ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO AO PACIENTE SUBMETIDO À DRENAGEM DE HEMATOMA SUBDURAL

NURSING CARE: THE IMPORTANCE OF CARE FOR PATIENTS UNDERGOING SUBDURAL HEMATOMA DRAINAGE

REGISTRO DOI:10.5281/zenodo.12611129


Débora Gonçalves Dos Reis1
Letícia Tiphane Dos Santos Sisnandes 2
Loislene Meireles Da Silva3
Marluce Barbosa Da Silva Coelho4
Sara Beatriz Silva Santos5
Thatielly Pereira Da Gama6
Orientador(a): Prof(a).Me. Ábia Matos De Lima7


Resumo

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar os fatores de risco mais comuns associados ao hematoma subdural, obter resultados e explanar sobre as intervenções de enfermagem mais indicados para amenizar as sequelas pós trauma cranioencefálico Método: Trata- se de uma revisão integrativa de artigos publicados nas bases  SciElo (Scientific Eletronic Library Online), Neurocirurgiabh, NIC (Nursing Interventions Classification), NANDA I (North American Nursing Diagnosis Association), Revista Ibero (Americana de Humanidade Ciências e Educação) nos  últimos 10 anos. Resultados: O Hematoma subdural deve ser tratado com máxima  eficácia, é importante uma coleta de dados completa para dar início ao tratamento. A possibilidade de diagnóstico precoce, tratamento imediato, personalizado e apropriado, minimizam os riscos, sequelas e até mesmo o óbito após o trauma. Ao término da cirurgia o monitoramento e as intervenções de enfermagem são primordiais para uma boa recuperação sem riscos de sequelas. Conclusão: Uma equipe de saúde preparada para diagnosticar, tratar, e se comprometer a seguir as intervenções de forma precisa, possibilita ao paciente uma recuperação sem danos maiores ou sequelas permanentes que impossibilitem a qualidade de vida. Proporcionando assim, um tratamento eficaz, seguro e restaurando a saúde física e psíquica pós HSD.

Palavras-chave: Trauma cranioencefálico, Hematoma subdural, Sinais e sintomas, Sequelas, Tratamento HSD.

Objective: This study aimed to identify the most common risk factors associated with subdural hematoma, obtain results and explain the most suitable nursing interventions to mitigate the sequelae after cranioencephalic trauma. Method: This is an integrative review of articles published in SciElo (Scientific Electronic Library Online), Neurosurgeryiabh, NIC (Nursing Interventions Classification), NANDA I (North American Nursing Diagnosis Association), Revista Ibero (American Journal of Humanity, Sciences and Education) in the last 5 years. Results: Subdural Hematoma should be treated with maximum effectiveness, it is important a complete data collection to start treatment. The possibility of early diagnosis, immediate, personalized and appropriate treatment minimizes the risks, sequelae and even death after trauma. At the end of surgery, monitoring and nursing interventions are essential for a good recovery without the risk of sequelae. Conclusion: A healthcare team that is prepared to diagnose, treat and commit to following the interventions precisely enables the patient to recover without major damage or permanent sequelae that make quality of life impossible. This provides effective, safe treatment and restores physical and mental health after HSD.

Keywords: Head trauma, Subdural hematoma, Signs and symptoms, Sequelae, HSD treatment

    1.INTRODUÇÃO

O hematoma subdural é caracterizado por um acúmulo de sangue entre os espaços que rodeiam o cérebro. O hematoma subdural é um problema de saúde pública que tem aumentado globalmente e vem sendo uma das principais causas de morte em pessoas jovens, entretanto, é mais comum em idosos. Os traumas cranioencefálicos, geralmente causados por quedas, acidentes de trânsito, agressões e lesões esportivas são as mais comuns. Estes hematomas se formam entre a membrana da meninge que cobre o cérebro, a dura-máter, e o cérebro-subjacente.⁴’⁶

O Hematoma subdural requer intervenção rápida e precisa a fim de evitar complicações neurológicas e sequelas permanentes. Quando tratado adequadamente, observa-se um prognóstico favorável. Neste cenário, o papel da enfermagem é de suma importância ao cuidado oferecido a este paciente, atuando desde o primeiro momento como forma de prevenção até a melhora do quadro clínico. ²´⁴’⁸

Neste presente artigo iremos ressaltar a importância de observar os sinais e sintomas imediatos que o paciente apresenta após o trauma, como hemiparesia, hipertensão, sinais pupilares, bradicardia, bradipnéia e dos cuidados da equipe de enfermagem na especificidade e complexidade das intervenções prestadas desde o início do diagnóstico até a alta do pacientea fim de diminuir as possíveis sequelas ou até mesmo o óbito. ¹¹

2. MÉTODOS

            Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa que tem o propósito de fazer um aglomerado de informações de resumos de artigos a respeito do hematoma subdural.

Este estudo possui a seguinte questão norteadora: Quais os principais cuidados que o enfermeiro deve ter para evitar possíveis sequelas pós-operatórias no tratamento cirúrgico do hematoma subdural?

              Desta forma foi realizado uma revisão descritiva de abordagem qualitativa com base em estudos bibliográficos, usando o modelo de revisão integrativo, entre vários artigos. Os critérios utilizados para inclusão de artigos foram: Artigos publicados em todos os idiomas, baseados na questão central abordada.

A busca de artigo para construção deste trabalho foi realizada nas seguintes bases de dados: Scielo, Brunner e NeurocirurgiaBH, NIC, Técnicas básicas de enfermagem, arquivos de neuropsiquiatria.

Foram usados os seguintes descritores para encontrar os artigos selecionados para elaboração deste trabalho: hematoma-subdural, enfermagem cirúrgica, hemorragia cerebral,trepanação, craniotomia, sequelas, sinais e sintomas, TCE, anisocoria e coma.

Os dados desse artigo foram analisados em três fases: Primeira: Organização e análise do material obtido, a fim de que se possa condensar e contemplar aquilo que pode ser utilizado em nosso trabalho. Segunda: análise e filtro do que pode ser usado bem como o que será descartado. Terceira: Elucidação dos processos alcançados e esclarecimento da problemática estabelecida.

3. RESULTADOS

Após buscas em bases de dados, foram encontrados 40 artigos. Destes, 12 foram selecionados para análise, após a avaliação, 28 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Além disso, foram utilizadas revistas eletrônicas e referências bibliográficas.  O quadro apresenta os resultados dos artigos selecionados.

Autor/AnoTítuloObjetivoResultados
AMBROSI et al.,2020Hematoma subdural agudo em paciente pediátrico: um relato de casoO objetivo deste relato é discutir a história clínica, meios diagnósticos, condutas terapêuticas, prognóstico e protocolos de seguimento do HSDA.O HSDA ocorre em cerca de 1 a 5% de todas as lesões traumáticas sobre o crânio, e em 22% dos TCE graves.
AMORIM et al, 2010Hematoma subdural intracraniano pós-anestesia subaracnoidea: relato de dois casos e revisão de 33 casos da literatura  Hematoma subdural intracraniano é uma complicação rara pós-anestesia subaracnóidea. Relatamos dois casos de mulheres que desenvolveram hematoma subdural crônico pós-anestesia subaracnóidea, diagnosticados após a evolução clínica prolongada de cefaleia pós-punção dural e analisamos outros 33 casos encontrados em revisão da literatura.A presença de qualquer um desses sinais ou sintomas mencionados serve de alerta para a possibilidade de ocorrer hematoma subdural intracraniano como complicação da punção dural, principalmente naqueles pacientes que apresentaram CPPD por mais de uma semana, quando uma investigação por neuroimagem se faz necessária.
BADKE et al.,2011Hematoma Subdural Agudo Traumático: um estudo de casoO estudo de caso permite uma infestação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real.A Enfermagem deve ainda, criar um ambiente acolhedor para a família que certamente se encontra angustiada e apreensiva por ter um ente querido gravemente enfermo e ocupando um leito na UTI.
CORREIA, 2022Intervenções de enfermagem à pessoa com hematoma subdural resultante de traumatismo crânio-encefálico – Protocolo de revisão scopingAvaliar as intervenções de enfermagem em pacientes com HSDC e como elas estão sendo aplicadas desde o pré até o pós operatório.Mostra como os registros de enfermagem e a recuperação do paciente estão profundamente ligados, principalmente quando o paciente é crítico.
COUTO; SAPETA, 2022Intervenções de enfermagem à pessoa com hematoma subdural resultante de traumatismo crânioencefálico: revisão Integrativa da literaturaMapear a evidência científica acerca das intervenções de enfermagem à pessoa com hematoma subdural resultante de traumatismo crânioencefálico.As intervenções do enfermeiro ao paciente com lesão craniocerebral têm especial importância, no acompanhamento do paciente/família desde a ocorrência do episódio, até à preparação pós-alta
DUARTE; CASTRO, 2008Hematoma subdural após punção inadvertida da dura-máter: relato de caso  A cefaleia pós-punção da dura-máter é complicação bastante conhecida das anestesias subaracnoideo e peridural, e o tratamento mais difundido é o tampão sanguíneo.A ocorrência de hematoma subdural é complicação rara, mas grave da perfuração de dura-máter          
  MORAIS; et al., 2021    Assistência ao Hematoma Subdural Crônico: Perfil de pacientes e diagnósticos de enfermagem segundo o NANDA-IIdentificar na literatura os diagnósticos e intervenções de enfermagem pelo perfil dos pacientes com HSDC.Frisa o quanto é necessária a assistência de enfermagem e que a preparação da equipe, principalmente no aprimoramento das práticas terapêuticas é de suma importância no pré, intra e pós operatório.
  NETO; ARAÚJO, 2015Hematoma subdural crônico: análise epidemiológica e prognóstica de 176 casos  A alteração de consciência foi a alteração clínica mais comum nos idosos e a cefaleia em não idosos. A comorbidade mais associada foi a HAS e a causa mais frequente, o traumatismo craniano. O HSDC foi causado por trauma em 52% dos pacientes, com o intervalo do trauma ao diagnóstico por imagem, em média, de 25,05 dias. Eram hipertensos 37,7% dos pacientes e 20% possuíam alguma doença neurológica.
NETO, 2019Assistência ao Hematoma Subdural Crônico: Perfil de Pacientes e Diagnósticos de enfermagem segundo NANDAO objetivo deste estudo foi identificar na literatura os diagnósticos e intervenções de enfermagem pelo perfil dos pacientes com HSDA.Em cinco estudos a principal causa do HSDC foi trauma cranioencefálico. Além disso, os estudos revelaram que outras possíveis causas envolvem o etilismo crônico, crise convulsiva, raquianestesia, acidentes automobilísticos e queda da própria altura.
OLIVEIRA.;  et al 2018Assistência de enfermagem em paciente com hemorragia subdural: Um relato de casoEsclarecer como acontece a hemorragia subdural e como os profissionais da enfermagem devem agir mediante emergência.O desenvolvimento de competências como planejamento, implementação e avaliação da assistência integral se dá principalmente pela prática vivenciada.
SANTOS, PEREIRA 2010Complicações cirúrgicas do Hematoma Subdural Crônico.O presente estudo objetivou avaliar pacientes admitidos no setor de neurocirurgia do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE) com história clínica compatível ao HSDC.    As manifestações clínicas do HSDC são múltiplas e dependem de fatores como: idade, condições clínicas do paciente, tamanho, localização e crescimento do hematoma, uni ou bilateral.
SANTOS; PEREIRA, 2011Complicações cirúrgicas do hematoma subdural crônico  Avaliação de pacientes admitidos no setor de neurocirurgia com histórico clínico compatível com HSDC. Foram analisados quanto a idade, sexo, etiologia e e localização do HSDC com intuito de avaliar se há ligação entre tais fatores e o surgimento do hematoma.Chegou-se ao resultado de que HSDC acomete mais homens do que mulheres, a principal causa foi traumatismo cranioencefálico, a maioria não desenvolveu complicações e teve alta médica sem intercorrências. As complicações cirúrgicas acometeram com mais incidência, pacientes submetidos a craniotomia descompressiva (CD).

4. DISCUSSÃO

    O hematoma subdural é caracterizado por acúmulo de sangue entre o cérebro e o crânio. Em determinadas situações o cérebro se comprime pelo coágulo que é formado, nestes casos o paciente pode apresentar desde uma simples cefaleia ao estado de coma.⁶

  O traumatismo cranioencefálico é um problema de saúde pública que tem aumentado globalmente e sendo uma das principais causas de morte em pessoas jovens. Quedas, acidentes de trânsito, agressões e lesões esportivas são as causas mais comuns. ⁴

    O resultado foi associado a uma taxa significativamente menor de mortalidade em comparação com o tratamento clínico conservador (p<0,05). Este percentual reforça que o paciente submetido a cirurgia precoce tem menor possibilidades de sequelas do que o paciente que é tardiamente assistido.²

    O TCE pode levar a hematomas graves. O hematoma subdural pode ser classificado como agudo, quando ocorre um trauma recente entre as primeiras 24 horas, o subagudo, é considerado um trauma moderado que pode acontecer entre 48 horas a duas semanas e o crônico que é mais comum em idosos e geralmente do sexo masculino. Ele é considerado um trauma leve que pode surgir entre o espaço de três meses. ⁴’¹¹

        Os dados epidemiológicos, destacam a alta taxa de mortalidade associada a o Hematoma Subdural Agudo Traumático quando não tratado a tempo, com ênfase nos números alarmantes de hospitalizações e óbitos por traumatismos intracranianos no Brasil, bem como, em virtude das complicações recidivas. Contudo, o prognóstico é bastante favorável quando descoberto e tratado adequadamente e de forma rápida.³’⁸

       O diagnóstico se dá por exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, sendo que de 5 a 10% daqueles que se submetem a cirurgia apresentam complicações.⁹

     As complicações geralmente são recidivas do hematoma, infecções, crises convulsivas, pneumoencéfalo, hipertensivo, hematoma intracerebral e extracerebral. Em longo prazo os pacientes podem desenvolver uma recuperação completa ou podem apresentar distúrbios psiquiátricos como depressão, transtorno de personalidade paranoide e déficits neurológicos. Técnicas menos invasivas tem sido associada a redução da mortalidade. Já as recidivas, podem estar associadas às técnicas cirúrgicas utilizadas, a aplicação de uma drenagem tardia ou a presença de ar no espaço subdural. De toda forma o prognóstico será: recuperação completa, alta médica com déficit neurológico ou óbito.⁹

     O prognóstico do paciente com HSDA, como em qualquer doente com TCE grave, depende da idade: tem sido referido que os mais jovens evoluem melhor que os adultos após TCE, apresentando taxa de mortalidade inferior em relação àqueles com idade mais avançada. ¹

        O tratamento sofre algumas mudanças de acordo com o profissional, o quadro clínico e o protocolo da instituição. No HSDT tem como tratamento duas formas, a conservadora é quando o médico opta por não levar o paciente para a cirurgia como primeira opção e paciente fica em observação e uso de medicações para evitar o agravo do quadro evitando sequelas, já o tratamento cirúrgico o médico opta por levar o paciente direto para o centro cirúrgico para a fazer a drenagem e a hemostasia do hematoma. Entretanto, as técnicas mais utilizadas são trepanações com cateteres de drenagem e craniotomia.⁸

       A enfermagem em um primeiro momento atua na prevenção do traumatismo craniano primordialmente na pessoa idosa com a prevenção de quedas. Naqueles que possuem hematoma subdural as intervenções são de acordo com a gravidade da situação, objetivando melhorar o estado neurológico da pessoa.⁴   

        A intervenção do enfermeiro no acompanhamento vai desde a monitorização, até o tratamento da pressão intracraniana e ferimento.¹⁰São feitas avaliações regulares dos sinais vitais e estado neurológico prevenindo complicações pós cirurgia. É observado ainda avaliação neurológica através da Escala de Coma de Glasgow , monitorização de SSVV, controle da dor, monitorização da pressão intracraniana, oxigénio, avaliação da hiperventilação, diurese e hiperosmolaridade, monitorização da hipotermia, hipertensão, temperatura corporal e glicemia capilar, realização do posicionamento, elevação da cabeça, vigilância do correto posicionamento, da monitorização invasiva, prevenção do risco de infecção, promoção da segurança/proteção, vigilância da alimentação, habilidades na comunicação verbal e  não-verbal, realização da higiene do paciente, avaliação do estado nutricional do paciente, avaliação das necessidades psicológicas e sociais, educação do paciente sobre o estado de saúde e alta. ⁴

      De acordo com as competências do enfermeiro observadas durante a pesquisa deste artigo uma das sequelas mais frequentes são as hemiparesia e hemiplegia do HSD, sendo assim, a permanência no leito por tempo prolongado acarreta uma série de complicações, como: deformidades, atrofia muscular e complicações circulatórias. Desta forma observamos que a deambulação e movimentação ativa do paciente pode inibir essas sequelas. ¹²

     Entre as sequelas observadas o edema formado após o trauma pode gerar grandes déficits neurológicas e com algumas intervenções orientadas pelo NIC-   (CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM), pode-se utilizar estratégias para minimizar, como: monitorar o estado neurológico atentamente e comparar com os dados iniciais, monitorar as características da drenagem do líquido cefalorraquidiano (cor, transparência e consistência),  administrar anticonvulsivantes conforme apropriado, posicionar a cabeceira da cama a 30° ou mais, de acordo com a recomendação de cada paciente, implementar precauções contra convulsão. Com algumas destas intervenções podemos prevenir que o edema cerebral possa evoluir, causando assim perda de memória ou até mesmo o estado de coma. 

    Na avaliação física pós-cirúrgica, um dos sinais que podem aparecer são bradicardia, hipertensão, redução da frequência respiratória, sinais pupilares como a anisocoria ou midríase que são comuns em TCE, em casos mais graves podem ser percebidos também o coma por consequência da compressão do crânio encefálico.¹¹ Segundo o NIC algumas intervenções de enfermagem para estes casos são: Evitar atividade que aumentam a pressão intracraniana, aumentar a frequência da monitorização neurológica (quando adequado), monitorar o tamanho, assimetria e a reatividade das pupilas, monitorar o nível de consciência, o nível de orientação, monitorar através da escala de coma de Glasgow, monitorar a característica da fala, entre outros. ⁵

     O cuidado da enfermagem frente ao manejo do paciente vítima de TCE, inclui um transporte cauteloso para que não se agrave o estado do paciente. É indispensável o uso de prancha, colar cervical mantendo a cabeça e pescoço alinhados com o eixo do corpo, tais práticas são indispensáveis para que se evite uma lesão na região cervical e o agravamento do hematoma. ¹¹

   Em um estudo realizado visando observar o planejamento do cuidado aos pacientes com hematoma subdural e o diagnóstico de enfermagem segundo a NANDA – I, verificou-se que o aprimoramento de medidas terapêuticas pode ser essencial na tomada de decisão e impacta diretamente na sobrevida do paciente. O Estudo revelou que o Hematoma Subdural Crônico foi causado por trauma em 52% dos pacientes. Entre eles, 37,7% eram hipertensos, 20% possuíam algum tipo de doença neurológica, 44% apresentavam cefaléia, 40% tinham alteração de consciência e 27,5% possuíam algum tipo de alteração motora.⁷

    Sendo assim, a alteração de consciência foi a alteração mais comum nos idosos, e a cefaléia mais comum em não idosos. A comorbidade mais associada foi a hipertensão, e a causa mais frequente do hematoma subdural crônico foi o traumatismo craniano.⁷

  Ante as lacunas nas investigações dirigidas ao tema, que relatam as manifestações clínicas, mas não descrevem os diagnósticos e intervenções de enfermagem, muito ainda tem que se ampliar no tocante ao conhecimento a fim de contribuir para a prática clínica. ⁴

5. CONCLUSÃO

    Por meio deste estudo obtivemos dados que ressaltam e alertam sobre a importância do cuidado do paciente submetido a drenagem do hematoma subdural, tanto na prevenção, diagnóstico, cuidado intra operatório e tratamento. Contribuindo desta forma para as evidências que o cuidado de enfermagem tem com o paciente submetido a esse procedimento deve ser seguido com total cautela para uma recuperação sem qualquer tipo de sequelas ou danos, levando o paciente a ter uma melhor qualidade de vida após o trauma.

    Os resultados desta análise destacam a eficácia no tratamento ao paciente previamente assistido com o manejo de técnicas adequadas, planejamento e medidas de intervenção do profissional de enfermagem no cuidado prestado à vítima de um Hematoma Subdural.

      No entanto, é importante reconhecer que podem surgir durante o tratamento de HSD, complicações cirúrgicas, pós-operatórias, recorrências do hematoma subdural. E essas complicações são desafios e riscos que destacam a importância da avaliação pré-operatória completa, intervenções de enfermagem executadas nas técnicas, e um tratamento apropriado e personalizado para cada paciente para minimizar os riscos e maximizar os resultados do tratamento.

   Os obstáculos encontrados entre os estudos serviram de alerta para a necessidade da ampliação de estudos e pesquisas de tal tema a fim de contribuir para a prática clínica, tema esse que tem tido um aumento considerável de casos durante os últimos anos. desta forma estudos adicionais são necessários para fornecer e orientar práticas clínicas que ajudarão na evolução constante desta área em questão.          

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2. ARAUJO, N et. al. ANÁLISE CORPORATIVA DO DESFECHO CLÍNICO E NEUROLÓGICO DE HEMATOMAS SUBDURAIS TRAUMÁTICOS. Revista Ibero-Americana de Humanidade, Ciências e Educação. São Paulo. Março, 2024.Acesso em 10 de abril de 2024. Disponível em: em:https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/13337

3. BADKE, Marcio Rossato et al. HEMATOMA SUBDURAL AGUDO TRAUMÁTICO: Um estudo de caso. Disponível em: (PDF) HEMATOMA SUBDURAL AGUDO TRAUMÁTICO: Um Estudo de Caso | marcio badke – Academia.edu.

4. COUTO, Sandra et al. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM À PESSOA COM HEMATOMA SUBDURAL RESULTANTE DE TRAUMATISMO CRÂNIO – ENCEFÁLICO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA. Disponível em: viahttps://revistas.uevora.pt/index.php/saude_envelhecimento/article/view/543/0.

5. MCCLOSKEY. JC, BULECHEK GM. CLASSIFICAÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM  (NIC). Edição 3. Artmed. Janeiro, 1999. páginas: 280 e 594.

6. MIRANDA, Alexandre. HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO-HSDC – Belo Horizonte – MG. Abril,2023. Acesso em 10 de abril de 2024. Disponível em: https://www.neurocirurgiabh.com.br/hematoma-subdural#:~:text=%E2%80%8BO%20hematoma%20subdural%20%C3%A9,at%C3%A9%20o%20estado%20de%20coma

7. NETO, João Cruz. ASSISTÊNCIA AO HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO: PERFIL DE PACIENTES E DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM SEGUNDO A NANDA – I. Disponível em: Visão do Cuidado com Hematoma Subdural Crônico: Perfil dos pacientes e diagnósticos de enfermagem segundo a NANDA-I (rsdjournal.org).

8. NETO, Jamil Farhat et al. HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO: análise epidemiológica e prognóstica de 176 casos. Disponível em: capa volume 2 numero 4.in dd (gn1.link).

9. SANTOS, L.P.A et al. COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS DO HEMATOMA SUBDURAL CRÔNICO. Disponível em: 126001 Comlicações Cirurgicas do Hematoma Subdural Crônico . OK (ufs.br).

10.  Saputro S, Siswanto & Utami Y. THE CORRELATION BETWEEN NURCE TIME RESPONSE AND THE HEMODYNAMIC STATUS TO THE HEAD INJURY PATIENT IN IGD ROOM OF RSUD DR. MoewardI International Journal of Nursing Education. 2021. [citado em mar 2022]; 12(4): 143-147. Disponível em: https://ejournal.lucp.net/index.php/mjn/issue/view/95

11.  SMELTZER, S et al. BRUNNER & SUDDARTH: Tratamento de enfermagem médico-cirúrgica. Edição 12.  Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2011. pag. 1078 E  3217 a 3218.

12. VOLPATO, A., PASSOS, V. TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM. Edição 4. SãoPaulo-SP.  2015, pag. 105 Acesso em: 11 de abril de 2024.


1 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls, email: debora.reis@lseducacional.com 

2 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls e-mail:leticia.t.s.sisnandes@lseducacional.com 

3 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls, e-mail:loislene.m.silva@lseducacional.com 

4   Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls, e-mail:marluce.b.s.coelho@lseducacional.com  

5 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls, e-mail:sara.b.s.santos@lseducacional.com 

6 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Ls, e-mail:thatielly.p.gama@lseducacional.com

7 Professora. Orientadora. Me.  de Enfermagem/FaculdadeLS,e-mail:abia.lima@unils.edu.br