ANTHURIUM AFFINE SCHOTT AS AN ALTERNATIVE FOR THE TREATMENT OF SKIN LESIONS CAUSED BY PSORIASIS: A REVIEW
REGISTRO DOI: 10.5281/zenodo.10428516
Luiz Henrique da Silva Linhares1
Alice Conceição Moraes Florêncio2
Bruna Corina Silva de Lima3
RESUMO
As doenças de pele representam um problema de saúde pública no Brasil. As lesões neste órgão, dependendo de suas características, são de lenta recuperação. Embora existam protocolos clássicos para tratar estes tipos de lesões, a ciência sempre busca meios mais eficientes. A psoríase, por exemplo, é uma doença de caráter crônico e origem autoimune, que afeta a pele em decorrência de uma desregulação na epiderme, derme e articulações, através de falhas nos mecanismos de tolerância imunológica que ocasionam uma resposta inflamatória. Neste cenário, a utilização de plantas medicinais, como por exemplo o Anthurium affine Schott, uma espécie nativa da Mata Atlântica Brasileira, conhecida como “milho de urubu”, pode vir a ser uma alternativa para o tratamento da psoríase. O A. affine é amplamente utilizado pela população para tratar dermatites, sendo citado por seus efeitos reepitelizantes e cicatrizantes. Dado a baixa quantidade de informações sobre a espécie, este estudo buscou trabalhos que tenham realizados estudos do potencial fitoquímico de A. affine, que pudessem mostrar resultados promissores que possibilitem a utilização da espécie em testes para o tratamento da psoríase. Os dados obtidos neste trabalho oferecem respaldo científico à relatos etnobotânicos que referenciam a ação anti-inflamatória e cicatrizante do A. affine, contribuindo cientificamente para que sejam realizados trabalhos mais aprofundados na utilização da espécie visando o tratamento da psoríase.
Palavras-chave: Anthurium affine; Psoríase. Flavonoides. Cicatrizantes. Doenças de Pele.
ABSTRACT
Skin diseases represent a public health problem in Brazil. Injuries to this organ, depending on their characteristics, are slow to recover. Although there are classic protocols to treat these types of injuries, science is always looking for more efficient means. Psoriasis, for example, is a disease of chronic nature and autoimmune origin, which affects the skin as a result of dysregulation in the epidermis, dermis and joints, through failures in immunological tolerance mechanisms that cause an inflammatory response. In this scenario, the use of medicinal plants, such as Anthurium affine Schott, a species native to the Brazilian Atlantic Forest, known as “vulture corn”, could become an alternative for the treatment of psoriasis. A. affine is widely used by the population to treat dermatitis, being cited for its re-epithelializing and healing effects. Given the low amount of information about the species, this study sought works that had carried out studies on the phytochemical potential of A. affine, which could show promising results that would enable the use of the species in tests for the treatment of psoriasis. The data obtained in this work offer scientific support to ethnobotanical reports that reference the anti- inflammatory and healing action of A. affine, scientifically contributing to more in-depth work being carried out on the use of the species for the treatment of psoriasis.
Keywords: Anthurium affine; Psoriasis. Flavonoids. Scarring. Skin diseases.
INTRODUÇÃO
A pele é o primeiro sistema de defesa do ser humano, funcionando como uma barreira contra agentes físicos e patógenos. Sua função é abrigar as estruturas do interior do organismo evitando agressões do ambiente externo, incluindo as várias formas de poluição,
temperatura, umidade e radiação, além de controlar o fluxo de substâncias para o interior ou exterior do corpo (GOMES, 2016). Possui importante função na proteção contra traumas físicos, químicos, toxinas e micro-organismos patógenos. A pele ainda exerce funcionalidade metabólica para o controle da pressão sanguínea, curar e regenerar ferimentos, participar da excreção de eletrólitos e atuar como órgão sensorial (ACIOLLY, 2018). Devido a sua extrema importância, havendo lesão na pele, é necessária rápida intervenção, a fim de se garantir a possibilidade de regeneração e recuperação de suas funções e evitar o aparecimento de desequilíbrio fisiológico, que pode levar a morte do indivíduo (ONOFRE, 2014).
Entre as enfermidades que afetam a pele, a psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele e das articulações, com variadas apresentações clínicas, sendo imunomediada e tendo bases genéticas. A doença tem um caráter autoimune e está associada a fatores psicológicos como depressão, estresse, ansiedade (o que faz com que as lesões se proliferem muito mais rápido), fatores genéticos e hereditários também têm forte influência nesta doença. As lesões podem desenvolver-se em locais de traumas, como por exemplo locais de cirurgias e queimaduras, tais lesões apresentam uma predileção por áreas como unhas, couro cabeludo, cotovelos, joelhos, mãos e pés (SILVA et al., 2021).
Muitos fitoquímicos, particularmente polifenóis, estão agora sendo usados para tratar a psoríase. Os polifenóis são reconhecidos como compostos multifuncionais que podem atuar como antioxidantes, anti-inflamatórios, e agentes antiproliferativos por meio da modulação de múltiplas vias de sinalização. Essas propriedades podem ser benéficas para o tratamento de doenças multicausais, incluindo psoríase. Os flavonoides são a principal classe dos polifenóis e mostraram efeitos antioxidantes potentes, para inibir a cicloxigenase, lipoxigenase, monooxigenase microssomal, glutationa S-transferase, succinoxidase mitocondrial e NADH oxidase (BONESI et al., 2018). Por causa dos efeitos anti- inflamatórios e antioxidantes, os flavonoides mostram evidências de sua capacidade de resolver problemas envolvendo pele, como rugas, acne, dermatite e câncer.
Segundo alguns estudos, o extrato de folhas do A. affine Schott, planta nativa do Brasil, apresenta quantidades apreciáveis de flavonoides (LUNA et al., 2016), sendo empregada como fitoterápico no tratamento do diabetes, micoses e doenças cardiovasculares em seres humanos (NOMURA et al., 2012). Neste sentido, De Luna (2016) relatou o emprego de extratos alcoólicos A. affine em ensaios in vivo visando o uso como anti- inflamatório em casos de dermatite. Por tanto, com base no potencial de A. affine Schott para tratamentos anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes, o presente trabalho teve como
objetivo apresentar informações que mostram o potencial fitoquímico de A. affine visando sua utilização no tratamento de psoríase.
A PELE
A pele apresenta diversas características proporcionadas pelas suas camadas e seus anexos. Sendo a parte mais superficial da pele a epiderme possui células justapostas e epitélio estratificado que formam uma barreira queratinizada que protege o organismo de atritos, desidratação e infecções de micro-organismos (GOMES, 2016). A barreira queratinizada da epiderme é composta por filamentos intermediários (permitem a sua estrutura tridimensional), filamentos de actina (permitem a sua motilidade) e os microtúbulos (fazem parte do transporte intracelular) (RIVITTI, 2018; DONETTI et al., 2020.).
Os filamentos intermediários mais importantes da epiderme são as citoqueratinas (K) e cada uma delas possui uma expressão distinta no epitélio, sendo as K5/K14 tipicamente expressas na camada basal proliferativa, enquanto K1/K10 nas camadas de diferenciação suprabasais. Particularmente, as K16 e K17 são conhecidas por serem hiperproliferativas, sendo encontradas em doenças como a psoríase (RIVITTI, 2018; DONETTI et al., 2020; KIM e LIM, 2021; CORRÊA, 2021).
A camada mais profunda da epiderme, camada basal, é constituída por queratinócitos basais e melanócitos ligados a uma fina camada de matriz extracelular (MEC) que sustenta a porção basal, e é composta majoritariamente de colágeno do tipo IV e outras moléculas como laminina, capaz de proporcionar local de adesão para os hemidesmossomos (BARONI et al., 2012; TSAKOVSKA et al., 2017; ALBERTS, 2018). A acima da camada basal podemos encontrar a camada espinhosa, composta por células cuboides com núcleo de posição central, que vão se achatando em direção a superfície. Nesses queratinócitos, o citoplasma possui expansões com feixes de filamentos de queratina que se unem as outras células por meio dos desmossomos, conferindo a célula o aspecto espinhoso e são essas estruturas que juntas promovem maior coesão entre as células aumentando a resistência ao atrito (GOMES, 2016; DONETTI et al., 2020; CORRÊA, 2021).
A camada granulosa é formada por células achatadas com grande quantidade de grânulos de querato-hialina. Esses grânulos possuem uma proteína rica em cistina e histidina fosforilada, responsável pela basofilia apresentada (JUNQUEIRA, 2018). Nessa camada os grânulos lamelares, responsáveis pela produção de glicolipídios, são depositados na superfície das células, auxiliando na formação da barreira epitelial, agindo contra a desidratação e penetração de substâncias na pele (LOSQUADRO, 2017; JUNQUEIRA, 2018).
A camada lucida possui células achatadas, eosinofílicas, com núcleos e organelas digeridas por enzimas. Por fim, a camada cornea é repleta de células achatadas cujo citoplasma é constituído por queratina e outros seis polipeptídios. A composição dos filamentos de queratina é modificada com a diferenciação celular dos queratinócitos. É nessa camada que os filamentos de queratina se aglutinam com os grânulos de querato-hialina. (GOMES, 2016; CORRÊA, 2021). Na pele mais fina é frequente a ausência das camadas granulosa e lucida.
Abaixo da membrana basal encontra-se a derme, com espessura variável de acordo com a região do organismo. A derme confere a pele a resistência mecânica (CORRÊA, 2021). É composta pelas regiões papilar e reticular, sendo a camada papilar adjacente a membrana basal e rica em tecido conjuntivo frouxo, povoado por fibroblastos, fibras colágenas e fibras elásticas. A derme também abriga estruturas anexas da pele, como as glândulas sudoríparas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo, também se encontram nos vasos sanguíneos, vasos linfáticos e estruturas nervosas (TSAKOVSKA et al., 2017; JUNQUEIRA, 2018; RIVITTI, 2018).
A hipoderme está localizada abaixo da derme e não faz parte da pele. É um tecido subcutâneo formado por tecido adiposo e conjuntivo frouxo, unindo fracamente a derme e os órgãos subjacentes. Contém inúmeras células adiposas dependendo da região e da nutrição, constituindo o panículo adiposo (JUNQUEIRA, 2018). RIVITTI (2018) descreve que a hipoderme tem espessura variável e, em geral, pode ser sede para porções secretoras das glândulas, de pelos, vasos sanguíneos e nervos, além de ser depósito nutritivo de reserva e participar do isolamento térmico e na proteção mecânica às pressões e traumas externos. A figura x resume a estrutura da derme.
De acordo com BARONI et al. (2012) a renovação da pele é um evento que pode levar até 28 dias, dependendo da idade e local. O mecanismo de renovação do epitélio é importante para a manutenção da homeostase e em doenças inflamatórias, como a psoríase e a dermatite atópica (BARONI et al., 2012; RIVITTI, 2018; CHIEOSILAPATHAM et al., 2021).
IMUNOLOGIA DA PELE
Por ser um órgão mais exposto ao meio externo, a pele representa a primeira barreira de defesa do corpo. As células imunes da pele enfrentam grandes desafios e caso suas respostas sejam inadequadas, podem ocorrer exacerbação da resposta inflamatória e gerar doenças crônicas. No sistema imune, os linfócitos gerados circulam pelo sangue e viajam para órgãos linfoides, como linfonodos e o baço, fazendo a apresentação de antígenos e produzindo resposta imune direcionada (KABASHIMA et al., 2019; NGUYEN e SOULIKA, 2019).
Os queratinócitos, apesar de não serem células imunes, possuem papel importante na defesa da pele, ode atuam no recrutamento e ativação de células imunes que produzem citocinas, afetam a proliferação celular e podem gerar uma rede inflamatória. Os queratinócitos podem secretar uma infinidade de citocinas, como as interleucinas (IL)-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, linfopoietina estromal tímica (TSLP), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon gama (IFN-g), regulando a resposta inflamatória cutânea, reepitelização e restabelecendo a função de barreira epitelial (WONG et al., 2016; DAINICHI et al., 2018). Além disso, expressam na superfície receptores de reconhecimento de padrões (PRRs) e receptores do tipo toll (TLR) que uma vez ativados, sinalizam o início de respostas inflamatórias (GRONE, 2002; NEDOSZYTKO et al., 2014; NGUYEN e SOULIKA, 2019).
Outra importante função dos queratinócitos, é expressar na sua superfície moléculas do complexo principal de histocompatibilidade II (MHC II) auxiliando no reconhecimento de antígenos e tendo potencial para serem células apresentadoras de antígenos (APC). As APCs são importantes para o reconhecimento de antígenos, processamento e ativação de células T (NESTLE et al., 2009; ABBAS et al., 2018). Os fibroblastos também possuem funções imunológicas estabelecidas, como a produção das citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-8 e IL-25 em situações de traumas e estresse. Também são capazes de expressarem receptores PRRs que auxiliam na indução e produção de citocinas (NGUYEN e SOULIKA, 2019; CHIEOSILAPATHAM et al., 2021).
Os queratinócitos também são uma importante fonte de peptídeos antimicrobianos (AMPs), biomoléculas que participam da defesa da pele. São produzidos em locais onde há dano/ invasão de micro-organismos e induzem o rompimento das membranas bacterianas. Além dos queratinócitos, fibroblastos, células dendríticas e macrófagos são responsáveis por sua produção (NESTLE et al., 2009; NGUYEN e SOULIKA, 2019). As famílias de AMP mais estudadas na pele humana são as β-defensinas e as catelicidinas (NGUYEN e SOULIKA, 2019).
A pele também possui células imunes residentes que contribuem para a homeostase, secretando fatores de crescimento necessários para a sobrevivência dos queratinócitos e fibroblastos. Ademais, elas mantêm a função do tecido, fagocitando detritos, células apoptóticas e em condições inflamatórias. As células imunes residentes incluem as células dendríticas (DCs) como células de Langerhans (LC), células dendríticas dérmicas (DC dérmicas), macrófagos, mastócitos, eosinófilos e os neutrófilos que raramente são encontrados na pele saudável, porém povoam a pele em condições inflamatórias como na psoríase (NGUYEN AND SOULIKA, 2019).
PSORÍASE
A psoríase (PsO) é uma doença de caráter crônico e origem autoimune, que afeta a pele em decorrência de uma desregulação na epiderme, derme e articulações, através de falhas nos mecanismos de tolerância imunológica que ocasionam uma resposta inflamatória. Essa irregularidade pode ter influência de diversos fatores, como emocional, ambiental e genético, atingindo cerca de 1 a 3% da população entre homens e mulheres, na faixa etária de 10 a 45 anos (EL-DAIRI & HOUSE, 2019). Esta incidência global é prevalente em populações caucasianas, se comparadas com populações asiáticas e africanas (GEIFMAN et al, 2021). No Brasil, estima-se que 1% da população foi acometida, com uma incidência maior na região sul do país, segundo um mapeamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) (VERAS, 2018).
A patologia se trata de uma hiperplasia epidérmica, sendo a doença caracterizada pela predominância de linfócitos T e macrófagos em que há interação entre os linfócitos T ativados, células apresentadoras de antígeno (APC) e células residentes, como os queratinócitos (MACHADO ET al, 2019). Existem seis categorias desta doença, sendo a Psoríase vulgar o tipo mais comum da doença, caracterizada por áreas bem definidas de placas eritematosas, endurecidas e circunscritas, afetando frequentemente superfícies de extensão, bem como joelhos, couro cabeludo, tronco e cotovelos (GRIFFITHS et al, 2021).
Já a Psoríase gutata é segundo tipo mais comum, caracterizado por pequenas lesões vermelhas e descamativas em forma de gota, dispersas pelo corpo. Podem surgir na infância ou juventude e seu desencadeamento pode ser associado a quadros de faringite ou amigdalite (GRIFFITHS et al, 2021). Indo para mais uma categoria, temos a Psoríase inversa que é definida por placas eritematosas nas dobras corporais. Neste tipo é possível observar a ausência de descamação, devido ao aumento de umidade nas áreas em que as placas são localizadas. Também são correlacionados com outras formas de manifestação da doença simultaneamente (GREB et al, 2016; GRIFFITHS et al, 2021).
A Psoríase pustulosa é uma forma rara da doença, definida pelo aparecimento de lesões pustulosas sem infecção (estéreis), encontradas sobre uma base eritematosa. Geralmente se desenvolve nas mãos e nos pés (GREB et al, 2016; GRIFFITHS et al, 2021). Por fim, a Psoríase eritrodérmica é a forma mais grave da doença, podendo levar a óbito. É caracterizada pela presença de eritema em pelo menos 90% do corpo, com a presença dos sintomas mais comuns num estágio mais severo. Também pode ocorrer em pacientes com psoríase do tipo vulgar instável. Além disso, pela totalidade da pele afetada, a mesma não consegue exercer suas funções vitais, ocasionando possíveis quadros de superinfecção, desidratação e outros distúrbios (GREB et al, 2016; GRIFFITHS et al, 2021; VERAS, 2018).
Pode-se ver que a psoríase possui diversas manifestações clínicas e que esta doença é capaz de acometer pacientes em diversos tipos, indo de casos mais leves aos mais graves. Os sintomas mais comuns são ardência, coceira e dor, podendo haver exarcebações e remissões ao longo da vida do indivíduo acometido e impactando diretamente sua qualidade de vida (GRIFFITHS et al, 2021). Apesar dos diversos tipos de tratamentos já utilizados para a Psoríase, muitos destes são inacessíveis para uma parte da população. Em razão disso, houve a necessidade de encontrar novas alternativas terapêuticas, como a utilização de extratos vegetais e componentes bioativos no tratamento desta doença.
IMUNIDADE E PSORÍASE
Além da maioria das células do sistema imunológico já descritas nesta revisão, existem ainda as células linfoides inatas (ILC), que são divididas em três subgrupos, ILC1, ILC2 e ILC3 (HEATH and CARBONE, 2013). Com relação aos seus fatores de transcrição e produção de citocinas, as ILCs tipo 1, 2 e 3 se assemelham muito às três principais subpopulações de células TH1, TH2 e TH17, respectivamente. Entretanto, ressalta-se que ao contrário das células T CD4+, as ILCs não requerem o receptor imune adaptativo e, portanto, podem reagir a sinais inatos sem especificidade de antígeno (KIM, 2015).
A semelhança às células TH clássicas, um desequilíbrio de ILCs cutâneas aumenta as
manifestações de doenças inflamatórias da pele. Neste sentido, ILC1, subconjunto de ILC menos bem caracterizado, parece estar envolvida na dermatite alérgica de contato. Em relação as ILC2, estas produzem as citocinas IL-5 e IL-13 e foram relacionadas a dermatite atópica, pois foram encontradas em alta frequência em tecido lesionado por esta patologia (KIM, 2015).
As ILC3, em acordo com o perfil de citocinas que produz, são semelhantes a TH17, e estão em maior número no sangue e na pele em pacientes com psoríase (VILLANOVA, et al., 2014). Outra evidência de sua implicação na patogenia da psoríase, derivam da observação de que camundongos que não possuem estes linfócitos adaptativos, ainda desenvolvem inflamação psoriasiforme, de forma semelhante ao tipo selvagem (que possuem células TH17) (PANTELYUSHIN, et al. 2012).
A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele comum que abrange uma variedade de fenótipos de pele e está ligada a comorbidades complexas, incluindo artrite soronegativa, doença isquêmica do coração e síndrome metabólica. Histologicamente, a psoríase apresenta uma epiderme surpreendentemente espessada que é juntamente acompanhada com sulcos epidérmicos profundos que atingem a derme (HAWERKAMP, et al., 2022). Nas lesões psoriáticas, as células TH1 e TH17 são predominantemente encontradas, e estas por sua vez, apresentam um conjunto de expressão aumentada de IL-17 e IL-22. Um dos principais responsáveis pelo espessamento da epiderme é a IL-22, que promove a proliferação de queratinócitos (LOWES, et al 2018).
Neste sentido, as pesquisas sugerem uma maior influência do sistema imunológico adaptativo em quadros de psoríase leve, enquanto a psoríase grave é mais influenciada por ações do sistema imunológico inato. Desta forma, a importância do papel das células ILC3 na patogênese da doença tem sido destacada principalmente nos casos mais graves (CHRISTOPHERS and VAN DE KERKHOF, 2019). Embora a ação geral da TH17 na patogênese da psoríase seja conhecida, novas pesquisas são necessárias para elucidar as contribuições específicas das células ILC3 no processo (HAWERKAMP, et al., 2022).
A família Araceae faz parte das monocotiledôneas herbáceas, que inclui 118 gêneros
e cerca de 3.437 espécies, no Brasil existem 691 espécies catalogadas até o ano de 2015 (COELHO et al., 2015), com hábitos terrícolas, rupícola, epífita, hemiepífita e hemiparasita (COELHO et al., 2015; MAYO et al., 1997). Apresenta ampla distribuição, no entanto, têm maior ocorrência em região dos trópicos úmidos, pois não suporta condições extremas, ocorrendo de forma mais numerosa nas Américas, no Sudeste Asiático, na África, no Arquipélago Malaio, na Eurásia e nas Ilhas Seychelles (MAYO et al., 1997; TAKAHASHI et al., 2009).
A principal característica morfológica externa compartilhada entre as espécies da família é uma inflorescência em forma de espiga de pequenas flores sobre um eixo denominado espádice (JUDD et al., 2009). Há geralmente a presença de cristais de oxalato de cálcio (na forma de ráfides ou drusas), e estruturas secretoras, incluindo canais de resina, laticíferos, nectários extraflorais e cavidades de mucilagem onde há produção de óleos essenciais e alcaloides utilizados na indústria farmacêutica (MAYO et al., 1997).
O gênero Anthurium é o maior da família, incluindo 950 espécies distribuídas na região Neotropical. No Brasil há cerca de 131 espécies (COELHO et al., 2015) e são em sua maioria epífitas, porém podem ser ocasionalmente hemiepífitas, terrestres, litófitas, helófitas ou reófitas (MAYO et al., 1997). Nativa do Nordeste, Sudeste e Centro Oeste do Brasil, A. affine Schott é conhecida popularmente por antúrio, ou vulgarmente como anthurium selvagem ou “milho de urubu”, esta última denominação mais característica no nordeste brasileiro (LOURENZI and SOUZA, 2005). A. affine Schott pode ser encontrado na Mata Atlântica e nos ambientes domésticos onde geralmente pode ser utilizada como planta ornamental.
Em relação do seu emprego na medicina popular, estudos de etnobotânica indicam que o A. affine Schott é utilizado para o tratamento de diabetes através da maceração de suas flores (AGRA, et al. 2008). As raízes são empregadas no combate a infecções uterinas por meio de vinho medicinal (POVH, ALVES, 2013). Em animais é utilizada no tratamento de miíase, doença produzida pela infestação de larvas de moscas em pele ou outros tecidos de animais em, gado, cabra, porco ou cavalo (DOS SANTOS SILVA, et al., 2014).
FITOQUIMICA DE ANTHURIUM AFFINE SCHOTT
Os flavonoides constituem um grande grupo de metabólitos secundários de plantas que ocorrem ubiquamente em frutas, vegetais, nozes, flores e sementes de grãos, etc. Como uma ampla gama de compostos bioativos vegetais/alimentares, os flavonoides em estruturas químicas são compostos por 15 esqueletos de carbono, com uma estrutura C6-C3-C6 formada por dois anéis aromáticos (A e B) através de uma cadeia de 3 carbonos de anel C heterocíclico contendo oxigênio (XIAN et al., 2021).
Muitos fitoquímicos, particularmente polifenóis, estão agora sendo usados para tratar a psoríase. Os polifenóis são reconhecidos como compostos multifuncionais que podem atuar como antioxidantes, anti-inflamatórios, e agentes antiproliferativos por meio da modulação de múltiplas vias de sinalização. Essas propriedades podem ser benéficas para o tratamento de doenças multicausais, incluindo psoríase. Os flavonoides são a principal classe dos polifenóis e mais de 4000 flavonoides foram isolados de plantas e esses flavonóides podem mostrar efeitos antioxidantes potentes, inibir a cicloxigenase, lipoxigenase, monooxigenase microssomal, glutationa S-transferase, succinoxidase mitocondrial e NADH oxidase (BONESI et al., 2018).
Por causa dos efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, os flavonóides mostram evidências de sua capacidade de resolver problemas envolvendo pele, como rugas, acne, dermatite e câncer. Flavanonas são abundantes em tomates, hortelã e frutas cítricas. É relatado que as flavanonas são eficazes no tratamento de doenças relacionadas à pele, como psoríase, melanogênese e fotoenvelhecimento (ALALAIWE et al., 2020).
De Lima et al. (2020) realizando análises anatômicas e histoquímica de A. affine observaram cavidades secretoras, relacionadas ao cilindro vascular, os autores sugerem que tais estruturas que possivelmente são responsáveis pela produção dos metabólitos responsáveis pela ação medicinal da espécie.
De Luna (2016) empregando extratos alcoólicos de A. affine, Schott avaliou o potencial de uso desta planta em quatro ensaios: 1) níveis de toxicidade celular; 2) toxicidade sistêmica; 3) resposta inflamatória em modelo de implante de algodão subcutâneo e 4) avaliação dos efeitos do extrato hidroalcóolico em modelo experimental de dermatite. Nos testes de citotoxicidade, não foram observadas alterações significativas na taxa de crescimento celular até a concentração de 10,75 mg/mL.
Quanto a toxicidade sistêmica, na condição aguda, o autor não observou óbitos até a concentração de 2913,6mg/Kg, embora relate efeitos do tipo dose dependente; essas respostas que são excitatórias e depressoras sobre o SNC, assim como respostas sobre o SNA conforme a dose empregada. Em relação a resposta inflamatória, o extrato de A. affine na dose de 145,75mg/Kg inibiu a cascata de eventos associados à resposta pró-inflamatória de forma significativa. Verificou-se também que o extrato interferiu sobre os eventos relacionados com os mecanismos de reorganização celular de áreas injuriadas, assim como os mecanismos de sinalização envolvidos nos processos de formação de crosta, organização angiogênica e de distribuição dos fibroblastos De Luna (2016).
Rios (2011) investigou a composição de compostos fenólicos presentes nos extratos metanólicos das folhas de quatro espécies do gênero Anthurium através de CLAE-EM, o autor identificou oito compostos fenólicos: 6-C-arabinosil-8-C-glicosil- apigenina em A. lindmanianum; 8-O-ramnosil-(1-3)-C-glicosil-acacetina e 7- 0-[6-0-acetilglicosil(1- 2)]ramnosil-(1-6)-glicosil-acacetina em A. andraeanum; ácido 5-cafeoilquínico, vitexina, isovitexina e orientina em A. bonplandii e 6-O-ramnosil-(1-3)-C-glicosil-acacetina em A. plowmani. O autor ainda investigou a inibição da enzima acetilcolinesterase, tais inibidores são empregados para amenizar os sintomas de doenças como Alzheimer. Neste sentido, apenas o extrato metanólico das folhas de A. andraeanum apresentaram atividade anticolinesterásica.
Williams et al. (1981) estudando antocianinas e flavonoides de Araceae encontraram antocianina (cianidina 3-rutinosídeo, pelargonidina 3-rutinosídeo) em frutos de A. affine. No entanto, poucos são os estudos fitoquímicos e farmacológicos que descrevem em uma análise mais completa a composição de ativos de A. affine, bem como o seu modo de atuação descritos nos usos populares, em especial, aqueles relacionados as doenças de pele.
CONCLUSÃO
Os dados apresentados neste trabalho em relação ao tema proposto, demonstram a importância da nossa pele sendo a primeira barreira de defesa do nosso corpo, além de termos um entendimento mais aprofundado sobre como a Psoríase pode afetar, de forma bem danosa, a pele dos indivíduos acometidos por essa doença, que pode atuar em seus diferentes tipos.
Este trabalho também demonstrou o potencial de Anthurium affine, através de suas características fitoquímicas, para o tratamento da Psoríase, possibilitando futuras abordagens químicas e farmacológicas para sua implementação, sendo necessárias novas análises mais aprofundadas para caracterização dos principais bioativos e de suas respectivas atividades frente a doença.
Por fim, uma opção de como Anthurium affine poderia vir a ser testado no tratamento da Psoríase, seria através da utilização de substitutos cutâneos de pele, que são utilizados no sentido de restaurar, manter ou melhorar estrutural e funcionalmente tecidos lesionados. Possibilitam ainda a intervenção positiva sobre o processo cicatricial de lesões de pele, além de não exigirem troca frequente ou procedimentos de limpeza, o que pode representar uma melhoria na qualidade da vida dos pacientes e aumentando a qualidade final do processo regenerativo.
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