ANXIETY IN YOUNG ADULTS: FACTORS ASSOCIATED WITH THE ACADEMIC AND PROFESSIONAL CONTEXT
REGISTRO DOI: 10.69849/revistaft/ra10202411092315
Andriel Machado Coelho
RESUMO
Esta revisão bibliográfica tem como objetivo investigar os fatores associados ao desenvolvimento de ansiedade em jovens adultos, com foco nas pressões derivadas do contexto acadêmico e profissional. O estudo baseia-se em um referencial teórico-metodológico fundamentado em pesquisas recentes, artigos acadêmicos, revisões sistemáticas e meta-análises que examinam os impactos da pressão acadêmica e da insegurança no mercado de trabalho sobre a saúde mental dos jovens. Para a seleção dos materiais, foram utilizados critérios de inclusão baseados em relevância, atualidade e rigor metodológico, por meio de plataformas como Scielo, PubMed e Google Acadêmico. A análise da literatura destacou que os fatores estressores acadêmicos, como prazos rígidos, volume elevado de atividades e competitividade, contribuem significativamente para o aumento dos níveis de ansiedade. No contexto profissional, a insegurança quanto ao futuro, a necessidade de adquirir experiência e o desenvolvimento constante de novas habilidades emergem como causas principais de ansiedade. Os resultados indicam que a interação entre as pressões acadêmicas e profissionais resulta em uma sobrecarga psicológica que afeta a qualidade de vida dos jovens adultos, comprometendo seu bem-estar emocional e físico. Ademais, a pesquisa sugere que mecanismos de enfrentamento, como práticas de autocuidado, suporte social e intervenções psicológicas, são essenciais para mitigar os efeitos negativos desses fatores. Conclui-se que, para reduzir a ansiedade entre jovens adultos, é fundamental o desenvolvimento de políticas institucionais que priorizem a saúde mental em ambientes acadêmicos e profissionais. Esta revisão destaca a importância de intervenções que promovam um ambiente equilibrado e acolhedor, no qual os jovens possam desenvolver-se profissional e pessoalmente sem comprometer sua saúde mental.
Palavras-chave: Ansiedade; Jovens; Contexto Acadêmico; Contexto Profissional.
ABSTRACT
This literature review aims to investigate the factors associated with the development of anxiety in young adults, focusing on the pressures derived from the academic and professional context. The study is based on a theoretical-methodological framework based on recent research, academic articles, systematic reviews and meta-analyses that examine the impacts of academic pressure and insecurity in the job market on the mental health of young people. Inclusion criteria based on relevance, currentness and methodological rigor were used to select the materials, through platforms such as Scielo, PubMed and Google Scholar. The analysis of the literature highlighted that academic stressors, such as strict deadlines, high volume of activities and competitiveness, contribute significantly to increased levels of anxiety. In the professional context, insecurity about the future, the need to acquire experience and the constant development of new skills emerge as the main causes of anxiety. The results indicate that the interaction between academic and professional pressures results in psychological overload that affects the quality of life of young adults, compromising their emotional and physical well-being. Furthermore, the research suggests that coping mechanisms, such as self-care practices, social support and psychological interventions, are essential to mitigate the negative effects of these factors. It is concluded that, in order to reduce anxiety among young adults, it is essential to develop institutional policies that prioritize mental health in academic and professional environments. This review highlights the importance of interventions that promote a balanced and supportive environment in which young people can develop professionally and personally without compromising their mental health.
Keywords: Anxiety; Young People; Academic Context; Professional Context.
Introdução
A ansiedade em jovens adultos é uma questão crescente, especialmente quando considerada no contexto acadêmico e profissional. Esse grupo vivencia intensamente a transição para a vida adulta, marcada pela pressão por desempenho, escolhas profissionais e pela busca de identidade, fatores que frequentemente desencadeiam ou agravam sintomas de ansiedade. As demandas acadêmicas, como o acúmulo de atividades, prazos restritos e expectativas de excelência, somadas à insegurança quanto ao futuro profissional, elevam os níveis de estresse e podem levar a estados de ansiedade contínuos (Costa et al., 2019). Além disso, a pressão social e familiar para que se alcance sucesso, somada à instabilidade do mercado de trabalho, complica ainda mais o quadro emocional dos jovens adultos.
A ansiedade no ambiente acadêmico e profissional entre jovens adultos está também associada a condições específicas desses contextos, como a competitividade, a falta de suporte emocional e os desafios financeiros. O cenário acadêmico, por exemplo, pode ser repleto de cobranças por produtividade e desempenho, enquanto o profissional exige competência e resiliência, fatores que, se mal administrados, levam a crises de ansiedade. Muitos jovens experimentam uma sensação de não pertencimento e dúvidas sobre a escolha de suas carreiras, gerando um estado de alerta constante que afeta seu bem-estar emocional (Costa et al., 2019).
Para além das pressões externas, fatores internos, como predisposições genéticas, experiências de vida e traços de personalidade, também contribuem para a vulnerabilidade dos jovens adultos à ansiedade. Aqueles que apresentam características de perfeccionismo ou baixa autoestima, por exemplo, tendem a ser mais afetados pelas exigências acadêmicas e profissionais (Fusco et al., 2020). O impacto da ansiedade se manifesta tanto na vida pessoal quanto nas relações sociais, pois muitos jovens isolam-se para lidar com o estresse, o que acaba afetando suas redes de apoio e, em longo prazo, intensificando os sintomas.
Nesse contexto, a importância de investigar os fatores associados à ansiedade em jovens adultos reside na possibilidade de desenvolver estratégias preventivas e intervenções específicas para esse grupo. Ao compreender a relação entre o contexto acadêmico e profissional e os sintomas de ansiedade, é possível elaborar programas de apoio psicológico voltados para a promoção da saúde mental e a redução de riscos associados à pressão por desempenho. Assim, o estudo contribui para a construção de ambientes acadêmicos e profissionais mais acolhedores, onde a saúde mental dos jovens seja priorizada e estimulada (Fusco et al., 2020). O Problema de pesquisa adotado foi: quais são os fatores associados ao contexto acadêmico e profissional que contribuem para a ansiedade em jovens adultos?
O Objetivo geral de pesquisa é investigar os fatores associados ao contexto acadêmico e profissional que influenciam os níveis de ansiedade em jovens adultos. Já os Objetivos específicos adotados foram:
- Realizar uma revisão da literatura sobre os principais fatores estressores acadêmicos que contribuem para a ansiedade em jovens adultos;
- Identificar, por meio de pesquisa bibliográfica, as relações entre insegurança profissional e ansiedade em jovens adultos;
- Analisar os impactos do contexto acadêmico e profissional sobre a saúde mental de jovens adultos, com foco nos mecanismos de enfrentamento.
A escolha por estudar a ansiedade em jovens adultos no contexto acadêmico e profissional se justifica pela crescente prevalência desse transtorno entre essa faixa etária, especialmente em face das complexas demandas desses ambientes. O estresse relacionado ao desempenho e à pressão para sucesso interfere diretamente no bem-estar e na saúde mental dos jovens, o que pode comprometer suas perspectivas futuras e qualidade de vida. Ao investigar esses fatores, a pesquisa busca fornecer subsídios para a criação de estratégias de apoio mais eficazes, contribuindo para que o processo de desenvolvimento profissional e acadêmico ocorra de forma mais equilibrada e saudável.
Nesta pesquisa, adotou-se uma metodologia de pesquisa bibliográfica, na qual se procedeu à compilação, análise e síntese de dados e informações previamente publicados em artigos científicos, revisões sistemáticas, meta-análises e livros acadêmicos pertinentes ao tema. Foram utilizadas bases de dados eletrônicas reconhecidas, como PubMed, Scielo e Google Acadêmico, empregando-se palavras-chave específicas, como “ansiedade”, “jovens adultos”, “contexto acadêmico”, “pressão profissional” e “saúde mental”. A seleção de materiais seguiu critérios de inclusão rigorosos baseados em relevância, atualidade e qualidade metodológica, permitindo uma compreensão abrangente e atualizada dos fatores associados à ansiedade em jovens adultos no contexto acadêmico e profissional.
Fatores Estressores Acadêmicos e seus Impactos na Ansiedade em Jovens Adultos
A ansiedade em jovens adultos é uma questão cada vez mais preocupante no contexto acadêmico, especialmente diante da pressão constante por excelência e desempenho. No ambiente universitário, esses fatores estressores têm se intensificado, acompanhando o aumento das demandas exigidas dos estudantes. A expectativa de alcançar altos índices de produtividade, associada ao desejo de corresponder às expectativas externas e internas, configura um cenário propício ao desenvolvimento de sintomas de ansiedade (Contessoto et al., 2021). Essa pressão contínua não apenas afeta o bem-estar emocional dos jovens, mas também compromete seu rendimento acadêmico e a sua qualidade de vida, indicando uma relação complexa entre exigências acadêmicas e saúde mental.
A carga de trabalho excessiva constitui um dos principais fatores de estresse no ambiente acadêmico, sendo um aspecto central da experiência universitária. A alta quantidade de leituras, trabalhos e provas, somada à necessidade de participar de atividades extracurriculares e projetos, impõe uma rotina muitas vezes extenuante. Para muitos jovens adultos, o tempo disponível para realizar todas essas atividades é insuficiente, o que gera uma sensação constante de sobrecarga (Contessoto et al., 2021). Esse ritmo intenso favorece o desenvolvimento de sintomas ansiosos, uma vez que a percepção de incapacidade em gerenciar todas as tarefas torna-se um gatilho frequente para o estresse e a ansiedade.
Além da carga de trabalho, os prazos curtos e o tempo restrito para a execução das atividades acadêmicas intensificam a pressão sentida pelos estudantes. A necessidade de cumprir prazos, muitas vezes estabelecidos em curtos intervalos, provoca um sentimento de urgência constante. A urgência, associada à complexidade das tarefas, torna o ambiente acadêmico uma fonte de estresse contínuo. Estudos indicam que a percepção de estar em um ciclo ininterrupto de prazos a cumprir eleva os níveis de ansiedade, pois o estudante sente que está sempre correndo contra o relógio, dificultando o equilíbrio entre a vida acadêmica e pessoal (Reis; Nobre, 2021).
A competitividade no ambiente acadêmico também se destaca como um fator estressor significativo. A busca pela excelência não é apenas um desejo pessoal, mas muitas vezes uma exigência imposta por instituições, que incentivam a competição entre os alunos por notas, prêmios, bolsas e oportunidades de estágio. Esse contexto competitivo intensifica a ansiedade, uma vez que a necessidade de superar os colegas e de alcançar posições de destaque coloca os jovens sob uma pressão constante (Reis; Nobre, 2021). Esse cenário, além de alimentar comparações e rivalidades, dificulta a formação de uma rede de apoio entre os estudantes, que poderia atuar como um fator protetor contra a ansiedade.
A pressão por desempenho acadêmico é agravada pelo medo de fracasso, um sentimento amplamente difundido entre os estudantes. Para muitos jovens, a ideia de não alcançar o sucesso esperado, seja por notas insuficientes ou por não atender aos padrões institucionais, torna-se um temor constante. Esse medo do fracasso está diretamente relacionado ao aumento dos níveis de ansiedade, pois os estudantes se sentem constantemente julgados, avaliados e sob a ameaça de reprovação (Barbosa et al., 2020). A autocobrança excessiva e o receio de desapontar a família e a si próprios amplificam esse estado de alerta, fazendo com que o ambiente acadêmico se torne uma fonte permanente de tensão.
Outro aspecto relevante é a necessidade de conciliar os estudos com outras responsabilidades, como trabalho e compromissos familiares, o que afeta diretamente a saúde mental dos jovens adultos. Muitos estudantes precisam sustentar a si mesmos e, em alguns casos, auxiliar financeiramente a família, o que adiciona uma camada extra de responsabilidade e, consequentemente, de estresse (Barbosa et al., 2020). A tentativa de equilibrar as demandas acadêmicas com essas outras obrigações é um fator que contribui para o aumento da ansiedade, pois os jovens se veem divididos entre múltiplas exigências, sem dispor do tempo necessário para lidar adequadamente com todas elas.
A falta de estratégias de enfrentamento adequadas também desempenha um papel significativo no aumento da ansiedade entre os estudantes. Sem o suporte necessário para desenvolver habilidades de gerenciamento de estresse, muitos jovens adultos recorrem a comportamentos prejudiciais, como o isolamento social, o consumo excessivo de cafeína e, em casos extremos, o uso de medicamentos ou substâncias que prometem aliviar o estresse. Esses comportamentos acabam por agravar a ansiedade em longo prazo, criando um ciclo difícil de ser rompido (Fragelli; Fragelli, 2021). A ausência de intervenções preventivas e de suporte psicológico adequado torna-se, assim, um agravante importante da ansiedade no contexto acadêmico.
Além disso, o impacto dos fatores estressores acadêmicos sobre a saúde mental dos jovens adultos é potencializado pela falta de apoio institucional. Em muitos casos, as instituições de ensino superior não dispõem de programas efetivos para o cuidado da saúde mental dos estudantes, o que torna o ambiente universitário um local ainda mais hostil. A ausência de políticas institucionais de apoio emocional e de incentivo ao bem-estar contribui para que os jovens se sintam desamparados e sozinhos na gestão de suas dificuldades. Esse cenário destaca a importância de que as instituições de ensino promovam ações que valorizem a saúde mental e ofereçam apoio psicológico adequado (Fragelli; Fragelli, 2021).
É fundamental considerar também o papel da autopercepção e das crenças individuais na intensificação da ansiedade entre jovens adultos. Estudantes que se veem como “insuficientes” ou que apresentam baixa autoestima tendem a reagir de forma mais intensa aos fatores estressores acadêmicos. A percepção de incapacidade ou a crença de que não são bons o suficiente para lidar com as exigências pode acentuar a ansiedade e reduzir a motivação para enfrentar os desafios acadêmicos (Oliveira, 2021). Esse aspecto individual, associado às pressões externas, contribui para um estado psicológico frágil, no qual o estudante se sente constantemente inseguro e ansioso.
A compreensão dos impactos dos fatores estressores acadêmicos sobre a ansiedade em jovens adultos é essencial para a elaboração de estratégias de intervenção eficazes. O reconhecimento de que o ambiente acadêmico é, muitas vezes, um gerador de ansiedade permite que instituições e profissionais de saúde mental desenvolvam programas de apoio voltados para a promoção de uma cultura acadêmica mais acolhedora e menos competitiva (Oliveira, 2021). O fortalecimento de políticas institucionais voltadas para a saúde mental dos estudantes e a promoção de habilidades de enfrentamento saudáveis podem contribuir significativamente para a redução dos níveis de ansiedade, favorecendo um ambiente mais equilibrado e propício ao aprendizado.
Insegurança Profissional e seus Efeitos sobre a Saúde Mental
A insegurança profissional é um fenômeno que afeta profundamente a saúde mental dos jovens adultos, especialmente em um cenário de alta competitividade e constantes mudanças no mercado de trabalho. Para essa faixa etária, que geralmente está em fase de transição para a vida profissional, o futuro pode parecer incerto, repleto de desafios e de expectativas difíceis de serem atendidas. A pressão para garantir uma posição estável e de destaque, associada à necessidade de desenvolver competências e habilidades cada vez mais especializadas, contribui para um sentimento generalizado de insegurança (Moura et al., 2021). Esse contexto afeta o bem-estar emocional dos jovens adultos, que se veem constantemente preocupados com sua trajetória profissional e seu lugar no mercado.
Um dos principais fatores que alimentam essa insegurança é a volatilidade do mercado de trabalho. A rápida evolução das tecnologias e as frequentes transformações nas estruturas organizacionais tornam o cenário instável, o que intensifica o medo do desemprego e da obsolescência profissional. Os jovens adultos, especialmente aqueles recém-ingressos no mercado de trabalho, sentem a pressão de se adaptar rapidamente a essas mudanças, o que gera uma constante ansiedade. A incerteza sobre a duração de um emprego, aliada à falta de garantias de estabilidade, contribui para a sensação de precariedade, que é agravada pela percepção de que as qualificações precisam ser atualizadas continuamente para se manter competitivo (Moura et al., 2021).
A pressão para adquirir experiência também desempenha um papel significativo na insegurança profissional dos jovens. Em muitos casos, a entrada no mercado de trabalho é dificultada pela exigência de experiência prévia, um paradoxo que gera frustração e ansiedade. A demanda por qualificações que muitos ainda não tiveram a oportunidade de desenvolver cria uma sensação de inadequação, fazendo com que esses jovens sintam que estão constantemente aquém do esperado (Andrade, Pires, 2020). Esse ciclo de pressões cria um ambiente em que o jovem adulto é levado a se submeter a condições de trabalho muitas vezes exploratórias, como estágios não remunerados, o que, além de agravar a insegurança financeira, gera uma ansiedade crônica pela incerteza quanto à conquista de uma posição efetiva.
A busca por desenvolvimento contínuo de habilidades específicas é outro fator que alimenta a insegurança profissional. A necessidade de se manter atualizado e de adquirir novas competências cria uma pressão contínua para o jovem adulto, que sente que precisa estar sempre em constante evolução para não se tornar obsoleto. Esse imperativo de aprimoramento pode ser exaustivo e gerar uma ansiedade generalizada, uma vez que muitos jovens sentem que estão constantemente competindo com colegas que também buscam destaque no mercado (Andrade, Pires, 2020). A percepção de que nunca se é suficientemente capacitado gera um estado de inquietação e insatisfação, pois o jovem sente que, mesmo com seu esforço, ainda há algo mais que precisa ser feito para assegurar seu espaço no mercado.
A incerteza quanto ao futuro profissional também é intensificada pelo cenário econômico, que frequentemente apresenta instabilidades. Em tempos de crise econômica ou de recessão, as oportunidades de emprego se tornam mais escassas e a competição ainda mais acirrada, o que aumenta a sensação de vulnerabilidade dos jovens adultos. A dificuldade de prever o futuro profissional em um ambiente onde as oportunidades de ascensão e crescimento são limitadas gera uma ansiedade contínua, pois muitos jovens se sentem desmotivados e receosos quanto ao próprio potencial de alcançar uma carreira bem-sucedida (Barros et al., 2020). Esse clima de incerteza amplia a insegurança emocional, dificultando o planejamento de longo prazo e a construção de uma trajetória estável.
A comparação com os pares é outro fator relevante para o aumento da insegurança profissional e para a deterioração da saúde mental dos jovens adultos. As redes sociais, que amplificam os aspectos positivos da vida profissional dos indivíduos, contribuem para que os jovens se sintam inadequados ao verem o sucesso de colegas ou conhecidos. Essa comparação constante gera sentimentos de inferioridade e intensifica a percepção de que é preciso correr atrás do que parece ser um sucesso inalcançável (Barros et al., 2020). A pressão para corresponder a essas expectativas irreais contribui para uma ansiedade crônica, alimentada pela sensação de fracasso e de não pertencimento, o que afeta diretamente a saúde mental.
Além disso, a insegurança profissional leva muitos jovens a se submeterem a condições de trabalho inadequadas ou a aceitarem atividades que não se alinham às suas aspirações pessoais e profissionais. O medo de não encontrar uma posição melhor ou de não se adaptar ao mercado de trabalho faz com que aceitem trabalhos que, em muitos casos, acabam por gerar insatisfação e frustração. Essa situação afeta a autoestima e intensifica a sensação de impotência, pois o jovem adulto sente que está preso em uma situação que não corresponde às suas expectativas (Santos et al., 2023). Esse ciclo de insatisfação e frustração contribui para a degradação da saúde mental, uma vez que o indivíduo sente que sua vida profissional está estagnada e sem perspectiva de progresso.
A ausência de um plano de carreira claro e de oportunidades de crescimento é outro aspecto que contribui para a insegurança profissional e para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade. A falta de uma direção clara sobre o futuro profissional e a percepção de que o sucesso é incerto geram um sentimento de desorientação. Muitos jovens se sentem perdidos, sem saber como progredir ou onde focar seus esforços para alcançar um futuro satisfatório. Essa incerteza afeta o bem-estar emocional e leva ao desenvolvimento de sintomas de ansiedade, pois o jovem se vê em um cenário de instabilidade constante, onde suas metas e objetivos parecem sempre distantes (Santos et al., 2023).
A falta de apoio e orientação profissional é outro fator que intensifica a insegurança. Muitos jovens não têm acesso a mentores ou a recursos que os ajudem a navegar pelas complexidades do mercado de trabalho, o que aumenta o sentimento de isolamento. Sem um suporte adequado, esses jovens têm mais dificuldade em desenvolver a autoconfiança necessária para lidar com os desafios da vida profissional (Rodrigues et al., 2023). Essa carência de apoio aumenta a ansiedade e pode levar ao surgimento de comportamentos autossabotadores, dificultando ainda mais a transição para a vida adulta e o desenvolvimento de uma carreira estável.
O impacto da insegurança profissional na saúde mental dos jovens adultos é uma questão que merece atenção, pois suas implicações são amplas e afetam não apenas o indivíduo, mas também o ambiente de trabalho e a sociedade como um todo. A ansiedade gerada pela incerteza quanto ao futuro profissional limita a capacidade de planejamento e de tomada de decisão, o que pode afetar o desempenho e o desenvolvimento de uma carreira satisfatória (Rodrigues et al., 2023). Dessa forma, reconhecer a importância do apoio à saúde mental de jovens adultos no contexto profissional e oferecer recursos para que possam lidar com a insegurança e com as pressões do mercado são medidas essenciais para promover um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Desafios de Equilíbrio entre Vida Acadêmica e Profissional
A busca por conciliar vida acadêmica e compromissos profissionais configura um desafio crescente para jovens adultos, especialmente aqueles que precisam dividir seu tempo entre as responsabilidades de estudo e trabalho. A sobrecarga gerada por essa dupla jornada impacta de forma expressiva o bem-estar psicológico dos estudantes, que se veem forçados a manter um ritmo intenso e, muitas vezes, insustentável. Esse esforço constante para equilibrar as demandas de ambos os contextos promove uma sensação de desgaste contínuo, prejudicando não apenas o desempenho acadêmico e profissional, mas também a saúde mental dos jovens, que acabam mais propensos a desenvolver sintomas de ansiedade e estresse (Oliveira et al., 2022).
Um dos principais obstáculos enfrentados por esses jovens é a gestão de tempo. Conciliar horários e estabelecer prioridades torna-se uma tarefa desafiadora, pois as exigências de ambos os ambientes muitas vezes se sobrepõem e competem entre si. O tempo, sendo limitado, leva muitos estudantes a abrir mão de momentos de lazer e descanso para cumprir as demandas acadêmicas e profissionais, o que, a longo prazo, gera um estado de exaustão (Oliveira et al., 2022). Essa dificuldade em administrar o tempo de forma eficaz amplifica a ansiedade, uma vez que o jovem sente que, por mais esforço que empregue, continua sem atender plenamente a todas as responsabilidades.
A pressão para atender às expectativas acadêmicas e profissionais também contribui para a intensificação dos sintomas de estresse. No ambiente acadêmico, os estudantes são constantemente avaliados, precisam cumprir prazos rigorosos e atingir altos índices de desempenho para progredir em suas trajetórias de formação. No trabalho, por sua vez, enfrentam demandas igualmente rigorosas, buscando cumprir metas e desenvolver competências exigidas para se destacar no mercado (Silveira et al., 2020). A pressão constante para atender a esses requisitos torna o ambiente mais hostil e menos acolhedor, dificultando a criação de um espaço onde o jovem possa sentir-se seguro e apoiado.
A falta de suporte emocional e de recursos para lidar com as demandas duplas agrava o impacto dessa sobrecarga. Muitos jovens adultos não possuem uma rede de apoio que os auxilie no enfrentamento dos desafios de conciliar estudo e trabalho, o que aumenta o sentimento de isolamento. Em muitos casos, as instituições acadêmicas e os ambientes profissionais não oferecem condições adequadas para ajudar os estudantes a enfrentar essa situação, o que contribui para o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos (Silveira et al., 2020). A ausência de um apoio institucional que valorize a saúde mental dos jovens evidencia a necessidade de uma maior conscientização sobre as implicações dessa dupla carga.
A privação do sono é outro fator comum entre jovens que conciliam vida acadêmica e profissional, visto que muitos acabam reduzindo as horas de descanso para dar conta de suas responsabilidades. A falta de sono impacta diretamente a saúde física e mental, prejudicando a capacidade de concentração e de processamento cognitivo. O sono inadequado diminui a eficiência nas tarefas diárias, causando um efeito cumulativo de cansaço e dificuldade de atenção, o que acentua o sentimento de estar sobrecarregado. Com o tempo, a privação de sono leva ao esgotamento, que é um gatilho importante para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade (Della et al., 2022).
A diminuição do tempo para atividades de lazer e autocuidado também é uma consequência direta desse desequilíbrio entre vida acadêmica e profissional. Jovens que dividem seu tempo entre estudo e trabalho têm menos disponibilidade para dedicar-se a atividades que promovam o bem-estar, como exercícios físicos, hobbies e encontros sociais. Essa falta de tempo para relaxamento e descontração afeta a saúde mental e agrava os sintomas de estresse e ansiedade, pois o indivíduo se sente constantemente pressionado e privado de momentos de prazer e de relaxamento que poderiam aliviar a tensão acumulada (Della et al., 2022).
A perda da qualidade das interações sociais é outro aspecto relevante para a saúde mental dos jovens adultos que lidam com essa dupla carga. A necessidade de cumprir tarefas em tempo integral reduz a disponibilidade para conviver com amigos e familiares, o que, por sua vez, contribui para o sentimento de solidão e isolamento. A ausência de contato social regular limita o acesso a um apoio emocional essencial para enfrentar as adversidades, uma vez que as redes de apoio são fundamentais para aliviar o estresse e promover o equilíbrio psicológico (Campos et al., 2021). A falta desse suporte intensifica os sintomas de ansiedade, pois o jovem se vê sem um sistema de apoio emocional confiável.
O esgotamento mental é uma consequência recorrente desse cenário de sobrecarga e é uma condição cada vez mais comum entre jovens que tentam equilibrar os compromissos de trabalho e estudo. A fadiga acumulada prejudica a capacidade de pensar com clareza, compromete a motivação e leva a um sentimento de desesperança. Esse estado de esgotamento é caracterizado por uma exaustão emocional profunda, que afeta o bem-estar geral e a qualidade de vida (Campos et al., 2021). O jovem, ao se sentir incapaz de atender a todas as demandas, tende a desenvolver uma sensação de insuficiência, o que aumenta a vulnerabilidade a transtornos emocionais.
A sensação de falta de perspectiva é outro desafio enfrentado por jovens adultos que se encontram nesse contexto. A sobrecarga e a dificuldade de conciliar as exigências acadêmicas e profissionais tornam o futuro incerto e desmotivador. Muitos jovens sentem que seus esforços não resultam em conquistas significativas, o que gera um sentimento de frustração e desânimo. Esse estado psicológico dificulta o planejamento de longo prazo e inibe a busca por novas oportunidades, pois a exaustão e o cansaço mental limitam a capacidade de visualizar e concretizar metas que garantam uma vida mais equilibrada (Orellana et al., 2020).
Em meio a essas dificuldades, a saúde mental dos jovens adultos é significativamente afetada. Os altos níveis de ansiedade, estresse e esgotamento decorrentes da sobrecarga comprometam a qualidade de vida e geram um ciclo contínuo de desequilíbrio emocional. Esse cenário reforça a importância de intervenções e políticas institucionais que auxiliem os jovens a lidar com as demandas acadêmicas e profissionais de forma mais equilibrada (Orellana et al., 2020). A promoção de práticas de apoio psicológico, bem como a criação de um ambiente que valorize o bem-estar, são essenciais para reduzir os impactos negativos desse processo e permitir que o jovem tenha uma transição saudável para o mercado de trabalho.
A busca por equilíbrio entre vida acadêmica e profissional exige uma abordagem integrada que contemple as necessidades de saúde mental dos jovens adultos. É imprescindível que instituições de ensino e ambientes de trabalho desenvolvam programas de apoio e estratégias que ajudem esses indivíduos a gerenciar o estresse e a ansiedade gerados pela sobrecarga (Orellana et al., 2020). A criação de um ambiente acolhedor e que promova o bem-estar é essencial para que o jovem adulto possa desenvolver-se plenamente, garantindo uma trajetória mais saudável e satisfatória tanto no âmbito acadêmico quanto no profissional.
Mecanismos de Enfrentamento da Ansiedade no Contexto Acadêmico e Profissional
Os jovens adultos enfrentam um crescente nível de ansiedade em decorrência das pressões acadêmicas e profissionais. Essa realidade intensifica a necessidade de desenvolver mecanismos eficazes de enfrentamento que possibilitem o manejo adequado do estresse e a preservação da saúde mental. A complexidade do ambiente universitário e as demandas do mercado de trabalho exigem habilidades específicas para lidar com situações adversas e para prevenir o impacto negativo da ansiedade na vida cotidiana (Barros; Galdino, 2020). Diante desse cenário, muitos jovens recorrem a estratégias de enfrentamento que variam entre práticas de autocuidado, suporte social e intervenções psicológicas, buscando manter um equilíbrio entre suas obrigações e seu bem-estar emocional.
As práticas de autocuidado, que incluem atividades como exercícios físicos, meditação e alimentação equilibrada, são amplamente adotadas por jovens adultos para reduzir a ansiedade. Exercícios físicos, por exemplo, são uma forma eficaz de aliviar o estresse, pois promovem a liberação de endorfinas, substâncias que ajudam a melhorar o humor e a reduzir a tensão. A prática regular de atividades físicas, além de contribuir para a saúde física, atua como um mecanismo preventivo contra sintomas de ansiedade, melhorando a resiliência dos indivíduos em relação aos desafios acadêmicos e profissionais (Barros; Galdino, 2020). Esse tipo de autocuidado fortalece a capacidade do jovem de lidar com o estresse e ajuda a construir uma rotina saudável e equilibrada.
A meditação e outras práticas de atenção plena, como a respiração consciente, também se destacam como ferramentas de autocuidado eficazes no enfrentamento da ansiedade. Essas práticas auxiliam no desenvolvimento da capacidade de focar no presente, reduzindo a preocupação excessiva com o futuro e com as demandas externas. A atenção plena ajuda o jovem a administrar os sintomas ansiosos, ensinando técnicas que proporcionam um estado mental mais calmo e uma maior clareza para enfrentar situações estressantes (Barros; Galdino, 2020). Dessa forma, a meditação torna-se uma prática essencial para aqueles que buscam um controle mais consciente e sereno sobre suas emoções, especialmente em contextos de alta pressão.
O suporte social é outro mecanismo importante de enfrentamento que os jovens utilizam para amenizar a ansiedade. O apoio de amigos, familiares e colegas é fundamental para proporcionar um sentimento de pertencimento e de compreensão, o que ajuda a aliviar o estresse. Compartilhar experiências e desafios com pessoas próximas permite que os jovens se sintam menos isolados e mais acolhidos em relação aos problemas que enfrentam (Schönhofen et al., 2020). Essa rede de apoio tem um papel protetor contra a ansiedade, pois oferece um espaço para o desabafo e para a obtenção de conselhos e perspectivas que ajudam a reavaliar situações adversas e a encontrar soluções.
Participar de grupos de estudo ou de projetos colaborativos é uma maneira pela qual os jovens buscam suporte social no ambiente acadêmico. A interação com colegas que compartilham dos mesmos objetivos acadêmicos e profissionais cria um ambiente de cooperação e apoio mútuo. A troca de experiências e o compartilhamento de conhecimentos ajudam a reduzir a sensação de competitividade e a promover um clima de camaradagem. Esse tipo de apoio facilita o enfrentamento das pressões acadêmicas, pois o estudante sente que não está sozinho e que pode contar com o auxílio dos colegas para superar os desafios comuns (Schönhofen et al., 2020).
Intervenções psicológicas, como a terapia cognitivo-comportamental, têm se mostrado bastante eficazes no tratamento da ansiedade em jovens adultos. Essa abordagem terapêutica busca modificar padrões de pensamento disfuncionais que alimentam a ansiedade, ensinando o indivíduo a identificar e a reestruturar crenças negativas. A terapia proporciona ao jovem ferramentas práticas para enfrentar situações que geram ansiedade, como o desenvolvimento de estratégias de resolução de problemas e de técnicas de relaxamento (Schönhofen et al., 2020). Ao participar de um processo terapêutico, o jovem aprende a manejar melhor os sintomas ansiosos, obtendo um suporte profissional que é essencial para fortalecer a saúde mental.
A terapia online tem sido uma alternativa acessível e prática para jovens que precisam lidar com a ansiedade, mas que possuem horários limitados devido aos compromissos acadêmicos e profissionais. Esse formato de atendimento possibilita o acompanhamento psicológico de forma flexível, adaptando-se à rotina do jovem e oferecendo um espaço seguro para o tratamento da ansiedade. A terapia online permite que o jovem acesse o apoio psicológico necessário sem precisar se deslocar, o que contribui para a adesão ao tratamento e para a continuidade do cuidado com a saúde mental em meio à rotina intensa de estudos e trabalho (Maia; Dias, 2020).
Práticas de organização e gestão do tempo também são adotadas como estratégias de enfrentamento da ansiedade. Muitos jovens utilizam agendas, aplicativos e métodos de planejamento para equilibrar suas responsabilidades acadêmicas e profissionais, o que lhes permite reduzir a sobrecarga de tarefas e, consequentemente, os níveis de estresse. A organização ajuda o jovem a lidar com as demandas de forma estruturada e a evitar o acúmulo de atividades, promovendo uma sensação de controle sobre o tempo e as obrigações (Maia; Dias, 2020). Esse tipo de planejamento melhora a produtividade e proporciona uma maior tranquilidade na execução das atividades diárias.
A busca por equilíbrio entre trabalho e estudo é outra prática que contribui para o enfrentamento da ansiedade. Jovens adultos que conseguem estabelecer limites claros entre as responsabilidades acadêmicas e profissionais tendem a enfrentar melhor o estresse, pois evitam a sobrecarga mental. Criar momentos específicos para o descanso e o lazer é fundamental para prevenir o esgotamento e para manter a saúde mental em dia (Vasconcelos; Martins, 2022). Esse equilíbrio é importante, pois permite que o jovem recupere suas energias e retorne às atividades com mais disposição e resiliência, facilitando a manutenção do bem-estar emocional.
A adoção de múltiplos mecanismos de enfrentamento, como práticas de autocuidado, suporte social e intervenções psicológicas, mostra-se essencial para que jovens adultos lidem com a ansiedade no contexto acadêmico e profissional. Cada uma dessas estratégias oferece um tipo específico de suporte e alívio para os sintomas de ansiedade, criando uma rede de cuidados que auxilia o jovem a enfrentar as adversidades da vida acadêmica e laboral (Vasconcelos; Martins, 2022). Com o uso desses mecanismos, os jovens têm a oportunidade de construir uma rotina que valorize o bem-estar e que favoreça o desenvolvimento de habilidades para enfrentar de forma saudável as exigências diárias, preservando sua saúde mental e promovendo uma maior qualidade de vida.
Considerações Finais
Ao concluir a pesquisa fica evidente que as pressões exercidas nesses ambientes impactam significativamente a saúde mental desse grupo. A constante necessidade de alto desempenho, tanto em instituições de ensino quanto no mercado de trabalho, cria um cenário de vulnerabilidade psicológica para jovens adultos que estão em fase de transição para a vida profissional. Esse cenário reforça a importância de se abordar a ansiedade como uma questão relevante e urgente, que requer não apenas um entendimento aprofundado das suas causas, mas também a implementação de estratégias de apoio que promovam a saúde mental dos jovens.
Os fatores estressores acadêmicos, como prazos rigorosos, carga de trabalho elevada e competitividade, contribuem para o aumento da ansiedade ao limitar o tempo disponível para o descanso e o autocuidado. Paralelamente, a insegurança profissional causada pela volatilidade do mercado de trabalho e pela pressão para adquirir experiência e habilidades específicas agrava a sensação de incerteza, aumentando ainda mais o nível de ansiedade. Esses elementos tornam o ambiente acadêmico e profissional um local de desafios constantes, onde a sobrecarga de responsabilidades pode levar ao esgotamento emocional. Assim, a pesquisa destaca a necessidade de intervenções para minimizar esses efeitos negativos e para auxiliar os jovens a lidar com essas demandas de maneira equilibrada.
Além disso, a pesquisa aponta que os mecanismos de enfrentamento desempenham um papel crucial na gestão da ansiedade. Práticas de autocuidado, suporte social e intervenções psicológicas emergem como estratégias eficazes que ajudam a reduzir os impactos da ansiedade e a promover a resiliência emocional. O desenvolvimento de habilidades de organização e planejamento também se mostra útil para que os jovens possam equilibrar suas responsabilidades de maneira mais estruturada, evitando o acúmulo de tarefas e promovendo um melhor uso do tempo. Essas práticas destacam-se como formas de enfrentamento que podem auxiliar os jovens a manter o equilíbrio entre as demandas acadêmicas e profissionais e o cuidado com sua saúde mental.
A importância de um ambiente institucional que valorize o bem-estar mental é outro ponto essencial para a promoção da saúde emocional dos jovens adultos. A criação de programas de apoio psicológico nas universidades e nos locais de trabalho é uma medida fundamental para oferecer o suporte necessário e para encorajar uma cultura que priorize a saúde mental. As instituições que investem em programas de apoio e em políticas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional colaboram para a criação de um ambiente mais saudável, que reduz os níveis de ansiedade e permite um desenvolvimento pleno e produtivo dos jovens adultos.
Em síntese, a pesquisa evidencia que a ansiedade em jovens adultos no contexto acadêmico e profissional é um fenômeno complexo que envolve múltiplos fatores e que demanda uma abordagem multidimensional. A compreensão dos fatores que contribuem para o aumento da ansiedade e o incentivo a estratégias de enfrentamento eficazes são passos essenciais para a construção de um ambiente mais acolhedor e saudável para os jovens. Ao promover ações que visem o bem-estar mental, é possível reduzir os impactos negativos da ansiedade, favorecendo o desenvolvimento de uma geração mais preparada para enfrentar os desafios acadêmicos e profissionais com saúde emocional e resiliência.
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