ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES ESQUIZOFRÊNICOS NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA¹

NURSING CARE FOR SCHIZOFFERIC PATIENTS IN BASIC HEALTH CARE: AN INTEGRATIVE REVIEW

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7814777


Hellen Cristina Araújo de Oliveira 2
Gleiciane Feitosa3


RESUMO: A esquizofrenia é um grupo de doenças mentais graves caracterizadas por distúrbios do pensamento e da percepção e por efeitos inapropriados, sem prejuízo intelectual. A Estratégia de Saúde da Família é a porta de entrada para a rede de saúde e necessita ter profissionais preparados a todas as demandas, incluindo as de saúde mental. A Rede de Atenção Psicossocial foi criada com o objetivo de integrar o cuidado ordenado a partir da articulação de serviços nos diversos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde. Nesse contexto, o enfermeiro apresenta potencialidades indiscutíveis, mas, também, fragilidades importantes para incorporar as ações de saúde mental em suas atividades cotidianas. Neste contexto, questionou- se quais as evidências científicas acerca da assistência de enfermagem prestada aos pacientes esquizofrênicos no âmbito da atenção básica? O objetivo geral da revisão foi descrever a assistência de enfermagem prestada aos pacientes esquizofrênicos no âmbito da atenção básica. A metodologia do estudo foi uma revisão integrativa de literatura por meio de levantamento bibliográfico, nas bases de dados LILACS, SCIELo e PUBMED. Foram incluídos artigos em português, inglês e espanhol, com publicação feita entre 2018 a fevereiro de 2023, que tivessem os descritores “Esquizofrenia”, “Enfermagem” e “Atenção Primária à Saúde”. Os resultados mostraram que o manejo de pacientes psiquiátricos, o papel dos enfermeiros como membros de uma equipe multidisciplinar, precisa refletir sobre a prática e ampliar a visão profissional, afastar-se das atividades rotineiras do abrigo e do modelo clínico e lutar por uma maior interação e proximidade com os sujeitos. A prática do aconselhamento inclui apoiar as necessidades da família, cuidar da pessoa com doença mental e avaliar a sobrecarga familiar. Além de fornecer informações sobre a doença, incentivar a perseverança e a aderência, apoiar através da escuta, ajudar em tempos de crise, incentivar a família no processo de reabilitação e lidar organicamente com os efeitos colaterais do tratamento. Assim, conclui-se que o enfermeiro desempenha um papel importante no cuidado do paciente esquizofrênico, embora existam dificuldades inerentes à doença, seus cuidados beneficiam não apenas o paciente em tratamento, mas também toda a equipe que faz parte da vida da pessoa.

Palavras–Chave: Esquizofrenia. Saúde mental. Atenção primária. Assistência de enfermagem.

ABSTRACT: Schizophrenia is a group of severe mental illnesses characterized by disturbances of thought and perception and by inappropriate affect, without intellectual impairment. The Family Health Strategy is the gateway to the health care network and needs to have professionals prepared to all demands, including those of mental health. The Psychosocial Care Network was created with the objective of integrating the organized care from the articulation of services in the various levels of care of the Unified Health System. In this context, nurses have unquestionable potentialities, but also important weaknesses to incorporate mental health actions in their daily activities. In this context, the question was asked about the scientific evidence on nursing care provided to schizophrenic patients in primary care. The general objective of the review was to describe the nursing care provided to schizophrenic patients in primary care. The methodology of the study was an integrative literature review by means of a bibliographic survey in the LILACS, SCIELo and PUBMED databases. Articles were included in Portuguese, English and Spanish, with publication made between 2018 and February 2023, which had the descriptors “Schizophrenia”, “Nursing” and “Primary Health Care”. The results showed that the management of psychiatric patients, the role of nurses as members of a multidisciplinary team, needs to reflect on the practice and broaden the professional vision, move away from the routine activities of the shelter and the clinical model and strive for greater interaction and proximity to the subjects. Counseling practice includes supporting the needs of the family, caring for the person with mental illness, and assessing family burden. In addition to providing information about the illness, encouraging perseverance and adherence, supporting through listening, helping in times of crisis, encouraging the family in the rehabilitation process, and dealing organically with the side effects of treatment. Thus, it is concluded that the nurse plays an important role in the care of the schizophrenic patient, although there are difficulties inherent to the disease, his care benefits not only the patient in treatment, but also the entire team that is part of the person’s life.

Keywords: Schizophrenia. Mental Health. Primary care. Nursing care.

1  INTRODUÇÃO

A esquizofrenia é formada por um grupo de distúrbios mentais graves, que não apresenta sintomas, mas é caracterizada por distorções do pensamento, da percepção, por inadequação do afeto sem prejuízo da capacidade intelectual. O paciente esquizofrênico tem a sensação de que seus pensamentos, sentimentos e atos mais íntimos são sentidos ou partilhados por outros. Ele pode desenvolver delírios explicativos de que forças externas influenciam pensamentos e ações, até mesmo de forma bizarra (ANTUNES; MANSO, 2019).

Zanetti et al., (2019) explica que a esquizofrenia tem início a partir de uma desordem hereditária e a existência de familiares consanguíneos com a doença é o principal fator de risco para seu desenvolvimento. Uma das teorias biológicas diz que esses fatores são devidos a uma lesão ou anormalidade nas estruturas cerebrais e deficiência em neurotransmissores. Esse transtorno atinge cerca de 1% da população e normalmente tem seu início antes dos 25 anos de idade (REIS et al., 2021).

Neste contexto, a partir do movimento da reforma psiquiátrica, no Brasil, a assistência em saúde mental sofreu mudanças positivas, adotando a reabilitação psicossocial como vetor fundamental para o processo de reinserção do paciente esquizofrênico novamente à sociedade, com o apoio mútuo e contínuo dos profissionais da saúde, pacientes e familiares (BRASIL, 2020).

Desse modo, ao que concerne à Enfermagem, esta é uma profissão cuja essência é cuidar do ser humano nos seus diferentes aspectos, acompanhando-o no processo saúde-doença, tendo em vista a promoção, prevenção e recuperação da saúde das pessoas. É fundamental que o enfermeiro conheça com profundidade a sintomatologia e modo de tratamento de pacientes esquizofrênicos. Além disso, assessorar seus familiares é primordial, pois quando a doença é bem compreendida, há grande melhora na qualidade de vida do paciente (SPAGOLLA; COSTA, 2021).

Santos, Marques e Souza (2019) enfatizam que a equipe de enfermagem deve buscar nas unidades de saúde ações de formação de grupo e educação em saúde para a família e o paciente esquizofrênico, ressaltando a importância da atuação da enfermagem no processo educativo. Segundo eles, a equipe de enfermagem deve atuar de forma específica e em conjunto com outros profissionais de saúde, buscando a socialização do paciente e, ao mesmo tempo, atuando em terapia e condutas adequadas para contribuir na recuperação deles. Deste modo, os cuidados ofertados aos pacientes devem promover assistência humanizada e estabelecimento do vínculo enfermeiro-paciente, proporcionando um acolhimento efetivo (REIS et al., 2021).

Frente a estas assertivas, questiona-se quais as evidências científicas acerca da assistência de enfermagem prestada aos pacientes esquizofrênicos no âmbito da atenção básica?

O que acontece na prática é que, muitas vezes, o profissional de enfermagem não se sente preparado para atender o paciente esquizofrênico, seja por achar que não conhece bem a doença ou pela estigmatização que a própria sociedade ainda faz sobre os transtornos mentais. Santos, Marques e Souza (2019) destacam o papel do enfermeiro, na teoria e na prática, para a conscientização dos familiares sobre a esquizofrenia, de modo a viabilizar as necessidades do paciente, facilitar a lida diária, proporcionar convívio agradável e um tratamento digno a esse indivíduo (ZAREA et al., 2018).

Portanto, o objetivo geral desse estudo é descrever o papel do enfermeiro nos cuidados aos pacientes esquizofrênicos no âmbito da atenção básica. E, especificos verificar os desafios do processo de enfermagem desses pacientes e descrever a sistematização assistemática de enfermagem aos pacientes com esquizofrenia vinculados a atenção básica de saúde.

2  MATERIAL E MÉTODOS

Trata se de uma revisao integrativa da literatura. Segundo Souza et al., (2010) diz que a revisão integrativa é um método em que se proporciona a síntese de conhecimento e a inserção da prestabilidade de resultancias e de aquisiçoes significativas nas atividades apuradas em prática.

Para elaboração da questão norteadora utilizou-se a estratégia PICo (AROMATARIS; MUNN, 2020) onde P Pacientes com esquizofrenia; I – Condutas de enfermagem / Assistência de Enfermagem; Co – Atenção básica de saúde / Atenção Primária em Saúde. Foi então estabeleciado a seguinte questão norteadora: Quais as evidências científicas acerca da assistência de enfermagem prestada aos pacientes esquizofrênicos no âmbito da atenção básica? A busco ocorreu nos meses de fevereiro e março de 2023 nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Pubmed e na biblioteca virtualScientific Electronic Library Online (SciELO).

Para compor a averiguação de dados, foi aviado através das combinações dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Esquizofrenia, Enfermagem, Atenção Primária à Saúde. Na base de dados LILACS e na biblioteca virtual SciELO utilizou-se os descritores em saúde (DECS): Esquizofrenia; “Cuidados de Enfermagem”; “Assistência de Enfermagem”; “Atenção Primária à Saúde”; “Atenção Básica”; “Atenção Primária em Enfermagem”; Atenção Básica em Enfermagem”. Na base de dados Pubmed foram utilizados os seguintes descritores (MESH): Nursing; “Primary Care Nursing”; Schizophrenia.

Foram adotados os seguintes critérios de inclusão: estudos originais que respondessem à questão norteadora, disponibilizados na íntegra, em qualquer indioma, e no recorte temporal de 2018 a 2023. Foram excluídos os editoriais, cartas ao editor, resumos, opinião de especialistas, revisões, resenhas, livros, capítulos de livros, teses e dissertações. O Preferred Reporting Items for systematic reviews and meta-analyses (PRISMA) foi utilizado para estabelecer a busca nas bases de dados e na biblioteca virtual. (PAGE et al., 2021).

Os resultados da busca geraram 09 artigos utilizados para compor este estudo, com recorte temporal entre 2018 a 2023, prevalecendo os artigos de 2019. Sobre as bases de dados, foram indexados artigos Lilacs (n= 48), Scielo (n=128) e Pubmed (n=17). A análise minuciosa desta seleção foi descrita na figura 1.

Figura 1 – Representação esquemática do fluxograma da seleção dos artigos, segundo o método de PRISMA.

Fonte: (PAGE et al., 2021).

3  RESULTADOS

Foram encontradas 193 publicações na referida data na base de dados da BVS, após excluir 142 referências não incluídas após leitura do título e/ ou não está disponível na íntegra, assim foi aplicado filtros e palavras chaves, sendo avaliados 51 artigos, artigos excluídos após análise do resumo 12 artigos. Restaram 39 artigos selecionados para avaliação completa, depois de uma leitura seletiva, os artigos excluídos após analise completa e/ou duplicação nas bases de dados foram eliminados 30, no qual foram sendo selecionadas 09 publicações para esta revisão integrativa.

O quadro 1 apresenta as informações referentes aos dados de identificação dos artigos incluídos no estudo. Cada um dos trabalhos recebeu um código de apresentação (ID) que vai de A1, A2, A3… até A9. Além disso, para melhor esclarecer o leitor, os achados foram apresentados de acordo com seus respectivos autores, resultados e conclusão.

Quadro 01 – Síntese dos artigos incluídos

Autor/anoMétodoAssistência de enfermagemDesafios de enfermagem
A1Lima et al., (2022)Estudo exploratório descritivo, qualitativoEvidenciou-se que os profissionais não conseguem organizar suas percepções acerca da relação com o paciente, devido à falta de suporte teórico e método para estabelecê-la, limitam-se a uma interpretação baseada no senso comum, que é uma fase para a constituição da ciência da enfermagem.A assistência à saúde mental nos centros de atenção primária enfrenta uma série de desafios, como a ansiedade e incompetência relatadas por profissionais que estão em contato direto com um grande número de pessoas (tradicionalmente chamados de “loucos”), juntamente com treinamento e desenvolvimento de habilidades insuficientes. a enfermagem em saúde mental deve se basear nos princípios da reforma psiquiátrica brasileira e da política nacional de humanização para alcançar a qualidade e proporcionar um atendimento humanizado.
A2Rosa et al. (2021)Estudo de abordagem qualitativa pautado pelo método investigativo psicanalíticoNa estrutura da assistência psicossocial, a construção de um novo espaço social para pessoas com distúrbios mentais e a transformação das práticas institucionais às quais geralmente eram submetidas sob a égide do modelo centrado na hospitalização, hegemônico no país até o início dos anos 2000.Verificou-se que, de modo não- consciente, o usuário com diagnóstico de esquizofrenia é representado negativamente no imaginário coletivo dos participantes, pois é visto como alguém inconveniente, que cria alvoroço e desperta medo, sobretudo devido à sua “agitação” supostamente típica.
A3Cardoso (2020)Pesquisa descritiva e exploratóriaA enfermagem tem que desenvolver-se na área psiquiátrica e investir em pesquisa visto que tem pouco a trabalhos científicos publicados sobre o tema melhorando assim a assistência prestada, pois a mesma será baseada em conhecimento específico de Enfermagem   Ao desenvolver os cuidados é fundamental que o profissional reconheça os fatores relevantes para desenvolvê-lo e atentar-se a necessidade de ajudar o paciente e sua família a conhecer melhor a doença. a enfermagem deve ser orientada por uma estrutura teórica que respeite as necessidades e os direitos de todos os pacientes como seres humanos. os enfermeiros desempenham um papel ativo na equipe multidisciplinar, não mais realizando ações técnicas, mas atuando com autonomia profissional e assistindo ativamente os pacientes com distúrbios mentais.
A4Brusamarello et al., (2020)Pesquisa qualitativa descritivaos dados demonstraram que a assistência voltada para a reintegração social, o desenvolvimento da autonomia do sujeito, a convivência e a comunicação com o outro, a participação grupal e o desenvolvimento do pragmatismo. o atendimento humanizado e o estabelecimento de uma relação enfermeiro-paciente são fatores que contribuem para uma admissão efetiva.Há necessidade de sistematização do cuidado e realização de educação permanente com foco nos conhecimentos em especial, da relação interpessoal visando uma prática de enfermagem efetiva.
A5Oliveira et al., (2019)Estudo transversal.   Os cuidados de enfermagem devem incluir habilidades que promovam uma relação de ajuda profissional com o paciente assistido, tais como comunicação eficaz, respeito, empatia e a capacidade de não julgar a outra pessoa. Acolher e construir um plano terapêutico holístico, minimizando a fadiga psicomotora do paciente, implementando feedback positivo para superar dificuldades, apoio intelectual, promovendo escuta ativa e comunicação efetiva, mediando confrontos interpessoais, promovendo uma relação de ajuda profissional, além de realizar atividades voltadas ao cuidado físico, como tomar medicamentos, monitorar e observar o comportamento do paciente, compõem a prática de enfermagem.Os enfermeiros resolvem os problemas que lhes são colocados tanto pelos técnicos de enfermagem quanto pelos médicos
A6Casaleiro (2019)Revisão de literaturaOs serviços técnicos de saúde mental acompanham o paciente e a família, promovendo o bem-estar familiar, minimizando o congestionamento e garantindo a segurança e a tranquilidade de todos os envolvidos.A intervenção familiar mostra-se uma estratégia eficaz para a diminuição da sobrecarga do cuidador da pessoa com esquizofrenia.
A7D’ Assunção (2019Estudo de natureza descritiva, qualitativaA equipe interdisciplinar promove novas formas de assistência: cuidados grupais e individuais, oficinas, atividades físicas e lúdicas. Eles auxiliam no tratamento biopsicossocial e no processo de reintegração social, garantindo a convergência com os serviços de atendimento e a comunidade, e colaborando na adesão bem-sucedida à terapia.É preciso que os profissionais sejam agentes de mudança em relação a conhecimentos do imaginário social que continuam a prejudicar a inserção do portador de esquizofrenia na sociedade.
A8Ferraz (2019)Estudo bibliográficoA assistência de enfermagem está focada na promoção da saúde mental, na prevenção da enfermidade mental, na ajuda ao doente a enfrentar as pressões da enfermidade mental e na capacidade de assistir o paciente, a família e a comunidade, ajudando-os a encontrar o verdadeiro sentido da enfermidade mental. A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) permite o planejamento individualizado da assistência a pessoas com distúrbios mentais e funciona como uma ferramenta eficaz e importante na assistência de enfermagem psiquiátrica.Devem-se os profissionais de Enfermagem, antes de tudo, estar seduzidos pelo trabalho para desconstruir representações sobre o cliente com sofrimento psíquico oriundas, sobretudo, do paradigma psiquiátrico, que tem noções de periculosidade e de incapacidade como eixos definidores das ideias de louco e loucura. Precisa-se ter um projeto definido e, ao mesmo tempo, permitir-se à experimentação por meio do exercício cotidiano e permanente da reflexão crítica e autocrítica
A9Martins et al., (2018)Estudo de abordagem descritiva, qualitativaOs entrevistados referiram procurar um acolhimento diferenciado, com mais cautela, apesar de relatar dificuldades em conhecer a doença, em como lidar com ele. A dificuldade de referência e contra-referência, ou seja, o encaminhamento desse paciente, a dificuldade em lidar com medo e o receio, deixando interferir na qualidade do cuidado prestado, na maioria das falas, esse cuidado fica limitado a acolher, a uma escuta, a manutenção da medicação já passada ao paciente em situação prévia envolto de receio e preconceito.Por parte do profissional o sentimento mais prevalente relatado é o medo, a insegurança, a falta de conhecimento que interferem na atuação ligada além da educação continuada, deficiente interesse sobre o tema e preconceito levando à dificuldade na abordagem à este paciente e também a referência e contra referência adequada.
Fonte: A autora, 2023

4  DISCUSSÃO

Diante a análise dos estudos, ascenderam dois núcleos temáticos: núcleo I: Assistência de enfermagem a pacientes com esquizofrenia; núcleo II: Desafios da assistência de enfermagem nos cuidados a pacientes com esquizofrenia.

Núcleo I Assistência de enfermagem a pacientes com esquizofrenia

Através das leituras realizadas nos estudos selecionados compreende-se que na assistência à pacientes psiquiátricos, os enfermeiros desempenham um papel fundamental em um processo de humanização que visa melhorar a qualidade do cuidado, pois valorizam os hábitos e a cultura do indivíduo e reconhecem seus direitos. Os enfermeiros, juntamente com outros membros da equipe, desempenham um papel fundamental no cuidado e gestão do estigma da esquizofrenia, em todas as etapas do tratamento e recuperação dos pacientes (BARRETO et al., 2018).

Em (A7) os autores mencionam que ao tratar pacientes psiquiátricos com humanidade, os enfermeiros podem ser mais eficazes quando confrontados com novas situações na vida cotidiana, eles serão capazes de criar um ambiente de apoio e proporcionar um ambiente de tratamento para o paciente que sofre de angústia psiquiátrica.

Nos resultados do (A8) pode-se observar que as mudanças ao longo dos anos no campo da saúde mental levaram a uma reorganização dos serviços de saúde, criando redes que oferecem mudanças no gerenciamento de pacientes com angústia mental, facilitando sua reintegração na sociedade, através de níveis de cuidado e complexidade.

O atendimento a pessoas com angústia psicossocial é uma das tarefas dos serviços de saúde, especializados ou não no atendimento à saúde mental, tais como os centros de atendimento psicossocial (CAPS) e o atendimento primário de saúde (UBS). Na estrutura da assistência psicossocial, a construção de um novo espaço social para pessoas com distúrbios mentais e a transformação das práticas institucionais às quais geralmente eram submetidas sob a égide do modelo centrado na hospitalização, hegemônico no país até o início dos anos 2000 (A2).

Segundo Girade e Stefanelli (2022), o papel dos enfermeiros na rede de assistência psicossocial é complexo e pode ser exercido em cuidados primários, cuidados psicossociais especializados, cuidados agudos e de emergência, cuidados residenciais transitórios, cuidados residenciais e estratégias de desinstitucionalização, além da reabilitação psicossocial, permitindo a discussão coletiva de casos e tomada de decisões, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a adoção de medidas transversais entre equipes médicas em diferentes níveis da rede de saúde.

Nos resultados do (A3), como a esquizofrenia não é sinônimo de violência, é essencial conhecer os problemas que os pacientes esquizofrênicos enfrentam em sua vida diária e entender como os enfermeiros vão trabalhar com esses pacientes e suas famílias. Eles devem mostrar à comunidade que, com tratamento e cuidados adequados, um paciente com esta doença pode viver satisfatoriamente em um ambiente social e promover a integração social e familiar (ZANETTI, 2019).

A assistência de enfermagem está focada na promoção da saúde mental, na prevenção da enfermidade mental, na ajuda ao doente a enfrentar as pressões da enfermidade mental e na capacidade de assistir o paciente, a família e a comunidade, ajudando-os a encontrar o verdadeiro sentido da enfermidade mental. Historicamente, o enfermeiro da saúde mental tem tido um papel de supressão e supervisão, entretanto, a reforma psiquiátrica mudou o atendimento desses pacientes enfatizando a reintegração social, o desenvolvimento da autonomia do sujeito, a convivência e a comunicação com o outro, a participação grupal e o desenvolvimento do pragmatismo contempla o estudo de (A4; A8).

Hirdes (2019) enfatiza que a abordagem do enfermeiro deve usar empatia seguida pelo uso de palavras claras, diretas e simples; questionar cuidadosamente o conteúdo trazido pelo paciente para distinguir entre ilusão e realidade, trazer o paciente de volta à realidade, observar,

ouvir e acrescentar cuidadosamente o conteúdo real; intervir na diferenciação entre ilusão e realidade; evitar julgar comportamentos estranhos, respeitar o paciente.

A equipe interdisciplinar promove novas formas de assistência: cuidados grupais e individuais, oficinas, atividades físicas e lúdicas. Eles auxiliam no tratamento biopsicossocial e no processo de reintegração social, garantindo a convergência com os serviços de atendimento e a comunidade, e colaborando na adesão bem-sucedida à terapia (A7).

(A6), mostram que o papel dos enfermeiros no cuidado de pacientes psiquiátricos em uma equipe multidisciplinar requer uma reflexão sobre a prática e uma visão profissional ampliada, afastando-se das atividades diárias do abrigo e do modelo clínico e buscando maior convergência e interação com os sujeitos a quem atendem, através de novos modelos de atendimento. Neste contexto, (A6) ainda destacou que os serviços técnicos de saúde mental acompanham o paciente e a família, promovendo o bem-estar familiar, minimizando o congestionamento e garantindo a segurança e a tranquilidade de todos os envolvidos.

Da mesma forma, Reis et al., (2021) destaca que são competências do enfermeiro: apoiar as demandas da família, cuidar da pessoa com doença mental e avaliar o ônus para a família. Também é responsável por fornecer informações sobre a doença, incentivar a perseverança e a adesão, apoiar através da escuta, ajudar nos momentos de crise, incentivar a família no processo de reabilitação e gerenciar os efeitos colaterais do tratamento em termos biológicos.

Dessa forma, (A5) afirma que os cuidados de enfermagem devem incluir habilidades que promovam uma relação de ajuda profissional com o paciente assistido, tais como comunicação eficaz, respeito, empatia e a capacidade de não julgar a outra pessoa.

Vidbeck (2012) complementa os resultados do artigo supramencionado acrescentado que, o enfermeiro pode participar de várias atividades como visitas domiciliares, trabalho em grupo com os pacientes em oficinas com atividades que promovem o controle emocional. O controle emocional é importante porque estes pacientes tendem a se sentir desconfortáveis na presença de outros, o que requer a intervenção da enfermeira para que eles não se retirem, e isto muda suas interações na comunidade, permitindo que estes pacientes exerçam sua capacidade de controlar e resolver suas emoções. Além disso, estes pacientes podem ser muito sensíveis à sua autoestima e reagir com emoções exageradas. O cuidado de enfermagem visa ajudá-los a usar seus pontos fortes e qualidades em uma determinada situação, dando-lhes feedback positivo sobre sua capacidade de lidar com a situação, tornando-os conscientes de sua autoestima.

(A4) descobriu que os enfermeiros são responsáveis pela maioria das admissões de pacientes com distúrbios mentais em serviços especializados. Portanto, o atendimento humanizado e o estabelecimento de uma relação enfermeiro-paciente são fatores que contribuem para uma admissão efetiva.

Destarte, percebe-se que os enfermeiros desempenham um papel importante na construção de um plano terapêutico de acordo com as necessidades do indivíduo. Para (A8), A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) permite o planejamento individualizado da assistência a pessoas com distúrbios mentais e funciona como uma ferramenta eficaz e importante na assistência de enfermagem psiquiátrica.

Nesta perspectiva, Lima, Garcia e Toledo (2021), destacam que a prevalência dos diagnósticos de enfermagem na assistência psiquiátrica está relacionada aos sentimentos do paciente atendido, ou seja, ansiedade, medo, tristeza, agressividade, estresse, negação e relações familiares.

Ainda segundo os autores supramencionados, algumas das intervenções de enfermagem mais comuns no cuidado da saúde mental, como por exemplo: clarificação do tratamento, conscientização dos riscos físicos e emocionais, encorajando a saída da sala, dar conselhos sobre higiene do sono, envolver os membros da família no tratamento, encorajar e oferecer escolhas quando possível, prevenir o esgotamento físico e mental do paciente, fornecer feedback positivo sobre como lidar com o problema, dar apoio emocional, encorajar a estimulação cognitiva, orientar o comportamento apropriado, escutar ativamente e intermediar conflitos interpessoais ( LIMA; GARCIA; TOLEDO, 2021).

A reforma da psiquiatria promoveu a autonomia do paciente, historicamente, o enfermeiro da saúde mental desempenhou apenas um papel repressivo e supervisor. Com a criação do CAPS e do NAPS, o atendimento aos usuários com distúrbios mentais tornou-se acessível, permitindo um atendimento eficaz, humanizado e centrado no paciente. Esta reestruturação do sistema de saúde mental facilita a reintegração do indivíduo na sociedade, buscando uma nova perspectiva de atendimento (HIRDES, 2019).

Como argumentado por Santos, Marques e Sousa (2019), o papel do enfermeiro pode ser desempenhado em todos os níveis de atendimento a pacientes com esquizofrenia. Assim, os cuidados de enfermagem devem se concentrar na busca de interações, promovendo a proximidade entre a equipe e o paciente, permitindo um atendimento humanizado.

O cuidado de enfermagem, além de seu caráter assistencial, como a administração de medicamentos, monitoramento comportamental, aderência a medicamentos, dentre outros, deve incluir o esclarecimento de dúvidas sobre o estado do paciente e seu comportamento, deve incluir o esclarecimento de dúvidas sobre toda a fase terapêutica, riscos emocionais, promoção da autonomia do paciente, avaliações para monitorar a evolução, além de ouvir os familiares.

Acolher e construir um plano terapêutico holístico, minimizando a fadiga psicomotora do paciente, implementando feedback positivo para superar dificuldades, apoio intelectual, promovendo escuta ativa e comunicação efetiva, mediando confrontos interpessoais, promovendo uma relação de ajuda profissional, além de realizar atividades voltadas ao cuidado físico, como tomar medicamentos, monitorar e observar o comportamento do paciente, compõem a prática de enfermagem (A5).

Assim, a assistência de enfermagem deve ser orientada por material científico que vise respeitar o paciente esquizofrênico em todas as suas dimensões, com base nos conceitos da reforma psiquiátrica brasileira.

Núcleo II – Desafios da assistência de enfermagem nos cuidados a pacientes com esquizofrenia

O enfermeiro é um profissional indispensável na equipe de cuidados primários e desempenha um papel de suma relevância no cuidado da saúde mental. Portanto, eles devem ser treinados para apoiar as pessoas com transtornos mentais e suas famílias a partir de uma perspectiva de promoção da saúde (NUNES et al., 2020).

Porém, (A9) destaca que nos resultados do estudo, o sentimento mais prevalente relatado pelos enfermeiros foi o medo, a insegurança, a falta de conhecimento que interferem na atuação ligada além da educação continuada, deficiente interesse sobre o tema e preconceito levando à dificuldade na abordagem à este paciente e também a referência e contra referência adequada. Logo, com as mudanças no conceito de saúde mental no decorrer do tempo, a satisfação dos profissionais de saúde mental (enfermeiros) com sua contribuição para a ressocialização dos pacientes mostrou que este trabalho é muito difícil, pois requer tempo e recursos, mas que os resultados positivos são satisfatórios.

O surgimento do atendimento psiquiátrico aberto foi acompanhado pela necessidade de reestruturar os modelos de trabalho e, portanto, o projeto terapêutico institucional. Neste sentido, a enfermagem também precisa se afastar de um modelo médico e adotar uma posição terapêutica baseada em expectativas humanistas e autonomia profissional (SANTOS 2018).

(A1) mostrou nos resultados que apesar de ser considerado necessário pelos profissionais de saúde e pesquisadores, a assistência à saúde mental nos centros de atenção primária enfrenta uma série de desafios, como a ansiedade e incompetência relatadas por profissionais que estão em contato direto com um grande número de pessoas (tradicionalmente chamados de “loucos”), juntamente com treinamento e desenvolvimento de habilidades insuficientes.

Silva et al., (2019) lembra que mesmo apesar dos avanços da farmacoterapia e de um novo paradigma de reabilitação psicossocial que promove um processo de convivência social entre pessoas com distúrbios mentais, os profissionais de saúde demonstram falta de conhecimentos ou habilidades para trabalhar com pessoas com esquizofrenia e suas famílias.

Reis et al., (2021) descobriram que os enfermeiros muitas vezes têm dificuldade em fornecer cuidados de enfermagem a pessoas com esquizofrenia devido às características do distúrbio, o que causa ansiedade nesses profissionais e dificulta o estabelecimento da comunicação interpessoal. O contato direto com pacientes psiquiátricos expõe enfermeiros e cuidadores ao estresse constante, levando à insatisfação no trabalho devido às longas horas de trabalho (NUNES et al., 2020).

Zanetti et al., (2019), observam que os enfermeiros têm dificuldades em cuidar de pacientes heteroagressivos com delírios e alucinações. As consequências dos cuidados ineficazes podem ser observadas através do fenômeno da readmissão psiquiátrica, que parece confirmar as falhas das intervenções em andamento. O tratamento farmacológico administrado a pessoas com esquizofrenia pode aumentar o risco de doenças físicas comorbidas (PUPO et al., 2020). (A8) mostra, com base em dados, que há pouca pesquisa sobre este tópico, o que contribui para que os cuidados de enfermagem para pacientes com distúrbios mentais sejam prestados fora do contexto proposto pela Reforma Psiquiátrica.

De acordo com (A1) e (A3), a enfermagem em saúde mental deve se basear nos princípios da reforma psiquiátrica brasileira e da política nacional de humanização para alcançar a qualidade e proporcionar um atendimento humanizado. Nesta perspectiva, a enfermagem deve ser orientada por uma estrutura teórica que respeite as necessidades e os direitos de todos os pacientes como seres humanos, uma vez que nos resultados do (A3) relata que desde a reforma da psiquiatria, os enfermeiros desempenham um papel ativo na equipe multidisciplinar, não mais realizando ações técnicas, mas atuando com autonomia profissional e assistindo ativamente os pacientes com distúrbios mentais.

Observou-se que os enfermeiros temem a atenção e o acolhimento dos cuidadores da saúde mental. Essas práticas e percepções afetam e atrasam os avanços necessários no campo da Reforma Psiquiátrica e comprometem o estabelecimento de uma rede de assistência psicossocial (RAPS), pois ela só pode existir efetivamente em combinação com outros serviços de saúde (NUNES et al., 2020).

Por outro lado, dada a esmagadora rotina enfrentada pela equipe de enfermagem, (A5) afirma que os enfermeiros resolvem os problemas que lhes são colocados tanto pelos técnicos de enfermagem quanto pelos médicos. Assim, os enfermeiros frequentemente realizam atividades destinadas a fornecer cuidados físicos, como a administração de medicamentos, monitoramento e observação do comportamento dos pacientes (A2).

No mesmo contexto, Martins et al., (2018) concluem que a enfermagem só será ativa quando os profissionais colocarem em prática os conhecimentos científicos adquiridos, reduzindo assim o abandono da profissão, devido às particularidades da patologia e à falta de conhecimento especializado.

5 CONCLUSÃO

Ao fim desta revisão, pode-se compreender mais sobre a evolução dos tratamentos psiquiátricos e um pouco mais sobre os distúrbios esquizofrênicos. Acima de tudo, este trabalho nos permitiu ter uma visão holística do trabalho de enfermagem no gerenciamento destes pacientes, e não apenas uma visão técnico-médica. Como pode-se ver, a SAE favorece um bom prognóstico.

Além disso, é igualmente importante que os melhores cuidados sejam individualizados e humanizados, apoiando o paciente como um ser único e respeitando suas necessidades biopsicossociais. É evidente que os cuidados de enfermagem não são necessariamente prestados somente por meios técnicos, em uma cama de hospital ou em uma clínica ambulatorial, dada a capacidade do paciente esquizofrênico de viver com sua família e seu ambiente social após a reforma psiquiátrica.

Escuta atenta, respeito, disposição para interagir, confiança e comunicação são elementos a serem utilizados na prestação de cuidados qualificados, especialmente com pacientes psiquiátricos.

A importância da sistematização dos cuidados de enfermagem no processo terapêutico destes pacientes pode ser destacada, pois ao seguir cuidadosamente seus passos, o enfermeiro tem uma visão mais holística e humanizada, pois pode identificar os desejos do paciente, desenvolver planos de cuidados e até mesmo observar se estes planos estão produzindo os resultados desejados.

A esquizofrenia não tem a mesma importância que outras doenças, pois não é bem conhecida e está rodeada de muitos mitos e estigmas, o que acaba causando mais sofrimento à pessoa esquizofrênica e sua família, que tem que aprender a lidar com as consequências da doença.

Assim o enfermeiro desempenha um papel importante no cuidado do paciente esquizofrênico, embora existam dificuldades inerentes à doença, seus cuidados beneficiam não apenas o paciente em tratamento, mas também toda a equipe que faz parte da vida do paciente.

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1 Artigo apresentado ao Curso de Bacharelado em Enfermagem do Instituto Ensino Superior do Sul do Maranhão/Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão
2 Graduanda em Enfermagem pelo Instituto Ensino Superior do Sul do Maranhão/Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão. E-mail: Ha3420245@gmail.com
3 Orientadora. Mestra em Saúde da família. E-mail: Gleicianemadeira@hotmail.com