REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8075864
Juçara Barroso Leal1
Renata Rodrigues Pio2
Maria Viviane da Silva Carvalho3
RESUMO
Sabe-se que diversos fatores podem ser causadores de distúrbios musculoesqueléticos (DME) e os trabalhadores são grupos de pessoas susceptíveis ao surgimento desses distúrbios no ambiente de trabalho. Este estudo tem o objetivo de investigar a associação entre os distúrbios musculoesqueléticos e a qualidade do sono em colaboradores do setor técnico administrativo em uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI. Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, explicativa e de natureza quantitativa. A pesquisa foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2022, com a participação de 19 colaboradores do setor técnico administrativo de uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI. Foram incluídos: colaboradores técnico administrativos (setor de recursos humanos, coordenações de graduação e pós-graduação, portaria, biblioteca e serviço de limpeza), ambos os sexos, que realizam sua respectiva função há mais de 6 meses. Foram excluídos: gestantes, professores que não façam parte do corpo técnico administrativo e estagiários. Para alcançar os objetivos, foram utilizados os questionários: Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares, Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth e um Formulário de dados sociodemográficos e de rotina de trabalho. Foi encontrada elevada prevalência de queixas músculo esqueléticas (94%) nos participantes da pesquisa, sendo relatados com mais frequência das regiões: punho/mãos/dedos (26%), região lombar (26%), pescoço e ombros (21%). Em relação à qualidade do sono, 89% dos participantes apresentaram qualidade ruim, e 64% apresentaram distúrbios do sono. Os principais achados deste estudo mostram que há uma relação entre a presença de distúrbios musculoesqueléticos e uma qualidade de sono alterada. E ainda demonstra que algumas variáveis do trabalho podem influenciar no surgimento dos DME, como as horas de trabalho diário que, neste estudo, aponta que indivíduos que exercem sua atividade por mais horas diárias apresentaram maior frequência de relato de DME.
Palavras-chave: Dor musculoesquelética, qualidade do sono, saúde do trabalhador.
INTRODUÇÃO
As dores musculoesqueléticas são vistas como um distúrbio comum na sociedade, sua prevalência chega a ser superior a 50%, e conceituada como desagradável experiência sensorial e emocional. Apesar disso, esta condição não possui a mesma prioridade dentro do Sistema Único de Saúde do que outras afecções crônicas. Devido seu desfecho nem sempre é uma limitação e a total incapacidade ou morte, ações para essas queixas são colocadas em segundo plano, também pelas redes temáticas de atenção à saúde, as quais são normatizadas pelo Ministério da Saúde (MOTA et al., 2020).
Os distúrbios musculoesqueléticos estão muitas vezes associados à realização de uma atividade de forma inadequada tendo uma relação com questões emocionais, e quando esse emocional está afetado aprimora o aparecimento de dores, perda de força, fadiga, falta de disposição e de coragem. Sendo assim estas morbilidades são representadas por problemas de saúde dos trabalhadores podendo causar perda na eficiência no trabalho e comprometer a qualidade de vida (JULIO et al, 2022).
Sabe-se que o aparecimento da dor envolve múltiplos aspectos, que influenciam questões sociais, psicológicas e bem estar. Com o passar dos anos houve um maior predomínio em sintomas de dores na coluna vertebral com destaque a dor na região lombar, local onde recebe maior parte da carga do nosso corpo (BURGUESS et al, 2019).
Alguns aspectos podem ser os causadores da dor crônica nas costas como posturas inadequadas em um longo período de tempo, sedentarismo, altas sobrecargas e repetições de movimentos. Os trabalhadores são grupos de pessoas que mais se constata a dor lombar justamente pelos aspectos citados, o principal deles a postura inadequada mantida por longo período no ambiente de trabalho, e sobrecargas musculoesqueléticas e emocionais. Dentre as recomendações para dor crônica na coluna vertebral recomenda-se exercícios e terapias psicológicas (SHARMA et al, 2019).
Outros aspectos podem estar relacionados ao surgimento da dor crônica, dentre esses cabe destacar a qualidade do sono. Por meio do sono, o nosso corpo entra em um processo de restauração, quando esse processo não acontece, conforme o habitual do ser humano, ocorre uma sobrecarga nas estruturas musculoesqueléticas e pessoas com distúrbios do sono aumentam os níveis de uma possível dor crônica (BURGESS et al, 2019).
Pessoas com dor lombar crônica frequentemente experimentam um distúrbio do sono associado, acredita-se que a dor nas costas e a qualidade do sono sejam recíprocas, como resultado, intervenções que melhorem a dor e a qualidade do sono podem ser benéficas para esse público (ROSSEN et al, 2020).
Neste sentido, considerando que o trabalho é de suma importância para o homem, nota-se que existe uma relação entre os distúrbios musculoesqueléticos e a qualidade do sono. Sabe-se que altos níveis de vitalidade da dor podem exacerbar a imprevisibilidade e a incerteza da dor crônica, acarretando uma diminuição na qualidade de vida (BURNS et al, 2020).
Portanto, como visto previamente, a literatura tem apresentado a relação entre distúrbios musculoesqueléticos e qualidade do sono, com a qualidade de execução do trabalho. Dessa forma, este estudo incita indagações na tentativa de desvendar a dinâmica que envolve o trabalhador e a complexidade do local de trabalho, enfatizando a coerência dos vários fatores que o influenciam e os fatores que determinam a sua saúde.
Assim, surgiram algumas questões de pesquisa: Há uma associação entre a presença de Distúrbios Musculoesqueléticos (DME) com a qualidade do sono nestes trabalhadores? As variáveis demográficas influenciam no surgimento dos distúrbios musculoesqueléticos e com a qualidade do sono?
Este estudo buscou investigar a associação entre os distúrbios musculoesqueléticos e a qualidade do sono em colaboradores do setor técnico administrativo em uma instituição de ensino superior no município de Picos-PI;
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, explicativa e de natureza quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma instituição privada de ensino superior no município de Picos-PI. Participaram deste estudo, 19 colaboradores do corpo técnico administrativo na referida instituição de ensino superior. Inicialmente foi solicitado à Direção, o número de colaboradores que compõem o corpo técnico administrativo, e baseado nestes dados, os voluntários foram escolhidos aleatoriamente e convidados a participar da presente pesquisa.
Foram incluídos: colaboradores técnico administrativos (setor de recursos humanos, coordenações de graduação e pós-graduação, portaria, biblioteca e serviço de limpeza), ambos os sexos, que realizam sua respectiva função há mais de 6 meses. E foram excluídos: gestantes, professores que não façam parte do corpo técnico administrativo e estagiários.
A coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2022. Inicialmente foi solicitada a direção da instituição a autorização para realização deste estudo e agendado dia e hora para a explicação dos objetivos da pesquisa e o convite para a colaboração com este estudo. Os participantes que aceitaram colaborar com o estudo, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, contendo todas as informações e objetivos do estudo, e após lido e comentado, foram entregues os instrumentos de pesquisa. Este estudo tem como base a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina no Brasil os aspectos éticos das atividades de pesquisas em seres humanos (BRASIL, 2012).
A variável dependente Distúrbio Musculoesquelético (DME) foi considerada como o relato de dor (independente da região corporal) nos últimos 12 meses e/ou que gerou incapacidade de realizar trabalho, considerando o mesmo período de 12 meses. Para coletar essa variável, foi utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (BARROS e ALEXANDRE, 2003).
O QNSO é internacionalmente utilizado e foi traduzido e validado em 2003 em versão brasileira por Barros e Alexandre (2003). Este instrumento permite identificar a prevalência de sintomas osteomusculares nas diversas regiões anatômicas e sua relação com a incapacidade de realizar atividades de trabalho, domésticas e de lazer, assim considerando os últimos 12 meses e os 7 dias anteriores à entrevista (LEGAULT et al., 2017).
Para avaliar a qualidade do sono, foi utilizado o Índice da Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP). Trata-se de um questionário padronizado que avalia a qualidade do sono ao longo de um intervalo de tempo de um mês e pode ser facilmente compreendido. O mesmo é composto de 19 questões de auto avaliação, divididas em 7 componentes: qualidade subjetiva do sono, latência, duração, eficiência, distúrbio do sono, uso de medicação para dormir e disfunção durante o dia, estes são classificados em uma pontuação que varia de 0 a 3. A soma das pontuações para estes 7 componentes resulta em uma pontuação global, que varia de 0 a 21, onde a maior pontuação indica pior qualidade do sono. Este instrumento foi desenvolvido por Buysse et al. em 1989.
Foi utilizado ainda a Escala de Sonolência de Epworth (ESE), que trata-se de um questionário autoaplicável de rápido preenchimento que avalia a probabilidade de cochilar em oito situações envolvendo atividades diárias sendo respectivamente: sentado e lendo, assistindo TV, sentado, quieto, em um lugar público, andando de carro por uma hora sem parar, como passageiro, sentado quieto após o almoço sem bebida de álcool e em um carro parado no trânsito por alguns minutos. O indivíduo deverá fornecer uma nota de 0 a 3, quantificando sua tendência a cochilar em: 0 = nunca cochilar, 1 = pequena probabilidade de cochilar, 2 = probabilidade média de cochilar e 3 = grande probabilidade de cochilar. O escore global varia de 0 a 24, sendo que os escores acima de 10 sugerem o diagnóstico da sonolência diurna excessiva. Essa escala foi elaborada por Johns em 1991 e validada para uso no Brasil em 2008 por Bertolazi et al.
Para contemplar os objetivos da pesquisa, ainda foi aplicado um formulário de variáveis sociodemográficas e de rotina de trabalho, elaborado pelos pesquisadores, abordando questões sobre: idade, sexo, estado civil, escolaridade, horas semanais de trabalho, tempo de trabalho na instituição e principal posição no decorrer do dia de trabalho.
Os dados foram analisados no Excel 2019. As variáveis qualitativas foram apresentadas em frequência absoluta e relativa, e expostas em tabelas.
RESULTADOS
Ao todo foram entregues 30 questionários, porém só houve a devolutiva de 21 questionários, destes, 03 foram eliminados em virtude dos critérios de exclusão da pesquisa (02 participantes eram estagiários e 01 participantes estava a menos de 06 meses na instituição).
19 participantes compuseram a amostra da pesquisa, destes, 68,4% (n=13) eram do sexo masculino e 31,6% (n=06) eram do sexo feminino. Quanto ao cargo que exercem, 36,5% atuam na função de auxiliar administrativo, 10,5% como técnico em informática, 21,5% na coordenação de curso e 21,5% como serviços gerais. Quando questionados sobre o tempo de serviço, 47,3% relataram entre 01 e 5 anos na instituição. Sobre as horas de trabalho, 58% possuem carga horária entre 6 a 8 horas diárias.
Os participantes do estudo foram examinados quanto à presença de sintomas osteomusculares, e 94 % (n=18) deles relataram pelo menos uma região do corpo ter apresentado sintomas nos últimos 12 meses. As áreas com maior prevalência de sintomas nos últimos 12 meses foram pescoço (90%), região lombar (90%), região dorsal (84%), ombros (73%) e punho/mãos/dedos (73%). O questionário de sintomas osteomusculares permite indagar sobre as regiões do corpo cujos sintomas impediram as pessoas de realizar suas atividades diárias normais nos últimos 12 meses. As regiões mais citadas são punho/mãos/dedos (26%), região lombar (26%), pescoço e ombros (21%).
Tabela 1 – Associação da presença de sintomas osteomusculares com as variáveis demográficas e características de trabalho (n=19)
Variáveis | Presença de sintomas | |
Sim (n=18) | Não (n=1) | |
Faixa etária | n (%) | n (%) |
20 a 30 anos | 08 (42%) | 01 (5%) |
31 a 40 anos | 07 (36%) | 00 (0%) |
Mais de 40 anos | 03 (17%) | 00 (0%) |
Sexo | ||
Masculino | 12 (64%) | 01 (5%) |
Feminino | 06 (31%) | 00 (0%) |
Horas de trabalho | ||
02 a 04 horas | 04 (21%) | 00 (0%) |
04 a 06 horas | 03 (17%) | 01 (5%) |
06 a 08 horas | 11 (57%) | 00 (0%) |
Tempo de trabalho | ||
06 meses a 01 ano | 04 (21%) | 00 (0%) |
01 a 03 anos | 04 (21%) | 01 (5%) |
03 a 05 anos | 04 (21%) | 00 (0%) |
05 a 07 anos | 03 (16%) | 00 (0%) |
Mais de 07 anos | 03 (16%) | 00 (0%) |
FONTE: o autor, 2023.
Associando os sintomas osteomusculares às variáveis demográficas (Tabela 1), verificou-se que 64 % dos participantes com sintomas osteomusculares são do sexo masculino, 21 % trabalham entre 2 e 4 horas por dia e 63% têm entre 6 meses e 5 anos de trabalho na instituição.
Tabela 02 – Qualidade do sono (n=19)
Classificação | Frequência | |
n | % | |
Qualidade do sono | ||
Boa | 02 | 10% |
Ruim | 15 | 80% |
Muito ruim | 02 | 10% |
Sonolência | ||
Distúrbio do sono | 12 | 64% |
Normal | 07 | 36% |
FONTE: o autor, 2023
Na tabela 2, estão expostos os resultados da aplicação dos questionários de avaliação do sono. 89% dos participantes apresentaram qualidade ruim, e 64% apresentaram distúrbios do sono.
Tabela 3 – Relação dos sintomas osteomusculares com sonolência e qualidade do sono (n=19)
Classificação | Presença de sintomas | |
Sim (n=18) | Não (n=1) | |
Qualidade do sono | n (%) | n (%) |
Boa | 02 (10%) | 00 (0%) |
Ruim | 14 (75%) | 01 (5%) |
Muito ruim | 02 (10%) | 00 (0%) |
Sonolência | ||
Distúrbio do sono | 12 (64%) | 00 (0%) |
Normal | 06 (31%) | 01 (5%) |
FONTE: o autor, 2023.
Foi investigado ainda a relação da qualidade do sono com a presença de queixas musculoesqueléticas (Tabela 3), e foi encontrado que 75% dos participantes que relataram queixas osteomusculares em pelo menos uma região do corpo, apresentaram qualidade do sono ruim e 64% apresentaram distúrbio do sono.
DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo corroboram com a literatura, pois alguns estudos encontraram uma relação entre os sintomas osteomusculares e qualidade do sono, especialmente os indivíduos que experimentam o quadro de dor lombar crônica.
Rossen et al (2020) mencionam que existe uma relação bidirecional entre dor nas costas e distorções do sono e, como resultado, intervenções que melhorem tanto a dor nas pernas quanto a qualidade do sono podem ser benéficas. Pessoas com dor crônica nas costas frequentemente experimentam sono perturbado, e entre 59% e 53% das pessoas que convivem com dor crônica relatam aumento da má qualidade do sono.
Neste sentido, os trabalhadores são frequentemente submetidos a condições adversas como mudanças radicais no processo de fabricação, exigências constantes de melhoria de produtividade e qualificação, além de condições desfavoráveis de trabalho que podem agravar doenças ocupacionais e sintomas dolorosos (FERREIRA et al, 2019).
Silva et al (2021) relata que a capacidade para o trabalho e a qualidade no ambiente de trabalho podem ser reduzidos em decorrência de dores musculoesqueléticas, levando a afastamentos temporários ou definitivos do local de trabalho. Os jovens adultos, faixa etária mais produtiva no mercado de trabalho, são os mais afetados pela ocorrência dessas disparidades, que atingem as mais diversas profissões e tipos biológicos.
A manutenção da existência humana depende da função do fenômeno do sono. Os distúrbios do sono frequentemente levam a comportamentos cotidianos ineficazes, que repercutem negativamente, com prejuízos na atenção e no raciocínio, redução da capacidade de planejamento estratégico, prejuízos motores leves e redução do desempenho físico, cognitivo e social. As demandas diárias da jornada de trabalho podem causar estresse, o que tem sido associado a uma maior propensão ao desgaste físico e mental, o que poderia explicar as alterações na qualidade do sono (SILVA, 2019).
A dor crônica está relacionada com fatores multidimensionais, tendo como resultado humores negativos e diminuição do sono. Pessoas com diminuição do sono têm maior probabilidade de ser acometidas por uma dor crônica. Destaca-se que o tratamento para dor intensa aumenta a qualidade do sono (BURGESS et al, 2019)
Intervenções são necessárias para o tratamento de dor lombar crônica para aumentar a capacidade funcional, a qualidade de vida do indivíduo, flexibilidade, vitalidade, aspectos físicos e saúde no geral. Sendo necessário exercícios e educação do paciente (DE MORAIS et al, 2021).
Neste sentido, trabalhadores com insônia apresentam mais comorbidades médicas e utilizam com mais frequência os serviços de saúde. Umas das queixas é a sonolência diurna excessiva com dificuldades sociais e ocupacionais, outra comum é a insônia. Sobretudo destaca-se a importância da prática de atividade física para esses colaboradores, que traz um resultado positivo na melhora da qualidade de sono e em suas atividades diárias e de vida (WASLAWACK, ARAÚJO e PETTERS, 2021).
A educação em dor é de suma importância para o tratamento da dor na coluna vertebral, sendo necessário a intervenção de controle. Essas ações irão reduzir a quantidade de dor e catastrofização da dor (SHARMA, et al 2019).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em síntese esse estudo atual, verificou a associação entre os distúrbios musculoesqueléticos e a qualidade do sono no ambiente de trabalho de colaboradores do setor técnico administrativo. Os principais achados deste estudo mostram que a hipótese deste estudo foi alcançada, destacando que há uma relação entre a presença de distúrbios musculoesqueléticos e uma qualidade de sono alterada.
Este estudo ainda demonstra que algumas variáveis do trabalho podem influenciar no surgimento dos DME, como as horas de trabalho diário que, neste estudo, aponta que indivíduos que exercem sua atividade por mais horas diárias apresentaram maior frequência de relato de DME.
No entanto, cabe destacar algumas limitações de pesquisa. Por se tratar um um autorrelato de dor e percepção do sono, existe a possibilidade de um viés de memória no momento da aplicação dos questionários. Houve ainda uma recusa na colação do estudo por parte de alguns colaboradores, desta forma resultando numa amostra pequena.
Em virtude dos fatos mencionados no decorrer do trabalho, pode-se considerar que o sono tem grande ligação com as dores manifestadas no corpo humano, em destaque a dor lombar. Onde faz-se necessário um amplo conjunto de profissionais e educadores, para trabalhar em cima dessas questões mencionadas, visando uma melhora no quesito dor lombar e qualidade do sono.
REFERÊNCIAS
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1Mestre em Ciências, docente do curso de Fisioterapia, orientadora bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, jucara_bl@yahoo.com.br.
2Acadêmica do curso de Fisioterapia, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, renatarodrigues.pio@hotmail.com.
3Acadêmica do curso de Fisioterapia, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, mariavivi5454@gmail.com.