REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7896770
Luzia Silva Souza
Marcela Carolina Feliciano Silote
Orientador: Professor Adriano Costa Cardoso
RESUMO
O estudo busca compreender a participação e as dificuldades dos enfermeiros na atenção à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, no ambiente escolar, pois encontra-se falta de profissional para estar realizando abordagem do assunto, ideal seria que houvesse enfermeiro nas escolas para atender essa demanda em palestras, conscientização e orientação e que o mesmo não viesse a ser remanejado, por questões de vínculos entre profissionais e enfermeiros. outro problema visível que adolescentes e jovens do sexo masculino tem mais receios de estar tirando suas dúvidas e procurado informações, muitas das vezes por insegurança, falta de liberdade de falar com a família e privação da família em autorizar a falar sobre sexualidade nas escolas e em casa. A forma de acolhimento nas unidades de saúde e a perspectiva da integralidade no processo. A abordagem é qualitativa e o instrumento, a entrevista não estruturada. Os profissionais são enfermeiros que atuam nas UBS. A integralidade é motivo de preocupação para os enfermeiros, devido aos limites de tempo, capacitação e recursos. Enfatizamos novos estudos voltados para esse grupo de adolescentes no ambiente escolar, e estimular a participação da população no Conselho Municipal de Saúde, para discussão dos problemas e melhor resolutividade.
Palavras–chave: Sexualidade na escola, as dificuldades de atuação do enfermeiro na saúde escolar; Papel do profissional de enfermagem.
ABSTRACT
The study seeks to understand the participation and difficulties of nurses in caring for the sexual and reproductive health of adolescents in the school environment, as there is a lack of professionals to address the subject, ideally there would be nurses in schools to meet this demand. in lectures, awareness and guidance and that it did not have to be exchanged, as it ends up influencing the removal of adolescents and young people to clear their doubts because they are having intimacy in expressing themselves with the professional and soon after that the same is removed from the unit of health, another visible problem that adolescents and young males are more afraid of asking questions and seeking information, often due to insecurity, lack of freedom to talk to the family and deprivation of the family in authorizing them to talk about sexuality in schools and at home. The form of welcoming in health units and the perspective of integrality in the process. The approach is qualitative and the instrument, the unstructured interview. The professionals are nurses who work at the UBS. Comprehensiveness is a matter of concern for nurses, due to time, training and resource limits. We emphasize new studies aimed at this group of adolescents in the school environment, and encourage the participation of the population in the Municipal Health Council, for discussion of problems and better resolution.
Keywords: Sexuality at school, nurses’ performance difficulties in school health; Role of the nursing professional.
1 INTRODUÇÃO
A sexualidade envolve várias dimensões da vida humana, inclui a identidade, orientação sexual, sexo, gênero, prazer, erotismo, intimidade e reprodução. Compreende-se pela necessidade de expressar e receber valores, contato pele a pele, sentimentos, onde as pessoas expressam sensações prazerosas para o próximo, no entanto, não é considerada exclusivamente como sexo. Adolescência é uma fase da vida humana marcada por inúmeras descobertas, vêm acompanhadas por curiosidades em desvendar a sexualidade e muitas vezes influenciadas por questões de gênero, culturais, econômicas, valores, políticas e sociais. Nesta conjuntura, passa a ser um período de reconstrução de valores, com abruptas alterações de humor e rebeldia, levando os adolescentes a buscarem orientações extrafamiliares (CAMPOS, SCHALL, NOGUEIRA, 2013; RINQUE et al. 2017). A escola torna-se um espaço oportuno para uma assistência voltada à educação sexual, na qual, os profissionais de saúde devem proporcionar momentos de diálogos, harmonizando o incentivo dos indivíduos a expressar seu modo de pensar e assim, dinamizando e firmando as diferentes opiniões (ZOCCA et al. 2015). Faz parte das competências do enfermeiro contribuir com a educação, trabalhando prevenção e promoção de saúde entre os escolares, sendo fundamental refletir e abordá-los, pois os jovens iniciam cedo sua vida sexual, sendo assim é de grande importância atentarse na orientação sexual destes jovens, importante, pois encontra-se um aumento de gravidez expondo à paternidade e a gravidez precoce nas adolescentes e uma confirmada tendência de expansão e infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), sendo esses um dos principais motivos para estar abordando o demais assunto nas escolas para estar contribuir por meio de orientações adequada aos adolescentes, para que possam tomar ciência de como lidar com sua sexualidade diante sua juventude se prevenindo incentivando a se cuidarem cada vez mais e buscando preparação e contratíveis. De acordo com as ações propostas pelo Ministério da Saúde em relação às práticas assistenciais, como Estratégia de Saúde da Família (ESF), revelam dificuldades em vincular adolescentes aos métodos locais que façam parte do dia a dia, buscando estratégias para sistematizar práticas efetivas as quais estimulem os adolescentes a explorar a expectativa no que tange a educação sexual nas escolas (MARTINS, HORTA, CASTRO, 2013).
Por isso, não podemos compreender a adolescência estudando separadamente os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. Eles são indissociáveis e é justamente o conjunto de suas características que confere unidade ao fenômeno da adolescência. Ademais, como um articulador em saúde, o enfermeiro deve abordar a temática nas instituições, destacando-a de forma holística, onde educadores e alunos possam enxergá-la de maneira transversal, pois perpassa por todas as fases da vida.
A educação sexual deve começar o mais cedo possível, deve ocorrer de maneira contínua e estar vinculada a formação de todas as crianças e adolescentes, sendo iniciada e assumida pelos pais, complementada pela escola e profissionais de saúde. É fundamental que a equipe da Unidade de Saúde trabalhe a sexualidade pelo viés da autoestima, seja durante a consulta individual, nos grupos ou nas atividades de parceria com a comunidade e escolas. Mesmo com a atual política de atenção à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes, a maioria dos serviços de saúde não possuem ações voltadas especificamente para os adolescentes, particularmente na área de saúde sexual e reprodutiva, o que é importante, pois têm-se verificado um aumento da incidência de gravidez nas adolescentes e uma confirmada tendência de expansão da AIDS e demais
IST’s, como: Sífilis, Herpes simples, Cancro mole, HPV, Linfo granuloma venéreo, Gonorreia, Tricomoníase, Hepatite B e C e HIV, sendo provável acomete os jovens, que inicia sua vida sexual com um ou mais parceiros, sendo um dos grandes riscos entre eles. Os enfermeiros como profissionais de saúde com uma formação generalista, atuam nas diversas áreas como promoção e prevenção, curativas e, na educação em saúde, a saúde dos adolescentes constitui uma interface da sua atuação. A existência da equipe de enfermagem na instituição faz-se necessária no cuidado aos métodos de promover bemestar e rodas de conversas a tratar dos processos de doença e saúde, além de reforçar as interações sociais entre os profissionais de enfermagem e da educação, pois o enfermeiro se faz presente e responsável pela atenção, acolhimento e hábitos escolares, observando os possíveis conflitos a acontecer e planejamento de métodos para solucionar as dificuldades enfrentadas (RASCHE, SANTOS, 2013). O enfermeiro tem como conduta o posicionamento de colaborar para a obtenção de métodos eficazes resultando em dever e responsabilidade, buscar planejamento para estar ciente de que forma aborda tal assunto de forma que não venha a ser esquecido pelos adolescentes. (FIGUEREDO et al. 2016).
2 Materiais e Métodos:
O presente estudo adotou-se a pesquisa qualitativa, sendo feita uma revisão bibliográfica e exploratória, pois estes meios tornam-se fundamentais na aquisição de conhecimento, sendo eles abrangentes e essenciais para construção do trabalho de conclusão de curso (TCC). Inicialmente serão selecionados artigos, livros e revistas por meio de sites sendo eles: SciELO, Google acadêmico, portal CAPS, além de livros, os critérios de inclusão e exclusão consistem em artigos publicados no decorrer dos últimos treze anos, sendo da literatura brasileira, escritos em português. Será feita análise do conteúdo por meio de leitura reflexiva e seletiva, para obter informação fundamental para construção referencial teórico, tendo como principal objetivo, abordagem da sexualidade na escola, as dificuldades da atuação do enfermeiro voltada aos adolescentes e jovens no âmbito escolar, sendo um dos pontos discutidos na atualidade e precisando ser melhorado.
3 REFERENCIAL
3.1 Educação sexual na atenção primária
Preconizar por uma educação sexual que não foque somente na orientação de práticas, está diretamente ligado à conscientização de preparo para uma vida pautada por atitudes responsáveis, orientando essas jovens para o julgamento que ainda permeia a sociedade atual. As ações implementadas pela atenção primária devem atender essa parte da população como um todo, levando em consideração suas especificidades. Considerando todas as desigualdades, sendo elas de gênero, orientação sexual, cor e classe social, trabalhando para combate-las e gerar uma superação.
Segundo DA SILVA a:
Atenção primaria deve, em especial, realizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, articular ações de redução da morbimortalidade por causas externas (acidentes e violências), garantir a atenção à saúde sexual e à saúde reprodutiva, incluindo o acesso ao planejamento reprodutivo e aos insumos para a prevenção das DST/HIV/Aids, além de desenvolver ações educativas com grupos, respeitando os direitos sexuais e os direitos reprodutivos (DA SILVA, et al, 2015, p. 25).
A atenção primaria aborda a sexualidade por meio de ações educativas principalmente em ambiente escolar por meio do enfermeiro através do programa saúde nas escolas ( PSE), o mesmo está relacionado a promoção e prevenção da educação e da saúde, em dezembro do ano de 2023 o programa completa 15 anos de estratégia no ambiente escolar, com o objetivo de promover qualidade de vida melhoradas aos estudantes buscando melhorias a suas vidas, e A partir do PSE promovemos ações, palestra dinâmica para estar orientando os adolescentes e jovens da sociedade, estes trabalhos tendo como objetivo prevenções de violência, doenças sexualmente transmissíveis e gravides na adolescência, o meio de passar essa informação ao público alvo sendo eles adolescentes por terem um índice de problemas a serem encontrado por estarem descobrindo a vida e vivenciando experiência, por mais que passe do tempo tornando um mundo mais desenvolvidos havendo várias formas de colher informações unidade de saúde se responsabiliza em esclarecer duvidadas e encaminhamento caso seja necessário, ainda na unidade ocorre realização de preventivos a adolescentes, jovens que deram início a vida sexual, testes rápidos para estarem se cuidando em relação a doenças sexualmente transmissíveis, e gravidez na adolescência, a equipe de enfermagem busca recursos que podem auxiliar, inserindo tecnologias e dinâmicas, os adolescentes receberam orientação sobre métodos contraceptivos para estarem se prevenindo como: preservativo, diafragma consiste em uma membrana de silicone com forma de cúpula ele é inserido na vagina antes da relação sexual devendo ser removido dentre as 24 horas, espermicida características de geleia, cremou comprimido sendo inserido na vagina 15 minutos antes da relação sexual o mesmo impede a entrada do espermatozoides até o útero; dispositivo intrauterino (DIU), mas usado e fornecido pelo SUS o DIU de cobre conhecido como DIU hormonal, existe outros modelo não hormonal; pílulas contraceptivos orais; contraceptivos injetáveis administrada por uma injeção uma vez ao mês ou em cada três meses aplicado no glúteo; implante contraceptivos, chip implantado na pele no inferior do braço o mesmo tem uma eficácia de três anos, estes métodos é indicado como meios de prevenir riscos futuros.(DA SILVA, et al, 2015).
A adolescência é um ciclo caracterizado pelo desenvolvimento biopsicossocial, iniciando com as transformações corporais da puberdade e terminando com a inserção social e profissional. As necessidades do adolescente em saúde são geradas no convívio com a sociedade, a partir da interação com seus diversos componentes econômicos, institucionais, políticos-éticos, culturais e físico ambientais. (DE ARAUJO et al. 2017).
Na sociedade vivenciamos a privação dos pais ao abordar sobre sexualidade nas escolas, pois para os mesmos abordar o demais assunto educação sexual seria incentivo à prática sexual aos adolescentes, onde a partir daí surge a dificuldade dos profissionais a elaborar materiais para estar sendo trabalhado nas escolas, para isso é necessário que os mesmos realizem pesquisa procurando a melhor forma de estar passando informações, para que os pais não venham criticar a postura do enfermeiro e a escola por estar apresentando informações exageradas e constrangedoras para seus filhos.(DE ARAUJO et al. 2017).
3.2 O jovem e tecnologia
Abordar assuntos voltados sobre sexualidade tornou-se algo comum entre os jovens na atualidade, pois encontrarmos muito os mesmo citar o assunto entre si compartilhando informações e experiências vivenciadas, abordando muitas das vezes informações condizentes por eles próprios, e essas informações adquirida e absorvidas por eles ocorre por meio da internet, onde a curiosidade de saber como funciona, o que fazer, antecipa a vida sexual dos mesmos ocasionando intensidade e muitas vezes afobação e descuido, vindo a serem prejudicados direta e indiretamente, colocando suas vidas em riscos.(LOPES, 2020). Vemos muitos casos de as famílias questionarem o fato de as escolas abordarem a sexualidade e o material usado para estar passando aos jovens, onde acaba sendo privado este acesso, e como as escolas por privação dos pais não trabalham a conscientização da sexualidade e problemas enfrentados, os mesmos buscam informações por meios digitais onde tem suas informações a qualquer momento. (LOPES, 2020).
3.3 Atuação do enfermeiro e na educação sexual dos jovens
Para muitos profissionais da área da saúde quando se trata de adolescentes e jovens, falamos de indivíduos despreparados porem devemos pensar que muitas das vezes os mesmos não adquirem conhecimentos fundamentais por meio dos pais e familiares, ressaltando também que não podemos deixar somente a cargo dos pais para orienta-los sobre sua vida sexual para que seja tomada medidas preventivas, e o enfermeiro tem a capacidade de estar orientado estes adolescentes e jovens promover a saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes através de ações de educação em saúde nas escolas.(SANTOS et al. 2017).
Apontam o enfermeiro como detentor de um papel fundamental nesse contexto, uma vez que ele se assume como articulador entre os membros da equipe de saúde e a comunidade. Nesse contexto, a atuação do enfermeiro poderia capacitar os profissionais envolvidos atuando como facilitadores desse processo, uma vez que esse profissional é um educador em assuntos de saúde, e tem como um de seus espaços de atuação, o desenvolvimento de diversas atividades educativas. (SANTOS et al. 2017)
O profissional de enfermagem fornece informações claras, objetivas e científicas sobre sexualidade aos adolescentes, além de propor métodos de estar abordando este assunto por meio de palestras educativas, roda de conversas e dinâmicas, para que os adolescentes possam estar se expondo podendo tirar suas dúvidas mais simples que sejam, sendo assim o melhor local para que isso aconteça consiste no ambiente escolar. (SANTOS et al. 2017).
3.4 Consequências da falta de educação sexual para adolescentes
A educação sexual no Brasil ainda não é um assunto fácil de ser discutido, e os pais são apontados como um dos principais fatores que dificultam o desenvolvimento da educação sexual na escola, sem contar com as dúvidas da população, pois por mais que a sexualidade faça parte da vida dos adolescentes os mesmos buscam informações de maneira errada, encontramos muito adolescentes buscando informações por meio da internet , assistindo vídeos pornográficos, casos de gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, e em alguns casos falta de preparo dos profissionais. (DE SIQUEIRA, et al. 2016).
4 Resultados
Compreende-se que a enfermagem trabalha na melhoria da saúde, desta forma o método de precaver está embasado no entendimento da educação em saúde. Compete a estes profissionais ser um facilitador diante da comunicação e tomada de decisões ao hábito de vida com objetivo de minimizar danos e promover bem-estar (RIBEIRO, 2015). É notável a identificação e problemas ligados aos déficits de informações vulneráveis, adquiridas tanto em domicílio junto aos familiares quanto em ambiente escolar. Destaca-se que a enfermagem juntamente com a escola tem potencial para proporcionar atividades educativas em saúde sexual, envolvendo a comunidade familiar e os escolares, para adquirir conhecimento suficiente em prevenção, infecção e doença, sendo capaz de contribuir em conjunto ao aprendizado total e estilo de vida saudável (FIGUEREDO et al. 2016). Com isto é importante ressaltar o desenvolvimento de ações em educação e saúde, buscando promover um melhor diálogo entre os profissionais de enfermagem e a população. Uma vez que a abordagem de temáticas e o espaço de trabalho tem difícil compreensão em efetuar funções pré-determinadas, a equipe multiprofissional tem o objetivo de buscar melhorias no conhecimento para cessar as dificuldades encontradas e obter aprendizado satisfatório (AZEVEDO et al. 2014). Ainda há dificuldades em programar e executar estratégias adaptadas para serem desenvolvidas através dos educadores, por ocasiões de pensamentos de dúvidas e de sobrecarga vivente no trabalho. A escola deve promover parceria efetiva à promoção do bem-estar e as ações ativas de ensino à saúde propondo apoio e envolvimento dos educadores (FIGUEREDO et al.2016).
5 Discussão
Segundo o Ministério da Saúde o enfermeiro deve realizar ações em conjunto com outros serviços, proporcionando direcionamento aos usuários quando necessário na atenção em saúde das famílias, aos indivíduos no domicílio e em locais públicos, tais como associações e/ou escolas. Cabe aos profissionais de enfermagem promover articulação, participação das atividades em educação continuada e permanente, para obter um conhecimento amplo sobre o determinado assunto, providenciando atividades em didática e saúde da comunidade específica conforme acertado com o grupo de trabalhadores e suas necessidades de acordo a população (BRASIL, 2017). Com o propósito de atuação educativa, a enfermagem tem a facilidade de desenvolver o cuidado aos escolares e a todos os integrantes da instituição, proporcionando uma construção de valores e comportamentos, de acordo com as atitudes saudáveis, que soma os privilégios específicos e grupais. Desencadeando não somente a proporcionar a construção de conhecimento, mas em acarretar interesses na busca de analisar as fontes de informações. Uma vez implantadas ações educativas em saúde ao corpo discente e docente, dispõe-se a opção em preferências, tornando mais à vontade e favorável a informação e bem-estar (FIGUEREDO et al. 2016). Os profissionais de enfermagem desempenham ações importantes e necessárias em benefício da sociedade, tendo em vista proporcionar aprendizado em saúde coletiva e individual, respeitando o estilo de vida de cada grupo social, com intuito de melhorar as temáticas ofertadas (COSTA, FIGUEREDO, RIBEIRO, 2013). A atuação do enfermeiro no âmbito escolar deve ser vista como um colaborador onde suas ações estão voltadas para as atividades educacionais, trazendo consigo estratégias de promoção, prevenção e soluções de problemas relacionados à educação em saúde (FIGUEREDO, 2013).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo possibilitou-nos conhecer um pouco da atual realidade da atuação do enfermeiro em saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes, mesmo com a certeza de que essa realidade é muito mais complexa do que este trabalho possa desvendar. Esta realidade mostra-nos que a atenção integral direcionada aos adolescentes, e que considere as mudanças biopsicossociais pelas quais eles passam neste momento de suas vidas, constitui-se num desafio. As condições de trabalho a que os enfermeiros das UBS estão submetidos são precárias, faltam materiais educativos, estrutura física adequada para os atendimentos e para as atividades educativas; associados a esses fatores estão os inúmeros programas que eles devem desenvolver dentro da Unidade de Saúde, o que impossibilita o desempenho pleno voltado aos adolescentes. Assim, pretendemos com este estudo contribuir para a construção do conhecimento sobre o tema e para reflexões sobre o processo de formação. É preciso salientar que os avanços legais, políticos e conceituais no campo dos direitos sexuais e reprodutivos são frutos da atuação dos movimentos sociais, em especial dos movimentos de juventude e do movimento feminista. A organização de adolescentes e de jovens em espaços de participação social, intensificada nos últimos anos, é um dos elementos impulsionadores e de fortalecimento no avanço das políticas sociais para a juventude. Para efetivação de tais políticas, é necessária a integração desses sujeitos nas etapas de elaboração, implementação, monitoramento e avaliação. Desta forma estará garantida a construção de políticas públicas de modo integrado que respondam às demandas de adolescentes e jovens em todas as dimensões do seu cotidiano.
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¹Discente do curso de Enfermagem da Faculdade de Educação de Jaru – FIMCA/ UNICENTRO
²Orientador