ASSOCIATION OF MEDICINAL BIOMAGNETISM WITH INCREASED ARTERIAL OXYGEN SATURATION IN A POST-COVID-19 PATIENT: A CASE REPORT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/os102411271354
Elisabete Napoleão Lima¹
Eliane Viana Moreira Daher¹
Adriane Viapiana Bossa²
Gustavo David dos Santos³
RESUMO
Uma parcela considerável (63%) de pessoas acometidas pelas formas moderada e grave da COVID-19 desenvolve sequelas que podem levar à disfunção respiratória, dispneia e baixos níveis da saturação arterial de oxigênio. Devido à carência de recursos terapêuticos para suprir a demanda de pacientes com sequelas pós-COVID-19, o Biomagnetismo Medicinal pode ser recurso auxiliar no processo de redução de danos e reabilitação. Objetivo: Relatar um tratamento com Biomagnetismo Medicinal de uma paciente com baixo nível de saturação arterial de oxigênio, devido sequela pós-COVID-19. Método: Estudo descritivo transversal, de caráter exploratório, do tipo relato de caso. Análise comparativa entre a teoria e a prática apurada no prontuário de uma paciente submetida ao tratamento de Biomagnetismo Medicinal por um período de três meses, com queixa de baixo nível de saturação arterial de oxigênio persistente, resultante de sequela respiratória pós-COVID-19. Resultados: A análise do prontuário revelou melhora progressiva nos níveis de saturação de oxigênio da paciente, com alívio na sintomatologia respiratória ao término do tratamento. Considerações finais: O Biomagnetismo Medicinal é um grande aliado no enfrentamento dos problemas de saúde apresentados por pacientes com sequelas respiratórias pós-COVID-19.
Palavras-chave: Biomagnetismo Medicinal; Par Biomagnético; COVID-19; Práticas Integrativas e Complementares em Saúde; Reabilitação; Hipoxemia.
ABSTRACT
A considerable portion (63%) of people affected by the moderate and severe forms of COVID-19 develop sequelae that can lead to respiratory dysfunction, dyspnea and low levels of arterial oxygen saturation. Due to the lack of therapeutic resources to meet the demand of patients with post-COVID-19 sequelae, Medicinal Biomagnetism can be an auxiliary resource in the process of harm reduction and rehabilitation. Objective: To report a treatment with Medicinal Biomagnetism of a patient with a low level of arterial oxygen saturation, due to a post-COVID-19 sequel. Method: A descriptive, exploratory, cross-sectional study of the case report type. Comparative analysis between theory and practice found in the medical record of a patient undergoing treatment of Medicinal Biomagnetism for a period of three months, with a complaint of persistent low level of arterial oxygen saturation, resulting from respiratory sequelae after COVID-19. Results: Analysis of the medical records revealed a progressive improvement in the patient’s oxygen saturation levels, with relief in respiratory symptoms at the end of treatment. Final considerations: Medicinal Biomagnetism is a great ally in dealing with the health problems presented by patients with post-COVID-19 respiratory sequelae.
Keyword: Medicinal Biomagnetism; COVID-19, Integrative and Complementary Practices in Health; Rehabilitation; Hypoxemia.
1 INTRODUÇÃO
A Covid-19, considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde março de 2020, trata-se de uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, cuja identificação se deu pela primeira vez no mês de novembro de 2019 na China, em Wuhan, província de Hubei, com o alastramento da doença pelo mundo todo devido sua alta taxa de transmissão (MATOS et al, 2021; SOUZA et al, 2021). Os dados atualizados pela OMS revelam que, até novembro de 2021, havia 248 milhões de casos confirmados no mundo, com 5 milhões de mortes relacionadas à doença, sendo que no Brasil, desde o primeiro caso registrado em fevereiro de 2020 e a disseminação da doença, chegou-se ao número estimado de 21 milhões de casos confirmados, com aproximadamente 608 mil mortes (OMS, 2021).
Os principais sintomas da doença como febre, cansaço e tosse seca, podem não se manifestar na grande maioria dos indivíduos (cerca de 80%), considerados assintomáticos e, portanto, com recuperação que prescinde de tratamento especializado (OPAS, 2021). No entanto, pessoas idosas e as que possuem comorbidades como hipertensão arterial, doenças cardíacas, diabetes e obesidade possuem maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença, sofrendo complicações do sistema respiratório, renal, cardiovascular e neurológico (OPAS, 2021).
Uma parcela considerável (63%) dos pacientes que desenvolvem a forma moderada a grave da doença é acometida por sequela funcional (GARRIGUES et al, 2020). Alguns pacientes em reabilitação da forma grave de COVID-19 apresentam como sequela disfunção respiratória e dispneia, uma vez que a doença está relacionada a quadros de síndrome respiratória aguda, com redução dos níveis de oxigenação no sangue. (ASKIN; TANRIVERDI; ASKIN, 2020; GARRIGUES et al, 2020; LIPPI; MATTIUZZI, 2020). Como consequência das complicações respiratórias, apresentam baixa saturação arterial de oxigênio (O2), o que causa hipoxemia (MATOS et al, 2021; SOUZA et al, 2021; ZHENGLINAG, 2020).
Considera-se hipoxemia quando a saturação periférica de oxigênio (SpO2) está abaixo de 90% ou sofreu decréscimo maior do que 5% do inicial, sendo considerada grave se estiver abaixo de 85%, o que pode ser provocado pela redução na pressão parcial de O2 entre os alvéolos pulmonares e as artérias sistêmicas devido à distribuição desigual de ventilação e perfusão no pulmão (FORTIS; NORA, 2000). Ao estimular os mecanismos naturais de recuperação da saúde do organismo, o Biomagnetismo Medicinal (BM) pode contribuir para minimizar os danos provocados pela hipoxemia e as sequelas geradas pela forma grave da COVID-19, em especial a disfunção respiratória que é consequência da dificuldade na restauração dos níveis normais de SpO2 (DURÁN, 2005, p. 158; FORTIS; NORA, 2000).
O BM, técnica terapêutica criada a partir de 1988 pelo médico e fisioterapeuta Mexicano Dr. Isaac Goiz Durán, configura-se como um método de investigação, tratamento e prevenção de diversas enfermidades. Seus efeitos auxiliam no restabelecimento da saúde mediante o equilíbrio do pH (potencial de hidrogênio) de tecidos e órgãos, através da colocação de imãs no corpo. Essa técnica terapêutica é praticada por centenas de milhares de pessoas, incluindo profissionais de saúde das mais diversas áreas, em todos os continentes; operando com a utilização de ímãs específicos aplicados no corpo em locais chamados “Pares Biomagnéticos” (DURÁN, 2005, p. 158; PERSON, 2016, p.15).
Conforme Durán (2005, p.73), o Par Biomagnético é definido como “o conjunto de cargas que identificam uma patologia e que é constituído por duas cargas principais de polaridade oposta e que se formam devido à alteração do pH dos órgãos que a suportam”. De acordo com Person (2016), essa alteração pode ter sua origem em microrganismos patógenos ou disfunções, sendo que a saúde está condicionada à restauração do equilíbrio orgânico. O mecanismo de ação dos ímãs, ainda que não totalmente elucidado de forma precisa, normaliza a bioeletricidade do corpo, equilibra o pH nas células e seu entorno, facilita o reconhecimento dos micro-organismos patógenos por parte do sistema imunológico e permite a desintoxicação dos diferentes órgãos, o que proporciona melhorias nas distintas funções em todo o organismo (PERSON, 2016, p.181).
Além da restauração do equilíbrio orgânico, o BM possibilita o trabalho de prevenção terciária em saúde, mediante a aplicação de medidas orientadas a reduzir sequelas e deficiências, minimizando o sofrimento e facilitando a adaptação dos pacientes a seu ambiente, de forma a reduzir o progresso e as complicações de uma doença (ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2010, p.14; PERSON, 2016, p.180).
Nesse sentido, o presente estudo justifica-se pela necessidade de trazer à luz adoção de medidas de saúde não convencionais, dentro do âmbito das práticas integrativas e complementares de saúde (PICS), que auxiliem no enfrentamento do problema de saúde pública que vem se constituindo dado o número significativo de pessoas que sofrem com sequelas respiratórias pós-COVID-19 e o risco aumentado em 59% de morte dos sobreviventes até seis meses após acometimento da infecção (NOGUEIRA et al, 2021). Estudos indicam que, dentre as principais sequelas estão o acometimento pulmonar, com tosse crônica, fibrose pulmonar, bronquiectasia e doença vascular pulmonar, (FRASER, 2020; ZHENGLIANG, 2020).
Assim sendo, colaborar com evidências científicas que respondam como medida de prevenção e recurso natural, seguro, acessível e custo-efetivo é relevante para o atual panorama no combate à pandemia e para a Prevenção Terciária (reabilitação) de pessoas acometidas por sinais e sintomas respiratórios persistentes pós-COVID-19. Sendo o objetivo deste estudo, relatar um tratamento com Biomagnetismo Medicinal de uma paciente com baixo nível de saturação arterial de oxigênio devido sequela pós-COVID-19.
Por fim, este estudo visa contribuir para a construção e produção de conhecimento original que subsidie a divulgação de práticas integrativas e complementares de saúde (PICS), em especial a técnica do BM, que possui potencial para atuação na melhoria das condições de saúde, de uma forma geral.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Estudo descritivo transversal, de caráter exploratório, do tipo relato de caso. Revisão de um prontuário de tratamento com a técnica do Biomagnetismo Medicinal, referente paciente do sexo feminino, identificada com a sigla JGF. Paciente, com sequela respiratória pós-COVID-19 (baixa saturação de oxigênio arterial), 65 anos de idade, cor preta, 80kg de peso, 1,75m de altura, enfermeira, moradora na cidade de São Paulo. O tratamento foi realizado no período de 21/07/2020 a 20/10/2020, com a periodicidade de uma vez por semana.
Para aferição da porcentagem do nível de SpO2, foi utilizado o aparelho oxímetro de pulso portátil modelo G-TECH®. O oxímetro de pulso mede a saturação de oxigênio do sangue em nível periférico (SpO2), utilizando a espectrofotometria, mediante o princípio da absorção da luz visível e invisível de diferentes comprimentos de onda, o que torna o sangue oxigenado permeável à luz vermelha (FORTIS, 1994, p.7-8). Conforme Nogueira, Fontoura e Carvalho (2021), a oximetria de pulso é uma das formas de avaliação das disfunções respiratórias, uma vez que denota os níveis de oxigênio arterial. Para evitar discrepâncias nos resultados aferidos, foi utilizado o mesmo aparelho em todas as sessões e a medição foi feita com a paciente sempre em decúbito dorsal.
O estudo foi organizado em quatro etapas, conforme proposição de Gil (1995): 1) delimitação da unidade-caso; 2) coleta de dados; 3) seleção, análise e interpretação dos dados; 4) elaboração do relatório (Figura 1).
Figura 1: Fluxograma da organização do estudo conforme Gil (1995)
A paciente assinou o termo o Termo Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos do Hospital Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO).
3 RELATO DE CASO
JGF contraiu a forma grave da COVID-19 em 11/06/2020, devidamente evidenciada por exame de detecção molecular do Coronavírus SARS-CoV-2, pelo método reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR), com resultado positivo. A paciente vinha apresentando sintomas como tosse frequente, dispneia, dor de garganta, cansaço e febre intermitente há pelo menos 7 dias.
Após confirmação do diagnóstico, no dia 12 de junho de 2020, procurou um serviço médico, onde foi realizado o exame de tomografia computadorizada e radiografia de tórax com sinais de vidro fosco, verificando-se 40% de acometimento dos pulmões e 90% no nível de SpO2. Diante do quadro, foi indicada imediata internação hospitalar em isolamento, onde passou a apresentar febre noturna. Mesmo com a utilização do dispositivo de cateter de O2, continuava saturando por volta de 86%, expressando muito cansaço aos menores esforços, sem sinais de melhoras.
Em um período de três dias, o nível de saturação caiu para 80%, o que fez com que no dia 16 de junho de 2020, JGF fosse internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foi realizada intubação orotraqueal, e ali permaneceu por dez dias. Após esse período, permaneceu em isolamento até o dia 14/07/2020, quando recebeu alta, totalizando 32 dias de hospitalização no geral. Na ocasião, encontrava-se com tetraparesia, cadeirante, estoma de traqueostomia ocluído e oxigenoterapia.
Após uma semana da alta hospitalar, em 21/07/2020 em processo de reabilitação pós-COVID-19, procurou o auxílio do BM devido forte dispneia ao deitar, tosse não produtiva e níveis de SpO2 abaixo de 90%, apesar de todo acompanhamento médico e fisioterápico, acrescidos do suporte de oxigenoterapia a 3 litros por minuto. Sem o auxílio do O2, em ar ambiente, a saturação de JGF mantinha-se em média de 80%, causando-lhe extremo desconforto respiratório, tosse e muito cansaço.
O tratamento perdurou por um período de três meses, até o dia 20/10/2020, sendo realizado uma vez por semana, em sessões com duração de, aproximadamente, 60 minutos. Importante destacar que todas as sessões foram realizadas sem que JGF fizesse uso do cilindro de O2, conforme autorização de seu fisioterapeuta.
O tratamento foi realizado utilizando-se o protocolo de Biomagnetismo Medicinal denominado “TOP 10 DISPNEIA”, que na verdade é composto por 11 pares biomagnéticos específicos para problemas respiratórios (Tabela 1). Cada ponto do par biomagnético refere-se a um local topográfico que, conforme o diagnóstico de Biomagnetismo Medicinal, indicam disfunções de pH na região, as quais, por sua vez, podem ser geradoras de desequilíbrios orgânicos. Sem a devida correção desses desequilíbrios, a estrutura e a funcionalidade dos tecidos e órgãos podem ser afetadas.
Tabela 1: Pares Biomagnéticos do Protocolo TOP 10 DISPNEIA
Conforme Martínez (2017), os protocolos em Biomagnetismo Medicinal são projetados para complementar a prática do Biomagnetista iniciante ou avançado, servindo como guias de referência rápida. Dessa forma, podem ser utilizados para situações pontuais que requerem resultados prementes. Os pontos de impactação utilizados e suas respectivas localizações anatômicas são demonstrados no Quadro1.
Quadro 1: Localização anatômica dos Pontos de impactação do Protocolo TOP 10 DISPNEIA
Durante o tratamento de Biomagnetismo, conforme preconiza a técnica, foram detectados os pares biomagnéticos que estavam em desequilíbrio. Logo em seguida, eram colocados os ímãs correspondentes nos respectivos locais anatômicos, permanecendo por um período de 40 minutos. Dessa forma, nos tratamentos realizados, nem todos os pares biomagnéticos que compunham o protocolo eram impactados, apenas os que estavam de acordo com a necessidade identificada em cada sessão.
A cada tratamento realizado, procedia-se à aferição da SpO2, dez minutos antes e dez minutos após o tratamento, com o uso do oxímetro de pulso. A evolução dos níveis de SpO2, verificados em cada tratamento de Biomagnetismo Medicinal, encontra-se no Gráfico 1.
Gráfico 1: Evolução dos Níveis de SpO2 no Pré e Pós-Tratamento
4 DISCUSSÃO
A análise do prontuário revelou que a paciente, portadora de sequela respiratória pós-COVID-19, mais precisamente baixa SpO2, obteve sensível melhora no quadro após as sessões de tratamento com o Biomagnetismo Medicinal, o que corrobora com as anotações do prontuário referentes à diminuição gradativa da necessidade de suporte de O2 conforme avanço do tratamento. O que de início apontava para a necessidade de 3 litros de O2 por minuto foi reduzido sucessivamente até a retirada do suporte no final do tratamento.
O caso relatado neste artigo sugere o acometimento da forma grave de sintomatologia respiratória, pois, conforme afirmam Nogueira et al (2021), em pacientes pós-COVID-19 que necessitaram de longa permanência em UTI e fizeram uso de ventilação mecânica invasiva, corticoides, sedativos e bloqueadores neuromusculares, ocorre o aumento e a gravidade da sintomatologia, culminando com expressiva fraqueza muscular respiratória e periférica. Apesar da intensidade do quadro apresentado, houve o alívio da tosse, cansaço aos esforços e dispneia ao deitar, conforme relatos da paciente.
Os achados clínicos epidemiológicos descritos em um estudo realizado com 68 mulheres portadoras de câncer e com diagnóstico de COVID-19, evidenciaram que a SpO2 menor ou igual a 95% foi um dos sinais predominantes e fator único independente associado aos casos de óbito (GALINDO et al, 2021). De acordo com parâmetros para a classificação de hipoxemia (Imbelloni, 1992) e de conformidade com os resultados obtidos, a paciente saiu de uma situação moderada de hipoxemia (SpO2 entre 89% e 80%) para ausência de hipoxemia, uma vez que ao final do tratamento foram detectados níveis superiores a 96% de SpO2.
Apesar de estudos alertarem para a persistência de sintomas respiratórios, piora da qualidade de vida e dispneia após infecção pelo SARS-CoV-2, não se pode descartar a ideia de que a melhora encontrada pode estar relacionada à evolução clínica natural da doença (GARRIGUES et al, 2020; ORONSKY, 2021). No entanto, relatos progressivos da paciente, coletados durante cada sessão realizada, sugerem benefícios relacionados ao tratamento com o BM. A respeito disso, tratamentos integrativos e complementares de saúde, viáveis e de baixo custo, são muito bem vindos em um cenário no qual ainda persiste escassez de terapêuticas, principalmente no âmbito da medicina ocidental contemporânea (TOZATO et al, 2021).
Algumas terapêuticas, no âmbito das PICS, como a Ayurveda, a Fitoterapia e a Medicina Tradicional Chinesa, estão direcionando o foco para a prevenção, recuperação e preservação da saúde em indivíduos com complicações pós-COVID-19 (GOYAL, 2020; RUELA et al, 2021). De igual forma, o BM vem se direcionando para esse fim terapêutico.
Observou-se no relato de caso em questão, que a aplicação terapêutica do BM foi fundamental para o processo de reabilitação respiratória da paciente e, consequentemente, do organismo como um todo. Segundo Person (2018), sua ação está relacionada ao mecanismo auxiliar de nivelamento ou reequilíbrio da bioeletricidade existente em locais específicos do corpo e, de forma indireta, aos valores de pH das regiões afetadas, favorecendo os processos de reabilitação e restauração das diferentes funções do organismo e promovendo obtenção de melhora clínica.
A melhora progressiva nos níveis de SpO2 refletiu na evolução gradativa do quadro clínico da paciente, uma vez que a manutenção de níveis adequados de oxigênio no sangue arterial é fundamental para o bom funcionamento celular e a homeostase, pois oxigênio é essencial para a fosforilação oxidativa e a geração de energia sob a forma de ATP, imprescindíveis para a maioria das funções do corpo, como também em qualquer processo de cura (DURÁN, 2005; PINHEIRO, PINHEIRO, MENDES, 2015).
Assim, a técnica do BM, utilizada neste relato de caso, sinaliza para uma possibilidade de tratamento complementar para pacientes com sequelas pós-COVID-19, seja contribuindo para a melhora nos sinais e sintomas do paciente e redução de danos ao organismo, seja estimulando o potencial de cura próprio do organismo.
5 CONCLUSÃO
O estudo permitiu evidenciar resultado positivo na associação do Biomagnetismo Medicinal ao aumento da saturação de oxigênio no sangue arterial em paciente pós-COVID-19, mediante demonstração dos níveis de SpO2 ao longo do tratamento.
Formas de enfrentamento para reabilitação de pessoas com sequelas pós-COVID-19 são necessárias, tendo em vista o atual contexto na área da saúde, em que prevalece a escassez de entendimento sobre a infecção pelo SARS-CoV-2 e a oferta de terapêuticas aquém do esperado para a demanda de pessoas em processo de reabilitação da doença.
Este estudo tem como limitações o fato de se referir a um único caso, não podendo ser generalizado, além da ausência de avaliações da função pulmonar e questionários de qualidade de vida e capacidade funcional. No entanto, abre campo para exploração do tema, uma vez que há lacuna de estudos que abordem a reabilitação em pacientes pós-COVID-19, bem como a associação do Biomagnetismo Medicinal a disfunções respiratórios e a problemas de saúde em geral.
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¹Alunos da Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM / Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC, Paraná, Brasil.
²Professor Coorientador do Curso de Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM / Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC, Paraná, Brasil.
³Professora Orientadora do Curso de Pós-graduação em Biomagnetismo e Bioenergética Aplicados à Saúde, Instituto Par Magnético – IPM / Centro Universitário de Tecnologia de Curitiba – UNIFATEC, Paraná, Brasil.