ASPECTOS TERAPÊUTICOS DO CÂNCER DE MAMA TRIPLO-NEGATIVO ANTES E APÓS A CIRURGIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10260064


Lourraine Passos Holanda
Coautor(es):
Déborah Lílian Aragão Ferreira,
Gabriela Oliveira da Silva,
Larissa Nunes Castro,
Mariana Laura Ramos Simão
Orientador: João de Deus Valadares Filho


Resumo 

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um dos mais diagnosticados entre as mulheres, sendo a principal causa de morte por câncer nesse grupo. Apresenta duas subdivisões: os carcinomas especiais e os não-especiais, onde o último possui 5 variações imuno-histoquímicas. Em uma dessas variações, encontra-se o câncer de mama triplo-negativo (CMTN) representando cerca de 15% dos casos e predominando em mulheres abaixo dos 40 anos. É caracterizado por não expressar receptores hormonais e nem a proteína HER2 em sua membrana. O tratamento é desafiador devido à sua agressividade, sendo alva frequentes de estudos. OBJETIVOS: Elencar as principais terapêuticas atualmente ofertadas para tratamento do CMTN. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um levantamento bibliográfico na base de dados da revista da Sociedade Brasileira de Mastologia, INCA (Instituto Nacional do Câncer) e Pubmed, utilizando como critério de inclusão artigos indexados entre 2010 a 2023. O guideline 4.2023 NCCN (National Comprehensive Cancer Network) foi utilizado para atualizações. DISCUSSÃO: A cirurgia upfront se restringe a casos de tumores < 2cm e sem axila comprometida. Já a quimioterapia neoadjuvante é preferida para casos de doença com 2cm ou mais (cT≥2) ou com comprometimento axilar ao diagnóstico (cN≥1). A terapia recomendada inclui taxano e antraciclina com a adição de carboplatina. Especialmente nos casos de pacientes onde existem limitações ao uso de alternativas terapêuticas (mutação no BRCA), a carboplatina se apresenta como opção de tratamento. Não se sabe como os inibidores de PARP se comparam as platinas nesse cenário. A radioterapia é realizada após a cirurgia conservadora de forma rotineira e, após mastectomia, sem indicações clássicas como tumores maiores de 5cm, linfonodo positivo e/ou margens positivas. CONCLUSÃO: Dessa forma, atualmente o tratamento é baseado de acordo com características únicas de cada tumor sendo, na maioria dos casos, utilizado quimioterapia neoadjuvante, cirurgia conservadora ou mastectomia e radioterapia adjuvante.

Referências

  1. CINTRA, Jane Rocha Duarte et al. Perfil imuno-histoquímico e variáveis clinicopatológicas no câncer de mama. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 58, p. 178-187, 2012. 
  2. FERNANDES, Gustavo dos Santos; CALABRICH, Aknar; KATZ, Artur. Câncer de mama triplo- negativo: aspectos clínicos, laboratoriais e terapêuticos:[revisão]. Rev. bras. mastologia, p. 76-82,  2010. 
  3. MENDOZA-DEL SOLAR, Gonzalo; CERVANTES-PACHECO, Fiorella. Cáncer de mama triple negativo. Revista de la Sociedad Peruana de Medicina Interna, v. 27, n. 2, p. 75-78, 2014. 
  4. VILBERT, M. T. S. et al. Real-world comparison of the impact of adjuvant capecitabine in women with high-risk triple-negative breast cancer after neoadjuvant chemotherapy. Annals of Oncology, v. 30, p. v70, 2019.

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