ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM PNEUMONIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/th102412140926


Manoel Ray Alves de Sousa
Josenilda Silva Moraes
Joelma do Socorro de Souza Tota
Rosy Meiry Dornelas Barradas
Maria Cristina das Neves Silva
Norma Iracema Silva da Rosa
Edna G Da S Rocha
Nailde das Neves da Silva
Eunice Fátima de Oliveira
Erika Vanessa Silva de Souza
Iasmin Oneide Figueira de castro Leal
Vivian Beatriz Lima de Moraes
Maria Luísa Costa de Lima
Rossilvia Morais Tocantins
Ruan Rodrigues Felicidade
Orientadora: Profª Ma. Camilla Cristina Lisboa do Nascimento


RESUMO

A pneumonia é uma das principais causas de morbimortalidade infantil, sendo responsável por cerca de 15% das mortes em crianças menores de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Este estudo avaliou a contribuição da enfermagem na melhoria dos desfechos de saúde em crianças com pneumonia, por meio de uma revisão integrativa de literatura, abrangendo artigos publicados entre 2017 e 2023 nas bases de dados MEDLINE e LILACS, acessadas via Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Após triagem criteriosa, sete estudos foram selecionados, evidenciando que a assistência de enfermagem requer conhecimentos técnicos especializados, abordagem humanizada e adaptação às necessidades individuais das crianças. Os resultados demonstraram que o enfermeiro desempenha papel essencial na recuperação integral dos pacientes, na prevenção de complicações e na orientação das famílias, destacando a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para intervenções seguras e eficazes. A promoção de práticas como aleitamento materno, vacinação e higienização mostrou-se crucial para reduzir os fatores de risco e fortalecer a saúde pública infantil, gerando impacto positivo na qualidade de vida das crianças e de suas famílias.

PalavrasChave: Enfermagem. Pneumonia. Criança.

ABSTRACT

Pneumonia is one of the leading causes of infant morbidity and mortality, accounting for approximately 15% of deaths in children under five years old, according to the World Health Organization. This study assessed the contribution of nursing to improving health outcomes in children with pneumonia through an integrative literature review of articles published between 2017 and 2023 in the MEDLINE and LILACS databases, accessed via the Virtual Health Library (BVS). After a rigorous selection process, seven studies were analyzed, highlighting that nursing care requires specialized technical knowledge, a humanized approach, and adaptation to the individual needs of children. The findings demonstrated that nurses play a crucial role in the comprehensive recovery of patients, the prevention of complications, and family education, emphasizing the importance of the Nursing Care Systematization (NCS) for safe and effective interventions. Practices such as breastfeeding, vaccination, and hygiene promotion proved essential for reducing risk factors and strengthening public child health, positively impacting the quality of life of children and their families.

Keywords: Nursing. Pneumonia. Child.

1 INTRODUÇÃO

Apesar dos progressos na prevenção e nos tratamentos, a pneumonia mantém-se como uma das maiores causas de morbidade e mortalidade entre crianças globalmente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta essa enfermidade como responsável por aproximadamente 15% do total de mortes em crianças abaixo de cinco anos (OMS, 2015), destacando a urgência de métodos efetivos e acessíveis para prevenção e tratamento (Alexandrino et al., 2022). 

A contribuição dos enfermeiros é indispensável, não somente no cuidado clínico da pneumonia pediátrica, mas igualmente na orientação aos pais ou responsáveis, na prevenção da doença e na promoção de saúde. Os enfermeiros têm um papel crucial na identificação precoce dos sinais de pneumonia, na administração correta dos tratamentos e no aconselhamento sobre práticas preventivas. Por exemplo, a melhoria da higiene oral, incluindo cuidados profissionais e mecânicos, mostrou-se custo-efetiva na prevenção da pneumonia em residentes de lares de idosos (Okubo et al., 2022).

Contudo, a despeito da clara importância dos enfermeiros no manejo da pneumonia infantil, observa-se uma carência de informações detalhadas na literatura sobre as práticas e estratégias que estes profissionais podem adotar para maximizar sua efetividade nessa área. 

Este estudo propõe-se a explorar a extensão do impacto que os enfermeiros podem ter no atendimento a crianças com suspeita ou diagnóstico de pneumonia, mediante uma revisão da literatura e análise das práticas atuais. O objetivo é salientar abordagens eficazes e oferecer recomendações para reforçar o papel dos enfermeiros nesse segmento vital da saúde pediátrica (Andrade et al., 2021).

A importância desta pesquisa é sublinhada pela contínua alta incidência de pneumonia em crianças globalmente, a despeito dos avanços na medicina preventiva e nos tratamentos disponíveis. A necessidade urgente de desenvolver estratégias eficazes para enfrentar esta doença é destacada pelos dados de 2015 da Organização Mundial da Saúde, que identifica a pneumonia como uma das principais causas de óbito entre crianças brasileiras com idade entre 1 e 59 meses (Kupek; Vieira, 2016).

Neste contexto, o papel dos enfermeiros é especialmente crítico, abrangendo não só o cuidado clínico, mas também aspectos de educação em saúde, prevenção da doença e apoio aos familiares (Da Silva; Perez, 2023). 

A escassez de detalhes na literatura sobre as abordagens específicas que enfermeiros podem empregar para aumentar sua eficácia no tratamento da pneumonia pediátrica enfatiza a necessidade de investigar profundamente o impacto de suas ações. Assim, esta pesquisa busca não apenas preencher essa lacuna de conhecimento, mas também fornece recomendações práticas e baseadas em evidências que possam ampliar a contribuição dos enfermeiros nesta área vital da saúde infantil.

Adicionalmente, esta investigação possui relevância tanto teórica quanto prática, aspirando a enriquecer a literatura existente e expandir o entendimento sobre o papel dos enfermeiros no gerenciamento da pneumonia em crianças. Ao elucidar práticas de cuidado que resultam em melhores desfechos de saúde e propor estratégias e intervenções fundamentadas em evidências, espera-se impactar positivamente tanto as políticas de saúde pública quanto a prática clínica.

Nessa pesquisa pretende-se destacar a importância crítica da enfermagem especializada na promoção da saúde e no suporte às famílias, garantindo um cuidado abrangente e efetivo para as crianças impactadas por essa enfermidade, evitando sua progressão (Pedraza; Araújo, 2017).

Nesse estudo questiona-se quais práticas de enfermagem são mais eficazes no diagnóstico e manejo da pneumonia pediátrica?

justificativa

A pneumonia continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade infantil em todo o mundo, especialmente em países em desenvolvimento, onde as desigualdades no acesso aos serviços de saúde dificultam a prevenção, diagnóstico e tratamento precoces. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa enfermidade é responsável por cerca de 15% das mortes em crianças menores de cinco anos, evidenciando a necessidade de estratégias efetivas para o enfrentamento desse problema de saúde pública.

Nesse contexto, a enfermagem desempenha um papel central tanto no cuidado direto aos pacientes quanto na promoção de ações preventivas e educativas junto às famílias. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) oferece uma abordagem metodológica que potencializa o atendimento integral e humanizado, facilitando a recuperação das crianças e prevenindo complicações graves.

A relevância do presente estudo se fundamenta na necessidade de fortalecer a base científica que subsidia as práticas de enfermagem relacionadas à pneumonia pediátrica. Além disso, busca-se contribuir para o aprimoramento das estratégias de cuidado, enfatizando a importância do enfermeiro como educador em saúde e agente de mudança na atenção primária e hospitalar.

Portanto, o estudo justifica-se pela lacuna de conhecimento quanto à sistematização e padronização de intervenções baseadas em evidências, e pela oportunidade de promover avanços na qualidade do cuidado à saúde infantil, beneficiando tanto as crianças acometidas quanto suas famílias e a saúde pública em geral.

1.2 OBJETIVOS 

1.2.1 Geral 

Avaliar a assistência de enfermagem prestada a crianças com diagnóstico de pneumonia, com base na literatura científica.

1.2.2 Específicos 

  • Identificar, com base na literatura, as práticas de enfermagem voltadas para o cuidado de crianças com diagnóstico de pneumonia;
  • Analisar a produção científica sobre a atuação do enfermeiro na assistência pediátrica em casos de pneumonia;
  • Descrever as estratégias e intervenções de enfermagem aplicadas ao cuidado de crianças diagnosticadas com pneumonia.

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 EPIDEMIOLOGIA DA PNEUMONIA PEDIÁTRICA

A pneumonia pediátrica constitui um desafio significativo para a saúde pública global, emergindo como uma das principais causas de morbidade e mortalidade infantil, especialmente nos países de baixa e média renda. Estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que essa condição é responsável por uma parcela substancial das mortes entre crianças menores de cinco anos, evidenciando a necessidade premente de estratégias eficientes de prevenção e tratamento (Kupek; Vieira, 2016). 

A pesquisa conduzida por Alexandrino et al. (2022) reflete sobre a pneumonia não apenas como uma preocupação de saúde aguda, mas também como um indicativo da demanda por aprimoramentos nos sistemas de saúde, políticas públicas, e iniciativas de intervenção.

Diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos (como o Pneumocystis jirovecii), são conhecidos por causar pneumonia (Vieira et al., 2023). Dentre eles, o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae tipo b são identificados como alguns dos patógenos bacterianos mais prevalentes (De Oliveira et al., 2012). 

Os vírus, particularmente o vírus sincicial respiratório (VSR), também são reconhecidos por sua contribuição significativa para os casos de pneumonia infantil (Canindé et al., 2023).

A transmissão desses patógenos ocorre primariamente por meio de gotículas respiratórias e aerossóis, o que destaca a importância das práticas de higiene e da vacinação como medidas preventivas essenciais (Silva et al., 2023).

Os efeitos da pneumonia sobre a saúde das crianças variam amplamente, desde casos leves, gerenciáveis em casa, até situações graves que exigem internação e podem levar a complicações prolongadas ou morte. Nota-se que crianças vivendo em condições de acesso restrito a serviços de saúde de qualidade, nutrição inadequada e habitação precária apresentam riscos elevados, ilustrando como a pneumonia está entrelaçada às desigualdades socioeconômicas (Pina et al., 2017).

A literatura indica que a implementação de vacinas, como a vacina pneumocócica conjugada e a vacina contra Haemophilus influenzae tipo b, tem sido instrumental na diminuição dos índices de pneumonia (Naves et al., 2019). Contudo, a cobertura vacinal incompleta em diversas áreas e o surgimento de cepas resistentes aos antibióticos permanecem como desafios (Silva et al., 2018). 

Adicionalmente, alterações nos padrões epidemiológicos, devido a fatores como as mudanças climáticas e a mobilidade da população, demandam uma constante adaptação das políticas de saúde pública (Freitas et al., 2019).

O impacto desproporcional da pneumonia pediátrica salienta a urgência de uma estratégia integrada que una medidas preventivas, como vacinação e educação em saúde (Costa et al., 2022), ao acesso a diagnósticos precoces e tratamentos eficazes (Megiani et al., 2024). A redução da mortalidade associada à pneumonia infantil através dos sistemas de saúde envolve o reforço da infraestrutura de saúde e a disponibilidade de medicamentos essenciais, bem como a formação de profissionais de saúde, incluindo enfermeiros, para prestar cuidados baseados em evidências.

Assim, a análise epidemiológica da pneumonia pediátrica não apenas ilumina sua prevalência e impacto, mas também evidencia as complexidades envolvidas na prevenção e gestão da doença. Reconhecer esses elementos é vital para o desenvolvimento de políticas e programas de saúde capazes de mitigar as causas diretas da pneumonia e abordar os fatores de risco associados, com o objetivo de diminuir a incidência desta condição entre populações infantis vulneráveis (Pimenta et al., 2021).

2.2 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ASSISTÊNCIA À PNEUMONIA PEDIÁTRICA

2.2.1 Estratégias Clínicas da Enfermagem no Manejo da Pneumonia Pediátrica

Na jornada de combate à pneumonia pediátrica, os enfermeiros assumem um papel multifuncional e essencial, abrangendo diversas facetas do cuidado, que se estende do diagnóstico precoce ao tratamento e acompanhamento da doença. O corpo de literatura existente reforça uma abordagem de cuidado integrada e multifacetada, ressaltando o papel vital dos enfermeiros em cada etapa do manejo da pneumonia (Amaral et al., 2021).

O processo de avaliação inicial conduzido pelo enfermeiro é decisivo para o diagnóstico precoce da pneumonia. Essa fase crítica envolve o reconhecimento de sintomas característicos da doença, como febre, tosse e dificuldade respiratória (Raposo et al., 2019). 

Através de uma observação cuidadosa e da coleta detalhada da história clínica do paciente, os enfermeiros são capazes de identificar prontamente os sinais de alerta (Miranda et al., 2016), promovendo um diagnóstico acelerado e a iniciação tempestiva do tratamento. A monitorização dos sinais vitais e a realização de oximetria de pulso representam ferramentas adicionais que subsidiam a avaliação da gravidade da condição da criança e a urgência de intervenções médicas.

Na esfera da administração de medicamentos, recai sobre os enfermeiros a responsabilidade de assegurar a administração precisa das doses de antibióticos ou antivirais prescritas, bem como o monitoramento dos efeitos secundários e a aderência ao tratamento. A capacitação dos pais ou responsáveis sobre a correta administração dos medicamentos em domicílio é um aspecto crítico, garantindo a continuidade do cuidado e a efetividade do tratamento (Callé, 2021).

O acompanhamento da resposta terapêutica constitui outra área de atuação chave para os enfermeiros, que devem monitorar a progressão clínica da criança, identificando melhorias ou agravamentos dos sintomas, a eficácia da medicação e a emergência de complicações. Esse monitoramento constante possibilita a realização de ajustes no plano de cuidados de maneira ágil, otimizando as chances de recuperação do paciente. A comunicação eficiente com a equipe de saúde multidisciplinar é indispensável, assegurando que todas as intervenções sejam coordenadas e centradas no bem-estar da criança (Ferreira et al., 2022).

Além disso, os enfermeiros exercem um papel educacional primordial, orientando os familiares sobre os cuidados necessários durante e após o tratamento da pneumonia. Essas orientações cobrem aspectos como a importância da hidratação, alimentação balanceada, repouso adequado e, se necessário, práticas de fisioterapia respiratória para facilitar a recuperação da função pulmonar (Silveira et al., 2022).

Assim, a literatura sublinha a indispensabilidade da atuação do enfermeiro no contexto da pneumonia pediátrica, formando a espinha dorsal de um cuidado abrangente e efetivo (Ferreira et al., 2022).

 Por meio de um engajamento proativo no diagnóstico precoce, administração apropriada de tratamentos e vigilância contínua da resposta ao tratamento, os enfermeiros desempenham um papel significativo na melhoria dos desfechos clínicos para crianças impactadas por essa condição, destacando a contribuição inestimável da enfermagem na saúde pediátrica (Sampaio; Pires, 2019).

2.3 EDUCAÇÃO EM SAÚDE E ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DA PNEUMONIA PEDIÁTRICA

Os enfermeiros desempenham um papel essencial na prevenção da pneumonia pediátrica, atuando na linha de frente da educação em saúde e no aconselhamento de pais e cuidadores. Eles são fundamentais na disseminação de informações sobre medidas preventivas, com destaque para a importância da vacinação como estratégia central de prevenção (Castro et al., 2020). 

Por meio de sessões educativas, os enfermeiros elucidam sobre a relevância das vacinas pneumocócica e contra Haemophilus influenzae tipo b, assim como a vacina contra o vírus sincicial respiratório para grupos específicos. Ao esclarecer o calendário vacinal e desfazer mitos comuns sobre a vacinação, os enfermeiros motivam uma maior adesão dos pais a este aspecto crucial da prevenção. A confiança e a clareza nas informações fornecidas por estes profissionais são determinantes para convencer os pais da segurança e efetividade das vacinas, fomentando uma cobertura vacinal mais abrangente e contribuindo para a diminuição dos casos de pneumonia entre as crianças (Naves et al., 2019).

Adicionalmente, a nutrição adequada é enfatizada como elemento vital para a saúde infantil e prevenção de doenças respiratórias (Dias et al., 2020). Os enfermeiros orientam sobre os benefícios do aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida, destacando seu papel na imunidade e nutrição (Santos; Santos, 2023). 

Após esse período, recomendam a introdução de alimentos nutritivos e a manutenção de uma dieta equilibrada para fortalecer o sistema imune das crianças. A orientação nutricional oferecida ajuda os pais a entender a relação entre uma dieta saudável, o desenvolvimento infantil e a prevenção de doenças (Cavalcanti, 2019).

As práticas de higiene constituem outra área prioritária na prevenção da pneumonia, e os enfermeiros despendem um esforço considerável em instruir técnicas corretas de lavagem das mãos, a importância de ambientes limpos e arejados, e a etiqueta respiratória, como cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar. Tais práticas, embora simples, são eficazes na redução da transmissão de agentes infecciosos. Através de materiais didáticos, demonstrações práticas e diálogos, os enfermeiros reforçam a significância destas medidas entre os cuidadores, promovendo hábitos que protegem as crianças de diversas patologias (Andrade et al., 2021).

Portanto, a atuação dos enfermeiros na prevenção da pneumonia pediátrica, por meio da educação em saúde, é profunda. Abordando temas vitais como a vacinação, nutrição apropriada e higiene, eles não apenas informam, mas também capacitam os responsáveis, fornecendo-lhes os meios necessários para a prevenção da doença. Este aspecto educacional da enfermagem é crucial no combate à pneumonia pediátrica, destacando a importância destes profissionais na saúde pública e na prevenção de enfermidades (Pimenta et al., 2021).

 2.4 DESAFIOS E COMPETÊNCIAS DA ENFERMAGEM NO CUIDADO PEDIÁTRICO À PNEUMONIA

Na esfera da enfermagem pediátrica, particularmente no tratamento de crianças com pneumonia, os profissionais enfrentam uma série de desafios que podem afetar a qualidade e a eficácia do atendimento. A literatura identifica restrições de recursos, formação insuficiente e a ausência de protocolos padronizados como as principais barreiras enfrentadas por enfermeiros, impactando significativamente o cuidado prestado (Silva et al., 2022).

A falta de recursos constitui um problema comum na saúde (Soratto et al., 2017), provocando a falta de medicamentos (Rocha, 2022), equipamentos inadequados para monitoramento e tratamento (De Souza et al., 2014), bem como um quadro reduzido de pessoal de enfermagem (Da Costa et al., 2018) comprometem a capacidade de oferecer um atendimento efetivo às crianças afetadas pela pneumonia. Tal escassez pode resultar em diagnósticos tardios e atrasos no início do tratamento, elevando o risco de complicações severas e, nos piores casos, culminando em fatalidades.

A formação inadequada dos enfermeiros surge como outro obstáculo crítico (Aarestrup; De Melo, 2008). A ausência de especialização em pediatria ou em cuidados respiratórios pode restringir a competência dos enfermeiros para reconhecer os sinais e sintomas precoces da pneumonia, afetando adversamente a prontidão e precisão do diagnóstico e do tratamento. Ademais, uma educação deficiente sobre práticas fundamentadas em evidências científicas pode prevenir a implementação de estratégias de tratamento atualizadas e mais efetivas, resultando em um cuidado de alto padrão (Magalhães et al., 2017).

A falta de protocolos claros e uniformes é mais um desafio a ser superado. Na ausência de diretrizes consolidadas, os enfermeiros podem enfrentar dificuldades em fundamentar suas decisões clínicas em dados científicos robustos, levando a uma variação nos padrões de cuidado e, potencialmente, a procedimentos menos eficazes (Antunes et al., 2021). A inexistência de protocolos bem definidos também pode obstruir a coordenação entre os diversos profissionais de saúde, gerando lacunas no atendimento e prejudicando tanto a experiência do paciente quanto os resultados de saúde.

Diante dessas barreiras, é crucial implementar medidas que visem atenuar esses entraves e aprimorar a qualidade do cuidado prestado. Alocar recursos suficientes, investir na formação continuada dos enfermeiros em áreas especializadas de cuidados pediátricos e respiratórios, e estabelecer e adotar protocolos de cuidados baseados em evidências são ações fundamentais (Veras et al., 2019). 

Estas iniciativas devem ser apoiadas por um comprometimento robusto por parte das instituições e do governo, com o objetivo de reforçar os sistemas de saúde e assegurar que os enfermeiros disponham dos recursos necessários para administrar um atendimento eficaz às crianças diagnosticadas com pneumonia, fortalecendo assim o papel da enfermagem na promoção da saúde pediátrica e na prevenção de doenças (Moraes et al.,2021).

2.5 ESTRATÉGIAS DA ASSISTENCIA EM ENFERMAGEM BASEADAS EM EVIDÊNCIAS

A integração de estratégias baseadas em evidências na enfermagem é crucial para otimizar os resultados de saúde (Danski et al., 2017). Essas estratégias, abrangendo desde práticas de triagem aperfeiçoadas até a participação em programas de educação continuada e o desenvolvimento de diretrizes clínicas (Cafe et al., 2024), são fundamentais para o manejo eficaz da doença.

Práticas de triagem aperfeiçoadas são essenciais para o diagnóstico precoce da pneumonia, facilitando intervenções rápidas que podem ser decisivas na prevenção de complicações graves. Estudos destacam a utilidade de checklists para a identificação sistemática de sintomas e sinais clínicos, como dificuldade respiratória e taquipneia (Araújo et al., 2023), além de sublinhar a importância da oximetria de pulso como uma ferramenta valiosa na avaliação da oxigenação do paciente. O treinamento e a capacitação dos enfermeiros em técnicas de avaliação respiratória e na interpretação acurada dos sinais vitais são imprescindíveis, assegurando um diagnóstico ágil e preciso de casos que demandam cuidados médicos imediatos (De Albuquerque et al., 2015).

Os programas de educação continuada constituem um pilar chave para manter os enfermeiros atualizados com as práticas mais recentes no cuidado com os pacientes (Moreira, 2023). Tais programas podem cobrir uma ampla gama de tópicos, desde as diretrizes mais atuais de manejo da pneumonia até avanços em avaliação clínica e farmacologia. 

Estratégias como workshops, seminários e cursos são métodos efetivos para fomentar o desenvolvimento profissional contínuo, enriquecendo o conjunto de competências dos enfermeiros e, consequentemente, melhorando a qualidade do cuidado oferecido às crianças. O desenvolvimento de diretrizes clínicas baseadas em evidências é outra estratégia vital para estabelecer um padrão de cuidado uniformizado e promover a implementação das melhores práticas clínicas (Serra, 2021). Essas diretrizes servem como guias para o manejo da pneumonia, abrangendo desde a avaliação inicial até decisões sobre hospitalização, escolha de antimicrobianos e monitoramento do tratamento. A elaboração dessas diretrizes demanda a colaboração entre várias entidades, como instituições de saúde, sociedades profissionais e órgãos governamentais, e sua atualização constante é crucial para refletir os progressos científicos e as inovações no campo da saúde.

Ao adotar essas estratégias baseadas em evidências na rotina da enfermagem, destacase o papel crítico dos enfermeiros na luta contra a pneumonia pediátrica, não apenas melhorando os cuidados prestados, mas também contribuindo significativamente para a redução da morbidade e mortalidade relacionadas a essa enfermidade prevalente. Assim, a prática de enfermagem, embasada em evidências sólidas e atualizadas, torna-se um componente indispensável no espectro da saúde pediátrica, evidenciando a importância da contínua educação e desenvolvimento profissional nesse contexto desafiador (Danski et al., 2017).

Estudos realizados em diversos contextos de saúde têm demonstrado que a intervenção precoce e o manejo adequado por parte dos enfermeiros estão diretamente associados a melhores desfechos clínicos em crianças diagnosticadas com pneumonia (Sá, 2022). 

Uma das áreas de impacto mais evidente é a taxa de recuperação das crianças. Pesquisas apontam que práticas de cuidado baseadas em evidências, incluindo a administração precisa de medicamentos e o monitoramento rigoroso dos sintomas, contribuem para uma recuperação mais rápida e completa, diminuindo a probabilidade de complicações ou sequelas das doenças (Rocha et al., 2019)

Além disso, a duração da doença pode ser significativamente reduzida quando os enfermeiros aplicam práticas de cuidado eficazes e realizam um acompanhamento contínuo do estado clínico da criança. A orientação dos pais sobre cuidados domiciliares, especialmente em relação à medicação, hidratação e nutrição adequadas durante o período de recuperação, tem um papel crucial neste aspecto. Estudos destacam que o envolvimento ativo dos enfermeiros na educação dos familiares não apenas promove uma gestão mais efetiva dos cuidados em casa, mas também pode prevenir readmissões hospitalares e reduzir a duração da intervenção médica necessária (Lopes, 2015).

A satisfação dos familiares com o cuidado recebido é outro indicador importante da qualidade do serviço de saúde. A comunicação efetiva, a empatia e o apoio emocional prestados pelos enfermeiros são elementos centrais que contribuem para a satisfação dos familiares. 

Pesquisas indicam que familiares de crianças com pneumonia frequentemente valorizam a capacidade dos enfermeiros de fornecer informações claras e compreensíveis sobre o tratamento e o cuidado, bem como o suporte emocional durante este período desafiador. A confiança no cuidado prestado pelos enfermeiros e a percepção de um ambiente acolhedor e seguro são aspectos frequentemente associados a uma maior satisfação familiar (Pacheco et al., 2020).

Em resumo, a literatura científica sublinha o impacto positivo que a atuação dos enfermeiros tem nos resultados de saúde das crianças com pneumonia (Branquinho; Lanza, 2018). Através de práticas de cuidado baseadas em evidências, educação dos familiares e um relacionamento de suporte e confiança, os enfermeiros desempenham um papel fundamental na melhoria das taxas de recuperação, na redução da duração da doença e na elevação da satisfação dos familiares, destacando a importância vital destes profissionais no contexto da saúde pediátrica.

3 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido como uma Revisão Integrativa de Literatura (RIL), que buscou sintetizar pesquisas de forma sistemática, ordenada e abrangente, conforme descrito por Ercole, Melo e Alcoforado (2014). A revisão integrativa foi escolhida por sua capacidade de fornecer um panorama amplo sobre as práticas de enfermagem na assistência a crianças com pneumonia, permitindo a inclusão de estudos experimentais e quase experimentais, além da combinação de dados teóricos e empíricos.

A metodologia foi baseada no referencial de Mendes, Silveira e Galvão (2008) e seguiu seis etapas:

  1. Estabelecimento do tema e questão de pesquisa: Foi definida a seguinte pergunta norteadora: “Quais são as evidências científicas sobre o impacto das práticas de enfermagem na assistência à criança com diagnóstico de pneumonia?”.
  2. Estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos: A busca foi realizada nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), especificamente na MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online), que reúne informações biomédicas e de saúde pública, e na LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), que inclui publicações científicas da América Latina e Caribe. Utilizaram-se os descritores “Enfermagem”, “Pneumonia” e “Criança”, combinados pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos completos publicados entre 2017 e 2023, em português, que respondiam à pergunta norteadora. Excluíram-se relatos de experiência, editoriais, estudos que não tratavam diretamente do cuidado de enfermagem na pneumonia pediátrica, artigos duplicados e publicações em idiomas estrangeiros não traduzidos.
  3. Definição de informações extraídas dos artigos selecionados: Utilizou-se um instrumento de coleta de dados adaptado de Ursi (2005) e Galvão (2006), contemplando informações como autor/ano, periódico, método, objetivos e uma síntese dos resultados. Os dados foram organizados conforme a tabela abaixo.
  4. Análise crítica dos estudos incluídos: A análise foi conduzida com base na técnica de análise de conteúdo temática de Bardin (2016), que incluiu as fases de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. Essa abordagem permitiu identificar padrões, categorizar os dados e inferir interpretações mais aprofundadas sobre as práticas de enfermagem.
  5. Discussão e apresentação dos resultados: Os estudos analisados apresentaram tanto semelhanças, como a ênfase na importância do cuidado humanizado e na educação familiar, quanto diferenças nos métodos de aplicação de intervenções. Identificaram-se lacunas na literatura relacionadas à adoção de práticas baseadas em evidências e à padronização de protocolos. Além disso, foi observado que a atuação dos enfermeiros é essencial tanto na recuperação integral da criança quanto na prevenção de complicações.
  6. Apresentação da Revisão Integrativa: Os resultados foram organizados em categorias temáticas, como “Educação e Prevenção”, “Cuidado Clínico” e “Abordagens Baseadas em Evidências”, permitindo a interpretação dos dados à luz da literatura correlata.

4 RESULTADOS 

Foram encontrados 67 artigos nas plataformas estabelecidas para a pesquisa. Na primeira triagem foram excluídos 13 trabalhos por título, restando 54. Na segunda triagem foram excluídos 31 artigos por estarem duplicados, outros eram relatos e editoriais e não se aplicavam aos estudos, restando 23 artigos. Desses 23 foram selecionados 7 artigos com potencial de inclusão, depois que os demais foram retirados. Estes 7 artigos se mostraram adequados após a terceira triagem para a análise, os quais atenderam aos critérios de escolha e aos objetivos da pesquisa. 

Figura 01 – Processo de triagem dos artigos selecionados

Fonte: Protocolo da pesquisa (2024).

 Abaixo está a tabela com os artigos selecionados na pesquisa, divididos conforme a proposição adaptada do método URSI (2005).

Quadro 01  – Síntese dos Estudos Selecionados sobre Assistência de Enfermagem em Pneumonia Infantil (2017-2023):

  1. Castro et al. (2017): Relato de caso apresentado no Encontro Internacional de Jovens Investigadores, que descreveu a assistência de enfermagem a uma criança hospitalizada por pneumonia aspirativa. O estudo destacou a importância da abordagem humanizada e da observação constante para prevenir complicações.
  2. Fuzer et al. (2018): Relato de experiência publicado pela Faculdade Integrada Santa Maria, abordando a assistência de enfermagem em crianças com pneumonia brônquica. Evidenciou a necessidade de intervenções oportunas, como nebulizações e monitoramento contínuo, para evitar agravamentos.
  3. Nascimento (2021): Revisão de literatura qualitativa descritiva, conduzida na Faculdade Anhanguera, que sistematizou os cuidados de enfermagem em crianças com pneumonia, enfatizando a necessidade de educação familiar e cuidados preventivos para reduzir internações recorrentes.
  4. Amaral et al. (2021): Pesquisa qualitativa descritiva publicada na Revista Sociedade Brasileira de Enfermagem Pediátrica, que investigou o papel do enfermeiro na prevenção de hospitalizações infantis por condições sensíveis à atenção primária. Destacou práticas educativas e preventivas, como higiene e vacinação.
  5. Nascimento (2021): Revisão integrativa da literatura realizada na Faculdade Anhanguera, que verificou boas práticas na prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica em UTIs pediátricas. Bundles, como elevação da cabeceira e higiene bucal, mostraram-se eficazes na redução de infecções.
  6. Valle et al. (2022): Relato de experiência exploratório apresentado no Congresso Brasileiro de Saúde da Criança e Adolescente, que analisou o processo de enfermagem à luz da Teoria das Necessidades Básicas de Wanda Horta, destacando intervenções humanizadas para diagnósticos como dor aguda e troca gasosa prejudicada.
  7. Tavares et al. (2023): Estudo exploratório descritivo realizado na Universidade Federal de Alagoas, que elaborou um plano de cuidados de enfermagem para crianças em vulnerabilidade programática, utilizando a Teoria das Necessidades Básicas de Wanda Horta. O estudo reforçou a eficácia de planos estruturados para atender às necessidades fisiológicas e emocionais.

Os estudos selecionados apresentam uma variedade de abordagens, desde relatos de caso até revisões integrativas, evidenciando a importância da assistência de enfermagem na prevenção e tratamento da pneumonia pediátrica. Após a análise dos estudos, emergiram quatro categorias principais que sintetizam as contribuições da enfermagem para os desfechos positivos em crianças com pneumonia. A primeira categoria, denominada Cuidados Clínicos e Técnicos, destaca a importância de intervenções específicas, como nebulizações, monitoramento contínuo, elevação da cabeceira e higienização bucal, que se mostram fundamentais para prevenir complicações e melhorar os desfechos clínicos. A segunda categoria, Educação em Saúde e Envolvimento Familiar, aborda o papel essencial do enfermeiro como educador, enfatizando práticas preventivas como vacinação, higiene domiciliar e aleitamento materno, além do envolvimento ativo da família no processo de recuperação da criança. A terceira categoria, Humanização do Cuidado, enfatiza a necessidade de uma abordagem empática e individualizada no atendimento às crianças e suas famílias, criando um ambiente acolhedor e respeitando as necessidades específicas de cada paciente. Por fim, a quarta categoria, Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), ressalta o uso da SAE como uma ferramenta metodológica indispensável para organizar e direcionar o cuidado de maneira segura e eficaz. A Teoria das Necessidades Básicas de Wanda Horta foi amplamente utilizada como base teórica nos estudos, reforçando a abordagem integral do cuidado ao abordar as necessidades fisiológicas, emocionais e de segurança das crianças e de suas famílias. Essas categorias evidenciam o papel estratégico da enfermagem na promoção da saúde infantil e na redução das complicações associadas à pneumonia pediátrica, reforçando a relevância de práticas baseadas em evidências para garantir a qualidade do cuidado prestado.

5 DISCUSSÃO

A análise dos estudos selecionados permitiu identificar quatro categorias principais relacionadas à assistência de enfermagem em crianças com pneumonia: Cuidados Clínicos e Técnicos, Educação em Saúde e Envolvimento Familiar, Humanização do Cuidado e Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Essas categorias evidenciam a abrangência e a complexidade da atuação do enfermeiro, destacando seu papel central na recuperação de crianças com pneumonia e na prevenção de complicações.

  • Cuidados Clínicos e Técnicos

Os cuidados técnicos representam a base para a recuperação de crianças hospitalizadas por pneumonia. Estudos como os de Castro (2017) e Fuzer et al. (2018) enfatizaram a necessidade de intervenções específicas, como nebulizações, administração de medicamentos intravenosos, suporte de oxigênio e monitoramento contínuo dos sinais clínicos. Em particular, Castro (2017) destacou como a avaliação constante do padrão respiratório e a identificação precoce de complicações foram determinantes para o sucesso do tratamento. Essas intervenções demandam conhecimento técnico-científico atualizado e a capacidade de aplicar protocolos baseados em evidências.

A necessidade de estratégias preventivas também foi apontada. Nascimento (2021) enfatizou a relevância dos bundles para prevenir pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) em UTIs pediátricas, destacando medidas como elevação da cabeceira, higiene oral e mudanças de decúbito. A adesão a essas práticas reduziu significativamente as infecções hospitalares, embora desafios como a inconsistência na aplicação dos protocolos permaneçam. Esses achados ressaltam que os cuidados técnicos eficazes são fundamentais para prevenir desfechos adversos e garantir a segurança do paciente.

  • Educação em Saúde e Envolvimento Familiar

A educação em saúde emergiu como uma categoria central na assistência de enfermagem, com impacto direto na prevenção de complicações e na continuidade dos cuidados em casa. Amaral (2021) evidenciou que práticas como a orientação sobre higiene, vacinação, aleitamento materno e prevenção de exposição a alérgenos são pilares do cuidado preventivo. Além disso, o estudo reforçou a importância de consultas de enfermagem como momentos estratégicos para identificar fatores de risco e encaminhar casos graves, promovendo a saúde infantil no nível da atenção primária.

O envolvimento da família foi destacado por Fuzer et al. (2018), que apontaram que a capacitação dos cuidadores para identificar sinais de alerta e seguir as orientações de cuidado em casa foi essencial para evitar reinternações. A participação familiar não apenas auxilia na recuperação clínica da criança, mas também fortalece o vínculo entre o profissional de enfermagem e os responsáveis, criando um ambiente de confiança e colaboração. Dessa forma, a educação em saúde desempenha um papel transformador, promovendo a autonomia das famílias e reduzindo a carga sobre os serviços de saúde.

  • Humanização do Cuidado

A humanização do cuidado foi amplamente discutida como uma dimensão indispensável na assistência de enfermagem. Castro (2017) destacou que a abordagem empática e lúdica é crucial para atender às necessidades emocionais das crianças, especialmente em casos de hospitalização prolongada. Essa abordagem cria um ambiente acolhedor, minimizando o estresse e o medo associados ao tratamento médico. Além disso, Valle et al. (2022) reforçaram que a aplicação da Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, centrada nas condições fisiológicas, emocionais e de segurança, é essencial para fornecer um cuidado integral e humanizado.

A humanização também se reflete na atenção às especificidades culturais e sociais de cada família. Amaral (2021) destacou a importância de adaptar as orientações de saúde às realidades socioeconômicas das famílias atendidas, garantindo que as práticas preventivas sejam viáveis e eficazes. Assim, a humanização do cuidado não é apenas um complemento técnico, mas um princípio orientador que diferencia a prática da enfermagem de outras abordagens de saúde.

  • Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

A SAE foi identificada como uma ferramenta metodológica indispensável para estruturar o cuidado de forma segura e eficaz. Nascimento (2021) ressaltou que a SAE permite avaliar, implementar e monitorar intervenções de maneira organizada, garantindo qualidade e continuidade no atendimento. Em UTIs pediátricas, a utilização de ferramentas como a Taxonomia II da NANDA e os instrumentos NOC e NIC permitiu maior precisão nos diagnósticos e nas intervenções, conforme relatado por Valle et al. (2022).

Além disso, a SAE facilita a integração de práticas baseadas em evidências, assegurando que o cuidado prestado seja alinhado às melhores recomendações científicas disponíveis. Estudos como o de Fuzer et al. (2018) apontaram que essa sistematização é essencial para planejar intervenções que atendam às necessidades específicas de cada paciente, promovendo desfechos mais positivos. Portanto, a SAE não apenas organiza o cuidado, mas também o potencializa, permitindo ao enfermeiro atuar de forma mais segura e autônoma.

  • Integração de Abordagens Baseadas em Evidências

A análise temporal de publicações sobre pneumonia pediátrica, realizada por Tavares et al. (2023), mostrou um aumento de estudos qualitativos e teórico-reflexivos entre 2018 e 2021, destacando o interesse crescente em intervenções baseadas em evidências. Essas abordagens enfatizaram diagnósticos biológicos e fisiológicos, mas também trouxeram contribuições relevantes para práticas humanizadas e preventivas.

A integração entre práticas técnico-científicas e abordagens empáticas foi um tema recorrente nos estudos analisados. A Teoria de Wanda Horta, utilizada por Valle et al. (2022), destacou-se como um arcabouço teórico capaz de orientar intervenções integrativas, abordando tanto as necessidades clínicas quanto as emocionais dos pacientes. Essa integração é essencial para promover um cuidado mais completo e eficaz, alinhado às demandas contemporâneas da saúde pública.

  • Impactos na Saúde Pública Infantil

A assistência de enfermagem tem um impacto significativo na saúde pública infantil, contribuindo para a redução da morbimortalidade por pneumonia. As práticas preventivas e a capacitação das famílias, conforme relatado por Amaral (2021), ajudam a diminuir a incidência de complicações e a reduzir os índices de hospitalização. Além disso, a atuação do enfermeiro na atenção primária, destacada por Amaral (2021) e Nascimento (2021), reforça o papel estratégico desse profissional na promoção da saúde e na prevenção de doenças.

A combinação de cuidados técnicos, humanização, educação em saúde e sistematização das práticas reforça a importância da enfermagem na melhoria dos desfechos de saúde em crianças com pneumonia. Essa atuação integrada não apenas beneficia os pacientes diretamente, mas também contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde, reduzindo custos associados a internações e complicações graves.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Os dados obtidos nessa revisão de literatura traçam um panorama sobre o papel do enfermeiro nesse campo, demonstrando que sua atuação profissional impacta de forma direta na recuperação dos pequenos pacientes.

As pesquisas revelaram a prevalência de estudos qualitativos e teórico-reflexivos, demonstrando que o conhecimento de pneumonia infantil se associa a uma compreensão dos processos biológicos e fisiológicos, demonstrando como esses aspectos são considerados prioritários para os profissionais ao formular e implementar o plano de cuidados para o paciente. Supera-se nesse aspecto a dimensão técnica, permitindo reconhecer as especificidades de cada caso.

Nessa revisão de literatura ficou clara a importância do enfermeiro como educador em saúde, capaz de orientar a família sobre práticas preventivas e cuidados domiciliares que podem minimizar as chances de recorrência da pneumonia. Nesse aspecto a educação sobre higiene, alimentação, imunização e medidas preventivas são de extrema importância para reduzir a exposição a fatores de risco. 

Outro aspecto relevante foi a vigilância constante feita pelo enfermeiro, a fim de prevenir complicações durante o tratamento. Essa observação contínua permite uma resposta imediata caso haja alterações de saúde, garantindo uma assistência ajustada às necessidades da criança. O enfermeiro deve ter uma aplicação de intervenções diretas, e também a adotar medidas preventivas para evitar o agravamento do caso.

Assim, conclui-se que a assistência de enfermagem a crianças com diagnóstico de pneumonia exige conhecimentos técnicos específicos, adaptação e postura humanizada. O trabalho do enfermeiro é essencial na recuperação integral da criança e na prevenção de complicações dos casos diagnosticados de pneumonia infantil. Partindo desses pressupostos, a enfermagem estará contribuindo de forma direta para com a saúde pública infantil, gerando impactos positivos no tratamento e prevenção das infecções respiratórias das crianças.

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