ASPECTOS DA PROLIFERAÇÃO DO VÍRUS HIV NA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS: ESTUDO NA REGIÃO DO NORTE, DE 1999 ATÉ 2022, DESTACANDO A VULNERABILIDADE DESSA FAIXA ETÁRIA E AS POLÍTICA PÚBLICAS SANITÁRIAS

ASPECTS OF HIV VIRUS PROLIFERATION IN THE POPULATION OVER 60 YEARS OLD: STUDY IN THE NORTHERN REGION, FROM 1999 TO 2022, HIGHLIGHTING THE VULNERABILITY OF THIS AGE GROUP AND PUBLIC HEALTH POLICIES

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7991857


Jheniffer Pereira Alves1
Michely Cardoso de Castro2


RESUMO

O envelhecimento populacional trás consigo algumas consequencias, entres elas, a vulnerabilidade para algumas patologias, nos últimoos anos a que mais está se destacando é a infecção pelo vírus da imunodeficiência Humana (HIV). O Objetivo do trabalho foi descrever os fatores que favorecem a proliferação do vírus HIV em pessoas acima de 60 anos, entre os anos de 1999 a 2022 na região norte. A Metodologia utilizada foi um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, as buscas ocorreram nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde LILACS, MEDLINE, na de textos completos na SciELO e no banco de dados do PubMed, além de sites e publicações institucionais do Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde e Organização Panamericana de Saúde. Os resultados mostraram que os casos de HIV entre idosos creceram de 1999 à 2021, e houve uma queda de casos em 2022. O que torna-se preocupante e relevante o debete sobre o tema, como fatores para a proliferação do HIV, está relacionado a desigualdade entre os papéis de gênero, as questões religiosas, o baixo nível de escolaridade e econômico, a desinformação e a falta da prática da relação sexual de forma segura. Conclui-se que, o profissional de saúde pode contribuir com informações e orientações para os idosos sobre o risco de contaminação por HIV, apresentando métodos de prevenção, além de realizar um atendimento humanizado, com acolhimento e repeito aos pacientes infectados.

Palavras–Chave: Contribuição. Orientações. Prevenção.

ABSTRACT

Population aging brings with it some consequences, among them, vulnerability to some pathologies, in recent years the one that stands out the most is infection with the Human Immunodeficiency Virus (HIV). The objective of the work was to describe the factors that favor the proliferation of the HIV virus in people over 60 years old, between the years 1999 to 2022 in the northern region. The methodology used was an integrative literature review study, the searches took place in the Virtual Health Library databases LILACS, MEDLINE, in full texts in SciELO and in the PubMed database, in addition to websites and institutional publications of the Ministry of Health, World Health Organization and Pan American Health Organization. The results showed that HIV cases among the elderly increased from 1999 to 2021, and there was a drop in cases in 2022. What becomes worrying and relevant in the debate on the subject, as factors for the proliferation of HIV, is related to inequality between gender roles, religious issues, low educational and economic levels, misinformation and lack of safe sexual intercourse. It is concluded that the health professional can contribute with information and guidance for the elderly about the risk of HIV contamination, presenting prevention methods, in addition to providing humanized care, with acceptance and respect for infected patients.

Keywords: Contribution. Guidelines. Prevention.

INTRODUÇÃO

A população mundial está vivendo mais e, por isso, envelhecendo, no Brasil, em 1950, a população de idosos era cerca de 4,9% da população total, em 2060, espera-se que 32,2% dos brasileiros faça parte dessa faixa etária (1).

Os primeiros casos de HIV surgiram no final da década de 1970. Essa patologia acaba interferindo no modo de convivência desse indivído, fazendo com que ele se isole devido o medo do julgamento e da indiferença. Por falta de planejamentos e interferência do sistema de saúde pública esse idoso acaba se privande de informações e cuidados (2).

Desde que surgiu o primeiro caso de HIV, nunca mais as contaminações cessaram, porém, nos últimos anos essa proliferação se expandiu na população idosa. Do ano de 2009 até 2019 foram notificados pelo Sistema de Informações de Agravos de notificação (SINAN) 1.411 casos novos. Sendo notificados em 2009 206 casos, e em 2019 1.617 casos (3).

Com o avanço de tecnologias é possível conviver com esse vírus, desde que seja feito o acompanhamento e tratamento corretamente, entretanto, com a falta de políticas públicas, essa população acaba se privando de informações e cuidados, chegando a um quadro mais severo dessa patologia, que é a AIDS.

Tendo isso em vista, é extremamente necessário a notificação de todos os casos dessa patologia, para que haja o acompanhamento e o rastreamento desse idoso, fazendo com que ele consiga se manter saudável e com digna qualidade de vida. E também para que o sistema comece a se planejar e incluir essa população aos seus devidos cuidados. (4).

O envelhecimento populacional trás consigo algumas consequencias, entres elas, a vulnerabilidade para algumas patologias. Como por exemplo, as infecções sexualmente tranmissíveis (ISTs), nos últimoos anos a que mais está se destacando é a infecção pelo vírus da imunodeficiência Humana (HIV) que logo se prossegue para a síndrome da Imunodeficiêcia adquirida (AIDS). Diante a esse contexto, questiona-se: Quais os fatores que favorecem a proliferação do vírus HIV em pessoas acima de 60 anos?

A incidência de HIV/AIDS na população brasileira com mais de 60 anos aumentou de 3,6 para 7,1 por 100.000 habitantes entre 1996 e 2006, representando um aumento de 50% em novos casos. Este grupo particular de doenças é de particular importância epidemiológica devido à sua alta incidência, prevalência e mortalidade. Este estudo visa, portanto, ajudar a compreender os fatores que contribuem para a propagação dos casos de HIV em pessoas com mais de 60 anos, especialmente entre 1999 e 2022. Além disso, o trabalho destaca e explica a vulnerabilidade dessa faixa etária, ao mesmo tempo em que questiona as políticas e estratégias públicas que estão sendo desenvolvido para tratar casos de AIDS em uma idade mais avançada. (5).

Diante do contexto, o estudo tem o objetivo de descrever os fatores que favorecem a proliferação do vírus HIV em pessoas acima de 60 anos, entre os anos de 1999 a 2022 na região norte. Foram levantados os objetivos específicos como: Caracterizar os principais fatores que favorecem a proliferação dos casos do vírus HIVem pessoas acima de 60 anos, Analisar as políticas públicas e estratégias que estão sendo desenvolvidas para o enfrentamento dos casos do vírus HIV na terceira idade e Apresentar as principais complicações advindas da infecção por HIV na terceira idade.

METODOLOGIA

O estudo segue o caminho metodológico que abarca um estudo do tipo revisão integrativa da literatura, a qual dentro dos conceitos científicos difundidos para cada tipo de estudo, representa uma síntese de informações pontuais sobre determinado tema a ser pesquisado, partindo do ideal proposto pelo método cientifico.

Esse tipo de estudo é caracterizado como um instrumento de investigação de grande valia frente às variantes requeridas, uma vez que permite o agrupamento de informações por parte do pesquisador, por meio da combinação de múltiplos resultados essenciais para a formulação do estudo. A escolha desse tipo de estudo se justifica pela categorização que o mesmo infere frente aos dados de cunho teórico, empírico e estudos não experimentais e experimentais, permitindo uma compreensiva assertiva por parte do pesquisador (6).

Segundo o percurso metodológico inferido pelo método cientifico, esse estudo de maneira primaria percorreu o levantamento de termos específicos para a geração dos dados requeridos, ou seja, foi utilizado enquanto ferramenta os descritores em Ciências da Saúde – DeCS: “idosos, prevenção; sexualidade; AIDS síndrome da imunodeficiência adquirida; comportamento sexual; intervenções, resultados e infecção por HIV, indexadas em português.

Para auxiliar na busca e como forma de ampliar a pesquisa foi associados operadores booleanos “OR” e “AND”, realizando os seguintes cruzamentos: HIV idoso and Prevenção; HIV Idoso and Sexualidade; HIV idoso and AIDS síndrome da imunodeficiência adquirida; Hiv Idoso and Intervenção; HIV Idoso and Resultado; HIV Idoso and Comportamento Sexual; HIV Aged and Disiase Prevention; HIV Aged and Sexuality; HIV Aged and Intervention; HIV Aged and Outcome; HIV Aged and Sexual Behavior; HIV Aged and Disiase Prevention and Sexuality and Adquired Immunodeficiency Syndrom and Intervention and Outcome and Sexual behavior.

As buscas ocorreram nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde LILACS, MEDLINE, na de textos completos na SciELO e no banco de dados do PubMed, além de sites e publicações institucionais do Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde e Organização Panamericana de Saúde. A fim de obter estudos pontuais frente à temática adotou-se critérios de rigorosidade, sendo estes de inclusão e exclusão, em que para os de inclusão estudos em idiomas português e inglês, aos estudos com seres humanos, bem como aos temas singulares e textos na íntegra, que respeitassem um período de publicação entre os anos de 1999 a 2022. E os de exclusão são os artigos publicados antes de 1999, artigos pagos, produções repetidas, indisponíveis na íntrega,incompletos e irrelevantes ao tema.

RESULTADOS

Foram incluidos seis artigos que atenderam aos critérios de elegibilidade. O fluxograma de busca está descrito na Figura 1.

Figura 1: Fluxograma de Busca.

Após a leitura do texto completo e da exclusão dos estudos que não se encaixavam nos critérios de inclusão, foram selecionados 6 artigos para análise como mostra o quadro 1. A publicação dos artigos foi divida entre os anos de 2016 à 2022 no idioma português. O Periódico que mais contribuiu foi Scientific Electronic Library Online (Scielo). E o quadro 2 apresenta estudos incluídos na revisão com base no título, objetivos e principais resultados encontrados.

Quadro1: Estudos incluídos na revisão com base nos autores, idioma, revista de publicação e modalidade.

Autores/BasededadosIdiomaRevistaModalidadede Artigo
1Cassétte et al. (2016) SCIELOPortuguêsRevistaa Brasileira de Geriatr. GerontolOriginal
2Cerqueira et al. (2016) SCIELOPortuguêsCiência & Saúde ColetivaOriginal
3Aguiar et al. (2020) SCIELOPortuguêsCiência & Saúde ColetivaRevisão
4Neto et al. (2020) SCIELOPortuguês e InglêsCiência & Saúde ColetivaRevisão
5 Nierotka et al (2022) LILACSPortuguês e InglêsRevista brasileira de geriatr. gerontol.Original
6Silva et al. (2018)PUBMED
Revista Brasileira de EnfermagemRevisão

Quadro2:Estudos incluídos na revisão com base no título, objetivos e principais resultados encontrados.

Autores/Basede dadosTítuloObjetivoResultados/Conclusão


1
Cassétte et al. (2016) SCIELOHIV/aids em idosos: estigmas, trabalho e formação em saúdeAnalisar a atuação de profissionais de saúde em idosos com diagnóstico de HIV/aids em um serviço público de saúde.Os profissionais relatam sobrecarga de trabalho e sobrecarga psíquica, dificuldades em abordar aspectos da sexualidade e práticas sexuais com idosos e admitem compartilhar alguns estereótipos e preconceitos vinculados ao HIV/aids e à sexualidade da pessoa idosa.


2




Cerqueira et al. (2016) SCIELOFatores associados à vulnerabilidade de idosos vivendo com HIV/AIDS em Belo Horizonte (MG), BrasilDefinir alguns fatores associados à vulnerabilidade dos idosos ao HIV/AIDS, na perspectiva daqueles que vivem com o vírus.Os idosos entrevistados apresentam baixa escolaridade, baixa renda, estão ou estiveram unidos, têm percepções e comportamentos fundados em relações de gênero estruturadas com assimetria de poder e baixa capacidade de resposta à vulnerabilidade.


3
Aguiar et al. (2020) SCIELOIdosos vivendo com HIV – comportamento e conhecimento sobre sexualidade: revisão integrativaIdentificar e analisar a produção científica acerca do comportamento e conhecimento sobre sexualidade de idosos que vivem com HIVOs idosos HIV positivo são sexualmente ativos e estão envolvidos em comportamentos de risco de transmissão do vírus. Percebe-se que existe uma produção científica limitada em relação ao comportamento e conhecimento sobre sexualidade entre os idosos que vivem com HIV.

4
Neto et al. (2020) SCIELOSaúde sexual e envelhecimento: revisão da literatura e apontamentos sobre a prevençãoInvestigar como a saúde sexual no período de desenvolvimento do envelhecimento é retratada em pesquisas e documentos no Brasil, de convivênciaPrevaleceram uma visão de homem biopsicossocial, mas havia um modelo médico e biológico que priorizava as questões preventivas e restritivas de sexualidade humana. Houve indícios de heteronormatividade e o público alvo era de bom nível educacional, social e econômico

5
 Nierotka et al (2022) LILACSEstratégias de enfrentamento adotadas por pessoas idosas com HIV no BrasiDesvelar as estratégias de enfrentamento adotadas pelas pessoas idosas no percurso de suas vidas para superar as dificuldades vivenciadas pela condição de ser uma pessoa com HIV.As estratégias de enfrentamentos adotadas estiveram centradas no apoio dos profissionais de saúde (rede formal) e por parte da família e amigos (rede informal).


6
Silva et al. (2018)PUBMEDAssistência de enfermagem a pessoa idosa com HIVIdentificar na literatura brasileira as evidências científicas sobre a assistência de enfermagem ao idoso portador do HIV.Os estudos abordam a assistência de enfermagem ainda através de uma clínica baseada nos diagnósticos da NANDA com forte abordagem individualizante e baixa consideração dos aspectos sociais.

DISCUSSÃO

Foi incluso nessa revisão 6 estudos que preencheram os critérios de elegibilidade. Após análise dos resultados. Além de apresentar dados do DATASUS sobre aspectos da proliferação do vírus HIV na população acima de 60 anos na região do norte, de 1999 até 2022, destacando a vulnerabilidade dessa faixa etaria e as política públicas sanitárias, como mostra o quadro 3.

Quadro 3: tabela DATASUS

Fonte: MS/SVSA/Departamento de HIV/Aids

O quadro mostra que desde 1999 os casos de HIV entre idosos vem crescendo até em 2021, e houve uma queda de casos em 2022. O que torna-se preocupante e relevante o debete sobre o tema.

Essa faixa acima dos 60 anos têm apresentado uma maior proporção de diagnóstico tardio. O maior tempo de vida das pessoas, o aumento da qualidade de vida na terceira idade e a falta de hábito quanto ao uso de preservativo tem provocado um aumento de casos de infecção pelo vírus de HIV na população idosa. 

Diante a esse crescimento da proliferação de pessoas idosas contaminadas com HIV, há necessidade de Políticas nacionais voltadas para a saúde do idoso, que priorizam e foquem estratégias e resposta ao HIV/AIDS entre idosos, assim como implementação de intervenções com medidas preventivas, campanhas que tratem o tema.

Contudo, é impresdindível um planejamento por profissionais de saúde, com proposta educativas que sejam capazes de alcançar a real carência dos mesmos e promover a prevenção da HIV e melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Em relação a preconceitos relacionados ao HIV e à sexualidade da terceira idade, observou-se que esse fator estão intimamente presentes no processo de trabalho dos profissionais de saúde entrevistados, as evidências mostraram que tais fatores impactam o tratamento e interferem nos processos de saúde e adoecimento. A discussão sobre esses aspectos deve compor as ações de formação em saúde (7).

Sobre os fatores de riscos um estudo mostrou que maioria dos idosos entrevistados tem vida sexual ativa, mas poucos deles declaram que se protegem. A falta de informações perpassa todos os níveis de vulnerabilidade estudados. O que evidenciou um cenário preocupante, ressaltando a necessidade de se desmitificar a invisibilidade sexual dos idosos, garantindo-lhes uma vida sexual saudável e contínua, o que lhes é de direito (8). O que também influencia como fatores para a proliferação do HIV, está relacionado a desigualdade entre os papéis de gênero, as questões religiosas, o baixo nível de escolaridade e econômico, a desinformação e a falta da prática da relação sexual de forma segura (8-9).

Já em relação a estratégias de políticas públicas em relação ao tratamento a idosos com HIV, o estudo mostrou que pode subsidiar políticas públicas em saúde que valorizem a abordagem sobre sexualidade na terceira idade, assim como a realização de novos questionamentos no tocante a esta temática (9).

Outro estudo mostrou evidências da necessidade para garantir o direito ao exercício da sexualidade no envelhecimento, que busque atender às necessidades dos idosos com proposta e métodos preventivos, no momento do diagnóstico, no oferecimento e na manutenção do tratamento e no acolhimento de possíveis desdobramentos psicossociais da experiência de ser contaminado por HIV/Aids, para si mesmos, para seus pares e familiares e para toda a sociedade (10).

Assim, as estratégias de enfrentamentos adotadas estiveram centradas no apoio dos profissionais de enfermagem e por parte de familiares, amigos. Pois, adotam o sigilo do diagnóstico como modo de enfrentar os atos discriminatórios e de preconceito. Portanto, as estratégias de enfrentamento adotadas pelos idosos influenciaram para uma qualidade de vida melhor e o minimo de constrangimentos e sofrimento (11-12).

Portanto, o profissional de enfermagem necessitar agir estratégicamente de forma a contribuir de forma significativa com a saúde dos idosos, entendendo que a abordagem inserida no cuidar não está limitada ao âmago individual. Além da abordagem grupal, a assistência em nível individual, quando bem ministrada, repercute em desenvolvimento significativo ao bem-estar do idoso com HIV (13).

Dos 47.437 casos notificados de AIDS em pessoas com mais de 60 anos, 29.393 (62%) foram registrados entre 2001 e 2008, sugerindo que menos foram notificados antes de 2000. Desse grupo, 37% são mulheres e 63% são homens. % dos homens, e atualmente no Brasil, a proporção de HIV em idosos já supera a de jovens de 15 a 19. Dados nacionais mostram que a proporção de HIV em idosos já supera a de jovens de 15 a 19 anos. O aumento do número de casos aumenta como em qualquer outra faixa etária, o que é um desafio para o Brasil, o que exige a criação de políticas e estratégias nacionais que possam garantir o alcance das medidas preventivas e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas (14).

CONCLUSÃO

O estudo apresentou fatores que favorecem a proliferação do vírus HIV em pessoas acima de 60 anos, entre os anos de 1999 a 2022 na região norte. Observou-se que a falta de informações perpassa todos os níveis de vulnerabilidade como fatores socioeconomicos, além de relações sexuais sem proteção.

Sobre as estratégias e politicas públicas, o idoso deve ser incluído nos direitos relacionados à cuidados de profissionais de saúde treinados para um tratamento holístico em relação a idade, pois o sistema imunológico com o tempo, enfraquece e, portanto, aumenta o risco de contrair infecções e parecer maior dificuldades em combater fatores agressivos.

Conclui-se assim, que, o profissional de saúde pode contribuir com informações e orientações para os idosos sobre o risco de contaminação por HIV, apresentando métodos de prevenção, além de realizar um atendimento humanizado, com acolhimento e repeito aos pacientes infectados, para que os mesmos não sofram com preconceitos ou constrangimentos. Potanto, a elaboração do trabalho contribuiu grandemente para agregar valor na graduação de enfermagem, e fica o desejo de realizar um estudo de caso para coletar dados e realizar uma síntese com a literatura.

REFERÊNCIAS

1 – ALENCAR, D. L.; MARQUES, A. P. O.; LEAL, M. C. C.; VIEIRA, J. C. M. Fatores que interferem na sexualidade de idosos: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, 19(8):3533-3542, 2017.

2 – BARBOSA, A. M.Representação social da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/AIDS: revisão integrativa / Ana Paula de Magalhães Barbosa. – Niterói, 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade Federal Fluminense, 2016.

3 – BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília – DF, junho, 2017.

4 – FILHO, P. H. F. N. HIV no Brasil: a assistência de enfermagem ao portador de HIV na terceira idade na Estratégia da Saúde da Família. Monografia (Bacharelado Em Enfermagem) – Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro, Fundação Educacional De Além Paraíba, 2019.

5 – BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional DST/AIDS. Incidência entre os maiores de 50 anos preocupa 2021. Disponível em: http://www.aids.gov.br/data/Pages/ lumis67f61bd3itemid1bfb1fb10itemidtemidE.ht. Acesso em: 15 de março de 2023.

6 – BATISTA, M. P. P.; ALMEIDA, M. M.; LANCMAN ,S. Políticas Pública para a População Idosa: uma revisão com ênfase nas ações de saúde, Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 22, n. 3, p. 200-207, 2017.

7 – IBGE. Idosos indicam caminho para uma melhor idade. 2019. Disponível em https://censoagro2017.ibge.gov.br Acesso em: 19 de mar de 2023.

8 – LEMOS, A. D. AIDS na terceira idade. 2017. 30f. (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB como requisito para obtenção do título de Cirurgião-Dentista) – Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, Campina Grande – PB, 2017.

9 – MASCHIO, M. B. M, BALBINO, A. P, DE SOUZA, PFR, KALINKE, L. P. Sexualidade na terceira idade: medidas de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis e AIDS. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2018 set;32(3):583-9.

10 – ROCHA, C. S. V. Idosos que vivem com AIDS: uma avaliação da qualidade de vida. Dissertação de graduação (Enfermagem). UFMG, ICS, 2019.

11 – AGUIAR, R. B. et al.. Idosos vivendo com HIV – comportamento e conhecimento sobre sexualidade: revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 2, p. 575–584, fev. 2020.

12 – NETTO, T. de C. R. Saúde sexual e envelhecimento: Revisão da literatura e apontamentos sobre a prevenção / Tatiana de Cássia Ramos Netto, 2020 227 f.

13 – NIEROTKA, R. P.; FERRETTI, F.. Estratégias de enfrentamento adotadas por pessoas idosas com HIV. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 25, n. 1, p. e220111, 2022.

14 – SILVA, A. G. DA . et al.. Integrative review of literature: nursing care to aged people with HIV. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 884–892, 2018.


1 Acadêmica do curso de Enfermagem da Universidade Nilton Lins.
2 Acadêmica do curso de Enfermagem da Universidade Nilton Lins.