REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ni10202503161420
Priscila Aparecida Vitor
Orientadora: Profª. Janaína Marques da Rocha Freitas
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo descrever a assistência de enfermagem destinada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando a importância do diagnóstico precoce e da atuação de uma equipe interdisciplinar. Foi realizada uma revisão de literatura, com coleta de dados em bases como SCIELO e BVS, abrangendo artigos publicados entre janeiro de 2019 e junho de 2021. Os resultados demonstraram que os enfermeiros desempenham um papel crucial na identificação dos sinais iniciais do TEA e na orientação das famílias, sendo essencial a utilização de instrumentos como o M-CHAT. A pesquisa evidenciou a necessidade de formação contínua dos profissionais de enfermagem para melhorar a qualidade do atendimento e a eficácia das intervenções. Além disso, foram identificadas lacunas nas políticas públicas que limitam o suporte emocional às famílias, ressaltando a importância de uma abordagem integral e humanizada. Conclui-se que a atuação colaborativa entre a equipe de saúde é fundamental para a promoção do bem-estar das crianças com TEA e de suas famílias, e que a capacitação contínua dos enfermeiros é essencial para um cuidado mais eficaz e sensível às necessidades dessa população.
Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Assistência de enfermagem. Diagnóstico precoce. Equipe interdisciplinar. Políticas públicas.
ABSTRACT
The present study aims to describe the nursing care provided to children with Autism Spectrum Disorder (ASD), highlighting the importance of early diagnosis and the role of an interdisciplinary team. A literature review was conducted, with data collected from databases such as SCIELO and BVS, encompassing articles published between January 2019 and June 2021. The results demonstrated that nurses play a crucial role in identifying the early signs of ASD and guiding families, with the use of tools such as the M-CHAT being essential. The research highlighted the need for continuous training of nursing professionals to improve the quality of care and the effectiveness of interventions. Additionally, gaps in public policies were identified that limit emotional support for families, emphasizing the importance of a comprehensive and humane approach. It is concluded that collaborative action among the healthcare team is essential for promoting the well-being of children with ASD and their families, and that ongoing training for nurses is crucial for more effective care that is sensitive to the needs of this population.
Keywords: Autism Spectrum Disorder. Nursing care. Early diagnosis. Interdisciplinary team. Public policies.
1. INTRODUÇÃO
Os Transtornos do Espectro Autista (TEA), também conhecidos como Transtornos Autísticos (TA), são reconhecidos como distúrbios do neurodesenvolvimento que se manifestam por meio de dificuldades na comunicação, na interação social e em comportamentos não verbais em diversos contextos diários. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), há uma estimativa de que cerca de 70 milhões de indivíduos em todo o mundo apresentem algum tipo de autismo, com aproximadamente 2 milhões apenas no Brasil. A prevalência desse transtorno em crianças é significativamente maior em meninos, estimando-se que seja cinco vezes superior à das meninas (SOELTL, 2021).
Embora as causas do TEA ainda não sejam completamente compreendidas, pesquisas apontam para uma combinação de fatores genéticos, ambientais, idade avançada dos pais, além de complicações durante a gestação e o parto (PIMENTA, 2021). Como consequência, os primeiros sintomas do transtorno podem ser observados na infância, com dificuldades de comunicação, comportamentos repetitivos e resistência a mudanças na rotina. É crucial ressaltar que o TEA não se limita a um mero atraso ou interrupção do aprendizado, mas envolve manifestações clínicas de um desenvolvimento atípico e prejudicial. Dessa forma, as manifestações do transtorno podem variar em intensidade, desde leve até severo (ANJOS, 2020).
O diagnóstico do TEA é fundamentado na avaliação clínica das características apresentadas pela criança, que inclui o acompanhamento de seu desenvolvimento e uma entrevista com os responsáveis (DE ARAUJO, 2019). Além disso, anormalidades metabólicas, como alterações nos níveis de serotonina e anomalias no eletroencefalograma, podem ser observadas (SOELTL, 2021). Portanto, é recomendável que o diagnóstico seja realizado por uma equipe interdisciplinar que inclua, no mínimo, um neuropediatra e um psicólogo especializado em distúrbios do neurodesenvolvimento. O papel dos profissionais de enfermagem também é essencial nessa assistência, pois eles atuam na orientação das famílias e nos cuidados diretos aos pacientes com TEA.
Conforme indicado pelo Ministério da Saúde, enfermeiros podem utilizar instrumentos como o M-CHAT, um questionário com 28 questões de resposta simples, destinado a ser preenchido por pais de crianças de 16 a 30 meses durante consultas, e o IRDI (Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil), que abrange 31 indicadores de risco de desenvolvimento (ARAÚJO, 2021). O enfermeiro destaca-se como uma figura crucial no diagnóstico e tratamento de crianças com TEA, devendo estar atento aos sinais apresentados pela criança para proporcionar uma assistência qualificada tanto ao paciente quanto aos seus familiares. Esse processo envolve encorajamento, orientações e a transmissão de segurança durante as intervenções terapêuticas.
O presente trabalho tem como objetivo primário descrever a assistência de enfermagem destinada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Já os objetivos secundários são: Identificar as características clínicas do TEA e suas manifestações em crianças; Analisar a relevância do diagnóstico precoce e a atuação de uma equipe interdisciplinar na assistência a crianças com TEA; Explorar os instrumentos utilizados pelos profissionais de enfermagem, como o M-CHAT e o IRDI, no processo de triagem e acompanhamento do desenvolvimento infantil; Avaliar as intervenções necessárias para proporcionar suporte emocional e orientações às famílias de crianças com TEA.
Esta pesquisa enfrenta riscos e benefícios relevantes. Entre os riscos, destaca-se o recorte temporal, que pode comprometer a qualidade e a atualização das informações sobre o TEA. A coleta limitada de dados e o viés de seleção também são desafios, podendo afetar a análise e a objetividade. Além disso, um foco restrito no período pode distorcer a compreensão das mudanças nas práticas relacionadas ao TEA.
Por outro lado, os benefícios incluem a ampliação do conhecimento sobre a assistência de enfermagem a crianças com TEA, oferecendo insights valiosos para profissionais e pesquisadores. A pesquisa busca promover práticas eficazes, apoiar o diagnóstico precoce e enfatizar a importância de uma abordagem interdisciplinar na assistência. Também contribui para o desenvolvimento de habilidades nas áreas de saúde mental e desenvolvimento infantil, melhorando o suporte a essa população. Assim, embora os riscos necessitem de gestão, os benefícios justificam a realização do estudo.
2. METODOLOGIA
Este estudo caracterizou-se como uma revisão de literatura, de natureza básica, cujo objetivo foi gerar novos conhecimentos que contribuíssem para o avanço científico, sem aplicação prática imediata. Essa abordagem envolveu a investigação de verdades e interesses universais, fornecendo subsídios teóricos para futuras pesquisas.
A coleta de dados foi realizada por meio de acesso online às bases Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizadas combinações de descritores, como “Autismo”, “Assistência de enfermagem”, “Profissionais da saúde” e “Transtorno do espectro autista”.
Os critérios de inclusão abrangeram artigos originais, revisões sistemáticas e revisões narrativas, publicados entre janeiro de 2019 e junho de 2021, nos idiomas português e inglês, e disponíveis na íntegra em meio eletrônico, desde que abordassem a temática proposta. Foram excluídos editoriais, cartas ao editor, artigos incompletos, estudos reflexivos, duplicados, textos em outros idiomas e pesquisas que não fossem pertinentes aos objetivos do estudo. Após a triagem, foram selecionados oito artigos conforme os critérios estabelecidos, abordando a assistência de enfermagem para crianças autistas.
Quanto aos objetivos, tratou-se de uma pesquisa exploratória, que visou aprofundar o entendimento sobre a temática investigada, auxiliando na sua definição e no delineamento do estudo, além de contribuir para a formulação de hipóteses e a identificação de novas abordagens. Esse tipo de pesquisa assumiu formas como pesquisa bibliográfica e estudo de caso (PRODANOV; DE FREITAS, 2013).
DESFECHO PRIMÁRIO
Os resultados esperados em relação ao objetivo primário deste estudo são a descrição clara e detalhada da assistência de enfermagem prestada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa busca evidenciar o papel essencial do enfermeiro no diagnóstico, no tratamento e nas orientações oferecidas às famílias. Espera-se que, ao final do estudo, seja possível compreender de maneira aprofundada como os profissionais de enfermagem atuam no cuidado dessas crianças, com foco no diagnóstico precoce, na implementação de estratégias de cuidado adequadas e no suporte contínuo às necessidades específicas dessas famílias, o que, consequentemente, contribuirá para a melhoria da qualidade do atendimento prestado.
DESFECHO SECUNDÁRIO
Em relação aos objetivos secundários, o estudo espera identificar as principais características clínicas do TEA e suas manifestações em crianças, permitindo uma compreensão mais detalhada da condição. Além disso, busca-se analisar a relevância do diagnóstico precoce e a atuação de uma equipe interdisciplinar no processo assistencial, destacando como essas abordagens colaborativas impactam positivamente o cuidado e a qualidade de vida das crianças com TEA. A pesquisa também pretende explorar os instrumentos de triagem utilizados pelos enfermeiros, como o M-CHAT e o IRDI, a fim de entender como essas ferramentas são aplicadas na prática para monitoramento do desenvolvimento infantil. Outro aspecto relevante é a avaliação das intervenções necessárias para oferecer suporte emocional às famílias, com orientações que ajudem na adaptação e na melhoria das condições de vida das crianças com TEA e seus cuidadores. Por fim, a revisão da literatura existente entre 2019 e 2021 sobre práticas de assistência de enfermagem permitirá uma reflexão sobre as estratégias mais eficazes e a evolução do cuidado, favorecendo a implementação de intervenções precoces mais assertivas.
Essa abordagem detalha como o estudo se propõe a investigar a atuação da enfermagem no contexto do TEA, abrangendo desde a identificação das características clínicas até o suporte emocional às famílias, sempre alinhando os desfechos com os objetivos propostos.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
A Importância da Enfermagem na Identificação Precoce e Assistência à Criança com TEA
Nesta categoria, discute-se sobre as ferramentas que facilitam o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a contribuição do enfermeiro nesse processo. Esse profissional desempenha um papel fundamental desde a atenção primária, participando ativamente do reconhecimento e tratamento do transtorno.
Rodrigues et al. (2017) destacam que o enfermeiro, por meio de seu contato direto com a criança com TEA durante consultas de acompanhamento e desenvolvimento (puericultura), possui uma posição privilegiada para a observação dos sinais iniciais do transtorno. A atenção ao reconhecimento precoce desses sinais, bem como a compreensão das causas multifatoriais e das terapêuticas disponíveis, pode modificar significativamente o prognóstico da criança.
Seize e Borsa (2017) acrescentam que, apesar de o diagnóstico definitivo de TEA ser estabelecido apenas após os três anos de idade, a identificação precoce dos sinais de risco deve ocorrer o mais cedo possível. No Brasil, diversos instrumentos auxiliam nessa identificação, sendo a ferramenta mais utilizada a Escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT), recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria. No entanto, essa escala não é padronizada em todo o território nacional, pois Estados e Municípios possuem autonomia para definir suas próprias diretrizes no processo de identificação precoce e na implementação de estratégias que promovam melhor qualidade de vida às crianças com TEA.
Montenegro (2019) discute a introdução de aplicativos tecnológicos como facilitadores na detecção precoce dos sinais de autismo. Tais ferramentas inovadoras auxiliam no ensino e na aprendizagem sobre a saúde infantil, possibilitando avanços na identificação precoce do TEA. Diante do crescente número de casos e da realidade do diagnóstico tardio, o uso dessas tecnologias pode ser um suporte valioso para os enfermeiros na observação de características comuns ao transtorno.
O enfermeiro que atua no cuidado de crianças com TEA deve desenvolver habilidades específicas, além de conhecimentos técnicos e práticos para adotar estratégias de cuidado que respeitem a singularidade de cada paciente. A abordagem multiprofissional e o uso de terapêuticas adequadas ao grau de comprometimento do transtorno são essenciais, incluindo intervenções farmacológicas nos casos mais graves (RODRIGUES et al., 2017).
Os cuidadores de crianças com TEA enfrentam desafios desde o momento da descoberta do diagnóstico, passando pelo início do tratamento, que exige adaptações na organização da vida familiar. Uma das principais dificuldades é o acesso a serviços especializados e à obtenção do diagnóstico, o que evidencia fragilidades na implementação de políticas públicas voltadas para essa população. A ausência de uma estrutura eficaz na Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS) compromete a assistência integral às crianças com TEA. Assim, a implementação de políticas públicas pode contribuir para a organização da Rede de Atenção à Saúde dessas crianças, promovendo sua inclusão social e a de suas famílias.
Magalhães et al. (2020) explicam que, nos cuidados infantis voltados ao TEA, o enfermeiro desempenha um papel essencial ao acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança durante as consultas, fornecendo acolhimento e garantindo um cuidado integral à criança e à família. Essa abordagem possibilita uma assistência holística, fortalecendo a promoção da saúde e a reabilitação do paciente.
Dessa forma, reafirma-se a importância da atuação da equipe de enfermagem na assistência à criança com TEA. A prestação de um cuidado integral permite a detecção precoce dos sintomas, viabilizando um diagnóstico oportuno e a implementação de um tratamento adequado, minimizando o impacto do transtorno na vida diária da criança e de sua família.
Intervenções de Enfermagem para o Desenvolvimento do Autocuidado em Crianças com TEA
O cuidado, alicerçado nos valores humanos e comportamentos altruístas, desenvolve-se por meio da reflexão sobre a consciência, as crenças, as interações culturais e as experiências de crescimento pessoal (BARBOSA; NUNES, 2019). Diversos autores convergem na definição do autismo como um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por padrões atípicos de desenvolvimento, comportamentos repetitivos, déficits na comunicação e dificuldades nas interações sociais. A enfermagem, por sua vez, caracteriza-se pelo cuidado oferecido a indivíduos em diferentes quadros clínicos, sendo a Teoria do Cuidado Humano uma abordagem científica que valoriza a individualidade de cada pessoa na promoção de assistência de qualidade, dignidade e personalizada. No tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), é essencial compreender que a manifestação dos transtornos varia conforme o indivíduo, sendo responsabilidade do enfermeiro adotar uma visão humanística e identificar as queixas específicas de cada paciente (SOELTL, 2021).
A atenção primária à saúde, particularmente no contexto da Unidade Básica de Saúde (USB), coloca os enfermeiros como protagonistas no cumprimento de suas funções, alinhados a práticas de assistência humanizada, visando minimizar problemas e promover a melhoria na qualidade de vida das crianças e suas famílias, por meio da avaliação do crescimento e do desenvolvimento infantil (BARBOSA; NUNES, 2019). A Teoria do Autocuidado, formulada por Dorothea Orem na década de 1980, estabelece que o enfermeiro deve possuir a competência de discernir as limitações do paciente durante o atendimento individual, incentivando-o na prática do autocuidado para o progresso da saúde. Essa teoria abrange três dimensões: a Teoria do Autocuidado (que propõe que o autocuidado deve ser realizado para benefício próprio e que o enfermeiro deve avaliar a capacidade de autocuidado da criança com TEA), a Teoria da Deficiência do Autocuidado (que envolve a intervenção do enfermeiro quando a necessidade de autocuidado excede a capacidade do paciente) e a Teoria do Sistema de Enfermagem (que se refere à condição atual de autocuidado do paciente e à necessidade de cuidados de enfermagem) (SOELTL, 2021).
Santos (2018) aponta que, à medida que a família e a criança com autismo naturalizam suas experiências, a possibilidade de desenvolver e treinar habilidades de autocuidado torna-se mais acessível. De acordo com Soeltl et al.(2021), é crucial que a equipe de enfermagem compreenda a complexidade do autismo infantil e as relações entre suas causas, a resposta limitada às terapêuticas existentes e o desenvolvimento contínuo dessas terapias. Isso torna a intervenção multidisciplinar mais eficaz, promovendo o autocuidado na infância, conforme as potencialidades e limitações do paciente, além de incentivar sua autonomia nas atividades diárias.
Albuquerque et al. (2017) destacam que os sintomas do autismo variam em cada criança, e que a intervenção terapêutica adequada pode melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente e de sua família. Nesse sentido, as habilidades de comunicação e de interação social são de extrema importância para o bem-estar emocional da criança.
Rodrigues et al. (2017) propuseram, em seu estudo, a técnica das Social Stories como um instrumento de aprendizagem para melhorar a troca de informações entre profissionais de saúde, famílias e crianças com autismo. Essa metodologia, com respaldo na teoria do autocuidado de Dorothea Orem, já é amplamente utilizada em diversos países. O estudo realizado por Rodrigues et al(2017) evidenciou que, por meio de intervenções domiciliares, foi possível melhorar a capacidade de autocuidado da criança, especialmente no que se refere à higiene pessoal, proporcionando maior independência, uma vez que a tarefa passou a ser realizada sem a assistência dos pais. A família desempenha papel crucial na aquisição e manutenção de hábitos de autocuidado, conforme destacado pelos autores.
Outra contribuição significativa para a área foi realizada por Oliveira et al. (2021), que ressaltaram a eficácia da musicoterapia no tratamento de crianças com autismo. A técnica contribui para a melhoria da socialização, comunicação, psicomotricidade e linguagem, promovendo, assim, a independência da criança e diminuindo o isolamento social (BONFIM, 2018). A criança diagnosticada com TEA apresenta características específicas, como a tendência ao isolamento e comprometimento de funções cognitivas e linguísticas. Contudo, intervenções precoces, tanto em instituições de saúde quanto no ambiente domiciliar e escolar, aplicadas de forma sistemática e com a participação do enfermeiro, são fundamentais para o progresso biológico, psicológico e social da criança.
Desenvolvimento Profissional Continuado de Enfermeiros na Assistência ao Autismo Infantil
A capacidade dos enfermeiros em fornecer assistência integral e inclusiva a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é frequentemente comprometida desde a formação acadêmica, devido à falta de disciplinas e práticas específicas voltadas para essa necessidade. Independentemente da especialização, é crucial que o enfermeiro tenha conhecimento sobre o manejo do cuidado psiquiátrico e seja capaz de oferecer uma assistência igualitária e abrangente ao paciente (RIBAS; ALVES, 2020). A educação permanente é uma política que visa o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais de enfermagem, ampliando tanto suas competências técnicas quanto críticas. Essa educação, implementada pela Portaria n° 1.996 de 2007 do Ministério da Saúde, propicia ao enfermeiro a oportunidade de aprimorar sua prática assistencial e oferecer cuidados com mais qualidade, beneficiando tanto o atendimento quanto os resultados laborais (LAVICH, 2017).
A educação permanente, essencial para os enfermeiros, contribui para o desenvolvimento de novas competências e prepara os profissionais para a implementação de práticas eficazes no cuidado de crianças com TEA. Com a capacitação adequada, os enfermeiros podem contribuir para a evolução de cada caso, além de facilitar a identificação precoce do autismo, o que é fundamental para um diagnóstico e tratamento precoces (MARANHÃO, 2019). Estudos revelam que muitas famílias que têm crianças com autismo não conseguem reconhecer ou compreendem de forma inadequada os sintomas, levando à busca por profissionais com capacitação insuficiente, resultando em diagnósticos incorretos. Essa falta de conhecimento sobre os procedimentos e tratamentos adequados distanciam ainda mais as famílias de uma atenção à saúde eficaz (HOFZMANN, 2019).
Dessa forma, o enfermeiro desempenha um papel crucial na identificação precoce dos sinais do TEA. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico, melhores serão as condições para a criança no que tange aos aspectos sociais, comportamentais, de comunicação e no desenvolvimento de habilidades(HOFZMANN, 2019).
Sousa et al. (2018)discutem, em seu estudo, a prática do enfermeiro no acompanhamento de uma criança com autismo, destacando que o profissional deve conhecer a rotina, as dificuldades e a personalidade da criança para reconhecer suas demandas. Eles concluem que, para atender satisfatoriamente às necessidades dessa criança e possibilitar avanços, o enfermeiro precisa estar preparado para realizar intervenções com a criança e sua família. A abordagem de cuidado deve ser adaptada para que a criança consiga aprender o autocuidado e conquistar maior autonomia nas atividades diárias, respeitando suas limitações, personalidade e potencial.
A qualificação e a prática dos enfermeiros são fundamentais na prestação de cuidados a crianças com TEA, sendo necessário que esses cuidados sejam oferecidos de maneira lúdica, promovendo a autoconfiança da criança. A humanização por parte dos profissionais de enfermagem é essencial para garantir que a assistência fornecida seja alinhada às reais necessidades das crianças. Para que a assistência seja eficaz, é indispensável que haja orientação e educação aos pais, além de intervenções sensíveis às demandas da criança e de sua família, permitindo um cuidado mais adequado e assertivo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela de Referências sobre Assistência de Enfermagem a Crianças com TEA
AUTOR(ES) E ANO | TÍTULO DA OBRA | OBJETIVO DA OBRA | PRINCIPAIS RESULTADOS |
Rodrigues et al. (2017) | Autocuidado da criança com espectro autista por meio das Social Stories | Analisar o impacto das Social Stories no desenvolvimento do autocuidado de crianças com TEA. | As Social Stories mostraram-se eficazes na melhora do autocuidado, especialmente na higiene pessoal. |
Seize e Borsa (2017) | Instrumentos para Rastreamento de Sinais Precoces do Autismo: revisão sistemática | Revisar instrumentos de rastreamento para detecção precoce do TEA. | A ferramenta MCHAT é amplamente utilizada, mas sua aplicação no Brasil não é uniforme. |
Anjos (2020) | Ações de enfermagem no acompanhamento de pacientes com transtorno de espectro autista | Investigar o papel do enfermeiro no acompanhamento de crianças com TEA. | A abordagem interdisciplinar é essencial, mas há desafios na capacitação e formação de equipes especializadas. |
Magalhães et al. (2020) | Assistência de enfermagem à criança autista: revisão integrativa | Analisar o papel da enfermagem na assistência a crianças com TEA. | Os enfermeiros carecem de treinamento especializado, dificultando intervenções eficazes. |
Soeltl et al. (2021) | O conhecimento da equipe de enfermagem acerca dos transtornos autísticos em crianças à luz da teoria do cuidado humano | Investigar o conhecimento da equipe de enfermagem sobre TEA. | A maioria dos profissionais apresenta conhecimento limitado sobre TEA, destacando a necessidade de capacitação contínua. |
Montenegro (2019) | Aplicativo sobre a detecção precoce do autismo: uma ferramenta educacional para o ensino em saúde | Desenvolver um aplicativo para auxiliar na detecção precoce do TEA. | A tecnologia pode ser uma aliada, mas enfrenta barreiras devido à falta de padronização no Brasil. |
Ribas e Alves (2020) | O Cuidado de Enfermagem a criança com transtorno do espectro autista: um desafio no cotidiano | Analisar os desafios do cuidado de enfermagem para crianças com TEA. | A falta de formação acadêmica específica sobre TEA prejudica a qualidade da assistência. |
A pesquisa abordou a assistência de enfermagem destinada a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando a importância do diagnóstico precoce, da atuação de uma equipe interdisciplinar e do papel fundamental dos enfermeiros no acompanhamento e tratamento dessa condição. A partir dos resultados obtidos, observou-se a convergência de ideias entre diversos autores que reforçam a relevância de uma assistência integral e individualizada para essa população, mas também surgem divergências e pontos de reflexão que merecem ser discutidos.
Autores como Rodrigues et al. (2017) e Seize e Borsa (2017) concordam que os enfermeiros desempenham um papel crucial na identificação dos sinais iniciais do transtorno, especialmente devido à sua proximidade com as crianças durante as consultas de acompanhamento. A observação detalhada e a utilização de instrumentos como o M-CHAT são ferramentas indispensáveis para esse processo. Rodrigues et al. (2017) ressaltam que, embora o diagnóstico definitivo do TEA só seja possível após os três anos de idade, a detecção precoce dos sinais de risco é fundamental, uma vez que ela possibilita a implementação de intervenções terapêuticas que podem alterar o curso do desenvolvimento da criança.
Seize e Borsa (2017), por outro lado, indicam que, no Brasil, a aplicação da ferramenta MCHAT não é uniforme, já que cada estado e município possui autonomia para adotar diretrizes próprias. Esse cenário pode resultar em discrepâncias na identificação precoce do TEA, impactando diretamente a qualidade do atendimento. Montenegro (2019) corrobora essa ideia, sugerindo que o uso de tecnologias inovadoras para auxiliar na detecção precoce é uma estratégia promissora, mas que também pode encontrar barreiras devido à falta de padronização no país. Assim, surge a reflexão sobre a necessidade de uma uniformização das práticas para garantir uma detecção eficaz e acessível para todas as crianças, independentemente da localidade.
Anjos (2020) e De Araújo (2019) relatam que o diagnóstico do TEA requer uma equipe de profissionais especializados, e o papel dos enfermeiros é essencial, pois eles são os responsáveis por coordenar os cuidados, proporcionar orientações às famílias e monitorar o desenvolvimento da criança. Anjos (2020) sugere que o transtorno deve ser entendido como um fenômeno multifacetado, e a abordagem deve ser integrada, envolvendo neuropediatras, psicólogos e outros especialistas. Contudo, uma importante reflexão surge quando se considera a realidade brasileira, que ainda enfrenta dificuldades na formação de equipes interdisciplinares amplamente capacitadas. Isso limita a eficácia da abordagem integrada, resultando em um atendimento fragmentado que compromete a qualidade da assistência. Magalhães et al. (2020) indicam que, embora os enfermeiros desempenhem um papel fundamental, frequentemente carecem de treinamento especializado em TEA, o que limita suas capacidades no momento da intervenção.
É interessante observar que, enquanto alguns autores como Anjos (2020) defendem uma equipe interdisciplinar com especialistas capacitados, outros, como Rodrigues et al. (2017), apontam a necessidade de uma maior formação dos enfermeiros, pois eles são os profissionais mais acessíveis e com maior tempo de interação com a criança. Isso aponta para uma possível lacuna entre as necessidades de formação da equipe e as realidades práticas do sistema de saúde. A integração de enfermeiros bem capacitados, com conhecimento atualizado sobre o TEA, seria uma estratégia eficaz para otimizar a atuação de toda a equipe.
A literatura revisada também enfatiza que as famílias enfrentam enormes desafios ao lidar com o diagnóstico e a implementação das terapias. Segundo Rodrigues et al. (2017) e Soeltl et al. (2021), o papel do enfermeiro vai além da assistência direta à criança, incluindo também a orientação e o apoio psicológico às famílias, que muitas vezes se veem sobrecarregadas. A falta de suporte emocional adequado pode levar a sentimentos de isolamento e insegurança, dificultando o processo de adaptação familiar ao novo cenário. No entanto, é necessário questionar a escassez de políticas públicas eficazes que ofereçam esse suporte psicológico contínuo às famílias. A ausência de programas estruturados dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), como aponta Magalhães et al. (2020), agrava a situação. Muitas famílias se sentem desamparadas e, em muitos casos, o apoio é restrito ao tratamento da criança, sem uma atenção abrangente às necessidades emocionais da família. Isso levanta a necessidade urgente de políticas públicas que integrem suporte emocional às famílias, garantindo um cuidado integral.
Ribas e Alves (2020) destacam que a formação acadêmica dos enfermeiros frequentemente não inclui disciplinas específicas sobre TEA, o que resulta em uma lacuna significativa no preparo dos profissionais. Esse ponto é corroborado por Lavich (2017), que defende a necessidade de programas de educação permanente para capacitar os enfermeiros para o cuidado especializado. De fato, a educação permanente se apresenta como essencial para o desenvolvimento de competências técnicas e emocionais, permitindo que os enfermeiros estejam melhor preparados para lidar com as especificidades do TEA. Segundo Maranhão (2019), a educação continuada não só aprimora as habilidades dos profissionais, mas também contribui para uma abordagem mais humanizada e eficaz no atendimento. No entanto, como apontado por Hofzmann (2019), a capacitação insuficiente pode levar a diagnósticos errôneos e à implementação inadequada de terapias, prejudicando o tratamento das crianças.
Neste sentido, é crucial destacar que a capacitação contínua não é apenas uma questão técnica, mas também humana. A escassez de formação específica pode afetar diretamente a qualidade do atendimento, e a formação inadequada pode gerar diagnósticos errôneos. Os enfermeiros não apenas precisam de conhecimento técnico, mas também de uma abordagem sensível às necessidades emocionais das crianças e das suas famílias.
Além disso, o enfermeiro, de acordo com Soeltl et al. (2021), deve trabalhar com a criança para promover a independência nas atividades diárias, respeitando suas limitações e potencialidades. A teoria do autocuidado de Dorothea Orem, que fundamenta esse conceito, sugere que o enfermeiro deve avaliar constantemente as necessidades da criança e adaptar suas intervenções para apoiar a autonomia do paciente. Barbosa e Nunes (2019) acrescentam que essa abordagem deve ser integrada à prática de cuidado humanizado, considerando as condições emocionais e psicológicas da criança.
Rodrigues et al. (2017) exemplificam a utilização de técnicas como as “Social Stories” para melhorar a capacidade de autocuidado das crianças com TEA, principalmente em aspectos relacionados à higiene pessoal. Tais intervenções são fundamentais para garantir que a criança desenvolva habilidades essenciais para sua independência. No entanto, a eficácia dessas intervenções pode variar conforme a severidade do transtorno e a colaboração da família, como apontado por Oliveira et al. (2021), que identificam o impacto positivo de terapias complementares, como a musicoterapia, na promoção da socialização e comunicação. A colaboração familiar é essencial, e a adesão das famílias aos programas de intervenção tem um impacto direto no sucesso dessas abordagens.
5. CONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo principal descrever a assistência de enfermagem a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando o papel fundamental dos enfermeiros no diagnóstico precoce, nas intervenções terapêuticas e no suporte às famílias. Os resultados encontrados corroboram a importância de uma abordagem integrada e humanizada, que envolva tanto o cuidado individualizado da criança quanto o apoio contínuo às famílias. A literatura revisada apontou que a atuação do enfermeiro vai além da assistência direta, incluindo a educação, orientação e acompanhamento das famílias, especialmente considerando as dificuldades emocionais enfrentadas por elas.
A pesquisa também abordou de maneira detalhada as características clínicas do TEA e as manifestações típicas dessa condição em crianças, um dos desfechos secundários. A compreensão mais profunda das particularidades do transtorno contribui para o aprimoramento da prática clínica dos enfermeiros e para a implementação de estratégias de cuidado mais eficazes. Além disso, o estudo ressaltou a relevância do diagnóstico precoce e da utilização de ferramentas de triagem como o M-CHAT, conforme descrito nas diretrizes de autores como Rodrigues et al. (2017) e Seize e Borsa (2017), que reforçam a necessidade de uma avaliação constante do desenvolvimento infantil para garantir a detecção oportuna do TEA.
Quanto à atuação de uma equipe interdisciplinar, os resultados evidenciaram a importância de uma colaboração entre os profissionais da saúde, sendo fundamental que os enfermeiros, psicólogos, neuropediatra e outros especialistas trabalhem juntos para oferecer um cuidado completo e eficaz. Esse aspecto foi amplamente discutido, alinhando-se aos desfechos secundários relacionados à análise da atuação colaborativa, que impacta diretamente na qualidade de vida das crianças com TEA.
Outro ponto abordado foi a escassez de políticas públicas e o suporte emocional inadequado às famílias, algo que limita a eficácia do tratamento. A falta de programas estruturados no Sistema Único de Saúde (SUS), como destacado por Magalhães et al. (2020), foi um ponto crítico nas reflexões do trabalho. A pesquisa mostrou que, para que a assistência de enfermagem seja eficaz, é fundamental que os enfermeiros possuam não apenas habilidades técnicas, mas também sensibilidade emocional para lidar com as complexidades do TEA.
Por fim, a análise da literatura recente (2019-2021) forneceu uma visão valiosa sobre as práticas de assistência de enfermagem, permitindo identificar estratégias eficazes e sugerir melhorias contínuas, especialmente no que tange à formação e educação permanente dos profissionais. Essa abordagem integral e contínua, como sugerido por Maranhão (2019), é essencial para garantir que os cuidados prestados sejam cada vez mais assertivos e personalizados às necessidades das crianças com TEA e suas famílias.
Assim, este estudo cumpriu tanto os objetivos primários quanto secundários propostos, fornecendo uma compreensão abrangente da atuação da enfermagem no contexto do TEA e propondo melhorias práticas e acadêmicas para o futuro do cuidado a essa população.
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