ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO PARA IDOSOS PORTADORES DO VÍRUS HIV/AIDS NO CONTEXTO BRASILEIRO

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.10204608


Juliele do Amor divino¹
Josiene Andrade de Jesus²


RESUMO

A assistência de enfermagem é algo que está relacionado à promoção do cuidado e do bem-estar, identificação de problemas de saúde e fatores de riscos para a população. Com isso o estudo tem como intuito trazer uma reflexão sobre a assistência do enfermeiro ao idoso portador do vírus HIV/AIDS no contexto brasileiro, apontando que o mesmo é um tema pouco abordado pela sociedade, podendo acarretar inúmeros outros problemas e muitas das vezes podendo ocasionar o óbito do acometido. Assim questiona-se: de que forma o profissional enfermeiro poderá garantir e prestar uma assistência eficaz e um atendimento humanizado à pacientes idosos portadores do vírus HIV/AIDS? No qual o objetivo geral desse trabalho é analisar o profissional de enfermagem decorrente a assistência no atendimento a idosos portadores do vírus HIV/AIDS. Tendo como objetivo específicos, contextualizar a história de quando surgiu os primeiros casos de HIV/AIDS na humanidade, além de avaliar a conduta procedimental do profissional enfermeiro na assistência ao idoso portador do vírus HIV/AIDS, evidenciando prováveis pontos críticos a serem melhorados, e enfatizar a atuação do enfermeiro nas ações preventivas e educativas para idosos portadores do vírus HIV/AIDS. Esse estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica de cunho descritivo e explicativo, foi conduzido pela abordagem qualitativa, com o auxílio dos bancos de dados da SciELO, google acadêmico, revistas, teses, livros e artigos científicos. Ao me ingressar na área de enfermagem percebi que a assistência, o acolhimento e os cuidados prestados aos idosos portadores de uma patologia autoimune não são atribuídos como deveria. Com isso, minha proposta através desse artigo científico com base teórica é auxiliar na busca de materiais que irá contribuir para o conhecimento dos profissionais e alertá-los sobre a significância desse tema para a saúde pública brasileira e para novas hipóteses de estudos a respeito da assistência do enfermeiro ao prestar cuidados a pessoa idosa com HIV/AIDS.  

Palavras chaves- Enfermagem. Saúde. Cuidados na terceira idade. HIV/AIDS.   

1 INTRODUÇÃO 

No decorrer dos anos, as mudanças ocorridas nos hábitos de vida, somadas aos aspectos psicossociais, favoreceu preconceitos, ligadas à falta de informações em saúde, ações preventivas e educativas a respeito do vírus HIV (Imuno Deficiência Humana) e da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS) relacionada à pessoa idosa, que por conta da sua faixa etária não recebe uma adequada assistência em saúde a respeito do tema. com isso é entendível a significância da atuação do profissional enfermeiro no que se refere a prevenção, diagnostico e acompanhamento do idoso portador do vírus HIV/AIDS. 

Dessa forma a presente pesquisa apresenta uma análise baseada na problemática, que consiste em saber como o profissional enfermeiro pode garantir a assistência a pacientes idosos portadores do vírus HIV/AIDS? Já que o mesmo é responsável pela assistência e prestação de cuidados com o intuito de atribuir educação em saúde, diminuir as complicações ao longo do tratamento com o objetivo de facilitar a aceitação, adaptação e recuperação do paciente.

Logo, o objetivo geral da pesquisa é analisar o profissional enfermeiro, decorrente a assistência no atendimento a idosos portadores do vírus HIV/AIDS, considerando os objetivos específicos de descrever o contexto histórico das primeiras aparições do HIV/AIDS na humanidade, que até então era considerada uma infecção viral, desconhecida e inexiste para a medicina com a etiologia presumivelmente de origem infecciosa e contagiante,  que se evidenciava agressiva no organismo afetado pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), ocasionado pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) sendo detectados os primeiros casos nos Estados Unidos em 1980.

É evidenciado também no objetivo específico: como avaliar a conduta do profissional enfermeiro na prestação de uma assistência de qualidade visto que a uma escassez de estudos que traz a integração  da assistência do enfermeiro na composição de um atendimento adequado, da carência de atualizações dos programas governamentais e incentivos de políticas públicas, com a temática sexualidade na terceira idade, evidenciando ações assistenciais no que se refere à orientação e esclarecimento a respeito da possibilidade de um idoso contrair o vírus do HIV/AIDS. 

O objetivo específico por fim é: enfatizar a atuação dos enfermeiros nas ações preventivas e educativas dos idosos portadores do vírus HIV/AIDS, pois no cenário atual não são consideradas como uma possível ameaça para a população idosa, constando que são um possível público-alvo para contrair a patologia. Podendo ser fundada pela falta de campanhas preventivas e educativas, relacionadas a sexualidade na terceira idade, campanha essas voltadas apenas para a população jovem. Portando, é caracterizado como um desafio para o profissional enfermeiro a prevenção e orientação e a prestação de um atendimento eficaz aos idosos com HIV/AIDS.  

Diante das inúmeras falhas do serviço de saúde pública, essa pesquisa vem trazer uma significância indispensável para esse assunto, se caracterizando na importância de relatar sobre o vírus HIV e a patologia propriamente dita a AIDS, pois estar se tornando uma ameaça para a população idosa e para a saúde pública, principalmente por causa da vulnerabilidade física e psicológica, do difícil acesso aos serviços de saúde e da pouca procura, além da falta de percepção e visibilidade de como é tratada sua exposição aos riscos da contaminação por via sexual  ou drogas injetáveis. 

Esse estudo retrata a necessidade dos profissionais enfermeiro em obter uma boa capacitação e um amplo conhecimento frente a assistência e aos cuidados da pessoa idosa com HIV/AIDS, para um eficiente acolhimento e com objetivo de alcançar vários benefícios para o paciente que convive com essa patologia autoimune. 

A metodologia aplicada para a presente pesquisa bibliográfica de cunho descritivo e explicativo, com a utilização da abordagem qualitativa, obtido através do acervo bibliotecário disponível na faculdade, através dos dados da SciELO, google acadêmico, teses, livros, artigos científicos, sites, revistas. 

O referencial teórico se divide em três  etapas, o primeiro consiste no processo de enfermagem e as leis que os amparam que garante a qualidade funcional, a necessidade de autonomia, orientações em saúde e uma satisfação pela vida, logo após vem abordar sobre a assistência do enfermeiro ao idoso portador do vírus HIV/AIDS, indispensável na prestação de condutas adequadas e na promoção da saúde integralizada,  por fim, no terceiro capítulo vem esclarecer a atuação do enfermeiro nas ações preventivas e educativas, para que seja prestado um atendimento com base na educação em saúde, orientações e informações prestadas com referencial cientifico. 

Os resultados obtidos foram constatados ao logo da pesquisa, que a assistência do enfermeiro ao idoso soropositivo e aos idosos com potenciais riscos de contrair as IST’s é explicitado na educação em saúde, com auxílio das políticas públicas, no qual sejam promovidos os direitos, a prevenção, o tratamento e um rápido e eficiente diagnóstico da patologia. Correlacionado a isso, a significância do profissional enfermeiro e da sua equipe multiprofissional inseridos diretamente na prestação de cuidados e estratégias em saúde, a fim de garantir uma correta abordagem e uma eficiente assistência sem deixar falhas no atendimento.

Desta maneira, essa temática é pouco abordada nos serviços de saúde pública pelos profissionais enfermeiros ao público-alvo da pesquisa, precisando ser debatido abertamente para uma melhor propagação das informações e do conhecimento a respeito da sexualidade na terceira idades e os tabus que envolvem esse assunto. Referente a isso, o objetivo deste estudo é que esse tema tenha um avanço positivo e uma mobilização social, com objetivo de serem mais abordados nas estratégias de ações em saúde nos serviços públicos de saúde.

2 METODOLOGIA

A metodologia, é um conjunto de regras que tem como objetivo auxiliar os questionamentos dos estudos, fundamentar e validar as pesquisas para serem aceitas. O método científico é utilizado para dar efetividade para o estudo de forma Fundamentada e resolutiva para que alcance aspectos esperados da pesquisa elaborada.

O modelo de abordagem selecionado será o qualitativo de cunho subjetivo utilizado para aperfeiçoamento de conteúdos já existentes, atingindo resultados de certas opiniões, tendo tomadas de decisões de acordo com determinados assuntos, com caracteres essenciais para analisar da melhor maneira possível as dimensões de informação da pesquisa. Desse modo a enfermagem tem o intuito de apodera-se da Situação para abordar a assistência do enfermeiro ao idoso portador do vírus HIV/AIDS no contexto nacional, utilizando a pesquisa bibliográfica. 

O tipo de pesquisa que será abordado é a bibliográfica de cunho descritivo e explicativo, usado na investigação e no levantamento de materiais já publicadas em livros, artigos acadêmicos, revistas ou qualquer outro material com o referencial teórico que irá auxiliar na elaboração do artigo e análise da pesquisa.

 Para Gil (2008, p.45), “a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”.

O local de estudo será no âmbito nacional com as investigações pertinentes ao Assunto abordado, abrangendo todo território nacional brasileiro. Já as amostras Utilizadas para a elaboração da pesquisa deram início em fevereiro de 2023 no Decurso da construção do projeto de trabalho de conclusão de curso, com o uso de material bibliográfico, revistas e livros que discorressem sobre o assunto dos idosos portadores do vírus HIV/AIDS, obtendo como caracteres a assistência enfermeiro, sendo impostos no período de publicação entre o ano de 2013 e 2023.

Com a aplicabilidade de critérios obteve-se uma quantidade de 53 artigos. Para obter a apuração, foi realizado um estudo e leitura antecipadamente dos títulos e resumos dos temas já ajustado, de acordo com seu potencial teórica para com essa pesquisa, após uma minuciosa aplicação das especificações de inclusão e exclusão foram eleitos 30 estudos para leitura. Portando, objetivando a coleta de dados e a obtenção de um artigo com referencial teórico adequado, foram selecionados 22 artigos para compor a amostra da revisão.

3 HISTORICIDADE E TRAJETÓRIA DOS PRIMEIROS CASOS DE HIV/AIDS NA HUMANIDADE

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é considerada uma patologia grave que acomete o sistema imunológico do paciente infectado, é ocasionado pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) que se modifica desde uma fase inicial aguda até a etapa final se caracterizando pela AIDS propriamente dita, patologia esse agressiva no organismo acometido.

A AIDS é uma doença que ocorre através de um quadro de imunodeficiência decorrente do vírus HIV, podendo ser transmitido por meio das vias sexuais, parenteral ou vertical. A principal característica da AIDS é a eliminação profunda da imunidade pelas células T, que cria uma abertura nos indivíduos para infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doenças neurológica que se não forem combatidas levam ao óbito (LAZZARATTO; DERESZ; SPRINZ, 2010). 

Foram detectados os primeiros casos do vírus HIV na África central e logo após os Estados Unidos na década de 1980, não tendo certeza de sua procedência, a hipótese é de que o vírus de origem tenha passado de primatas para os homens, mantendo-se sem uma explicação admissível o mecanismo pelo qual o ocorrido.

A síndrome da imunodeficiência adquirida foi identificada pela primeira vez em 1981, e por ser um acontecimento global e instável, se tornou um marco na história da humanidade, na qual, só ocorre devido o comportamento humano individual e coletivo (BRITO; CASTILHOS; SZWARCWALD, 2001).

No Brasil surgiu os primeiros casos da AIDS por volta da década de 80, sendo notificado o primeiro caso no estado de São Paulo, tratando-se de um jovem homossexual. Nesse mesmo período o SUS Sistema Único de Saúde, ainda não havia sido elaborado, tornando um problema evidente para o ministério da saúde, que só considerou como uma situação grave em 1985. Visto disso, essa possível endemia no território brasileiro não foi um insigne que obteve uma resposta imediata do poder público.

Em 1982 em São Paulo, surgiu o primeiro caso da AIDS no Brasil, porém o Ministério da Saúde só o reconheceu como um problema grave para a saúde pública em 1985, criando assim o Programa Nacional da AIDS através da portaria n°236 do dia 2 de maio, considerando os meios de transmissão mais possíveis a via sexual, usuários de drogas injetáveis, contato com fluidos sanguíneos ou corporais e os homossexuais. O enfretamento, a prevenção e o combate à discriminação dos portadores de HIV/AIDS foram um verdadeiro desafio para os profissionais de saúde sem a criação do SUS Sistema Único de Saúde, sendo elaborado em 1988, artigo 196 a 200, demostrando a devida atenção ao problema de saúde pública (MENDONÇA; ALVES; CAMPOS, 2010).

Com o aumento do índice e da situação agravante do HIV/AIDS no Brasil, foi elaborado um Programa Nacional de DST e AIDS no ano de 1988 com a finalidade de levar informações a população, esclarecer dúvidas impostas pelo grupo considerados vulneráveis e de alto risco, garantindo uma assistência no atendimento e orientando os profissionais de saúde quanto a nova patologia.

O Programa Nacional de Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS teve a função primordial de combater à doença, onde deveria levar informação a população, esclarecer dúvidas impostas pelo grupo considerados vulneráveis e de alto risco, onde faziam parte os homossexuais e pessoas que trabalhavam com sexo e usuários de drogas injetáveis, defendendo os direitos dos portadores e a garantia da assistência (MONTEIRO; VILLELA, 2009).

Os programas governamentais na contemporaneidade têm a indução de políticas não discriminatórias, e defensiva dos direitos dos portadores HIV/AIDS, evidenciando que patologias sexualmente transmissíveis podem ser contraídas igualmente a todos. Uma das questões mais discutidas é que os programas, as mídias e as políticas públicas dão maior ênfase nos adolescentes, nos jovens adultos e nas pessoas que já são soropositivas, não atribuindo há esse grupo os idosos, considerados um potencial grupo alvo.

é necessário o desenvolvimento e/ ou criação de políticas públicas, com fito de melhorar a assistência de enfermagem para com os idosos. Outrossim, necessário a formulação de instrumentos para a assistência à saúde dessa população e também, o desenvolvimento programas de saúde, visando os aspectos referentes às IST’S e ao HIV/AIDS. Assim, ações como essas mostra um olhar psicossocial perante a essa população, pois o acolhimento e o diálogo são elementos importantes para a construção de um espação proveitoso de intervenção (BASTOS, 2018).

Em adesão a isso, as políticas públicas direcionadas para os idosos visam assegurar programas de assistências, que possibilitem o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos na sociedade.  

3.1 O PROCESSO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E AS LEIS QUE OS AMPARAM

A fase do envelhecimento está sendo uma conquista e uma realidade populacional até mesmo em países subdesenvolvidos. Portanto, só pode ser considerado como uma aspiração na medida em que a qualidade começar a fazer parte dos anos adicionais de vida desses idosos. Tendo como aspectos fundamentais, políticas designadas aos idosos, levando em consideração a qualidade funcional, a necessidade de autonomia, cuidados e a atenção integral saúde, orientações e a alto-satisfação pela vida. 

Quando se trata da longevidade, existem diferenças em como essa realidade funciona nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento. Nos desenvolvidos, o envelhecimento está relacionado com o desenvolvimento das condições gerais de vida. Já nos que estão em desenvolvimento, a dinâmica se dá de forma veloz, sem oportunidade para uma reorganização social e de saúde apropriada para atender às novas demandas emergentes. Logo cabe às políticas de saúde contribuírem para que mais pessoas atinjam idades avançadas (BRASIL, 2006).

O processo do envelhecimento é decorrente a mudanças e adaptações, a sexualidade é uma realidade para muitos idosos na faixa etária dos 60 anos ou mais, porém, a crença e o preconceito que a sociedade impôs sobre essa população, favorece ao desconhecimento de explorar novos prazeres, experiencias e a buscar informações sobre a obtenção das práticas sexuais seguras, aumentando assim, o índice de idosos com patologias sexualmente transmissível.

em linhas gerais, a relação sexual tem sido considerado uma atividade própria das pessoas jovens, das pessoas com boa saúde e fisicamente atraentes. A ideia de que as pessoas com boa saúde avançadas também possam manter relações sexuais não é culturalmente muito aceita, preferindo-se ignorar e fazer desaparecer do imaginário coletivo a sexualidade da pessoa idosa. Apesar desses tópicos culturais, a velhice conserva a necessidade sexual, não havendo, pois, idade na qual a atividade sexual, os pensamentos sobre sexo ou o desejo se esgotam (BRASIL, 2006).

Levando em concepção as perspectivas elaboradas há tempos atrás, o Brasil   passou por processos de reformulação e de novas estruturas políticas de controle e atenção às pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis e em situações de vulnerabilidade como a população idosa. Com isso, algumas leis possibilitaram grandes avanços institucionais de saúde, e outras estruturando uma negligência e retrocessos. Nesse contexto, a constituição federal de 1988, possibilitou consideráveis modificação, oportunizando democraticamente os direitos à saúde, ações que visam a prevenção, e a um possível diagnóstico precoce.

A constituição federal de 1988 proporcionou um marco histórico a respeito aos direitos humanos, assegurando democraticamente o direito a saúde, ao bem-estar e as condições de tratamento adequada, ações essas de grande significância impostas  em seu art. 196, que diz: 

“A saúde é direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visam à redução do risco de doença, de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL,1988). 

Para a concretização da qualidade de vida à população idosa é necessário compreender os diferentes cenários atuais e fazer a implementação das leis que reger esse público, uma vez que o aparecimento de inúmeras patologias é decorrente dos hábitos de vida, vulnerabilidade e a falta de conhecimento dos seus direitos, por esses motivos foram elaboradas as leis e estatutos que têm como função de garantir e sanar todas as premências dessas populações brasileiras com 60 anos ou mais.

A Lei Orgânica da Saúde e a Lei 8.842/94 deram origem ao programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (PAISI), e apontam as metas e estratégias do Programa que são definidas para promover, prevenir e recuperar a saúde, bem como uma qualidade de vida digna (MIYATA et al., 2005).

Dessa forma, a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) é aprovada através da portaria N 2.528, de 19 de outubro de 2006, possui as seguintes diretrizes descritas abaixo, garantindo a aplicação dos direitos institucionais em todo território brasileiro.

a)Promoção do envelhecimento ativo e saudável;
b)Atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa;
c)Estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção;
d)Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; 
e)Estímulo à participação e fortalecimento do controle social;
f)Formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; 
g)Divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS;
h)Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa; e 
i)Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. (BRASIL, 2006)

As Políticas Nacionais de saúde que regem a população idosa no Brasil, promovem a acessibilidade dos idosos à saúde em todo território brasileiro, tendo como auxílios o Sistema Único de Saúde (SUS), que assegura a qualidade de vida, promoção a saúde, prevenção e maneiras de viver mais saudáveis e seguros, promovendo uma adequada qualidade de vida aos idosos. 

3.2 ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO IDOSO PORTADOR VÍRUS HIV/AIDS 

A assistência de enfermagem, frente aos idosos portadores do vírus HIV/AIDS, é imprescindível no atendimento e na prestação de condutas adequadas na promoção da saúde desses pacientes no contexto da integralidade continuada. Com isso, o enfermeiro tem como favorecimento e amparo a resolução COFEN de n° 358/09 que implica a autorização para medidas de intervenções com a finalidade, a promoção da qualidade de vida a esses idosos.

Para cuidar do idoso portador do HIV é essencial que a assistência de enfermagem seja eficaz, pois há informações e questões que necessitam de esclarecimento e orientação, além disso, as condutas terapêuticas são extremamente importantes, sejam elas aplicadas no contexto hospitalar, na atenção básica, no ambiente hospitalar ou empresarial (BITTENCOURT et al., 2015).

Quando se aborda o assunto de doenças sexualmente transmissível como o HIV/AIDS na população idosa, persistem muitas dúvidas, problemáticas e falta de intervenções adequadas do profissional enfermeiro, e é nesse contexto que é enfatizado a atuação do mesmo como peça-chave no processo de enfermagem e suas etapas, que são: coletas de dados que consiste na anamnese e exame físico do paciente, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação.

De acordo com Carvalho et al. (2007, p. 96), “a aplicação do processo de enfermagem possibilita determinar os problemas que necessitam de cuidado profissional, isto é, aqueles pelos quais os enfermeiros são responsáveis.” 

A etapa de coleta de dados corresponde a anamnese e exame físico do paciente, essa investigação é a primeira fase da consulta, para estabelecer o estado geral de saúde. Um idoso que procura a unidade de saúde relatando sinais e sintomas relacionados a patologia que afeta o seu sistema imunológico e consequentemente irá debilitar o idoso, que por conta da faixa etária, sua resposta imune não é tão eficaz. Diante disso, o enfermeiro irá identificar a história pregressa desse paciente no intuito de fazer uma busca ativa da patologia que o afeta, podendo atrasar o diagnóstico do vírus HIV ou da patologia AIDS em um idoso que já possa estar infectado.

De acordo com Prilip (2004), a infecção HIV no idoso é mais complexa de ser diagnosticar, visto que é frequentemente descoberta após uma longa apuração e exclusão de outras doenças, retardando o processo de diagnóstico e tratamento. A partir do momento que um idoso é infectado pelo vírus HIV, o sistema defensivo do organismo humano começa a ser atacado, com isso se inicia a fase aguda da patologia, onde sucede a incubação do HIV que refere ao período de tempo de exibição ao vírus até o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas.

Segundo Brasil (2023), a entrada do vírus causador da aids no corpo humano desencadeia o ataque ao sistema imunológico. Durante a fase inicial, conhecida como aguda, ocorre a incubação do HIV. Esse período compreende entre três e seis semanas, e leva entre 4 e 8 semanas para a infecção iniciar a produção de anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe ou mal-estar, como febre, diarreia, sudorese noturnos e emagrecimento podendo ser relacionados a outras patologias, levando a um diagnóstico tardio.

Para a elaboração de um diagnóstico preciso é incontestável que o enfermeiro esteja atento nos sinais e sintomas apresentados, nos aspectos comportamentais, na possibilidade desses idosos terem uma vida sexualmente ativa e contrair uma patologia referente aos atos. Para o contexto da enfermagem um diagnostico eficaz viabiliza os potenciais riscos que esse paciente possa adquirir estando com o vírus do HIV/AIDS, objetivando ações e assistências de saúde.

Risco de desequilíbrio eletrolítico, relacionado a diarreia e a significativa perda de líquidos corporais, – Hipertermia, aumento da temperatura corporal devido a falha na termorregulação, – Risco de infecção, a suscetibilidade à invasão e multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer a saúde, – Nutrição desequilibrada, insuficiente para satisfazer às necessidades metabólicas (HERDMAN; KAMITSURU; LOPES, 2021).

O planejamento corresponde a umas etapas indispensáveis do processo de enfermagem, possibilitando a formação de um plano assistencial, com base no diagnóstico de enfermagem, construindo cuidados em cima disso, que são: a elaboração de cuidados para desequilíbrio metabólico é indicada a alta ingestão de líquido e o uso de medicamentos que ajude nessa reposição; o planejamento frente a hipertermia estar relacionada a verificação da temperatura em curtos espaços de tempo, agasalhar adequadamente o paciente, manter a ingestão de líquidos e alimentos; os planejamento para o risco de infecção é indicado, avaliar a integridade da pele e do ambiente suscetível a agentes infecciosos; e o planejamento para nutrição desequilibrada estar relacionado a ingestão de uma dieta que supre as necessidades corporais, rica em nutrientes.

Garcia (2020) afirma que o Processo de Enfermagem (PE) é a principal metodologia para que o profissional tenha um desempenho sistemático da prática profissional. Serve para auxiliar na organização do pensamento, podendo identificar os problemas dos clientes para que possam ser solucionados de forma mais rápida e eficientes. Em decorrência das funções dos profissionais enfermeiro, o ato de planejar compreende como uma indispensável recuso do processo de enfermagem, visando possibilitar o alcance dos objetivos propostos para um eficiente planejamento de cuidados assistenciais. 

O profissional enfermeiro durante a consulta irá construir e elaborar estratégias para que se adeque as necessidades impostas pelo paciente e decorrente a sua melhora, porém, para que isso ocorra é fundamental que os planejamentos já estudados sejam implementados no atendimento, para que aconteça uma adequada recuperação e tratamento, de acordo com que as assistências forem sendo colocadas em práticas ao logo do atendimento prestado.

Segundo Herdman, Kamitsuru, Lopes (2021), a fase inevitável que compõem o processe de enfermagem que priorizar pôr em exercício todos os planejamentos disciplinados com a finalidade de implantar as melhores intervenções e alcançar o resultado desejado no tratamento do paciente. 

A última etapa desse processo está relacionada a avaliação do profissional enfermeiro, etapa essa que age sobre a verificação das teorias e ações abordadas no planejamento estão causando mudanças positivas no tratamento, caso o estude teórico e prático não esteja de acordo com as necessidades saúde doença do paciente, o profissional poderá intervir mediando novos planejamentos para estabelece novos resultados no tratamento.

Segundo Herdman, Kamitsuru, Lopes (2021), a avaliação de enfermagem corresponde com a verificação das ações impostas, se estão surtindo efeito no tratamento, fazendo com que o profissional da enfermagem observe e avalie o paciente durante o período da implementação, como: observar se as medidas para que o paciente estabeleça uma temperatura afebril estão sendo viáveis; observar a integridade da pele e o baixo risco de exposição a patógenos para que o paciente não esteja suscetível a infecções; avaliar se a ingestão de alimentos estar sedo de acordo a ingestão diária recomendada e de valor nutritivo; e observar se a ingestão líquido e os medicamentos administrado estão sendo suficiente para manter o equilíbrio de eletrolíticos. 

Para que o atendimento prestado seja efetivo, é importante estabelece uma relação de confiança e sigilo profissional, essencial para uma boa relação entre o paciente e o enfermeiro, estruturando confiança, respeito e privacidade, garantindo um atendimento eficaz e ético. 

“A confidencialidade e o respeito à privacidade constituem preceitos morais tradicionais das profissões de saúde, indicando o dever de guardar e reservar em relação aos dados de terceiros, a que se tem acesso em virtude do exercício da atividade laboral deles depende a base de confiança que deve nortear a relação profissional e paciente” (VILLAS-BOAS, p.2, 2015)

Ao decorrer do processo de enfermagem e no atendimento ao paciente portador do vírus HIV ou da patologia AIDS ou com suspeitas de ambas, é de suma responsabilidade do profissional enfermeiro manter as informações obtidas no momento da conduta em sigilo, sem divulgar o estado de saúde, obtendo questões éticas e confidenciais, fundamental para estabelecer uma relação de confiabilidade e segredos entre o paciente e o profissional.

3.3 AÇÕES PREVENTIVAS E EDUCATIVAS DO HIV/AIDS EM IDOSOS: VISÃO PRÁTICA DO ENFERMEIRO.

A enfermagem nesse contexto de elaboração de cuidados, aborda a criação de estratégias e ações, considerando todas as questões abordadas pelos pacientes, sejam elas emocionais, patológicas, sociais ou culturais. Portando, é de âmbito do profissional de enfermeiro estabelecer as efetivas atuações de enfermagem ao idoso portador do vírus HIV/AIDS, com base na educação em saúde, orientação, informação e na aplicação de procedimentos com referencial científico, oferecendo um atendimento adequado. 

No que tange as ações em saúde direta aos idosos soropositivos, principalmente direcionado a práticas preventivas e de orientações, compreendendo a pessoa idosa como ser sexualmente ativo e vulneráveis a inúmeros riscos. Com isso, o profissional enfermeiro irá organizar um plano assistência relacionado a prevenção, educação em saúde e outras intervenções, visando uma troca de experiencia e orientações entre o idoso e o profissional (PALUDO et al.,2021). 

A enfermagem em um contexto geral, tem como uma das principais atribuições promover aos pacientes ações em saúde por estar à frente do atendimento e na prestação de assistências e prevenção. O assunto sexualidade é pouco abordado pelos profissionais enfermeiros, fazendo com que as ações em saúde relacionadas aos usos dos preservativos não só para a prevenção de gravidez, mas também na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, da aplicação de palestras sobre sexualidade após os 60 anos, da importância do sexo seguro e dos riscos do uso de fármacos para ereção sexual, sejam mais abordadas para uma efetiva diminuição de casos de HIV/AIDS em idosos.

O profissional de enfermagem tem um papel de grande relevância, pois está à frente desses pacientes prestando assistência, lidando com medos, inseguranças, e preconceitos com HIV, e é por meio da educação em saúde, que se ensina a usar preservativo, explicando o quão importante é prevenir-se, além de, conversar com idosas sobre a importância do exame citopatológico tanto para o diagnóstico do HIV como também para acompanhamento em casos de resultados positivos quanto a outras infecções. A assistência vai além do tratamento e diagnóstico da doença, é necessário um acompanhamento, abordando outros assuntos da sexualidade como o uso de drogas para ereção e sofrimentos gerados pela exclusão social associadas a velhice (CASSÉTTE et al., 2016).

É evidente a significância que deve ser atribuída a população senil no que tange a prevenção e ao acompanhamento do HIV/AIDS, propagando conhecimento entre os idosos sobre o respectivo tema de terem uma vida sexual ativa com estratégias de prevenção e cuidados. Dessa forma, pode-se constatar que a Estratégia Saúde da Família (ESF), identificada como a primeira porta de entrada da população brasileira, possibilita reestruturar a assistência à saúde e garantir os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo cuidados na promoção, proteção e recuperação da saúde em todo território nacional, com o auxílio de uma equipe multiprofissional capacitada para oferecer um devido atendimento.

A Atenção Básica é o contato preferencial dos usuários com o sistema de saúde. Orienta-se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (BRASIL, 2006).  

Portanto, infere-se o fornecimento e a prestação de ações de saúde fornecidas através de uma equipe multiprofissional com conhecimento técnico e teórico para realizar uma abordagem eficaz da percepção do risco. Com destaque ao profissional enfermeiro que possui uma posição de coordenador da sua equipe, possibilitando criar estratégias acerca de atividades de entretenimento e dinâmicas, com aplicação de palestras e cartilhas sobre o respectivo tema, para que aja de forma promissora uma relação de confiança sobre o assunto sexualidade na população idosa, tema esse marcado por preconceitos e orientações escassas.

É notório, a omissão nas ações destinadas a população idosa no que refere à prevenção, cuidados e uma adequada assistência contra o HIV/AIDS. Portanto, a enfermagem ela possui uma contribuição nos trabalhos educativos que são indispensáveis, fazendo o uso de tecnologias simples e materiais de fáceis entendimento, possibilitando o esclarecimento a respeito do tema (CORDEIRO et al., 2017). 

A atuação do enfermeiro na prestação de ações preventivas vai muito além de só fornecer as informações para o bem-estar, é necessário entender as limitações referentes ao entendimento da mensagem que está sendo passada, levando em consideração que essa faixa etária só colocará em prática as ações educativas e preventivas que foram passadas após a compreensão. Portanto, o enfermeiro deve fazer uso de palavras simples sem termos técnicos, palestras demonstrativas e interessantes, facilitando o contato e o favorecimento de confiança com o idoso, respeitando sempre seus níveis sociais e culturais.

“o enfermeiro na sua atuação propõe-se em estabelecer estratégias educativas, e preventivas para a população idosa com HIV/AIDS ou com potenciais de contrair a doença, visando sanar todos as dúvidas e promovendo educação e saúde, preconizando sempre as formas adequadas de passar as informações para um melhor atendimento” (ALMEIDA, 2011).

Dessa maneira, para que o profissional enfermeiro estabeleça uma adequada atuação humanizada no processo saúde doença desses idosos, é de estrema importância, fortalecer a relação do paciente e seus familiares. Receber uma notícia que um ente querido está com uma doença sexualmente transmissível é um choque, dessa forma o apoio e a empatia dos familiares são significantes para a melhora do quadro clínico do paciente.

A responsabilidade de construir uma interação entre os familiares e os idosos é um objetivo dos enfermeiros, desenvolvendo uma dinâmica funcional que auxiliar em um convívio adequada, restabelecendo equilíbrio nessa relação para que seja possível uma efetiva solução terapêutica e melhorando assim a assistência ao idoso e reduzindo os custos emocionais da própria família (BRASIL, 2006).

Com isso, é essencial o amparo emocional e o apoio dos familiares em uma situação abaladora, como a notícia do diagnóstico de uma patologia sexualmente transmissível, portanto, a adesão e o apoio familiar contribuem para um possível tratamento eficaz. 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa discorreu sobre a significância do papel e o protagonismo do enfermeiro na atuação da assistência aos idosos portadores do vírus HIV/AIDS. Constatou-se por meio deste estudo, que a historicidade e trajetória foi essencial para o desenvolvimento do estigma e da adequação da assistência em saúde. 

Quando se iniciou o trabalho de pesquisa, constatou-se, as inúmeras questões relacionadas a sexualidade, diagnósticos, cuidados e preconceitos constatados pelos idosos soropositivos. A vivência dessa população evidencia uma complexa interação e desafios, que vão desde a temática do idoso ser sexualmente ativo, a estigma associado ao diagnóstico precoce e as ações preventivas e educativas destinadas aos mesmos. A abordagem do profissional enfermeiro, consta uma visão holística, com integração de cuidados humanizados e específicos, evidenciados como elementos primordiais na assistência. 

O enfermeiro exerce uma importante função na viabilização da assistência aos idosos com o vírus HIV/AIDS, contribuindo para promoção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da aceitação familiar.

O problema inserido ao longo da pesquisa vem questionar, de que forma o profissional enfermeiro pode garantir a assistência a pacientes idosos portadores do vírus HIV/AIDS? Conforme a isso: os idosos portadores do vírus HIV ou com a patologia propriamente dita, necessita de cuidados e uma assistência de enfermagem eficaz com adesão ao tratamento, oferecendo suporte emocional e o monitoramento da questão saúde doença dos pacientes, assegurando uma adequação no suporte de vida, e na contribuição da prevenção e educação em saúde. Dessa forma, a pesquisa trouxe exemplificação do que seria um atendimento adequado, e uma assistência integral, com aplicação desses desdobramentos citados, permitindo uma correta e respeitosa idealização de uma assistência eficiente e continua.

Diante disso, a pesquisa teve como objetivo geral analisar o profissional enfermeiro decorrente a assistência no atendimento a idosos portadores do vírus HIV/AIDS. Constatasse que, o objetivo geral foi atendido, pois, a pesquisa conseguiu demostrar efetivamente a significância da assistência que deve ser atribuída a esses idosos por intermédio das estratégias de saúde, regidas pelos princípios do SUS e as leis que os amparam, possibilitando o processo de enfermagem, as ações educativas e preventivas e um efetivo cuidado de enfermagem. 

A formulação deste estudo constatou compreender que os objetivos específicos descritos ao longo da pesquisa traçados a partir da formulação do problema exposto, obtiveram resultados significativos. Ao avaliar a conduta do profissional enfermeiro na assistência ao idoso portado do vírus HIV/AIDS, foi possível constatar a importância da competência técnica e teórica do enfermeiro na prestação do atendimento eficaz, suprindo todas as necessidades impostas naquele momento, aplicando o processo de enfermagem de maneira a possibilitar ao paciente uma assistência integral sem deixar falhas ao longo do tratamento, com adesão a empatia e a sensibilidade, levando em consideração o cuidado humanizado, com o auxílio da equipe multiprofissional. 

Ao atribuir de maneira eficiente a importância da atuação do enfermeiro nas ações preventivas e educativas para idosos portadores do vírus HIV/AIDS, foi possível identificar que a enfermagem em um contexto geral, promove estratégias em saúde por estar à frente do atendimento e na prestação de cuidados e prevenção. A primeira porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) é estabelecida nas Estratégias de Saúde da Família (ESF), onde o assunto sexualidade, prevenção, cuidados, atendimento igualitário e educação deverá ser considerada como prioridade ao público-alvo da pesquisa, reduzindo efetivamente os números de casos de HIV/AIDS em idosos.

Todo processo com objetivo de resultados significativos se depara com desafios consideráveis na adesão de conhecimentos, essencialmente quando a temática é prestação de assistência para a população idosa no contexto socioeconômico e sociocultural, associada a saúde. Nesse contexto, a sexualidade na população senil, diagnósticos, prevenção e tabus, necessita ser debatidas abertamente para o público-alvo da pesquisa, pois, de fato pouco é comentado sobre o HIV/AIDS na velhice. Logo, o profissional enfermeiro e sua equipe multiprofissional, colaboram para uma assistência completa, especialmente quando lidam com usuários idosos que convivem com o HIV/AIDS ou em potencial risco e vulnerabilidade de contrair a patologia.

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