APLICABILIDADE DA FISIOTERAPIA NA DIÁSTASE ABDOMINAL: UM RELATO DE CASO

APPLICABILITY OF PHYSIOTHERAPY IN ABDOMINAL DIASTASIS: A CASE REPORT

REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.8264765


¹Marina Silva Nicolau Taketomi
²Francisco Lourenço Grandal Savino Barbosa
³Kellen Cristina Portela de Andrade
4Ana Paula Rodrigues


Resumo

A Diástase do músculo reto abdominal é uma situação comum em mulheres no pós-parto, independente da vida de parto e pode ser agravada devido a outros fatores de risco durante o processo gravídico. O presente artigo tem como objetivo realizar um relato de caso em uma paciente de um pós-parto tardio, utilizando associação entre os recursos convencionais da fisioterapia. Foram realizadas 16 sessões, as quais consistiam na realização de exercícios ativos, aplicação de radiofrequência e liberação miofascial. Na reavaliação foi possível observar a redução da diástase supra umbilical, assim como redução das medidas da circunferência abdominal, evidenciando assim os benefícios da fisioterapia demato-funcional no pós-parto.

Palavras-chave: Diástase Abdominal. Fisioterapia. Cinesioterapia.

1. INTRODUÇÃO

Durante o processo gestacional diversas alterações ocorrerem no corpo da mulher, muitas delas desencadeadas por processos hormonais e fisiológicos, dentre elas, uma muito conhecida é a Diástase dos músculos reto abdominais (DMRA), um dos motivos para o surgimento dessa condição é a redução de tensão das fibras de colágeno e elastina, causando assim o enfraquecimento do tecido conjuntivo (GILLEARD E BROWN,1996)

Diversos fatores podem proporcionar o surgimento dessa condição, como obesidade, flacidez, fraqueza muscular, múltiplas gestações, e pode ocorrer em até 68% das mulheres no puerpério (RETT E BRAGA, 2009).

Essa condição é facilmente observada a partir do último trimestre da gestação e no pós-parto imediato. Sendo que isso pode retornar as condições pré gravídicas de forma natural ainda no puerpério imediato, ou pode persistir nos próximos meses e causar complicações funcionais (LEITE E ARAÚJO, 2012).

Estudos apontam a relação da DMRA com alterações funcionais do pós-parto, não sendo apenas um problema estético. NEUMANN E GILL (2002), afirmam que a presença desta condição favorece o enfraquecimento muscular, assim como causa perda da funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico, podendo a vir causar complicações e sintomas pélvicos posteriores.

SANTOS, et.al, (2016), em seu estudo aponta a correlação entre a presença da DMRA e a intensidade da dor lombar relatada durante a gestação, mostrando ainda a relevância do acompanhamento fisioterapêutico em todo o ciclo gravídico-puerperal.

POMPOMLIN, et.al, (2021), afirmam que a fisioterapia tem papel de extrema relevância nesse momento, pois irá atuar durante o processo gestacional, além disso irá atuar na recuperação imediata no pós-parto. As condutas fisioterapêuticas irão agir significativamente para a redução da DMRA.

Com isso o presente artigo tem como objetivo realizar um relato de caso sobre a atuação fisioterapêutico no pós-parto tardio em uma paciente com Diástase do Músculo Reto abdominal, através da associação de tratamentos conservadores.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Segundo LUNA (2012) e SOMA-PILLAY (2016), durante a gestação, o corpo da mulher passa por um conjunto de alterações anatômicas e fisiológicas que envolvem os sistemas endócrino, urinário, digestório, nervoso, respiratório e musculoesquelético, que são medidas adaptativas para conseguir o feto possa então ser desenvolvido da melhor maneira possível.

Todas essas modificações visam acompanhar as alterações uterinas para que o corpo da mulher consiga abrigar o feto, nutri-lo e permitir que este se desenvolva na fase intrauterina, e expulsar o mesmo durante o parto e posteriormente, amamentá-lo. As mudanças que acontecem durante o período da gestação impactam diretamente na biomecânica do corpo gravídico, como o aumento de peso corpóreo, mudanças posturais e as modificação do centro de gravidade (DEMARTINI, 2016)

A progesterona, estrogênio e relaxina são alguns dos hormônios que influenciam as mudanças fisiológicas e anatômicas do corpo gravídico. Dentre estes, a relaxina é o hormônio responsável pelo aumento da mobilidade articular pelo relaxamento dos ligamentos e articulações do corpo, de maneira a acompanhar o crescimento uterino e facilitar o parto por via vaginal (DERMARTINI, 2016). O crescimento do feto e a inclinação pélvica anterior com ou sem hiperlordose lombar, o aumento da pressão intra-abdominal e o efeito da relaxina são fatores que contribuem para o surgimento da diástase dos músculos reto abdominais (VELJOVIC F, 2019; MICHALSKA A, 2018).

A região abdominal também é chamada “core”, composta por um conjunto de 29 músculos que tem a função alinhar e manter o equilíbrio postural dinâmico na realização das atividades onde os reto abdominais se encontra anteriormente, os glúteos e os paravertebrais posteriormente, diafragma na parte superior, os músculos da articulação coxo-femural e o assoalho pélvico na parte inferior, se o core se desalinha ocorrem alterações biomecânicas principalmente na região lombo pélvica (OLINTO et al, 2013).

Dá-se o nome de diástase dos músculos reto abdominais à condição de separação dos músculos reto do abdômen, independentemente da localização desta separação em relação a cicatriz umbilical, desde que essa ocorra ao longo da linha alba, que tem origem no processo xifoide e insere-se na sínfise púbica (MOTA et al, 2015).

A DMRA é considerada fisiológica quando tem em média 3 cm de tamanho, que retornará espontaneamente a sua condição pré-gravídicas sem nenhuma complicação, e patológico quando apresenta tamanho maior que 3 cm. A ocorrência da diástase pode se dar a nível supraumbilical, umbilical e infraumbilical, não provocando de forma direta dor e/ou desconforto (LEITE, 2012; MICHELOWSKI, 2014).

Das alterações que se instauram no corpo da mulher, o aumento uterino que se inicia a partir do terceiro trimestre é o mais significativo, sendo dessa forma, um dos maiores provocadores de estiramento dos músculos abdominais gerando então a separação dos dois feixes musculares. Esta condição tem maior incidência nos últimos três meses de gravidez, pelo volume abdominal que está em sua fase mais aumentada, e no pós-parto (LEITE, 2012; VELJOVIC F, 2019; MICHALSKA, 2018).

Esse afastamento dos músculos reto abdominais que é causado na gestação pode ser agravado por alguns fatores, como por exemplo mulheres multíparas, com flacidez muscular, casos de polidrâmnio e em gestações com presença de macrossomia fetal (DEMARTINI, 2016).

O período de puerpério, é quando as modificações que se instalaram no corpo da gestante durante os meses gestacionais vão aos poucos se desfazendo e voltando ao estado pré-gravídico, e pode variar, de acordo com o corpo da mulher, em relação ao tempo de recuperação pós-parto. Apesar de algumas dessas mudanças irão recuperar de forma natural a diástase ou outras condições da gestação, porém para outras mulheres a fisioterapia vem com o papel fundamental no pós-parto imediato com o objetivo de potencializar a melhora dos tônus da musculatura tanto pélvica quanto abdominal que foram diretamente afetados nesse processo, afim de que as funções pré gravídicas retornem de forma gradual (LEITE, 2012).

É necessário que haja as instruções adequadas principalmente em relação ao tratamento da DMRA pois dependendo do tamanho o tratamento vai ser diferenciado, ainda mais se evoluir com hérnia umbilical, como pode ser observado em alguns casos, quando os músculos abdominais não estão fortalecidos o suficiente para transferir a força em direção a coluna vertebral, gerando dor no abdômen e pelve (VELJOVIC F, 2019).

A hérnia umbilical é o segundo tipo de hérnia que mais acomete adultos, atrás apenas da hérnia inguinal. Caracteriza-se por ser uma hérnia ventral, localizada na região ou no próprio umbigo, que acontece devido presença de tecido adiposo e o alongamento exacerbado da musculatura abdominal, enfraquecendo as aponeuroses devido a separação dos feixes e camadas musculares. Atinge mais comumente indivíduos com a pressão intra-abdominal aumentada e mulheres, devido fatores de distensão abdominal crônica, ascite, obesidade e gravidez (COSTE, 2019).

Segundo achados de LEITE & ARAÚJO (2012) em estudo que analisou a influência do número de gestações na diástase dos músculos reto abdominais, foram selecionadas 72 voluntárias para estudo, sendo estas divididas em três grupos: primigesta, secundigesta e multigesta. Dentre as pesquisadas, 31 eram primigestas e, destas, 6 tinham a separação maior que 3,0 cm; 22 eram secundigestas e três apresentavam DMRA maior que 3,0 cm, e por fim, 19 puérperas multigestas em que o acometimento se manifestava em 4 voluntárias da amostra. Assim, concluiu-se que o grupo em que a ocorrência de DMRA (13%) ocorreu em menor número foi no grupo de secundigestas. O maior índice de afastamento (21%) ocorreu em multigestas. De acordo com dados do pesquisador, o estudo apresentou resultados que apontam a inexistência de co-relação entre a incidência de diástase dos músculos reto abdominais, a probabilidade de relação com a fisiologia tecidual de cada indivídua e o número de gestações.

Entre as formas de tratamento da DMRA, pode- se citar o realizado pela fisioterapia. Das competências do profissional de Fisioterapia, destaca-se no presente trabalho a atuação do profissional fisioterapeuta no planejamento e execução de programas de exercícios para puérperas, na orientação, prescrição e aplicação de recursos e técnicas fisioterapêuticas para retorno postural no pós-parto (COFFITO, 2011).

O tratamento cirúrgico também é uma opção de intervenção no tratamento da DMRA, como por exemplo a plicatura laparoscópica e a abdominoplastia, entretanto, pelos riscos de complicações pós-operatórias como a ocorrência de infecções, necroses, trombose venosa profunda, alteração da sensibilidade, estenose umbilical e outros acometimentos possíveis de serem desencadeados no pós-cirúrgico de procedimentos invasivos (KULHANEK; MESTAK, 2013).

3. METODOLOGIA

O estudo é caracterizado como uma pesquisa experimental, de origem primária, quantitativa (com relação as mensurações das avaliações) e qualitativa (variáveis observacionais).

A paciente foi submetida à um protocolo pré-elaborado pela autora, e aceitou participar de forma voluntária após assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Mantendo todas as orientações previstas para pesquisa com seres humanos. E após a organização dos dados será interpretado através de estatística descritiva.

Foi proposto à paciente um protocolo com 16 sessões, sendo realizada 1 sessão por semana e orientações para exercícios domiciliares. Seguindo o passo a passo da tabela abaixo:

Tabela 1: Protocolo realizado

ETAPADESCRIÇÃO
1Higienização e esfoliação
2Aplicação da Radiofrequência Equipamento utilizado: Spectra Artis Tonederm Manopla: hexapolar Modo: flacidez – corporal Temperatura: 40º Tempo: 6 minutos por área Quantidade de áreas: 3 áreas na região abdominal
3Liberação miofascial realizada de forma manual e com auxílio de pistola de liberação, durante 10 minutos, em toda a região abdominal e diafragmática, associada à inspiração e expiração.
4Aplicação de argila amarela, diluída com água destilada, e aplicada em toda região abdominal durante o período do exercício.
5Realização de exercícios: em cada sessão era realizada 3 exercícios e estes eram ensinados para paciente realizar em casa diariamente.
6Remoção da argila e finalização da sessão

Fonte: Autores (2023)

Com relação a Etapa 5, os exercícios que foram realizados são exercícios isométricos, que são feitos associados à respiração, abaixo pode-se observar a descrição dos exercícios, em cada sessão eram realizados em média 3 exercícios, sendo 5 repetições de cada um:

  1. Paciente deitada em decúbito dorsal com as duas pernas flexionadas: Paciente inspira, expira, contrai o abdome (comando dado “umbigo na costa”), mantem a contração por 10 segundos enquanto mantem a respiração torácica.
  2. Mesmo comando do exercício 1, mas com a associação do movimento de ponte.
  3. Paciente em decúbito dorsal as duas pernas flexionadas: Paciente inspira, expira, contrai o abdômen, inspira novamente e com a contração abdominal ela expira para encher um balão. Ao final da expiração realiza novamente o ciclo.
  4. Paciente em decúbito dorsal, com flexão de uma perna e a outra esticada na altura do joelho contra latera: Paciente inspira, expira, contrai o abdome, mantem a contração por 10 segundos enquanto mantem a respiração torácica.
  5. Paciente em decúbito dorsal, quadril flexionado a 90º, e realiza a mesma orientação: Paciente inspira, expira, contrai o abdome, mantem a contração por 10 segundos enquanto mantem a respiração torácica.
  6. Paciente em pé, encostada na parede, com uma perna com flexão de quadril a 90º, braços apoiados na altura do seio: Paciente inspira, expira, contrai o abdome, mantem a contração por 10 segundos enquanto mantem a respiração torácica, intercalando as pernas que estará flexionada.
  7. Paciente em decúbito ventral, realiza o movimento de prancha, com cotovelos e joelhos apoiados na maca. Seguindo o comando: inspira, expira, contrai o abdome, mantem a contração por 10 segundos enquanto mantem a respiração torácica

A paciente passou por avaliação física antes do tratamento e na última sessão, sendo que os resultados encontrados estão disponíveis a seguir.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Paciente R.S, 28 anos, histórico obstétrico G1P1AO, iniciou o tratamento 11 meses após o parto Cesária, relata que ainda amamenta, e engordou 12 kg durante a gestação. Nunca passou por outro procedimento cirúrgico a não ser o parto, não faz uso de medicamentos diários, não faz suplementação de colágeno e/ou vitaminas, relata que sua alimentação é irregular, com ingesta moderada de água, e não realiza atividade física. Após o parto nega já ter realizado tratamento estético, nega tabagismo e etilismo. Não relata queixa de incontinência urinária ou disfunções pélvicas.

Ao exame físico apresenta: gordura subcutânea na região abdominal, tônus musculares normais, ausência de flacidez tissular e estrias. Apresenta diástase abdominal na região supra umbilical e umbilical com largura de 3cm, e profundidade de 3 cm. Na perimetria foram observadas as seguintes medidas: Cicatriz umbilical 76 cm, 5 cm abaixo 87 cm, e 5 cm acima 71 cm.

Vale ressaltar que as primeiras sessões são realizadas as orientações sobre a respiração de forma correta, assim como a liberação miofascial da região diafragmática, para que então se possa evoluir nos exercícios.

Após as 16 sessões foi realizada a reavaliação, os resultados podem ser observados na Tabela 2, onde tem uma comparação entre o antes e o depois:

Tabela 2: Dados da avaliação Antes X Depois

AVALIAÇÃO DA DIÁSTASEANTESDEPOIS
ComprimentoSupra umbilical e umbilicalUmbilical
ProfundidadeSU: 3 cm Umb: 3 cmSU: 0 Umb: 1 cm
LarguraSU: 3 cm Umb: 3 cmSU: 0 Umb: 1 cm
PERIMETRIA ABDOMINALANTESDEPOIS
Cicatriz umbilical76 cm74cm
Cicatriz umbilical + 5cm71 cm71 cm
Cicatriz Umbilical – 5cm87 cm81cm

Fonte: Autor (2023)

Analisando a Tabela 2 é possível observar a redução das medidas da circunferência abdominal, assim como a redução da largura e profundidade da DMRA, entendo assim que o programa de tratamento proposto foi eficaz para as queixas da paciente, e corrobora com a literatura que enfatiza a importância da cinesioterapia adaptada ao pós-parto.

O tratamento proposto por POMPOLIM, et.al (2021), evidenciou a execução de exercícios isométricos na região abdominal, alterando as posições que foram associadas a essa contração, mostrando em sua conclusão redução significativa da DMRA após a terapia.

Os exercícios isométricos são citados em diversas literaturas, como a primeira alternativa de tratamento, sendo umas das condutas viáveis a serem executadas ainda nos primeiros dias de pós-parto para estimular a ativação abdominal de forma correta, substituindo assim a utilização de cintas de alta compressão nesse período.

Apesar de ser uma condição muscular, a DMRA envolve também estruturas como a pele e tecido adiposo, pensando nisso é válido associar equipamentos da eletrotermoterapia associado ao tratamento, neste relato de caso optou pela Radiofrequência, já que a paciente apresentava também flacidez tissular e gordura subcutânea. Corroborando com os autores BRIGHTMAN, et.al, (2009) e WINTER (2009), que utilizaram equipamentos para melhorar o contorno corporal, e demais queixas que as pacientes apresentam.

Especificamente a radiofrequência, que foi utilizada nesse estudo, tem evidências na literatura, onde ocorre o aumenta a densidade do colágeno, melhorando o aspecto de flacidez, tendo ação a curto e longo prazo (DUARTE E MEIJA,2012). Outros autores, como BORGES (2002), afirmam também o benefício da eletroestimulação muscular, a qual propõem aumento significativo da força e função muscular, porém ainda com poucas evidências na literatura.

A fisioterapia deve ser realizada tanto na parte de prevenção, antes do parto, quanto no próprio tratamento fisioterapêutico para a diástase, no pós-parto. Esta conta com recursos da eletroestimulação, ginástica abdominal hipopressiva, reeducação respiratória e a estimulação da contração muscular dos músculos alterados com a cinesioterapia (LIMA, 2018).

Tais tratamentos fisioterápicos para DMRA, apresentam sua eficácia por meio de estudos e comprovações clínicas, de forma a evidenciar a importância da fisioterapia dermatofuncional, na atenção à gestante. Entretanto, faz-se notório a insuficiência de estudos abordando as intervenções fisioterapêuticas para prevenção e tratamento da diástase gestacional (COITINHO, 2019).

É perceptível a relevância do acompanhamento fisioterapêutico no pós-parto imediato e tardio, a fim de reduzir a DMRA, assim como reduzir as consequências que essa disfunção pode trazer e evitar a piora do quadro (SANCHO, et.al, 2015; LEITE E ARAÚJO, 2012). Vale ressaltar ainda que quanto antes iniciar o tratamento maiores as chances de sucesso

5. CONCLUSÃO

Após análise dos dados encontrados e as evidências da literatura, pode-se concluir que a fisioterapia é eficaz na reabilitação da Diástase da musculatura reto abdominal, porém ainda não existe um consenso dos tratamentos indicados.

Existem diversas opções de recursos da eletroterapia, manuais e cinesioterapia, com isso a avaliação individualizada é extremamente necessária, para ser definido qual a melhor indicação para cada paciente.

Porém, vale ressaltar que o melhor consenso da literatura é sobre os exercícios específicos, mostrando-se uma técnica com poucas contraindicações e bons resultados. Sendo necessários mais estudos de caso clínico para aumentar as evidências encontradas nesse e em outros estudos.

REFERÊNCIAS

BORGES FS, VALENTIN EC. Tratamento da flacidez e diástase do reto-abdominal no puerpério de parto normal com o uso de eletroestimulação muscular com corrente de média frequência – estudo de caso. Rev Bras Fisioter Dermato-Funcional 2002;1(1):1-8

BRIGHTMAN L, WEISS E, CHAPAS AM, KAREN J, HALE E ET AL. Improvement in arm and post-partum abdominal and flank subcutaneous fat deposits and skin laxity using a bipolar radiofrequency, infrared, vacuum and mechanical massage device. Lasers in Surgery and Medicine 2009;41(10):791-8. https://doi.org/10.1002/lsm.20872 6.

COITINHO, Larissa Maria Ferreira et al. Eficiência dos tratamentos fisioterapêuticos para a diástase do músculo reto abdominal no puerpério: uma revisão integrativa. RECHST – Edição 2019, v. 8, n. 1, p. 39-52, jan.- jul. 2019.

CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Resolução 401. Brasília, 18 de agosto de 2011.

COSTE, AH; JAAFAR, S; PARMELY. Umbilical hernia. StatPearls, 2019. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK459312/>.

DEMARTINI, Elaine et al. Diastasis of the rectus abdominis muscle prevalence in postpartum.Fisioter. mov., Curitiba, v. 29, n. 2, p. 279-286, June 2016. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-51502016000200279&lng=en&nrm=iso>.

DUARTE A, MEIJA D. A utilização da Radiofrequência como técnica de tratamento da flacidez corporal [TCC]. Goiânia: Faculdade Ávila; 2012. p 1-11

GILLEARD WL, BROWN, JMM. Structure and function of the abdominal muscles in primigravida during pregnancy and the immediate post-birth period. Physical Therapy 1996; 76: 750–762

KULHANEK, J; MESTAK, O. Treatment of umbilical hernia and recti muscles diastasis without a periumbilical incision. Springer-Verlag France, 2013

LEITE AC, ARAÚJO K. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Fisioter Mov 2012;25(2):389-97. https://doi.org/10.1590/s0103- 51502012000200017

LEITE, ANA CRISTINA DA NÓBREGA MARINHO TORRES; ARAUJO, KATHLYN KAMOLY BARBOSA CAVALCANTI. Diástase dos retos abdominais em puérperas e sua relação com variáveis obstétricas. Fisioter. mov., Curitiba, v. 25, n. 2, p. 389-39, June 2012. 

LIMA DE SOUZA, V. R., FEITOSA, G. Z., & MARTINELLI LOURENZE, V. DA G. C. Intervenção fisioterapêutica no tratamento da diástase abdominal pós-parto: uma revisão de literatura. Caderno De Graduação – Ciências Biológicas E Da Saúde – UNIT – ALAGOAS, 4(2), 239. 2018.

LUNA, D. C. B. et al. Frequência da diástase abdominal em puérperas e fatores de risco associados. Rev.Fisioter. S. Fun., Fortaleza, v. 1, n. 2, p. 10-17, jul./dez. 2012.

MICHALSKA A, et al. Diastasis recti abdominis – a review of treatment methods. Ginekol Pol. 2018;89(2):97-101. doi: 10.5603/GP.a2018.0016. PMID: 29512814.

MICHELOWSKI, ANDREIA CAROLINE SAMPAIO; SIMÃO, LEYLIETE RAMOS; MELO, ELAINE CRISTINA DE ALVARENGA. A eficácia da cinesioterapia na redução da diástase do músculo reto abdominal em puérperas de um hospital público em Feira de Santana-BA. Revista Brasileira de Saúde Funcional, v. 2, n. 2, p. 05-16, 2014.

MOTA, P.; PASCOAL, A.G.; KARI, B.O,. Diastasis recti abdominis in pregnancy and postpartum period. risk factors, functional implications and resolution. Current women’s health reviews, v. 11, n. 1, p. 59-67, abr. 2015.

NEUMANN P, GILL V. Pelvic floor and abdominal muscle interaction: EMG activity and intraabdominal pressure. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct 2002; 13: 125–132.

OLINTO, PAOLA ALBERTINI BOLDRINI et al. O uso da eletroestimulação muscular com corrente de média frequência associado ao exercício de core na ativação do transverso abdominal: estudo de caso. Acta Biomedica Brasiliensia, v. 4, n. 1, p. 85-91, 2013.

POMPOLIM G, SANTOS BR, VERZOLA IG, FERRES AM, SILVA GBR, SARMENTO SS. Atuação fisioterapêutica na redução da diástase abdominal no puerpério imediato. 2021 jan/dez; 13:856-860. DOI: http://dx.doi.org/0.9789/2175- 5361.rpcfo.v13.9555

RETT M, BRAGA M, BERNARDES N, ET AL. Prevalência de diástase dos músculos retoabdominais no puerpério imediato: comparação entre primíparas e multíparas. Brazilian Journal of Physical Therapy 2009; 13: 275–280. 5.

SANCHO MF, PASCOAL AG, MOTA P, BØ K. Abdominal exercises affect inter-rectus distance in postpartum women: A two-dimensional ultrasound study. Physiotherapy (United Kingdom) 2015;101(3):286-91. https://doi.org/10.1016/j.physio.2015.04.004

SANTOS MD, SILVA RM, VICENTE MP, PALMEZONI VP, CARVALHO EM, RESENDE APM. Does abdominal diastasis influence lumbar pain during gestation? Rev dor [Internet]. 2016 Mar [cited 2019 Dec 18]; 17(1):43- 46. Available from: http://dx.doi.org/10.5935/1806-0013.20160011

SOMA-PILLAY. Priya et al. Physiological changes in pregnancy. Cardiovascular journal of Africa, v. 27, n. 2, p. 89, 2016.

VELJOVIC F, et al. Spinal Column and Abdominal Muscles Loading in Pregnant Women Dependent on Working Postures. Acta Inform Med. 2019 Mar;27(1):54-57. doi: 10.5455/aim.2019.27.54-57. PMID: 31213745; PMCID: PMC6511277.

WINTER ML. Post-pregnancy body contouring using a combined radiofrequency, infrared light and tissue manipulation device. J Cosmet Laser Ther 2009;11(4):229-35. https://doi.org/10.3109/14764170903134334


¹Fisioterapeuta. Docente do curso de Fisioterapia do Instituto Esperança de Ensino Superior.
E-mail: taketomi@professor.iespes.edu.br

²Fisioterapeuta. Docente do curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia.
E-mail: grandal_stm@hotmail.com

³Esteticista e Cosmetóloga. Docente do curso de Estética e Cosmética do Instituto Esperança de Ensino Superior. E-mail: esteta.kellen@gmail.com

4Docente do Grupo Educacional Faveni