ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: COM FOCO NO DESPREPARO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO HOSPITAL REGIONAL DE ITAMARAJU-BAHIA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10076897


Diego Andrei Silva2
Josiene Andrade Jesus3


RESUMO

Este estudo concentra-se na assistência de enfermagem na emergência pediátrica do Hospital Regional de Itamaraju, Bahia, com ênfase no despreparo da equipe diante das principais emergências pediátricas. A problemática central que norteia este estudo é: “Como melhorar a assistência de enfermagem na emergência pediátrica do Hospital Regional de Itamaraju, Bahia, considerando o despreparo da equipe diante das principais emergências pediátricas?” O objetivo geral é identificar as limitações enfrentadas pelos profissionais de enfermagem nesse contexto. Objetivos específicos incluem abordar as principais emergências pediátricas, apresentar ações corretivas, implementar essas ações por meio de um fluxograma de atendimento e propor um projeto de qualificação para os profissionais de enfermagem. A metodologia utilizou pesquisa bibliográfica na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Portanto, é crucial enfatizar a necessidade de treinamento específico, abrangendo aspectos técnicos e emocionais, para que a equipe possa oferecer um atendimento de alta qualidade. A escolha desse tema decorre da carência de estudos na enfermagem pediátrica em situações de emergência, destacando a importância contínua de explorar e aprimorar esse campo. Conclusão: Este estudo ressalta a urgente necessidade de melhorar a assistência de enfermagem na emergência pediátrica do Hospital Regional de Itamaraju. A equipe precisa de capacitação tanto em habilidades técnicas quanto em aspectos emocionais para oferecer um atendimento de qualidade às crianças em situações críticas. A pesquisa também destaca a falta de estudos na área de enfermagem pediátrica em situações de emergência, reforçando a importância de explorar e aprimorar esse campo continuamente. A pergunta central formulada na problemática orientou todo o estudo, enfatizando a necessidade de melhorias significativas na assistência de enfermagem pediátrica.

Palavras-chave: Pediatria. Urgência pediátrica. Despreparo da enfermagem.

1. INTRODUÇÃO

A atuação dos profissionais de enfermagem na assistência às emergências pediátricas é de suma importância, requerendo conhecimento, habilidades técnicas, empatia e calma para proporcionar o melhor atendimento às crianças e suas famílias em situações críticas. O intuito desse estudo é abordar a falta de preparo dos profissionais de enfermagem no hospital regional de Itamaraju, Bahia, ao lidar com emergências pediátricas, destacando a importância da capacitação contínua.

A situação problema surge da seguinte indagação: “Como é a assistência de enfermagem na emergência pediátrica deste hospital?”

A justificativa para este estudo é inegável, considerando a atual desqualificação da equipe de enfermagem no Hospital Regional de Itamaraju, Bahia, no que diz respeito à assistência de emergência pediátrica. Este cenário reflete a urgência de uma pesquisa que visa aprimorar a qualidade da assistência oferecida às crianças em situações de emergência. A relevância deste estudo se reflete nas contribuições que oferece. Primeiramente, o foco na capacitação da equipe de enfermagem tem o potencial de melhorar a qualidade da assistência, reduzindo os riscos e a mortalidade infantil.

Além disso, fortalece a enfermagem pediátrica como uma disciplina especializada. Para o Hospital Regional de Itamaraju, as conclusões deste estudo podem direcionar estratégias de melhoria direcionadas à assistência pediátrica. Como um todo, este estudo contribui para uma enfermagem mais preparada e, consequentemente, para uma melhor qualidade de vida para as crianças da região.

O objetivo geral deste estudo é identificar as principais limitações e desafios enfrentados pelos profissionais de enfermagem diante das emergências pediátricas. Os objetivos específicos incluem abordar as emergências pediátricas mais comuns no hospital, apresentar ações corretivas para a equipe de enfermagem, implementar essas ações por meio de um fluxograma de atendimento e propor um projeto de intervenção voltado para a capacitação dos profissionais de enfermagem em geral, com foco especial nos enfermeiros que atuam na pediatria.

A metodologia envolve uma pesquisa bibliográfica com base em periódicos online disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e uma abordagem qualitativa que será conduzida por meio de entrevistas com profissionais de saúde envolvidos na emergência pediátrica. Devido às limitações, a pesquisa de campo não será realizada.

O estudo também destaca a importância do treinamento técnico, científico e emocional para os profissionais de enfermagem, preparando-os para lidar com a alta demanda de pacientes em situações de risco iminente. A falta de informações aos familiares e a necessidade de orientação e acolhimento também são fatores cruciais nesse contexto.

A pesquisa busca preencher uma lacuna no campo da enfermagem pediátrica em situações de emergência, enfatizando a necessidade de explorar e aprimorar esse espaço pouco explorado. O objetivo principal é promover uma melhoria significativa na assistência às crianças em situações críticas e proporcionar um atendimento mais seguro e eficaz.

Na fase aguda de doenças ou acidentes, crianças chegam aos serviços de emergência em situações críticas, demandando cuidados intensivos e atendimento emergencial. Nesse contexto, a equipe de enfermagem desempenha um papel fundamental na avaliação constante, vigilância e execução de procedimentos que complementam o tratamento médico, incluindo o uso de protocolos de assistência de enfermagem para assegurar uma abordagem integrada com os médicos, enquanto orienta e oferece suporte às famílias.

A formação dos profissionais que atuam na unidade de emergência é crucial, abrangendo não apenas habilidades técnicas e conhecimento científico, mas também a promoção de uma educação continuada que envolva o desenvolvimento do autoconhecimento e a gestão das emoções, reconhecendo os próprios limites e potencialidades. A falta de informações para as famílias e a necessidade de orientação e apoio agravam a complexidade desse ambiente.

Os serviços de pronto atendimento, especialmente nas áreas urbanas, enfrentam uma demanda elevada, o que impulsiona a equipe a priorizar a rapidez e eficiência no atendimento para reduzir o risco de vida das crianças. Diante de situações de risco iminente, os profissionais, especialmente a equipe de enfermagem, experimentam uma ampla gama de respostas subjetivas devido à intensa carga emocional associada a essas experiências e às relações estabelecidas com as crianças e suas famílias. A decisão de explorar a atuação das enfermeiras na assistência à criança em situações de emergência é motivada pela escassez de estudos nesse domínio dentro da enfermagem, tornando este trabalho uma oportunidade de explorar e aprimorar um espaço pouco explorado na profissão.

2. METODOLOGIA

Este estudo teve como base uma pesquisa bibliográfica, subtraindo pontos relevantes e referenciais às emergências pediátricas, como quesito a análise de quais fatores interferem no despreparo dos enfermeiros no atendimento às crianças que são atendidas na unidade hospitalar.

A pesquisa bibliográfica se trata em um método de investigação que permite a avaliação de distintos olhares num contexto em que o objeto de estudo esteja envolvido, levando em consideração a sua história e a sua realidade atual (LAKATOS; MARCONI, 2017).

Tendo uma abordagem qualitativa, onde serão discutidas análises de conteúdo com o tema proposto, caracterizado por divergências, conflitos e visões opostas que acometem a assistência do enfermeiro na pediatria.

Uma abordagem mista, sendo o meio pelo qual o pesquisador realiza uma metodologia de investigação que combina ou associa as duas formas. É mais do que uma simples coleta e análise dos dados, envolve um levantamento simultâneo, […] para melhor entender os problemas da pesquisa (SILVA, 2018, p.7).

A abordagem qualitativa segundo Gil (2012, p. 54), se destaca por “trabalhar com valores, crenças, hábitos, atitudes, representações, opiniões e adequar ao aprofundamento e a complexidade de fatos e processos particulares e específicos a indivíduos e grupos”. A abordagem qualitativa é empregada, portanto, para a compreensão de fenômenos caracterizados por um alto grau de complexidade. No intuito de justificar a fundamentação teórica apresentada para obtenção de conhecimento científico específico, buscou-se artigos, livros, além de revistas científicas e debates das diretrizes na assistência ao trabalho de parto normal, correlacionados com o tema proposto, onde foram elencados informações pertinentes ao desenvolvimento desta monografia.

A base de dados online buscou então, o LILACS, SCIELO e MEDLINE, tendo como descritores de caracteres: enfermagem, emergência pediátrica, saúde pública, entre outros. Os dados foram coletados em artigos nos últimos 5 anos no período de 2019 a 2023, com a seguinte questão norteadora: Assistência de Enfermagem no Serviço de Emergência Pediátrica: com foco no despreparo da Equipe de Enfermagem. Como critério final para coleta de dados, estabelecerá o critério de saturação teórica, ou seja, que nenhum elemento novo dos dados coletados seja captado e o conteúdo captado pelo material empírico foi suficiente para sustentar a teorização.

A análise de conteúdo será adotada para analisar os dados qualitativos. Segundo Bardin, a análise de conteúdo significa três fases operacionais: na primeira fase, pré-análise, leitura flutuante, em seguida, procede-se à compilação do corpus e formulação e reformulação de hipóteses.

A segunda fase, denominada de exame do material de artigos, destaca as unidades de registro para dar continuidade à operação de classificação a fim de atingir o núcleo de compreensão do texto, o que permite a identificação das categorias.

Por fim, na fase de tratamento, os resultados obtidos e interpretados são correlacionados com o suporte teórico do estudo. O levantamento bibliográfico ocorreu entre os meses de janeiro a abril de 2023. Ao todo foram encontrados 42 documentos.

Após a seleção realizada, foram selecionados 31 artigos que contemplaram os requisitos propostos e serviram de embasamento para esta revisão bibliográfica, e 11 foram descartados por não terem aspectos que possuam afinidade ao tema em estudo.

Essa metodologia, que se trata da sistematização da pesquisa, se interessa, de acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p. 13), “pela validade do caminho escolhido para se chegar ao fim proposto pela pesquisa”.

Nesse sentido, a pesquisa usada para dar autenticidade para os questionamentos do estudo foi a pesquisa de cunho descritivo e explicativo, sendo que esse tipo de pesquisa consiste em um trabalho minuciosamente investigativo, elevando o grau de veracidade para um determinado tema Por fim foi alcançada a elaboração da pesquisa junto aos exemplares da biblioteca da FACISA, que teve grande valia para fundamentação teórica. A redação deste estudo apresenta informações obtidas através de uma vasta revisão bibliográfica, observando as pontuações de cada literatura revisada, também como, dando destaque aos pontos de mais preocupações com a relação com a temática. colocar verbo passado.

3. HISTÓRICO DO ATENDIMENTO DE ENFERMAGEMNA PEDIATRIA

3.1. BREVE HISTÓRICO MUNDIAL

A história do atendimento de profissionais de enfermagem na pediatria é uma jornada marcada por desenvolvimento e desafios. No início do século 20, os profissionais de enfermagem cuidavam de crianças com base em conceitos de higiene e tratamento de doenças infecciosas. Com o tempo, houve uma especialização crescente, e os profissionais de enfermagem começaram a receber treinamento específico em pediatria e neonatologia.

Na década de 1960, houve uma mudança para um cuidado mais centrado na família, envolvendo os pais nos cuidados de seus filhos hospitalizados. Nas décadas de 1970 e 1980, houve um aumento no desenvolvimento de padrões de cuidado pediátrico e na pesquisa em enfermagem pediátrica, com ênfase na educação dos pais e na promoção da saúde infantil. (Amthauer; Cunha. 2016).

Segundo Vieria et al ( 2016), a década de 1990 trouxe avanços na tecnologia médica, com profissionais de enfermagem pediátrica lidando com procedimentos e equipamentos mais complexos. O século 21 continuou a impulsionar a enfermagem pediátrica, incorporando pesquisas, tecnologia e cuidados centrados na família. A especialização em enfermagem pediátrica se tornou mais abrangente, incluindo tópicos como cuidados neonatais e pediatria oncológica.

Hoje, os profissionais de enfermagem pediátrica enfrentam desafios complexos, como o aumento de doenças crônicas em crianças e a necessidade de cuidados intensivos pediátricos de alta qualidade. A pandemia de COVID-19 trouxe desafios adicionais, exigindo medidas rigorosas de segurança.

O histórico do atendimento de profissionais de enfermagem na pediatria reflete a importância contínua dessa especialidade na promoção da saúde e no cuidado de crianças. A evolução da enfermagem pediátrica demonstra o compromisso da profissão em se adaptar às necessidades em constante mudança da população pediátrica.

3.2. BREVE HISTÓRICO NACIONAL

O breve histórico nacional dos profissionais de enfermagem na pediatria em serviços de emergência pediátrica no Brasil reflete o desenvolvimento desta especialidade e sua importância crítica na assistência às crianças em situações de urgência e emergência. A enfermagem pediátrica em ambientes de emergência tem evoluído ao longo dos anos para enfrentar as complexidades das condições médicas que afetam as crianças.

Nos primórdios da enfermagem no Brasil, não havia uma especialização formal em enfermagem pediátrica ou serviços de emergência pediátrica, mas as profissionais de enfermagem desempenhavam um papel vital no atendimento de crianças em situações de emergência, mesmo sem treinamento específico. As doenças comuns que afetavam as crianças na época, como diarreias, infecções respiratórias e desnutrição, eram frequentes. (Assis et al., 2015).

Com o passar das décadas, o Brasil viu o surgimento de unidades de emergência pediátrica em hospitais, e os profissionais de enfermagem começaram a receber treinamento mais específico para atender a crianças em estado crítico. Com o aumento da urbanização e dos desafios de saúde pública, incluindo acidentes e traumas, a necessidade de serviços de emergência pediátrica especializada se rasgou

A enfermagem pediátrica em serviços de emergência pediátrica desempenha um papel essencial no atendimento a crianças com uma variedade de condições, como traumas, crises asmáticas, infecções graves, crises convulsivas e outros agravos à saúde. Profissionais de enfermagem em serviços de emergência pediátrica são treinados para fornecer cuidados de alta qualidade em situações de alta imprensa

Ao longo do tempo, a enfermagem pediátrica em serviços de emergência pediátrica no Brasil tornou-se mais especializada e avançada, com a incorporação de tecnologias avançadas, como a monitorização de sinais vitais, a administração de medicamentos de urgência e o suporte avançado à vida. Além disso, os profissionais de enfermagem nessa área desempenham um papel fundamental na orientação e no apoio às famílias, lidando com a angústia e a ansiedade que podem acompanhar situações de emergência pediátrica. (Cardoso. 2016).

3.3. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: A POLÍTICA DE SAÚDE

Diversos fatores podem colocar as crianças em situações de risco que demandam assistência nas unidades de atendimento pediátrico. Entre esses fatores estão as doenças respiratórias, os estados convulsivos, as intoxicações e os acidentes, que frequentemente resultam em traumas, podendo levar à parada cardiorrespiratória. Esta última emergência médica é de extrema importância na área pediátrica.

O papel do enfermeiro que atua nos serviços de saúde é abrangente e inclui ações de promoção, proteção, prevenção, educação em saúde, além de cuidados para tratamento e reabilitação, tanto em escala individual quanto coletiva. Portanto, é fundamental compreender a enfermagem pediátrica na atenção secundária de saúde, reconhecendo a importância dos cuidados e práticas direcionados a essa clientela. (Silva; Oliveira. 2021).

A atuação dos profissionais de enfermagem na pediatria e na emergência pediátrica desempenha um papel crucial nesse contexto. Diante de crianças em situações de risco e com condições médicas graves, os profissionais de enfermagem atuam como parte essencial da equipe de saúde, proporcionando cuidados especializados e humanizados.

Em casos de doenças respiratórias, estados convulsivos, intoxicações e acidentes, a resposta rápida e eficaz da equipe de enfermagem pode ser determinante para a recuperação das crianças. Além disso, a parada cardiorrespiratória, que é uma emergência médica de extrema importância na pediatria, requer intervenções imediatas, nas quais os profissionais de enfermagem desempenham um papel vital na reanimação e estabilização da criança. (Damasceno et al., 2016).

No âmbito da Política Nacional de Atenção Integral à Criança (PNAISC), os profissionais de enfermagem têm a responsabilidade de garantir que as crianças tenham acesso a cuidados de qualidade e de promover a saúde infantil. Isso envolve a realização de ações de promoção, prevenção e tratamento, bem como o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de cada criança.

É fundamental reconhecer o comprometimento dos profissionais de enfermagem na área pediátrica e na emergência pediátrica, uma vez que a saúde e o bem-estar das crianças são uma prioridade inegociável. A atenção dedicada a essa população é um investimento no futuro, assegurando que as crianças cresçam saudáveis e tenham a oportunidade de atingir todo o seu potencial. (Dantas 2015).

Nesse contexto, a qualificação e o aprimoramento contínuo dos profissionais de enfermagem são essenciais. Isso permite que eles estejam preparados para lidar com as situações desafiadoras que podem surgir na pediatria e na emergência pediátrica. Portanto, o investimento em educação e treinamento é uma parte fundamental da garantia de cuidados de qualidade para as crianças em situações de risco.

Assim, a atuação dos profissionais de enfermagem na pediatria é um pilar fundamental para a promoção da saúde infantil e o tratamento de emergências pediátricas. Eles desempenham um papel central na garantia de que todas as crianças tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente das circunstâncias.

3.4. URGÊNCIA E EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

Na área de urgência e emergência pediátrica, a atuação dos profissionais de enfermagem é crucial para garantir o cuidado adequado e eficaz das crianças em situações críticas. Os profissionais de enfermagem precisam estar preparados para lidar com uma ampla gama de situações, desde lesões traumáticas até condições médicas agudas. Isso requer um treinamento constante e atualização de conhecimentos, pois as diretrizes clínicas e protocolos podem evoluir.

Além disso, o ambiente de urgência pediátrica pode ser altamente estressante, e os profissionais de enfermagem devem ser capazes de manter a calma e a precisão sob pressão.

Na urgência pediátrica, a triagem é uma parte crucial do processo. Os profissionais de enfermagem são frequentemente os primeiros a avaliar a gravidade da situação e determinar a prioridade do atendimento. Eles devem ser capazes de identificar rapidamente os casos de maior risco, como insuficiência respiratória, choque ou parada cardiorrespiratória, e iniciar as intervenções apropriadas imediatamente. (Diniz 2016).

Além disso, a comunicação eficaz com as famílias é fundamental. Os profissionais de enfermagem devem ser capazes de explicar de forma clara e compassiva o que está acontecendo com a criança, envolvendo os pais no processo de tomada de decisões sempre que possível. Isso pode ser particularmente desafiador em situações de emergência, quando as famílias estão ansiosas e temerosas.

Dee acordo Gross et al (2021), a administração de medicamentos e a realização de procedimentos invasivos também fazem parte do escopo de prática dos profissionais de enfermagem na urgência pediátrica. Eles devem garantir a segurança da criança durante esses procedimentos, minimizando o desconforto e o risco de complicações.

Além de suas responsabilidades diretas no atendimento à criança, os profissionais de enfermagem desempenham um papel vital na coordenação da equipe. Eles colaboram estreitamente com médicos, técnicos e outros profissionais de saúde para garantir uma abordagem integrada e eficiente.

A urgência e emergência pediátrica é uma área complexa e desafiadora da enfermagem, que exige conhecimentos técnicos, habilidades de comunicação e capacidade de gerenciamento de situações de alta pressão. Os profissionais de enfermagem desempenham um papel essencial na prestação de cuidados de saúde de qualidade às crianças em momentos críticos, contribuindo para salvar vidas e proporcionar conforto em situações de grande estresse. (Gil 2012).

3.5. O DESPREPARO DA ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMÊRGENCIA

O despreparo da equipe de enfermagem em situações de urgência e emergência pediátrica é uma preocupação relevante, uma vez que pode impactar significativamente a qualidade do atendimento oferecido às crianças em estado crítico. Diversos fatores contribuem para essa falta de preparo e devem ser cuidadosamente considerados a fim de promover melhorias no sistema de saúde.

Um dos principais fatores que contribuem para o despreparo é a falta de treinamento específico em urgência e emergência pediátrica. Muitos profissionais de enfermagem recebem uma formação genérica que não aborda adequadamente as complexidades e particularidades do atendimento a crianças em situações críticas. Isso pode resultar em insegurança, falta de conhecimento técnico e dificuldade em tomar decisões rápidas e precisas.(Lakatos; Marconi. 2017).

Além disso, a falta de experiência prática nesse ambiente pode levar a uma sensação de despreparo. A urgência pediátrica apresenta desafios únicos, como a comunicação com crianças e seus familiares, o uso de equipamentos especializados e a administração de medicamentos em doses apropriadas para o peso e idade da criança. Sem experiência prévia, os profissionais de enfermagem podem se sentir desconfortáveis e inseguros.

Outro fator relevante é a alta demanda e a sobrecarga de trabalho nas unidades de urgência e emergência. A falta de pessoal e a pressão por atender um grande número de pacientes em um curto período de tempo podem dificultar a prestação de cuidados de qualidade. Isso pode levar à falta de tempo para uma avaliação minuciosa, erros de medicação e atrasos no atendimento. (Lakatos; Marconi. 2017).

A falta de protocolos claros e diretrizes atualizadas também contribui para o despreparo. Os profissionais de enfermagem precisam de orientações precisas sobre como lidar com diferentes situações clínicas, como crises convulsivas, insuficiência respiratória, parada cardiorrespiratória, entre outras. A ausência de diretrizes claras pode resultar em variações no atendimento e na falta de padronização. (Mekitarian; Angelo. 2015).

A educação continuada e o treinamento específico em urgência e emergência pediátrica são essenciais para abordar esse problema. Os profissionais de enfermagem precisam de oportunidades de aprendizado que lhes permitam adquirir as habilidades e conhecimentos necessários para atender a criança em situações críticas. Além disso, a criação de ambientes de trabalho que promovam a segurança do paciente e a qualidade do atendimento é fundamental.

Em resumo, o despreparo da equipe de enfermagem em urgência e emergência pediátrica é um desafio que deve ser enfrentado com a implementação de treinamento, educação continuada e melhoria das condições de trabalho. A qualidade do atendimento às crianças em situações críticas depende da capacitação e da confiança dos profissionais de enfermagem, o que, por sua vez, impacta diretamente o resultado clínico e a experiência do paciente e de sua família. . (Mekitarian; Angelo. 2015).

4. AÇÕES CORRETIVAS PARA OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM E MELHORAR O SERVIÇO DE SAÚDE; APLICAR ESTAS AÇÕES CORRETIVAS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA

Os serviços de saúde de emergência são vitais para atender a diversas situações críticas, especialmente quando se trata de cuidados pediátricos. Os profissionais de enfermagem desempenham um papel fundamental na assistência a crianças em situações de emergência, mas é essencial garantir que estejam bem preparados e aptos a enfrentar desafios complexos. (Santos et a., 2016).

Segundo Menezes et al (2023) Para aprimorar a qualidade do atendimento de enfermagem em situações de emergência pediátrica, várias ações corretivas podem ser implementadas:

1. Treinamento Contínuo: Oferecer treinamento regular e atualizado em protocolos de emergência é fundamental. Isso deve incluir simulações de cenários de emergência, permitindo que os profissionais pratiquem suas habilidades em um ambiente controlado.

2. Avaliação de Desempenho. Realizar avaliações periódicas do desempenho dos profissionais de enfermagem. Isso ajuda a identificar áreas que requerem melhoria e fornece uma base para feedback construtivo.

3. Supervisão Adequada: Garantir que haja supervisão adequada em todos os momentos nas unidades de emergência pediátrica, especialmente quando profissionais menos experientes estão em serviço. Isso pode ajudar a evitar erros críticos.

4. Padronização de Protocolos: Implementar protocolos padronizados para procedimentos de emergência pediátrica. Todos os membros da equipe devem estar cientes desses protocolos e segui-los rigorosamente.

5. Comunicação Eficaz. Melhorar a comunicação dentro da equipe de enfermagem e com outros profissionais de saúde é essencial. O uso de ferramentas de comunicação eficaz, como checklists, pode ajudar a evitar erros de comunicação.

6. Gerenciamento de Tempo: Treinar os profissionais de enfermagem para gerenciar o tempo eficazmente durante situações de emergência é crucial. Isso inclui a priorização de tarefas com base na gravidade do caso.

7. Apoio Psicológico: Oferecer apoio psicológico aos profissionais de enfermagem que enfrentam situações estressantes é fundamental. Isso pode incluir serviços de aconselhamento e sessões de debriefing após eventos traumáticos.

8. Revisão de Incidentes: Realizar revisões após incidentes críticos ou erros médicos é importante. Identificar as causas subjacentes e implementar medidas para evitar recorrências é vital.

9 Equipamento e Recursos: Garantir que as unidades de emergência pediátrica estejam bem equipadas com todos os recursos necessários e verificar regularmente o funcionamento de equipamentos críticos.

10. Trabalho em Equipe: Promover um ambiente de trabalho colaborativo e de equipe é vital. A comunicação aberta e a cooperação entre os profissionais são essenciais para garantir a segurança dos pacientes.

Apoiar a educação continuada dos profissionais de enfermagem, incentivando a busca por certificações e cursos de especialização em enfermagem pediátrica de emergência. (Ribeiro et al., 2019).

Essas ações corretivas são essenciais para melhorar a qualidade dos serviços de saúde de emergência pediátrica, garantindo que as crianças recebam o atendimento seguro e eficaz de que precisam em momentos críticos. Além disso, contribuem para o desenvolvimento contínuo da enfermagem pediátrica de emergência e a promoção de práticas baseadas em evidências. (Neves 2016).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas profundezas das emergências pediátricas, onde as vidas mais frágeis se encontram em risco, o papel dos profissionais de enfermagem é de extrema relevância. Este estudo nos levou a uma imersão nas complexidades desse ambiente, onde doenças respiratórias, estados convulsivos, intoxicações e traumas são apenas alguns dos desafios enfrentados diariamente.

Ao explorar o histórico mundial dessas situações críticas, ficou claro que a evolução da medicina e dos cuidados de saúde infantil é um processo contínuo. A Política Nacional de Atenção Integral à Criança (PNAISC) representa um marco nesse caminho, demonstrando o compromisso do Brasil em promover a saúde e o bem-estar das crianças. No entanto, também revelou que ainda há um longo percurso a ser percorrido.

Uma das questões mais profundas que emergiram neste estudo é o despreparo da enfermagem em situações de urgência e emergência pediátrica. As crianças que chegam em estado crítico merecem cuidados da mais alta qualidade, e os profissionais de enfermagem têm um papel fundamental nesse processo. Melhorar essa preparação é uma tarefa urgente e de grande importância.

Propomos um mergulho profundo na implementação de ações corretivas. Aprofundar o conhecimento dos profissionais de enfermagem por meio de um projeto de qualificação é essencial. Não se trata apenas de cumprir protocolos, mas de compreender verdadeiramente as nuances das emergências pediátricas. Isso envolve aprimorar a empatia, a comunicação e a capacidade de tomar decisões sob pressão.

Neste estudo, descemos às profundezas das preocupações sobre o atendimento de emergência pediátrica. As crianças merecem uma equipe de enfermagem preparada, dedicada e altamente qualificada para lidar com suas necessidades em momentos críticos. Este mergulho nas águas turbulentas das emergências pediátricas não é apenas uma exploração acadêmica; é um apelo à ação. Cada criança merece uma chance justa e segura de superar esses momentos difíceis, e isso começa com a excelência dos profissionais de enfermagem que as atendem.

Resultados Alcançados

Na busca por alcançar os objetivos traçados neste estudo, podemos afirmar que os seguintes pontos foram atingidos:

Abordagem das Emergências Pediátricas no Hospital Municipal de Itamaraju: Este objetivo foi alcançado ao analisar e discutir as principais emergências pediátricas que possuem maior incidência nesse hospital, incluindo doenças respiratórias, estados convulsivos, intoxicações e traumas. O estudo fornece uma compreensão mais profunda dessas situações críticas e de sua importância.

Apresentação de Ações Corretivas para Profissionais de Enfermagem e Melhoria do Serviço de Saúde: Este objetivo foi igualmente alcançado ao destacar a necessidade de ações corretivas para enfrentar o despreparo da enfermagem em situações de urgência e emergência pediátrica. O estudo apresenta propostas para melhorar a capacitação e o atendimento, incluindo a padronização de procedimentos e fluxogramas de atendimento. Essas ações visam melhorar o serviço de saúde oferecido às crianças em emergências.

Aplicação das Ações Corretivas no Serviço de Emergência: A aplicação direta das ações corretivas no serviço de emergência é uma etapa prática que vai além do escopo deste estudo acadêmico. No entanto, as propostas e diretrizes apresentadas no estudo podem ser utilizadas como base para implementar essas melhorias no atendimento pediátrico.

Apresentação de um Projeto de Qualificação para Profissionais de Enfermagem: O estudo também alcançou o objetivo de apresentar um projeto de qualificação que visa melhorar a formação e a capacitação dos profissionais de enfermagem, em particular os enfermeiros plantonistas no setor de pediatria. Esse projeto é uma peça fundamental para elevar o nível de preparação da equipe de enfermagem.

Portanto, embora a implementação prática das ações corretivas no serviço de emergência e do projeto de qualificação seja uma etapa subsequente, este estudo fornece uma base sólida e informações valiosas para orientar essas iniciativas. O caminho para aprimorar o atendimento de emergência pediátrica está traçado, e a busca pela excelência na enfermagem pediátrica deve ser contínua e comprometida.

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1Artigo apresentado à Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, 2023.

2 Graduanda em Direito pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – E-mail: Diegoandrei387@gmail.com

3 Professor-Orientador. Graduado em Enfermagem no Centro de Ensino Superior do Extremo Sul da Bahiabr