ATENÇÃO FARMACÊUTICA NO MANEJO DA POLIFARMÁCIA COM ÊNFASE NO CUIDADO DO IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

ATTENTION PHARMACEUTICAL IN THE MANAGEMENT OF POLYPHARMACY WITH EMPHASIS IN THE CARE OF THE ELDERLY: A LITERATURE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8045014


Adriane Mikaelly Montilha Melo;
Jessica Ferreira Da Silva Esteves;
Armstrong Emanuel De Melo Almeida.


RESUMO

Este estudo tem por finalidade realizar uma revisão bibliográfica para evidenciar a importância do profissional farmacêutico para a administração da polifarmacia nos idosos, que representa 14.7% da nação brasileira. Essa faixa etária se evidencia por pessoas acima dos 60 anos. Com o envelhecimento doenças como diabetes, artrite, doença de parkinson, mal de alzheimer, hipertensão e depressão e suas consequências passa a ter o uso continuo e a associação dos mesmo precisa de acompanhamento de uma equipe de médicos, sendo o farmacêutico uma parte importante nesta junção. A polifarmacia é caracterizado pela junção de 5 ou mais medicamentos , venda livre, prescritos e/ou tradicionais e complementares. Os idosos precisam de atenção cotidiana, sendo o uso de muitos medicamentos uma complicação quanto a posologia, reação adversas entre outro tendo o farmacêutico uma peça importante para uma terapia correta, consequentemente diminuindo problemas decorrente do uso inadequado dos medicamentos.

Palavras- chaves: Atenção farmacêutica, idosos, polifarmácia, medicamentos, profissional de farmácia.

ABSTRACT

This study aims to carry out a bibliographic review to highlight the importance of the pharmaceutical professional for the administration of polypharmacy in the elderly, which represents 14.7% of the Brazilian nation. This age group is evidenced by people over 60 years old. With aging, diseases such as diabetes, arthritis, parkinson’s disease, alzheimer’s disease, hypertension and depression and their consequences begin to be used continuously and their association needs monitoring by a team of doctors, with the pharmacist being an important part of this junction. Polypharmacy is characterized by the combination of 5 or more medications, over-the-counter, prescribed and/or traditional and complementary. The elderly need daily attention, and the use of many medications is a complication regarding dosage, adverse reactions, among others, with the pharmacist being an important part of correct therapy, consequently reducing problems resulting from the inappropriate use of medications.

Key words: Pharmaceutical care, elderly, polypharmacy, medication, pharmacy professional.

  1. INTRODUÇÃO

Segundo dados obtidos através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (BRASIL, 2022)no anos de 2021 o Brasil passou a ter 31,200 milhões de habitantes com idade acima de 60 anos o que representa 14.7% da população brasileira.Com esses dados, evidência-se conseqüentemente um aumento das doenças causadas pelo avanço da idade, apresentando situações de vulnerabilidades, o que impulsionam a uso da Polifarmácia, estando assim sujeitos aos efeitos muitas vezes surpreendentes.

Tendo em vista que a Polifarmácia se configura pelo uso de cinco ou mais medicamentos por uma única pessoa, Santos (2018) afirma que;

essa prática vem se evidenciando de forma expansiva entre a população idosa e trazendo graves riscos à saúde é que pensando sob este aspecto se analisa a relevância do desempenho do profissional de Farmácia o qual tem como uma de suas funções o bem-estar e a qualidade de vida de seus pacientes, em especial os idosos, incentivando-os ao uso consciente de medicamentos.

É neste sentido que Chagas (2014) se refere a Atenção Farmacêutica como a prática que tem como principal escopo melhorar a qualidade de vida dos pacientes que fazem ou não uso de medicamentos, assim como oportunizar um tratamento farmacológico ou prevenir problemas que estejam relacionados ao uso de medicamentos.

Para Wise (2013) a Polifarmácia frequentemente controla as doenças de base, diminuindo a morbimortalidade, entretanto se faz necessário que a prescrição de diversos medicamentos esteja embasada na necessidade clínica do paciente.

Segundo Bueno (2012)

“É importante considerar que a maioria dos idosos, por conta de fragilidade uma vulnerabilidade para o desenvolvimento de doenças crônicas ou agudas, sendo necessário a utilização de medicamentos, ficando mais expostos a risco de reações adversas, podendo aumentar quando se utilizam medicamentos inadequados”.

Mediante tais considerações o trabalho tem como objetivo principal analisar como a Atenção Farmacêutica no manejo da Polifarmácia pode contribuir para alertar os pacientes idosos para os riscos do uso de medicamentos sem a devida orientação profissional.

  1. REFERENCIALTEÓRICO

2.1 DEFINIÇÃO DE IDOSO

Para Santos et al., 2019 o mundo vive o fenômeno de longevidade, sendo que essa nova realidade apresenta oportunidades e desafios diversos à sociedade, especialmente as que envelhecem rápido como a brasileira.
O Estatuto da Pessoa Idosa Lei nº 10.741/2003 do dia 01 de outubro de 2003, teve sua redação alterada para a Lei 10.423/2022 (Brasil, 2022) ressalta:

  • art.1º Se instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, que tem como intuito regulamentar os direitos garantidos às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
  • art. 2º são direitos fundamentais à pessoa humana, sem estrago na proteção integral , assegurando-lhe, todas as probabilidade e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e sem restrição ao direito a moralidade, intelectualidade, espiritualidade e convivio social, em condições de liberdade dignidade. 

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (BRASIL, 2022) a Lei nº 10.741/2003  afirma que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso a efetivação dos seus direitos conforme assegura o estatuto da pessoa idosa.

Estudo desenvolvido por Rodrigues (2018) revela que no ano de 2016 o Brasil era o país com a quinta maior população de idosos do mundo. O mesmo estudo transparece que em 2050 cerca de 30% da população brasileira será idosa, algo próximo a 90 milhões de habitantes. Inclusive, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2023) revelou que no ano de 2022, 14,7% da população brasileira é de idosos, cerca de 31,200 milhões de habitantes.

Conforme Farias e Santos (2012) a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como:

“um processo continuo, individual, natural, irremediável, absoluto, não é uma doença, dispõe na percepção do tempo, com degeneração do organismo maduro, próprio a todos os integrantes de uma espécie, de maneira que o tempo aumente a possibilidade da morte”.

2.2 PRINCIPAIS CAUSAS DA POLIFARMÁCIA NOS IDOSOS

Durante o processo de envelhecimento, é natural o surgimento de doenças, visto que há um constante deterioramento das células humanas, Brundtland (1999). De acordo com o Ministério da Saúde (2018) 75,3% da população usam exclusivamente o SUS como serviço de saúde. O mesmo aponta que quase 70% possui doença crônicas entre elas: diabete, hipertensão ou atrite, sendo o uso de remédios indispensável para viver ou ter qualidade de vida.

Outras doenças como doença de Parkinson, mal de Alzheimer e depressão fazem parte da lista de doenças que ajudam os idosos a ter que fazer uso da polifarmácia.

  • Diabetes: É uma doença caracterizada pela falta de insulina e/ ou incapacidade dessa de ocasionar os efeitos desejados, que é a quebra de moléculas de glicose para a produção de energia. Uma vez que esse processo não ocorre adequadamente, as taxas de glicose no sangue ficam altas, e isso pode gerar diversas complicações para pacientes, podendo em casos mais graves levar a morte.
  • Hipertensão: A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias que tem por conceito ao aumento da pressão acima de 140/90 mmHg (ou 14 por 9). Com a elevação da pressão o coração se sobrecarrega deixando de dividir o sangue de maneira adequada podendo acarretar em enfarte, acidente vascular, aneurisma e insuficiência cardíaca e renal (Brasil, 2023).
  • Artrite: Doença crônica, sistêmica, auto imune, sendo as mulheres acima dos 50 anos as com mais incidência da doença. Suas principais características são as inflamações nas articulações, manifestações extra articulares como derrame pleural, pericardite, vasculite, síndrome de Sjögren entre outras (Oliveira, 2023).
  • Doença de Parkinson: é uma enfermidade crônica e degenerativa, acarretando na perda de neurônios dopaminérgicos. Suas principais manifestações são rigidez, tremores, alterações posturais e da marcha. Pode acarretar mudanças vocal, rouquidão, voz áspera, aumento da nasalidade e redução do controle muscular das estruturas laríngeas está propircio que podem surgir no decurso da doença ( Da Silva 2023, pg nº 03).
  • Mal de Alzheimer: é a patologia neurodegenerativa associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em uma deficiência progressiva e uma eventual incapacitação. Um dos sinais é a perda da memória recente, enquanto as lembranças antigas são preservadas até um certo estágio da doença (SerenikiI e Vital, 2008 pg nº 03).
  • Depressão: Conhecida como o mal do século, está ligada a medicina psiquiatrica, no Brasil 15,5% da população poderá ter depressão, suas principais caracteristicas é o isoladamente ou associada a um transtorno físico. De acordo com a OMS, a depressão mundialmente situa-se em quarto lugar entre as causas de doenças crônicas ( Brasil, 2023).

Segundo a pesquisadora Maitan et al. 2020 o anti-hipertensivo, diurético e analgésico são os medicamentos mais utilizados por idosos utilizado para controlar doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, e para reduzir as dores crônicas.

Secoli (2010) evidencia que o acumulo de doenças que o passar dos anos revelam tornam-se uma constante o uso de medicamentos na população idosa tornando a polifarmácia um ciclo rotineiro na vida dos mesmo. Em seus estudos Cândido (2018),apud World Health Organization (2017) e McGrath et al (2017) afirma que para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a polifarmácia se faz ao “uso continuo e ininterrupto de quatro ou mais medicamentos (com ou sem prescrição médica) por um paciente.” Afirma ainda que “com o aumento da expectativa de vida a preponderância de doenças crônicas entre indivíduos idosos tem como efeito maior utilização simultânea de múltiplos medicamentos”.

  1. POLIFARMÁCIA

Apesar de não existir uma definição clara sobre polifarmácia, rotineiramente emprega-se que a utilização de cinco ou mais medicamentos, caracteriza-se um quadro de polifarmácia, podendo esses serem medicamentos de venda livre, prescritos e/ou tradicionais e complementares.

Dentro desse cenário, a polifarmácia pode ser classificada como apropriada, ou como inapropriada. Na polifarmácia apropriada é quando todos os medicamentos são prescritos com objetivo principal de promover uma melhora desse paciente, nesse quadro, os medicamentos estão fazendo o efeito desejável, ou irão promover esse efeito no futuro, os medicamentos foram prescritos de modo que se evitasse a ocorrência de interações medicamentos; e o paciente está empenhado a tomar todos os medicamentos nos dias e horários recomendados (JHA, et al., 2013; WHO, 2003). Já na polifarmácia inadequada, os medicamentos são prescritos de forma inadequada, ou a sua utilização parte do próprio paciente sem nenhum critério; as doses ingeridas não são adequadas; algum dos medicamentos não são recomendados para atingir o objetivo com esse paciente; existe a presença de interações medicamentosas; o paciente não realiza o tratamento adequado (JHA, et al., 2013; WHO, 2003).

Dentro desse contexto, a polifarmácia tem representado um importante desafio para os órgãos de saúde do mundo inteiro (Duerden et al., 2013; Thonson et al., 2013). Contudo, é importante reconhecer que para alguns pacientes a polifarmácia é necessária e benéfica, contudo, para uma parcela significativa da população a polifarmácia representa algum nível de risco. Dentro desse cenário, o principal grupo de risco são pacientes idosos (Royal Pharmaceutical Society, 2013; Cadogan et al., 2016).

A magnitude a polifarmácia no mundo não é totalmente conhecida, visto que não existe uma iniciativa com essa finalidade, o que se tem são dados de estudos realizados em diferentes locais que evidenciam esse cenário. Contudo, existe um consenso de que a prevalência de polifarmácia deve aumentar signitivamente ao longo dos próximos anos (Jha, et al., 2013). Dois fatores devem contribuir para esse aumento, o primeiro deles é a mudança demográfica da população que está ficando mais velha, acredita-se que em 2050 16% da população do mundo terá 65 anos ou mais (WHO, 2011). O segundo fator é a multimorbidade, ou seja, a presença de várias doenças em um mesmo indivíduo, sendo essa característica muito associada ao idoso. Destaca-se que a multimorbidade, associada ao estado físico e mental debilitado do idoso tende a apresenta um efeito negativo, impossibilitando o mesmo de realizar suas atividades (Boyd et al., 2010; Wister et al., 2016). Dessa forma, se vê a necessidade de tomar vários medicamentos a fim de sanar esses problemas relacionados a saúde.

Estudo realizado em oito países revelou que a incidência de problemas relacionados a medicamentos aumentava de acordo que se aumentava o número de medicamentos administrados aos pacientes (Zelko et al., 2016). Estudo desenvolvido por Avery et al. Evidencia bem esse cenário, visto que em pacientes que recebiam cinco medicamentos foi registrado uma taxa de problema relacionados a medicamentos de 30,1%, e naqueles que faziam o uso de 10 ou mais, essa taxa foi para 47%, reforçando dessa maneira que quanto mais medicamentos, maior é a chance de registrar algum problema, e isso consequentemente é muito prejudicial ao paciente, visto que compromete a qualidade de vida desse paciente (WHO, 2014, WHO, 2002).

Estudo desenvolvido por Cremer, Galdino e Martins (2018), salienta que em pacientes com osteoporose, a presença de polifarmácia composta principalmente por ansiolíticos, hipnóticos, analgésicos opioides e aqueles de ação cardiovascular pode contribuir positivamente para um maior número de quedas desses pacientes, podendo inclusive levar a ocorrência de alguma fratura. Diante disso, durante a prescrição para esses pacientes com osteoporose é necessária uma avaliação criteriosa para avaliar os benefícios e possíveis malefícios da polifarmácia.

Diante dessa problemática, é de extrema importância um trabalho conjunto para fortalecimento da política nacional de segurança dos pacientes, de modo que se possa criar medidas que visem diminuir a polifarmácia, com base em análises criteriosas de cada paciente, selecionando somente os medicamentos necessários para atingir a melhora do mesmo (Nascimento et al., 2017).

De acordo com Pereira (2017)

O elevado número de fármacos prescritos e a maior carga de doenças aumentam também a probabilidade de consumo desnecessário de medicamentos, cujas combinações farmacológicas representam potenciais perigos de reações adversas e interações medicamentosas, contraindicadas ao seu estado clínico, podendo elevar o risco de iatrogenias, hospitalizações e até mesmo de óbito. Nesse mesmo contexto, os estudos têm demonstrado que as variações fisiológicas relativas ao envelhecimento tendem a alterar expressivamente a farmacocinética e a farmacodinâmica dos medicamentos. Em razão disso, pessoas idosas apresentam maior sensibilidade aos efeitos terapêuticos e adversos dos fármacos, o que em muitos casos pode causar mais dano do que benefício (PEREIRA et al, 2017, 02).

Como mencionado anteriormente, dentro do contexto de polifarmácia, a população idosa é o principal grupo populacional adepto a essa prática, e com a facilidade do acesso aos medicamentos nos últimos anos, esse grande consumo de medicamento tem aumento consideravelmente. Nos Estados Unidos em 1988, a prevalência de polifarmácia em idosos era de 13%, já em 2010, esse índice estava em 40% (Rezende et al., 2021).

Nascimento et al., 2017 realizando um estudo com 8.803 usuários de unidades de atenção primária a saúde de 272 cidades brasileiras, verificou que 9,4% dos participantes praticavam polifarmácia (uso de cinco ou mais medicamentos). Esse estudo revelou variáveis importantes, quando observado por exemplo, a escolaridade, verificou-se que maioria dos indivíduos que realizavam polifarmácia eram analfabetos (18,5%) ou possuíam fundamental incompleto (54,7%). Pessoas com menor grau de escolaridade possuem uma menor percepção sobre os riscos que os medicamentos podem representar. Nesse mesmo estudo de Nascimento et al. (2017), quando analisado somente a população acima de 65 anos, esse índice subiu para 18,1%.

Quando analisados os medicamentos mais utilizados pelos usuários em dos serviços de atenção primária em saúde, segundo classificação Anatomical Therapeutic Chemical entre os resultados encontrados por Nascimento et al., 2017, verificamos uma maior frequência de consumo de sinvastatina (35,7%), losartana (34,0%) e, omeprazol (33,6%) (Tabela 1). A hipertensão, foi a condição crônica mais frequente entre os participantes e apresentou a associação mais intensa com polifarmácia. Preocupantemente, entre os medicamentos mais utilizados estavam amitriptilina, clonazepam, diazepam, fluoxetina e ibuprofeno, que pertencem à relação de itens potencialmente inapropriados para uso em idosos, conforme critério Beers (Tabela 1). Estudos têm mostrado uma forte associação entre o uso de medicamentos potencialmente perigosos e desfechos em saúde desfavoráveis, tais como delírio, sedação, hemorragias gastrointestinais, quedas e fraturas), hospitalização e morte (American Geriatrics Society, 2012).

Tabela 3. Medicamentos mais utilizados pelos usuários em polifarmáciaa dos serviços de atenção primária em saúde, segundo classificação Anatomical Therapeutic Chemical. Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos – Serviços, 2015

MedicamentosCódigo ATC (5 nível)bnc% (IC95%)
SinvastatinaC10AA0122435,7 (29,9–42,0)
LosartanaC09CA0121334,0 (26,9–41,8)
OmeprazolA02BC0120033,6 (28,3–39,4)
Ácido acetilsalicílicoN02BA0117526,5 (20,3–33,7
MetforminaA10BA0216124,8 (18,1–33,0)
HidroclorotiazidaC03AA0315923,5 (16,8–31,9)
EnalaprilC09AA0210115,8 (10,9–22,3)
AtenololC07AB0310115,0 (10,3–21,5)
Captopril+diuréticoC09BA016512,2 (7,0–20,5)
FluoxetinadN06AB036412,2 (9,3–15,9)
GlibenclamidaA10BB016711,4 (7,7–16,5)
CaptoprilC09AA016111,3 (8,0–15,7)
ClonazepamdN03AE016011,2 (8,9–13,9)
DipironaN02BB025010,0 (6,5–15,2)
IbuprofenodC01EB16529,7 (7,1–13,2)
PropranololC07AA05528,8 (6,2–12,5)
ParacetamolN02BE01588,7 (6,6–11,3)
FurosemidaC03CA01558,7 (6,8–11,0)
AmlodipinaC08CA01648,5 (5,6–12,8)
Losartana+diuréticoC09DA01418,3 (4,0–16,3)
DiazepamdN05BA01407,4 (3,9–13,6)
DiclofenacoM01AB05306,8 (4,6–10,1)
AmitriptilinadN06AA09486,6 (4,5–9,7)
Metformina+sulfoniluréia)A10BD02246,0 (2,0–17,1)
Atenolol+tiazidasC07BB03335,3 (2,4–11,5)

a Uso de cinco medicamentos ou mais.

b Classificação de acordo com WHO Collaborating Centre for Drug Statistics Methodology– Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) Classification Index 2016.

c Valor de n não ponderado.

d Medicamentos potencialmente inapropriados para uso em pessoas acima de 65 anos, conforme critérios Beers. In Fick et al., 2003.

Fonte: PNAUM – Serviços, 2015.

De modo geral, é preocupante esse elevado consumo de medicamentos por essa população, visto que isso pode promover uma grande quantidade de complicações. Além disso, do ponto de vista econômico, a polifarmácia pode representar importantes perdas econômicas, que vão estar relacionadas desde a distribuição desses medicamentos a população, até os gastos hospitalares devido aos problemas que a polifarmácia pode ocasionar (Silva, 2014).

Diante disso consumo de medicamentos deve sempre ser acompanhado por um profissional capacitado, visto que a associação inadequada de medicamento pode provocar danos importantes, e atualmente, esse habito tem se tornado frequente, e tem sido um importante problema de saúde pública (Bushardt et al., 2008). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 50% dos portadores de doenças crônicas não aderem aos tratamentos farmacológicos, 4% a 5% das internações hospitalares ocorrem por eventos adversos preveníveis e cerca de 30% de consultas de emergência são geradas por problemas relacionados a medicamentos, sendo que muitos destes poderiam ser evitados (WHO, 2008).

Salienta-se que durante a prescrição de medicamentos, principalmente para a população idosa, o médico deve se atentar a alguns pontos, como: Necessidade do uso de medicamento, devendo só prescrever aqueles medicamentos realmente indispensáveis; Avaliar o potencial de causar efeitos adversos, se atentando as possíveis interações medicamentos; Avaliar se a dose do medicamento está de acordo com a capacidade fisiológica do paciente, visto que o mesmo pode apresentar alguma alteração nas funções hepáticas e renais, por exemplo; Adesão do paciente ao tratamento, visto que o mesmo pode encontrar alguma dificuldade de ingestão do medicamento devido a forma farmacêutica, dificuldade com a logística dos horários, ou, interrupção do tratamento ou inserção de outros medicamentos por conta própria (Paula Junior et al., 2013).

Destaca-se que nesse cenário de polifarmácia em pacientes idosos, é fundamental a presença de uma equipe multidisciplinar de saúde no acompanhamento desse paciente, pois, os diferentes profissionais irão trabalhar dentro das suas expertises para promover uma melhor qualidade de vida desse paciente. Dentre esses profissionais, destaca-se o farmacêutico, que é geralmente o último profissional a entrar em contato com esse paciente. Dessa forma, a atenção farmacêutica é uma excelente alternativa para esse paciente praticante a polifarmácia.

  1. A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NA SAÚDE DO PACIENTE IDOSO QUE FAZ USO DE POLIFARMÁCIA

Para o Ministerio da Saúde (Brasil, 2006) diante do consumo exarcebado de medicamentos pela popualção idosa, se faz necessário um acompanhamento próximo por parte de um profissionais da saúde. Diante disso,Soares (2019) afirma que o farmacêutico é o profissional recomendado para tal ato, visto que sua formação contempla a perspectiva de cuidado é com o paciente, principalmente no âmbito da atenção farmacêutica.

Nos estudos realizados por Silva et al (2019), analisou uma pesquisa realizada por Baldoni et al (2014) no município de Ribeirão Preto/ São Paulo através de pacientes do Sistema Unico de Saúde (SUS) , ao todo 1000 idosos foram questionado sobre a importância da assistência farmacêutica, e 87,4% relataram que receberam alguma ajuda dos profissionais, 37,1% não sabiam a forma correta de usar os medicamentos, e da totalidade dos idosos entrevistados 62,2% pararam medicação em algum momento. Ao final dos estudos ficou caracterizado que a falta de conhecimento nesta faixa etária em relação aos medicamentos ( pasologia, reações, local adequado para guardar o medicamento, etc), deixa evidente a fraqueza e carência do cuidado que o farmacêutico pode proporcionar.

Neste contexto, a atenção farmacêutica pode ser uma estratégia importante para o cuidado com paciente idoso. Segundo as pesquisadora Angonesi e Sevalho (2010) a atenção farmacêutica consite;

“Em um conjunto de ações que abrange desda identificação, prevençao e solução de problemas relacionados aos medicamento quanto às necessidades dos pacientes. O objetivo é garantir o uso seguro, eficaz e racional dos medicamentos, bem como maximizar seus benefício e minimizar seus riscos”.

Dessa forma, Arruda (2021) conceitua que;

“O farmacêutico contribui significativamente na melhora da qualidade de vida do paciente idoso, por meio da detecção e prevenção de problemas relacionado ao uso de medicamentos, sem ter correlação com diversos medicamentos, doses equivocadas ou medicamentos que tenha a mesma função. Alem disso, o farmacêutico pode orientar o paciente e sus familiares sobre como utilizar os medicamentos corretamente, bem como sobre os peossíveis efeitos adversos e como identifica-los.

Em seu estudo Chagas (2012) ressalta qua a atenção farmacêutica não restringe apenas à dispensação de medicamentos, mas envolve também a promoção da saúde e da prevenção de doenças, por meio de orientações sobre hábitos saudáveis e realização de teste de monitoramento, como aferição da pressão arterial e glicemmia capilar.

Para abranger muitos desses costumes, Alves (2017) salienta a importância do profissional de farmácia em promover a educação do idoso quanto aos riscos da automedicação. Farias (2020) denota que Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP) apesar de serem indicados para enfermidades que apresentam alta incidência e baixa gravidade, são exatamente os mais ofensivos para causar riscos à saúde. Neste sentido Flores (2010) destaca que os idosos deveriam ser avaliados nos ensaios clínicos, o que sobre-excede os dados para uso crônico de medicamentos.

Complementando as citações acima, Secoli & Duarte (2000) enfatiza que, “o medicamento podem causar reações indesejadas em qualquer faixa etária, consequentemente aumenta com a idade”. Semelhantemente Previdi, Lessa e Junior (2019) diz que a associação medicamentosa nos idosos com a provável diminuição do metabolismo poderá acarretar em intoxicação.

Sob esse aspecto, é interessante considerar as orientações do Ministério da Saúde em seu Relatório de Políticas Nacional de Medicamentos de (Brasil, 2001) a respeito das boas práticas de dispensação, tendo em mente que essa consiste na ação do profissional de farmácia encaixar um ou mais medicamentos ao paciente, informando sempre a forma correta de uso do medicamento, como sua dosagem deve ser administrada, se haverá alguma influência em relação a ingestão de certos alimentos ou a soma de outros medicamentos.

Segundo Angonesi e Sevalho (2011) a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem produzindo uma série de recomendações internacionais relacionadas aos medicamentos e ao papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde e, dessa forma contribuir para a construção da Atenção Farmacêutica.

Nos estudos de Angonesi e Sevalho (2011) apontaram para ações estruturadas por profissionais compostos por pessoas ligadas à organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), onde reuniram-se para discutir a uniformização de termos e conceitos para a promoção da Atenção Farmacêutica no país, onde foi apresentado um relatório que posteriormente deu origem a uma proposta de consenso brasileiro da atenção farmacêutica, referindo-se ás atividades especificas dos farmacêuticos no cuidado do paciente ou usuário de medicamentos.

O referido relatório diz que:

Á prática profissional deve ter como conceito que o paciente é o principal beneficiário das ações do profissional de farmácia. A Atenção Farmacêutica deve ter como princípio atitudes, comportamentos, compromissos, os valores éticos, as funções, dos conhecimentos, as responsabilidades e as destrezas do profissional de farmácia na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente (Angonesi e Sevalho 2011).

Endossando a narrativa Obreli-Neto (2012) pondera que o cuidado que o farmacêutico propõe, no acompanhamento e o monitoramento no uso de medicamentos dos pacientes, permitindo uma avaliação contínua da aceitação aos medicamentos e a escolha de diferentes estratégias para uma adesão segura e racional.

De acordo com informações contidas no Manual de Introdução às Boas Práticas Farmacêuticas na Dispensação de Medicamento do Conselho Federal de Farmácia (1999), essa ação deve ocorrer de forma responsável requerendo sempre o conhecimento técnico científico, além de que todo procedimento deve seguir conforme as necessidades do paciente. Esse mesmo manual destaca a questão da obtenção e repasse de informações, onde, considera-se que as informações que forem repassadas aos pacientes necessitam respeitar a autonomia deles, buscando sempre elevar ao máximo os resultados do tratamento.

Pereira e Nascimento (2011) expõem que o profissional de farmácia tem como atribuição avaliar o paciente, assim como definir ações e estratégias que tenham por intuito facilitar e promover o uso racional de medicamentos, o que conseqüentemente trará a promoção da prevenção de doenças, com investimento na recuperação da saúde.

Segundo Alves et al. (2017) o trabalho prestado pelo farmacêutico é significativo para à educação do idoso quanto aos riscos da automedicação, tratamento correto e coerente no tratamento farmacoterapêutico e sobre as possíveis interações e reações adversas. Vale destacar ainda as orientações Araujo (2020) que destaca a importância da atuação do farmacêutico em conjunto com a equipe multidisciplinar, promovendo e auxiliando na implantação de tratamentos que sejam adequados e individualizados.

Diande do exposto Lima (2021) afirma que as farmácias e drogarias são, normalmenteo o primeiro lugar que o paciente procura para sanar suas queixas. Logo Arruda (2021) afirma que o farmâceutico, por conseguir alcaçar uma grande parte da populaçao, oferece sua contribuição no que compete em esclarecer, orientar e acompanhar o paciente, tornando-se aliado na adesão terapêutica, proporcionando menores riscos de episódios adversos aos medicamentos. Além disso, Santos et al. (2017) revela que esse acompanhemento renderá reultados positivos, capacitando também o paciente como agir diante dos possíveis efeitos colateriais e interações medicamentosas, dessa forma adereindo melhor ao tratamento.

Igualmente Paiva et al. (2017) diz que esse contato direto do profissional de farmácia com com o paciente, principalmente a pessoa idosa trazendo seu conhecimento tecnico-científico e sendo um ser com habilidades humanistica pode possibilitar melhor qualidade de vida. Desta forma, Nunes et al. (2018) revela que a manutenção de qualidade de vida dos idosos, se faz necessário o uso racional de medicamento atravès da conscientizaçao e educação em saúde dos mesmos, proporcionando uma correta adesão medicamentos.

O Farmacêutico além do lado profissional ter que ser aprimorado sempre, o mesmo tem que ter algumas habilidades para atender os idosos, principalmente aqueles que fazem uso da polifarmácia. Neste sentido o profissional terá que ser solidario, resiliente, empático, prático, comunicativo entre outros para conseguir ter a confiaça do idoso e assim o ajudar para que os medicamentos sejam administrados corretamente e os mesmo aceitem as orientações que é passada principalmete sobre efeitos, dosagem e horarios de administraçao por remédios (Machado 2014). Inclusive o Conselho Regional de Farmácia (CRF- SP, 2020) diz que o farmaceutico precisa ter habilidades básicas para auxiliar o idoso, e entre elas estão: farmacologia médica usada em idosos, politica de poliamento comunitário, interpretação de testes e escalas para testes geriátricos completos.

Em seus estudos Santana (2021) ressalta que o farmacêutico é de fundamental importância pois;

os dos medicamentos receitados, as reações, a junção a outros medicamentosas e outros problemas relacionados aos medicamentos, assim como o conhecimento quanto a ação para o uso correto faz com que o profissional de farmácia seja um agente essencial na farmacoterapia nesta faixa etária.

Para Santana (2021) ao receberem cuidados humanista e solidário, os pacientes apresentam uma melhor resposta ao tratamento de suas doenças. Evidenciando o fato Paiva e Faria (2021) acrescentam que que um atendimento farmacêutico adequado proporciona a identificação, resolução e prevenção relacionados ao uso de drogas em idosos. Neste aspecto Fontana (2015) conclui que é de grande importância que o cuidado farmacêutico seja inserido nos serviços de saúde.

  1. CONCLUSÃO

O processo de envelhecimento traz consigo o surgimento de doenças crônicas que são relativamente ligadas a essa fase da vida, ocasionando dessa maneira, o uso frequente de vários medicamentos, conhecido como polifarmácia. A polifarmácia é necessária em muitos casos, mas o uso indiscriminado de medicamentos principalmente nos idosos pode ser um risco a saúde principalmente quando o uso é sem a prescrição médica, tendo assim, o farmacêutico um papel importante no que se refere as orientações sobre os medicamentos, os riscos e posologia do mesmo. Dessa maneira, o farmacêutico tem muito a contribuir na gestão da polifarmácia nos idosos, sendo os mesmo um importante aliado na conjuntura médica que a idade exige.

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