REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7442210
Ozana dos Anjos Santana
RESUMO:
O artigo trata – se de uma pesquisa bibliográfica, e traz como tema, Arte na Educação e sua Importância no Desenvolvimento Ensino Aprendizagem, teve por objetivo buscar conceitos e análise na teoria de autores sobre os pressupostos de fortalecimento á respeito da temática e o pleno desenvolvimento da arte e suas perspectivas de concepções de contribuição para o ensino aprendizagem. O estudo produzido resultou de uma breve apreciação da contextualização da Arte e da Cultura no Brasil, como também a finalidade da arte na Educação. Embasou – se em fontes bibliográficas levantada em consultas nacionais e percebe – se O ensino de artes na educação básica é necessário para o desenvolvimento da capacidade reflexiva, criativa e crítica do aluno, bem como para despertar nele saberes sensíveis para com a sociedade em que vive, pois a finalidade da arte na educação é contribuir na formação de indivíduos mais críticos e criativos, que atuarão na transformação da sociedade. Ficando evidente que o trabalho de Artes na Educação Básica requer metodologias de ensino diferenciadas, metodologias que possam contribuir com seu processo de aprendizagem, pontuando e diversificando as criatividades que estão em pleno processo de desenvolvimento e toda a atividade a ser realizada que contribuirá com processo ensino aprendizagem. Sendo arte uma disciplina educativa que oportuniza, ao indivíduo, o acesso à arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento.
Palavras-chave: Diversidade. Cultura. Conhecimento. Linguagem.
1. INTRODUÇÃO
Ao estudar esse voltado para aprendizagem de Arte, pude rever as abordagens conceituais, os estudos da Arte e escolher os pressupostos norteadores para a construção das motivações e os interesses pelo o contexto e o objeto deste estudo, trouxe uma temática que pudesse contribuir com ensino da Educação Básica.
Trata – se de um Artigo de Revisão Bibliográfica e traz como tema, Arte na Educação e sua Importância no Desenvolvimento Ensino Aprendizagem, a problemática buscam conceitos e análise na teoria dos autores pesquisados, os que eles têm em mente sobre os pressupostos de fortalecimento á respeito da temática e o pleno desenvolvimento da arte e suas perspectivas de concepções de contribuição para o ensino aprendizagem?
Desta forma respondendo a problemática da pesquisa levantada e as hipóteses de modo sucinto “a arte visual e sua importância na Educação Básica”, assim conceituando o intercultural com a prática do povoado desta comunidade, no que tange a tolerância, o respeito, à diversidade de gênero, à cultura, a amizade, os grupos sociais, religião, artesanato, gastronomia, paisagismo, interpretação da natureza, escultura, instrumentos, danças, imagem, turismo, costumes, modo de viver das pessoas e as tradições tudo fazem parte da arte.
Como visto durante as aulas do curso que a arte é uma das melhores maneiras do ser humano expressar seus sentimentos e emoções. Ela pode estar representada de diversas maneiras, através da pintura plástica, escultura, cinema, teatro, dança, música, arquitetura, dentre outros. A arte é o reflexo da cultura e da história, considerando os valores estéticos da beleza, do equilíbrio e da harmonia.
Ressaltando as transformações da história da arte, os trabalhos cotidianos eram representados através dos movimentos às imagens, a representação de danças, relacionadas às suas crenças, a criação de figuras leves, rápidas, pequenas e com pouca cor, desenhos e escrita pictográfica, começaram a surgir. No entanto, a arte pode ser classificada de várias maneiras: artes plásticas, artes cênicas, artes visuais, etc.
O artigo encontra- se estruturado em uma breve contextualização da história da arte no Brasil; da importância do mesmo para a educação; finalizando-se com as considerações sobre o ensino arte na Educação.
2. DESENVOLVIMENTO
A presente pesquisa terá como fundamentação teórica a arte na Educação e sua importância no desenvolvimento ensino aprendizagem, no que tange a expressão do mundo real e imaginário de uma comunidade de negros em destaque a vida artística/cultural e os vários formatos, leitura, literatura, vídeos a visualização de imagens como um desses mecanismos educativos presentes nas instâncias socioculturais. As imagens não cumprem apenas a função de informar ou ilustrar, mas também de educar, produzir conhecimento, formato de comunicação, expressão de sentimentos, ideologias, conceitos e momentos históricos.
2.2 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA ARTE E DA CULTURA NO BRASIL
De acordo com o segmento, a arte pode ser classificada de várias maneiras: artes plásticas, artes cênicas e artes visuais:
Artes Plásticas Artes plásticas é a designação dada ao conjunto constituído pela arquitetura, a escultura, as artes gráficas e o artesanato artístico. As artes plásticas são caracterizadas, tal como as restantes artes, tanto global como individualmente, pelo efeito recíproco da forma e do conteúdo, cuja investigação é do foro da história da arte.
Arte Cênica é uma forma de arte apresentada em um palco ou lugar destinado a espectadores, é compreendido como qualquer local onde acontecem representações podendo acontecer tanto em praças como em ruas. A arte Cênica abrange o estudo e a prática de toda forma de expressão que necessita de uma representação, como o teatro, a música ou a dança.
Artes visuais é a designação dada ao conjunto de artes que representam o mundo real ou imaginário e que tem a visão como principal forma de avaliação e apreensão, a arte visual está relacionada com a beleza estética e com a criatividade do ser humano, capaz de criar manifestações ou obras agradáveis aos olhos, o conceito de arte visual é muito amplo, envolvendo áreas como o teatro, danças, pinturas, colagens, gravuras, cinema, fotografia, escultura, arquitetura, moda, paisagismo, decoração, etc.
As novas tecnologias também têm revolucionado o conceito de artes visuais, em áreas como a web design, que tem um grande impacto na sociedade atual, as artes visuais podem ser criadas através de várias ferramentas ou instrumentos, como o papel, madeira, gesso, argila, programas informáticos, máquinas de captação e reprodução de imagens como filmadoras ou máquinas fotográficas.
A arte brasileira surgiu da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da Pré-História há mais de 5 mil anos, até a arte primitiva, ela também foi influenciada pelo estilo artístico de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da Pré-História brasileira, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo território e tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O Brasil transformou-se em colônia de Portugal, depois da chegada de Cabral e eram feitas construções simples, como as feitorias, várias vilas, engenhos de açúcar como representação da arte.
No início de 1624, se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem defendido o Brasil de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram para o Recife, trazendo a cultura holandesa.
A influência da Missão Artística Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população começou a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens dos índios brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes).
No século XX, veio o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall (1891-1957) que contribui para o Modernismo. Após a Semana de Arte Moderna, vários artistas começaram a desenvolver um estilo próprio de pintura, sendo a arte mais valorizada no país.
Destaca – se as mais famosas, na Arte da Pré-História no Brasil, dentre tantas, vele ressaltar: A Serra Pintada no Piauí, entre cerca de 13000 a.C, Pedra Pintada, na Paraíba, em torno de 11 mil anos de idade, Minas Gerais que chama atenção da arte rupestre localizados em várias cavernas do vale do Peruaçu, com seus raros desenhos de padrões geométricos, as pinturas de animais descobertas em grutas calcárias no vale do rio das Velhas e não se esquecendo de Lagoa Santa e Minas Gerais.
Portanto estudos mostram que na arqueologia brasileira, influenciam o uso de materiais como osso, chifre, pedra e argila, nas confecções de objetos utilitários bem como recipientes, agulhas, espátulas, pontas de projétil, pingentes, colares e também nos cerimoniais, comprovando a preocupação estética na variação de formas geométricas e no tratamento das superfícies e dos retoques.
Arte Indígena no Brasil teve início no período entre 5000 a.C. e foi até 1100 d.C. ainda encontravam vestígios de culturas amazônicas com estilo de fabricação e decoração de artefatos de cerâmica: Ilha de Marajó, Bacia do rio Tapajós, vasos antropomorfos e zoomorfos, estatuetas de terracota, apresentando características femininas e de animais.
Generalizando a forma genérica, a arte plumária indígena e a pintura corporal atingiram tamanho complexidade em termos de cor e desenho, utilizando penas e pigmentos vegetais como matéria-prima, sem contar dos adornos peitorais, labiais, encontrados em diversas culturas diferentes espalhadas por todo o território brasileiro.
A arquitetura do Brasil teve início graças à colonização e a influenciada pelos diversos povos que formam o povo brasileiro e pelos diversos estilos arquitetônicos vindos do exterior. Contudo, a arquitetura bandeirista e o Barroco mineiro são considerados por muitos estudiosos como expressões de estilos europeus que encontraram no Brasil, a primeira se refere à produção realizada pelas famílias dos bandeirantes, inspirando-se em uma estética, a segunda corresponde ao Barroco (ainda que muitos o considerem mais próximo do Rococó) representado especialmente pelas igrejas construídas por Aleijadinho.
Porém a partir do Modernismo definiu – se mudanças drásticas na paisagem urbana, num processo coroado nos anos mais recente a arquitetura brasileira tem continuado uma trajetória desde o Modernismo respeitada internacionalmente e vem buscando definir o que será uma arquitetura nacional num mundo globalizado.
As artes cênicas no Brasil começou em meados do século XVI como instrumento de catequese dos Jesuítas vindos de Coimbra como missionários. Através do teatro, com função religiosa, evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes entre eles e os colonos portugueses e espanhóis. Assim as artes cênicas alcançaram seus objetivos tornando – se símbolos da vida cultural do Império do Brasil.
A ópera era uma forma de lazer, tocada muito nos Saraus (um evento cultural ou musical realizado geralmente em casa particular onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente). Compositores de ópera brasileiros notáveis foram Alberto Nepomuceno, Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, autor de óperas como Izath e Aglaia, e Mozart Camargo Guarnieri, autor de Um Homem Só e as tendências da música de vanguarda, de Jorge Antunes, e Ronaldo Miranda, e O Cientista Silvio Barbato.
O teatro brasileiro manifestou – se como grande centro dos intelectuais da época. João Caetano, considerado por muitos o primeiro grande nome do teatro brasileiro, é desta época, e conquistou enorme prestígio. Atualmente o Brasil é um grande produtor de peças teatrais, se destacando a atriz Fernanda Montenegro, apelidada de Dama do Teatro.
A dança no Brasil originou-se dos mais variados lugares, recebendo muitas influências de outros países. Com as danças, há uma mistura de ritmo e som, que faz as pessoas criarem cada vez mais passos e modos diferentes para dançar. As danças no Brasil são diversas em cada região do país, sendo as mais conhecidas o Forró, o Baião, o Frevo e a Gafieira, destacando como evento o Festival de Dança de Joinville, o maior das Américas, e como dançarinos Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo.
A arte plástica no Brasil surgiu mais tarde em relação à descoberta e colonização do território. Apesar de haver registros de atividade de pintores, desenhistas e aquarelistas em atividade no Brasil desde 1556, estes vieram apenas de passagem, realizando a mera documentação visual destas terras para os monarcas e naturalistas europeus.
Nesta época o Brasil já experimentava um desenvolvimento considerável na pintura e na escultura, com maior pujança e refinamento, com grandes momentos assinaláveis primeiro no apogeu do barroco, com a pintura, estatuária e talha dourada para decoração das igrejas; depois, na segunda metade do século XIX, com a atuação da Academia Imperial de Belas Artes, que institucionalizou o método acadêmico e promoveu os estilos neoclassicismo e logo o romantismo e o realismo, além de ser a primeira escola de artes de nível superior a funcionar no país, a arte brasileira começa a se destacar no exterior.
O cinema brasileiro possui hoje grande caráter social, além das comédias que grandes sucessos e alguns filmes lançados nos primeiros anos do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e perspectivas de carreira internacional.
Em Janeiro de 2009 o Cinema Brasileiro tem um momento histórico: Uma continuação de sucesso com Se Eu Fosse Você 2 de direção de Daniel Filho com Tony Ramos e Glória Pires nos papéis dos protagonistas que ultrapassa 1 milhão de espectadores com menos de uma semana.) Se tornando a segunda maior arrecadação da história do cinema no Brasil, com 49 milhões de reais, perdendo apenas para Titanic.
O design brasileiro, como prática empírica, nasceu junto com a cultura nacional, com sinais de atividades ligadas ao design já aparecem nitidamente no século XIX, embora sem uma estrutura de ensino regular e mesmo sem seu reconhecimento como atividade distinta da arquitetura e da arte.
A criação do primeiro escritório de design no país, foi o FormInform, por Alexandre Wollner, Geraldo de Barros, Rubem Martins e Walter Macedo, após a volta de Wollner da Europa em 1958, atividade depois da fundação da primeira escola superior de design, a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) no Rio de Janeiro, em 1963, sendo o marco inicial da profissionalização do design no Brasil.
Tendo em vista a proliferação de escolas especializadas e de profissionais capazes, incorporando recursos high-tech e várias atribuições historicamente sob o cuidado das belas artes, o design brasileiro só recentemente tem assimilado a rica contribuição do artesanato popular, ainda não foi objeto de estudos suficientes, não delineou sua história com profundidade, não desenvolveu meios eficientes para avaliar seu impacto econômico nem mereceu a atenção do poder público, não tendo condições de concorrer pelas verbas do governo para o desenvolvimento de pesquisa.
A gastronomia do Brasil é fruto de uma mistura de ingredientes europeus, e de outros povos, indígenas e africanos, muitas técnicas de preparo e ingredientes são de origem indígena, tendo sofrido adaptações por parte dos escravos e dos portugueses, aos quais faziam adaptações dos seus pratos típicos substituindo os ingredientes que faltassem por correspondentes locais. Os imigrantes recebidos pelo país entre os séculos XIX e XX, vindos em grande número da Europa, trouxeram algumas novidades ao cardápio nacional e concomitantemente fortaleceu o consumo de diversos ingredientes.
2.2 A FINALIDADE DA ARTE NA EDUCAÇÃO
O ensino de artes na educação básica é necessário para o desenvolvimento da capacidade reflexiva, criativa e crítica do aluno, bem como para despertar nele saberes sensíveis para com a sociedade em que vive. Segundo Buoro (2000), a finalidade da arte na educação é contribuir na formação de indivíduos mais críticos e criativos, que atuarão na transformação da sociedade.
A Arte no século XIX passou a ser estudada pelas ciências humanas como objeto da educação. Na época, alguns pensadores criaram o DBAE (Disciplinas Base de Arte Educacional), proposta de ensino que estudou de forma integrada a produção, a crítica, a estética e a história da Arte. No Brasil, a adaptação do DBAE foi feita pela professora Ana Mae Barbosa em 1978. Conforme os PCNs (2001, p. 28) “Em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a arte é incluída no currículo escolar com o título de Educação Artística, mas é considerada “atividade educativa” e não disciplina.” passando a ser considerada disciplina apenas alguns anos mais tarde. Desde que foram inseridas na educação básica como disciplina.
Knoener (2006, p. 25) menciona “A Arte passa a ser valorizada pelo DBAE como objeto do saber, com base na construção, na elaboração e na organização desse saber, acrescentando à dimensão do fazer a possibilidade de apreciar e de entender o patrimônio artístico cultural da humanidade.” A tarefa da arte-educadora é a de realizar a mediação entre o conhecimento de arte e o educando, preparando-o para a expressão e reflexão da arte na sua relação com a sociedade, como destaca Knoener (2006, p. 26).
Hoje, duas coisas que ocorrem com a teoria e a prática da arte-educação no Brasil nos chamam a atenção. Vemos, por um lado, uma dicotomia entre a prática da arte educadora em sala de aula e o que deveria ser uma compreensão do campo da arte como um todo e sua relação com a história e com a sociedade. O papel transformador e crítico da arte como forma de expressão e de reflexão do homem e da sociedade histórica parecem estar ausentes, ou ocupa um papel menor nas discussões em pauta. KNOENER (2006, P. 26).
Assim, percebe – se a real importância do ensino da história da arte, toda obra para ser compreendida, precisa ser situada em seu período histórico, pois é uma representação de uma época, de uma realidade, de um pensamento.
Para Ferreira (2001, p. 12), “[…] as artes devem estar presentes no currículo escolar não por suas contribuições nesses campos de desenvolvimento, mas pelos 91 benefícios que apenas as artes, e nenhuma outra área de estudo, podem oferecer à educação”. Nesse aspecto Porcher (1982, p. 30) complementa que “[…] Não há dúvida de que a prática das atividades artísticas representa um fator altamente favorável para o desenvolvimento de toda a personalidade e, especialmente, dos seus aspectos intelectuais”. Desta forma Bastos complementa:
O objetivo geral desta proposta de ensino de artes plásticas na escola é desenvolver no aluno a percepção visual do mundo e da obra de arte, ampliando seu repertório visual e gráfico, contribuindo para a construção de um olhar crítico no exercício de sua cidadania. (BASTOS, 2000, p.16)
Ferreira (2001) destaca que ao conhecerem e praticarem as artes, assim como a ciência, os alunos poderão entender que as primeiras são formas diferentes de dizer e compreender o mundo, e que aquilo que se diz pela arte não pode ser dito pelas ciências. E entender as diversas linguagens da arte, como a dança, a música, o teatro, as artes visuais (e) que cada uma delas poderá revelar algo, um sentido, um sentimento, com a relação existente entre aquilo que se deseja expressar com a linguagem.
A mesma autora evidencia a contribuição das atividades artes que podem ajudar os alunos a desenvolver um pensamento mais flexível, menos cristalizado, porque, no processo de criação, é comum iniciar-se um projeto com determinado propósito que, no decorrer da ação, é trocado por outro, a fim de explorar uma oportunidade inesperada, aproveitando-se, assim, os acasos do processo de criação artística.
Sendo imprescindível levar – se em consideração os incentivos que o componente de arte oferece ao educando:
À medida que passam a dominar técnicas que lhes possibilitem manejar esses elementos para conceituar e expressar ideias, os alunos ficam mais confiantes, porque se tornam mais habilidosos e competentes no campo das artes. A confiança em si mesmo é elemento importante na construção da autoestima, e esta pode ser mais uma das justificativas para trabalhar com artes na escola. (FERREIRA 2001, p. 24).
Para tanto é primordial que o educador tenha compreensão da importância da arte para dessa forma conscientizar os educandos e a sociedade. Para Fuzari e Ferraz (1993), as aulas de arte constituem-se de espaços onde as crianças podem exercitar suas potencialidades perceptivas, imaginativas ou fantasiosas.
A expressão arte é a manifestação imaginativa, sentimental, do cotidiano dos alunos desde cedo, eles vão desenvolvendo uma linguagem própria, traduzida em signos e símbolos carregados de significação subjetiva. O Educador de arte tem o compromisso de desenvolver seu trabalho junto ao educando e à comunidade escolar, de forma que todos compreendam o verdadeiro papel das Artes. “Como diz Ferreira (2001, p. 11),” Na opinião de muitos professores, as artes têm um caráter utilitário, meramente instrumental.
O desenho, por exemplo, serviria para “ilustrar os trabalhos de outras disciplinas e outras áreas”. Dessa forma, cabe ao educador transformar esse pensamento, mostrando o verdadeiro sentido do estudo da arte na escola, por ser um ambiente que permite ao aluno compreender a arte como sendo uma forma de expressão do seu universo: a arte infantil é fruto das vivências infantis, já a arte do adulto é fruto da relação e compreensão que ele possui de todo o meio que o circula.
[…] é a concepção de que a criança é muito mais inventiva que o adulto […], este último apresenta potencial criativo desenvolvido e repertório acumulado pelas experiências vividas, sendo capaz de ativar esse potencial e repertório em situações especiais, transformando-se e mudando o mundo. A criança normalmente ainda não transforma a realidade, apenas a si mesma. (BASTOS, 2000, p. 84).
A representação plástica da criança é parte importante da proposta educacional e passa por todo um processo de registro que nasce na garatuja e vai em direção a um desejo de representação cada vez mais próximo da realidade; os desenhos das crianças são o resultado de sua compreensão de mundo. O professor tem papel fundamental na formação dos indivíduos.
Para Fuzari e Ferraz (1993, p. 34) “A educação escolar deve assumir, através do ensino e da aprendizagem […] a responsabilidade de dar ao educando o instrumental para que ele exerça uma cidadania mais consciente, crítica e participante.”
Segundo Barbosa (1990), o papel da arte na educação é grandemente afetado pelo modo como o professor e o aluno veem o papel dela fora da escola, o professor precisa compreender qual o seu papel junto à comunidade educacional. Cabe a ele, transformar a atual visão que se tem da disciplina de Artes.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho de Artes na Educação Básica requer metodologias de ensino diferenciadas, metodologias que possam contribuir com seu processo de aprendizagem, pontuando e diversificando as criatividades que estão em pleno processo de desenvolvimento e toda a atividade a ser realizada que contribuirá com processo ensino aprendizagem.
Quando se trabalha arte ou educação artística é uma disciplina educativa que oportuniza, ao indivíduo, o acesso à arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento. No entanto as metodologias que são direcionadas a eles, como o uso do brincar e os momentos de contação de história, são duas metodologias importantes e que fazem parte do trabalho do professor que atua com essa etapa de ensino.
O professor para trabalhar com a disciplina de arte deve ter conhecimento, estar preparado, pois esse é um momento importante e não pode ocorrer de forma aleatória, pois por mais simples que pareça esse momento, ele deve ser estudado, planejado pelo professor.
Torna-se relevante que os professores de aperfeiçoem, busquem conhecimentos que possam validar as suas técnicas para trabalhar os conteúdos de artes, pois somente uma mera atividade pode não ser atrativo para os alunos se o professor não possuir técnicas para envolvê-las e consequentemente, transmitir os conhecimentos que são necessários a elas.
A arte pode ser uma importante ferramenta de aprendizado, fazer parte de nosso cotidiano mesmo sem percebermos, essa prática pode ser introduzida de forma consciente desde muito cedo nas creches e escolas. Suas várias modalidades podem auxiliar professores a ensinar com mais ludicidade e abrir a cabeça de crianças e adolescentes para um novo universo.
Portanto, o momento do planejamento das aulas de arte deve ser sempre estudado pelos professores, adquirindo novas técnicas, novas metodologias de levar este momento de forma diferenciada aos seus alunos, dinâmica, que possa envolvê-los e promover o aprendizado, atingindo aos objetivos que estão elencados pelos professores neste processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Ana Mae Tavares. Teoria e prática da educação artística. 14. ed. São Paulo: Cultrix, 2000.
BATTISTONI FILHO, Duílio. Pequena história da arte. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1996.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 5.ed. São Paulo: Ática, 1995.
ECO, Umberto. A definição da arte. Lisboa: Edições 70, 1981.
GERLINGS, Charlotte. 100 grandes artistas: uma viagem visual de Fra Angelico a Andy Warhol. Belo Horizonte: Cedic, 2008.
MITHEN, Steven. A pré-história da mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo: UNESP, 2002.
READ, Herbert. O sentido da arte: esboço da história da arte, principalmente da pintura e da escultura, e das bases dos julgamentos estéticos. 7. Ed. São Paulo.
SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença. História da arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2002.