ASSOCIAÇÃO DO BRUXISMO COM FATORES DE ESTRESSE

ASSOCIATION OF BRUXISM WITH STRESS FACTORS

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10177126


¹Graziella Oliveira Pontes
²Jennifer Cunha Halum
³Deyze Alencar Soares
4Anne Caroline Dias Neves


RESUMO

O bruxismo é uma condição complexa com múltiplos fatores causais, o que tem levado a debates entre os pesquisadores, sendo que os efeitos prejudiciais do bruxismo no sistema estomatognático estão sendo bem documentados, embora sua fisiopatologia ainda não seja totalmente compreendida. Fatores psicossociais, hormonais e o estresse têm sido associados ao desenvolvimento e à intensidade do bruxismo. Esta pesquisa tem como objetivo investigar a relação entre o estresse e o bruxismo, analisando como o estado emocional do paciente pode afetar sua condição bucal. A metodologia do presente estudo, consiste em uma revisão integrativa da literatura, com artigos publicados entre 2018 e 2023 sobre a associação de fatores de estresse com o bruxismo. Os locais de estudo serão os países Brasil, Portugal, Argentina, Estados Unidos, Indonésia, Holanda, Romênia, Turquia, Polônia, Suíça, Macedônia do Norte, Espanha, Israel, Arábia Saudita, Peru, Finlândia, Nigéria e Índia entre 2018 e 2023. A estratégia de busca de dados efetuou-se nas seguintes bases de dados online: PubMed, SciELO e Google Acadêmico. Os resultados apontaram uma possível relação entre o bruxismo e o estresse, mas não houve consenso entre os pesquisadores de total certeza da correlação entre os dois, sendo necessário mais estudos para confirmar. Como o exame de polissonografia é considerado o padrão ouro e o mesmo não se adequa a realidade de todos os indivíduos pesquisados, sugere-se que em futuras pesquisas sejam realizadas por outros métodos de diagnóstico com maior grau de significância estatística.

Palavras-chave: Bruxismo. Estresse. Cortisol. Fatores de estresse.

1  INTRODUÇÃO

Em 1907, o bruxismo teve sua introdução na odontologia por Marie e Pietkiews (PIZZOL et al., 2006). O consenso internacional mais atual na literatura define o bruxismo como uma atividade mandibular muscular de cunho repetitivo, caracterizado pelo ato de forçar ou empurrar a mandíbula e ranger e/ou apertar os dentes (MANFREDINI et al., 2015). Suas manifestações ocorrem de acordo com o ciclo circadiano, sendo durante a noite que se denomina bruxismo do sono (BS) e o bruxismo de vigília (BV) que se manifesta durante o dia (LOBBEZOO et al., 2018).

A etiologia do bruxismo é multifatorial, sendo considerado um assunto controverso pelos pesquisadores (GONÇALVES et al., 2009). Os fatores etiológicos encontrados baseiam-se em fatores locais em relação aos contatos prematuros e interferências de origem oclusal, fatores sistêmicos que estão associados aos distúrbios do sono e respiratórios, fatores psicossociais que envolvem questões de origem psicológica e aspectos sociais, fatores genéticos e fatores externos ou secundários englobando comportamento, ambiente e uso de medicamentos (CALDERAN et al., 2017). Conforme exposto por Goldstein et al. (2021), não existe uma prevalência verídica do bruxismo dentro de qualquer estudo populacional, isto ocorre em decorrência das variações demográficas e das conclusões baseadas em dados provenientes da anamnese. A invalidação dos dados da anamnese é baseada no fato de muitos pacientes não estarem cientes de seus hábitos (SELIGMAN et al., 1988).

De acordo com Lal et al. (2021), o bruxismo pode ser subclassificado como primário em que não se relaciona a outra comorbidade e secundário onde existe a relação com distúrbios, como os neurológicos ou também pode apresentar ligação com efeitos adversos de agentes farmacológicos. O bruxismo não deve ser considerado pelo profissional responsável por dar o diagnóstico como um distúrbio em indivíduos saudáveis, mas sim um comportamento de risco ou um fator protetor para alguma situação clínica que deve ser investigada (LOBBEZOO et al., 2018). Conforme Chemelo et al. (2020), a literatura apresenta estudos que mostram o bruxismo sendo um hábito parafuncional comum entre os demais e possui como fator de risco questões psicossociais, emocionais e psicológicas.

O desequilíbrio do bruxismo no indivíduo pode provocar consequências negativas no funcionamento do sistema estomatognático, mesmo que a fisiopatologia ainda seja desconhecida e incerta pelos pesquisadores, a literatura aponta que sua etiologia é

multifatorial e age sob ordens do sistema nervoso central (SNC) e também nos aspectos psicossociais (GOMES et al., 2018). A prevalência do bruxismo é considerada controvérsia na literatura, em decorrência dos meios para obtenção de informação serem variados entre os estudos, porém dentro dos dados apresentados encontrou-se aproximadamente dentro do acometimento do bruxismo, com maior diagnóstico sendo o BS, uma taxa de 8% da população infantil (ASSUNÇÃO et al., 2017).

Segundo Cruz et al. (2016), os estudos demonstram na etiologia multifatorial do bruxismo, mesmo com controvérsias, determinados fatores com ligações de origem hormonal, relacionando condições de ansiedade e de estresse, estas são influenciadas pelo estímulo do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. O resultado da estimulação no eixo mencionado é possível de ser mensurado pelo cortisol salivar e por meio da enzima alfa amilase, ambos possuem alterações em seus níveis devido estímulos fisiológicos e psicológicos (PAYNE et al., 2014). De acordo com Frietzen et al. (2021), os resultados clínicos apontam uma possível relação de fatores psicológicos, como o estresse, demonstrando níveis elevados de cortisol salivar no período matutino, ao acordar, em pacientes com bruxismo. As forças oclusais em decorrência do bruxismo promovem uma sobrecarga nos dentes e nos seus tecidos de sustentação e suporte, além de gerar potenciais efeitos negativos na articulação temporomandibular (ATM) (SOUZA et al., 2010). Devido a diversificação dos fatores etiológicos, o tratamento não é específico, diferindo de acordo com a condição apresentada pelo paciente e deve ser realizado de forma transdisciplinar (DEKON et al., 2003).

O presente trabalho tem por objetivo investigar a possível relação dos fatores do estresse em diagnósticos de pacientes bruxômanos, conceituar as diferenças na classificação do bruxismo e como o estresse pode estar envolvido, explicar o mecanismo fisiológico do estresse e sua relação com o corpo humano, exemplificar as consequências do estresse para a saúde bucal de forma geral e simplificada relacionada ao bruxismo e conceituar as diferenças na classificação do bruxismo e como o estresse pode estar envolvido.

Sendo assim, esta pesquisa é necessária para que os resultados do trabalho acerca da possível relação do estresse com o paciente bruxômano possibilite os odontólogos a entenderem como o estado emocional do paciente pode influenciar na condição clínica e fisiológica que envolve os dentes e articulações associadas, assim possibilitará novas estratégias de tratamento multidisciplinares que acarretará melhores prognósticos, afinal os pacientes devem ser observados como um todo.

2   FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO DA LITERATURA

2.1  Diagnóstico

O cirurgião-dentista que faz o diagnóstico de bruxismo pode utilizar ferramentas minuciosas como a anamnese, exame físico intra e extrabucal e até mesmo exame complementar como a polissonografia para meio de confirmação (RODRIGUES et al., 2020).

Não existe cura para o bruxismo, mas o tratamento mais eficaz presente nos estudos são associações entre dispositivo interoclusal, terapia comportamental e, quando necessário, realiza-se intervenção farmacológica (SENA et al., 2018).

Conforme Rédua et al. (2019), a literatura considera que o diagnóstico do bruxismo é considerado subjetivo devido ao formato não padronizado entre os profissionais, sabe-se que a análise é feita por meio de relato dos pais ou responsáveis, exame físico intra e extra oral e também pode-se utilizar exames complementares como a eletromiografia/eletrocardiografia e a polissonografia, que atualmente é o padrão ouro para o diagnóstico da condição. Portanto, os dados mostram que a maior limitação existente para o uso da polissonografia é a financeira, pelo fato do exame apresentar-se inacessível devido ao valor (PIGOZZI et al., 2019).

Pode-se encontrar nos pacientes bruxômanos hipertrofia dos músculos da face, limitação de abertura de boca ao acordar, cefaleias frequentes, mobilidade dentária, lesões nas estruturas dentárias (atrição, abfração e fraturas) ou em restaurações e também danos em órteses (DEMJAHA et al., 2019). Além disso, pode-se encontrar nos indivíduos com bruxismo a perda da dimensão vertical de oclusão (DVO), dores na ATM, apinhamento, sensibilidade, e em crianças pode ocorrer aceleração da rizólise e até mesmo perda precocemente dos dentes decíduos (CARMO et al., 2021).

2.2  Tratamento

O dispositivo interoclusal, conhecido como placa oclusal, atualmente é o método mais utilizado para tratar e minimizar as consequências do bruxismo sobre os dentes, os protegendo contra o desgaste (CUNHA; SOUSA, 2021). De acordo com Ferreira (2019), este dispositivo é um aparelho removível confeccionado de acrílico rígido que se acopla entre a arcada superior e inferior, protegendo os dentes e/ou órteses de cargas traumáticas proveniente do bruxismo. Porém, atualmente, não existe comprovação científica acerca de tratamento que cure ou paralise o bruxismo, o manejo dos pacientes foca na melhoria dos sintomas de dor e na proteção dos dentes e das próteses (YAP; CHUA, 2016).

2.3  Fatores de estresse

O estresse no ser humano é caracterizado como uma resposta como luta ou fuga, tanto devido às questões fisiológicas envolvidas no processo quanto o envolvimento de questões comportamentais (TAYLOR et al., 2000). De acordo com Filgueiras et al. (1999), observa-se que dentro das inúmeras consequências ocasionadas pela vida moderna o estresse é considerado responsável por diversas patologias que afligem o ser humano, sendo discutido em 1992, por Júlio de Mello Filho e Mauro Diniz Moreira ao relatar a importância da relação emocional com a progressão de patologias de origem infecciosas e/ou neoplásicas.

De acordo com Yaribeygi et al. (2017), a resposta biológica dada a um estímulo intrínseco ou extrínseco é denominada estresse, as ações da resposta sob o corpo serão conforme as características do estímulo (tipo, tempo e gravidade) aplicado sobre o indivíduo. O agente estressor é responsável por desencadear a resposta ao estresse, geralmente apresenta- se como ameaças físicas ou a autoimagem do indivíduo, a presença de um evento importante, conflitos externos, prazos próximos e até mesmo a perda de alguém com vínculo afetivo com a pessoa (SELYE, 1956). O estado psicossocial (no que se relaciona a presença de estresse, depressão, uso de drogas lícitas/ilícitas e ansiedade) está relacionado com a hiperatividade muscular e diretamente ligado ao desencadeamento de parafunções (QUELUZ et al., 2010).

Os cincos fatores encontrados na literatura que se relacionam ao bruxismo são os fatores locais que envolvem a oclusão como interferências e contatos prematuros, fatores sistêmicos que envolvem distúrbios respiratórios, do sono ou até mesmo distúrbios do SNC, fatores ocupacionais, fatores psicológicos como estresse e ansiedade e fatores hereditários (PIZZOL et al., 2006).

O cortisol é descrito na literatura como hormônio presente em processos do corpo humano, sendo presente na produção de glicose e ativação de processos de origem anti- inflamatória e antiestresse (CRUZ et al., 2016). Conforme Okeson et al. (2007), o aumento dos níveis de estresse emocional pode estar relacionado a variação do acometimento de eventos de bruxismo, como atos de ranger e/ou apertar os dentes, levando em consideração sua definição de acordo com o ciclo circadiano (noturno e diurno).

A ocorrência do bruxismo de maneira frequente na vida do indivíduo, pode relacionar-se ao estresse multifatorial e é passível de ser identificado durante a entrevista como a anamnese, que ocorre previamente ao exame clínico, a identificação de estresse tanto na vida pessoal quanto na profissional pode ajudar no tratamento multidisciplinar e pode permitir até mesmo identificar distúrbios de maior complexidade relacionados ao estresse (AHLBERG et al., 2002).

3  METODOLOGIA

3.1  Materiais e Métodos

O presente estudo, consiste em uma revisão integrativa da literatura, com artigos publicados entre 2018 e 2023 sobre a associação de fatores de estresse com o bruxismo. Os locais de estudo serão os países Brasil, Portugal, Argentina, Estados Unidos, Indonésia, Holanda, Romênia, Turquia, Polônia, Suíça, Macedônia do Norte, Espanha, Israel, Arábia Saudita, Peru, Finlândia, Nigéria e Índia entre 2018 e 2023 (nos últimos seis anos). A estratégia de busca de dados efetuou-se nas seguintes bases de dados online: PubMed, SciELO e Google Acadêmico (Figura 1).

Figura 1. Estratégias de busca e termos utilizados nas bases de dados

BASE DE DADOSDESCRITORESN° DE ARTIGOS
  ENCONTRADOS
PubMedBruxism AND stress OR bruxism AND stress factors;   Bruxismo AND estresse OR bruxismo AND fatores de estresse.      24 artigos
SciELOBruxism AND stress OR bruxism AND stress factors;   Bruxismo AND estresse OR bruxismo AND fatores de estresse.      3 artigos
Google AcadêmicoBruxism AND stress OR bruxism AND stress factors;   Bruxismo AND estresse OR bruxismo AND fatores de estresse.      43 artigos

O presente estudo construiu-se com base em sete etapas, sendo elas: elaboração da questão norteadora; definição dos estudos que compõem a amostra conforme os critérios de inclusão e exclusão; extração dos dados; análise dos dados incluídos; elaboração do fluxograma e apresentação dos resultados obtidos. Os descritores pesquisados foram padronizados e utilizados nas bases de dados da seguinte forma: Bruxism AND stress OR bruxism and stress factors; Bruxismo AND estresse OR bruxismo AND fatores de estresse (Figura 1).

3.2  Processo de seleção dos artigos

Figura 2: Fluxograma do processo de coleta de dados, análise e seleção dos artigos.


4  RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1  Resultados dos artigos para análise dos dados

No decorrer do levantamento e da extração dos dados, realizou-se o registro em fluxograma (Figura 2), encontrou-se 70 artigos nas três bases de dados selecionadas (SciELO, PubMed e Google Acadêmico), excluiu-se 23 artigos por duplicação, 10 artigos por serem pagos e 9 artigos fora do tema. Dessa forma, ao final restaram 28 artigos para a obtenção e apresentação dos resultados.

Figura 3: tabela conforme os artigos analisados

  ReferênciaOrige m do artigo (País)  Título  Objetivo
SOTO-GOÑI, X. A. et al. Adaptive Stress Coping inEspanh aAdaptive Stress“Investigar o papel                  do
Awake Bruxism. Frontiers in Neurology, v. 11, 9 dez. 2020. Coping       in Awake Bruxismenfrentament o                no bruxismo acordado, estudando os seguintes fatores psicológicos: depressão, ansiedade, estresse, estilos                  de enfrentament o e traços de personalidad e”.
        PEJKOVSKA-SHAHPASKA, B. Assessment of the pain, stress and emotional factor related to the occurrence of bruxism. Balkan Journal of Dental Medicine, v. 23, n. 3, p. 147–151, 2019.          Repúbl ica da Maced ônia do Norte    Assessment of the Pain, Stress                 and Emotional Factor Related                     to the Occurrence of Bruxism“O    objetivo deste estudo foi avaliar a presença          de dor, estresse e compreender o                fator emocional e suas relações com             a ocorrência do bruxismo”.
        POLMANN, H. et al. Association between sleep bruxism and stress symptoms in adults: A systematic review and meta-analysis. Journal of Oral Rehabilitation, v. 48, n. 5, p. 621–631, 1 maio 2021.            Brasil  Association between sleep bruxism and stress symptoms in adults:                      A systematic review                and meta-analysis“Avaliar criticamente as evidências atuais           e responder    à seguinte questão focada: ‘Existe associação entre bruxismo do sono             e
   sintomas de estresse em adultos?”.
                    HASSAN, K. A.; KHIER, S. E. Awake Bruxism Intensified During COVID-19 Pandemic by Cumulative Stress – An Overview. Acesso em: 18 set. 2023.                      Espanh a                Awake Bruxism Intensified During COVID-19 Pandemic by Cumulative Stress – An Overview“Avaliar      o impacto da pandemia de COVID-19 na     possível prevalência de bruxismo durante        a vigília          e durante        o sono    e    nos fatores psicológicos associados ao bruxismo, comparando amostras pré- pandemia, pandemia/loc kdown e pós- pandemia de alunos        do primeiro ano”.
        CARTER, K.; MCKENZIE, C. T. Bruxism and Stress Among Veterans With Gulf War Illness. Military Medicine, v. 186, n. 1-2, p. e179–e185, 1 jan. 2021.        Estado s Unidos    Bruxism and Stress Among Veterans With               Gulf War Illness“Investigar a relação entre o          estresse percebido    e as experiências de bruxismo autorrelatada s      entre    os veteranos do GWI”.
CHOUDHARI, S.; GURUNATHAN, D. Can National Lockdown Due To Covid-19 Be Considered As A Stress Factor For Bruxism In Children. International    BrasilCan National Lockdown Due           To Covid-19 Be Considered“Investigar a repercussão da              crise pandêmica, e em particular
Journal of Dentistry and Oral Science, p. 2056–2059, 18 mar. 2021. As A Stress Factor      For Bruxism                   In Childreno distanciamen to         social sobre           o incremento ou    não        do bruxismo na população infantil”.
                  SRIHARSHA, P. et al. Comparative evaluation of salivary cortisol levels in bruxism patients before and after using soft occlusal splint: An in vivo study. Contemporary Clinical Dentistry, v. 9, n. 2, p. 182, 2018.                        Índia            Comparative Evaluation of Salivary Cortisol Levels         in Bruxism Patients Before               and After    Using Soft Occlusal Splint: An in vivo Study“Avaliar     os níveis                         de cortisol salivar       em pacientes com bruxismo antes                          de aplicar      tala oclusal macia                    e avaliar          e comparar os níveis                       de cortisol salivar       em pacientes com bruxismo 15 dias        após aplicar      tala oclusal macia”.
      SMARDZ, J. et al. Correlation between Sleep Bruxism, Stress, and Depression—A Polysomnographic Study. Journal of Clinical Medicine, v. 8, n. 9, p. 1344, 29 ago. 2019.          Polôni a  Correlation between Sleep Bruxism, Stress,                 and Depression— A Polysomnogr aphic Study“Avaliar       a possível correlação entre            a ocorrência de bruxismo do sono      e     a percepção de estresse        e sintomas depressivos”.
            CORTESE, S. G.; GUITELMAN, I. C.; BIONDI, A. M. Cortisol salival en niños con y sin bruxismo. Revista de Odontopediatría Latinoamericana, v. 9, n. 1, p. 12, 19 jan. 2021.              Argent ina            Cortisol salival        en niños con y sin bruxismo“Avaliar       e comparar valores                 das facetas                     de desgaste e do cortisol salivar       em crianças com e              sem possível bruxismo     e com baixos e altos     níveis de instabilidade emocional. “
                  SEVERO, L. Estresse ocupacional x bruxismo : revisão de literatura. Unisc.br, 2021.                    Brasil            ESTRESSE OCUPACIO NAL           X BRUXISMO :     REVISÃO DE LITERATU RA“Analisar a relação entre o bruxismo e o        estresse ocupacional, averiguando a presença de bruxismo em indivíduos com profissões consideradas estressantes e mensurando as prováveis causas deste hábito,    bem como          os meios                  de tratá-lo.”
  MOTA, I. G. et al. Estudo transversal do autorrelato de bruxismo e sua associação com estresse e ansiedade. Revista de Odontologia da UNESP, v. 50, 9 jul. 2021.      BrasilEstudo transversal do autorrelato de bruxismo      e sua associação“Investigar a prevalência do autorrelato de bruxismo entre universitários
  com estresse e ansiedadee correlacionar a parafunção com             a ansiedade e o estresse autopercebid os”.
                  SOMAY, E.; TEKKARISMAZ, N. Evaluation of sleep bruxism and temporomandibular disorders in patients undergoing hemodialysis. Nigerian Journal of Clinical Practice, v. 23, n. 10, p. 1375, 2020.                      Nigéri a              Evaluation of Sleep Bruxism and Temporoman dibular Disorders    in Patients Undergoing Hemodialysis“Determinar a prevalência de hábitos de bruxismo     e DTM em pacientes em HD, ajudando assim           a melhorar      a qualidade de vida     desses indivíduos em diálise, e determinar os problemas de             saúde adicionais que     podem ocorrer devido                     à DTM             e    ao bruxismo”.
    CHEMELO, V. DOS S. et al. Is There Association Between Stress and Bruxism? A Systematic Review and Meta-Analysis. Frontiers in Neurology, v. 11, 7 dez. 2020.        BrasilIs          There Association Between Stress                and Bruxism                   A Systematic Review                and Meta- Analysis  “Investigar uma possível associação entre estresse e     bruxismo em humanos”.
MARÍN, M. et al. Level of work stress and factors associated with bruxism in the military crew of the  PeruLevel          of work     stress and     factors“Determinar o    nível    de estresse      no
Peruvian Air Force. Medical Journal Armed Forces India, v. 75, n. 3, p. 297–302, jul. 2019. associated with bruxism in themilitary crew of the Peruvian Air Forcetrabalho associado ao bruxismo na tripulação da Força Aérea Peruana”.
                  MACIEJEWSKA-SZANIEC, Z. et al. Polymorphic variants in genes related to stress coping are associated with the awake bruxism. BMC Oral Health, v. 21, n. 1, 5 out. 2021.                      Polôni a              Polymorphic variants       in genes related to          stress coping       are associated with                   the awake bruxism“Estudar     se variantes    de sequência em genes envolvidos nas vias de regulação do estresse: NTRK2       e BDNF, podem   estar associadas à suscetibilida de              ao bruxismo em vigília,         à apresentação clínica e ao nível          de estresse percebido pelos pacientes”.
      AL-KHALIFA, K. S. The Prevalence of Bruxism and Associated Occupational Stress in Saudi Arabian Fighter Pilots. Oman Medical Journal, 2021.      Arábia Saudit aPrevalence of Bruxism and Associated Occupational Stress          in Saudi Arabian Fighter Pilots“Avaliar       a prevalência de bruxismo e         estresse ocupacional entre pilotos de   caça    da Arábia Saudita”.
S SACZUK, K. et al. Relationship between Sleep Bruxism, Perceived Stress, and Coping Strategies. International Journal of Environmental Research  Polôni aRelationship between Sleep Bruxism, Perceived“Avaliar       a relação entre estresse percebido, mecanismos
and Public Health, v. 16, n. 17, p. 3193, 1 set. 2019. Stress,                 and Coping Strategiesde enfrentament o e bruxismo do sono”.
      RAMDHINI,     D.     M.;     BUDIARDJO,     S.     B.; SUHARSINI, M. Relationship between Stress and Bruxism in Children Aged 9–11 Years – ProQuest. Disponível                                                                    em: <https://search.proquest.com/openview/8a8e0e5c31303f 1470047e8cf0c4ada1/1?pq- origsite=gscholar&cbl=1036416>. Acesso em: 19 out. 2023.                Indoné sia          Relationship between Stress                 and Bruxism      in Children Aged     9–11 Years“Analisar a relação entre estresse e bruxismo em crianças de 9 a 11 anos, e foi realizado em 20 crianças com bruxismo; 20 crianças não bruxistas    da mesma faixa etária formaram um grupo de controle.”
    DE OLIVEIRA, DD et al. Relação entre estresse e bruxismo em estudantes universitários: um estudo transversal. Revista Estomatologia         ,       [S.  l.]    ,                   v.                           2,   2022. DOI: 10.25100/re.v29i2.11071.                                          Disponível                           em: https://estomatologia.univalle.edu.co/index.php/revista_estomat ologia/article/view/11071. Acesso em: 19 out. 2023.        BrasilRelationship between stress                 and bruxism      in university students:      a cross- sectional study“Investigar associação entre estresse e       bruxismo entre estudantes universitários “.
      SAMPAIO, N. M. et al. Relationship between stress and sleep bruxism in children and their mothers: A case control study. Sleep Science, v. 11, n. 4, p. 239– 244, 2018.            Brasil  Relationship between stress             and sleep bruxism                 in children and their mothers:                 A case    control study“Investigar a prevalência de        CS    em crianças       e suas       mães biológicas, relacionando -a ao estresse por meio de um           estudo caso- controle”.
        VAN SELMS, M. et al. Self-reported sleep bruxism among Finnish symphony orchestra musicians: Associations with perceived sleep-related problems and psychological stress. CRANIO®, v. 41,4, p. 1–8, 30 nov. 2020.              Finlân diaSelf-reported sleep bruxism among Finnish symphony orchestra musicians: Associations with perceived sleep-related problems and psychologica l stress  “Avaliar se o bruxismo do sono autorreferido entre músicos está associado                    a problemas relacionados ao sono e/ou estresse psicológico”.
        LEVARTOVSKY, S. et al. The Association between Emotional Stress, Sleep, and Awake Bruxism among Dental Students: A Sex Comparison. Journal of Clinical Medicine, v. 11, n. 1, p. 10, 21 dez. 2021.              Israel  The Association between Emotional Stress, Sleep, and           Awake Bruxism among Dental Students:           A Sex Comparison“Avaliar       a relação entre estresse emocional    e bruxismo em estudantes de odontologia do          sexo masculino    e feminino em vários estágios                 de sua formação”.
        FLUERAȘU, M. I. et al. The correlation between sleep bruxism, salivary cortisol, and psychological status in young, Caucasian healthy adults. CRANIO®, p. 1–7, 27 maio 2019.            Romên iaThe correlation between sleep bruxism, salivary cortisol,      and psychologica l     status    in young, Caucasian healthy adults  “Analisar     a associação entre bruxismo do sono      (BS), cortisol salivar          e estado psicológico em          adultos saudáveis”.
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    WIDZIEWICZ, K.; GĘBSKA, M. The level of stress intensity and the incidence of bruxism in people in managerial positions in the construction industry. Journal of Education, Health and Sport, v. 10, n. 5, p. 89–101, 14 maio 2020.          Polôni aThe level of stress intensity and the incidence of bruxism in people         in managerial positions     in the construction industry“Avaliar o estresse e seu impacto no aparecimento do bruxismo entre pessoas em cargos gerenciais na indústria da construção”.
  EKŞI ÖZSOY, H.; GAŞ, S.; CESUR AYDIN, K. The relationship between stress levels, sleep quality, and oral health-related quality of life in Turkish university students            with            self-reported            bruxism. acikerisim.medipol.edu.tr, 2022.      Turqui aThe Relationship Between Stress Levels, Sleep Quality,                and Oral Health- related“Investigar a relação entre qualidade do sono,    níveis de estresse e qualidade de vida relacionada à
  Quality       ofsaúde    bucal
Life            inde estudantes
Turkishuniversitários
Universitycom
Students withautorrelato
Self-reportedde bruxismo
Bruxismdurante        o
universitáriossono/vigília
turcos      comna Turquia”.
bruxismo 
autorreferido 
          PEREIRA, C. DOS S.; QUARESMA, M. C. L. C. R. D. Emotional disorders, parafunctiona l habits, and bruxism      in hospital healthcare professionals in                 the COVID-19 post- pandemic period:         a cross- sectional observational study    “Avaliar a relação entre bruxismo do sono (SB), bruxismo em vigília (AB) e estresse, ansiedade e depressão de PH e HHP no      período pós- pandemia”.
Emotional disorders, parafunctional habits, and bruxism 
in hospital healthcare professionals in the COVID-19 post-pandemic period: a cross-sectional observationalPortug al
study. Fisioterapia e Pesquisa, v. 29, n. 4, p. 406–411, 
out. 2022. 

Fonte: autoria própria com os dados dos próprios artigos mencionados

De acordo com os achados do estudo de Soto-Goñi et al. (2020), foi observado que os pacientes bruxômanos apresentaram níveis maiores de ansiedade, somatização e neuroticismo e que a condição do bruxismo também pode ser considerada como fator protetor e positivo no enfrentamento do estresse devido a mastigação aliviar a tensão psicológica, apesar do estudo ter apresentado limitações e necessitar de pesquisas futuras que comparem a DTM com o bruxismo diurno. Os resultados e conclusões apresentados por Shahpaska (2019) mostram que os pacientes possuem sintomatologias consequentes do bruxismo e que o estresse apresentou grande significância devido a sociedade atual apresentar-se com alto dinamismo e exigência, o estudo relacionou a importância do tratamento multidisciplinar principalmente com terapia cognitivo-comportamental.

A pandemia de COVID-19 pode ocasionar nos pacientes estresse emocional que se acumula ao longo do tempo, tal acúmulo pode ocasionar consequências para o paciente como um todo e o estudo apontou que estes pacientes possuem maior probabilidade de cerrar os maxilares e de ranger os dentes durante a vigília. Tal situação mostrou grande dificuldade nos profissionais que não conseguem identificar o bruxismo relacionado ao estresse devido a um momento difícil como foi o da pandemia, tanto que o diagnóstico pode passar despercebido e ser negligenciado (HASSAN; KHIER, 2020). Em um estudo com crianças, durante o período da pandemia do COVID-19, em que houve uma necessidade de limitação social as crianças ficaram isoladas e obtiveram redução na interação social uns com os outros. Uma pesquisa considerou que existem taxas altas com estudos antigos antes da pandemia, a partir de uma análise com 182 pais de crianças entre 6 a 8 anos obteve em seus resultados que 60% destas crianças os pais acreditam que o filho esteve estressado e dentre elas 52,9% os pais relataram que apresentaram movimentos involuntários como ranger os dentes (CHOUDHARI; GURUNATHAN 2021).

De acordo com Sriharsha et al. (2018), os níveis de cortisol salivar tem sido um método utilizado com eficácia para analisar e avaliar adequadamente o estresse, o estudo analisou biomarcadores através da amostra salivar de 20 pacientes em dois momentos com intervalos diferentes e os resultados apresentados mostraram que o bruxismo do sono se relacionava aos níveis mais altos de estresse psicológico autopercebido e o aumento do cortisol. Os pesquisadores realizaram uma comparação na terapêutica em pacientes com cortisol aumentado, sendo utilizado a placa inter oclusal como comparação, os pacientes com bruxismo que utilizaram a placa apresentaram redução do nível de cortisol em 70%. Apesar da limitação dos estudos se dar devido ao fato do diagnóstico do bruxismo do sono se basear em questionários e não em exame clínico associado a polissonografia, existem resultados que associam 3 itens como o bruxismo do sono, cortisol salivar e condição psicológica em adultos. A pesquisa dividiu dois grupos, sendo o grupo diagnosticado com bruxismo do sono apresentaram maior índice de estresse e ansiedade quando comparado ao grupo controle (SMARDZ et al., 2019).

Conforme Polmann et al. (2021), os pacientes diagnosticados com bruxismo do sono que foram avaliados por meio de questionários se autorreferiram estressados, nos estudos os biomarcadores que podem analisar os níveis de estresse, como o cortisol, apresentaram associação com o bruxismo do sono e apesar de possuir relação as evidências foram consideradas baixas com grande necessidade de cautela na interpretação dos dados, o que mostra-se necessário mais estudos para qualificar melhor as evidências. Em adultos, alguns autores consideram controverso o diagnóstico do bruxismo pelo fato da dificuldade de os pacientes possuírem acesso ao exame de polissonografia, considerado padrão ouro no auxílio da confirmação da condição. Quando observado em crianças, alguns estudos afirmam uma possível aumento na dificuldade, quando comparado com adultos, de afirmar a relação do estresse com o bruxismo do sono e no estudo realizado na Espanha com 17 crianças com dentições decídua e permanente, não foi apresentado diferenças com resultados significativos, o que determinou fatores irrelevantes para o diagnóstico de bruxismo (CORTESE et al, 2019).

Segundo Severo (2021), apesar do bruxismo ser considerado por grande parte dos estudos uma parafunção de origem multifatorial existe uma forte relação entre o estresse ocupacional e o bruxismo, porém a complexidade da afirmação da etiologia e da obtenção de mais dados que afirmem que o estresse se relaciona ao bruxismo é devido a falta de diagnóstico e o tratamento padronizado entre os cirurgiões-dentistas, portanto o estudo apontou a necessidade de que haja mais pesquisas na área para a obtenção de dados mais conclusivos acerca da correlação de estresse e bruxismo. Em contrapartida, os profissionais da saúde que trabalharam durante a pandemia de COVID-19, a associação entre o estresse e os distúrbios emocionais em profissionais de saúde foi examinada, com foco particular no bruxismo do sono (BS) e no bruxismo de vigília (BV), a pesquisa revelou uma correlação significativa entre níveis mais altos de estresse, ansiedade e depressão e o diagnóstico de bruxismo em vigília, com uma prevalência maior em períodos de maior intensidade emocional, também observou-se uma ligação semelhante entre níveis de ansiedade e bruxismo do sono, com um aumento da ocorrência durante episódios mais intensos de ansiedade, o estudo concluiu a necessidade de pesquisas adicionais para compreender mais completamente os efeitos da pandemia da COVID-19 nessas condições e suas relações potenciais (PEREIRA; QUARESMA, 2022).

Segundo Mota et al. (2019), o estudo transversal realizado com estudantes universitários obtiveram dados conforme as variáveis de dados demográficos (idade e sexo), bruxismo – conforme o autorrelato de percepção do indivíduo, ansiedade (conforme a gravidade) e estresse (sem estresse, alerta, resistência e exaustão). O período da graduação pode apresentar uma condição estressante pelos acadêmicos, tendo em vista que pode haver um acúmulo de funções e responsabilidades por muitos alunos, esta condição pode acarretar consequências negativas tanto na saúde mental quanto na saúde oral. Porém, esta pesquisa específica apresentou uma correlação baixa do estresse com o bruxismo e os pesquisadores justificaram o resultado com o fato da coleta de dados ter ocorrido imediatamente após o período de férias. Ademais um estudo com 253 universitários na cidade de Diamantina, mostrou que não houve resultados significantes entre o estresse e o bruxismo, apesar de que a pesquisa apontou grande prevalência de bruxismo nos acadêmicos (DE OLIVEIRA et al, 2022). Em outra pesquisa com estudantes de graduação observou-se que bruxismo autorrelatado durante a vigília e o sono está ligado a níveis aumentados de estresse, distúrbios do sono e menor qualidade de vida relacionada à saúde bucal em estudantes universitários, ademais, outros elementos, como o consumo de álcool, cafeína e tabaco, consistentemente relacionados ao bruxismo e que podem impactar a qualidade de vida relacionada à saúde bucal, devem ser objeto de investigação adicional (ÖZSOY; GAS; AYDIN, 2022).

Do mesmo modo como o estudo que correlacionou mães e filhos sugere um aumento nas chances de ocorrência de bruxismo do sono em crianças cujas mães também possuem o diagnóstico da parafunção. Todavia, não foi encontrado resultados com significância entre o estresse psicológico e o bruxismo tanto na criança quanto em suas mães, mesmo quando o estresse foi identificado em estágios mais avançados por meio dos instrumentos de medição utilizados na pesquisa. Além disso, o estresse da mãe não teve influência na ocorrência de sintomas de estresse na criança, levando os pesquisadores a concluírem que o estresse não é um fator primordial no início e na persistência dos sintomas clínicos do bruxismo do sono (SAMPAIO et al., 2018). Assim como Nowinska et al. (2020), que concluiu que o impacto do estresse foi particularmente observado em estudantes e o manejo do bruxismo requer abordagens multidisciplinares, incluindo intervenções odontológicas, farmacológicas e psicocomportamentais, enfatizando a importância de considerar distúrbios concomitantes. No entanto, a complexidade da etiologia do bruxismo demanda investigações mais aprofundadas.

De acordo com Somay e Tekkarismaz (2020) os pacientes que possuem insuficiência renal e que dependem de hemodiálise podem ter maiores índices de ansiedade, estresse e menor qualidade de vida quando comparado a pacientes saudáveis, neste estudo com 137 pacientes observou-se que o estresse é substancialmente maior no grupo de pacientes que são dependentes de hemodiálise quando comparado ao grupo de controle que são indivíduos saudáveis. Apesar do estudo mostrar aspectos que tentem justificar a correlação do bruxismo e ou outras condições orais com o estresse, ao final os resultados mostraram necessidade de maior estudo. Assim como o estudo de Chemelo et al. (2020), que apresentou resultados que os os pacientes estressados estudados possuem maiores chances de apresentar bruxismo quando os comparado aos não estressados, ou seja, saudáveis, porém as evidências não são suficientes para a compreensão eficiente da correlação do estresse com o bruxismo.

Um estudo que obteve resultados através de uma análise estatística com militares da Força Aérea Peruana mostrou que estes profissionais estão mais predispostos a obter disfunções temporomandibulares, bruxismo e outras doenças de origem odontogênica devido ao estresse da atividade laboral. A pesquisa mostrou que apesar do nível alto de estresse dos militares, não faz parte da política prioritária o tratamento do bruxismo devido ao fato da consequência na maioria das vezes ser o desgaste dentário, que é indolor até um certo ponto, diferente da cárie, gengivite e outras doenças periodontais que são tratadas com maior frequência e dinamismo do que o bruxismo e/ou a disfunção temporomandibular (MARÍN et al., 2019).

Os pesquisadores Maciejewska-Szaniec et al. (2021), apresentaram uma associação favorável entre o bruxismo em vigília e o estresse através do resultado de análise de variantes de sequência nos genes BDNF e NTRK2, estes genes estão interligados com o estresse em pacientes com bruxismo em vigília e pode ser utilizado para associar a suscetibilidade do bruxismo em vigília com o estresse. Para a determinação desse estudo utilizaram dois grupos, um com 104 pacientes com bruxismo em vigília e 191 pacientes para grupo controle, ambos foram submetidos a análise odontológica e testes psicológicos. O estudo resultou que o estresse autopercebido é um fator que se liga ao bruxismo em vigília e as consequências da parafunção na cavidade oral.

Em um estudo observacional transversal que avaliou e comparou os veteranos do GWI com homens da população em geral, foi relatado níveis mais elevados de estresse percebido, respectivamente. Nos relatos, os veteranos apresentaram alta frequência do ato de ranger e apertar os dentes quando comparado aos não veteranos da população em geral, o que levou a conclusão acerca da importância dos profissionais militares e civis que tratam estes pacientes se conscientizem da importância do diagnóstico e tratamento afim de minimizar as consequências na saúde oral e mental (CARTER; McKENZIE, 2021).

Em um estudo na Arábia Saudita que avaliou entre os pilotos de caça a relação do bruxismo e o estresse ocupacional por meio de um estudo observacional transversal utilizando uma amostra de comparação de dois grupos ambos com 110 indivíduos, sendo um grupo controle que não possuem a ocupação de piloto e um grupo formado por pilotos de caça, os resultados apontaram que o bruxismo apresentou maior relação em pilotos, já que apresentaram maior estresse ocupacional do que os indivíduos que não são pilotos, porém a pesquisa aponta a necessidade de maiores investigações para determinar melhores estatísticas (AL-KHALIFA, 2022).

Ao analisar uma pesquisa realizada na Polônia em funcionários da construção, 104 funcionários que foram entrevistados relataram estresse no trabalho, dentre os fatores de estresse mais comuns incluíram pressão de tempo e subordinados e os sintomas de bruxismo, como: dores de cabeça, apertamento dos dentes e dor na articulação temporomandibular, foram observados, mostrando correlações positivas com os níveis de estresse no local de trabalho, o estudo concluiu que os profissionais em cargos gerenciais na indústria da construção frequentemente sofrem de estresse relacionado ao trabalho, o que pode afetar a ocorrência de sintomas de bruxismo e a sensação de dor na articulação temporomandibular (WIDZIEWICZ; GĘBSKA, 2020).

De acordo com Saczuk, Klara et al. (2019), o bruxismo do sono e o estresse está correlacionado e que apesar das mulheres possuírem maiores índices de cortisol, as estratégias e a forma de enfrentamento obtiveram melhores resultados quando comparado aos homens. O estresse no sexo feminino foi relacionado a responsabilidades não laborais maiores do que em indivíduos do sexo masculino, em situações que envolvam as atividades do lar e obrigações da família que sobrecarregam as mulheres, o estudo também confirma a importância de investigar com maior profundidade a relação do bruxismo com o gênero e a forma como estes indivíduos enfrentam a situação perante o estresse.

Em crianças de 9 a 11 anos, na Indonésia, por meio de um estudo observacional transversal utilizando pais e filhos em questionários e por meio da avaliação por profissionais da condição bucal utilizando os critérios de diagnóstico da Academia Americana de Medicina do Sono mostrou que existe uma forte relação entre estresse e bruxismo em crianças nessa faixa etária. Porém, a pesquisa baseada em questionários deve ser melhor desenvolvida através de uma padronização entre os pesquisadores do assunto e que a relação da condição entre pacientes bruxômanos deve ser em conjunto com o a análise dos níveis de alfa amilase e cortisol salivar para determinar melhores resultados (RAMDHINI; BUDIARDJO; SUHARSINI, 2018).

Foi observado por Sin et al. (2020), em um estudo que a maioria dos pacientes que relataram bruxismo também apresentou altos níveis de ansiedade odontológica, principalmente em relação à anestesia dentária e à impossibilidade de interromper o dentista durante os procedimentos, os pesquisadores mostraram que aplicação da técnica “dizer- mostrar-fazer” e do controle comportamental reduziu significativamente esses níveis de preocupação. Além disso, pacientes afetados pelo bruxismo relataram um aumento no nível de cortisol salivar, mas o uso de placas oclusais para relaxamento muscular ajudou a reduzir esses níveis. No entanto, o estudo revelou que as técnicas de controle comportamental, embora tenham diminuído a ansiedade odontológica, não foram eficazes na redução dos níveis de cortisol salivar durante o tratamento odontológico em pacientes com bruxismo, mesmo após várias sessões de tratamento.

Os pesquisadores da Orquestra Sinfônica Finlandesa investigaram a ligação entre o bruxismo do sono, problemas de sono e estresse psicológico em músicos. Os resultados indicaram que o bruxismo do sono estava relacionado a menos horas de sono, era mais comum em mulheres e associado ao estresse psicológico. Estudos anteriores também corroboraram essa relação, embora alguns não tenham confirmado associações significativas. Mecanismos neurofisiológicos foram propostos para explicar o vínculo, apontando interrupções na atividade cerebral durante o sono, a proporção de variância explicada no modelo final foi relativamente baixa, sugerindo uma grande variação nos relatos de bruxismo do sono e consequentemente, pesquisas futuras devem considerar uma abordagem mais abrangente e uma avaliação mais detalhada da atividade do bruxismo (VAN SELMS et al., 2023).

O estudo de De Oliveira et al. (2022), analisou estudantes de odontologia em diferentes estágios de sua formação, as descobertas mostraram que o estresse e as respostas emocionais variaram dependendo do estágio do currículo e do gênero dos alunos. Durante a fase prática, os alunos do sexo masculino experimentaram um aumento significativo no estresse, enquanto as alunas não mostraram mudanças notáveis. Na fase clínica, os níveis de estresse diminuíram para os alunos do sexo masculino, alinhando-se aos níveis das alunas, que, por sua vez, apresentaram um aumento contínuo ao longo do tempo e houve uma alta incidência de bruxismo durante a fase prática, especialmente entre as alunas. O estudo também identificou associações entre o bruxismo e altos níveis de estresse, ansiedade, depressão e somatização, particularmente em homens durante a fase prática. No entanto, não foram encontradas correlações significativas entre o bruxismo do sono e os fatores emocionais, sugerindo uma possível diferença na origem do bruxismo durante a vigília e o sono. As descobertas, conforme Levartovsky et al., 2021, enfatizam a necessidade de apoio direcionado aos estudantes em diferentes estágios de sua formação, embora também ressaltem a importância de interpretar os resultados com cautela devido a algumas limitações no estudo, indicando a necessidade de pesquisas adicionais para uma compreensão mais aprofundada desses fenômenos.

Ao analisar o estudo de Fluerașu et al. (2021) com 60 estudantes saudáveis, o bruxismo do sono foi associado a estados psicológicos gerais e relacionados ao trabalho, além de frustração no trabalho, os exames clínicos revelaram que os indivíduos com bruxismo do sono tendiam a exibir ansiedade, estresse e atitudes depressivas relacionadas ao trabalho em comparação com aqueles sem bruxismo do sono e além disso, os níveis de cortisol salivar estavam elevados em indivíduos com bruxismo do sono, especialmente entre as mulheres, e estavam correlacionados com a ansiedade geral, mas não com o estado psicológico induzido pelo trabalho. Este estudo chegou à conclusão de que o bruxismo do sono está ligado a alterações psicológicas gerais e relacionadas ao trabalho, e que o cortisol salivar pode ser um marcador valioso e não invasivo para avaliar a gravidade do bruxismo do sono.

CONCLUSÃO

A etiologia do bruxismo é considerada complexa por diversos autores na literatura, este fato se dá devido ao diagnóstico ser desafiador devido à falta de padronização entre os profissionais para a confirmação da condição dos pacientes. Infelizmente, não é possível utilizar a polissonografia que é padrão ouro para o diagnóstico em todas as pesquisas e/ou dia a dia nos atendimentos clínicos por ter um custo elevado e não ser condizente com a realidade de grande parte da sociedade. Os estudos analisados apresentam que o bruxismo é uma condição multifatorial, caracterizada pelo apertar ou ranger dos dentes, podendo ocorrer durante o sono ou durante a vigília, sendo importante distinguir o momento em que o paciente apresenta a condição. No que se relaciona ao estresse, a literatura apresenta resultados em que o estresse pode estar associado ao bruxismo, sem especificar qual o tipo (se em vigília ou o do sono), porém na conclusão foi avaliado a necessidade de que haja mais pesquisas na área para confirmar com maiores certeza a correlação do estresse com o bruxismo. Já que há uma limitação por não haver padronização nos questionários aplicados entre os estudos, mas ao decorrer do trabalho, foi notado que não há no mundo uma forma única dos profissionais cirurgiões dentistas de diagnosticar as condições. Ainda se utiliza autorrelatos dos pacientes em conjunto com questionários aplicados de formas diferentes nas pesquisas, ou seja, não é possível afirmar com total certeza que o estresse está relacionado ao bruxismo.

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¹Discente do Curso Superior de Odontologia da Faculdade de Ciências Médicas
²Discente do Curso Superior de Odontologia da Faculdade  de Ciências Médicas
³Docente do Curso Superior de Odontologia da Faculdade de Ciências Médicas – Afya Palmas. Doutora em Biotecnologia pela rede BIONORTE/UFT
4Docente do Curso Superior de Odontologia da Faculdade de Ciências Médicas – Afya Palmas. Doutora em Ciências Biológicas pela UNB.