ASPECTOS NUTRICIONAIS COMO CONTRIBUTOS NO PROCESSO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA COVID-19: INTERFACES DA MEDICINA COM A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8007995


Wanderson Alves Ribeiro1
Monique Grazielle de Souza Alves 2
Bianca Pereira Rodrigues3
Maria Barbara Barreyra de Medeiros4
Jociara Guerreiro Souza Silva5
Ursula Dias Ribeiro Nunes6
Tatyanne Galvão Bahia dos Santo7
Christiane Lourenço Braga8
Natália Camilo Bonorino9
Letícia Pires de Araújo10
Lucas da Silva Lemos11
Felippe Gomes de Oliveira Neves12
Osvaldo Domingues Santiago13


Resumo

A Terapia Nutricional auxilia no tratamento e na recuperação do paciente acometidos com a COVID-19, sendo esta, determinante à cura. Recomenda-se o consumo maior de certos tipos de alimentos, pois estes são importantes para a reposição de fontes de vitaminas e minerais, que são micronutrientes extremamente necessários para as células do sistema imunológico. O estudo tem como objetivo geral compreender as contribuições dos nutrientes no combate pandemia da COVID-19. A nutrição adequada se baseia em umequilíbrio de alimentos, em que se faz necessário a ingestão de todos os grupos alimentares, de procedência segura, fornecendo água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, os quais são indispensáveis e insubstituíveis ao bom funcionamento doorganismo. O estudo trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e de abordagem qualitativa. Foram realizadas buscas na base de dados na BVS, LILACS, BDENF e SciELO e 13 estudos preencheram os critérios necessários à realização desta revisão. Visando ampliar o número de estudos, realizou-se a busca no Google Acadêmico e foram selecionados 8 artigos. Posterior à leitura reflexiva e repetição das temáticas desenvolvidas nos artigos encontrados, emergiram duas categorias: Benefícios da alimentação adequada para prevenção da COVID-19; Impactos e complicações da carência nutricional para o indivíduo acometido com a COVID-19; Estratégias de enfrentamento frente aos desdobramentos nutricionais. Por fim, a literatura destaca importância alimentação como forte aliada para o fortalecimentodo sistema imunológico e para manutenção do peso e estado nutricional adequado, o consumo diáriode alimentos mais saudáveis e a prática de atividades regulares evitam a obesidade e uma série dedoenças crônicas que podem ser causadas pela mesma, dessa forma a adoção de práticas alimentaresmais saudáveis representa um aspecto fundamental na prevenção e enfrentamento da COVID-19.

Palavras-chave: Nutrição saudável; Sistema imunológico; COVID-19.

Abstract

Nutritional Therapy helps in the treatment and recovery of patients affected by COVID-19, which is a determinant of cure. Greater consumption of certain types of food is recommended, as they are important to replenish sources of vitamins and minerals, which are extremely necessary micronutrients for the cells of the immune system. The study has as general objective to understand the contributions of nutrients in combating the COVID-19 pandemic. Adequate nutrition is based on a balance of foods, in which it is necessary to ingest all food groups, of safe origin, providing water, carbohydrates, proteins, lipids, vitamins, fibers and minerals, which are indispensable and irreplaceable to proper functioning of the body. The study is a literature review study, descriptive and qualitative approach. Searches were performed in the database in the VHL, LILACS, BDENF and SciELO and 13 studies met the necessary criteria to carry out this review. Aiming to expand the number of studies, a search was carried out on Google Scholar and 8 articles were selected. After the reflective reading and repetition of the themes developed in the articles found, two categories emerged: Benefits of adequate food for the prevention of COVID-19; Impacts and complications of nutritional deficiency for the individual affected with COVID-19; Coping strategies in view of nutritional consequences. Finally, the literature highlights the importance of food as a strong ally for strengthening the immune system and for maintaining adequate weight and nutritional status, the daily consumption of healthier foods and the practice of regular activities to prevent obesity and a series of chronic diseases that can be caused by it, thus the adoption of healthier eating practices represents a fundamental aspect in the prevention and confrontation of COVID-19.

Keywords: Healthy nutrition; Immune system; COVID-19.

Resumen

La Terapia Nutricional ayuda en el tratamiento y recuperación de los pacientes afectados por COVID-19, que es un determinante de curación. Se recomienda un mayor consumo de ciertos tipos de alimentos, ya que son importantes para reponer fuentes de vitaminas y minerales, que son micronutrientes extremadamente necesarios para las células del sistema inmunológico. El estudio tiene como objetivo general comprender los aportes de los nutrientes en el combate a la pandemia COVID-19. Una nutrición adecuada se basa en un equilibrio de alimentos, en los que es necesario ingerir todos los grupos de alimentos, de origen seguro, aportando agua, carbohidratos, proteínas, lípidos, vitaminas, fibras y minerales, que son indispensables e insustituibles para el buen funcionamiento de la cuerpo. El estudio es un estudio de revisión de la literatura, de abordaje descriptivo y cualitativo. Se realizaron búsquedas en la base de datos de la BVS, LILACS, BDENF y SciELO y 13 estudios cumplieron los criterios necesarios para realizar esta revisión. Con el objetivo de ampliar el número de estudios, se realizó una búsqueda en Google Scholar y se seleccionaron 8 artículos. Luego de la lectura reflexiva y repetición de los temas desarrollados en los artículos encontrados, surgieron dos categorías: Beneficios de la alimentación adecuada para la prevención de COVID-19; Impactos y complicaciones de la deficiencia nutricional para el individuo afectado con COVID-19; Estrategias de afrontamiento ante las consecuencias nutricionales. Finalmente, la literatura destaca la importancia de la alimentación como un fuerte aliado para fortalecer el sistema inmunológico y para mantener un adecuado peso y estado nutricional, el consumo diario de alimentos más saludables y la práctica de actividades regulares para prevenir la obesidad y una serie de enfermedades crónicas que pueden ser causado por ella, por lo que la adopción de prácticas alimentarias más saludables representa un aspecto fundamental en la prevención y el enfrentamiento del COVID-19.

Palabras llave: Nutrición saludable; Sistema inmunológico; COVID-19.

1. INTRODUÇÃO

A nutrição é uma determinante chave para manutenção da saúde do indivíduo e ainda, está inserida no processo terapêutico e tratamento de doenças agudas e crónicas e aplica-se particularmente a doenças para as quais um tratamento etiológico ainda não foi descoberto e validado. No cenário mundial emerge uma doença de grande proporção, um novo vírus que causa doença respiratória aguda grave, chamado de (SARS-CoV-2) sendo conhecido por novo coronavírus ou COVID-19 (MENDES et al., 2020).

Uma boa nutrição é um fator significativo na determinação do estado de saúde e longevidade, e isso envolve a compreensão da importância de uma alimentação adequada e equilibrada, que evolui com o tempo, sendo influenciada por diversos fatores sociais e econômicos, que interagem de maneira complexa para moldar os padrões alimentares individuais (OPAS, 2019).

Muitos são os fatores que podem influenciar na nossa imunidade como sono, atividade física, fatores emocionais e a alimentação (LASSELIN et al., 2016). Nutrir-se vai muito além da prática de satisfazer a fome. A nutrição é um componente crucial do desenvolvimento e da saúde humana. Sabe-se que uma alimentação equilibrada e saudável está relacionada, dentre outras coisas, a concepção, a gestação, a recuperação no puerpério e ao aleitamento materno apropriado. Além disso, está envolvida com o crescimento adequado na infância, melhor resposta imune, menor risco de desenvolvimento de doenças, e a uma expectativa de vida maior. Deste modo, uma dieta saudável e equilibrada é capaz de promover a saúde, bem como prevenir doenças (BARTRINA et al., 2006; LADDU et al., 2018).

Chandra, Sarchielli (1993) refletem que estado nutricional interfere diretamentena resposta imunológica, sendo que em populações onde, em sua alimentação, sãoobservadas carências nutricionais, há uma maior incidência de desenvolvimento dediversas patologias, e o processo de recuperação da doença tem de ser mais longo.

Larbi, Cexus, Bosco (2018) complementam, esclarecendo que a deficiência ouinadequação do estado nutricional está associada ao comprometimento da funçãoimunológica, contribuindo para o aumento da morbidade e mortalidade por infecções, bem paralelo ao que a sociedade mundial tem vivenciado,assim como sua boa atuação favorece as defesas na prevenção ou recuperação de infecções.

Dentre essas infecções, a atual pandemia por COVID-19 tem representado um dos maiores desafios sanitários em escala mundial deste século (BARRETO et al., 2020). Esta situação aplica-se à atual pandemia que, está a devastar o mundo, lançando novos desafios e ameaças sem precedentes, quer para os doentes quer para os profissionais de saúde a nível mundial (MENDES et al., 2020). Os primeiros casos da doença foram registrados em Wuhan, Hubei na China, em dezembro de 2019. Pela transmissibilidade principalmente de pessoa para pessoa, por vias aéreas, a doença que era tratada como um surto em uma província chinesa se disseminou por mais de 200 países (MARQUES et al., 2020).

Em uma mesma linha de pensamento, Brito et al., (2020) relatam que a COVID-19 é uma enfermidade patogênica com origem no coronavírus, causando doenças respiratórias graves e agudas (SARS-CoV-2), de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), na China, aconteceram os primeiros relatados de casos doenças respiratórias pulmonares, a pneumonia causada por um agente desconhecido e comunicado às autoridades de saúde.

Trata-se de um vírus isolado pela primeira vez em 1937 e em 1965 descrito como coronavírus, em virtude de seu perfil na microscopia, semelhante a uma coroa. Entre 2002 e 2003, a OMS notificou 774 mortes devido à síndrome respiratória aguda grave, o coronavírus denominado SARS-CoV-2 e, em 2012, foram confirmadas 858 mortes causadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV), na Arábia Saudita, ambas as complicações ocasionadas por membros da família do coronavírus (CHANH; YAN; WANG, 2020; OLIVEIRA; LUCAS; IQUIAPAZA, 2020).

Este vírus, possuem material genético formado por RNA (Ácido ribonucleico) de cadeia simples com sentido positivo, são encapsulados, e possuem uma tática de replicação singular, com transmissão interpessoal, dessa maneira, facilita a modificação de sua patogenicidade facilitando a sua adequação em ambientes diferentes (OLIVEIRA et al., 2020).

Ainda neste contexto, o estudo de Oliveira et al., (2020) ainda atestam que o vírus recém-descoberto, origina-se de uma cepa observada no ano de 2019 e, no ano de 2020, desconhece a cura, dessa maneira o critério estabelecido para o combate a multiplicação do COVID-19, visando o extermínio do patógeno, foi o isolamento social com a finalidade de neutralizar a transmissão rápida de pessoa para pessoa.

A via de transmissão ocorre principalmente pelo contato de pessoa a pessoa(XU et al., 2020). O diagnóstico da infecção pode ser dividido em clínico, laboratorial e diferencial. A Reação em Cadeia de Polimerase e Transcriptase Reversa (RT- PCR) e métodos sorológicos têm sido os mais utilizados. Em exames radiológicos do tórax, a opacificação em vidro fosco está presente na maioria dos pacientes (MASTROIANNI et al., 2020).

Corrobora-se que, a transmissão do SARS-CoV-2 de pessoa para pessoa se dá por meio do vírus em membranas mucosas (nariz, olhos ou boca) e do contato com superfícies inanimadas contaminadas (Fômites), o que tem chamado cada vez mais atenção para a necessidade de adoção rápida e preventiva de medidas de proteção humana a fim de impedir a contaminação de pessoas (OLIVEIRA; LUCAS; IQUIAPAZA, 2020; GUINANCIO et al.,2020).

Os sintomas mais comuns são febre, dor de garganta, dispnéia, tosse seca, cansaço e alguns reportaram diarréia, náuseas e coriza nasal (SINGHAL, 2020). O período de incubação é estimado em torno de 5a 6 dias, podendo variar de 0 a 14 dias (LOPES, 2020). O vírus éaltamente patogênico e causa infecções do tratorespiratório, Estudos mostram que idade acima de 60 anos e a presença de doenças preexistentes, como o diabetes mellitus, hipertensão, obesidade são considerados fatores de risco para o desenvolvimento da forma mais grave da doença e com maior mortalidade (GUAN et al., 2020). Em crianças, a ação do vírus clinicamente tem melhor prognóstico e de forma discreta, sendo raros os casos de morte (LUDVIGSSON et al., 2020).

A doença é caracterizada por uma fase inicial de replicação viral que pode ser seguida por uma segunda fase impulsionada pela resposta inflamatória do hospedeiro. Sua apresentação clínica é altamente heterogênea variando de infecção assintomática, sintomas leves ou complicações graves (GUARALDI et al., 2020; DASTAN et al., 2020). Segundo a OMS, os pacientes mais afetados são os acima de 60 anos e portadores de comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e obesidade GUAN et al., 2020; LUDVIGSSON et al., 2020).

Por sua vez, nos casos sintomáticos, com infecção leve, o paciente pode apresentar febre, mialgia, dor no corpo, perda do paladar e olfato, não havendo evidência radiológica de pneumonia e a saturação do ar ambiente é > 94%. Enquanto na infecção moderada há hipóxia com SpO2 < 94%, há queixa de falta de ar e evidência radiológica de pneumonia moderada(PATEL et al., 2020).

Corroborando ao contexto são indicadas intervenções não farmacológicas, que incluem medidas com alcance individual, ambiental e comunitário, nutrição adequada, como a lavagem das mãos, a etiqueta respiratória, o distanciamento social, o arejamento e a exposição solar de ambientes, a limpeza de objetos e superfícies, e a restrição ou proibição ao funcionamento de escolas, universidades, locais de convívio comunitário, transporte público, além de outros locais onde há aglomeração de pessoas (GARCIA, 2020).

Tais medidas, quando adotadas no início de um período epidêmico, auxiliam na prevenção da transmissão, na diminuição da velocidade de espalhamento da doença, e consequentemente contribuem para achatar a curva epidêmica. Assim, é possível diminuir a demanda instantânea por cuidados de saúde e mitigar as consequências da doença sobre a saúde das populações, incluindo a redução da morbidade e da mortalidade associadas (GARCIA, 2020).

Dando ênfase as questões nutricionais, a alimentação e a nutrição adequadas sãofundamentais para a promoção e a proteção da saúde,podendo determinar as condições de saúde de indivíduose coletividades de diversos modos. No Brasil, o direitohumano à alimentação adequada (DHAA) tem sido objetode debate pelas sociedades acadêmicas e civis desde adécada de 80, englobando dois importantes aspectoslegais: os direitos à alimentação adequada e de estar livreda má nutrição e da fome, sendo a nutrição um dos comprometimentos do sistema imunológico, deixando o indivíduo suscetível para a propagação da infecção grave por SARS-CoV-2 (BERNARDES et al., 2021).

A fisiopatologia da infecção grave por SARS-CoV-2 tem sido atribuída à síndrome de liberação de citocinas(DASTAN et al., 2020). Pacientes mais críticos podem desenvolver a chamada “tempestade de citocinas”, caracterizada pelo aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias, resposta inflamatória exacerbada típica da síndrome de liberação de citocinas, podendo produzir danos em longo prazo e fibrose do tecido pulmonar (MASTROIANNI et al., 2020; GUARALDI et al., 2020).

Nessa síndrome, as citocinas pró-inflamatórias são liberadas após a ativação da cascata inflamatória, com papel predominante da interleucina-6 (IL-6). Os níveis plasmáticos elevados de IL-6 parecem estar significativamente associados com a mortalidade entre pacientes de UTI com COVID-19. Amostras de pacientes graves revelaram concentrações plasmáticas aumentadas de IL-6, IL-2, IL-7, IL-10, fator estimulador de colônia de granulócitos (G-CSF), proteína induzível por interferon γ (IP10), fator de necrose tumoral α (2, 3, 4), proteína C reativa (PCR) e ferritina (DASTAN et al., 2020; ROSSOTTI et al., 2020; LOHSE et al., 2020; TONIATI et al., 2020).

Esta tempestade de citocinas pode causar uma síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) com risco de vida em pacientes com pneumonia por SARS CoV-2 TONIATI et al., 2020). Estudos revelaram que pacientes que sofreram com tempestades de citocinas evoluíram para colapso cardiovascular, disfunção de múltiplos órgãos e morte rápida. Portanto, o bloqueio da produção excessiva de citocinas pode ser de fundamental importância para pacientes com infecção grave (LOHSE et al., 2020).

Complementa-se ainda que, as medidas preventivas incluem a higienização das mãos com água e sabão sempre que possível e uso de álcool em gel nas situações em que o acesso à água e ao sabão não fosse possível. Também recomendam evitar tocar olhos, nariz e boca, e proteger as pessoas ao redor ao espirrar ou tossir, com adoção da etiqueta respiratória, pelo uso do cotovelo flexionado ou lenço descartável. Além disso, a OMS indicou a manutenção da distância social (mínimo de um metro), que se evitassem aglomerações, e a utilização de máscara em caso de quadro gripal ou infecção pela COVID-19 (OLIVEIRA; LUCAS; IQUIAPAZA, 2020; OMS, 2020).

Nesse cenário de caos e preocupação, a carência nutricional associada à COVID-19 revela-se como um fator de risco independente, no aumento da mortalidade. A nutrição adequada é um dos focos para prevenção e tratamento da carência nutricional associada à COVID-19 ou ainda, na presença de doentes com idade avançada e com multicomorbilidades, uma vez que estes doentes apresentam um maior risco de carência nutricional (MENDES et al., 2020).

Sabe-se que através de alimentação adequada com a proporção correta de macronutrientes(proteínas, hidratos de carbono, lípidos) e micronutrientes (vitaminas e minerais) contribui para ocorreto e melhor funcionamento das funções fisiológicas do corpo humano, sobretudo a nível dosistema imunitário, garantindo assim a manutenção de um bom estado de saúde. A ingestãoadequada de, particularmente, algumas vitaminas e minerais melhora a resposta do sistemaimunitário, podendo ter impacto no prognóstico de doença (GOMBART; PIERRE; MAGGINI,2020).

Nesse sentido, o estudo tem com objetivo compreender as contribuições dos nutrientes no combate pandemia da COVID-19 na ótica da equipe multidisciplinar e ainda, Identificar os benefícios da nutrição adequada para prevenção da COVID-19; Descrever os impactos e complicações da carência nutricional para o indivíduo acometido com a COVID-19; Ressaltar as propostas estratégicas utilizadas no enfrentamento, frente aos desdobramentos nutricionais para COVID-19.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e de abordagem qualitativa. A pesquisa científica é a atuação básica das ciências na sua indagação e construção da realidade, tornando-a uma atividade expressiva (LAKATOS; MARCONI, 2010; MINAYO, 2013).

Na atualidade têm-se uma farta e complexa quantidade de dados na área da saúde, fazendo assim, com que haja necessidade de desenvolvimento de artigos e pesquisas, com embasamento cientifico, para possibilitar melhor delimitação metodológica esclarecendo diversos estudos. Mediante a necessidade, utilizamos a revisão bibliográfica como uma forma de metodologia que possibilita um apanhado de conhecimentos e aplica-se em resultados de estudos concisos não pratico do profissional (MINAYO, 2013).

Abordagem qualitativa é aquela que não trabalha com informações numéricas, mas sim, que trabalha com conceitos, ideologias, processos de comunicação humana, entre outros. E apresenta facilidade de definir hipótese ou problema, de explorar a interação de certas variáveis, de compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, de apresentar mudanças, elaboração ou formação de posição de determinados grupos, e de permitir, em grau de profundidade, a interpretação dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos (GIL, 2008).

Segundo Lakatos e Marconi (2003) o conhecimento científico determina a utilização de métodos científicos; por outro lado, não são todos os estudos que utilizam esse modelo é reconhecido como ciência.

Perante a certificação, pode-se deduzir que a aplicação de métodos científicos não é competência especifica da ciência, com tudo não existe ciência sem o uso de métodos científicos. Como tal característica, o método é a agregação de atividades sistemáticas e lógicas que, permite com total segurança e economia, atingir o objetivo, com estudos validos e verdadeiros, elaborando roteiros a seres seguidos, encontrando erros e contribuindo com soluções dos cientistas (LAKATOS; MARCONE, 2003).

Foram realizadas buscas na base de dados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – Bireme, entre 30 de março e 02 de maio de 2021, especificamente: Literatura Lática Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), Bases de Dados da Enfermagem (BDENF), Biblioteca Eletrônica Cientifica Online (SciELO).

Para a busca das referências foram utilizados os descritores: Nutrição saudável; Sistema imunológico, COVID-19, advindos do sistema de Descritores em ciências da saúde (DeCS), utilizando o marcador “AND”. Para regaste dos artigos, consideramos como critérios para inclusão artigos publicados com a temática nutrição e COVID-19, com textos completos em língua portuguesa e os critérios de exclusão foram os artigos repetidos, publicações com textos não disponíveis, artigos de relato de caso único e estudos publicados com recorte temporal anterior à 2020.

Cabe mencionar que os textos em língua estrangeira foram excluídos devido o interesse em embasar o estudo com dados do panorama brasileiro e os textos incompletos, para oferecer melhor compreensão através da leitura de textos na íntegra.

A busca nas bases de dados resultou inicialmente em 119 artigos. Seguindo os critérios de seleção e elegibilidade, 13 estudos preencheram os critérios necessários à realização desta revisão. A figura 1 mostra os resultados da busca nas bases de dados.

Figura 1 – Fluxograma das referências selecionadas.

Fonte: Construção da autora, 2021.

Visando ampliar o número de estudos, após a busca na BVS, realizou-se a busca no Google Acadêmico, utilizando os critérios de inclusão e exclusão supracitado, também com os descritores: Nutrição saudável AND Sistema imunológico AND COVID-19.

Figura 2 – Fluxograma das referências selecionadas.

Fonte: Brenda Maiara Rangel Corrêa, 2021.

3. ANALISE DE DADOS E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Posterior à leitura reflexiva e repetição das temáticas desenvolvidas nos artigos encontrados, emergiram duas categorias: Benefícios da alimentação adequada para prevenção da COVID-19; Impactos e complicações da carência nutricional para o indivíduo acometido com a COVID-19; Estratégias de enfrentamento frente aos desdobramentos nutricionais.

3.1 CATEGORIA 1: Benefícios da alimentação adequada para prevenção da COVID-19

A alimentação é caracterizada como um direito doser humano, sendo a necessidade primária que está ligada diretamente a costumes religiosos,culturais, hábitos, entre outros fatores. Uma alimentação inadequada baseada em maus hábitos,que consiste na maioria das vezes, em pobrezas em nutrientes, promove alterações negativasque interferem diretamente no sistema imunológico fragilizado (OLIVEIRO et al., 2020).

No que diz respeito a nutrição em sua página, o Conselho Federal de Nutricionistas reforçou, a importância de uma alimentação balanceada e rica em nutrientes, além de enfatizar que não existem superalimento, fórmulas, sucos ou soroterapias por infusão endovenosa de nutrientes, que sejam indicados para prevenir ou até mesmo tratar pessoas contaminadas pelo vírus (CFN, 2020).

A alimentação deve ser variada e composta por alimentos de boa qualidade nutricional. Aquantidade deve ser adequada, uma vez que tanto a sub quanto a hiper nutrição, são igualmenteprejudiciais. No que diz respeito à população brasileira, é recomendado que a dieta seja composta emsua maioria, por alimentos in natura ou minimamente processados. Alguns nutrientes como Vitamina A, C, Ferro, Zinco e Selênio podem atuar de maneira positivano sistema imunológico. Em condições fisiológicas normais, é possível atingir as necessidades diáriasdesses micronutrientes (CFN, 2020).

Oliveira et al., (2020) ainda refere que, a alimentação está inserida, dentre as mais variadas medidas que podem ser utilizadas para prevenção de doenças,e ainda é um ponto importante, que também é refletida no desenvolvimento humano,manutenção, equilíbrio e homeostasia corporal, podendo atuar tanto na prevenção quanto notratamento de diversos quadros patológicos.

A alimentação precária contribui de maneira significativa para maior incidência dedoenças, tendo em vista que uma dieta contendo as quantidades necessárias de proteínas evitaminas está diretamente relacionada à proteção do hospedeiro contra doençastransmitidas por microrganismos. As proteínas nas dietas são utilizadas para construirtecidos saudáveis e proteínas séricas, enquanto que as vitaminas promovem ummetabolismo mais eficiente e mantem a integridade da pele e superfícies de membranas (MARTINS; OLIVEIRA, 2020).

A energia e os nutrientes obtidos por meio dos alimentos desempenham um papel importante no desenvolvimento e preservação do sistema imunológico, portanto, qualquer desequilíbrio nutricional afeta sua competência e integridade. Entretanto, não existe um superalimento ou fórmula nutricional, com comprovação científica, capaz de impedir as contaminações virais (CFN, 2020; GOIS et al., 2020).

No organismo desnutrido, os processos infecciosos tornam-se mais agressivos oupromovem outras infecções graves e até doenças crônicas. O sistema imunológico é compostopor células e um conjunto de órgãos e tecidos que atuam como barreiras de destruição a agentesque são reconhecidos como intrusos no organismo. Além da alimentação, outros fatores podeminfluências na capacidade imunológica do indivíduo, dentre eles estão sono, estresse, ansiedade,ausência da prática de atividades física, entre outros (COSTA et al., 2020).

 Dentre os fatores que possuem relação com problemas decorrentes a supressãoimunológica, a alimentação pode ser caracterizada como um fator base para auxílio aoproblema, em que não necessariamente se tem um alimento chave, mas na utilização dos maisvariados grupos de matrizes alimentares podem exercer um papel positivo fundamental, pordesempenhar atividades importantes no organismo, por este motivo, qualquer desequilíbrioalimentar pode afetá-lo drasticamente (GOIS et al., 2020).

Alguns nutrientes com vitamina A C, Ferro, zinco e selênio podem atuar de maneirapositiva no sistema imunológico. Vale ressaltar, as funções valiosas dos probióticos, microrganismos vivos que quando consumidos em quantidade satisfatória e de modo usual, conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A ingestão regular de probióticos, melhoram a influência mútua entre a mucosa intestinal e o sistema imunológico, além de agir em diferentes locais como o trato respiratório, modulando a resposta imune desses ambientes (MINUSSI et al., 2020).

3.2 CATEGORIA 2: Impactos e complicações da carência nutricional para o indivíduo acometido com a COVID-19

A deficiência ou inadequação do estado nutricional está associada ao comprometimento da função imunológica. O estresse causado por esses momentos de crises gera radicais livres, desta forma precisamos fortalecer nossa imunidade, sendo fundamental todas as vitaminas e minerais preferencialmente de fonte natural. Buscando evitar os alimentos industrializados que são extremamente processados. Além da alimentação a boa hidratação é de extrema relevância no COVID-19. Observou-se ainda, a importância de se levar em conta não somente a realização de uma alimentação saudável, mas também os cuidados referentes a higienização pessoal, ambiental e dos próprios alimentos, de modo a propiciar uma melhor qualidade de vida e promoção da saúde em meio a pandemia (OLIVEIRA; MORAIS, 2020; LAVIANO; KOVERECH; ZANETTI, 2020).

Com o surgimento do COVID-19, as pessoas entraram em desespero pela sua rápida propagação e pelo misto de informações transmitidas, encontrando dificuldades na adaptação de suas rotinas às essas novas circunstâncias, e em alguns indivíduos os impactos podem ser mais eminentes, devido ao seu maior grau de vulnerabilidade (CUNHA et al., 2020).

Diante dos diversos fatores estressores advindos da pandemia, as variações comportamentais mais comuns são as alterações nos hábitos alimentares, tendo em vista o consumo de alimentos menos saudáveis durante a pandemia, desequilíbrio das horas de sono, redução da exposição solar e da prática de atividades físicas, interferindo na qualidade de vida e com isso, trazer resultados prejudiciais para a saúde da população (OLIVEIRA et al., 2020).

Quando considerada de forma mais completa e integrada a literatura emergente sobrepessoas doentes com COVID-19 destaca a importância da da alimentação e nutrição adequada napossível determinação dos resultados do tratamento desta pandemia, em que a idade avançada e apresença de comorbilidades estão quase sempre associadas ao comprometimento do estadonutricional (CHEN et al., 2020).

Preservar o estado nutricional adequado, além de melhorar a qualidade de vida e diminuir osriscos de aparecimento de doenças crônicas não tranmissiveis, como a diabetes, doençascardiovasculates, hipertensão e etc, poderá também melhorar o sistemina imunológico, prevenir outratar a malnutrição que tem o potencial de reduzir complicações e resultados negativos em doentes com risco nutricional que possam contrair COVID-19 no futuro (DUTRA et al., 2020).

A forma de aquisição dos alimentos mudou durante o distanciamento socialpara grande parte das famílias participantes, com alterações como: não comprarfrutas e hortaliças em feiras livres, aumentar a compra de produtos congelados eprontos para o consumo ou não encontrar alimentos habitualmente consumidospara comprar. Estudos têm mostrado que a quarentena pode afetar a cadeia desuprimento alimentar e gerar uma situação de insegurança alimentar enutricional, relacionado com o maior consumo de alimentos processados demaior durabilidade, acesso e uso mais fácil. Adicionalmente, o acessolimitado a alimentos frescos pode afetar negativamente a saúde mental e física (NERI; VIEIRA; PUGLIESE, 2021).

A carência nutricional, advindo de uma nutrição inadequada, seja quanti ou qualitativamente pode geraruma série de consequências, há muito é consolidado na ciência que a alimentação é capaz deimpulsionar ou reduzir as chances do desenvolvimento de doenças, especialmente das DoençasCrônicas Não Transmissíveis (DCNTs). As DCNTs são um grupo de enfermidades que incluemobesidades, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, câncer e algumasenfermidades pulmonares, diminuindo quantidade e expectativa de vida destaca-se ainda, ofato de que pacientes portadores de DCNTs estão mais suscetíveis a ação de doençasoportunistas, como algumas doenças virais e bacterianas. Neste sentido, essas pessoascompõem o grupo de risco de indivíduos que estão mais vulneráveis à ação de doenças como aCOVID-19 (GOIS et al., 2020).

Ainda no que se refere a carência nutricional, através de diversas evidências científicas e considerações epidemiológicas, amanutenção dos níveis plasmáticos adequados para a vitamina D é necessária no combate ainúmeras patologias crônicas que podem reduzir a expectativa de vida em idosos, masrecentemente, evidenciou-se como um importante fator de resistência à pacientes portadores deinfecções respiratórias. No estabelecimento da infecção ocasionada por SARS-Cov-2 que,embora com menos evidências científicas, pode ser considerada provável. A compensação dosníveis desse hormônio pode ser alcançada primeiro com a exposição adequada à luz solar,depois por meio de uma alimentação adequada em insumos ricos em vitamina D e, finalmente,por meio da ingestão de suplementos específicos (ISAIA, 2020).

Inquérito recente realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) destaca o impacto da pandemia nas famílias brasileiras com crianças eadolescentes (C/A). A proporção dos entrevistados queresidem com C/A e relatou que os hábitos alimentaresmudaram nas suas casas foi de 58%. Houve maiorconsumo de AUP como macarrão instantâneo, biscoitosrecheados, refrigerantes e alimentos típicos de fastfood. Além disso, 21% passou por momentos em queos alimentos acabaram e não havia mais dinheiro parareposição, e 6% deixou de fazer uma refeição por falta dedinheiro, sendo que as proporções foram maiores entreentrevistados que residem com C/A, nas regiões Norte eNordeste, e nas famílias com menor renda (MENEZES, 2020).

Nesse sentido, torna-se premente a reflexão sobrequais são as perspectivas no país em relação à garantiado DHAA e da SAN, especialmente para os grupos maisvulneráveis, considerando dimensões como acesso àalimentação, renda básica/PTR; sistemas e ambientesalimentares e mecanismos de participação e controlesocial. A seguir são apresentadas contextualizações dasprincipais iniciativas de políticas de Estado no Brasil queobjetivaram reduzir a IA e garantir o DHAA (ISAIA, 2020; SILVA DANTAS et al., 2020).

Sabemos que o isolamento em tempos de COVID, vêm afetando a sociedade em diversos aspectos da vida, inclusive o estado nutricional, que quando inadequado pode comprometer a função imunológica, agravando os casos de infecção, assim como sua boa conduta atua na prevenção da mesma (LARBI; CEXUS; BOSCO, 2018).

O isolamento social, vem influenciando o consumo de alimentos. De modo que para suprir carências, a população tende a comprar mais alimentos industrializados, menos perecíveis, práticos, podendo ter menor valor do que alimentos frescos. Mesmo sabendo que uma alimentação equilibrada é indispensável para o enfrentamento da doença (OLIVEIRA; ABRANCHES; LANA, 2020).

Sendo assim a nutrição possui papel de extrema importância na manutenção e recuperaçãoda saúde, sendo ainda mais relevante no tratamento de doenças agudas e crônicas. O suportenutricional imediato pode reduzir significativamente essas taxas de mortalidade nos casos, assimcomo no surto do ebola, aplicando-se também a atual pandemia de SARS-CoV-2 (COVID-19)(LAVIANO; KOVERECH; ZANETTI, 2020).

Quadro 1. Repercussões da COVID-19 na Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil.

Dimensão de SANRepercussões da pandemia Covid-19
Disponibilidade de
alimentos
– Prejuízos na oferta de alimentos in natura da agricultura familiar (AF), especialmente as frutas e os vegetais;
– Paralisação do PNAE e aquisição de alimentos da AF;
– Fábricas de processamento de alimentos fechadas devido asurtos entre trabalhadores;
– Equipamentos de venda e comercialização de alimentos foram fechados: fechamentos de feiras livres, restaurantes;
– Limitação de transportes de alimentos;
Acesso aos
alimentos
– Redução ou suspensão de renda para os mais vulneráveis- trabalhadores informais;
– Redução de cobertura do BF;
Consumo– Redução do consumo de alimentos in natura;
– Aumento do ganho de peso e/ou transtornos alimentares associados à inatividade física e ao isolamento social;
Utilização biológica-Redução ou ausência de acesso aos serviços de saúde pode tornar crianças, idosos, gestantes mais vulneráveis as deficiências nutricionais;
-Pessoas/populações sem acessos regular e permanente à água, saneamento e higiene adequados estão sob o risco de desenvolver a má-nutrição, em particular, a desnutrição e as carências de micronutrientes.

3.3 CATEGORIA 3: Estratégias de enfrentamento frente aos desdobramentos nutricionais

A pandemia da COVID-19 rapidamente se estabeleceu como grave problema de saúde pública devido ao seu alto potencial de transmissibilidade e acentuada disseminação, apresentando desafios para suprir e atender a demanda emergente. Isso remete a urgência de medidas de proteção social e suporte financeiro para manutenção nutricional da população, prioritariamente para os segmentos sociais ainda mais expostos nesse momento de crise (GUINANCIO et al., 2020).

Sabendo que um bom estado nutricional pode apoiar a função imunológica e prevenir oaparecimento de doenças crônicas, é de grande relevância manter o peso e o índice de massa corporaladequado e assim evitar a obesidade que é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, o indivíduo com obesidade tem mais predisposição a desenvolver problemas comohipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, entre outras (DIAS; CORREIA; MOREIRA,2020).

Quanto maior índice de massa corporal ou excesso de adiposidade aumentam fatores de riscopara complicações decorrentes da infeção por COVID-19. Possivelmente porque a população obesatem maior prevalência de patologias pulmonares. Doentes com obesidade e comorbidades quecomprometam a função cardíca ou pulmonar têm maior risco de desenvolver doenças gravesassociadas à COVID-19, assim como os não obesos com estes fatores de risco (WU; MCGOOG,2020).

Os parâmetros indicados pelo Ministério da Saúde (tabela 2) para avaliação do estadonutricional de pessoas entre 20 e 59 anos são o Índice de Massa Corporal.

Tabela 2. Classificação do estado nutricional para adultos de 20 a 59 anos

CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO
NUTRICIONAL
PONTOS DE CORTE
Baixo peso<18,5 kg/m²
Eutrófico (adequado)>18,5 e < 25kg/m²
Sobrepeso>25 e <30 kg/m²
Obesidade grau I>30 e <35 kg/m²
Obesidade grau II>35 e <40 kg/m²
Obesidade grau III>40 kg/m
Fonte: Brasil, 2014.

É importante manter os padrões alimentares saudáveis, como a dieta rica em frutas,legumes e verduras com objetivo de manter o peso adequado, prevenir as doenças crônicas, maspotencialmente, também podem conferir proteção contra infeções como a COVID-19, devido aosseus efeitos na melhoria do sistema imunitário (DUTRA et al., 2020).

4. CONCLUSÃO

O aumento das desigualdades, especialmente relacionadas às mudanças na ocupação e rendimento – num contexto de múltiplas crises – piora as condições de vida da população, com impactos diretos na alimentação. Nos últimos tempos, a rotina de toda a população mundial foi alterada junto ao avanço da pandemia do novo coronavírus. Diante disso, se observa que a alimentação e hábitos de vida saudáveis são imprescindíveis para o indivíduo.

 Sabe-se que o corpo humano necessita de nutrientes adequados para a sua manutenção e desenvolvimento. Porém, quando isso ocorre de maneira indiscriminada, são estabelecidas diversas consequências a exemplo do surgimento de problemas como as comorbidades, até mesmo a falta de capacidade para enfrentar ou estar predisposto a patologias futuras. Sabe-se que o estado nutricional do organismo influencia consideravelmente no funcionamento do sistema imunológico. Adotar um estilo de vida mais saudável aliando a uma rotina alimentar variada e balanceada como meios de fortalecer o organismo para o enfrentamento desta realidade parece ser uma conduta razoável.

Por fim, a literatura destaca importância alimentação como forte aliada para o fortalecimento do sistema imunológico e para manutenção do peso e estado nutricional adequado, o consumo diário de alimentos mais saudáveis e a prática de atividades regulares evitam a obesidade e uma série de doenças crônicas que podem ser causadas pela mesma, dessa forma a adoção de práticas alimentares mais saudáveis representa um aspecto fundamental na prevenção e enfrentamento da COVID-19.

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  1. Enfermeiro. Mestre e Doutorando pelo PACCS/EEAAC pela Univesidade Federal Fluminense. Docente do curso de graduação em enfermagem da Universidade Iguaçu; Pós-graduação em
    CTI e Emergência; Neonatologia e Pediatria; Obstetrícia da Universidade Iguaçu – UNIG; Docente na Pós-graduação em Enfermagem em Terapia Intensiva na Faculdade Bezerra de Araújo – FABA; Docente na Pós-graduação em Estomaterapia na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ; Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: enf.wandersonribeiro@gmail.com.
  2. Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: moniquegalves03@gmail.com.
  3. Acadêmica medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: medbia92@gmail.com
  4. Bacharel em Direito pós graduação em Direito processual Civil e Direito Civil, pós-graduada em Direito Admininstrativo. Enfermeira pós-graduada em saúde da Família, Em Gestão hospital e obstetrícia.
  5. Acadêmica de Medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: guerreirojociara@gmail.com
  6. Enfermeira; pós-graduada em UTI Neonatal; Académica de medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: ursuladiasribeironunes@gmail.com
  7. Enfermeira; Especialista em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica – HUPE/UERJ. Emergencista, SEMUS/NOVA IGUAÇU. Acadêmica do curso de graduação em Medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: tatyanne.santos@uerj.br
  8. Enfermeira pós-graduada em Enfermagem do Trabalho; Acadêmica de Medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: chrisbraga25@gmail.com
  9. Acadêmica de medicina da Universidade Iguaçu. E-mail: nataliabonorino@gmail.com
  10. Enfermeira; Acadêmica de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: Leelapires@hotmail.com
  11. Enfermeiro; Mestrando profissional em ciências da saúde e meio ambiente. E-mail: Lucas.sabayelly@gmail.com
  12. Advogado. Acadêmico de medicina pela Universidade Iguaçu. E-mail: felippeneves.adv@gmail.com
  13. Enfermeiro pós-graduado em Enfermagem do Trabalho; Médico pós-graduado em Medicina de Emergência; Residência médica R2 de Clínica Médica no Hospital Municipal de Japuiba – IDOMED