ASPECTOS TOXICOLÓGICOS E CONSEQUÊNCIA DO USO E ABUSO DOS CIGARROS ELETRÔNICOS

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8057094


Thiago Henrique Andrade da Silva Sousa1
Felipe Albuquerque Marques2


RESUMO

INTRODUÇÃO: Os cigarros eletrônicos são dispositivos criados com o objetivo de simular a sensação de fumar um cigarro comum, tais objetos tem se popularizado rapidamente, que por sua vez, tem impactado na saúde daqueles que usam.

OBJETIVOS: Investigar o uso do cigarro eletrônico e seus possíveis efeitos adversos à saúde quando utilizado de forma prolongada.

MÉTODOS: As consultas foram realizadas nas bases de dados da PubMed, utilizando os termos de busca “e-cigarett” e “toxic*” no título dos trabalhos, combinados pelo operador “AND”. A busca foi restrita a artigos publicados no período de 2020 a 2023, excluindo-se revisões.  Delimitou-se a pesquisa de artigos dos últimos 8 anos, adotando essas estratégias de busca específica para base de dados: ((((“e-cigarett*”[Title])) AND (toxic*[Title]) ) NOT (review[Title/Abstract])) AND ((“2020″[Date – Publication] : “3000”[Date – Publication])). Dentre os artigos que atenderam aos critérios mencionados acima, foram considerados apenas aqueles que abordaram a comparação de análises in vivo e in vitro, onde avaliam os efeitos do uso e/ou substâncias presentes no cigarro eletrônico.  

RESULTADOS: A pesquisa bibliográfica resultou em 42 artigos relevantes de acordo com os critérios estabelecidos na metodologia. No entanto, apenas 18 desses artigos apresentaram resultados específicos sobre as complicações decorrentes do uso prolongado do cigarro eletrônico, além de compará-lo com o tabaco tradicional e examinar seu impacto em uma ampla parcela da população. 

CONCLUSÃO: Estudos adicionais revelam que o uso de cigarros eletrônicos aumenta em aproximadamente três vezes a probabilidade de um usuário também fumar cigarros convencionais. Portanto, é de extrema importância a implementação de campanhas para conscientizar os usuários/pacientes sobre os diversos malefícios associados aos cigarros eletrônicos. Essa questão configura-se como um sério problema de saúde pública.

Palavra-chave: e-cigarett e toxic.

ABSTRACT

INTRODUCTION: Electronic cigarettes are devices created with the aim of simulating the sensation of smoking a common cigarette, such objects have become popular quickly, which in turn have an impact on the health of those who consume it.

OBJECTIVES: to investigate the use of electronic cigarettes and their possible adverse health effects when used for a prolonged period.

METHODS: The searches were conducted in the PubMed databases using the search terms “e-cigarett” and “toxic*” in the title of the studies, combined with the “AND” operator. The search was limited to articles published from 2020 to 2023, excluding reviews. The search strategy specific to the database was as follows: ((((“e-cigarett*”[Title])) AND (toxic*[Title])) NOT (review[Title/Abstract])) AND ((“2020″[Date – Publication] : “3000”[Date – Publication])). Among the articles that met the aforementioned criteria, only those that addressed the comparison of in vivo and in vitro analyses, evaluating the effects of e-cigarette use and/or substances present in electronic cigarettes, were considered.

RESULTS: The translated search resulted in 42 relevant articles according to the criteria adopted in the methodology. However, only 18 of these articles demonstrated specific results on the complications resulting from the prolonged use of electronic cigarettes, in addition to comparing it with traditional tobacco and examining its impact on a large portion of the population.

CONCLUSION: Additional studies reveal the e-cigarette use increases the likelihood that a user will also smoke conventional cigarette by approximately three times. Therefore, it is extremely important to implement campaigns to make users/patients aware of the various harms associated with electronic cigarettes. This is a serious public health problem.

Keyword: electronic and toxic cigarette.

1. INTRODUÇÃO

Os cigarros eletrônicos são dispositivos criados com o objetivo de simular a sensação de fumar um cigarro comum, tais objetos tem se popularizado rapidamente, que por sua vez, tem impactado na saúde daqueles que o consomem (WALLY et al., 2019). Esses dispositivos eletrônicos, por vezes, possuem outras denominações, que incluem pods, e-cigarrest e vapers, que para efeitos didáticos e estética textual, serão tratados como sinônimos do termo cigarros eletrônicos.

O cigarro eletrônico foi lançado no mercado com a finalidade de reduzir os danos à saúde, quando comparado aos cigarros tradicionais, além de ter sido vendido sob a promessa de ser um aliado na cessação do tabagismo convencional (DARVILLE, 2019). 

Um dos componentes que compõem o cigarro eletrônico são os e-líquidos (propilenoglicol), que junto de outros princípios ativos e água, formam sua composição. Pesquisas apontam que a influência sobre os jovens que consomem o produto é o “sabor”, onde a baforada, que contêm CO2, é bem maior que a aspiração do sabor tradicional, fazendo com que a inalação seja mais frequente e usadas por muito mais tempo (BHALERAO et al., 2019; EFFAH et al., 2022). 

Portanto, são vistos como uma alternativa de abandono ao tabagismo tradicional, já que supostamente seriam menos prejudiciais aos seus usuários, provocado em parte pelos e-líquidos (TEGIN et al., 2018). Isto se justificaria pelo fato do alcatrão e monóxido de carbono não serem subprodutos do seu consumo, tal como ocorre nos cigarros tradicionais (PIPER et al., 2022). Embora não haja combustão, há diversas outras substâncias potencialmente tóxicas, tais como: nicotina, metais pesados e nitrosamida (MOHEIMANI et al., 2017). Esta “confusão” de benefícios é capitaneada pela indústria do tabaco, que propaga a falsa ideia de que os cigarros eletrônicos possam vir a ser a solução para o abono ao tabagismo tradicional (PRIMACK et al., 2018). 

Outras substâncias químicas absorvidas pelos que fazem uso dos cigarros eletrônicos, são modificadas de combinação conforme a marca do cigarro e do “e-líquido” empregado (MOHEIMANI et al., 2017). Entre os compostos estão: solventes químicos, voláteis e aldeídos, hidrocarbonetos odoríferos policíclicos, material particulado ultrafino, além de compostos que determinam os paladares (MOHEIMANI et al., 2017).

Devido ao marketing direcionado, os sabores aromatizados e a “modernidade” do cigarro eletrônico, o mesmo tem atraído um público gigantesco, jovens sem contato algum com o fumo, fumantes que estão encerrando ou já encerraram seu período com cigarro tradicional e fumantes atuais. Muitos desses produtos chegam ao mercado sem, nem mesmo, passar por um exame de toxicidade ou por uma avaliação para saber se realmente ele substitui o cigarro tradicional. (BHALERAO et al., 2019)

Por falta desse conhecimento de que o cigarro eletrônico tem efeitos adversos bem maiores que o tradicional, as empresas estão levando esse grande público ao consumo exagerado, gerando problemas na saúde, que podem comprometer a vida daqueles que aderiram a tal mecanismo. (CAVALCANTE et al., 2018)

Assim, o objetivo do trabalho foi investigar o uso do cigarro eletrônico e seus possíveis efeitos adversos à saúde quando utilizado de forma prolongada.

2. MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico com o objetivo de investigar o uso do cigarro eletrônico e seus possíveis efeitos adversos à saúde quando utilizado de forma prolongada.

As consultas foram realizadas nas bases de dados da PubMed, utilizando os termos de busca “e-cigarett” e o prefixo “toxic*” no título dos trabalhos, combinados pelo operador “AND”. A busca foi restrita a artigos publicados no período de 2020 a 2023, excluindo-se revisões. 

Delimitou-se a pesquisa de artigos, adotando essa estratégia de busca específica para base de dados: ((((“e-cigarett*”[Title])) AND (toxic*[Title]) ) NOT (review[Title/Abstract])) AND ((“2020″[Date – Publication] : “3000”[Date – Publication])). 

Dentre os artigos que atenderam aos critérios mencionados acima, foram considerados apenas aqueles que se utilizaram de experimentos in vivo e in vitro, os quais abordaram a comparação entre o cigarro tradicional e o cigarro eletrônico, bem como suas possíveis complicações.  

3. RESULTADOS

Conforme mencionado anteriormente, existe uma preocupação crescente em relação aos possíveis efeitos negativos do uso prolongado do cigarro eletrônico, levantando a questão sobre seu potencial impacto na saúde. A pesquisa bibliográfica resultou em 42 artigos relevantes de acordo com os critérios estabelecidos na metodologia. No entanto, apenas 18 desses artigos apresentaram resultados específicos sobre as complicações decorrentes do uso prolongado do cigarro eletrônico, além de compará-lo com o tabaco tradicional e examinar seu impacto em uma ampla parcela da população.

É importante destacar que os demais artigos, embora tenham fornecido informações relevantes, abordaram temas mais amplos, como a estrutura do cigarro eletrônico e suas diferentes formas de uso, que se distanciaram um pouco do objetivo central deste estudo.

Os detalhes dos 18 artigos selecionados estão apresentados de forma organizada no Quadro 1, fornecendo uma visão geral das principais descobertas e conclusões dessas pesquisas específicas. Essa abordagem visa fornecer uma compreensão mais didática e formal sobre os resultados obtidos e sua relevância para a compreensão dos potenciais riscos associados ao uso prolongado do cigarro eletrônico, em comparação com o tabaco tradicional, além de sua possível influência na saúde de uma ampla gama de indivíduos. 

Os detalhes dos 18 artigos selecionados estão descritos no Quadro 1, abaixo.

ProcedênciaTítulo do TrabalhoAutoresPeriódicoConsiderações relevantes do trabalho
PUBMEDA comparison of the electrical characteristics, liquid composition, and toxicant emissions of JUUL USA and JUUL UK e-cigarettesShihadeh A. et al.,2020As características de energia elétrica JUUL foram determinadas desmontando a unidade de energia de cada dispositivo e conectando a saída do circuito de controle de energia JUUL a um dispositivo de aquisição de dados amostrando a 20 kHz enquanto desenhava três sopros consecutivos de 10 segundos de duração a 1 L/min via ALVIN (AUB Aerosol Lab Vaping Instrument).
PUBMEDShort-term E-cigarette toxicity effects on brain cognitive memory functions and inflammatory responses in miceSunarpi H.et al.,2020O objetivo do estudo é avaliar os efeitos in vivo da exposição de curto prazo ao vapor do cigarro eletrônico no cérebro e compará-los com os efeitos da fumaça do cigarro (CS). Testados em camundongos em um período de 14 dias.
PUBMEDAcute exposures to e-cigarettes and heat-not-burn products reported to the Czech Toxicological Information Centre over a 7-year period (2012-2018)Obertova N. et al.,2020Exposições agudas a cigarros eletrônicos, recargas que contêm e-líquido e produtos HNB tornaram-se um problema sério para profissionais de saúde em todo o mundo. A exposição não intencional de bebês e crianças pequenas pode levar a envenenamento grave devido a grandes quantidades de nicotina tóxica em pequenos volumes de e-líquido. As exposições orais de lactentes e crianças pequenas podem ser provocadas por aromas atraentes, cores e medidas insuficientes à prova de crianças na construção de dispositivos e embalagens.
PUBMEDQuantification of selected aroma compounds in e-cigarette products and toxicity evaluation in HUVEC/Tert2 cellsBonn G. et al.,2020Identificar e quantificar possíveis compostos de aroma indesejáveis em e-líquidos e componentes concentrados. Aromatizantes químicos como estragol, benzaldeído e cinamaldeído foram quantificados.
PUBMEDPulmonary Toxicity and Inflammatory Response of Vape Cartridges Containing Medium-Chain Triglycerides Oil and Vitamin E Acetate: Implications in the Pathogenesis of EVALIRahman I. et al.,2020A exposição a certos cartuchos vape falsificados contendo CBD/THC aumentou recentemente as hospitalizações devido a insuficiência respiratória. De acordo com relatos de casos desde 2012, usuários de e-cig com sintomas sem etiologia direta passaram por vários diagnósticos, incluindo lesão pulmonar aguda, pneumonite atípica e pneumonia eosinofílica ou lipóide.
PUBMEDAddressing the challenges of E-cigarette safety profiling by assessment of pulmonary toxicological response in bronchial and alveolar mucosa modelsUpadhyay S. et al.,2020Testamos o efeito pulmonar relacionado à exposição de dois e-liquidos populares com sabor de frutas mistas (±NIC) usando nossos modelos multicelulares de mucosa brônquica e alveolar recém-desenvolvidos, representando diferentes regiões da árvore respiratória. Uma dificuldade em traduzir a dosimetria do nosso sistema de exposição in vitro para o pulmão in vivo é que o PNC, bem como o PSD, provavelmente diferem entre o sistema de sopro experimental e o sopro e inalação do mundo real.
PUBMEDNovel Methods for the Analysis of Toxicants in Bronchoalveolar Lavage Fluid Samples from E-cigarette, or Vaping, Product Use-Associated Lung Injury (EVALI) Cases: Terpenes.Víctor R. De Jesús, Lalith K. Silva, Cody A. Newman, and Benjamin C. Blount2020Desenvolvemos e avaliamos um método para quantificar terpenos selecionados em amostras de fluido BAL usando GC/MS/MS. O ensaio forneceu análises exatas e precisas de amostras de fluido EVALI (Lesão Pulmonar induzido pelo cigarro eletrônico) e não EVALI BAL em apoio à resposta EVALI do CDC. Este método é aplicável à determinação de uma ampla gama de terpenos em amostras de fluido BAL.
PUBMEDReducing toxic reactive carbonyl species in e-cigarette emissions: testing a harm-reduction strategy based on dicarbonyl trappingFiore A., Stephens W. et al.,2020Estabelecer a capacidade dos polifenóis de capturar RCS em líquidos formulados em laboratório vaporizados em alta potência (30 W), sugerindo seu valor potencial em formulações de e-líquidos comerciais para reduzir os níveis de carbonilas prejudiciais aos quais os vapores são expostos .
PUBMEDA Longitudinal Study of Exposure to Tobacco-Related Toxicants and Subsequent Respiratory Symptoms Among U.S. Adults with Varying E-cigarette Use StatusDai H. et al.,2020Este estudo demonstra que o uso de cigarro eletrônico está associado ao aumento da exposição a substâncias tóxicas conhecidas relacionadas ao tabaco, e certas exposições a substâncias tóxicas foram associadas a riscos aumentados de sintomas respiratórios subsequentes. A medição de biomarcadores de exposição pode fornecer avaliações objetivas de riscos à saúde relacionados ao uso de cigarros eletrônicos e vários produtos de tabaco.
PUBMEDIdentification of Newly Formed Toxic Chemicals in E-Cigarette Aerosol with Orbitrap Mass Spectrometry and Implications on E-Cigarette ControlZagorevski D., Hilpert M., et al.,2021Os ENDS (Sistemas Eletrônicos de Distribuição de Nicotina) produzem não apenas pequenos compostos tóxicos, como aldeídos, mas também grandes compostos tóxicos complexos, como NIC-PG. A toxicidade de desenvolvimento prevista para NIC-PG é preocupante para o desenvolvimento fetal em mulheres grávidas que usam ENDS, crianças expostas a aerossóis de ENDS de segunda ou terceira mão e usuários adolescentes de ENDS cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento. A forte associação positiva entre os níveis NIC-PG e a saída de energia ENDS suporta a regulação de ENDS de alta potência.
PUBMEDUntersuchungen zum Schädigungspotenzial durch den Konsum von E-ZigarettenN. Kleinsasser, et al.,2021 O uso de cigarros eletrônicos deve ser restrito até que estudos de longo prazo em particular estejam disponíveis. Além disso, é necessária uma declaração clara dos ingredientes dos líquidos pelo fabricante, a fim de poder examinar outros potenciais danos.
PUBMEDHeadspace analysis of E-cigarette fluids using comprehensive two dimensional GC×GC-TOF-MS reveals the presence of volatile and toxic compoundsR. Verena Taudte et al.,2021Usando GCxGC-TOF-MS (GC bidimensional abrangente hifenizado para espectrometria de massa de tempo de voo), foi estabelecida uma lista abrangente de mais de 1.064 VOCs (qualquer combinação de carbono) produzidos pelo aquecimento de E-líquidos com diferentes sabores. Destes 1064 compostos, 164 eram tóxicos. 
PUBMEDE-cigarettes induce toxicity comparable to tobacco cigarettes in airway epithelium from patients with COPDHannah E. O’Farrell, et al.,2021Nas células das vias aéreas de pacientes com DPOC, os aerossóis de um cigarro eletrônico de quarta geração foram associados a uma toxicidade semelhante à fumaça do cigarro. Esses resultados têm implicações potenciais para a segurança do uso de cigarros eletrônicos em pacientes com doenças pulmonares.
PUBMEDChemical analysis of selected harmful and potentially harmful constituents and in vitro toxicological evaluation of leading flavored e-cigarette aerosols in the Chinese marketXing-Tao Jiang, Ze-Hong Wu, et al.,2022Os reguladores exigem que os constituintes nocivos e potencialmente nocivos (HPHCs) que podem causar danos ao consumidor sejam monitorados no aerossol gerado pelos cigarros eletrônicos e na fumaça do cigarro (CS).
PUBMEDIn Vitro Toxicological Investigation and Risk Assessment of E-Cigarette Aerosols Based on a Novel Solvent-Free Extraction MethodHongwei Hou, Qingyuan Hu, et al.,2022Os resultados mostraram que a diferença de citotoxicidade de diferentes cigarros eletrônicos pode chegar a 22-24 vezes, a maioria dos cigarros eletrônicos causou desestabilização do equilíbrio do estresse oxidativo, incluindo a regulação positiva do conteúdo de GSH (Glutationa) na maioria dos cigarros eletrônicos, regulação negativa significativa de GSH em um cigarro eletrônico único e regulação positiva do nível de ROS em alguns cigarros eletrônicos. 
PUBMEDE-Cigarette (E-Cig) Liquid Composition and Operational Voltage Define the In Vitro Toxicity of Δ8Tetrahydrocannabinol/Vitamin E Acetate (Δ8THC/VEA) E-Cig AerosolsMarrocco A. et al.,2022A plataforma E-cig-EGS foi usada para gerar exposições de e-cig do mundo real para monitoramento em tempo real e caracterização físico-química e toxicológica de aerossóis gerados a partir de combinações de diferentes concentrações de Δ 8THC + Terp com ou sem VEA (Acetato de vitamina E) e VEA 100% em 2 tensões operacionais (3,7 e 5 V). Os e-líquidos convencionais à base de nicotina também foram usados como comparadores.
PUBMEDInhalativ toxisches Lungenversagen – „E-cigarette or vaping product use-associated lung injury“G. Gerresheim, et al.,2023O diagnóstico é de exclusão e baseia-se na história médica de uso inalatório, na imagem da tomografia computadorizada dos pulmões com opacidades em vidro fosco e na exclusão de outras doenças infecciosas pulmonares.Danos pulmonares agudos após o consumo de líquidos de evaporação disponíveis comercialmente são muito raros na Alemanha (e na UE) devido ao controle oficial da composição.
PUBMEDA contextualised e-cigarette testing strategy shows flavourings do not impact lung toxicity in vitroD. Thorne, et al.,2023Avaliar o impacto in vitro de formulações de vapor comerciais por meio de uma abordagem em duas frentes.

REVISÃO INTEGRATIVA

De acordo com os estudos de Shihadeh et al., (2020) essas descobertas destacam um experimento natural em andamento sobre a manipulação do conteúdo de nicotina na qual provavelmente é o produto de cigarro eletrônico mais popular do mundo. A observação do comportamento do usuário JUUL no Reino Unido e nos EUA pode fornecer informações valiosas como, as características da população diante do produto, exposição a agentes tóxicos e o consumo de cápsulas. Efeitos relatados na saúde variam quando a concentração de nicotina é regulada.

Sunarpi et al., (2020) A coloração imuno-histoquímica revelou alta expressão da citocina pró-inflamatória TNF-α em ambos os grupos expostos a EC e CS. Portanto, concluímos que os CEs compartilham perfis de toxicidade semelhantes aos CS, que potencialmente afetam negativamente a função cerebral. A exposição ao EC causa potencialmente anormalidades nas funções de memória e no olfato dos camundongos. 

Obertova et al., (2020) os resultados mostram a presença de compostos aromatizantes altamente concentrados e óxido de limoneno em e-concentrados com sabor de limão. Na etapa final, amostras e padrões de aroma único foram testados quanto à sua toxicidade para células HUVEC/Tert2, onde alguns produtos químicos de sabor único, como o aldeído cinâmico, revelaram efeitos tóxicos significativos.

Bonn et al., (2020) Os consumidores hoje podem comprar e-concentrados que consistem em propilenoglicol e aroma para misturar seu próprio sabor desejado em casa. Pouco se sabe sobre a composição e concentração de várias moléculas de aroma nos diferentes e-líquidos e e-concentrados. Além disso, o processo de regulamentação em toda a UE ainda está em andamento. O objetivo deste estudo de pesquisa foi identificar e quantificar possíveis compostos de aroma indesejáveis ​​em e-líquidos e e-concentrados. Aromatizantes químicos como estragol, benzaldeído e  cinamaldeído foram quantificados. As medições foram realizadas em um sistema GC-MS. 

Rahman et al., (2020) a infiltração de neutrófilos e linfócitos foi acompanhada por aumentos significativos de IL-6, eotaxina e G-CSF no líquido de lavagem broncoalveolar (BALF). No plasma de camundongos, os mediadores inflamatórios eicosanóides, leucotrienos, foram significativamente aumentados. O plasma de usuários de e-cig também mostrou níveis aumentados de ácido hidroxieicosatetraenóico (HETEs) e vários eicosanóides. A exposição a aerossóis de cartucho vape de e-cig mostrou os efeitos e toxicidade mais significativos em comparação com MCT e VEA. Além disso, determinamos as proteínas relacionadas ao SARS-CoV-2 e não encontramos nenhum impacto associado à exposição ao aerossol desses cartuchos testados. No geral, este estudo demonstra que a exposição aguda a cartuchos de e-cig vape específicos induz citotoxicidade in vitro, disfunção da barreira e inflamação e a exposição in vivo do camundongo induz inflamação aguda com marcadores pró-inflamatórios elevados na patogênese da EVALI.

Upadhyay et al., (2020) nossas descobertas indicam que a toxicidade do ECIG é influenciada pela combinação de vários fatores, incluindo sabor, conteúdo de nicotina, regime de vaping e a região da árvore respiratória (brônquica ou alveolar). Substâncias químicas tóxicas e agentes aromatizantes detectados em altas concentrações na fumaça eletrônica de cada sabor garantem uma avaliação independente por seu papel específico na transmissão de toxicidade. Portanto, abordagens multidisciplinares são necessárias para o perfil de segurança abrangente do ECIG. conteúdo de nicotina e/ou modelos pulmonares (brônquicos ou alveolares).  Portanto, abordagens multidisciplinares são necessárias para o perfil de segurança abrangente do ECIG. Substâncias químicas tóxicas e agentes aromatizantes detectados em altas concentrações na fumaça eletrônica de cada sabor garantem uma avaliação independente por seu papel específico na transmissão de toxicidade. Portanto, abordagens multidisciplinares são necessárias para o perfil de segurança abrangente do ECIG.

Víctor et al,. (2020) analítica é aplicável à determinação de uma ampla gama de VOCs em amostras de fluido BAL com limites de detecção na faixa de partes por trilhão. É importante observar que os cinco terpenos testados representam apenas uma fração dos terpenos mais voláteis que podem estar presentes no fluido BAL. No entanto, eles são onipresentes no meio ambiente e em produtos de consumo. Terpenos menos voláteis (por exemplo, esqualeno) não são adequados para quantificação por este método. A análise de terpenos voláteis no fluido BAL em níveis de partes por trilhão é uma medida extremamente complexa. No entanto, não existem métodos analíticos alternativos que atinjam a sensibilidade e a especificidade descritas neste método, capazes de quantificar terpenos selecionados no fluido BAL de maneira de alto rendimento.

Fiore et al., (2020) a análise de espectrometria de massa por cromatografia líquida destacou a formação de adutos covalentes entre anéis aromáticos e dicarbonilos em e-líquidos e amostras vaporizadas, sugerindo que os dicarbonilos foram formados nos e-líquidos como produtos de degradação de propilenoglicol e glicerol antes do vapor. A análise citotóxica de curto prazo em dois modelos celulares pulmonares mostrou que os adultos de dicarbonil-polifenol não são citotóxicos, embora a captura de carbonil não tenha melhorado a viabilidade celular. Nosso trabalho lança luz sobre a capacidade dos polifenóis de capturar RCS em altas emissões de cigarros eletrônicos de carbonila, sugerindo seu valor potencial em formulações comerciais de e-líquidos.

Dai et al., (2020) O uso de cigarro eletrônico está associado a concentrações mais altas de tóxicos conhecidos relacionados ao tabaco e riscos de sintomas respiratórios subsequentes do que os não usuários. Os usuários de cigarros eletrônicos/tabaco poli estão com maior risco do que os usuários exclusivos de cigarros eletrônicos. Este estudo longitudinal identificou associações positivas entre biomarcadores urinários basais de exposição a substâncias tóxicas relacionadas ao tabaco e riscos aumentados de sintomas respiratórios subsequentes em vários grupos de usuários de cigarros eletrônicos. O uso de cigarros eletrônicos está associado ao aumento da exposição a substâncias tóxicas conhecidas relacionadas ao tabaco, e certas exposições a substâncias tóxicas aumentam o risco de sintomas respiratórios.

Zagorevski et al., (2021) ovos compostos complexos não identificados rotineiramente e com consequências desconhecidas para a saúde podem ser formados. Amostras de aerosol ENDS foram coletadas pelo método de deposição direta de gotículas de aerossol. A análise não direcionada foi realizada usando espectrometria de massa Orbitrap com alta precisão de massa. Identificamos mais de 30 “características” no aerossol caracterizadas por pares da relação massa-carga ” m / zcrianças expostas a aerossóis ENDS de segunda ou terceira mão e usuários adolescentes de ENDS cujos cérebros ainda estão se desenvolvendo. A forte associação positiva entre os níveis NIC-PG e a saída de energia ENDS suporta a regulação de ENDS de alta potência.

Kleinsasser, et al., (2021) A fragmentação do DNA possivelmente reparável dependente da dose e profundas alterações do DNA em altas concentrações de propileno glicol justificam estudos genotoxicológicos aprimorados. Estes devem incluir estudos de exposição a longo prazo e avaliação de outros ingredientes dos líquidos. Consequentemente, os fabricantes precisam ser forçados a declarar o último.

Verena et al., (2021) a fragmentação do DNA possivelmente reparável dependente da dose e profundas alterações do DNA em altas concentrações de propileno glicol justificam estudos genotoxicológicos aprimorados. Estes devem incluir estudos de exposição a longo prazo e avaliação de outros ingredientes dos líquidos. Consequentemente, os fabricantes precisam ser forçados a declarar o último.

Hannah et al., (2021) Em resposta aos aerossóis de cigarro eletrônico com sabor Virginia Tobacco e mentol, os BECs de DPOC mostraram liberação comparável de LDH (citotoxicidade celular, p = 0,59, p = 0,67, respectivamente), danos ao DNA (p = 0,41, p = 0,51) e inflamação ( IL-8, p = 0,20, p = 0,89 e IL-6, p = 0,24, p = 0,93), à fumaça de cigarro. As células 16HBE também mostraram respostas celulares comparáveis ​​à fumaça do cigarro.Nas células das vias aéreas de pacientes com DPOC, os aerossóis de um cigarro eletrônico de quarta geração foram associados a uma toxicidade semelhante à fumaça do cigarro. Esses resultados têm implicações potenciais para a segurança do uso de cigarros eletrônicos em pacientes com doenças pulmonares.

Xing-Tao Jiang et al., (2022) a grande maioria dos HPHCs não foi detectada ou foi significativamente menor nos aerossóis de cigarro eletrônico do que no CS comercial ou no CS de referência (3R4F). Onde HPHCs foram detectados, houve pequenas variações entre os diferentes sabores de cigarros eletrônicos. Na absorção de vermelho neutro e nos ensaios de Ames, os extratos aquosos dos aerossóis de cigarro eletrônico não induziram citotoxicidade ou mutagenicidade óbvia, enquanto o extrato aquoso CS mostrou citotoxicidade e mutagenicidade relacionadas à dose. Coletivamente, esses resultados indicam que o uso de cigarros eletrônicos pode potencialmente levar a uma redução significativa na exposição a substâncias nocivas, com menos efeitos citotóxicos e mutagênicos, em comparação com o fumo convencional.

Hongwei Hou  et al., (2022) cigarros eletrônicos com maior citotoxicidade pareceram causar maior grau de dano, enquanto nenhum cigarro eletrônico promoveu mutagenicidade e liberação de citocromo c. A diferença de toxicidade entre os cigarros eletrônicos usando equivalente de nicotina foi significativamente menor do que a do ACM. Este estudo fornece um novo método de extração e um perfil de risco de toxicidade in vitro abrangente de aerossóis de cigarro eletrônico.

Marrocco et al., (2022) concentrações mais altas de compostos orgânicos voláteis gasosos foram emitidas de Δ8THC/VEA em comparação com líquidos eletrônicos à base de nicotina, especialmente a 5 V. As concentrações de PM2,5 emitidas em aerossol foram maiores para Δ8THC/VEA a 5 V e, em média, para e à base de nicotina -líquidos a 3,7 V. No geral, os aerossóis de e-líquidos à base de nicotina mostraram maior bioatividade do que os aerossóis Δ8THC/VEA nas células THP-1, sem diferenças aparentes nas células Calu-3. 

Gerresheim, et al., (2023)  padrão patológico encontrado depende de quando na evolução do processo da doença a amostra da biópsia é feita. Outras formas menos comuns de lesão pulmonar, incluindo pneumonia eosinofílica aguda e hemorragia alveolar difusa, também foram relatadas. Radiologistas e patologistas ajudam a desempenhar um papel importante na avaliação de pacientes com suspeita de EVALI. A identificação precisa e rápida pode diminuir a morbidade e a mortalidade, permitindo o manejo clínico agressivo e a administração de glicocorticóides, que demonstraram diminuir a gravidade da lesão pulmonar em alguns pacientes. Nesta revisão, os autores resumem o estado atual da arte para os achados de imagem e patológicos desse distúrbio e descrevem algumas das principais questões que ainda precisam ser respondidas.

Thorne, et al., (2023) mostramos que os e-líquidos com sabor em aerossol (adequadamente administrados) não aumentam a toxicidade geral medida do aerossol quando comparados à fumaça do cigarro. De fato, demonstramos que a toxicidade celular in vitro medida de produtos de cigarro eletrônico com sabor permanece > 95% reduzida quando comparada à toxicidade da fumaça do cigarro, usando o ponto de partida (IC 80) abordagem. Esses dados indicam que a toxicidade geral do produto não aumenta de maneira dependente do sabor e que os produtos de cigarro eletrônico com sabor podem potencialmente desempenhar um papel na redução dos danos causados ​​pelo tabaco.

CONCLUSÃO

Diante de tudo que foi exposto pelos autores e de toda a pesquisa feita observou-se que cada vez mais recorrentes entre os jovens, os DEFs ou cigarros eletrônicos (além disso denominados de vapes, e-cigarros ou pen drive) são aparelhos mecânico-eletrônicos mantidos por bateria que disseminam um aerossol contendo nicotina, entre diferentes substâncias. Muitos creem que cigarros eletrônicos ajudam as pessoas a deixarem de fumar cigarros comuns. 

Pensa-se além disso que eles são “saudáveis” por disseminar somente “vapor de água”, não tendo nenhuma substância química que sejam tóxicas e perigosas. Contudo, é totalmente o oposto do que a indústria do tabaco vem divulgando, os cigarros eletrônicos não ocasiona qualquer benefício uma vez que contêm nicotina, droga que leva à dependência; contêm ainda mais de 80 substâncias químicas, incluindo cancerígenos comprovados; O uso da nicotina aumenta o risco de trombose, AVC, hipertensão e infarto do miocárdio, entre outros.

Estudos além disso mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances de o usuário fumar também cigarros tradicionais. É muito extraordinário alertar seus pacientes/usuários sobre todos os malefícios instigados pelos cigarros eletrônicos. Essa é uma grave questão de saúde pública.

REFERÊNCIAS

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1Acadêmico do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.
2Docente do Curso de Farmácia, Universidade CEUMA.