APPLICATION OF CUPPING THERAPY AS A TOOL IN PAIN PROCESSES A SYSTEMATIC REVIEW
APLICACIÓN DE VENTOSTERAPIA COMO HERRAMIENTA EN PROCESOS ALGICOS, UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.7496670
Jolimare de Almeida Lara dos Santos¹
Else Saliés Fonseca²
Jonatan Costa Gomes²
RESUMO
Introdução: Desde os primórdios da vida, o homem sempre buscou tratamento para suas enfermidades, através de conhecimentos compartilhados de geração em geração. Para obter êxito usava o que estava ao seu alcance, como recursos naturais. Com a retomada da valorização de procedimentos menos invasivos e mais naturais várias ferramentas emergiram e passaram a compor o conhecimento científico, como é o caso da ventosaterapia. Objetivo: Este trabalho buscou evidenciar os benefícios do tratamento com ventosaterapia como efeito analgésico. Método: Revisão sistemática com abordagem qualitativa do tipo descritiva com a finalidade de demonstrar a evolução e os efeitos de analgesia agregados a ventosaterapia. Resultados: Dos 15 artigos selecionados, 09 foram incluídos nesta análise. Discussão: O presente estudo buscou atrair atenção para ventosaterapia, a fim de confirmar a eficácia encontrada em periódicos na melhoria no quadro álgico acometido por diversas patologias. Conclusão: Ventosaterapia pode ser considerada um tratamento natural, conservador, não invasivo que diminui as interações medicamentosas tanto em processos agudos como em processos crônicos.
Palavras chave: Terapia Alternativa; Ventosaterapia, Qualidade de vida, Pacientes.
ABSTRACT
Introduction: Since the beginning of life, men have always sought treatment for their illnesses, through knowledge shared from generation to generation. To be successful he used what was within his reach, such as natural resources. With the resumption of the valorization of less invasive and more natural procedures, several tools emerged and started to compose scientific knowledge, such as the case of cupping therapy. Objective: This study sought to demonstrate the benefits of treatment with cupping therapy as an analgesic effect. Method: Systematic review with a descriptive qualitative approach in order to demonstrate the evolution and effects of analgesia added to cupping therapy. Results: Of the 15 selected articles, 09 were included in this analysis. Discussion: The present study sought to attract attention to cupping therapy, in order to confirm the effectiveness found in journals in improving the pain affected by various pathologies. Conclusion: Cupping therapy can be considered a natural, conservative, non-invasive treatment that reduces drug interactions in both acute and chronic processes.
Keywords: Alternative Therapy; Cupping therapy, Quality of life, Patients.
ABSTRACTO
Introducción: Desde el comienzo de la vida, los hombres siempre han buscado tratamiento para sus enfermedades, a través de conocimientos compartidos de generación en generación. Para tener éxito, utilizó lo que estaba a su alcance, como los recursos naturales. Con la reanudación de la valorización de procedimientos menos invasivos y más naturales, surgieron varias herramientas y comenzaron a componer el conocimiento científico, como es el caso del ventosaterapia. Objetivo: Este estudio buscó demostrar los beneficios del tratamiento con ventosaterapia como efecto analgésico. Método: Revisión sistemática con abordaje descriptivo cualitativo con el fin de demostrar la evolución y efectos de la analgesia agregada a la ventosaterapia. Resultados: De los 15 artículos seleccionados, 09 fueron incluidos en este análisis. Discusión: El presente estudio buscó llamar la atención sobre la ventosaterapia, con el fin de confirmar la efectividad encontrada en las revistas para mejorar el dolor afectado por diversas patologías. Conclusión: La ventosaterapia puede considerarse un tratamiento natural, conservador y no invasivo que reduce las interacciones farmacológicas tanto en procesos agudos como crónicos.
Palabras llave: Terapia alternativa; Ventosaterapia, Calidad de vida, Pacientes.
1 INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da vida, o homem sempre buscou tratamento para suas enfermidades, através de conhecimentos compartilhados de geração em geração. Para obter êxito usava o que estava ao seu alcance, como recursos naturais. Por isso vários autores relatam o uso de técnicas milenares como a ventosaterapia para tratamento da dor. No decorrer desse processo a sociedade passou por várias transformações e o modo de cuidar acompanhou essas evoluções. Com a retomada da valorização de técnicas menos invasivas e mais naturais várias ferramentas emergiram-se e passaram não mais a compor o conhecimento empírico para somar ao conhecimento científico, como é o caso da ventosaterapia (OLIVEIRA; SILVA; PEREIRA, 2018).
A Ventosaterapia é a técnica que consiste na aplicação de Ventosa colocada sobre a pele do paciente que exercerá sobre ela uma pressão negativa devido ao vácuo gerado em seu interior uma sucção na pele e nos tecidos mais superficiais. Feita com a utilização de copos redondos, sejam eles de vidro, bambu, plástico, acrílico; aquecidos com fogo ou utilizando bomba de sucção do ar de dentro da ventosa apresenta um ótimo resultado em tratamentos terapêuticos e estéticos. Esse tipo de terapêutica deve ser bem compreendido pois auxilia no tratamento de diversas patologias concomitantemente (MOURA, 2019).
Apesar de nunca ter estado completamente no esquecimento, a ventosaterapia ressurgiu acompanhada de sucesso por se tratar de uma técnica milenar que apresenta resultados eficazes, sem a utilização de intervenções medicamentosas, pode ser associada a inúmeras terapias e não apresenta restrição de idade, além de ser utilizada em diversos tratamentos da área da saúde (CALOGERO, 2017).
A ventosaterapia possui ação em todo o organismo, se configurando como mais um recurso terapêutico para atender o ser humano em sua integralidade, e não apenas no alívio dos sinais e dos sintomas de uma patologia em si, principalmente quando aplicada em pontos (MOURA, 2019).
Entre as técnicas de terapias alternativas, o tratamento com a ventosaterapia ativa a circulação pela sucção através de ventosas o que provoca o alívio das dores musculares e articulares, dores abdominais, tensões, melhora o sistema circulatório, e outros (OLIVEIRA; SILVA; PEREIRA, 2018).
A quantidade, duração e intensidade do uso da ventosaterapia está diretamente ligada com a enfermidade do paciente, sendo sempre avaliado cada caso especificamente, deve ser verificado o quadro geral em que ele se encontra e então fazer uso da técnica (CALOGERO, 2017).
Partindo disso, o presente trabalho tem como objetivo principal: constatar os benefícios do tratamento com ventosaterapia como efeito analgésico em processos álgicos. E especificamente iráidentificar através de relatos históricos como a ventosaterapia contribui como efeito analgésico, possibilitando a diminuição do uso medicamentoso em diferentes patologias. Além de, ofertar a melhoria na qualidade de vida de pacientes após o tratamento com ventosaterapia.
2 MÉTODOS
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica sistemática, com abordagem qualitativa do tipo descritiva. Foram selecionados artigos publicados entre os anos de 2010 a 2020, em bases eletrônicas como Google Acadêmico, sites da Scielo, PubMed, Biblioteca virtual da Saúde e Medline. Utilizando as seguintes palavras-chave: Terapia Alternativa; Ventosaterapia, Redução de dor, Qualidade de vida, Pacientes. Para critérios de inclusão, os estudos deveriam relacionar-se a utilização da técnica exclusiva de ventosaterapia para tratamento de quadros álgicos, conforme detalhado em figura 1.
Figura 1: Fluxograma PRISMA da seleção dos artigos.
3 RESULTADOS
Dos 15 artigos selecionados, 9 entraram no perfil procurado, 5 tratava-se de revisões sistemáticas e 1 se encaixava no critério de seleção de artigos. Os principais achados do estudo bibliográfico foram denotados por meio do quadro a seguir, sequenciados conforme o ano da pesquisa.
Quadro 1 : Resumo dos principais resultados da abordagem da técnica de ventosaterapia como efeito analgésico.
AUTOR | TÍTULO | DELINEAMENTO DO ESTUDO | PRINCIPAIS RESULTADOS |
CANDIOTTO et al., (2020) | Efeitos das técnicas de ventosaterapia e massagem sobre a recuperação, em desfechos clínicos após corrida de rua. | Comparou os efeitos da aplicação de massagem e ventosaterapia em 79 corredores amadores. Avaliou os efeitos das duas técnicas em relação a dor e recuperação após prova de 15 km. Usou a escala analógica visual para dor e recuperação, já para análises entre grupos utilizou o teste estatístico de ANOVA. Os participantes foram divididos em 2 grupos, (G1 recebeu massagem, n=43; e G2 recebeu ventosaterapia, n=36, por 12 minutos). | Os autores relataram que, segundo a percepção de dor, a técnica de ventosaterapia se mostrou superior. Por outro lado, para a percepção de recuperação, a técnica de massagem demonstrou melhores resultados. Com isso, os desfechos apresentados demonstram tendência de menores níveis de dor relacionados à aplicação de ventosaterapia e melhores níveis de recuperação, resultantes da técnica de massagem. |
MARTINEZ, FERREIRA, CORRÊA (2019) | Duração da analgesia após aplicação da ventosaterapia na dismenorreia primária: estudo piloto. | Avaliou o tempo de duração da analgesia causada pela ventosaterapia na dismenorreia primária, através da escala visual analógica e questionário de Mc Gill. No Instituição Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, oito mulheres com dismenorreia receberam a técnica de ventosaterapia entre o primeiro ou segundo dia após o início da menstruação. | Demonstrou eficácia da ventosaterapia como um método alternativo no manejo agudo da dismenorreia primária. Esse estudo avaliou a duração do alívio da dor. Segundo os autores a ventosaterapia foi eficaz em diminuir o nível da dor imediatamente após a aplicação, e os efeitos perseveraram por até vinte e quatro horas após o procedimento. Sendo 4,6 horas o tempo médio que a dor continuou menor. |
ARRUDA (2018) | Tratamento de lombalgia com ventosaterapia em pontos bach shu dorsais b-23: estudo de caso. | Estudo experimental e analítico, do tipo relato de caso. Avaliou um indivíduo, 67 anos, sexo masculino, hipertenso, sedentário e portador de hérnia de disco L4-L5 com alterações degenerativas por toda a coluna lombar. A avaliação da eficácia do tratamento foi constatada pela utilização dos questionários de Avaliação Visual de Dor (EVA) e Questionário Roland-Morris de Incapacidade. Submetido com a utilização das ventosas secas e colocadas bilateralmente no ponto B-23. Foram realizadas cinco sessões, de dez minutos com intervalo de 7 dias. | Pode-se notar que o uso de Ventosaterapia obteve êxito no tratamento de lombalgia. Diminuindo o quadro álgico do paciente e melhorando as incapacidades da vida diária, revelando que o uso de ventosas no Bach Shu B-23 potencializa o feito analgésico, sendo indicada no tratamento do quadro de dor com limitação de movimentos. |
SOUZA et al., (2018) | Os Benefícios da Técnica Ventosa Terapia em Mulheres com Dor Lombar do Município de Tabuleiro do Norte – CE. | Pesquisa exploratória, experimental e quantitativa, avaliou a eficácia da técnica de ventosaterapia, em 30 mulheres com dor lombar do município de Tabuleiro do Norte, CE. Para estimar utilizou-se um questionário sociodemográfico e escala visual analógica de dor EVA aliado ao teste de Finger- floor para técnica de ventosaterapia. | A Pesquisa, constatou-se que a técnica de medicina tradicional chinesa ventosaterapia, desempenha um papel importante no tratamento da dor lombar de mulheres. Agindo no alívio imediato das dores e relaxamento da musculatura, melhorando o tônus muscular e amplitude de movimento articular (ADM). |
PAIVA (2018) | Efeitos da ventosaterapia no tratamento da Insônia. | Avaliou os efeitos da ventosaterapia para melhora da insônia, em 18 estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Rio grande do Norte – UFRN, tratados durante um mês. Foi utilizado o método da ventosaterapia, fazendo uso dos pontos Xinshu – Bexiga 15, Ganshu – Bexiga 18, Pishu – Bexiga 20. | Ao final foram encontrados resultados positivos para todos os casos. Apesar da melhora do quadro de insônia a autora acredita que o estilo de vida, a rotina de cada um deles e os diversos sentimentos relatados, interferem diretamente na qualidade do sono. |
Teut M et al. (2018) | Ventosa seca pulsátil na dor lombar crônica – um ensaio clínico randomizado controlado com três braços | Ensaio Clínico randomizado controlado, triplo cego. Realizado na Alemanha, com duração de 11 meses, sendo 4 meses de intervenção continua com ventosaterapia. Pacientes de ambos os sexos, de 18 a 65 anos, com diagnóstico clínico de dor lombar crônica inespecífica, com duração de pelo menos 3 meses e ausência de patologias ou/e tratamentos combinados. 110 participantes entraram no estudo, sendo divididos em 3 grupos. Grupo 1 (n=37) receberam 8 sessões de ventosas (a cada 8 minutos) em 4 semanas com um dispositivo de ventosa pulsátil com pressão negativa entre – 150 a – 350 mbar e intervalos de sucção de 2s. Grupo 2 (n=36) receberam 8 sessões de escavação (a cada 8 min) em 4 semanas com um dispositivo de escavação pulsátil em torno de – 70 mbar e intervalos de sucção de 2s. Já o grupo controle (n=37) não receberam intervenção fisioterapêutica no período de estudo de 12 semanas, mas foram autorizados a tratar suas queixas com a mesma medicação e dosagem que os outros 2 grupos em caso de dor. | Segundo dados da Escala Visual Analógica, ambas as formas de ventosas foram eficazes em pacientes com dor lombar crônica após 4 semanas, em comparação com o grupo de controle que só tomou medicação para dor sob demanda. Sem apresentar diferenças significativas na comparação direta entre os grupos 1 e 2 após 4 semanas de tratamento. Além disso, apenas ao grupo 1 mostrou efeitos em comparação com o grupo controle sem tratamento na maioria dos parâmetros analisados após 12 semanas. Os pesquisadores, no entanto, destacam que os cálculos foram baseados nas diferenças para o grupo de controle, não nas mudanças entre as intervenções. |
Lauche et al., (2013) | Eficácia da massagem com ventosas caseiras Comparado ao relaxamento muscular progressivo em pacientes com dor crônica no pescoço – um ensaio clínico randomizado | Ensaio clínico randomizado, o estudo separou aleatoriamente 61 pacientes em 2 grupos: grupo 1 recebeu massagem com ventosa (n = 30), já o grupo 2 recebeu relaxamento muscular progressivo (n = 31). Foi realizada intervensões duas vezes por semana durante 12 semanas. Pacientes do grupo 1 comparecereram juntamente com uma pessoa próxima de si a um workshop prático para aprender a fazer massagem com óleos e aplicar ventosaterapia, cada paciente recebeu um copo e 200 ml de óleo, os pesquisadores informaram que os pacientes poderiam participar de uma nova “atualização” de sessão, a qualquer momento, caso julgassem necessario. Foram orientados a receber 2 sessoes do tratamento por semana com duração de 10-15 min. Já os participantes do grupo 2 compareceram a um sessão de uma hora liderada por um psicólogo para aprender o treinamento de relaxamento. Ao fim cada paciente recebeu um CD, que continha curtas e longas versões da técnica, os pacientes foram convidados a praticar relaxamento em casa duas vezes por semana por 20 minutos por sessão e registrar sua prática em um diário. Na última semana os pesquisadores utilizaram a Escala Visual Analógica de 100 mm para avaliar ambos os grupos. | Após o tratamento, ambos os grupos mostraram significativamente menos dor em comparação com a linha de base, no entanto sem diferenças significativas entre os grupos. Efeitos significativos em favor da massagem com ventosas foram encontrados apenas para o bem-estar e limiares de dor por pressão. Em conclusão, massagem com ventosa não é mais eficaz do que o relaxamento muscular progressivo em reduzir a dor crônica inespecífica no pescoço. As duas terapias podem ser facilmente usadas em casa e podem reduzir a dor a um mínimo extensão clinicamente relevante. A massagem com ventosas pode, no entanto, ser melhor do que o relaxamento muscular progressivo para melhorar o bem-estar e diminuir sensibilidade à dor à pressão. |
Lauche et al., (2012) | O efeito da ventosa tradicional na dor e na mecânica Limiares em pacientes com dor cervical crônica inespecífica: Um estudo piloto randomizado controlado | O estudo avaliou a eficácia de um único tratamento de ventosaterapia tradicional em pacientes com dor cervical crônica não específica, através da Escala Visual Analógica. 45 pacientes com idade entre 18 e 75 anos que sofriam de dor de origem muscular no pescoço por pelo menos três meses consecutivos. Os pacientes foram divididos em dois grupos. O grupo controle (n=23) que recebeu Medicação não esteroide para dor e massagem do fisioterapeuta, e o grupo experimental (n*=22) que recebeu Medicação não esteroide para dor, massagem do fisioterapeuta e Ventosaterapia. | Os autores acreditam que uma única aplicação de ventosaterapia pode ser efetiva no tratamento de dor cervical crônica não específica. Mas destacam a importância de outros estudos para confirmar os resultados e avaliar a eficácia da ventosa em comparação com os tratamentos padrão. Além de sugerir estudos que investigam os efeitos da repetição tradicional das intervenções de ventosas em diferentes intervalos e de longo prazo. |
Kim JI et al. (2011) | Avaliação da terapia de ventosas úmidas para dor lombar persistente não específica: um estudo piloto de grupo paralelo, randomizado, controlado por lista de espera | Ensaio piloto paralelo randomizado, controlado por lista de espera, aberto. Realizado pelo centro de pesquisa clínica do Instituto Coreano de Medicina Oriental avaliou a eficácia, segurança e viabilidade de um tratamento de ventosa úmida para dor lombar contínua por pelo menos 12 semanas, sem causas específicas reconhecíveis. 32 participantes com idades entre 20-60 anos, foram divididos em 2 grupos: grupo ventosa úmida (21) e grupo da lista de espera (11). Para avaliação utilizaram o Questionário de Dor McGill. | Foram analisados os resultados segundo: dor (incluindo intensidade da dor) e funcionamento. O resultado deste estudo implica que a ventosa úmida pode ter um efeito potencial para reduzir a dor atual associada. No entanto, os autores sugerem mais estudos para afirmar que a ventosaterapia úmida é uma intervenção significativa para a recuperação funcional. |
4 DISCUSSÃO
A Ventosaterapia é eficaz contra dores de diferentes regiões por atuar diretamente no sistema musculoesquelético, aumentar a circulação local, ativar a liberação de mediadores químicos, promover o relaxamento da musculatura, diminuir o limiar da dor e atuar em nível energético do local aplicado (ARRUDA, 2018). Promove uma ação muito benéfica ao nosso sistema circulatório, com a eliminação das toxinas, do gás carbônico e do gás amoníaco que ficam embaixo da pele, favorecendo uma melhoria na troca gasosa, promovendo uma purificação e desintoxicação em consequência a redução do quadro álgico (CALOGERO, 2017).
A técnica se mostrou eficaz em todos os estudos avaliados nesta pesquisa, apesar das diferentes aplicações pelas quais foi submetida. Em relação aos desfechos avaliados, predominou a intensidade da dor, que foi mensurada na maioria dos estudos, por meio da Escala Visual Analógica (EVA), seguida pelo Questionário de Dor de McGill, Questionário Roland-Morris de Incapacidade, sendo que o trabalho de PAIVA (2018) contou com questionários próprios para avaliar a melhoria da insônia.
O presente estudo buscou atrair atenção para ventosaterapia, a fim de confirmar a eficácia encontrada em periódicos na melhoria no quadro álgico acometido por diversas patologias, além de solidificar a relevância que o tema recebe tanto pela comunidade cientifica quanto pela sociedade. Por isso, não foi focado em uma única patologia, assim não houve padronização quanto aos pontos de aplicação da ventosaterapia, quantidade e método de sucção para criar a pressão negativa e em relação aos copos de aplicação, número de vezes que os pacientes foram submetidos a técnica e nem padronização dos grupos participantes dos estudos analisados.
Esse trabalho sugere que se considere cada caso especificamente, primeiro pensando na enfermidade do paciente, o quadro geral em que ele se encontra e se o uso da técnica poderá ser benéfico, em seguida avaliar a quantidade, duração e intensidade do uso da Ventosaterapia (CALOGERO, 2017).
De acordo com os periódicos analisados por esta pesquisa, a ventosaterapia é uma técnica segura, que apresenta poucas contraindicações e como efeito colateral apenas manchas na pele onde foi aplicado a ventosa. Sendo que essas manchas podem variar desde Manchas brancas ou pálidas, que desaparecem rapidamente, até Manchas hemorrágicas com coloração arroxeadas ou azuladas, petéquias, e em raros casos, a formação de bolhas de água no local aplicado. Tudo isso, depende da quantidade de patógenos, toxinas e impurezas presente onde o paciente vai receber o tratamento (MOURA, 2019).
5 CONCLUSÃO
A humanidade sempre sentiu necessidade de entender e curar enfermidades, com a finalidade de manter e conservar a integridade de sua saúde. Atualmente há um grande aumento do número de pessoas que buscam por terapias alternativas para solucionar problemas relacionados à saúde, pois devido a evolução cultural dos povos, essas medidas de tratamentos alternativos tornaram-se mais respeitáveis e aceitos. Baseado na revisão dos artigos publicados nos últimos dez anos no referido assunto, podemos considerar que o uso da Ventosaterapia, por proporcionar aumento da circulação e oxigenação dos tecidos, pode ser considerada um tratamento natural, conservador, não invasivo que diminui as interações medicamentosas tanto em processos agudos como em processos crônicos.
Após observar os benefícios e a eficácia como terapêutica auxiliar que acompanham a prática da Ventosaterapia, sugerimos a amplificação do uso dessa prática na fisioterapia. Com a inserção das práticas integrativas complementares como disciplina no curso de fisioterapia, tendo em vista que elas abrangem ainda, diversas terapias como a medicina tradicional chinesa que foi trazida ao brasil pelos fisioterapeutas.
REFERÊNCIAS
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¹Acadêmica de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura
²Docente(s) do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura