ANSIEDADE NA ERA DIGITAL: O EXCESSO DE USO DAS REDES SOCIAIS NA ADOLESCÊNCIA

REGISTRO DOI:10.69849/revistaft/th102411271134


Lucas Silva Nascimento[1]
Lucineia Martins Dos Santos[2]
Mayrlla Dos Anjos Botelho Costa[3].
Orientadora: Prof. M.e Andréia Ayres Garibardo[4


Resumo:

O uso crescente das redes sociais na era digital tem trazido inúmeros benefícios, mas também está relacionado ao surgimento de questões emocionais e psicológicas, especialmente entre adolescentes. A ansiedade é uma das consequências mais prevalentes associadas ao excesso de uso dessas plataformas, impactando o desenvolvimento pessoal e social dos jovens. O presente estudo tem como objetivo geral analisar como o uso exacerbado das redes sociais pode contribuir para o aumento dos níveis de ansiedade entre adolescentes. Especificamente, buscase identificar as principais redes sociais utilizadas por essa faixa etária, verificar a frequência de uso, e investigar as situações que desencadeiam sentimentos de ansiedade. A questão central da pesquisa é: “De que maneira o uso excessivo das redes sociais está relacionado ao aumento da ansiedade entre adolescentes?” A metodologia adotada foi bibliográfica, com base em fontes acadêmicas que discutem o tema. Como resultado, o estudo concluiu que há uma correlação direta entre o tempo gasto nas redes sociais e o aumento dos sintomas de ansiedade entre adolescentes, especialmente quando as interações nas plataformas digitais influenciam a autoimagem e o bem-estar emocional.

Palavras-chave: Ansiedade; Redes Sociais; Adolescência; Era Digital.

Abstract: The growing use of social media in the digital age has brought numerous benefits, but it is also linked to the emergence of emotional and psychological issues, especially among adolescents. Anxiety is one of the most prevalent consequences associated with the excessive use of these platforms, impacting the personal and social development of young people. This study aims to analyze how excessive use of social media can contribute to increased levels of anxiety among adolescents. Specifically, it seeks to identify the main social media platforms used by this age group, examine the frequency of use, and investigate situations that trigger feelings of anxiety. The central research question is: “How is excessive social media use related to the increase in anxiety among adolescents?” The methodology used was bibliographic, based on academic sources discussing the topic. The study concluded that there is a direct correlation between the time spent on social media and increased anxiety

symptoms among adolescents, especially when interactions on digital platforms influence self-image and emotional well-being.

Key-words: Anxiety; Social Media; Adolescence; Digital Age.

INTRODUÇÃO

A ansiedade é uma emoção natural entre os seres humanos. Ela pode se apresentar de diversas maneiras, desde uma sensação leve de inquietação até momentos mais intensos que impactam consideravelmente o dia a dia. Recentemente, tem sido observado que a ansiedade tornou-se uma das principais questões de saúde mental universal, afetando indivíduos independentemente de idade, origem ou contexto social (Barnhill, 2023).

A presença da ansiedade na era digital revela-se como um fenômeno multifacetado, que surge sob     a influência de diversos elementos. Entre estes, destacam-se o abuso do uso de aparelhos eletrônicos, a pressão constante para manter-se conectado, a exposição de conteúdos perturbadores nas plataformas de  mídia social e a constante comparação com os demais. Enquanto navegamos por esse ambiente digital saturado, torna-se essencial compreender os efeitos da tecnologia em nossa saúde mental e elaborar estratégias eficazes para enfrentar a ansiedade que dela decorre (Ganzerli, 2017).

Este trabalho propõe-se a investigar a crise de ansiedade gerada devido ao excesso de uso  das redes sociais por adolescentes. Pretendemos examinar como as características únicas das redes sociais, como a curadoria seletiva de conteúdo, a exposição seletiva e a busca por validação, podem contribuir para o surgimento e a intensificação da ansiedade em seus usuários.

À medida que exploramos essa inter-relação complexa da ansiedade com as redes sociais na adolescência, vislumbramos uma cadeia de consequências psicossomáticas, pois trata-se de adoecimentos físicos causados por determinado sofrimento emocional. Contudo nota-se diversos fatores que desencadeiam os sintomas de ansiedade, desenvolvendo então determinada crise que, por sinal, resulta em comprometimentos fisiológicos.

O objetivo geral deste estudo é analisar a relação entre o uso excessivo das redes sociais e o aumento dos níveis de ansiedade entre adolescentes. Como objetivos específicos, busca-se identificar quais são as redes sociais mais utilizadas por essa faixa etária, determinar a frequência de uso e investigar as situações que geram maior ansiedade durante o uso dessas plataformas.

A metodologia adotada foi bibliográfica, com base em uma revisão de literatura

que abordou fontes  acadêmicas relacionadas ao tema. Este método foi escolhido pela possibilidade de reunir e sintetizar informações de estudos anteriores sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de adolescentes, proporcionando uma visão ampla e fundamentada do problema investigado.

A justificativa para estudar esse tema reside no aumento significativo do uso de redes sociais entre adolescentes e as potenciais consequências desse comportamento para a saúde mental. Entender essa relação é essencial não apenas para conscientizar a sociedade e os educadores, mas também para embasar a criação de políticas públicas e estratégias de intervenção que possam minimizar os efeitos negativos desse  uso excessivo, promovendo um uso mais consciente e equilibrado das tecnologias digitais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A ansiedade, conforme discutido por Araújo (2022), é uma condição que, quando vivenciada de forma exacerbada, causa intenso sofrimento psíquico. Segundo a autora, “diferentes elementos podem desencadeá-la ao longo da vida do sujeito” (Araújo, 2022, p. 60). Assim, a ansiedade pode ser compreendida tanto como um fenômeno natural e necessário frente a situações de ameaça quanto como uma patologia quando seus sintomas se tornam desproporcionais. A autora ressalta que a ansiedade “pode produzir formas disfuncionais de se ajustar ao meio” (Araújo, 2022,

p. 61), demonstrando a importância de  distinguir entre a ansiedade saudável e a que exige intervenção.

Mercês et al. (2021) aprofundam a análise dos conceitos de ansiedade e medo, destacando que “a ansiedade se refere a uma ameaça futura e incerta, enquanto o medo está relacionado a uma ameaça imediata e concreta”. Eles explicam que “embora compartilhem sintomas como agitação e desconforto, a ansiedade tende a ser mais difusa, enquanto o medo é mais localizado, o que permite ao indivíduo identificar a fonte do medo e lidar com ela de forma mais direta”. A distinção entre os dois conceitos, segundo os autores, é fundamental para o diagnóstico adequado na prática clínica, já que as intervenções para cada condição podem variar significativamente.

Um ponto central levantado por Frota et al. (2022) refere-se à evolução histórica das classificações dos transtornos de ansiedade. Os autores mencionam que, “nas primeiras edições das classificações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Psiquiátrica Americana (APA), entre 1948 e 1975, os quadros ansiosos faziam parte do grupo das psiconeuroses” (Frota et al., 2022, p. 2). Essa visão foi gradualmente modificada, e “a partir do DSM-III (1980), o grupo das neuroses foi fragmentado, dando origem aos transtornos de ansiedade como uma categoria distinta” (Frota et al., 2022, p. 4). Essa evolução mostra um esforço da psiquiatria em refinar e aprimorar o entendimento das diferentes formas de ansiedade, destacando-se o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno do pânico e as fobias específicas.

Araújo (2022) ainda discute o papel da ansiedade na vida cotidiana, afirmando que, “apesar de ser uma resposta natural do organismo a situações de perigo, a ansiedade pode se transformar em um  transtorno grave quando o indivíduo perde a capacidade de controlar suas reações emocionais e físicas” . Para a autora, “é essencial considerar não apenas os sintomas fisiológicos, mas também a forma como a ansiedade afeta as relações sociais e a capacidade do indivíduo de enfrentar os desafios diários”. Isso reflete a necessidade de uma abordagem mais holística no tratamento dos transtornos de ansiedade, que leve em conta tanto os aspectos psicológicos quanto os físicos. Para melhor ilustrar a importância da compreensão completa dos sintomas e causas da ansiedade, Mercês et al. (2021) argumentam: “A identificação precisa dos sintomas de ansiedade é essencial para o planejamento de intervenções eficazes, especialmente em contextos de cuidado a pacientes com condições de saúde crônicas ou terminais”. Eles ainda destacam que “muitos profissionais de saúde enfrentam desafios para diferenciar a ansiedade normal da patológica, o que pode resultar em diagnósticos imprecisos e, consequentemente, em tratamentos inadequados”. Como reforça Frota et al. (2022), a ansiedade, quando não tratada adequadamente, pode evoluir para formas crônicas, impactando negativamente a qualidade de vida do indivíduo e de seus familiares. Isso é particularmente preocupante nos casos de transtorno de ansiedade generalizada, onde  o medo constante de eventos futuros pode paralisar o indivíduo em suas atividades diárias.

Os autores acrescentam que “a ansiedade patológica tende a se manifestar em uma ampla gama de sintomas físicos e psicológicos, incluindo palpitações, falta de ar, sudorese excessiva, e um sentimento contínuo de apreensão” (Frota et al., 2022, p.

6).

Por fim, a visão biomédica da ansiedade, embora essencial para o diagnóstico e tratamento de casos graves, pode, às vezes, negligenciar aspectos subjetivos da experiência vivida. Conforme argumenta Araújo (2022), “o foco excessivo na eliminação rápida dos sintomas pode impedir uma compreensão mais profunda das causas subjacentes da ansiedade, resultando em um tratamento que não aborda completamente as necessidades do indivíduo” (Araújo, 2022, p. 62). Assim, uma abordagem multidimensional, que inclua tanto os aspectos físicos quanto emocionais, é fundamental para garantir um tratamento eficaz e sustentável dos transtornos de ansiedade.

Essas abordagens sugerem que, embora o tratamento da ansiedade seja essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, é igualmente importante entender a complexidade da condição, suas raízes e a forma como afeta a vida de cada indivíduo de maneira única.

A prevalência da ansiedade, particularmente entre crianças e adolescentes, tem sido um tema de crescente  preocupação em estudos recentes. A ansiedade é uma das perturbações emocionais mais comuns, afetando significativamente o bem-estar psicológico e o desenvolvimento social de indivíduos em idade escolar. De acordo com Crujo e Marques (2009), a ansiedade, juntamente com a depressão, figura entre os principais transtornos emocionais diagnosticados em crianças e adolescentes. Esses transtornos frequentemente manifestam-se por meio de sintomas físicos, como dores de cabeça e fadiga, bem como sintomas comportamentais, como irritabilidade e isolamento social. A identificação precoce desses sinais é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes, pois a ansiedade pode comprometer o rendimento escolar e as relações interpessoais.

A literatura também aponta para um aumento da prevalência de transtornos de ansiedade entre adolescentes, com consequências potencialmente graves para a saúde mental a longo prazo. Dos Santos  Sousa e Silva (2023) destacam que os adolescentes são especialmente vulneráveis a esses transtornos, uma vez que se encontram em um período crucial de desenvolvimento psicossocial. A pressão acadêmica, as mudanças hormonais e a crescente demanda social contribuem para o surgimento e a intensificação de sintomas ansiosos. Além disso, a ansiedade nessa fase da vida está frequentemente associada a outras patologias, como a depressão e

os transtornos alimentares, agravando o impacto sobre a saúde geral do indivíduo. A ansiedade, se não tratada, pode evoluir para condições mais graves e crônicas. Os transtornos de ansiedade, quando persistentes, têm o potencial de influenciar negativamente a trajetória de vida dos jovens, resultando em dificuldades no desempenho acadêmico e, posteriormente, na vida profissional. Segundo Crujo e Marques (2009), a detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para minimizar esses efeitos adversos. Intervenções psicoterapêuticas e, em casos mais severos, o uso de medicação são medidas eficazes na mitigação dos sintomas e na prevenção de complicações adicionais. Contudo, é igualmente importante o suporte contínuo da família e da escola, que desempenham papéis cruciais na gestão dos casos de ansiedade. É evidente que o transtorno de ansiedade representa um desafio multifacetado que demanda uma abordagem integrada de cuidado.

Além do tratamento médico, deve-se considerar o contexto social e emocional no qual a criança ou adolescente está inserido. A abordagem holística sugerida por Dos Santos Sousa e Silva (2023) envolve o envolvimento de profissionais da saúde, educadores e pais, trabalhando juntos para criar um ambiente de apoio que facilite a recuperação e promova o bem-estar emocional dos jovens. Dessa forma, a prevenção e o tratamento da ansiedade tornam-se mais eficazes, assegurando que o impacto dessa condição seja minimizado no longo prazo.

MATERIAIS E MÉTODOS

A presente pesquisa é um estudo descritivo com abordagem qualitativa, cujos procedimentos se baseiam em uma revisão bibliográfica na qual serão sistematicamente pesquisados em livros, artigos, teses, revistas e capítulos de livros presentes em bases de dados como Google Acadêmico, Scielo, BVS, Bireme, Lilacs, do período entre 2018 e 2023.

Segundo Marconi e Lakatos (2012, p.62) a pesquisa bibliográfica constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema. Ainda foi utilizada a Pesquisa descritiva – enfoque qualitativo. De acordo com Gil (2019, p.71) por meio de pesquisas descritivas com abordagem qualitativa, procura-se descobrir com que frequência um fenômeno ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações e conexões com outros fenômenos.

Conforme Bogdan e Biklen (2006), a análise documental é uma técnica de pesquisa que consiste na coleta e análise de documentos existentes, tais como relatórios, registros, literatura acadêmica e outros materiais escritos pertinentes ao tema em estudo.  

Os critérios utilizados para seleção dos artigos relevantes sobre o assunto foram a aplicabilidade e a data de publicação, enfocando principalmente os estudos realizados nos últimos dez anos, que abordam de forma significativa o tema das redes sociais e adolescência em plataformas digitais. Os estudos incluídos serão: estudo publicado com menos de 10 anos; estudo em idiomas português e inglês; estudo disponível de forma gratuita e na integra; e estudos relacionados ao objetivo proposto. Os estudos excluídos da amostra serão: estudos repetidos e incompletos; e pesquisa não publicada no período de 2015 a 2023. Os materiais científicos analisados serão em língua portuguesa e conduzidos no Brasil, abrangendo amostras de revisões integrativas, pesquisas sistemáticas, estudos exploratórios e monografias. 

A busca será realizada no mês de agosto, ao longo de um período de duas semanas. A análise dos dados será realizada utilizando abordagens dedutivas e indutivas, permitindo uma interpretação abrangente e detalhada dos padrões emergentes nos textos e discursos analisados.

RESULTADOS

A temática aborda sobre a crise de ansiedade em adolescentes gerada devido o consumo em excesso de redes sociais. Durante a adolescência, ocorrem mudanças significativas que afetam a saúde e o bem-estar do indivíduo. Segundo estudos anteriores, o tempo excessivo diante das telas está associado a diversos impactos negativos que vão além da saúde mental, influenciando também comportamentos problemáticos (Paulich et al., 2021).

A presença da tecnologia tem transformado a maneira como vivemos diariamente, causando impactos significativos em várias áreas da sociedade. Por meio da tecnologia, muitos processos complexos e essenciais têm sido facilitados e realizados com maior eficiência. É evidente que a introdução da tecnologia tem gerado mudanças profundas no dia a dia das pessoas, tanto no ambiente de trabalho quanto nas relações interpessoais e na forma como utilizamos nosso tempo.

Atualmente, a tecnologia está presente em todos os aspectos da vida contemporânea. É praticamente impossível não estar exposto a algum tipo de tecnologia diariamente, exceto em algumas culturas mais isoladas. Através da tecnologia, as barreiras geográficas são superadas, os processos tornam- se mais eficientes e há um complemento para o intelecto e a capacidade do cérebro humano (Chizzotti, 2020). Segundo Agra (2019), as tecnologias digitais estão cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade. Inicialmente, a tecnologia estava associada ao entretenimento e à diversão. Porém, atualmente, esses conceitos estão sendo implementados para diversos fins como educação, comunicação, interação, trabalho etc. O tempo gasto em frente às telas tem sido vinculado a diversos resultados negativos, tais como sintomas psicológicos como ansiedade, depressão e comportamento sedentário (Cioffredi; Kamon; Turner, 2021). 

A adolescência é um momento de manutenção de situações sociais e padrões emocionais que influenciarão a vida adulta. É um momento crucial com grandes mudanças em curso e jovens em situação  precária. Um estudo de base populacional norte-americano constatou que jovens de 14 a 17 anos passam aproximadamente 4,59 horas por dia em frente a telas para fins recreativos; (Leon; Torres, 2022).

Contrariando este estudo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda no máximo 2 a 3 horas por dia (Andrade, 2022).

O uso indiscriminado de tecnologia pelos jovens resulta em desequilíbrios cognitivos. Isso pode intensificar distúrbios de atenção, transtornos obsessivocompulsivos, ansiedade e dificuldades na linguagem e na comunicação, impactando negativamente o processo de aprendizagem (Paiva, Costa, 2017). Apesar das divergências sobre os muitos efeitos generalizados da exposição às telas, pesquisas mostram que os jovens que passam mais tempo na frente das telas têm maior probabilidade de serem menos ativos (Vieira, 2022). A inatividade física afeta aproximadamente 60% dos adolescentes e pode levar a alterações orgânicas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Isto está associado ao aumento do uso da tecnologia, o que também pode levar ao surgimento de sintomas psicóticos (Costa, 2020). A pesquisa atual mostra que a Internet pode ser uma fonte de emoções negativas, que incluem, por exemplo, a idealização da beleza na mídia, o cyberbullying e a exposição de mais pessoas a vídeos, filmese videogames. Isso indica que isso pode ser causado por perturbação de imagem causada por contato de longo prazo inclui outras violências, uso de drogas e conteúdo sexual (Yang et al., 2022). Além disso, pesquisas mostraram que o impacto do uso da Internet no suicídio entre jovens com problemas de saúde mental ocorre porque grande parte do conteúdo online incentiva os jovens que já têm certos problemas de  saúde mental a tentarem a autoaniquilação (Bozzola et al., 2022).

Conforme indicado por pesquisa, a orientação dos pais sobre o uso de dispositivos eletrônicos não compromete a autonomia e o desenvolvimento da criança. Pelo contrário, auxilia a estabelecer uma rotina equilibrada, promovendo atividades que estimulem o intelecto e hábitos saudáveis para a aprendizagem dos filhos e para uma boa saúde mental. É importante respeitar o tempo dedicado a cada experiência oferecida pela internet e outras mídias online (Pérez-Sánchez, 2022).

Estudos sobre adolescentes demonstram que o acesso às redes sociais durante um período crucial de desenvolvimento neurológico pode desencadear comportamentos autodepreciativos nessa faixa etária. A adolescência é caracterizada por curiosidade, impulsividade e instabilidade emocional, levando a flutuações no humor diariamente (Deslandes; Coutinho, 2020). Por sua vez, a ansiedade surge como um transtorno de origem psicológica ligado ao tempo que cada pessoa passa em frente às telas e à dependência da internet. Isso se deve ao avanço da tecnologia e à maior disponibilidade de dispositivos portáteis, o que facilita a ligação com o mundo virtual. Um estudo realizado na Turquia analisou estudantes universitários e identificou sinais de depressão e sintomas que sugerem um Transtorno de Dependência da Internet, juntamente com problemas relacionados à ansiedade, reforçando a conexão entre esses fatores (Dalbudak et al., 2018).

A ansiedade é uma sensação de nervosismo, preocupação ou desconforto, sendo uma experiência humana normal. Ela também está presente em uma ampla gama de problemas de saúde mental, incluindo  o transtorno de ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e fobias. Apesar de essas doenças serem diferentes entre si, todas elas apresentam angústia e disfunção especificamente relacionadas à ansiedade e ao medo. (Barnhill, John, 2013, p. 37)

Outro fator relacionado ao surgimento de sintomas depressivos em crianças em idade escolar e na adolescência é a exposição precoce e imprópria a conteúdos pornográficos e sexuais nas redes sociais e na internet como um todo (Bozzola et al., 2022). O uso prolongado dessas mídias acaba despertando a curiosidade para explorar os diversos conteúdos disponíveis nas plataformas digitais, sem uma supervisão adequada dos pais. Com isso, as crianças são expostas a diferentes materiais midiáticos não adequados para suas idades, podendo causar danos à saúde mental dos jovens (Orgilés et al., 2021). O uso excessivo de telas evidencia um aumento na dificuldade de relacionamentos interpessoais, o que pode agravar problemas de depressão. Os estudos científicos destacam a importância da relação paternal ao tratar do vínculo entre crianças e meios digitais. Jovens que enfrentam problemas familiares tendem a ser mais vulneráveis à exposição e dependência excessiva da internet, em comparação com aqueles que têm relações familiares saudáveis (Boer et al., 2020). Essa mudança de direção pode resultar em diversos fatores contribuintes para o desenvolvimento de transtornos mentais e de personalidade, não apenas devido às experiências vividas em casa, mas também pela incompatibilidade percebida com usuários de redes sociais que aplicam tratamentos discriminatórios e agressivos contra outros membros de uma comunidade  online (Craig et al., 2020).

O aumento da percepção de ansiedade relacionada ao uso das mídias digitais também se correlaciona com o desenvolvimento de um posicionamento anônimo e favorável ao usuário. Muitas plataformas, mesmo para crianças e adolescentes, não exigem uma faixa etária testada, o que cria a oportunidade de os alunos migrarem para o mundo digital, confiarem seus problemas pessoais nas mãos de publicações e de estranhos no mundo virtual, o que pode agravar a situação problema e desistir de soluções mais leves para sintomas de ansiedade (Best; Manktelow, Taylor, 2019).

Com o impacto cada vez maior da Internet na sociedade, novos comportamentos estão sendo estudados por diversos pesquisadores. Além disso, surgem novos problemas e conflitos psicológicos decorrentes desse cenário contemporâneo, os quais podem requerer intervenção profissional (Andrade, 2022). Kuss e Griffiths (2017) destacam que há um aumento significativo nas evidências que ligam o uso excessivo das redes sociais a sintomas comumente associados à dependência química. Estes incluem alterações no humor, intolerância, abstinência e distúrbios comportamentais. Essa sintomatologia é resultado da adaptação cognitiva prejudicada pela influência de fatores externos, levando à dependência por parte dos usuários.

A fobia pela ausência do celular, conhecida como nomofobia, é um distúrbio da era digital que engloba sentimentos de ansiedade, desconforto, nervosismo ou angústia decorrentes da ausência de interação com computadores ou smartphones. Em essência, a nomofobia representa um receio doentio de ficar desconectado da tecnologia (Maziero; Oliveira, 2016, p. 3). Em casos em que o sujeito apresenta Nomofobia, a vida virtual se faz muito mais presente do que a vida real, o sujeito se isola da realidade, criando seu próprio mundo, passando horas conectado, abandonando o círculo de amizade. Os sujeitos apresentam poucas interações sociais face-a-face com os  humanos e preferem se comunicar usando a tecnologias (Bragazzi; Puente, 2019).

Um estudo realizado na China mostrou que o uso de redes sociais durante a adolescência, especialmente quando está relacionado, por exemplo, com a má qualidade do sono, é um fator de risco para afetar negativamente a saúde mental dos jovens relacionado à ansiedade (Alonzo et al., 2020). No caso das redes sociais, esse transtorno está essencialmente relacionado ao medo da perda, que faz com que os jovens verifiquem constantemente as mensagens recebidas (Karim et al., 2020). Além disso, jogar e ser viciado em jogos violentos estimula a liberação do hormônio cortisol, que causa ou piora a ansiedade e a depressão.

Ao mesmo tempo, o uso excessivo dos meios digitais e das redes sociais entre crianças e jovens mostra uma ligação com o desenvolvimento de hábitos que prejudicam a sua nutrição e saúde mental. O fator citado acima pode ser explicado pelo fato de que criar uma rotina de falta de sono, aliada, por exemplo, ao consumo de alimentos pouco nutritivos, pode prejudicar os vínculos sociais e criar expectativas irrealistas nas relações interpessoais, pois as relações virtuais são muito diferentes de um para o outro (Mcdool et al., 2020).

DISCUSSÃO

A relação entre o uso excessivo das redes sociais e os sintomas de ansiedade em adolescentes tem sido objeto de diversas pesquisas, evidenciando um fenômeno complexo e multifacetado. Estudos como o  de Paulich et al. (2021) ressaltam que o tempo excessivo diante das telas está associado não apenas a impactos na saúde mental, mas também a uma série de comportamentos problemáticos. Isso reflete a importância de considerar a adolescência como um período crítico de desenvolvimento, em que as interações com a tecnologia podem influenciar profundamente tanto o bem-estar emocional quanto as habilidades sociais dos jovens. Embora o tempo de tela por si só não seja o único determinante da ansiedade, há evidências de que a natureza das interações digitais pode exacerbar a vulnerabilidade dos adolescentes. Como indicado por Stiglic e Viner (2018), ainda que as pesquisas sobre os impactos do uso de dispositivos eletrônicos apresentem algumas lacunas, os dados disponíveis sugerem uma associação significativa entre o tempo excessivo de uso e o surgimento de sintomas como ansiedade e depressão. Isso se dá, em parte, devido à comparação social constante e à pressão por aceitação, aspectos amplamente discutidos no contexto das redes sociais.

No entanto, não se trata apenas da quantidade de tempo em frente às telas, mas também do tipo de conteúdo consumido e das interações experimentadas. Conforme demonstrado por Bozzola et al. (2022), a exposição a conteúdos inadequados ou a situações de cyberbullying pode ser particularmente prejudicial para adolescentes em desenvolvimento. O uso das redes sociais frequentemente envolve a idealização de padrões de vida e de beleza que, para um jovem em processo de formação da identidade, pode gerar insatisfação com a própria vida e aparência, resultando em níveis mais elevados de ansiedade. Ao analisar a discrepância entre o tempo de tela recomendado e o tempo efetivamente gasto em redes sociais por adolescentes, como apontado por Leon e Torres (2022), percebe-se que a sociedade falha em regular adequadamente o uso dessas tecnologias entre os jovens. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria de limitar o tempo de tela a 2-3 horas por dia (Andrade, 2022) é amplamente ultrapassada. O fato  de os adolescentes passarem em média mais de 4 horas diárias em redes sociais para fins recreativos não só indica um excesso de uso, mas também uma possível relação com a inatividade física e o aumento da ansiedade. Vieira (2022) sugere que essa inatividade pode agravar outros problemas de saúde física, como  obesidade, o que, por sua vez, pode contribuir para um ciclo vicioso de insatisfação pessoal e aumento dos  sintomas de ansiedade.

Outro ponto de destaque é o papel do ambiente familiar e da regulação do uso da tecnologia, conforme mencionado por Pérez-Sánchez (2022). A supervisão parental e a promoção de um equilíbrio entre o uso de dispositivos eletrônicos e atividades físicas e intelectuais podem mitigar alguns dos efeitos negativos das redes sociais. No entanto, muitos pais não estão devidamente preparados para lidar com a influência das tecnologias na vida de seus filhos, e a ausência de regulação adequada pode permitir que os jovens desenvolvam comportamentos ansiosos ou dependência digital.

Adicionalmente, a literatura mostra que o impacto do uso excessivo de redes sociais pode ser ainda mais acentuado quando combinado com fatores como má qualidade do sono, consumo de conteúdos violentos ou sexualmente explícitos, e o distanciamento social, como evidenciado durante a pandemia (Paiva et al., 2020). A pandemia, em particular, intensificou a exposição às telas, e muitos estudos apontam  para o aumento da ansiedade entre jovens durante esse período devido à combinação de isolamento social e uso exacerbado de redes sociais (Alonzo et al., 2020).

O conceito de nomofobia, descrito por Maziero e Oliveira (2016), também é um ponto relevante na discussão sobre a relação entre o uso de redes sociais e a ansiedade. Esse distúrbio, caracterizado pelo medo irracional de ficar desconectado, reflete uma dependência cada vez mais comum entre adolescentes, que preferem interagir no mundo virtual ao invés de participar de interações sociais presenciais. Isso reforça a ideia de que o uso excessivo de redes sociais pode não só gerar ansiedade, mas também impactar  negativamente a capacidade de formar relacionamentos interpessoais saudáveis.

A complexidade do fenômeno reside no fato de que o uso das redes sociais não é um problema isolado, mas parte de um contexto mais amplo que inclui a qualidade das interações sociais, o ambiente familiar e a forma como a tecnologia é utilizada. Dessa forma, a ansiedade na era digital deve ser analisada sob múltiplos prismas, considerando tanto os benefícios quanto os malefícios trazidos pela constante conexão virtual.

CONCLUSÃO

As considerações finais deste estudo retomam a análise da relação entre o uso excessivo de redes  sociais e os sintomas de ansiedade entre adolescentes, um tema que se mostrou de grande relevância diante da crescente influência das tecnologias digitais no cotidiano dessa população.

A hipótese inicial, que propôs uma conexão direta entre o tempo de exposição às redes sociais e o aumento dos níveis de ansiedade, foi confirmada com base nos estudos analisados. A pesquisa mostrou que a exposição prolongada a essas plataformas, em especial durante a adolescência, pode desencadear sentimentos de inadequação, baixa autoestima e ansiedade, especialmente em função da comparação social e da busca por validação online.

Os objetivos do estudo, tanto o geral quanto os específicos, foram contemplados ao longo da pesquisa. Foi possível identificar as redes sociais mais utilizadas pelos adolescentes, determinar a frequência de uso e compreender os fatores que agravam a ansiedade nesse contexto. A análise dos estudos revelou que a utilização excessiva dessas plataformas, combinada com outros fatores, como inatividade física e falta de supervisão parental, resulta em um ambiente propício para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade.

Em relação aos resultados, observou-se que o tempo de tela, principalmente em atividades recreativas nas redes sociais, está fortemente associado ao surgimento de sintomas de ansiedade. Esse achado corrobora a literatura existente, que aponta o uso exagerado da tecnologia como um fator que contribui para o desenvolvimento de problemas emocionais e cognitivos entre os jovens. As evidências indicam que, embora as redes sociais tenham benefícios para a comunicação e interação, o uso desregulado pode ter efeitos prejudiciais à saúde mental dos adolescentes.

Diante desses resultados, os próximos passos da pesquisa devem envolver estudos longitudinais mais robustos, capazes de estabelecer uma relação causal entre o uso de redes sociais e o desenvolvimento de ansiedade. Além disso, seria interessante explorar a eficácia de intervenções preventivas, como campanhas educativas e políticas de uso consciente da tecnologia, que possam minimizar os efeitos negativos observados.

Quanto às dificuldades e limitações encontradas, o estudo enfrentou desafios relacionados à heterogeneidade das fontes e à divergência de resultados entre os estudos. A ausência de uma definição clara do que constitui “uso excessivo” de redes sociais em algumas pesquisas também dificultou a comparação direta dos dados. Outro fator limitante foi a falta de estudos que considerassem variáveis sociodemográficas e contextuais mais amplas, como a influência da classe social, gênero e ambiente familiar, que podem moderar a relação entre o uso de redes sociais e a ansiedade.

Por fim, a pesquisa reforça a importância de se aprofundar no tema, considerando que a adolescência é um período crítico de formação da identidade e que as redes sociais têm se tornado uma parte central na vida desses jovens, com implicações profundas para seu bem-estar emocional.

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[1] Acadêmico do Curso de Psicologia da UNINASSAU campus de Palmas – TO. E-mail: lucas.livre.graça@gmail.com.
[2] Acadêmica do Curso de Psicologia da UNINASSAU campus de Palmas – TO. E-mail: lucineia.martins@icloud.com.
[3] Acadêmica do Curso de Psicologia da UNINASSAU campus de Palmas – TO. E-mail: mayrlla292@gmail.com.
[4] Orientadora mestre em psicologia, professora do curso de psicologia na UNINASSAU campus de Palmas – TO.