REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10423999
Autor
Julia Karoline Alves Pachêco1
Discente bolsista PIBIC/ Instituto de Educação Superior Raimundo Sá
Co-autor
Francisco Yure Soares de Sousa2
Discente bolsista PIBIC/ Instituto de Educação Superior Raimundo Sá
Haertori da Silva Leal3
Orientador PIBIC- Docente do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá
RESUMO
Introdução: A docência é uma profissão de grande importância que contribui para a formação de determinadas outras profissões, sobretudo, os professores estão cada vez mais expostos as altas cargas horárias de trabalho somadas a posições ergonômicas não seguras, essas características ocupacionais são responsáveis por alterar a qualidade de vida. Existem várias disfunções danosas a saúde causadas por o ambiente de trabalho, dentre elas estão as lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbios relacionadas ao trabalho (DORT),são elas que causam vários sintomatologias como, dor, fadiga, sensação de peso, em decorrência dessas sintomatologias podem gerar incapacitações nas atividades de vida diárias. OBJETIVO: Associar a prevalência de condições mioarticulares e o estresse percebido em docentes universitários. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, de caráter analítico, que foi desenvolvido entre os meses de agosto a novembro de 2023, a coleta foi realizado em uma instituição de ensino superior (IES), sendo privada. Participaram do estudo jovens e adultos (18 a 59 anos) com uma amostra de 30 pesquisados. Após o consentimento, os universitários responderam questionários para coleta de informações socioeconômicas, sintomas de dor no sistema mioarticular e a escala de estresse percebido. RESULTADOS: O perfil predominante foi de professores do sexo feminino com 56,7% (n=17), pessoas entre 35 a 45 anos com 50% (n=15), casados com 62,1% (n=18), raça parda com 50% (n=15), quanto a escolaridade possuem a especialização em Mestrado 66,6% (n=20) e 56,5% (n= 16) pertencendo a classe C, constata-se que 53,3% (n= 16) praticam atividade física, quanto á avaliação dos sintomas esqueléticos presentes no questionário nórdico, na região do pescoço 43,3% (n=13) referiram dor nos últimos 7 dias e na região dos ombros 50% (n= 15) referiram dor nos últimos 7 dias, em relação ao estresse percebido os docentes representam moderado estresse se enquadrando no estágio II, 43,30% (n=13). CONCLUSÕES: De acordo com os dados acima, o sexo feminino foi mais prevalente, com idade entre 35- 45 anos, com nível escolar com especialização de mestrado e a maioria com distúrbios do sono e tendo histórico de dor nos últimos 7 dias. Dessa maneira, a região do pescoço e dos ombros foram referidas como de maior acometimento e em relação ao estresse os professores mantiveram como maior incidência um grau de estresse moderado a muito estresse,
Palavra- chave: Docentes universitários, condições mioarticulares e estresse percebido
INTRODUCTION: Teaching is a profession of great importance that contributes to the formation of certain other professions, above all, teachers are increasingly exposed to high workloads added to unsafe ergonomic positions, these occupational characteristics are responsible for change the quality of life. There are several harmful health disorders caused by the work environment, among them are repetitive strain injuries (RSI) and work-related disorders (WMSDs), which cause various symptoms such as pain, fatigue, sensations of heaviness, in The occurrence of these symptoms can lead to disabilities in activities of daily living. OBJECTIVE: To associate the prevalence of myoarticular conditions and perceived stress in university professors. METHODS: This is a cross-sectional, quantitative, analytical study, which was developed between the months of August and November 2023, the collection was carried out in a private higher education institution (HEI). Young people and adults (18 to 59 years old) participated in the study, with a sample of 30 respondents. After consent, the university students answered questionnaires to collect socioeconomic information, pain symptoms in the myoarticular system and the perceived stress scale. RESULTS: The predominant profile was female teachers with 56.7% (n=17), people between 35 and 45 years old with 50% (n=15), married with 62.1% (n=18) , brown race with 50% (n=15), in terms of education they have a Master’s degree specialization 66.6% (n=20) and 56.5% (n=16) belong to class C, it appears that 53, 3% (n= 16) practice physical activity, regarding the assessment of skeletal symptoms presented in the Nordic questionnaire, in the neck region 43.3% (n=13) reported pain in the last 7 days and in the shoulder region 50% (n = 15) ) reported in the last 7 days, in relation to perceived stress, teachers represent moderate stress, falling into stage II, 43.30% (n=13). CONCLUSIONS: According to the data above, females were more prevalent, aged between 35-45 years, with an educational level with a master’s degree and the majority with sleep disorders and a history of pain in the last 7 days. In this way, the neck and shoulder region were referred to as being most affected and in relation to stress, teachers maintained a moderate to high degree of stress as the highest incidence.
Key words: University teachers, myoarticular conditions, perceived stress.
INTRODUÇÃO:
A docência é uma profissão de grande importância que contribui para a formação de determinadas outras profissões, sobretudo, os professores estão cada vez mais expostos as altas cargas horárias de trabalho somadas a posições ergonômicas não seguras, essas características ocupacionais são responsáveis por alterar a qualidade de vida, além de provocar consequências biopsicossociais e diminuir o nível de satisfação com o trabalho exercido (Cotrin et al., 2020).
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OIT) a profissão de professor é considerada a mais estressante, isso se dá, através de condições de trabalho totalmente desfavoráveis e inseguras para o trabalhador. Fatores como salas de aulas desadaptadas, a ocupação de maior parte do tempo, ritmo de trabalho intenso além de ansiedade são condições que tem sido responsável por gerar desgaste psicológico e físico dessa classe. Níveis altos de estresse podem atrapalhar a qualidade do ensino ofertado para os discentes e gerar prejuízos na saúde dos trabalhadores (Nunes et al., 2019).
O estresse tem a capacidade de desencadear diversas reações que prejudicam a homeostase corporal, reações essas que são análogas a substâncias tóxico- químicas. Os docentes estão sempre com inúmeras atividades, que demandam muitas das vezes o tempo livre, por exemplo o final de semana que deveria ser resguardado para passar com os seus familiares (Matias et al., 2022). De acordo com (Campos et al., 2018) a qualidade de vida está relacionada com a satisfação com o trabalho, e envolve o bem-estar físico, social, emocional além do relacionamento exercido com amigos e familiares.
O estresse tende a ser um feedback natural e automático do nosso organismo em relação as constantes situações que geram uma interação inconveniente no qual estamos propícios a passar, e, que por sua vez quando muito recorrente, pode levar a inúmeras consequências a saúde dos indivíduos onde, cada vez mais pessoas em todo o mundo são afetadas diariamente por sintomas aos quais o estresse esteja envolvido. Conforme uma pesquisa realizada no Chile, mostra que o nível de estresse nas pessoas está em torno dos 91%. Em decorrência a esse alto nível de estresse as pessoas estão com complicações físicas e psicológicas, levando prejuízos as elas, principalmente aos trabalhadores, no qual, cumprem suas longas jornadas de trabalho semanal. (Maquera et al.,2022)
Existem várias disfunções danosa a saúde causadas por o ambiente de trabalho, dentre elas estão as lesões por esforço repetitivo (LER) e distúrbios relacionadas ao trabalho (DORT),são elas que causam vários sintomatologias como, dor, fadiga, sensação de peso, em decorrência dessas sintomatologias podem gerar incapacitações nas atividades de vida diárias, em um estudo feito com trabalhadores de Itapetinga-BA, mostrou que 84,84% já teve algum distúrbio musculoesquelético nos últimos 12 meses, atividades que demandam repetições levam a condições danosas a saúde dos servidores. (Ribeiro et al.,2019)
Em decorrência de altas demandas de trabalhos, o estresse no meio ocupacional vem crescendo constantemente nas empresas, em um estudo realizado com professores da colômbia notou-se que, 21% dos professores participantes indicaram ter estresse de nível elevado, associado as condições de trabalhos levados para casa e má qualidade de sono, portanto, nota-se que os professores tendem a ter mais desvantagem em sua condição psicossocial pois além de cumprirem seus horários ocupacionais, levam um pouco do seu trabalho para continuar em home-office. ( Atará-piraquive et al.,2022)
2 REFERNCIAL TEORICO
2.1 Estresse manifestados nos professores universitários
O estresse está associado a existências de conflitos em inúmeros âmbitos na vida das pessoas, segundo (Fonseca et al.,2020) o estresse pode levar ao desgaste psicológico podendo ser desencadeado por uma série de eventos do dia-a-dia, afetando qualquer idade, entretanto, alguns grupos tendem a sofrer mais com essa sintomatologia levando a condições desagradáveis, os docentes estão entre eles, nos quais os padrões impostos pela sociedade para os professores pode ser um dos pontos em que geram muita pressão psicológica e mental como exaustão e estresse.
Atualmente, os docentes estão consolidando tarefas profissionais de ensino em sala de aula com programas de pesquisa e extensão no qual é necessário para formar o tripé da universidade, esses programas extras levam ao aumento da demanda de trabalho deste professor fora de suas cargas horarias existentes, ao qual irá aumentar seu esforço mental, além de ter que administrar seu tempo fora das suas funções para produzir e intensificar as atividades expostas. A graduação de ensino superior requer do docente, mais tempo, consequentemente mais trabalho desenvolvendo cansaço e exaustão. Levando ao profissional a ter grandes chances de desenvolver estresse pelo excesso de trabalho. (Leite;Nogueira,2017)
Segundo (Korb et al.,2022) o estresse afeta homens e mulheres de formas diferentes, devido sua biologia ser diferente, mesmo com papeis iguais no trabalho, cada um se comporta e se mantem diferente no seu meio, entretanto o público de natureza feminina é fisiologicamente mais vulnerável e tendem a ter maior incidência quando se fala nos sintomas de estresse. O resultado de quantificação dos sintomas é maior no grupo feminino.
O estresse do professor é definido como as emoçõesnegativas, devido aos excessos de raiva, ansiedade, frustração ou depressão,associadas ao trabalho de ensino, tendo em vista as manifestações apresentadas, a qualidade do ensino irá ser afetada, diminuindo também o nível de aprendizagem dos alunos. Em um estudo feito na cidade de Shanxi, na China revela que 50,3% dos professores de uma universidade estariam com níveis de estresse altos, e que estariam associado com diminuição de atividade física e ao sedentarismo (Zhang et al.,2023).
A sintomatologia relacionada ao estresse muito mencionada pelos docentes é de muitas cefaleias, dores na região de trapézios e ombros, pois além da questão ergonômicas a relação com as horas aulas ministradas fazem com que esses trabalhadores sintam vários sintomas que somado ao estresse faz com que esse trabalhador chegue ao seu estado de canção mental. No Brasil, um crescimento as pressões sobre o professor, acompanhadas por um processo de desvalorização da atividade, contribuem para estar entre as chamadas ocupações de “alto risco” e para a ocorrência de agravos à saúde desses profissionais (Carvalho, 2022).
2.2 A relação das altas jornadas de trabalho e a influência na qualidade de vida dos docentes
As altas demandas acadêmicas de ensino superior, demandam muito trabalho para os docentes, influenciando diretamente em sua qualidade de vida,onde muitos professores levam horas dentro de salas de aulas repassando conteúdos,mantendo um estado quase ininterrupto de alerta e ativação por períodos prolongados, nessa perspectiva, aumenta o risco de prejuízo para a saúde do trabalhador, modificando até para casos mais graves como a manifestação de sintomas da síndrome de Bournout,, que acarreta perda de interesse, falta de iniciativa. Afetando significativamente a saúde e, afetando suas relações interpessoais, aumentando o nível de exaustão e estrese. (Tito-huamani et al.,2022)
O ambiente interno da sala de aula corroboram em partes para o adoecimento tanto físico como psíquico, algumas das causas são conflitos entre aluno-professor, questões ergonômicas como ruídos, pouca iluminação, ventilação, baixa autonomia profissional e menos disponibilidade para aumentar seu currículo profissional afetando,(Santos et al.,2022) relata que o índice de de afastamento do trabalho por parte dos profissionais da educação está em torno dos 71% isso faz com que entendamos a complexidade e entraves da profissão docente nos dias atuais.
No estudo de (Barreto et al., 2022) Analisou a associação do excesso de trabalho em professores e obteve um alto nível de excesso de trabalho (29,40%) e que estes tem 2,75 vezes a chance de alta exaustão emocional essa quantificação leva ao seguinte fato em que esse excesso de trabalho leva ao adoecimento desses docentes devido ao comportamento laboral e ao esforço relacionados as altas horas de trabalho gerando mudanças de comportamento relacionadas a uma compulsão para trabalhar para conciliar e ter sucesso em suas atividades de trabalho.
A qualidade de vida é um fator muito importante que compromete um bom estado de saúde de um indivíduo, no qual, compreendem-se vários atributos que abrangem uma visão intrínseca entre a condição saúde e o trabalho. O processo de adoecimento também pode ser construído no trabalho, quando é colocada em evidencia a tríplice natureza: Biológica, psicológica e social, perfazendo com que o trabalhador tenha noção, quanto ao consumo, satisfação, adoecimento e morte. O ambiente de trabalho pode levar a vários problemas ocupacionais, alterando a saúde física e mental do docente (Sanchez et al., 2019).
Cada profissão sofre com problemas específicos de acordo as características próprias do seu ambiente de trabalho, dessa forma, os docentes sofrem com os desgastes físicos e psicológicos são presentes na sua rotina diária o que é responsável por agravar a suas perspectivas em relação à satisfação quanto a sua profissão e tornar a qualidade de vida ou pouco tanto precária. As tarefas repetitivas, a vivência escolar com situações de perigo e apreensão demonstrando angústia além de muito esforço físico demandado para executar algumas atividades, tem colocado em jogo o bem está físico e mental dos professores universitários (Guimarães et al., 2023).
A promoção de saúde vem sendo colocada em pauta com o objetivo de estabelecer maneiras para que os seres humanos tenham melhores condições de viver em harmonia. Diante disso, os ambientes de trabalho devem receber melhores atenções e propostas que visem melhores condições de trabalho e previnam agravos resultantes de péssimas instalações ergonômicas. Os processos que envolvem a faculdade e trabalhador devem ser subsidiada e compreendida no enfoque aos meios de organização do trabalho e as condições que predispõe ao processo saúde- doença. Essa idéia fornece base para uma maior atenção, por parte dos supervisores laborais pela busca da qualidade de vida que transmitam maior segurança para os trabalhadores (Antonini et al., 2022).
2.3 Condições ergonômicas mediante posturas mantidas
O trabalho se configura como de grande importância é uma fonte de renda e é responsável pelo sustento de muitas pessoas, porém quando realizado de maneira incorreta pode ser prejudicial para a saúde das pessoas, e os tornam propensos as lesões ao sistema locomotor. Mediante a isso, muitos são os fatores que levam a disfunções do sistema musculoesquelético em docentes como: Compressão mecânica sob os discos intervertebrais, força excessiva das musculaturas hiperutilizadas, movimentos demasiados, tempo de trabalho, posturas inadequadas, e fatores individuais, como também, o tabagismo, o etilismo, a obesidade e fatores psicossociais (Kraemer et al., 2020).
Os distúrbios osteomusculares expressam um conjunto de sinais e sintomas que podem iniciar de forma lenta e evoluir rapidamente, são considerados um grave problema de saúde por tornar os trabalhadores expostos a incapacidade funcional devido ao trabalho. A postura ortostática, o braço elevado e a sedestação se forem mantidos por muitos períodos de tempo contribuem para o aparecimento de sintomas osteomusculares e comprometimentos em longo prazo para os docentes (Cotrim et al., 2020).
Compreende-se que as condições mecânicas e funcionais que o corpo desenvolve em determinadas posturas de trabalho, além da repetitividade de movimentos estão associados ao aparecimento de lesões musculoesqueléticas. Os fatores que determinam esse problema mioarticular são diversos e trazem complicações para a vida fora ao ambiente de trabalho (Machado et al., 2017).
Os distúrbios osteomusculares advindos do trabalho, apresentam diversos sintomas associados a dor, como: Dor referida, dor generalizada, dor irradiada, dor em queimação, sensação de fadiga, sensação de peso, parestesia, além da perda de força, presença de edema, rigidez muscular e alterando a função articular gerando hipomobilidade das diferentes articulações que compõem o corpo. A junção de forças estáticas e dinâmicas sobre as estruturas do sistema muscular são responsáveis pelas injurias causadas a esse sistema (Fernandes et al., 2021 ).
As DORTs, doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, são alterações que envolve nervos, tendões, enteses e as demais estruturas de suporte e controle corporal, as DORTs se manifestam de forma crônica com os seus sintomas multivariados e são desencadeadas por atividades laborais, essas condições são responsáveis pela incapacidade funcional e pelo afastamento do professor do seu ambiente de trabalho (Nunes et al., 2019).
O envolvimento de problemas psicossociais do trabalho e dores osteomusculares, tem sido objeto de estudo sob as várias categorias profissionais, no entanto os docentes. A sobrecarga do trabalho aliado a condições psicossomáticas como o medo, ansiedade e estresse, podem levar ao desenvolvimento de condições álgicas em estruturas corporais especificas, como a coluna vertebral, os membros superiores e os membros inferiores, além de situações de apertamento caracterizando certas disfunções temporomandibulares, o que pode levar a redução da produção laboral (Cotrim et al., 2020).
3.1 Tipo de estudo e período
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, de caráter analítico, que foi desenvolvido entre os meses de agosto a dezembro de 2023, na cidade de Picos, Piauí, Brasil.
3.2 Cenário e local do estudo
Picos, o mesmo encontra-se na região centro-sul do Piauí, a 320 quilômetros da capital Teresina, clima tropical quente e sub-úmido, com temperatura média entre 33 a 35ºC. Possui 83.090 habitantes, sendo a 403ª cidade mais populosa do país e a 3ª do estado, tem índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) de 0,698
A coleta ocorreu em uma instituição de ensino superior (IES), sendo privada. Localizada na cidade de Picos, Piauí, Brasil. A IESRSA, Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, criado em 2006, contabiliza o número de 9 (nove) cursos de graduação, sendo 01 (um) de licenciatura e 8 (oito) bacharelados.
3.3 População do estudo
Participaram do estudo jovem e adulto (18 a 59 anos), independente das características demográficas, que sejam docentes da instituição. Para o desenvolvimento do estudo foram necessários 30 pesquisados, quantitativo obtido por cálculo amostral (www.openepi.com) baseado em uma população finita de 71 professores.
Foram incluídos no estudo professores que mantinham vinculo empregativo com a IES no período da pesquisa; e excluídos aqueles que tiveram diagnóstico de discopatias, fraturas ou lesões degenerativas severas na coluna cervical, fibromialgia, e cirurgias na coluna, tireoide, cabeça e/ou pescoço. Além disso, mulheres grávidas em virtude da ocorrência de ajustes fisiológicos que levam a lassidão ligamentar; deficientes físicos devido as adaptações posturais e os cognitivos com dificuldades/impossibilidades no preenchimento dos questionários também foram excluídos da pesquisa.
3.4 Recrutamentos dos participantes
O recrutamento dos participantes ocorreu por meio de cartazes fixados em diversos locais nas instituições (blocos, centros acadêmicos). Nestes cartazes foram informados o local específico, dias e horários de coleta. Além disso, os participantes foram convidados, informalmente, por meio de uma abordagem direta. Após leitura e explicação dos objetivos, dos riscos e dos benefícios do estudo, os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE B) que representou sua autorização.
3.5 Procedimentos de coleta e variáveis
Após a autorização, os participantes foram submetidos a coleta dos dados que ocorreu em duas etapas. Na primeira etapa, os participantes foram submetidos a aplicação de 4 instrumentos de coleta de dados: 1) Questionário Epidemiológico e histórico de saúde 2) Questionário a respeito do estilo de vida 3) Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) e 4) Escala de Estresse Percebido (EEP). O questionário epidemiológico contou com (sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade e classe social), estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, sono, prática de atividade física e saúde geral; histórico de saúde (sono, peso, saúde geral e dor), (APÊNDICE C).
O Questionário sobre o estilo de vida foi elaborado pelos pesquisadores e possui 13 perguntas com base nas informações contidas na Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE, 2013) e no InternationalPhysicalActivityQuestionnaire.
O Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), é um questionário desenvolvido para padronizar a mensuração de relatos de sintomas osteomusculares, o mesmo possui questões referentes a sintomas nos últimos 07 dias, nos últimos 12 meses e afastamento das atividades laborais por conta dor, em nove regiões anatômicas: pescoço, ombros, cotovelos, punho/mão, região torácica, região lombar, ancas/cochas, joelhos, tornozelos/pés (ANEXO D).
A escala de Estresse percebido conta com 10 perguntas que questionam a respeito dos seus sentimentos e pensamentos durante os últimos 30 dias (ultimo mês). Em cada questão, o pesquisado indica a frequência com que tenha se sentido ou pensado a respeito da situação, cada pergunta terá 5 respostas: (0). Nunca; (1).Quase Nunca; (2). As vezes; (3). Pouco Frequente; (4). Muito Frequente. Após a análise das questões todos os itens foram somados, com isso será obtido um score que será utilizado como medida de estresse percebido. (ANEXO E).
As aplicações dos questionários foram realizadas pelos pesquisadores e pela equipe técnica, todos previamente treinados e fazendo uso de “manual” para minimizar as interferências da abordagem e condução da coleta dos dados.
3.6 Analise estatística
Os dados coletados foram analisados pelo programa SPSS Statistics (versão 23.0) com estatísticas descritiva e analítica. As variáveis qualitativas foram descritas por sua frequência relativa (%) e absoluta (n) e as variáveis numéricas pela média ± desvio padrão. Algumas variáveis foram classificadas em dicotômicas para análise inferencial: idade (≤ 25 e > 25 anos), raça (branca e não branca), classe econômica (A/B e C/D/E), horas de sono (< 8 e ≥ 8), avaliação geral de saúde (“ruim” para muito ruim, ruim e regular e “boa” para boa e muito boa) e nível de dependência (elevado para grave/moderado e baixo para leve/sem dependência).
Para a realização dessa análise bivariada, realizou-se a associação entre a variável dependente (nível de dependência do smartphone) e as independentes (sociodemográficas, estilo de vida, presença de dor cervical e disfunção na região cervical) pela aplicação do teste qui-quadrado de Pearson e cálculo do oddsratio (OR) bruto com seus intervalos de confiança (IC).
Posteriormente, realizou-se uma regressão multivariada, tendo o p<0,20 como referência.
Como critério de elaboração do modelo final, foi realizada uma seleção hierárquica dos fatores selecionados, sendo considerado ao final o OR ajustado e seus respectivos intervalos de confiança (IC). O nível de significância adotado foi de 5%.
Para analisar as diferenças entre o nível de dependência do celular com o tempo de uso foi aplicado o teste t, após teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov (KS).
3.7 Aspectos éticos
A princípio o projeto de pesquisa foi submetido na Plataforma Brasil, onde foi apreciado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humano sendo assim a coleta de dados so iniciou posteriormente a aprovação. Os participantes estiveram cientes quanto a conduta ética da pesquisa, objetivos e procedimento de coleta de dados e logo depois assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (APENDICE B) em duas vias, preservando o direito de liberdade de participar ou desistir a qualquer momento do estudo. Esta pesquisa teve como base a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina no Brasil os aspectos éticos das atividades de pesquisas em seres humanos (Brasil, 2012).
Esta pesquisa trouxe riscos mínimos para os participantes por se tratar de uma aplicação de questionários, abstendo os participantes de riscos iminentes de lesão, morte ou invalidez. foram aplicados quatro questionários: 1) questionário para coleta de dados epidemiológicos (sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade e classe social) e 2) Estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, sono, prática de atividade física e saúde geral) com 13 perguntas; 3) Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), com relatos de sintomas osteomusculares dos últimos 12 meses, 7 dias ou se teve afastamento das atividades laborais por causa da dor; e o 4) Escala de Estresse Percebido (EEP) que contêm 10 perguntas a respeito do estresse percebido pelos universitários. Foi garantido o anonimato dos participantes e sigilo das informações da coleta dos dados, sendo minimizados os riscos de constrangimento que pudesse vir a acontecer em alguns momentos, no que tange ao estresse percebido, sendo feita a aplicação dos questionários de forma individual e separada do aglomerado de outros pesquisadores.
Os benefícios diretos desse estudo para os participantes foram a distribuição de material educativo a respeito da prevenção de dores musculares pelo uso excessivo de celulares. Além disso, os resultados deste estudo foram apresentados a gestão da instituição para apoiar programas educativos/ preventivos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 1: Distribuição das variáveis socioeconômicas, estilo de vida de estudantes de ensino superior. Picos, 2023.
Variáveis | N | % |
Socioeconômicas Sexo | ||
Masculino | 13 | 43,3 |
Feminino | 17 | 56,7 |
Idade | ||
Entre 18- 25 anos | 2 | 6,7 |
Entre 25- 35 anos | 7 | 23,3 |
Entre 35- 45 anos Entre 45- 59 anos | 15 6 | 50 20 |
Estado Civil | ||
Solteiro | 9 | 31 |
Casado | 18 | 62,1 |
Divorciado | 2 | 6,9 |
Namorando | 0 | 0 |
Raça/ Cor | ||
Parda(o) | 15 | 50 |
Branca(o) | 13 | 43,3 |
Preta(o) | 2 | 6,7 |
Amarela(o) | 0 | 0 |
Escolaridade | ||
Doutorado Mestrado Ensino Superior | 6 20 4 | 20 66,66 13,34 |
Classe Social | ||
Classe A | 2 | 6,6 |
Classe B | 5 | 16,66 |
Classe C | 16 | 53,5 |
Classe D | 6 | 20 |
Classe E | 1 | 3,33 |
Estilo de Vida Tabagismo | ||
Nunca fumou Fuma atualmente Fumou anteriormente Consumo de bebida alcoólica Não Raramente Com certa frequência Diariamente Pratica de atividade física | 20 10 0 4 16 10 0 | 66,7 33,7 0 13,3 53,3 33,3 0,0 |
Pratica atividade física Sedentário Ainda para a pergunta anterior, qual a atividade que pratica | 16 14 | 53,3 46,7 |
Acadêmia e dança Academia Calistenia Ciclismo Futebol Futebol, vôlei Musculação Não Condições de saúde Distúrbio do sono Sim Não Avaliação da saúde autorreferida Muito boa Boa Regular Ruim Muito Ruim Você está satisfeito com o seu peso Sim Não, gostaria de aumentar Não, gostaria de diminuir Você sentiu dor nos últimos 7 dias Sim Não Intensidade da dor Sem dor Dor leve Dor moderada Dor grave Dor muito grave Pior possível | 1 8 0 1 1 0 4 14 16 14 4 10 15 1 0 9 4 17 24 6 6 9 12 1 0 0 | 3,4 28,1% 0 3,4 3,4 0 15% 46,7 53,3 46,7 13,3 33,3 50 3,3 0 30 13,3 56,7 80 20 21,4 32,1 42,9 3,6 0 0 |
FONTE: Dados do pesquisador, 2023.
Conforme os dados da análise das variáveis socioeconômicas, o perfil predominante foi de estudantes do sexo feminino com 56,7% (n=17), sendo o masculino com 43,3% (n= 13), pessoas entre 35 a 45 anos com 50% (n=15), casados com 62,1% (n=18), raça parda com 50% (n=15), quanto a escolaridade possuem a especialização em Mestrado 66,6% (n=20) e 56,5% (n= 16) pertencendo a classe C.
Em relação ao estilo de vida, 33,7% (n=10) fumam atualmente e 66,7,% (n= 20) nunca fumaram o cigarro, observou- se também que 53,3% (n= 16) raramente consomem bebida alcoólica e 33,3% (n=10) com uma certa frequência faz o uso da bebida alcoólica, quanto a pratica de atividade física é percebível que 53,3% (n= 16) praticavam atividade física, se consideram sedentário 56,7% (n=14), ainda sobre a atividade física academia e dança referiram 3,4% (n= 1), so a academia 28, 1% (n= 8), ciclismo referiram 3,4% (n= 1), futebol referiram 3,4% (n=1), musculação 15% (n=4).
Em detrimento as condições de saúde, a avaliação autorreferida de saúde foi analisada como muito boa 13,3% (n= 4), como boa sendo relativa a 33,3% (n=10), 50% referiram que a saúde era regular (n= 15) e 3,3% referiram a saúde com ruim (n=1) dos entrevistados, em relação a percepção sobre a qualidade do sono por parte dos entrevistados possuem distúrbios do sono 53,3% (n=16) e 46,7% referiram não ter distúrbio do sono (n= 14).
Quanto a satisfação com o peso, a respeito de pessoas que queriam diminuir referira, 56, 7% (n= 17), 30% (n= 9) referiram que queriam aumentar o peso, e 13,3% (n= 4) referirem está satisfeito com o seu peso, quanto a dor nos últimos 7 dias, 80% (n= 24) responderam que sim e 20% (n= 6) responderam que não, quanto a intensidade da dor 42,9% (n= 12) referiram dor moderada, 32, 1% (n= 9) referiram dor leve e 3,4% (n= 1) referiram dor grave.
Quadro 2: Questionário Nórdico do Sistema Músculo Esquelético
Questionário Nórdico do Sistema Esquelético | N | % |
Pescoço | ||
Não | 12 | 40 |
Sim, nos últimos 7 dias | 13 | 43,3 |
Sim, nos últimos 12 meses | 5 | 16,7 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0 | 0 |
Ombros | ||
Não | 11 | 36,7 |
Sim, nos últimos 7 dias | 15 | 50 |
Sim, nos últimos 12 meses | 4 | 13,3 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0,0 | 0,0 |
Cotovelos | ||
Não | 27 | 90 |
Sim, nos últimos 7 dias | 2 | 6,7 |
Sim, nos últimos 12 meses | 1 | 3,3, |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0,0 | 0,0 |
Punhos e Mãos | ||
Não | 22 | 73,3 |
Sim, nos últimos 7 dias | 7 | 23,3 |
Sim, nos últimos 12 meses | 1 | 3,4 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0 | 0 |
Quadril ou coxas | ||
Não | 24 | 80 |
Sim, nos últimos 7 dias | 3 | 10 |
Sim, nos últimos 12 meses | 3 | 10 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0,0 | 0,0 |
Joelhos | ||
Não | 28 | 93,3 |
Sim, nos últimos 7 dias | 1 | 3,3 |
Sim, nos últimos 12 meses | 1 | 3,3 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0,0 | 0,0 |
Tornozelos e pés | ||
Não | 26 | 86,7 |
Sim, nos últimos 7 dias | 4 | 13,3 |
Sim, nos últimos 12 meses | 0,0 | 0,0 |
Sim, Afastamento das atividades laborais por 12 meses por conta da dor | 0,0 | 0,0 |
FONTE: Dados do pesquisador, 2023.
Quanto á avaliação dos sintomas esqueléticos presentes no questionário nórdico, na região do pescoço 40% (n= 12) não referiram dores e 43,3% (n=13) referiram dor nos últimos 7 dias, na região dos ombros 36, 7% (n=11) não referiram dor e 50% (n= 15) referiram dor nos últimos 7 dias, na região do cotovelo 90% (n= 27) não referiram dor e 6,7% (n=2) referiram dores, na região de punhos e mãos 73,3% (n=22) não referiram dores e 23,3% (n= 7) referiram dores nos últimos 7 dias, quadril/coxas referiram 80% (n=24) não referiram dores e 10% (n=3) referiram dores nos últimos 7 dias e 10% (n=3) referiram dores nos últimos 12 meses, em relação ao joelho % 93,3 (n=28 ) não referiram dores e 3,4% (n=1 ) referiram dores nos últimos 7 dias, em relação ao tornozelo e pés 86,7% (n= 26) não referiram dores e 13,3% (n=4) referiram dores nos últimos 7 dias.
Gráfico 1: Escala de Estresse percebido
FONTE: Dados do pesquisador, 2023.
O gráfico acima representa a porcentagem dos scores representados na Escala de estresse percebido, no qual os pesquisadores estratificaram os scores apurados em 4 estágios de estresse. De acordo, com o estresse manifestado pelos professores, 6,60% (n=4) representam pouco estresse se enquadrando no estágio I, 36,60% (n= 11) representam moderado estresse se enquadrando no estágio II, 43,30% (n=13) representam muito estresse enquadrando- se no Estágio III e 13,20% (n=4) representa estresse excessivo se caracterizando no estágio IV.
O estudo contabilizou 30 professores universitários, que foram convidados a participarem da pesquisa, a amostra reunida faz parte de uma Instituição de Ensino Superior localizada na região Centro- Sul do Piauí. Esse estudo objetivou avaliar os níveis de estresse associado a dores osteomusculares. Dessa forma, os resultados foram semelhantes aos encontrados na literatura brasileira.
Cheung et al., (2018) relata que o trabalho do docente gera um intenso desgaste cognitivo em que os professores enfrentam muitas horas de trabalho semanais, além de disporem de tempo para participar de atividades extraclasse, atividades burocráticas e estarem inseridos no desenvolvimento de pesquisas. Assim, com um aumento de funções e atividades que lhe é dada, trabalhadores passam mais horas para cumprir os seus prazos de modo que mais horas de trabalho podem levar a maior fadiga, estresse no trabalho e desequilíbrio na vida profissional.
Em relação ao estresse, Barreto et al., (2021) realizou um estudo transversal com 585 docentes para analisar a associação entre trabalho excessivo e trabalho compulsivo com as dimensões da síndrome de burnout em docentes, onde 29,40% dos estudados estavam com os níveis de estresse e exaustão mental elevados, semelhante a este estudo, no qual 43,30% relataram muito estresse. Isso nos leva a perceber que a intensificação das atividades laborais desenvolvidas pode ser um fator que potencializa o trabalho excessivo, o trabalho compulsivo e, consequentemente, a exaustão emocional e estresse, esse fator refere-se ao aumento da carga de trabalho esperada de um trabalhador, elevando o número de tarefas a serem realizadas ou diminuindo o tempo necessário para concluir as demandas exigidas. Outro estudo realizado com professores de uma IES no Rio de Janeiro observou que 46% dos investigados possuem sintomas de estresse, segundo o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos, resultados semelhantes aos achados do presente estudo (FREITAS,2021).
Ainda sobre as altas demandas de trabalho para o docente,Lichtenstein et al (2019) fala que o uso de tecnologias disponíveis 24 horas por dia, comumente utilizados no trabalho docente, faz com que os docentes estejam cada vez mais disponíveis para o trabalho fora do ambiente apropriado para executar suas atividades, assumindo mais responsabilidades e, muitas vezes, deixando o tempo de lazer, bem como a participação em reuniões virtuais podem intensificar a sobrecarga de trabalho docente e consequentemente influenciar nas condições de saúde do trabalhador
Santos et al (2018) relata que mais da metade dos entrevistados (51,5%) indicaram presença de dores no pescoço nos últimos 7 dias, o que se assemelha a este estudo que os docentes relatam que 43,3% relatam dor na região de pescoço. No que se refere a dores nas regiões de ombro e mão respectivamente o estudo de Santos et al., (2018) mostra que 49,4%relataram dor na parte dos ombros, 38,4%, no pulso/mão e 49,8%. O que faz analogia, a hodierna pesquisa, na qual 50 % referem dor nos ombros e 23,3 % relatam dor nas mãos e punhos. o que é prejudicial para esses docentes, pois, relaciona da falta de inserção de correção da postura e, como a falta de prática medidas preventivas, devem ser estimuladas na fase para diminuir a condições dolorosas durante o trabalho do docente.
Boa parte dos pesquisados do presente estudo 53,3% afirmaram que praticam atividade física, onde,a atividade física ajuda esses professores que exercem altos níveis de trabalho excessivo e trabalho compulsivo, exaustão emocional. Segundo Ngalagou et al (2018),relata em seu estudo que os docentes de até 64 anos que praticam semanalmente pelo menos 150 minutos de atividade leve ou moderada ou, no mínimo, 75 minutos de atividade de maior intensidade, foi considerada um fator de proteção para o burnout em docentes universitários .
Em relação ao estilo de vida, no seu estudo, Marchini et al., (2019) diz que 7 dos 10 respondentes fazem uso, pelo menos algumas vezes, de fumo, tranquilizantes ou álcool. Apesar disso, todos estão se referindo ao estado de saúde como satisfatória ou boa. Através das respostas obtidas e análises realizadas, observa -se no presente estudo, onde a grande maioria nunca fumou 66,7% mostrando-se correspondente as respostas, visto que 33,3% consideram sua saúde como boa.
Quanto ao sono, 53,3% referem ter algum distúrbio do sono, ainda no estudo de Ngalagou et al (2018), é considerado um importante fator de proteção, restauração física e equilíbrio de saúde para o ser humano desde que seja suficiente e de qualidade, Docentes universitários apresentam uma associação significativa entre a sonolência diurna excessiva e menores escores em itens como capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspecto emocional e saúde emociona.
Considerações Finais
Portanto, considera-se que, o estresse relacionado a posições posturais incorretas acomete o sistema osteomuscular de professores universitários que pode desencadear inúmeras condições sintomatológicas. De acordo com os dados acima, o sexo feminino foi mais prevalente, com idade entre 35- 45 anos, com nível escolar com especialização de mestrado e a maioria com distúrbios do sono e tendo histórico de dor nos últimos 7 dias.
Dessa maneira, a região do pescoço e dos ombros foram referidas como de maior acometimento e em relação ao estresse os professores mantiveram como maior incidência um grau de estresse moderado a muito estresse, com isso o estudo se mostra de grande relevância por a sua importância na vivência do meio institucional acadêmico.
Referências
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APÊNDICES
APÊNDICE A – AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ
DESENVOLVENDO COM EDUCAÇÃO
TERMOS DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Prezado (a) Senhor (a): Roberta Mara de Deus Urtiga
Solicitamos sua autorização para realização do projeto de pesquisa intitulado ASSOCIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE CONDIÇÕES MIOARTICULARES E ESTRESSE PERCEBIDO EM DOCENTES UNIVERSITÁRIOS de autoria dos (a) acadêmicos (a) JULIA KAROLINE ALVES PACHÊCO; FRANCISCO YURE SOARES DE SOUSA e orientado pelo (a) professor (a) HAERTORI DASILVA LEAL, em sua instituição.
Este trabalho tem como objetivo geral: Associar a prevalência de condições mioarticulares e estresse percebido em docentes universitários
como objetivos específicos:
- Compreender o perfil sociodemográfico e qualidade de vida dos docentes universitários.
- Detectar os segmentos articulares de maior incidência de sintomas álgicos através do Questionário Nórdico do Sistema Musculoesquelético (QNSO).
- Analisar o nível de estresse compreendido pelos docentes mediante a Escala de Estresse Percebido (EEP).
Os dados serão obtidos através de dois questionários que serão entregues de forma presencial aos voluntários, questionários esses que serão elaborados pela própria estudante, contará com um número de 20 questões objetivas que se subdividirão em duas partes, tendo como primeira parte perguntas pessoais; gênero, idade, estado civil, quantidade de filhos e renda familiar
Os dados serão coletados de forma remota, via WhatsApp com os professores do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá os quais serão convidados a responderem esses questionários que lhes serão enviados, os voluntários que aceitarem participar terão os questionários entregues no primeiro momento e terá um segundo momento para que esses questionários sejam recolhidos com as respostas, a seleção será feita de forma aleatória seguindo os critérios de inclusão e exclusão, a fim de assim conseguir um melhor resultado.
Firmamos ainda, que todo procedimento cabível será tomado para que não apresente riscos ou que os mesmos sejam minimizados.
Qualquer informação adicional poderá ser obtida dos telefones (89)94736489- Professor orientador da pesquisa ou através dos telefones dos pesquisadores (89) 8998122-6107 e/ou (89) 8114-7504
A qualquer momento, o senhor poderá solicitar esclarecimentos sobre o trabalho que está sendo realizado, sem qualquer tipo de cobrança e poderá retirar sua autorização. Os pesquisadores estão aptos a esclarecer estes pontos e, em caso de necessidade, dar indicações para contornar qualquer mal-estar que possa surgir em decorrência da pesquisa ou não. Os dados obtidos nesta pesquisa serão utilizados para a construção projeto de pesquisa- PIBIC do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, contudo, assumimos a total responsabilidade de não publicar qualquer dado que comprometa o sigilo da participação dos integrantes de sua instituição. Nomes, endereço e outras indicações pessoais não serão publicados em hipótese alguma, os bancos de dados gerados pela pesquisa só serão disponibilizados sem estes dados. A participação será voluntária, não fornecemos por ela qualquer tipo de pagamento por esta
Autorizando bem como os participantes também não receberão qualquer tipo de pagamento.
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VICE DIRETORA
_______________________________________________________________
Instituto de Educação Superior Raimundo Sá
BR 316- Km 302.5, s/n- Bairro Altamira- Picos- PI Contato: (89) 99994-9918/ (89) 99405- 9609
CNP: 05.949.713/0001-10
WWW.faculdadersa.edu.br
APÊNDICE B- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do projeto: ASSOCIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE CONDIÇÕES MIOARTICULARES E ESTRESSE PERCEBIDO EM DOCENTES UNIVERSITÁRIOS
Pesquisador responsável: Haertori da Silva Leal
Email: haertorisl@gmail.com
Telefone: (89) 99473-6489
Pesquisadores assistentes: Francisco Yure Soares de Sousa, Júlia Karoline Alves Pachêco
Email: Yuresousasoares@outlook.com , juliakaroline987@gmail.com
Telefone: (89) 98122-6107, (89) 98114-7504.
Instituição/Departamento: Instituto de Educação Superior Raimundo Sá
Local de coleta de dados: Instituto de Educação Superior Raimundo Sá, Picos-Piauí.
Prezado voluntário: Gostaria de convidá-lo para participar da pesquisa que tem como titulação: Associação da prevalência de condições mioarticulares e estresse percebido em docentes universitários, referente ao trabalho de pesquisa do programa de Iniciação Científica-PIBICIESRSA Graduação do Instituto de Educação Superior Raimundo Sá – IESRSA.
Objetivo: Associar a prevalência de condições mioarticulares e estresse percebido em docentes universitários
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, de caráter analítico, que será desenvolvido entre os meses de agosto a dezembro de 2023, na cidade de Picos, Piauí, Brasil. No Instituto de Educação Superior Raimundo Sá- IERSA. Serão incluídos no estudo professores que mantenham vinculo empregativo com a IES no período da pesquisa; e excluídos aqueles que tiverem diagnóstico de discopatias, fraturas ou lesões degenerativas severas na coluna cervical, fibromialgia, e cirurgias na coluna, tireoide, cabeça e/ou pescoço. Além disso, mulheres grávidas em virtude da ocorrência de ajustes fisiológicos que levam a lassidão ligamentar; deficientes físicos devido as adaptações posturais e os cognitivos com dificuldades/impossibilidades no preenchimento dos questionários também serão excluídos da pesquisa.
A coleta de dados do estudo acontecerá em novembro de 2023. A realização dessa pesquisa irá obedecer aos critérios com base na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que determina no Brasil os aspectos éticos das atividades de pesquisa em seres humanos. Serão aplicados três questionários: 1) questionário para coleta de dados epidemiológicos (sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade e classe social) e o estilo de vida (tabagismo, consumo de álcool, sono, prática de atividade física e saúde geral) com 23 perguntas; 2) Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO),com relatos de sintomas osteomusculares dos últimos 12 meses e 7 dias. A escala de Estresse percebido conta com 10 perguntas que questionam a respeito dos seus sentimentos e pensamentos durante os últimos 30 dias (ultimo mês). Em cada questão, o pesquisado indica a frequência com que tenha se sentido ou pensado a respeito da situação, cada pergunta terá 5 respostas: (0).Nunca; (1).Quase Nunca; (2). As vezes; (3). Pouco Frequente; (4). Muito Frequente. Após a análise das questões todos os itens serão somados, com isso será obtido um score que será utilizado como medida de estresse percebido Todos os participantes serão esclarecidos quanto a conduta ética da pesquisa, objetivos e procedimentos de coleta de dados e logo após assinarão um termo de consentimento livre e esclarecido, em duas vias, resguardando o direito de liberdade de participar ou desistir a qualquer momento do estudo. Após os dados obtidos os mesmos serão analisados e organizados em tabelas e gráficos com o auxílio do programa Microsoft Office Excel 2013, para uma melhor visualização e entendimento.
Riscos: Esta pesquisa trará alguns riscos, que serão minimizados, dentre esses riscos está a contaminação da Covid19, serão tomadas as medidas orientadas pela OMS, mantendo o distanciamento entre os voluntários, a higienização das mãos com álcool 70%, antes e após a aplicação dos questionários e a orientação da utilização de máscaras para os participantes. Por se tratar de uma aplicação de questionários, abstendo os participantes de riscos iminentes de lesão, morte ou invalidez. Poderá haver riscos de constrangimento devido a algumas situações, em que será perguntado a respeito à dependência do smartphone, mas, serão atenuados por se tratar de uma pesquisa de forma individual e privativa por ser em uma página que só o participante terá acesso. Será resguardado todas as informações pessoais dos participantes de forma sigilosa a respeito do que for coletado.
Benefícios: Os benefícios diretos desse estudo para os participantes serão a distribuição de material educativo a respeito da prevenção de dores musculares pelo uso excessivo de celulares. Além disso, os resultados deste estudo serão apresentados a gestão da instituição para apoiar programas educativos.
Confirmo que todos os pesquisadores envolvidos nesta pesquisa realizarão a leitura e estão cientes do conteúdo normativo da Resolução 466/12 do CNS que as normas ali constantes devem ser cumpridas incondicionalmente. -Os dados coletados por meio da pesquisa não serão utilizados para outro fim e os materiais coletados serão guardados sob responsabilidade dos pesquisadores:
A pesquisa é isenta de custos para o participante, tendo em vista que, os mesmos já estarão presentes na instituição de ensino, onde, na realização da pesquisa não será deliberado custos diretos para os participantes – comitê de ética em pesquisa e um colegiado interdisciplinar e independente, de relevância pública, de caráter deliberativo e educativo, criado para defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro dos padrões éticos o termo pode ser consultado para esclarecer dúvidas sobre aspectos éticos da pesquisa pelos seguintes meios.
Endereço: Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB). Rua Cícero Duarte, N°905, Bairro: Junco. CEP: 64.607-670. Cidade: Picos – PI.
E-mail: cep-picos@ufpi.edu.br. Telefone: (89) 3422-3003.
Horário de atendimento: De segunda a sexta-feira Das 08:00 às 12:00 h e das 14:00 às 18:00 h.
Obs.: Neste período de pandemia o atendendo está sendo realizado pelo e-mail.
Consentimento de Participação da Pessoa como Sujeito
Eu,______________________________________________RG______________, CPF________________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo ” Associação da prevalência de condições mioarticulares e estresse percebido em docentes universitários “, pois declaro que fui suficientemente informado (a) sobre objetivos e propostas desta pesquisa, bem como da garantia de sigilo, retirada do consentimento, riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Concordo voluntariamente em participar do estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido ou no meu acompanhamento/assistência/tratamento neste serviço.
Picos, ____de_______de 2023.
_______________________________________________________
Assinatura do voluntário da Pesquisa
Testemunha (não ligadas à equipe de pesquisadores):
Nome:____________________________________________________________________ RG:_________________________ Assinatura:____________________________________ Nome:____________________________________________________________________ RG:_________________________ Assinatura:____________________________________ Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o consentimento livre e esclarecido. __________________________________________________________
Haertori da Silva Leal
Pesquisador Responsável
APENDICE C – Caro participante, Questionário epidemiológico, histórico de saúde e atividade física. Esse questionário tem como objetivo investigar os aspectos epidemiológicos e o estilo de vida. Pedimos que seja honesto nas respostas e não deixe de assinalar nenhum item deste instrumento. Suas opções de resposta devem ser assinaladas com o (X). Obrigado! | ||
Aspecto sociodemográficos | ||
1. Qual seu sexo? | Masculino (__) | Feminino (__) |
2. Qual sua idade? (anos) | ||
3. Qual seu estado civil? | Casado(a) (__) Divorciado(a) (__) Separado(a) ou desquitado(a) judicialmente (__) | Solteiro(a)(__) Viúvo(a) (__) |
4. Qual sua raça ou cor? | Branca (__) Preta (__) Amarela (__) | Parda (__) Indígena (__) |
5. Sobre sua escolaridade, qual o curso de nível mais elevado que frequentou? | Ensino fund. Completo (__) Ensino fund. Incompleto (__) Ensino médio incompleto (__) | Médio completo (__) Superior incompleto (__) Superior completo (__) |
6. Qual sua classe social por faixa de salário mínimo (SM)? | Classe A (__) acima de 20 SM Classe B (__) de 10 a 20 SM Classe C (__) de 4 a 10 SM | Classe D (__) de 2 a 4SM Classe E (__) até 2 SM |
Estilo de vida | ||
7. Sobre o hábito de tabagismo? | Fuma algum produto de tabaco atualmente (__) Fumou algum produto de tabaco anteriormente (_) Nunca fumou (_) | |
8. Você tem algum distúrbio de sono? | Sim (__) | Não (__) |
1. Você toma bebida alcoólica? | Não (__) Raramente (__) | Com certa frequência (__) Diariamente (__) |
15. Você pratica atividade física? | Sim (__) | Não (__) |
19. Em geral, como avalia sua saúde? | Muito boa (__) Boa (__) Regular (__) | Ruim (__) Muito ruim (__) |
Avaliação da dor | ||
23. Você sente dor na região cervical/pescoço nos últimos 7 dias? | Sim (__) | Não (__) |
24. Se sim, marque com um X na escala qual a intensidade da dor: |
Questionário Nórdico dos sintomas musculo- Esquelético- Apêndice D Marque um (X) na resposta apropiada . Marque apenas um (X) para cada questão. Não, indica conforto, saúde – Sim, indica incomodos, desconfortos, dores nessa parte do corpo. Marque um (X) na resposta apropiada . Marque apenas um (X) para cada questão. | |||
Partes do Corpo com problemas | Você teve algum problema nos 7 dias? | Você teve algum problema nos últimos 12 meses? | Você teve que deixar de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses devido ao problema? |
1- Pescoço | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
2- Ombros | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
3- Cotovelos | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
4- Punhos e mãos | 1 ( ) Não2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1 ( ) Não 2 ( ) Sim |
5- Coluna Dorsal | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
6- Coluna Lombar | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
7- Quadril ou coxas | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
8- Joelhos | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
9- Tornozelos ou pés | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim | 1( ) Não 2 ( ) Sim |
APÊNDICE E
ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESTRESSE-10 (EPS-10)
ESCALA DE PERCEPÇÃO DE ESTRESSE-10 (EPS-10) As questões nesta escala perguntam a respeito dos seus sentimentos e pensamentos durantes os últimos 30 dias (último mês). Em cada questão indique a frequência com que você se sentiu ou pensou a respeito da situação. 1. Com que frequência você ficou aborrecido por causa de algo que aconteceu inesperadamente? (considere os últimos 30 dias) [0].Nunca[1] Quase Nunca [2] Às Vezes [3].Pouco Frequente [4] Muito Frequente 2. Com que frequência você sentiu que foi incapaz de controlar coisas importantes na sua vida (considere os últimos 30 dias) [0]. Nunca[1].Quase Nunca [2].As Vozes [3].Pouco Frequente [4] Muito Frequente 3. Com que frequência você esteve nervosa ou estressado? (considere os últimos 30 dias) [0]. Nunca [1]. Quase Nunca [2] Às Vezes [3] Pouco Frequente [4] Muito Frequente 4. Com que frequência você esteve confiante em sua capacidade de lidar com seus problemas pessoais? (considere os últimos 30 dias] [0] Nunca[1]. Quase Nunca [2]. Às Vezes [3]. Pouco Frequente [4] Muito Frequente 5. Com que frequência você sentiu que as coisas aconteceram da maneira que você esperava? (considere os últimos 30 dias) [0] Quase Nunca [2] As Vezes [3].Pouco Frequente [4] Muito Frequente 6. Com que frequência você achou que não conseguiria lidar com todas as coisas que tinha por fazer? (considere os últimos 30 dias) [0].Nunca [1]Quase Nunca [2] Às Vezes [3].Pouco Frequente [4] Muito Frequente 7. Com que frequência você foi capaz de controlar imitações na sua vida? (considere os Últimas 30 dias) [0]. Nunca[1].Quase Nunca [2]. Às Vezes [3] Pouco Frequente [4] Muito Frequente 8. Com que frequência você sentiu que todos os aspectos de sua vida estavam sob controle? (considere os últimos 30 dias) [0]. Nunca [1]. Quase Nunca [2]. Às Vezes [3]. Pouco Frequente [4] Muito Frequente 9. Com que frequência você esteve bravo por causa de coisas que estiveram fora de seu controle? (considere os últimos 30 dias) [0]. Nunca[1]. Quase Nunca [2]. Às vezes [3]. Pouco Frequente [4] Muito Frequente 10. Com que frequência você sentiu que os problemas acumularam tanto que você não conseguiria resolvê-los? (considere os últimos 30 dias] [0]. Nunca [1] Quase Nunca[2] Às Vezes[3]. Pouco Frequente [4] Muito Frequente |