AS QUESTÕES GRAMATICAIS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA

REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/cs10202505150349


Matheus Henrique Ferreira de Aguiar1


Resumo: O presente artigo tem como objetivo levantar algumas reflexões sobre o ensino de gramática em língua inglesa na sala de aula, onde observa-se que o professor ainda tem uma preocupação de ensinar o inglês norte americano, reproduzindo ideias ultrapassadas como forma única de falar ou escrever, baseada em aspectos dos países hegemônicos, ignorando as multidiversidades linguísticas das diversas línguas inglesas por todo o mundo. Uma breve contextualização da origem da gramática na sociedade greco-romana é realizada, com o objetivo de se pensar sobre de onde se originou essas preocupações de seguir os modelos gramaticais criados à risca, negligenciando muitas vezes variações linguísticas ou culturais pois não bate com o modelo e ignorando a mutação da língua. Levando também em discussão, o conceito que é vendido sobre falar inglês como “um nativo americano”, que influencia ideias de não estar à “altura” dos falantes de países hegemônicos, e a submissão aos padrões linguísticos dos mesmos. Um outro fator relevante é lembrar a importância de um professor de língua inglesa crítico e que leve seus alunos pelo mesmo caminho, reafirmando a posição de aprender a língua inglesa de forma ampla como língua franca, ou seja uma língua comum que percorre todo o globo, e de forma que se aplique melhor ao seu contexto social e cultural. 

Palavras-Chaves: Ensino de língua inglesa; Língua franca; Gramática  

1. Introdução 

Com o impacto da globalização, a língua inglesa se tornou a língua do comércio, do progresso e da comunicação, estando presente no currículo escolar obrigatório e no cotidiano de sala de aula dos alunos. Na composição dessa disciplina, existem quatro habilidades: listening, writing, speaking, e reading. O professor de língua inglesa deve desenvolver a sensibilidade de seus alunos para cada uma delas, quando e se possível. Em conjunto da aprendizagem do writing (escrita) e do speaking (fala), há um aspecto importante que causa preocupação e aborrecimento aos alunos, e até mesmo aos professores: gramática. 

Afinal de contas, porque a gramática é quase sempre vista como “uma chatice” ou “a complicação” quando se trata do aprendizado da língua inglesa? Talvez Larsen Freeman (2003) possa responder a essa pergunta quando afirma que, “a gramática nunca é chata. O que pedimos aos alunos para fazer a fim de aprendê-la é que pode ser chato.” Ou seja, a gramática é bem mais que listas de exercícios prontas que o professor lota o quadro pedindo que seus alunos a copiem no caderno e memorizem. 

O propósito desse artigo, é levantar reflexões sobre a forma como a gramática é vista dentro do ensino de língua inglesa, tanto pelos professores quanto pelos alunos. A imposição da denominada “gramática correta” que diminui a qualidade dos alunos e sua confiança por medo de não ser “americanizado” o suficiente, as razões por conta desse “medo” e o professor que tende a não ser amplo, quando trata de abordar uma das partes mais importantes e interessantes da aprendizagem da língua inglesa. 

É necessário levar em conta que até mesmo na aprendizagem da língua nacional, os alunos já possuem uma visão negativa da gramática. Segundo Oliveira (2015) “Às questões que o professor deve responder são: para que seus alunos precisam aprender determinado elemento gramatical e quantas informações sobre esse elemento ele deve lhes fornecer” 

Ou seja, o professor não pode simplesmente encher o quadro de normas gramaticais, pedir que os alunos memorizem em uma aula, sem deixar claro qual o propósito e em qual contexto ele vai utilizar, é o mais importante: até onde aquelas normas vão ser aplicadas, e se aquelas normas vão servir para todos os contextos, levando em consideração as diferentes “normas-padrão” que cada língua inglesa possui. 

2. O propósito da gramática 

No senso comum, gramática é aquele livro que tem a forma correta de escrever, um conjunto de descrições da escrita, normas, listas de verbos, suas funções e etc. Esse conceito de gramática foi implementado ao decorrer da história, sendo na verdade uma ferramenta que foi criada para a aprendizagem da escrita, com milhares de outras gramáticas sendo publicadas seguindo o modelo greco-latino a partir disso. 

A partir do século V até o fim do XIX, a gramatização massiva traz a segunda revolução técnico-linguística, criando segundo Auroux (1992) “uma rede homogênea de comunicação centrada inicialmente na Europa”. O interesse na gramática vai além da filologia para o domínio de línguas, o que para o autor se torna “simultaneamente uma técnica pedagógica de aprendizagem das línguas e um meio de descrevê-las.” 

“A gramatização massiva no Renascimento pode ser vista, assim, como a universalização de categorias tanto linguísticas (gramaticais) como espaciais (urbanas), que são culturais e que foram naturalizadas e instituídas como modelos para todas as demais sociedades.” (ALCALÁ, 2011) 

De acordo com Alcalá (2011) essa gramatização está ligada ao 

“Processo de urbanização que acompanhou o surgimento dos Estados nacionais, no contexto das profundas transformações econômicas, sociais, culturais e tecnológicas vinculadas, tais como a emergência do capitalismo mercantil, a renovação humanista do interesse pela cultura da Antiguidade clássica, a ascensão da burguesia, a Reforma e a imprensa” (ALCALÁ, 2011) 

Com isso, a gramática acaba por ganhar outra finalidade, o seu uso para aprender a falar outra língua que não era a sua própria. A gramática da escrita do latim, começou a ser usada para se aprender a falar latim, devido ao fato de ter permanecido como segundo Aurox (1992) a “língua da religião, administração e cultura” 

Para um europeu do século IX, o latim é antes de tudo uma segunda língua que ele deve aprender. A Gramática latina existe e vai se tornar prioritariamente uma técnica de aprendizagem da língua. Evidentemente, essa mudança de finalidade supõe transformações e empobrecimentos[…] (Auroux, 1992, pg. 42) 

Gramáticas de línguas europeias foram criadas a partir do latim, e em seguida gramatização das línguas da África e da Ásia. Ou seja, uma gramática foi adaptada para criação de outra gramática. A gramática vai criando os contornos da língua, com cada uma possuindo suas devidas regras, termos e expressões. 

Segundo Auroux (1992) “as transferências linguísticas são sempre acompanhadas de transferência cultural” Ou seja, por conta da gramática do latim que foi traduzida para que se aprendesse outras línguas, houve-se a transferência do modo de pensar, escrever e analisar aquela língua para outras línguas e consequentemente em todo o globo. 

Analisando agora a língua inglesa dentro desta vertente, percebe-se que ao abordar a gramática do inglês norte-americano no contexto escolar, a mesma é sempre considerada o “padrão” linguístico a seguir, tanto no modo de escrita quanto da fala. De certa forma há uma transferência cultural enraizada junto com o aprendizado dela, devido os exemplos focarem apenas nos contextos norte-americanos. 

É a partir daí que levantamos a seguinte problemática, o que é considerado “errado” pois não bate com um determinado modelo da língua inglesa. Assim como existem diferentes formas de falar inglês e transmitir uma mesma mensagem, isso também vale para a escrita gramatical. Vamos analisar uma seguinte situação hipotética: 

Durante uma prova, o aluno escrever ou falar em inglês “Poderia emprestar sua borracha?” dessa forma: “Could you borrow your rubber?” ao invés de “Could I borrow your eraser? Na maior das possibilidades, o professor acostumado com a norma gramatical americana, vai estranhar ou dar como “errado” a frase que transmite a mesma mensagem, exceto que segue uma norma gramatical diferente da americana. 

Levando em consideração que não existe apenas um único modelo gramatical na língua inglesa tanto em norma quanto coloquial, devido às suas diferentes versões de si dependendo de qual país se aborda, se tratando do ensino de línguas isso pode podar a liberdade do aluno de utilizar um conhecimento prévio de normas ou termos que ele já conhece da língua inglesa, mas que talvez não esteja no livro didático. 

Pensando no mundo globalizado de hoje, ele terá acesso a língua inglesa de diversas formas diferentes fora da escola, incluindo a gramática. Devemos pensar na gramática como descreve Auroux (1992) “instrumentos que estendem a capacidade linguística do locutor, do mesmo modo que um martelo estende a capacidade do braço” Ou seja independente do modelo gramatical que o aluno faça utilização, o fato de relevância é que o mesmo está utilizando a língua inglesa para se comunicar e aumentar seu contato com a língua, fazendo uso desse “instrumento” para incrementar seu conhecimento sobre aquela mesma língua. 

3. O falante e a gramática do inglês “correto” 

Agora vamos analisar a língua inglesa como objeto e no contexto escolar brasileiro, o aluno está aprendendo uma língua estrangeira que não é originária de seu país de origem, essa mesma língua possui centenas de países que a falam e escrevem de forma única, possuindo suas próprias características que podem ter semelhança com a de outro país, porém a probabilidade daquele aluno praticar aquela língua fora de sala é extremamente baixa.

Qual seria a razão do aluno precisar aprender a reproduzir o inglês como um norte americano, se existem centenas de línguas inglesas e aquela definitivamente não é sua vivência de mundo ou contexto social em que vive. Na maior parte das vezes o inglês para aquele aluno é apenas um componente curricular obrigatório que ele precisa de nota, para passar de ano na escola. Alves (2020) ressalta que: 

“Mesmo em face da mundialidade do inglês, em que as interações em Língua Inglesa (LI) ocorrem local e transnacionalmente, sobretudo, entre falantes em contextos multilíngues e multiculturais, a prática diária de muitos professores continua objetivando levar os aprendizes a se aproximarem o máximo possível da proficiência dos falantes nativos, em especial, estadunidenses e britânicos.” (ALVES, 2020, p. 170) 

Siqueira (2018) fala sobre a ideia ultrapassada “de que apenas países hegemônicos representam culturas alvo de língua inglesa ou de que o modelo do falante nativo é intocável na sua superioridade e deve ser almejado a todo custo.” Falar inglês americano ou britânico não é uma preocupação para aquele aluno, professores de língua inglesa precisam desconstruir tal ideia de gramática “correta”. 

Há uma imensa variabilidade e possibilidade ao montar até mesmo uma única frase, que no fim das contas vai transmitir a mesma mensagem. Podemos ver o exemplo com a palavra “analyze” e “analyse”, ambas significam analisar e são pronunciadas da mesma forma, o único fator de diferença é a escrita. Um professor de inglês que utilizar apenas a gramática norte-americana como base de “correto”, pode não concordar que a palavra seja escrita com s ao invés de z, porém aquele aluno aprendeu através de contato direto que essa mesma palavra pode ser escrita com s, e que ambas são válidas gramaticalmente independente do contexto. 

O importante é que o aluno compreenda que existem diversos modelos na fala e na escrita dentro da língua inglesa, para perceber que independente da forma que aprenda, os conceitos da língua estão presentes e que não há um modelo gramatical que seja “melhor”, o mesmo está lidando com uma língua que é global, e em cada canto possui sua própria particularidade: na fala ou na escrita. 

Sendo assim, acentuamos que a língua inglesa possui várias versões de si mesma ao redor do mundo, entendendo que a versão norte americana não é a única a ter voz dentro dos conceitos gramáticos da língua. Perpetuar tal ideia de priorizar a gramática do inglês americano, é excluir as diferentes possibilidades presentes dentro da língua inglesa, pois com essa concepção o aluno ou até mesmo o professor pode internalizar estranheza ao se deparar com outras formas gramaticais ou termos coloquiais que não são provindos da variante norte-americana, a língua inglesa trabalha com várias versões de si. 

Levando isso em questão, pensamos nos diferentes termos que existem no inglês britânico e possuem uma palavra ou termo diferente no inglês britânico como por exemplo o caso da palavra outono que pode ser “fall” no inglês americano ou “autumn” no inglês britânico e australiano. Vamos imaginar a seguinte situação no qual um aluno precisa realizar uma prova sobre um determinado grupo de palavras aprendidas em inglês. 

O fato do inglês britânico não utilizar a forma de particípio passado do verbo “get” por considerarem algo arcaico, enquanto que no inglês americano essa utilização ainda acontece. Ou até mesmo o caso do presente perfeito que no inglês americano é utilizado para falar de coisas que aconteceram no passado e ainda acontecem no presente, porém no inglês britânico é utilizado da mesma forma que o passado simples. 

Suponha-se que seu aluno tenha assistido uma série ou filme legendado que não seja norte americano, e ele veja a palavra “pavement” que é originária do inglês britânico e significa calçada, porém em sala de aula você ensinou de acordo com o inglês americano que a palavra calçada em inglês é “sidewalk”. O seu aluno estaria certo ou errado em usar o termo que aprendeu no filme em uma prova? Graddol (2006) afirma que: 

“A visão que está subjacente quando o inglês é concebido como Língua Estrangeira (LE) é a de que essa perspectiva de ensino, entre diversas premissas, realça a importância de aprender sobre os aspectos culturais e a sociedade dos falantes nativos; enfatiza a centralidade da metodologia nas discussões de aprendizagem efetiva; e também reforça a necessidade de imitar o comportamento linguístico do falante nativo (apud, ALVES, 2020, p. 174). 

Há uma propaganda cultural em escolas e cursos de idiomas sobre “falar inglês como um nativo!” Ou seja, uma pessoa nativo norte-americana, onde o inglês americano ou em algumas exceções o britânico, é ditado como o padrão a se seguir durante a aprendizagem do mesmo, geralmente faltando um olhar mais amplo nas possibilidades gramaticais ou de vocabulário da língua inglesa de outros países, isso seria um reflexo negativo da comercialização do “sonho americano”. 

O falante aprende a língua inglesa para ser “ouvido como um nativo americano” e poder se comunicar melhor com “os donos da língua”. Sobre isso Alves (2020) diz que tais métodos do ILE contribuem para “a posição de inferioridade atribuída aos aprendizes não nativos, que se veem em um contexto de submissão aos falantes nativos.” 

Assim como a língua portuguesa no brasil possui suas variações linguísticas e não há forma correta de se falar mandioca, aipim ou macaxeira. O mesmo deve ser levado em consideração ao se ensinar uma língua que possui sua identidade em cada país em que foi inserida, levando também em consideração que toda e qualquer língua está sempre em mutação. 

Uma das coisas interessantes de se aprender língua inglesa, são as possibilidades gramaticais, vocabulários, termos e formas dentro da mesma, dependendo de qual país ou continente esteja sendo abordado. Aprender apenas o inglês dos países europeus ou norte americano é uma enorme limitação. Imagine como uma das aulas de gramática pode ser rica se o tema fosse “A gramática da Austrália”. E o professor poderia fazer comparações entre as duas gramáticas, demonstrando aos alunos que eles não necessariamente vão se deparar apenas com o inglês norte americano ou britânico. 

Ou seja, o aprendizado de gramática dentro da língua inglesa não precisa se restringir apenas ao inglês americano ou britânico. Alunos são naturalmente curiosos e gostam de aprender coisas que de certa forma estão fora do esperado. 

4. Considerações finais 

Podemos perceber que as questões envolvendo gramática no ensino de língua inglesa é algo que está internalizado por anos, nos currículos, nos eixos que usam como referência os países hegemônicos que são a “representação” principal da língua, a falta de sensibilidade em tratar o inglês como língua franca: uma língua utilizada para comunicação sistemática em comum, independente de qual versão ela é falada ou escrita e não como língua estrangeira, ou apenas como a língua do colonizador. 

É válido sempre lembrar sobre o papel de colonizadores dos países europeus, porém não se pode restringir a visão sobre a língua inglesa apenas a esse único aspecto. Siqueira (2018) diz “que precisamos de professores de língua inglesa conscientes de que sua tarefa diária consiste em abrir portas para novos mundos através de uma nova língua para que seu aluno encontre justamente, como anteriormente mencionado, outras formas de estar no mundo.”

O ensino gramatical de língua inglesa também pode levantar ótimas reflexões críticas relacionadas às diferentes formas da escrita e da fala, pensando nas várias línguas inglesas que existem ao redor do mundo. O aluno precisa ter implementado a ideia de dar voz a variabilidades linguísticas, para que compreenda que no mundo globalizado, mesmo que sua versão aprendida de inglês seja o americano, isto não vai impedir que o mesmo se depare com outras versões coloquiais e gramaticais da mesma língua. 

É preferível que conheça novas formas de falar e escrever, se divirta ao descobrir gírias e palavras que podem ter semelhança com sua língua nacional, pesquise curiosidades interessantes sobre as diferentes formas gramaticais da língua inglesa e debata com o professor e os colegas sobre. 

O professor de também precisa ser crítico, utilizar o ensino da língua de maneiras que seus alunos enxerguem o idioma como uma forma de ampla comunicação com o mundo, aproveitando a oportunidade para exercer seu lugar no mundo como falante de uma língua franca, que não pertence a nenhum país e pode prover melhores oportunidades de aprendizado e no possível futuro profissional. 

Referências bibliográficas  

ALCALÁ, Carolina Rodríguez. Escrita e gramática como tecnologias urbanas: a cidade na história das línguas e das ideias linguística. Cadernos de Estudos Lingüisticos, Campinas, 53(2), Jul./Dez. 2011 

ALVES, Polyanna Castro Rocha. A perspectiva do inglês como língua franca como agente de decolonialidade no ensino de língua inglesa. Revista Digital dos Programas de Pós-Graduação do Departamento de Letras e Artes da UEFS Feira de Santana, v. 21, n. 2, p. 169-181, maio-agosto de 2020. 

AUROUX, Sylvain. A revolução tecnológica da gramatização. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi São Paulo. Editora Unicamp, 1992. 

LARSEN-FREEMAN, D. Teaching Language: From grammar to grammaring. Toronto: Heinle & Heinle Publishers, 2003. 

GRADDOL, David. English next. London: British Council, 2006.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Aula de inglês: do planejamento à avaliação. São Paulo: Parábola Editorial, 2015. 

SIQUEIRA, D. Sávio. Por uma educação linguística crítica. In: Perspectivas críticas de educação linguística no Brasil: trajetórias e práticas de professoras(es) universitárias(os) de inglês. 1. ed. – São Paulo: Pá de Palavra, 2018.


1Mestrando em Estudos Linguísticos – Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Graduado em Letras – Língua Inglesa e suas respectivas Literaturas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Participou do projeto PIBID – Inglês nos anos 2018 e 2019. Fez parte do CECCLA nos anos 2018 e 2019 (Centro de Estudos Continuados em Letras, Linguística e Artes – do Curso de Letras da Fundação Universidade Federal do Tocantins) como professor voluntário de Língua Inglesa. Atuou como professor de Inglês na Wizard Porto Nacional – TO. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2871159298993939. matheushenrique789@gmail.com