer in children and adolescents aged 0-19 years and constitutes a public health problem, both in developed and developing countries (INCA). Since it requires special care, especially for patients with ALL. Objective: To describe the role of the pharmacist in the treatment of acute lymphocytic leukemia in children and adolescents in the pediatric oncology sector. Methodology: This is an integrative literature review with a search for studies published from 2015 to 2023 in English and Portuguese, carried out in the Pubmed, Lilacs, Scielo, EBSCO, CAPES and RBC databases. The articles were selected and analyzed according to the following variables: author, date of publication, sample, study method, interventions and conclusion. Results: 48 articles were found. After reading in full, only five articles were included, arranged in tables 4 and 5 and according to author and year of publication, level of evidence, studied sample, method, intervention and conclusion. Of these, all articles presented a methodological approach: randomized clinical trials (which characterizes that the studies tested the effectiveness of pharmaceutical intervention in a population of patients with ALL) cohort studies (retrospective and prospective studies), in which they were chosen at random.Conclusion: This research allowed us to conclude that the pharmacist’s interventions are fundamental in the treatment of ALL, and that his performance goes far beyond just handling antineoplastic drugs, in which his clinical role in conjunction with pharmaceutical care, pharmaceutical guidance and reconciliation medicinal product can bring several benefits to the pediatric oncology patient.
Descriptors: “Pharmaceutical”, “pharmaceutical care”, “clinical pharmacy”, “ALL” and “pharmaceutical care”.
1 INTRODUÇÃO
O câncer pediátrico é definido como câncer em crianças e adolescentes de 0-19 anos e se constitui como um problema de saúde pública, tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento (INCA, 2022).
Visto como raro quando comparado a câncer em adultos, representando apenas uma pequena proporção da carga global do câncer, com repetição de incidência média estimada entre 0,5% e 4,5% de todos os tumores malignos, sendo que 80% dos casos de canceres pediátricos ocorrem em países com índice baixo de desenvolvimento humano (IDH), com acesso aos serviços de cuidado a saúde de baixa qualidade (FELICIANO, et al. 2019).
Entre os tipos de câncer mais prevalentes em crianças e adolescentes são leucemias, os tumores do Sistema nervoso Central (SNC) e linfomas. Os sintomas correlacionados ao diagnóstico e ao tratamento, e o mais constante para este público é a fadiga, seguido da náusea, falta de apetite e da dor (NUNES, et al. 2022).
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos que em geral tem sua origem desconhecida, tem o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais (INCA,2022).
A Leucemia linfoide aguda LLA se caracteriza por um aumento significativo e disfuncional no número de células linfoides, que se diferenciam pelo quadro de imaturidade celular encontrado na medula óssea, bem como em outros órgãos hematopoiéticos, o que compromete a produção de células sanguíneas (AZEVEDO, et al. 2021).
A atenção farmacêutica (AF) segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF) é caracterizada por atuação do farmacêutico, em que o paciente é o principal beneficiado. Dessa forma, o farmacêutico atua efetivamente na assistência ao paciente comprometendo-se junto a equipe multidisciplinar, pela segurança e eficácia da farmacoterapia. Isto se dá por meio da identificação, solução e prevenção de problemas relacionados a medicamentos (PRMs) (AGUIAR, et al. 2018).
Garantir a integridade do paciente na oncologia pediátrica, é um desafio para a equipe multiprofissional que trabalha nos centros oncológicos especializados, visto que, necessita de cuidados especiais principalmente para os portadores da LLA.
Por isso, o cuidado farmacêutico é importante durante todo o tratamento, seja desempenhando a atenção farmacêutica, a qual deve ser focada nos cuidados com o paciente, avaliando a prescrição feita pelo médico, posologia e as interações de fármacos e alimentos, via administrada, efeitos adversos, na intenção de diminuir e prevenir complicações correlacionadas ao medicamento.
Pois a individualidade no tratamento oncológico exige do profissional constante atualização, pois, a atuação dos fármacos utilizados no tratamento pediátrico carece de estudos clínicos e da disponibilidade no país. Logo o acompanhamento farmacoterapêutico tem suma importância pois colabora para a diminuição das falhas associados ao medicamento e ao tratamento dando ao paciente uma qualidade de vida. Portanto, o objetivo desta presente pesquisa é descrever a atuação do farmacêutico no tratamento de leucemia linfoide aguda em crianças e adolescentes no setor de oncologia pediátrica.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Câncer Pediátrico
O câncer pediátrico são neoplasias que acometem crianças e adolescentes de zero a dezenove anos de idade, na qual é a segunda causa de mortes na infância, são responsáveis pela maior perda de potenciais vidas (IUCHNO,2019).
No contexto mundial o GLOBOCAN 2020 de incidência e mortalidade por câncer com atenção na variação geográfica em 185 países apresentou para o ano de 2020 aproximadamente 19,3 milhões de caso novos e 10 milhões de mortes. Mais de 15. 000 casos novos de crianças e adolescentes diagnosticados com câncer anualmente, tornando-se 1.960 mortes. Para pacientes pediátricos de um a 19 anos nos Estados Unidos da América, o câncer é uma das principais causas de morte por doença (NUNES, et al. 2022).
As estimativas para o câncer em crianças e adolescentes no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022, casos novos recém diagnosticados 8.460 sendo 4.310 no sexo masculino e 4.150 casos no sexo feminino, esses valores representam um risco considerado de 137,87 casos novos por milhão no sexo masculino e por 139,04 por milhão no sexo feminino (INCA, 2020).
No Brasil as neoplasias pediátricas terão uma incidência maior em meninos na região sudeste, com 158,15/milhão, e no grupo das meninas será mais incidente na Região Sul, com 173,55/milhão (NUNES, et al. 2022).
Existe diferenças entre o câncer pediátrico e o câncer em adultos que é principalmente na morfologia do tumor, comportamento clínico da patologia e sua localização primária, nas crianças e nos adolescentes o câncer na maioria das vezes atinge o sistema hematológico e tecidos de sustentação. Em adultos a neoplasia age nas células epiteliais que recobre os órgãos, são as mais afetadas. Enquanto o câncer em adultos tem origem em fatores genéticos e fatores ambientais como uso de cigarro e exposição a raios solares por exemplo, porém o câncer infantil ainda não possui estudos que comprovem a influência desses fatores nessas características (INCA, 2019).
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese. Este é resultado de acúmulos de várias mutações não letais e de agentes ambientais como substâncias químicas, agentes físicos, radiação, agentes biológicos e outros potenciais carcinógenos, mas conjuntamente vinculado com a genética do indivíduo (ARAÚJO, et al. 2019).
Portanto, a oncogênese é um processo composto por três estágios, sendo eles: estágio de iniciação, no qual os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, estágio de promoção, no qual os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada e estágio de progressão, caracterizado pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula (BEZERRA,2021).
O diagnóstico precoce é muito importante, pois aumenta as possibilidades de cura principalmente quando o tratamento é realizado em centros especializados, proporcionando um tratamento adequado e com qualidade de vida atingindo até 70% de cura, que é semelhante em países desenvolvidos (GRAAC, 2018).
Portanto cerca de 1\4 das crianças e adolescentes que são afetados pelo câncer permanecem com vida após os 30 anos de idade depois do diagnóstico e obtém altas taxas de cura alcançando 80% em algumas neoplasias hematológicas (SOARES; BARRETO,2022).
2.2 Leucemia Linfoide Aguda
As leucemias são um conjunto heterogêneo de neoplasias com origem em células neoplásicas do sistema hematopoiéticos, devido á mutações somáticas e da replicação monoclonal de células progenitoras, que podem ser de linhagem mieloide ou linfoide (BASSO, et al. 2019).
Existe diversos tipos de leucemia, umas são de crescimento muito acelerado e agressivo cuja célula se encontra em fase imatura do desenvolvimento celular (agudas), outras de avanço mais lento e com formas mais maduras (crônica). As LLA são as mais comuns, representando aproximadamente 75% dos casos, seguidas pelas leucemias mieloides agudas (LMA), que totalizam de 15 a 20% dos casos (RODRIGUES; MARTIN; MORAES,2016)
Porém a LLA é mais predominante em homens do que em mulheres, e três vezes mais frequente em brancos do que em negros, e seus sintomas mais comuns são relacionados a anemia, trombocitopenia e neutropenia devido à substituição da medula óssea pelo tumor, sendo assim seus sintomas são fadiga, hematomas, sangramentos espontâneos ou fáceis e infecções (PUCKETTY, 2022).
A LLA é a doença maligna mais frequente em crianças e adolescentes, com incidência anual em torno de 3 a 4 casos por 100.000 crianças menores de 15 anos. A quimioterapia multimodal estabelece a base de tratamento atual da LLA. Com a colaboração nacional e internacional em ensaios clínicos prospectivos e randomizados consecutivos, o prognostico de LLA melhorou consideravelmente ao longo do tempo. Atualmente 90% de todos os pacientes pediátricos de LLA sobreviverão (BADER, et al.2022).
Portanto a LLA é uma neoplasia maligna de linfócitos B ou T que é definida pela proliferação descontroladas de linfócitos anormais e imaturos e seus progenitores que, na análise final, consequentemente levado a substituição de elementos da medula óssea e outros órgãos linfoides, ocasionando um padrão típico da doença característica de linfoide aguda – figura 1 (PUCKETTY, 2022).
Figura 1: Desenvolvimento de células sanguíneas
Fonte: National Câncer Institute (NIH)
2.3 Setor de Oncologia Pediátrica
O cuidado a criança com câncer no setor oncológico de pediatria deve ser integral e humanizado, sendo importante a atuação da equipe multidisciplinar, visto que atuar na oncologia pediátrica seja um desafio as competências do profissional, pois exige conhecimento técnico- científico, empatia e capacidade de comunicação no decorrer do diagnóstico e tratamento (SCARATTI, et al. 2019).
A farmacoterapia tem características multidisciplinar, sendo que envolvem distintos profissionais, como médicos, enfermeiras e farmacêuticos de forma direta ou indireta, no cuidado ao paciente. Dessa forma, todos devem verificar e reduzir as prováveis falhas no processo garantindo segurança ao paciente e preservando as boas práticas assistenciais.
As leucemias são os canceres mais predominantes em crianças e adolescentes, entre os vários tipos, a LLA é a mais prevalente. O seu tratamento é geralmente composto por quimioterapia. Os pacientes também precisam de uma grande diversidade de outros medicamentos como uma terapia de suporte, porém, os riscos de sofrerem efeitos adversos são altíssimos (OLEGÁRIO, 2021).
Para o tratamento ter eficácia é necessário ter critérios como idade e o quadro clínico para que assim possa ser definido um protocolo terapêutico para o paciente. É necessário que o diagnostico seja o mais rápido possível, pois mais cedo se inicia o tratamento, aumentando as chances de cura, podendo amenizar o sofrimento do paciente (CAVALCANTE, et al. 2017).
O tratamento de LLA é dividido em etapas e constitui-se em três fases principais:
indução, consolidação e manutenção. A última fase de manutenção, é caracterizado por ser um tratamento mais brando e contínuo por vários meses, com prescrição de medicamentos com via de administração oral e domiciliar, sob responsabilidade da família. A terapia de manutenção é tão importante quanto as fases iniciais de tratamento, para que alcance a cura e não exista uma recidiva (TESSMANN, et al. 2020).
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento para algumas patologias que afetam as células do sangue como a leucemia, que consiste na troca de uma medula óssea doente por células normais da medula óssea, com a intenção de reconstruir uma medula saudável. O transplante pode ser autogênico, quando a medula vem do próprio paciente, no transplante alogênico a medula vem de um doador. Porém o transplante pode ser feito a partir de células percursoras de medula óssea obtidas através de sangue circulante de um doador ou do sangue do cordão umbilical (INCA, 2023).
2.4 Funções do Farmacêutico Oncológico
O farmacêutico vem ampliando sua área de atuação no âmbito da oncologia desde a década de 90, onde o Conselho Federal de Farmácia estabelece por meio da RDC n° 288/1996, a competência legal para o exercício da manipulação de drogas antineoplásicas pelo farmacêutico. Recentemente o Conselho Federal de Farmácia publicou a RDC n°640 de 2017, que dá nova redação ao artigo 1º da Resolução/CFF nº 623/16, estabelecendo titulação mínima para a atuação do farmacêutico em oncologia (SANTOS, et al. 2021).
O preparo de antineoplásicos está incluído na série de processos da preparação das drogas citotóxicas, iniciando pelo transporte, manipulação, dispensação, administração, desenvolvimento e descarte de resíduos de produtos. O farmacêutico é legalmente responsável pelas funções da farmácia e da central de quimioterapia, deve organizar e prover os colaboradores de todo o processo de quimioterapia das informações sobre as técnicas assépticas, dos cálculos de fracionamento, da reconstituição, da retirada de frações do frasco e da transferência para o sistema fechado dos antineoplásicos (SANTOS, et al. 2018).
Nesse contexto a oncologia, as fundamentais metas globais associadas ao cuidado farmacêutico envolvem: estímulo do cuidado de alta qualidade, a eliminação de erros de medicação com agentes neoplásicos, a criação de um planejamento ético para gerenciar os medicamentos, e apoio para o aperfeiçoamento dos resultados da utilização de neoplásicos (SILVA, 2019).
Segundo Souza et al. (2016) a função do farmacêutico está se tornando muito importante pois garante a qualidade do processo farmacoterapêutico, pois a avaliação da prescrição por esse profissional permite a redução de custos, de modo que melhore a eficácia do tratamento.
Ao desempenhar sua função o farmacêutico oncologista deve sempre está ativo no que se refere as normas de biossegurança que esta é definida como um conjunto de condutas voltadas para anulação, prevenção e reduzir riscos, visando a prevenção do meio ambiente e saúde humana (LIMA; SILVA; GUEDES, 2020).
De acordo com a SBRAFH (2017) as atribuições do farmacêutica estão em planejamento, aquisição, armazenamento e distribuição\descarte de medicamentos, além de atividades clínicas como acompanhamento e orientação aos pacientes e ainda fazer a promoção do uso racional de medicamentos utilizados como detalhado na Tabela 1.
Tabela 1- Atribuições do farmacêutico no âmbito oncológico
Administração de medicação de suporte do paciente |
Adição medicamentosa necessária |
Ajuste nas doses |
Conciliação dos medicamentos e alergias |
Monitorização dos fármacos |
Promoção do uso racional dos medicamentos |
Alterações das vias de administração |
Assegurar a adesão terapêutica |
Prevenir e monitorar as reações adversas aos fármacos |
Fonte: PEIXOTO, p 36, 2022
2.5 Cuidados Necessários do Farmacêutico Clínico no Tratamento de LLA
O farmacêutico, em seu conjunto de ações com foco multidisciplinar, dedicando-se com outros profissionais da saúde para solucionar e, constantemente, evitar problemas na farmacoterapia. Deste modo, o profissional nesta área procura achar e resolver de modo sistematizado e documentando os problemas relacionados aos medicamentos (PRM´s) e reações adversas a medicamentos (RAM) que surgem durante o tratamento, além de atuar no acompanhamento do paciente, visando um atendimento seguro (SANTOS, et al. 2018).
O cuidado farmacêutico é fundamental para o tratamento de pacientes oncológico, com o propósito de melhorar a condição clínica e a qualidade de vida do paciente no decorrer do tratamento. Os estudos mostram que ainda a importância do manejo das reações adversas e da estruturação da atenção farmacêutica aos pacientes oncológicos (FERREIRA, et al. 2022).
As principais contribuições do farmacêutico clínico na assistência a pacientes oncohematológicos são: avaliar prescrição médica quanto a quantidade, qualidade, compatibilidade, estabilidade e interações, cuidados de suporte gestão, como o controle de terapias antiinfecciosas, assistência na substituição de tratamento, avaliação de pacientes sobre a toxicidade em quimioterápicos e eficácia do tratamento, rastrear efeitos iatrogênicos, além de educar os pacientes, cuidadores e profissionais da saúde, monitoramento, analisar e relatar resultados relacionados ao tratamento para poder auxiliar e melhorar a pratica clínica, tais funções são fundamentais para proporcionar segurança ao paciente ao utilizar antineoplásicos evitando gastos desnecessários com a utilização de medicamentos ou internações decorrentes de erros de medicações que poderiam ser evitadas (OLIVEIRA, et al. 2020).
Os quimioterápicos antitumorais têm a finalidade de destruir as células tumorais, porém devido a sua ação inespecífica desses quimioterápicos lesionam tanto células saudáveis (principalmente células de crescimento rápido) quanto as células tumorais, provocando diversos efeitos colaterais nos pacientes como vômitos, náuseas, mal-estar, perda de cabelo e vulneráveis a infecções (ALVES; TAVARES; BORGES,2020).
A AF é um conjunto de ações farmacêuticas visando a orientação dos pacientes com o objetivo de aumentar a eficácia do tratamento medicamentoso, concomitante a identificação de PRMs (ALVARES;TAVARES; BORGES, 2020) é importante nos cuidados de LLA pois melhora ou diminui os erros correlacionados ao medicamento e junto com a equipe multiprofissional determina a intensidade do tratamento através do grupo de risco e a farmacoterapia ideal para o paciente tornando o tratamento totalmente individualizado, visando a segurança do mesmo e aumentando sua qualidade de vida (SANTOS;DIAS; AMDLEN, 2019). Além disso, cabe ao farmacêutico realizar o acompanhamento diário da equipe multiprofissional, levando conhecimento sobre os fármacos prescritos (FERREIRA, 2022). O objetivo da AF é assegurar uma farmacoterapia racional e segura. Com parâmetros de macrocomponentes promovendo a educação em saúde, orientação e atendimento farmacêutico, dispensação de medicamentos e acompanhamento farmacoterapêutico. AF também tem a função de registrar as atividades, e avaliar os resultados das PRMs (ALVES; TAVARES; BORGES,2020).
Portanto a implantação de um serviço de farmácia clínica em centros especializados em oncologia tem sido descrita como uma importante estratégia para a diminuição de prescrições erradas, interações e reduzindo o número de internações, e consequentemente, custos do tratamento e impactos negativos na saúde do paciente (OLIVEIRA, et al. 2020).
3 METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, no qual tem por finalidade reunir e sintetizar estudos indexados de um determinado assunto e avaliá-los rigorosamente para assim contribuir com o aprofundamento do conhecimento do tema investigado (FERENHOF; FERNANDES, 2016).
Para a elaboração da pergunta de investigação foi utilizada a estratégia PICO, tendo por finalidade a elaboração da questão de pesquisa da revisão integrativa (FERENHOF; FERNANDES, 2016). A estratégia PICO define claramente a população, intervenção, grupo de comparação e o desfecho a ser avaliado, com isso possibilita a identificação de palavraschave além de contribuir com a busca de estudos relevantes para a elaboração deste estudo (DIAS; SÁ, 2018). Deste modo, a pergunta de investigação foi: “Quais os cuidados farmacêuticos necessários para o tratamento de LLA em crianças e adolescentes? “.
Tabela 2- Elaboração da pergunta norteadora PICO.
Definição | Acrômio | Descritores |
População | P | Pacientes pediátricos portadores de LLA |
Intervenção | I | Avaliação clínica Acompanhamento/monitoramento do uso de medicamentos (dose; formulação; interações; reações adversas, problemas relacionados ao medicamento etc.); Educação do paciente; Aconselhamento e adesão ao tratamento |
Comparação | C | Sem comparação |
Desfecho | O | Atuação farmacêutica na melhora do quadro clínico do paciente. |
Tipo de estudo | S | Ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte. |
Fonte: Autoria Própria, 2023 – LLA: Leucemia Linfoide Aguda.
As bases de dados utilizadas para as buscas foram: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline/Pubmed), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Electronic Library On-line – Scielo, EBSCO, CAPES – periódicos, Revista Brasileira de Cancerologia – RBC.
A busca dos artigos ocorreu de agosto de 2022 a outubro de 2022 e deveriam ser artigos originais datados dos últimos 9 anos (2015 a 2023) limitados aos idiomas português e inglês. Os artigos foram selecionados usando os descritores: “farmacêutico”, “cuidados farmacêuticos”, “farmácia clínica”, “LLA” e “atenção farmacêutica” e suas traduções para o inglês.
Os critérios de inclusão foram ensaios clínicos randomizados e estudos de coorte datados e publicados no período de 2015 a 2023 adequados ao tema proposto, nas línguas portuguesa e inglesa. Foram excluídos estudos editoriais, artigos em outras línguas estrangeiras e que não estejam de acordo com o tema.
Os resultados foram obtidos a partir da leitura completa dos estudos que corroborassem com o objetivo desta revisão integrativa. Em um primeiro momento, os artigos encontrados nas bases de dados passaram por uma análise que consistia na leitura do título e resumo, em um segundo momento os estudos selecionados foram lidos na íntegra e após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão somente 05 estudos foram analisados, de acordo com a tabela 3.
Tabela 3- Tabela de estudos selecionados e incluídos na revisão integrativa.
Bases de dados | Scielo | Pubmed | Lilacs | Capes | RBC | Ebsco |
Artigos encontrados | 5 | 13 | 5 | 17 | 3 | 5 |
Análise do título e resumo | 4 | 4 | 5 | 2 | 3 | 5 |
Leitura do estudo na íntegra | 5 | 8 | 5 | 5 | 3 | 5 |
Artigos excluídos | 5 | 8 | 5 | 17 | 3 | 5 |
Total de artigos incluídos | 0 | 5 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Fonte: Autoria Própria, 2023
4 RESULTADOS
Foram encontrados 48 artigos. Após a leitura na íntegra, foram incluídos apenas (05) cinco artigos, dispostos nas tabelas 4 e 5 e conforme autor e ano de publicação, nível de evidência, amostra estudada, método, intervenção, resultados e conclusão. Destes, todos os artigos apresentaram uma abordagem metodológica ensaios clínicos randomizados (o que caracteriza que os estudos testaram a eficácia da intervenção farmacêutica em uma população de pacientes com LLA) estudos de coorte (estudos retrospectivos e prospectivos), nas quais foram escolhidas de forma aleatória. Diante disso, foram observados resultados positivos, quando a intervenção farmacêutica envolve ajustes de doses, mudança da medicação, acompanhamento/monitoramento do uso de medicamentos (interações; reações adversas etc.), aconselhamento, adesão ao tratamento e educação farmacêutica ao paciente.
Tabela 4. Estudos de ensaios clínicos randomizados referentes as intervenções do farmacêutico clínico aos pacientes pediátricos com LLA
Autor(es)/ano | Objetivo | Amostra | Método | Intervenção | Resultados e Conclusão |
Aguiar, et al.2018. | Demonstrar o impacto econômico da avaliação farmacêutica na detecção e prevenção de erros na prescrição de antineoplásicos. | Foram incluídas prescrições de pacientes internados e ambulatoriais com doenças oncológicas e hematológicas, adultos e pediátricos | Estudo observacional e retrospectivo | Farmacoeconom ia | Nos resultados observaram-se em termos de gastos a identificação de PRMs representaram para a instituição uma economia de R$54.081,01 e gastos de R$20.863,36 resultando em um saldo positivo de R$33.217,65. Ações simples como a checagem de prescrições são capazes de identificar e prevenir problemas relacionados a medicamentos, evitar prejuízos financeiros e agregar um valor imensurável à segurança do paciente. |
Barbosa, et al. 2019 | Descrever as reações adversas ao medicamento L por asparaginase, desenvolvidas pelo pacientes oncopediátricos, acompanhados serviço de Farmácia clínica. | Pacientes com diagnóstico de LLA de ambos os sexos, com idade média de 5 anos. Pacientes: (n=9) | Estudo transversal retrospectivos descritivo | Farmacovigilância | Os resultados obtidos foram a detecção de RA a medicamentos pois as notificações contribuíram para a avaliação da fase pós- comercialização da Lasparaginase apontando a necessidade da realização de uma vigilância maior durante o uso do medicamento. É necessária uma atenção especial aos pacientes oncopediátricos, visto que a possibilidade de ocorrer reações adversas a medicamento é mais elevada |
Penha, et al. 2020 | Descrever as discrepâncias encontradas por meio da reconciliação medicamentosa realizada por um farmacêutico clínico em pacientes pediátricos internados em um hospital público oncológico. | Pacientes diagnosticados com Leucemias, doenças mieloproliferativas e doenças mielodisplásicas Pacientes: (n=197) | Estudo transversal descritivo | Conciliação medicamentosa. | Este estudo apresentou resultados de altas discrepâncias não intencionais entre a lista atualizada de medicamentos e a prescrição médica em pacientes pediátricos com câncer, sendo a maioria classificada como omissão. Nossos resultados mostram a importância do farmacêutico clínico em minimizar os erros de medicação nesses pacientes. |
Chen PZ, Wu CC, Huang CF, 2020. | Este estudo avaliou o impacto clínico e econômico da intervenção do farmacêutico clínico em uma unidade de hematologia. | Prontuários de pacientes internados em uma unidade de hematologia. Pacientes: (n= 670 e 773) | Estudo retrospectivo | Orientação farmacêutica para os pacientes sobre o uso de medicamentos. Conciliação medicamentosa | Os resultados demonstraram que o tempo médio de internação diminui de 19,27 para 16,69 dias após a implantação do farmacêutico clínico. Este estudo demonstrou que o número de intervenções aumentou significativamente após a implantação do farmacêutico clínico. Esse serviço pode reduzir erros de medicação, eventos adversos a medicamentos evitáveis e custos de medicamentos e possíveis eventos adversos a medicamentos. |
Fonte: Autoria própria, 2023 – LLA= Leucemia linfoide aguda, PRMs= Problemas relacionados a medicamentos RA= Reações adversas, n= número.
5 DISCUSSÃO
Durante a análise dos resultados desta pesquisa observou-se que o farmacêutico clínico com a equipe multidisciplinar está diretamente ligado a farmacoterapia do tratamento de LLA nos centros especializados e que suas respectivas funções são fundamentais para o paciente pediátrico, sendo assim beneficiado com um tratamento seguro.
De acordo com a pesquisa de Barbosa et al. (2019) o paciente pediátrico com LLA é propenso a ter reações adversas a medicamentos principalmente pelo do uso da L-asparaginase, com isso, o estudo de Aguiar et al. (2018) aponta que as intervenções farmacêuticas nas reações adversas são importantes prevenindo Problemas relacionados a medicamentos PRMs, evitando prejuízos financeiros e proporcionando ao paciente um tratamento seguro e eficaz.
Assim também no tratamento de hemangiomas infantis (HI) o estudo de Castaneda S, et al. (2016) mostra que o propranolol é um medicamento linha de frente no tratamento para esta patologia, porém por uma alta probabilidade de resultados negativos a terapia, pois em vários países não existe protocolos com tratamento ou a formulação de propranolol adequada para o paciente pediátrico, com a intervenção do farmacêutico foi possível o desenvolvimento de uma formulação repentina e no aconselhamento aos pais da criança foi observado que a cada ‘visita aos serviços de farmácia, os familiares eram entrevistados detectando e classificando problemas relacionados ao tratamento, reduzindo a probabilidade de efeitos adversos e promovendo um tratamento seguro e eficaz.
Segundo Ribed, et al. (2015) a assistência farmacêutica de alto padrão e qualidade com altos níveis de satisfação do paciente tem a capacidade de garantir os requisitos de segurança como interações e erros de medicamentos e a eficácia com a adesão e a permanência do paciente ao tratamento, no estudo de Agnol et al. (2022) relata de forma análoga que é necessário acompanhamento farmacoterapêutico focando na análise de exames laboratoriais e atenção especial aos quimioterápicos orais, demonstrando que a alta taxa de aceitabilidade e a inclusão de intervenções farmacêuticas mostram que o trabalho do profissional farmacêutico é importante.
Os principais benefícios das intervenções farmacêuticas no tratamento pediátrico de LLA observadas nas pesquisas descritas nas tabelas 4 e 5 foram: Melhora na qualidade de vida, resolução de PRMs, Soluções de reações adversas a medicamentos, melhora na adesão ao tratamento, alterações de doses e a orientação ao paciente, corroborando com o estudo de Chen PZ,Wu CC, Huang CF,(2020) que aponta que o farmacêutico no setor de oncologia pediátrica tem a função de diminuir o tempo de internação e promover qualidade de vida.
Conforme Santos, et al. (2019) a reconciliação medicamentosa é uma função que procura minimizar discordâncias nas prescrições com dualidades e omissões de medicamentos, e tem como proposito a prevenção de erros de medicação, é caracterizada como um processo de obtenção de uma lista completa, precisa e atualizada dos medicamentos, para cada paciente utilizá-la em casa contendo as seguintes informações nome, dosagem, frequência e a via de administração, a ser verificada com as prescrições medicas realizadas na admissão, transferência e alta hospitalar.
Sob o mesmo ponto de vista Penha, et al. (2020) relata em seus resultados que o farmacêutico clínico através da reconciliação medicamentosa em conjunto com a equipe multidisciplinar são fundamentais para uma farmacoterapia segura, eficaz e pensada na individualidade do paciente minimizando erros de medicação.
E existe a importância de incluir serviços de farmácia clínica conforme a pesquisa de Lobato, et al, (2019) centros oncológicos de hematologia, serviços de farmacêuticos clínicos contribui consideravelmente para a eficácia do tratamento, diminuindo custos, aumento da segurança no uso de medicamentos e na qualidade de vida.
Da mesma forma o estudo de Hailu, et al. (2021) analisou a inclusão de serviços de farmácia clínica, identificou prevenções de PRMs clinicamente importantes, auxiliando outros profissionais quanto ao uso de medicamentos.
Assim também o estudo de Santos; Andrade, (2023) evidenciou – se que o farmacêutico clínico é importante para a otimização da farmacoterapia dos pacientes oncológicos, possibilitando a redução de custos, obtendo resultados favoráveis, mudança de práticas profissionais reduzindo eventos adversos ampliando o conhecimento da equipe, pacientes e cuidadores sobre a terapia antineoplásica.
As orientações do farmacêutico clínico na pesquisa de Akkawi El, et al. (2022) sobre o uso de antineoplásicos orais administrados pelos pais em pacientes com LLA e tumores cerebrais em domicílio, os resultados deste estudo comprovaram que os pais não estavam manuseando os medicamentos de forma correta ou com segurança em casa sem as intervenções, porem intervencionar os pais de crianças com tumores cerebrais é de extrema urgência, pois precisam manipular as capsulas e a técnica de manuseio é complicada, e essas crianças costumam ser mais afetadas pela sua patologia do que as crianças com LLA. As intervenções foram combinadas com o treinamento e a prática das informações ajudou aos pais a manusear os medicamentos orais de maneira eficaz em domicílio promovendo segurança ao paciente e potencializando a dosagem, a adesão ao tratamento e o conhecimento sobre os efeitos adversos importantes.
Portanto, segundo a pesquisa de Simões, et al. (2020) o acompanhamento, orientação e monitoramento pelo farmacêutico capacitado são fundamentais para o cuidado de pacientes oncológicos pediátricos.
Assim como o estudo de M. Segal, et al. (2019), que o farmacêutico oncológico certificado pelo conselho é adequado para servir como um extensor médico em conjunto com enfermeiros ou assistentes médicos por serem especialistas em medicamento na equipe, seu valor é demonstrado quando seu papel como provedor na linha de frente quando se refere a atendimento ao paciente.
Por fim, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas a cerca deste assunto devido à escassez na literatura, com finalidade de verificar as atribuições do farmacêutico no setor de oncologia pediátrica no tratamento de crianças e adolescentes com LLA.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa permitiu concluir que as intervenções do farmacêutico são fundamentais no tratamento de LLA, e que sua atuação vai muito além do que apenas a manipulação de antineoplásicos, na qual sua atuação clínica em conjunto com a atenção farmacêutica, orientação farmacêutica e a reconciliação medicamentosa podem trazer diversos benefícios para o paciente oncológico pediátrico minimizando o tempo de internações do paciente e reduzindo custos financeiros para as instituições de tratamento.
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1Acadêmica do 10° período do curso de Farmácia. da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, julianasivaoliveira97@gmail.com
2Orientador, Especialista em Fisioterapia traumato- ortopédica e desportiva, Professor do curso de Fisioterapia da Faculdade Unisulma-Unidade de ensino Superior do Sul do Maranhão, brunowyllian_@outlook.com.