ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM-NASCIDO PREMATURO NA UTI-NEONATAL

NURSING CARE FOR PREMATURE NEWBORN IN THE NEONATAL ICU

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10126445


Arlete Maria Felix da Silva1
Manoel Holanda Soares2


RESUMO

A Unidade Terapia Intensiva Neonatal é um espaço extremamente especializado que pode contribuir para o aparecimento de iatrogenias no processo de crescimento e desenvolvimento das crianças. O objetivo é descrever de como é realizada a assistência da enfermagem frente ao recém-nascido prematuro na uti-neonatal. Além de identificar as causas relacionadas à ocorrência da prematuridade, como também os desafios enfrentados pela enfermagem durante a admissão do prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e seus fatores que interferem no vínculo pais-bebê internados na UTI neonatal. A metodologia é a revisão integrativa e os artigos foram selecionados por meio da leitura do título e resumo, em seguida da leitura na íntegra. Foram estabelecidos os critérios de inclusão: Artigos em Português, no período de 2017 a 2023 disponíveis na íntegra nas bases de dados preestabelecidas com textos completos. Os resultados foram cerca de 13 artigos selecionados, apresentados e discutidos sobre os cuidados da enfermagem ao recém-nascido prematuro na UTI Neonatal e a importância da assistência da enfermagem aos pais e familiares do Neonato. E concluiu-se que o estudo demonstrou o compromisso que os profissionais da enfermagem possuem em cuidar do recém-nascido na UTI Neonatal, com destaque as atribuições de cuidado, segurança, respeito à individualidade e especificidades, bem como, retratou sobre qualificação dos cuidados que são aplicados, minimização dos riscos inerentes aos procedimentos de alta complexidade e garantir o ambiente do setor, buscando torná-lo menos complexo ao neonato.

Palavras-chave: Enfermeiro. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Assistência.

ABSTRACT

The Neonatal Intensive Care Unit is an extremely specialized space that can contribute to the appearance of iatrogenic disorders in the process of growth and development of children. The objective is to describe how nursing care is provided for premature newborns in the uti-neonatal ward. In addition to identifying the causes related to the occurrence of prematurity, as well as the challenges faced by nursing during the admission of premature babies to the Neonatal Intensive Care Unit and the factors that interfere with the parent-baby bond admitted to the neonatal ICU. The methodology is integrative review and the articles were selected by reading the title and summary, then reading them in full. The inclusion criteria were established: Articles in Portuguese, from 2017 to 2023 available in pre-established databases with full texts. The results were around 13 articles selected, presented and discussed nursing care for premature newborns in the Neonatal ICU and the importance of nursing assistance to the parents and families of the newborn. And it was concluded that the study demonstrated the commitment that nursing professionals have in caring for newborns in the Neonatal ICU, highlighting the duties of care, safety, respect for individuality and specificities, as well as portraying the qualification of care that are applied, minimizing the risks inherent to highly complex procedures and guaranteeing the sector’s environment, seeking to make it less complex for the newborn.

Keywords: Nurse. Neonatal Intensive Care Unit. Assistance.

1. INTRODUÇÃO

A assistência da Enfermagem na Unidade de Terapia Individual Neonatal é como um universo de pesquisa, o agente facilitador por manifestar tecnologias competentes para que os alcancem o máximo de eficiência ao prestarem os cuidados e proporcionarem o bem-estar ao recém-nascido prematuro. Além de ser uma das áreas bem-vistas, na qual proporciona o cuidado e garantia da integridade física, através do crescimento e desenvolvimento saudável por meio da sua assistência (Brasil, 2017).

Os recém-nascidos prematuros (RNPT), por definição, são aqueles nascidos antes de 37 semanas completas de gestação. Há vários fatores de risco para prematuridade, como: gravidez múltipla, tabagismo, uso de drogas, intervalo entre gestações menores do que 18 meses, além de complicações da gravidez que exigem antecipar o parto (Brasil, 2020).

E as unidades de terapia intensiva (UTI) são ambientes complexos, com aparato e equipamentos e materiais, destinados à manutenção do cuidado a pacientes em estado grave. Nesse contexto, as UTI’s, atendem pacientes de diversas faixas etárias, uma delas são as UTI’s neonatal, podendo ser denominadas também de unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), destinadas a atender bebês prematuro, com baixo peso ao nascer ou mesmo que nasceram com algum problema de saúde (Santos, 2021). 

De acordo com a portaria n° 930/2012 os neonatos prematuros logo após o nascimento são encaminhados para a unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), na qual eles precisam de assistência médica e de enfermagem altamente capacitada e com equipe presente 24 horas por dia oferecendo todos os cuidados necessários no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS (Brasil, 2012).

A equipe de enfermagem é aquela que permanece a maior parte do tempo com o paciente e por este motivo tem o maior conhecimento sobre os cuidados necessários a este e a seus familiares, é nessa fase que entra a atuação da equipe da UTIN no acolhimento e cuidado da criança, inserindo também a sua família, auxiliando os pais a superarem esta fase difícil (Soares et al., 2022). 

E segundo a ONU – Organização das Nações Unidas, entre os anos de 2010 a 2020 houve cerca de 152 milhões de partos de bebês prematuros no mundo. Só que no ano de 2020 se estima que cerca de 134 milhões de bebês nasceram antes do tempo e quase 1 milhão morreu de complicações. Isso equivale a 1 em cada 10 bebês nascidos precocemente, antes de 37 semanas de gravidez, em todo o mundo (ONU, 2023).

E nos últimos tempos, várias transformações têm sucedido no contexto da assistência hospitalar no nosso País, principalmente nas UTI’s. Uma das principais transformações tem relação com a evolução tecnológica nas UTI’s, o que tem influenciado na mudança do perfil dos pacientes internados nas terapias intensivas, especialmente no que se refere a estadia e nível de atenção requerida, levando em conta que, com mais recursos terapêuticos e tecnológicos à disposição, os casos abordados neste setor passam a ser somente os mais graves e os gravíssimos (Alencar et al., 2017).

Vale salientar que, o interesse em realizar esse estudo na área de neonatologia surgiu a partir do conhecimento teórico vivenciado no decorrer do curso e na prática como técnica em enfermagem na UTI. Assim, foi possível observar que o enfermeiro na assistência ao recém-nascido necessita de conhecimento técnico e científico para oferecer assistência de qualidade e usando estratégias de educação permanente no serviço. E o prematuro deve ser atendido através de uma equipe qualificada que deve utilizar os protocolos para garantir uma assistência essencial que contribuam para solucionar precocemente os problemas durante a internação.

O recém-nascido prematuro necessita da assistência de profissionais capacitados e psicologicamente equilibrados, onde o processo de atendimento da enfermagem não pode somente oferecer assistência ao paciente, mas também precisa desempenhar um trabalho, no qual os pais estejam inclusos (Silva, 2019).

Os profissionais de enfermagem são os sujeitos mais conexos dos recém-nascidos prematuros, nos ambientes hospitalares por usarem instrumentos estratégicos fundamentados em modelos educativos que visam a educação em saúde. Ou seja, tem como atribuição estabelecer em um ambiente de reflexão-ação que proporcione a autonomia e emancipação da mãe cuidar do seu filho tanto no ambiente hospitalar quanto domiciliar (Araújo et al., 2018). 

Como se sabe, o processo de gestação gera várias transformações fisiológicas no corpo da mulher, sendo que poucas vezes causa situações de alto risco para a mãe e o feto. Mais, independente do grau de risco estimado para cada gestação, então o apoio no pré-natal é de grande relevância por meio de um atendimento humanizado e eficiente, minimizando o risco de morte e sofrimento binômio, isto é, mãe e feto (Carvalho; Coelho, 2017).

E quando as mulheres procuram ajuda, além da preocupação sobre a sua saúde e a do seu bebê, estão também em busca de uma compreensão mais ampla e abrangente da sua situação, pois para elas e suas famílias o momento da gravidez e do parto, em particular, é único na vida e carregado de fortes emoções. A experiência vivida por elas neste momento pode deixar marcas indeléveis, positivas ou negativas, para o resto das suas vidas (Brasil, 2017).

Nessa perspectiva, a enfermagem também está à frente dos cuidados em situações de emergências obstétricas junto com a equipe multidisciplinar, onde presta assistência de maneira holística com o intuito de proporcionar e reduzir o sofrimento fetal, além concretizar orientações e examinar e avaliar as prováveis alterações (Silva et al., 2021).

Posto isso, surge o propósito desta pesquisa, a pergunta norteadora: Qual a assistência oferecida pelo enfermeiro ao neonato prematuro que precisa cuidados intensivos? A fim de responder a esta pergunta, o presente artigo no âmbito teórico traz uma revisão integrativa com alguns trabalhos relevantes dos últimos seis anos (2017 a 2023) na área da assistência da enfermagem neonatal nos cuidados aos recém-nascidos prematuros.

Com isso, o referido trabalho traz em seu arcabouço o objetivo de descrever de como é realizada a assistência da enfermagem frente ao recém-nascido prematuro na uti-neonatal. Além de identificar as causas relacionadas à ocorrência da prematuridade, como também os desafios enfrentados pela enfermagem durante a admissão do prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e seus fatores que interferem no vínculo pais-bebê internados na UTI neonatal.

2. METODOLOGIA

Refere-se a uma revisão integrativa, na qual se define a um dos métodos que são válidos na prática baseado em evidências. E seu objetivo principal é a síntese de resultados que são delimitados a partir do tema ou questão de pesquisa, de modo sistemático e organizado. Então, este tipo de revisão realiza uma análise de pesquisas relevantes no que diz respeito à tomada de decisão na prática clínica, além de sintetizar vários estudos que possibilitam conclusões gerais a respeito de uma determinada área de estudo (Dantas; Costa; Costa LMC; Lúcio; Comassetto, 2021).

Dessa forma, para construir a revisão integrativa são necessárias algumas etapas diferentes, como: 1) estabelecimento da hipótese ou questão norteadora; 2) amostragem ou busca na literatura; 3) categorização dos estudos; 4) avaliação dos estudos incluídos na revisão; 5) interpretação dos resultados; 6) síntese do conhecimento. Esta construção encontra-se bem elaborada na literatura; em contrapartida, autores distintos utilizam formas diferentes na construção, realizando algumas modificações (Dantas; Costa; Costa LMC; Lúcio; Comassetto, 2021).

Para a busca criteriosa, houve uma seleção de análise rigorosa, sem plágio, conservando o pensamento original dos autores citados. Desse modo, a questão norteadora deste estudo foi: Qual a assistência oferecida pelo enfermeiro ao neonato prematuro que precisa cuidados intensivos?

Os artigos foram selecionados por meio da leitura do título e resumo, em seguida da leitura na íntegra. Foram estabelecidos os critérios de inclusão: Artigos em Português, no período de 2017 a 2023 disponíveis na íntegra nas bases de dados preestabelecidas com textos completos, estudos qualitativos que abordaram sobre a assistência de enfermagem ao prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Os critérios de exclusão foram: artigos duplicados e artigos que não respondiam à questão norteadora apresentada e de língua estrangeiras.

A busca dos estudos foi realizada em setembro e outubro de 2023, por acesso online das bases de dados indexados na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): Publisher Medline (PUBMED), Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Os descritores foram utilizados de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Recém-Nascido prematuro e Enfermagem Neonatal.

Então, para evidenciar esse processo foi utilizado o fluxograma do modelo Prisma apresentado a seguir:

Fonte: Autora (2023).

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontrados 39 artigos completos e avaliados na PubMed, Scielo, Lilacs e BVS. Após a leitura inicial dos títulos e resumos desses artigos foram selecionados 13 artigos para a construção do estudo. E a partir dessa seleção foram agrupados no quadro 1 abaixo os itens, que são: Título do artigo; Autores; Ano de publicação; Objetivo; Metodologia e Resultados.

Quadro 1: Seleção dos artigos encontrados para a construção do estudo

Quant.Autores/AnoTítulo do ArtigoObjetivo MetodologiaResultados 
1Prazeres; Ferreira et al. 2021Atuação do enfermeiro nos cuidados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal: Revisão integrativa da literaturaAnalisar evidências científicas na literatura no período entre 2015 a 2019.Analisar evidências científicas na literatura no período entre 2015 a 2019Apontaram o protagonismo da SAE e a sua significativa contribuição nas UTIN
2Moreira et al. 2020Assistência de enfermagem humanizada na Unidade de terapia intensiva neonatalApontar os cuidados humanizados que são realizados na assistência de enfermagem na unidade de terapia intensiva neonatal para os recém-nascidos prematurosPesquisa bibliográfica,Observou-se a necessidade de repensar em uma assistência de enfermagem humanizada nas UTIN.
3Ferreira; Amaral; Lopes, 2017Equipe de enfermagem e promoção do cuidado humanizado em unidade neonatal.Compreender conhecimentos e ações da equipe de enfermagem acerca do cuidado humanizado em Centro de Terapia Intensiva Neonatal.Pesquisa qualitativa, aplicou-se entrevista semiestruturada com análise de conteúdo onde 34 profissionais de enfermagem participaramResultaram três categorias temáticas: Atenção humanizada ao RN; Acolhimento à família do RN e Promoção da ambiência Neonatal
4Marski, et al.2018Cuidado desenvolvimental: assistência de enfermeiros de unidade de terapia intensiva neonatalAnalisar o Cuidado Desenvolvimental na assistência de enfermeiros ao Recém-Nascido crítico, em Unidade de Terapia Intensiva NeonatalPesquisa de campo, documental com 16 enfermeiros e qualitativa.Apresentou-se em forma de análise apresenta-se em torno de duas categorias temáticas: “Cuidado Desenvolvimental na atuação do enfermeiro ”e “ Enfermeiro, família e Cuidado Desenvolvimental”.
5Batista;Monteiro et al.2019Diagnósticos e cuidados de enfermagem ao recém-nascido prematuro em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.Descrever os principais diagnósticos de enfermagem segundo a Taxonomia NANDA e os cuidados de enfermagem ao recém-nascido prematuro em uma Unidade de Terapia IntensivaPesquisa qualitativa, descritiva, por meio de entrevista com 15enfermeiros. A análise de dados se deu pela técnica de Bardin.Para um cuidado de enfermagem de qualidade é imprescindível o uso da Sistematização da Assistência de Enfermagem e do Processo de Enfermagem.
6Cherubim et al. 2018Representações do cuidado de Enfermagem às mães para a manutenção da lactação na Unidade de Terapia Intensiva NeonatalDescrever o cuidado de Enfermagem, desenvolvido pelos profissionais no cotidiano assistencial da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), para a manutenção da lactaçãoEstudo descritivo de abordagem qualitativa, constituído por 10 profissionais de enfermagem.O cuidar na manutenção da lactação não contempla apenas o RN internado, sendo importante também a inclusão da mãe e de seus familiares, através de grupos de apoio entre mães, família e profissionais para o sucesso do aleitamento materno
7Nascimento et al. 2022Assistência de enfermagem ao recém-nascido prematuroIdentificar os cuidados prestados pela equipe de enfermagem aos recém-nascidos prematuro se a percepção de seus familiares bem como, os fatores associados à ocorrência da prematuridadeEstudo descritivo de revisão da literaturaCuidados prestados ao recém-nascido prematuro pela equipe de enfermagem, 2. Percepções dos familiares sobre os cuidados de enfermagem prestados ao recém-nascido prematuro e 3. Fatores associados à ocorrência da prematuridade.
8Souza; Bonfim; Olivindo2022Assistência de Enfermagem ao recém-nascido prematuro na unidade de terapia Intensiva neonatal: Revisão IntegrativaAnalisar as evidências disponíveis na literatura sobre a assistência de enfermagem nos cuidados ao recém-nascido prematuro dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn)Revisão IntegrativaAs principais assistências de enfermagem se dar por meio do acolhimento à família e ao recém-nascido, no incentivo ao aleitamento materno, nas orientações aos pais sobre a inserção deles no que tange aos cuidados ao recém-nascido.
9Silva2019Assistência de enfermagem ao RN prematuro e a família: uma revisão da literaturaIdentificar os principais fatores de risco a prematuridade; Descrever a Assistência de Enfermagem diante da prematuridadeEstudo do tipo exploratório, bibliográfico com análise integrativa, qualitativa da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuaisA assistência de enfermagem ao neonato prematuro seja de qualidade, é fundamental acolher às necessidades de repouso, calor, nutrição, higiene, observação e atendimento contínuo aos bebês prematuros.
10Stelmak; Mazza; Freire2017O valor atribuído pelos profissionais de Enfermagem aos cuidados preconizados pelo Método CanguruCompreender o valor atribuído pelos profissionais de Enfermagem aos cuidados humanizados propostos pelo Método CanguruEstudo descritivoForam eleitas cinco categorias: Favorece o crescimento/desenvolvimento do recém-nascido; Favorece o vínculo recém-nascido/família; Propicia o conforto do recém-nascido; Reduz o tempo de internação; Segurança para os pais e recém-nascido.
11Carvalho; Oliveira e Silva 2019Assistência humanizada de enfermagem ao recém-nascido prematuroAnalisar a produção científica brasileira sobre a assistência humanizada do enfermeiro ao recém-nascido prematuro.Revisão de LiteraturaOs enfermeiros compreendam a importância da assistência humanizada, isso não ocorre efetivamente devido às diversas atividades realizadas por eles
12Mendonça; Pedreschi; Barreto2019Cuidados de enfermagem em UTI neonatalDesvelar os cuidados que o enfermeiro deve ter na unidade de terapia intensiva em relação aos Prematuros.Estudo exploratório e descritivoOs profissionais de Unidade de Terapia Intensiva, geralmente estão sobrecarregados e com déficit de tempo, para executar os procedimentos de enfermagem, propiciando de modo mecânico um distanciamento nas suas relações com o paciente e seus familiares
13Silva et al.2021Assistência de enfermagem na UTI neonatal: Dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros e prejuízos causados aos recém-nascidosDescrever a atuação do enfermeiro no período de internação neonatal quanto à avaliação do tratamento e eficácia das práticas nos recém nascidos.Revisão de LiteraturaÉ necessário evoluir na construção de metodologias assistenciais, uma vez que tais estratégias são sustentadas por ações, reações e contínuas construções que envolvem o profissional enfermeiro e seus clientes.

Autora (2023)

O quadro acima sumariza as principais ações, como também abordaram as principais temáticas que se destacaram em: os cuidados da enfermagem ao recém-nascido prematuro dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e a importância da assistência da enfermagem aos pais e familiares do neonato, como veremos a seguir:

3.1 Os cuidados da enfermagem ao recém-nascido prematuro na UTI Neonatal

Nessa compreensão, se entende que a intervenção e a capacidade do cuidado por parte da enfermagem parte da utilização da educação em saúde que vem com as orientações e os princípios básicos do cuidado. É por meio do educar que se potencializa e intervém de maneira construtiva, reflexiva, singular, dinâmica e flexível, num complexo histórico-cultural de relações humanas entre sujeitos, num sistema cíclico de relações, em que se aprende com o outro, concentra-se para a transformação de ambos, de quem os rodeiam e do meio no qual estão inseridos (Batista; Monteiro, et al., 2019).

Mendonça; Pedreschi; Barreto (2019) explicam que o cuidado e o conforto estão vinculados às necessidades de quem é cuidado diante a enfermagem precisa adquirir maneiras de intervir que incluam as maneiras de aprender do neonato e sua família. E esses cuidados começam nas primeiras 24h, com higiene, alimentação por mamadeira, alimentação por sonda nasogástrica, cuidados após a alimentação, técnica do banho na incubadora, cuidado com a pele e outras. 

Prazeres; Ferreira (et al., 2021) destacam em estudo que as responsabilidades, atribuições e competências do enfermeiro, pois os mesmos tem uma grande responsabilidade de cuidar diariamente e intensamente do recém-nascido. E o que inclui nisso, é a parte assistencial de forma direta, mas não apenas deste, pois atuam também prestando principais esclarecimentos e orientações aos familiares e cuidadores acerca dos cuidados específicos com os mesmos. 

Ademais, o enfermeiro e sua equipe são responsáveis por promover o amoldamento do RN ao ambiente exterior, ou seja, com uso de tecnologias e diretrizes que visam a estabilidade térmica, umidade, luz, estímulos sonoros e cutâneos; observação da situação clínica; monitorização dos sinais prognósticos e a evolução do tratamento desse RN; atenção às necessidades vitais para este; elaboração e implementação um plano educativo em saúde; além disso, coordenar e supervisionar a assistência prestada no setores.

Como se sabe, o enfermeiro de UTI Neonatal é preparado para lidar com instabilidades hemodinâmicas de pacientes em situações e condições adversas. Com isso, Nascimento (et al., 2021) retrata que dentre os principais diagnósticos que enfrentam, são: padrão ineficaz de alimentação do lactente; integridade da pele prejudicada; risco de infecção; padrão respiratório ineficaz; troca de gases prejudicada e desobstrução ineficaz das vias aéreas.

Portanto, os profissionais da enfermagem devem ficar atentos aos segmentos fundamentais que são direcionados aos bebês prematuros, sempre pondo em prática os conhecimentos obtidos pela teoria, assim relacionando-os, de forma que consiga apresentar um resultado benéfico para o recém-nascido. Uma vez que, o ser humano prematuro gera maior demanda de cuidados complexos por meio de uma equipe multiprofissional, principalmente quando se trata de prestar uma escuta eficiente à mãe, identificando e resolvendo as dúvidas quanto ao cuidado correto para fornecer a esse bebê (Souza; Bonfim; Olivindo, 2022).

Já para os cuidados da manutenção da lactação Cherubim (et al., 2018) explicam que é representado de uma maneira longitudinal, que envolve ações, como ordenha mamária, orientações de aleitamento materno, e também ações consideradas subjetivas, representadas pelo respeito, carinho e zelo do profissional pela mãe do recém-nascido internado. Pois, ainda destacam que o processo de ser considerada mãe transforma o olhar do profissional frente ao cuidado de enfermagem tornando singular para cada um deles e com o avanço desse cuidado é apontado como criação de grupos que apoiam mães e familiares dos RN’s internados na UTIN e os profissionais da enfermagem são relevantes ferramentas para o sucesso do Aleitamento Materno.

Silva (2019) já aborda que é importante o cuidado individualizado dos enfermeiros com os RN prematuros, pois durante o período de recuperação é gradativo, longo e lento. E cita que a aplicação do Método Canguru abarca, além das questões técnicas, o desenvolvimento de uma proposta de humanização da assistência ao RN prematuro com o intuito de diminuir os efeitos negativos.

Stelmak; Mazza; Mazza (2017) explicam que ao aliar o método canguru aos cuidados ao recém-nascido promove um cuidado mais humanizado para esses bebês, vista que oferece conforto ao RN e também preserva os efeitos danosos do nascer prematuro. E as medidas protetivas que o método canguru proporciona podem ser comparadas como um retorno do RN ao útero materno. Assim, esse método propõe esta ideia por promover um conjunto de ações direcionadas em preservar o Recém-Nascido de ruídos, excessos de luminosidade, excesso de odores, manuseio mínimo, buscando uma aproximação com o ambiente uterino. Esses cuidados objetivam proporcionar maior conforto ao RN, minimizar os riscos de iatrogenias e evitar prejuízos ao desenvolvimento infantil. 

Então, se percebeu que o manejo da equipe de Enfermagem para com RN, mostrando conhecimento técnico-científico, habilidades e gestos humanizados que propiciaram a recuperação do RN, diminuindo assim os fatores estressantes no espaço neonatal, ademais, fez gerar acolhimento dos familiares e a instituição do vínculo durante o processo do cuidado. A equipe de enfermagem ainda acolhe os familiares com orientações necessárias, quanto às rotinas institucionais e dúvidas a respeito da doença e do tratamento, resultando na aproximação desse binômio, fortalece os laços afetivos, bem como atenua efeitos negativos da internação (Ferreira; Amaral; Lopes, 2017).

3.2 A importância da assistência da enfermagem aos pais e familiares do Neonato

As assistências humanizadoras se caracterizam em conceder uma assistência holística e não somente ao neonato, bem como à sua família, que vivencia a inesperada hospitalização do filho. E acolher e confortar o neonato e a família; ao abrir exceções em relação ao horário de visita da família e permitindo aos genitores participarem do cuidado a ele. Entretanto, existe uma variedade de percalços que dificultam a viabilização dessas ações como a limitação de recursos humanos, a hierarquia entre médicos e enfermeiros, o espaço limitado e os horários restritos de visita dos pais e familiares (Moreira et al., 2020).

A consumação da atenção humanizada ao recém-nascido prioriza ações que se referem à individualidade e integralidade do cuidado, ainda que relacionado ao uso de tecnologias duras para a recuperação do recém-nascido, que garante assim o acolhimento à família, estabelecimento do vínculo e apego, dentre outras situações. Ressalta-se que essa importância estabelece comunicação e interação de forma efetiva e afetiva, durante todo processo assistencial do profissional da enfermagem (Ferreira; Amaral; Lopes, 2017).

Marski (et al., 2018) confirma na UTI Neonatal que o enfermeiro tem seu papel de administrador do cuidado e assistência ao RN prematuro, oferecendo-lhe uma atenção especializada e em especial, a humanizada. Então, esse compromisso que o enfermeiro possui, contribui para o melhor desenvolvimento do RN, que estende suas ações para o âmbito familiar do recém-nato.

No entanto, Carvalho; Oliveira e Silva (2019) confirma em estudo que o trabalho da enfermagem no atendimento ao prematuro não deve se restringir ao espaço hospitalar pelas suas características, pois logo após a alta, esse paciente necessitará de cuidados especiais, e um dos principais dilemas vivenciados pelas famílias de RN prematuros será se elas estão cuidando adequadamente do bebê. 

Diante disso, a assistência do enfermeiro reforça-se na prática educativa e elucidativa, na disponibilidade de suporte às famílias e no amparo ao RN diante do seu estado de saúde. No que se refere, vale acrescentar o papel social do enfermeiro, tendo em vista que a compreensão e o nível de atenção e cuidado do recém-nascido prematuro envolvem não somente as limitações quanto à capacidade de cuidar do filho.

Por último, Silva (et al., 2020) explana com mais clareza que a assistência do enfermeiro na UTI Neonatal se mostra progressiva e demonstra a grande habilidade e, em especial, a humanização do cuidado dos profissionais, mas o reconhecimento de seus erros e acertos contribui para o crescimento socioeducativo de cada profissional e, nesse âmbito, auxilia no acolhimento do RN e a sua família. Até porque a vivência no dia a dia dos profissionais de enfermagem em UTI neonatal não é o bastante para prepará-los para lidar com a morte de um recém-nascido. E com isso, há uma dificuldade enfrentada pelo enfermeiro ao cuidar do neonato que está morrendo e sua família. Então, tem um envolvimento emocional muito grande e é inevitável, pois esses profissionais acompanham esse bebê diariamente em seu turno de trabalho, desde sua admissão na unidade até o momento de seu óbito ou alta.

4. CONCLUSÃO

O estudo demonstrou o compromisso que os profissionais da enfermagem possuem em cuidar do recém-nascido na UTI Neonatal, com destaque as atribuições de cuidado, segurança, respeito à individualidade e especificidades, bem como, retratou sobre qualificação dos cuidados que são aplicados, minimização dos riscos inerentes aos procedimentos de alta complexidade e garantir o ambiente do setor, buscando torná-lo menos complexo ao neonato.

Verificou-se também que o objetivo foi alcançado, assim como encontrou-se a resposta da pergunta norteadora, que destacou os principais cuidados que começam na observação nas primeiras 24 horas de vida, hidratação, alimentação com mamadeira, alimentação por sonda nasogástrica, cuidados após a alimentação, técnica do banho na incubadora, cuidado com a pele e outras. 

Além da relação ao acesso dos familiares à UTIN, sobretudo mãe, além de atenção especial a sua participação nos cuidados ao RN, favorecendo a amamentação e o vínculo, preconizados pelas políticas da humanização. Assim, é preciso apoiar os familiares, auxiliá-los na aceitação da condição da criança e na reorganização da rotina familiar. Nesse âmbito, se torna necessária uma abordagem voltada a aspectos psicológicos de recém-nascidos e famílias, considerando os primeiros dias de vida como fundamentais para a formação do vínculo entre pais e filhos.

Verificou-se também, a importante mudança associada à humanização da assistência que ao ser prestada em âmbito hospitalar. Em especial, o método canguru que por meio de nosso estudo foi possível apontar que é eficiente na esfera de seus vários benefícios. A visto disto, tributa para estudos futuros, incentivando os acadêmicos do curso de enfermagem a realizar pesquisas sobre essa temática, tornando-se relevante para aquisição do conhecimento.

REFERÊNCIAS

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1Discente do Curso de Enfermagem. Email:arletemaria2001@gmail.com
2manoelholanda17@hotmail.com. Especialista em Neonatologia e Pediatria, Enfermeiro e Docente da Faculdade São Vicente de Pão de Açúcar